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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA


BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA / ELETRÔNICA
DISCIPLINA MATERIAIS ELÉTRICOS

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS DIODOS

JOSÉ ARMANDO MAIA ALONSO


PROFª.: ELIANE CUSTÓDIO

ARARAS – SP
2019

SUMÁRIO

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RESUMO.....................................................................................................................pág. 2

1 INTRODUÇÃO................................................................................................ pág. 3

2 DESENVOLVIMENTO....................................................................................pág. 4

2.1 JUNÇÃO PN..................................................................................................... pág. 4

2.2 MATERIAS UTILIZADOS.............................................................................. pág. 5

2.3 PRINCÍPIO DO FUNCIONAMENTO DO DIODO........................................ pág. 6

2.4 PRINCÍPIO DO FUNCIONAMENTO DO DIODO EMISSOR DE LUZ...pág.7 e 8

2.5 ALGUNS TIPOS DE DIODOS E SUAS APLICAÇÕES................................ pág. 9

3 CONCLUSÕES................................................................................................... pág.10

4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS...................................................................pág.10

RESUMO

1
Este trabalho tem por finalidade descrever sobre o funcionamento dos diodos, sendo
ele um semicondutor onde sua condutividade é controlada por meio da adição de átomos de
outros materiais, em um processo chamado de dopagem, formando então uma junção PN,
onde podemos encontrar polarização reversa e direta.

Apresentaremos um pouco sobre o diodo emissor de luz conhecido por LED (Light
Emithing Diode), um componente importantíssimo no mundo eletrônico, onde sua principal
funcionalidade é a emissão de luz em equipamentos eletrônicos.

E por fim um pouco sobre outros modelos de diodos e suas aplicações.

Palavras-chave: Diodo Semicondutor Polarização LED

1 INTRODUÇÃO'

Assim como existem materiais condutores e materiais isolantes, existe um tipo de


material que é um meio termo entre esses dois primeiros, esse material é o semicondutor.

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O semicondutor, portanto, possui um nível de condutividade entre os extremos de um
isolante e um condutor.

Os Diodos são componentes eletrônicos, confeccionados com materiais


semicondutores, destinados a permitirem a passagem de corrente em um único sentido,
sendo conhecidos como chave eletrônica, devido a essa peculiaridade, são elementos com
polos, negativos e positivos, o fluxo de corrente quando estão diretamente polarizados, do
pelo negativo ao pólo positivo.

Uma forma de aumentar a condutividade de um semicondutor é introduzindo


impurezas em sua estrutura química, tornando então um semicondutor contaminado ou mais
chamado de dopagem, formando então uma junção PN.

Existem outros tipos de diodos como o Zener, Túnel, Varicaps e o emissor de luz mais
conhecido como LED.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 JUNÇÃO PN

O Semicondutor é um componente que se procede tanto como isolante ou condutor


elétrico, dependendo de qual forma a tensão será aplicada aos seus terminais, permitindo que
o mesmo possa ser utilizado em diversas aplicações.
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Ele é formado a partir da junção entre um semicondutor tipo P e um semicondutor
tipo N. Em seguida, após a formação da junção PN, alguns elétrons livres se alastram do
semicondutor N para o semicondutor P, onde o mesmo processo pode ocorrer com algumas
lacunas do tipo P, conforme a figura 1 abaixo

Quando as cargas são produzidas próximas da junção elas são fixas a rede cristalina,
essas regiões de cargas próximas são chamadas de região de cargas descobertas ou região de
depleção, com o aparecimento dessa região o transporte de elétrons para o lado P é
bloqueado, pois os mesmos são repelidos da região negativa carregada do lado P .

O mesmo é aplicado para as lacunas cujo transporte para o lado N é repelido pelas
cargas existentes no lado P da junção.

Portanto, após a formação da junção, uma diferença de potencial positiva é gerada


entre os lados N e P, onde essa barreira de potencial previne a continuação do transporte de
portadores através da junção PN não polarizada. A tensão Vi proporcionada pela barreira de
potencial no interior do diodo depende do material utilizado na sua fabricação, valores
aproximados para os diodos de germânico e silício são Vi = 0,3 [V] e Vi = 0,7 [V].

