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Uma distinção da definição de Valores no Processo de Coaching

A importância da sua identificação


na elaboração do Planejamento Estratégico Pessoal.

Marcelo Apolonio Policarpo


Corporate Partner da SBCoaching Empresas
marcelo.policarpo@sbcempresas.com.br

Resumo

O presente texto visa discutir a distinção da definição de


valores, um termo muito vasto na bibliografia filosófica e
psicológica. Observou-se que em processos de Coaching, a
amplitude dos significados deste verbete poderia não auxiliar
como poderia na clareza e precisão da elaboração do
Planejamento Estratégico Pessoal. Isso por vezes causa certas
falhas ou perdas na geração de ação, motivação e
empoderamento no cliente-coachee. O que propomos distingue
valores em duas categorias: i. normativos - relacionados ao
ethos, isto é voltados a questões comportamentais e ações
consideradas certas dentro de uma base de valores culturais; ii.
motivantes - relacionados à poiesis, abertura do sujeito às
grandes realizações, muito relacionados à missão e propósito.
O primeiro garante uma vida virtuosa e integra, já o segundo se
volta à pergunta: qual é (ou será) a sua Grande Obra?
Acreditamos que essa nova apresentação do termo valor ao
processo de Coaching agrega mais força e empoderamento na
busca dos indivíduos por suas metas pessoais.

Palavras-chave:
valores normativos; valores motivantes;
planejamento estratégico pessoal; coaching; valores; sentido da vida.

Introdução

Um processo de Coaching visa, sobretudo, auxiliar um indivíduo no seu


desenvolvimento pessoal e profissional, agregando responsabilidade e autopercepção,
através de ferramentas e técnicas cientificamente comprovadas que geram maior foco e
ação para que o coachee, depois de ter definido aonde quer chegar, possa alcançar os
seus objetivos em menor tempo, com maior satisfação e clareza de cada passo a ser
dado rumo a grande meta pessoal.
O horizonte das ações que conduzem o coachee a alcançar os seus sonhos é
chamado por alguns de Planejamento Estratégico Pessoal (PEP), o que faz muito
sentido em se pensando no empoderamento que a boa condução de tal processo produz
nos sujeitos que se disponham a entrar nesta aventura de crer que a maior parte dos
limites pensados como obstáculos a realização plena dos propósitos de vida são
impostos por cada um no silêncio tétrico dos próprios pensamentos de fraqueza,
indignidade e auto-sabotagem. Pensamentos estes que cridos com tanta emoção que se
coagulam em crença limitantes, enfraquecendo o fluxo vital de sonhos e de expectativas
para além das condições atuais. Aí exerce um grande papel o processo que estamos
discutindo, pois age desafiando essas crenças e restabelecendo o fluxo desejado de uma
pessoa que tenha encontrado na sua existência o sentido para tudo o que é e faz.

O Coaching direciona as pessoas a vislumbrarem o seu futuro. O papel do


presente não se configura mais com lugar das lamentações de um passado de erros,
descaminhos ou falta de investimento nesta ou naquela área pessoal que tenha trazido
consequências drásticas de insatisfação perene. Nem muito menos o lugar das incertezas
das coisas que aguardam esse sujeito tenso e ansioso pelo futuro que virá, mais cedo ou
mais tarde. Todas essas situações apontam a meros expectadores do que a vida fez de si.
O Coaching, porém, atua como novas lentes inseridas de dentro para fora, mudando o
modo como se sente no tempo que se chama hoje. O passado reconciliado, o presente
das ações e estratégias e o futuro de oportunidades.

Nessa miríade de tópicos e assuntos extremamente interessantes, gostaria de


tecer alguns comentários e reflexões no que toca o princípio do chamado PEP, que é a
identificação dos Valores. Este elemento bem trabalhado é gerador de motivações
integradoras, unificando os indivíduos às suas crenças fortificadoras mais fundamentais
da sua personalidade. Muitas vezes negligenciado em processos céleres ou por parecer
um assunto subjetivo, íntimo e pouco prático. Na verdade, quando se consegue
determinar com acuidade os valores, isto é, aquilo em que se acredita e defende, o
centro de gravidade de onde orbitam as ações, decisões, propósitos, sonhos, enfim, tudo
o que se é como ser humano. É como um click existencial de uma reação em cadeia de
melhorias e passos rumo a um propósito nascido do compromisso de viver em coerência
com aquilo que realmente importa para si.

