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Como educar seus

filhos com empatia


e respeito mútuo EXCLUSIVIDADE
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Você sente que seus filhos não escutam


suas ordens?

Não obedecem e fazem birras quando são


contrariados?

Além das
questões já naturalmente ligadas à tarefa,
sempre surgem opiniões não solicitadas…
Poucos ajudam e muitos apontam dedos,
criticam e julgam.

Ninguém nasce sabendo como ser pai ou


mãe, e isso pode gerar um sentimento
enorme de culpa. Afinal, você não sabe se
está fazendo a coisa “certa”.

Informações e estudos podem ajudar você


nessa caminhada. Você já ouviu falar em
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Essa filosofia promove uma relação entre pais e


filhos baseada em respeito mútuo. Essa
abordagem socioemocional ajuda crianças a
desenvolverem habilidades assentadas em
firmeza e gentileza.

Podemos dizer que essa é a forma como todos


os pais querem educar: com firmeza,
empatia e generosidade.
Mas, é claro, isso não é uma tarefa fácil.
Estamos aqui para ajudar você. Então, vamos
explicar de onde vem o termo, o que significa e
como aplicá-lo no seu dia a dia.
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Conheça 3 estilos parentais

Antes de adentrar realmente no tema da parentalidade


positiva, é preciso deixar claro que os pais exercem a
função parental de maneiras diversas, influenciados por
vários fatores, como personalidade, crenças e cultura.

É definido como comportamento parental aquele que


assegura a criação e educação da criança com fixação de
limites, relacionamento positivo e otimização do seu
potencial de desenvolvimento.

A forma como os pais se relacionam com os filhos —


expressa por atitudes dos pais para instruir os filhos em
diferentes áreas da vida — caracteriza o estilo parental.

Isso se manifesta também em tom


de voz, linguagem
corporal, mudanças de humor... O clima emocional é
diretamente influenciado por esses comportamentos.
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A formadora e terapeuta familiar e de casal Manuela


Silveira aponta os três principais estilos parentais:

1 Autoritário
Os pais batem, castigam, ameaçam, humilham. A
relação é cheia de regras que não levam em
consideração a opinião, os desejos ou as necessidades
da criança.

Há rigidez extrema: a criança não é escutada, a


comunicação não flui e os pais são indisponíveis em
termos de afeto. A obediência é imposta e o respeito é
exigido pela autoridade.

Frequentemente, as crianças tornam-se submissas e


dependentes, não desenvolvem autonomia para tomar
decisões importantes. Também estão mais suscetíveis
a desenvolver baixa autoestima e ansiedade.
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2 Permissivo
Há muito carinho, afeto e atenção às necessidades
dos filhos. No entanto, os pais falham em impor
regras e limites, que até podem existir, mas não
são monitorados e levados a sério.

Evitam exercer a autoridade. Os maus


comportamentos são tolerados e os bons não são
exigidos ou incentivados. A criança está a frente
das decisões (o que vestir, o que comer, que
horas dormir etc).

Os pais se apresentam como


um meio de realizar os desejos
da criança, não se impõem
como modelo a ser seguido
nem como responsáveis por
orientar a educação.
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3 Parentalidade Positiva
Aqui, entra o meio-termo. Há
carinho, afeto, amor e comunicação,
mas também há regras e limites.

É criada uma relação de estabilidade,


confiança e segurança com a criança.
Ela mais facilmente estará disposta a
cooperar, porque sente que faz parte
do processo.
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Que fichas caem?


Baseando-se nessas informações, como
você caracteriza seu estilo parental?
Você está satisfeito com a resposta?
Que atitudes está disposto a tomar para
mudar ou melhorar?
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O que é, então,
parentalidade positiva?
Parentalidade é o “tomar conta” em que pai, mãe e/ou
responsáveis otimizam o crescimento e estimulam o
desenvolvimento da criança, respeitando sua integridade.

Na psicologia positiva, as emoções positivas são a base


para a aquisição de competências estruturantes da
personalidade, como resiliência.

A valorização das emoções positivas — como felicidade,


validação, relacionamento social, desenvolvimento de
interesses e de pontos fortes individuais — são essenciais
para a construção de segurança e bem-estar.

A parentalidade positiva integra o conjunto de funções


atribuídas aos pais para cuidarem e educarem os seus
filhos. É fundamental para a saúde e para o
desenvolvimento da criança.
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Pai e mãe capacitam, guiam e reconhecem as crianças


como detentoras de direitos. Têm sensibilidade para
interpretar e responder às necessidades da criança. Isso
caracteriza uma parentalidade eficaz, responsável e
protetora.

Esse estilo de parentalidade envolve um conjunto de


responsabilidades e atividades cotidianas para prevenir
comportamentos de risco, incentivar comportamentos
saudáveis e responder às necessidades da criança.

Além disso, é uma estratégia de prevenção de


maus-tratos infantis e de desenvolvimento da criança nos
seus primeiros três anos de vida. Nesse período, o cérebro
humano tem grande potencial para a aprendizagem.

O grande objetivo da parentalidade positiva é


educar crianças felizes e resilientes. Isso inclui
aceitar a criança como ela é.
Compreenda as necessidades e as peculiaridades do seu
filho e, principalmente, respeite os sentimentos dele.
Não confunda com permissividade! Você não deve
concordar com todas as atitudes da criança nem deixá-la
fazer tudo que quiser, mas deve tratá-la com igualdade.
As 5 dimensões da

parentalidade positiva
Você já entendeu o que é a parentalidade positiva. Agora,
conheça as principais dimensões de atuação dessa filosofia.