Não é possível medir diretamente o valor aplicando um voltímetro conectado aos


terminais do diodo, pois essa tensão existe apenas em uma pequena região próxima a junção.

2.2 MATERIAIS UTILIZADOS (CONSTRUÇÃO E DOPAGEM)

O diodo é formado por uma junção entre um cristal tipo P (lado positivo, também
chamado de ânodo) e outro lado tipo N (lado negativo, também chamado de cátodo),
dentro desses cristais, compostos por silício (mais comum) ou germânio serão inseridas
impurezas (pratica chamada de dopagem), que nada mais são do que átomos de Boro. Para a

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formação do cristal N, utiliza-se o elemento fósforo, quanto maior a intensidade da dopagem
maior a condutividade dos cristais. Outro fator que influência na condução desses materiais
é a temperatura, quanto maior a temperatura, quanto maior a temperatura de um diodo,
maior a condutividade, após a dopagem cada face dos dois tipos de cristais (P e N), tem uma
determinada característica diferente da oposta, gerando regiões de condução de cristal, uma
com excesso de elétrons, outra com falta destes (lacunas), entre ambas, há uma região de
equilíbrio por combinação de cargas positivas e negativas.Para finalizar a dopagem é a
inserção de impurezas no cristal para alterar sua propriedade cristal extrínseco.

Material tipo N: dopagem com impurezas pentavalentes = átomos doadores de elétrons.


Conforme figura 2 (acima).

Material tipo P: dopagem com impurezas trivalentes = átomos receptores de elétrons


(grupo III da tabela periódica: B, Ga, In). Conforme figura 2 (acima) .

2.3 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DO DIODO

O diodo é um dispositivo de dois terminais possibilitando a aplicação de uma tensão de


duas formas: polarização direta e polarização reversa.

Na polarização direta (fig. 3) o ânodo e o cátodo do diodo devem ser conectados no


terminal positivo e negativo da bateria respectivamente, o diodo passa ser um condutor
quando polarizado diretamente, pois a região de depleção entre os dois tipos de material é

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eliminado devido à diferença de potencial da bateria, a ausência dessa camada possibilita a
circulação dos portadores livres, permitindo a circulação de uma corrente elétrica.

O diodo nessa situação é considerado uma chave fechada.

Na polarização reversa (fig. 4) o ânodo e o cátodo do diodo estão conectados no


terminal negativo e o positivo da bateria respectivamente, ou seja, uma diferença de
potencial negativa entre o ânodo e cátodo é aplicada. Nessa condição a região de depleção é
aumentada, devido à aplicação da tensão reversa em seus terminais, impedindo a circulação
de portadores livres na junção. Nessa polarização não há uma circulação de corrente elétrica
expressiva, o diodo é considerado uma chave aberta. Porém, mesmo nessas condições o
dispositivo apresenta uma pequena circulação de corrente sendo caracterizada como uma
corrente de fuga, geralmente da ordem de nA e uA.

2.4 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTOS DO DIODO EMISSOR DE LUZ (LED)

Os diodos emissores de luz ou os LEDs não são apenas fontes importantes de luz para
os circuitos eletrônicos. Suas características semelhantes às de um diodo semicondutor
possibilitam a aplicação desses componentes em funções diversas.

A palavra LED é a abreviação de Light Emiting Diode e seu princípio de funcionamento


pode ser entendido através de uma análise do que ocorre com a estrutura quando um a
corrente elétrica a percorre. A figura 5 mostra alguns modelos de LEDs.

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Nesta estrutura temos uma junção PN, quando uma corrente atravessa a junção o
processo de recombinação dos portadores de carga faz com que ocorra um estímulo e
emissão que se concentra na faixa do infravermelho, observamos que nessa radiação é que,
em lugar de sua frequência ser aleatória, como no caso da lâmpada incandescente que se
espalha pelo espectro, ela tem uma frequência muito bem definida, que depende do tipo de
material usado no semicondutor. Para os diodos comum de silício, onde foi descoberto, o
fenômeno, a intensidade de radiação emitida é muito pequena e não há utilidade para ela, no
entanto, descobriu-se também que se fosse usado outros semicondutores e ainda fosse
acrescentado dopantes especiais era possível emitir luz com maior intensidade e em diversas
faixas.