Com esse pano de fundo a minha contribuição neste artigo é oferecer mais
elementos conceituais para o uso da palavra Valor nos processos e sessões Coaching, a
fim de gerar nos coachees mais clareza e persuasão às suas perguntas, para que tragam o
âmago do que é importante nesta etapa do processo. Além disso, quero aqui ressaltar a
importância de alguns passos metodológicos como a hierarquização dos valores. E,
perpassando toda a reflexão, fazer o leitor compreender o meu ponto de vista da
importância dos valores como elemento de extrema potencia motivadora no sucesso de
um processo de Coaching, elaborando um PEP realmente coerente ao coachee e
entusiasmante a ser executado, mesmo quando o processo formal tiver sido concluído.

Uma distinção de Valor


Valor é um termo bastante vago e aberto que comporta várias conotações vindo
desde o período clássico da filosofia aos desdobramentos modernos atuais. Na sua
grande maioria os valores estão associados às normas morais. São em última instância
os critérios internos, pessoais e sociais, que dizem se determinada ação ou
comportamento pode ser classificado como certo ou errado. Muitos deles definidos
como valores negativos, configurados como proibições, os quais, em sendo cometidos,
prejudicam pessoas e comunidades. Do outro lado, tem-se os valores positivos, aqueles
que geram os atos desejáveis promotores de harmonia e integralidade pessoal e
comunitário. Logicamente, os primeiros são a ser evitáveis, enquanto os segundos a ser
almejáveis.

Sigo BAIER (1973), KEKES (1993) e PRILLELTENSKY (1997), definindo


valores morais como benefícios que os seres humanos proveem aos outros indivíduos e
comunidades. Assim, os trato como entidades, ideais ou predisposições do agir que têm
em si o potencial de promover o bem-viver e o bem na sociedade como um todo.
Contudo, me sirvo dessas definições para dar um passo além, utilizando-me das ideias
de BAUMEISTER (1991), o qual considera o valor como uma das quatro necessidades
humanas promotoras do sentido da vida. Naquela sua obra ele utiliza as palavras
“justificação” e “legitimação” associadas a valor, o que traz a conotação que nos
interessa discutir. Segundo ele, “como uma necessidade por sentido, [...] valor se refere
a motivação das pessoas por sentir que as suas ações são certas, boas e justificáveis. [...]
[As pessoas] querem ver a sua vida com valor positivo.” E continua: “a crença que uma
particular ação é certa e boa é uma razão para que as pessoas a realize [...]. Valor é
assim uma forma de motivação” (PRILLELTENSKY, 1997).

Isto posto me permite trazer uma importante distinção na conceituação de valor


que seja apropriada ao processo de Coaching. Eu sugiro dois grupos de valores: a)
valores normativos – compreendidos e incluídos na lista dos valores morais, positivos
ou negativos, servem ao bem-estar social e relacional de uma cultura e um povo; b)
valores motivantes - dizem respeito a um conjunto de elementos e critérios que visam
atender o bem-estar pessoal.

É evidente, porém, que os valores motivantes são regidos pelos valores


normativos. Os valores motivantes de cada pessoa devem estar de acordo com os
valores normativos, morais e éticos, de outro modo estaremos privilegiando o individual
em detrimento do coletivo. Em um processo de Coaching seriamente conduzido este
será sempre um ponto a ser validado, pois uma meta a ser conduzida e levada a termo
precisa ter congruência sistêmica, isto é, precisará passar pelo crivo dialético do
individual e frente o coletivo.

Mas qual é a importância de se identificar dois grupos de valores?

O primeiro garante uma vida virtuosa segundo os moldes e pensamentos


platônicos e aristotélicos, os quais regem os conceitos e práticas da ética e justiça do
mundo ocidental, sobretudo. Para esses pensadores, a pessoa virtuosa é aquela que tem
desejos, sentidos e o juízo alinhados com o que é considerado bom, certo e aceitável.
Esses critérios governarão as escolhas do sujeito nas suas ações e farão dele virtuoso.
ARISTÓTELES, na sua monumental obra Ética a Nicômaco, disse com relação
a esses indivíduos:
[...] na maioria dos homens os prazeres estão em conflito uns com os
outros porque não são aprazíveis por natureza, mas os amantes do que
é nobre se comprazem com coisas que têm aquela qualidade; tal é o
caso dos atos virtuosos, que não apenas são aprazíveis a esses homens,
mas em si mesmos e por sua própria natureza.1

Essa tradição de pensamento que permeia todas as outras subsequentes


considera, por tanto, os agentes virtuosos como aqueles que encontram nas ações
virtuosas naturalmente o seu prazer e deleite. Não existe, assim, para esses um esforço
para viver sob tal código de conduta, mas, ao contrário, o seu agir é simples emanação
daquilo que consideram próprio dos seres humanos.

