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Engenharia Civil e Produção/Civil

Direito Empresarial
Profa. Juliana Lamego Balbino

INTRODUÇÃO

Direito Objetivo: conjunto de normas que a todos se dirige e a todos vincula. É


norma obrigatória.
Art. 5º da CF: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes....”

Direito Subjetivo: prerrogativa que possui o indivíduo de invocar a prestação


jurisdicional em seu favor. É uma faculdade.
Ex: ação de danos morais por sofrimento de discriminação.

Direito Público: conjunto de normas destinado a disciplinar os interesses


gerais da coletividade. Exemplos: Direito Administrativo,
Direito Constitucional e Direito Penal.

Direito Privado: conjunto de normas que regula as relações entre os homens,


tendo em vista seus interesses particulares. Exemplo: Direito
de Família e Sucessões, Direito das Obrigações, Direito Civil
e Direito Comercial.
PESSOA

Capacidade de direito ou personalidade: capacidade de ser titular de


direitos. Aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações. Toda
pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil: art. 1º do Código Civil.

Nascituro: art. 2º do CC. A personalidade começa com o nascimento com vida,


mas a lei protege os direitos do nascituro desde a sua concepção. Nascituro é
o ser já concebido, mas que ainda se encontra no ventre materno.
Exemplo: o recém-nascido tem capacidade de direito, podendo, portanto,
herdar. Entretanto, não têm capacidade de fato, isto é, para propor qualquer
ação em defesa da herança recebida, precisa ser representado pelos pais.

Fim da personalidade: art. 6º do CC. A personalidade jurídica termina com a


morte.

Comoriência: art. 8º do CC. Comorientes são pessoas que falecem na mesma


ocasião, sem que se possa determinar qual pré-morreu à outra. Só surge a
dúvida se a questão não for solucionada por meio de prova pericial ou
circunstâncias externas. Neste caso, presume-se que as pessoas morreram
simultaneamente.

Capacidade de fato: capacidade de exercer pessoalmente, isto é, por si só,


seus direitos, seus atos da vida civil.

Legitimação: É a aptidão genérica para a prática de determinados atos


jurídicos. Assim, o ascendente é genericamente capaz, mas só estará
legitimado a vender a um descendente se o cônjuge e os demais descendentes
expressamente consentirem. Neste caso, a lei, tendo em vista a posição
peculiar de determinadas pessoas lhes proíbe de atuar em uma dada relação
jurídica.
Incapacidade: absoluta e relativa
 Absolutamente incapazes (art. 3º do Código Civil):
- menor impúbere (16 anos);
- os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem
o necessário discernimento para a prática desses atos;
- os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir
sua vontade. Ex: hipnose, embriaguez não habitual.
- Nulidade do ato: é como se o ato nunca tivesse produzido
efeito.
- Representação feita por pai, tutor ou curador: a
incapacidade absoluta acarreta a proibição total do
exercício, por si só, do direito. O ato somente poderá ser
praticado pelo representante legal do absolutamente
incapaz, sob pena de nulidade. O incapaz não participa do
ato.

 Relativamente incapazes (art. 4º do Código Civil):


- maiores de 16 anos e menores de 18;
- os ébrios (alcoólatras) habituais, os viciados em tóxicos, e
os que, por deficiência mental, tenham o discernimento
reduzido;
- os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
- os pródigos: indivíduo que dissipa o seu patrimônio
desvairadamente;
- capacidade dos índios será regulada por legislação
especial.
- Anulabilidade do ato: até a declaração de nulidade, o ato
produzirá seus efeitos.
- Assistência por pai, tutor ou curador: a incapacidade
relativa permite que o incapaz pratique os atos da vida civil,
desde que assistido por seu representante, sob pena de
nulidade do ato.

Fim da menoridade: art. 5º do Código Civil (idade legal)


Emancipação: aquisição da maioridade civil antes da idade legal (art. 5º, §
único, do Código Civil). A emancipação, em qualquer de suas formas, é
irrevogável:
- autorização dos pais (menor deve ter a idade mínima de 16
anos);
- por sentença, ouvido o tutor, em favor do tutelado que já
completou 16 anos;
- casamento;
- exercício de emprego público efetivo;
- colação de grau em curso de ensino superior;
- estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de
relação de emprego, desde que, em função deles, o menor
com 16 anos completos tenha economia própria.

Pessoas Jurídicas: o titular dos direitos e deveres é uma instituição, e não,


seres humanos. A personalidade jurídica destes indivíduos não se confunde
com a da sociedade que se formou.

Art. 40, CC: classificam-se em pessoas jurídicas de direito público interno e


externo, e de direito privado.

Art. 45, CC: aquisição da personalidade civil, ou seja, da capacidade para ser
titular de direitos após a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro.

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