Os primeiros diodos emissores de luz criados foram de um material denominado


arseneto de gálio e arseneto de gálio com índio (FgaAs e Ga AsI) emitindo radiação na faixa
dos infravermelhos.

Depois foi a criação de materiais capazes de emitir radiação comprimentos de onda


cada vez menores até cair na parte do espectro visível.

Após surgiram os primeiros LEDs capazes de emitir luz no espectro visível, na região
do vermelho, tecnicamente falamos que o LED é um diodo semicondutor que quando
energizado emite luz, mais não uma luz como estamos acostumados, ou luz a laser, é uma
luz estreita que é produzida pelas interações energéticas do elétron, o processo é chamado de
eletroluminescência.

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É muito importante para fixar a ideia do LED, entende o funcionamento da junção PN
de um semicondutor, que corrente positiva; para entender somente a passagem de corrente
positiva; para entender melhor essa passagem, um exemplo simples é: imagine uma onda
senoidal entrando em um LED, ele cortará a parte negativa permitindo só a corrente elétrica.

Veja a descrição interna do LED no desenho abaixo:

2.5 ALGUNS TIPOS DE DIODOS E SUAS APLICAÇÕES

Retificadores: São os diodos mais comuns, fabricados com o objetivo primordial de


permitirem a passagem de corrente elétrica em um só sentindo (polarização direta),
cumprindo um papel indispensável na transformação de corrente alternada em corrente
continua, possuem vários tamanhos e formatos, de acordo com sua potência nominal.
São usados para conversão de sinais, de AC para CC, o corre em meia onde ou em onda
completa, pode também ser utilizado como um diodo para qualquer aplicação que
necessita-se a passagem da corrente em apenas um sentido.

Zener: São diodos fabricados para conduzir a corrente elétrica em sentido inverso
(polarização inversa), este efeito é chamado de “ruptura Zener” e ocorre em um valor de
tensão bastante preciso, permitindo que esse diodo seja utilizado com uma referência
de tensão bastante preciso, são bastantes empregados em circuitos reguladores de tensão em
fontes de alimentação.
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Varicaps: Todo diodo possui uma capacitância interna formada por duas regiões
condutoras (tipo P e tipo N), as quais são separadas por um a região livre de cargas
(região depleção), a extensão dessa região de depleção depende da polarização do diodo: ela
diminui quando o mesmo é polarizado diretamente e vice-versa, com a variação das
dimensões da região de depleção, varia-se a capacitância interna do diodo, os Varicaps são
fabricados para aproveitarem essas características, funcionando como capacitores variáveis,
cuja capacitância é controlada pela tensão aplicada sobre o diodo.

Os componentes são bastantes empregados em circuitos de sintonia de aparelhos


televisores e rádios, além de equipamentos transmissores.

Túnel: São dispositivos capazes de operar em altas frequências (micro-ondas), por


meio de fenômenos de mecânica quântica (efeito de tunelamento), são fabricados utilizando
junções PN estruturas e altamente dopadas. Podendo ser utilizados em circuitos
osciladores, amplificadores e conversores de frequência.

3 CONCLUSÕES

Analisando as propriedades de materiais semicondutores, nota -se que o número de


elétrons ou lacunas em um semicondutor, cresce com o aumento do número de átomos de
impurezas introduzidas no cristal.

Com o aumento do número de portadores de carga, aumenta-se a condutividade


elétrica do material, dessa forma, torna-se possível alterar de forma controlada a
condutividade elétrica de um semicondutor, efetuando-se a dopagem adequada da quantidade
de dopagem do cristal durante a etapa da fabricação.

Entendemos que o diodo é uma estrutura formada a partir de uma junção PN, que
por sua vez é a estrutura básica que compõe os semicondutores, tais como os próprios
diodos.

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Podemos dizer que o diodo funciona como uma chave fechada (resistência zero) para
uma polaridade de tensão de entrada e como chave aberta ( resistência infinita) para
polaridade oposta.

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Livros:

MALVINO, A.; BATES, D.J Eletrônica: Volume 1. Tradução Romeu Abdo. 7 ed. Porto
Alegre: AMGH, 2011.

ROBERT, L. BOYLESTAD; Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos: 11 ed. São


Paulo; 2013

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