Nisso está um caminho para o sentido da vida. Se considerarmos o verdadeiro


télos humano, o modus para se atingir o fim último, segundo Aristóteles, iremos nos
defrontar com a grande importância que o pensador dá a sua compreensão da ética,
compreendida como uma função da alma conforme a virtude.

Ambos, Platão e Aristóteles, sustentam que as pessoas virtuosas, ou seja, aquelas


que têm as suas ações oriundas de valores normativos universais, tem suas almas2 bem
ordenadas. Isso significa que a razão tem primazia sobre os desejos e paixões com a
finalidade de alcançar os seus próprios objetos. Desejos e paixões bem ordenados
capacitam os agentes a discernir quais razões entendem-se ser boas e motivadoras para
fazer o sujeito agir de acordo com elas. Este ordenamento garante, portanto, uma
experiência de sentido da vida, já que ações virtuosas, geradas de valores normativos,
são, segundo os filósofos gregos em evidência, o que de melhor pode-se interessar um
individuo, porque ações irrepreensíveis são apreciadas de um modo distintivamente rico
e estável. Desse modo, o agente considera pleno de sentido e efeitos as suas próprias
ações.

No entanto, para essas ações serem justificáveis, e, por isso, aceitáveis, elas
precisaram encontrar aderência em uma certa base de valores, determinada e
consolidada não pelo indivíduo, mas pela cultura e as instituições presentes no ambiente
no qual esse vive. Um argumento bastante esclarecedor sobre este ponto nos apresenta
BAUMEISTER (1991):

A base de valores, portanto, um recurso cultural muito importante. Ele


pode justificar um conjunto de regras e proibições, e pode conferir
outras ações com valor positivo. Sem bases de valor, as pessoas
podem não ver nenhuma razão para agir de forma socialmente
desejáveis. Isso pode criar problemas, por exemplo, para os governos
que querem regular o comportamento dos cidadãos, mas faltam as
bases de valor para apresentar essas demandas como justificada.

1
Aristoteles. Ética a Nicomâco, 1099a 12-15, p. 58. A partir de agora será utilizada a sigla EN, quando se
quiser fazer referencia a essa obra.
2
Vale lembrar que alma (psykhé) para esses autores, apesar das suas distinções conceituais metafísicas,
são acordes de que essa corresponde às características da vida do ser humano, que tem por princípio a
alma racional, portanto, o pensamento. 
E continua, concluindo:

Assim, há uma necessidade de alguma base sólida para os valores


morais. Algo tem que ser capaz de justificar outras coisas, sem
necessidade de qualquer outra justificação em si. Esses poucos podem
ser chamados de bases de valor. Um valor base serve como uma fonte
de valor sem a necessidade por sua vez, para derivar o valor da outra,
fonte externa. Uma base de valor é aceito sem mais justificação.

Temos, pois, valores normativos, os quais são próprios de cada individuo, mas
que deverão encontrar a sua reverberação de uma base de valores vindos mais
especificamente de contextos próprios, nos quais ninguém poderá se furtar. A esses
sujeitos, portanto, que, em agindo conforme valores normativos pessoais estão
conforme a uma base de valores cultural, se dirá deles virtuosos ou de caráter. De outro
lado, os que os seus valores normativos não forem concordes ao que se estabelece como
básico, serão chamados sem caráter e não éticos. Aos primeiros está garantida a
felicidade e a plenitude, aos outros a repulsa e as coisas escusas e néscias.

Como se pôde perceber, quisemos circunscrever o grupo dos valores normativos


dentro do que se acostumou chamar de valores éticos. Recordando a etimologia grega
da palavra ethos, a qual significa comportamento, ação, atividade. Agora, dentro deste
universo ético de comportamentos e ações aceitáveis em categorias humanas universais,
estaria disposto o segundo grupo de valores. Esses regidos pelos primeiros, pois os
valores motivantes não seriam aceitáveis se antes não pudesse passar pelo crivo dos
valores ditos aqui normativos.

Os valores motivantes, portanto, promovem o alinhamento das metas pessoais,


garantindo um dos importantes promotores do sentido da vida, não como fonte dela,
mas como experiência.

A experiência de sentido é interligada a ações objetivas que as pessoas


fazem diariamente nas suas vidas com o propósito de alcançarem as
suas metas. As metas, por sua vez, refletem os valores, os quais
organizam e direcionam comportamento em direção à busca do
desejado futuro estado. (MICHAELS, 2013).