Compreender as necessidades físicas da


criança (ex.: alimentação, repouso e higiene)

Promover a segurança da criança (ex.: evitar perigos,


preservar a saúde e cuidar em caso de doença)

Promover o desenvolvimento, o bom


comportamento e a estimulação da criança

Exercer uma disciplina positiva (ex.:


estabelecer limites, promover autocontrole)

Comunicar de forma positiva com o filho


(ex.: dialogar de maneira saudável, trocar afeto)
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Como isso funciona na prática?


Vamos nos ater, principalmente, aos três últimos itens dessa
lista, por serem subjetivos.
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Para estabelecer as regras, a família, em conjunto, pode criar um


regulamento. É claro que as decisões principais são responsabilidade dos pais,
pois são os adultos na relação. Entretanto, as crianças devem participar
ativamente das decisões menores.

A criança educada com base na parentalidade positiva percebe e integra os


limites existentes na sua vida, porque percebe o propósito das regras. Não
apenas obedece; coopera: faz o que tem de ser feito mesmo sem a
vigilância dos pais.

Torna-se um adulto disciplinado, porque é incentivada a pensar, a


escutar-se e a escutar os outros. Ou seja, desenvolve
inteligência emocional e autoestima equilibradas.
Os pais devem estabelecer limites de maneira empática, sem
gritos ou ameaças. As regras devem ser clara para todos e não
devem ser exageradas (flexibilidade é importante!).

Por exemplo: se você acha que ninguém deve assistir televisão


após o jantar, estabeleçam juntos uma atividade substituta.
Ouvir música, contar história, conversar...
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Quando alguma regra for descumprida, não utilize violência verbal


ou física. Crianças são seres humanos inteiros — não uma parte de
você. Antes de filhos, são pessoas que estão em crescimento e
necessitam de apoio e de orientação.

A punição física não tem lugar na parentalidade positiva. A criança não


aprende nada com violência; pelo contrário, entende que essa é a
maneira de resolver as coisas quando estamos frustrados.

Se outros adultos não fazem o que você quer,


qual é a sua reação? Bate, grita, ameaça,
humilha? Então, não deve fazer com seus filhos.
Eles são seus iguais.

Precisam de carinho, segurança, proteção e


amor para crescerem de forma saudável e
positiva. Explique o que ela fez de errado e por
que não deve repetir o comportamento.
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Em vez de aplicar castigo, você pode estabelecer uma consequência


para aquela ação. Qual a diferença? A consequência tem uma relação
lógica direta entre o que foi feito e o que acontece a seguir.

Por exemplo: A criança quebrou o vidro de um vizinho. Não a proíba de


ir para a rua ou de andar de bicicleta. Ela pode, em vez disso, pagar a
despesa com a mesada.

Uma estratégia muito importante é parar de focar no que a criança não


deve fazer. Tente mostrar atitudes positivas que ela pode ter.

Por exemplo: em vez de pedir que ela não mexa


em algo, peça que ela brinque com você. Assim,
ela focará atenção dela em algo melhor.

Atenção positiva é uma das bases da


parentalidade positiva. Estudos mostram que
quanto mais atenção damos a um
comportamento, positivo ou negativo, maior é a
probabilidade de ele se manter ou aumentar.
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Como diz Paulo Vieira:


“onde você toca, expande”
Se você focar nos comportamentos positivos, der
atenção, elogiar e reconhecer o esforço da criança, maior
a probabilidade dele repetir. Valide a criança! Elogie
comportamentos bons e genuínos.
As 5 palavras-chave da

parentalidade positiva

Atenção
Se as crianças não recebem atenção
quando se portam bem, fazem o
possível para atrair atenção com mau
comportamento. Ofereça afeto, tempo
de qualidade e valide as boas atitudes.
Evite críticas, castigos e ameaças.

Cooperação
Respeito
É comum que crianças obedecem aos
é a base de qualquer relação saudável. Isso pais motivadas pelo medo das
envolve aceitar a criança como ela é, sem a consequências (palmada, castigo,
intenção de mudá-la, mas de ajudá-la a ser ameaça). A cooperação, por outro lado,
a melhor versão de si mesma. Os filhos são é espontânea: seguem as regras porque
tratados com igualdade. Na relação sentem que fazem parte do processo,
pai-filho não deve existir superioridade. que as regras fazem sentido.

Regras
Relação
Crianças sem regras vivem inseguras,
Essa é uma das relações mais ansiosas e têm pouca tolerância à
importantes da sua vida. Invista frustração. Não saber o que vai acontecer
tempo para construir uma relação de pode ser assustador para os pequenos. As
qualidade. Exerça a empatia e regras e os limites devem ser definidos de
dedique-se aos momentos juntos. maneira clara, coerente e consistente. Isso
Isso gera segurança, confiança e é fundamental na organização psicológica
tranquilidade - em você e na criança. e emocional das crianças.
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Este e-book não é um guia do que fazer. Parentalidade


positiva não é uma ciência nem um conjunto de regras.
Você deve se guiar por estes princípios e se esforçar
para ser cada vez melhor.

Importante ressaltar: pais


felizes sentem-se mais
capazes, com mais energia, mais paciência, mais
capacidade de lidar com birras e cuidar das
necessidades dos filhos ao longo do dia.
Por isso, desenvolva também sua inteligência emocional.
Você terá capacidade de lidar com as adversidades com
mais tranquilidade, mantendo um clima familiar
harmônico.

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material e fique à vontade para sugerir assunto para os
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