Viktor FRANKL (2006), filósofo existencialista, desenha esse futuro estado


como consequência de compromissos a causas ou metas para além de si mesmo. Essas
promotoras de propósito e sentido.

É bem verdade que continuamos na trilha dos filósofos gregos comentados


anteriormente, sobretudo no que toca a teleologia do ser humano. Ideia essa que
encontra-se fortemente embasada em psicólogos contemporâneos (cf. CARVER e
SCHEIER, 2002). Sermos seres orientados a uma finalidade, como vimos, garante o
sentido da existência. E a experiência deste sentido não pode ser outra do que a
felicidade e a realização, conquistadas no encontro de fazer e ser aquilo que mais
amamos. Relembrem-se a citação que faz ARISTÓTELES da inscrição de Delos em seu
Ética a Nicômaco: “Das coisas a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; Mas a
mais doce é alcançar o que amamos.”3

Disto decorre aquilo que os gregos chamavam de poiesis, que, segundo a


conceituação platônica em sua obra Banquete, significa uma menção honrosa à obra
humana que exalta o divino, indicando nela a construção do belo na realidade existente.
Poiesis é, portanto, a obra humana, aquilo que se faz para poder ser, o conjunto
arquitetônico de marcas impressas, realidades nas quais se vê. Nessa noção os seres
humanos agem como co-criadores do universo, deixando neste mundo o seu legado, a
sua obra, o seu feito. Nisto está o que amamos, o desejo de eternidade e de eternização
dito e revisado pelas mais diversas conceituações e práticas filosóficas e religiosas.
Fazem nada mais do que atualizar o desejo humano de continuar sendo.

Assim, enquanto os valores normativos garantem o ser ético, a convivência


universal, o normalidade dos comportamentos e ações, os quais geram uma vida
virtuosa; os valores motivantes, por sua vez, miram a poeisis, o legado, o feito, as obras
pelas quais o seu humano poderá se reconhecer na sempre constante construção da
realidade a qual se faz parte.

O esquema abaixo serve de esboço para o que acabamos de explicar.

Valores Motivantes

Valores Normativos

Base de Valores

Conclusão

Ao final de um processo de Coaching é imprescindível que o cliente consiga,


com a ajuda do profissional-coach, elaborar o seu próprio planejamento estratégico. Isto
consiste na identificação da sua grande meta pessoal e nos diversos marcos para que se
a alcance. Estes marcos serão importantes como motivadores do caminho, apresentando
resultados intermediários a serem alcançados. Em cada marco, estabelece-se estratégias,
meios para se conquistar o ponto desejado, para isso ações práticas e bem específicas
são também apresentadas. Em tudo isso, o PEP se resumirá em um roteiro de ações e
3
EN 1099a 25-30.
estratégias bem delineadas para que o coachee possa alinhar as suas ações rotineiras ao
seu grande propósito e meta descoberta durante o processo.

A grande vantagem de se compreender e operar a partir das distinções de valores


ora realizadas é que se pode com isso trazer muito mais clareza ao processo,
especificando o que são elementos motivadores e quais são os de congruência sistêmica.
Isso é o que de fato fizemos. A abrangência do conceito de valor faz com que a sua
especificação se confunda com questões éticas e comportamentais, as quais, embora não
serem dadas por descontadas, pertencem a outro nível de análise e de percepção. O
campo dos valores normativos é o das congruências sistêmicas. Essa análise serve para
validar os objetivos e as decisões, ampara os passos a serem dados sem que esses
esbarrem em algum critério proibitivo ou de desarmonia social. Já os valores, definidos
aqui como motivantes, têm o seu horizonte na meta como realização um legado, uma
obra. Diz respeito a sonhos e realizações que, mesmo tendo alcance social, político ou
econômico para além de si, toca mais sensivelmente a originalidade do sujeito que a
pensou e a deseja intimamente.

A clareza destas distinções de valores se presta a garantir um importante


incremento no estado de ação do cliente de Coaching, que passa a enxergar com mais
nitidez o horizonte da sua meta, agindo mais eficazmente para alcança-la.

Disso decorrerá poderosas reflexões que estarão concordes à missão e o


propósito das pessoas. Porque em se perguntando dos valores motivantes, estar-se-á
indagando pelos motivos de se alcançar a sua Grande Obra.

Referências Bibliográficas

Aristóteles. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd. Bornheim da


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Snyder, S. J. Lopez (Eds.), Handbook of Positive Psychology (pp. 608-618).
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