Você está na página 1de 7

BOLETIM DA REPÚBLICA

PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

2º SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE aderido tornam oportuna a adopção do quadro jurídico
adequado sobre a matéria.
AVISO Nestes termos ,consideradas as vantagens da condensação
de normas jurídicas dispersas e a pratica que se afirmou ao
A matéria a publicar no « longo dos anos , ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo
Boletim da República » deve ser remetido em cópia 135 da constituição a Assembleia da República determina.
devidamente autenticada , uma por cada assunto , CAPITULO I
donde conste além das indicações necessárias para esse
efeito , o averbamento seguinte ,assinado e autenticado Disposições gerais
para publicação no «Boletim da República»
ARTIGO 1

SUMÁRIO (Âmbito)

Assembleia da república 1. A presente lei estabelece o regime jurídico do


cidadão estrngeiro fixando ,designadamente as
Lei nº 5/93 respectivas normas de entrada , permanência e
saída do país os direitos , deveres e garantias.
Estabelece o regime juridico do 2. Salvo a exigência de visto a presente lei não se
cidadão estrangeiro fixando as respectivas normas de aplica aos agentes diplomaticos e consulares
entrada , permanência e saída do país os direitos , deveres permanentes e respectivos familiares ou a
e garantias. missões especiais.

Lei nº 6/93 ARTIGO 2

Determina que os artigos (Ressalva de legislação especial)


3,4.,5,6,7 e 8 da Lei nº3/87 de 19 de Janeiro , incluindo as
alterações introduzidas pela Lei nº8/88 de 21 de Dezembro O regime jurídico do cidadão
tenham nova redacção. estrangeiro aplicar-se-á sem prejuízo no estabelecido em
leis especiais acordos bilaterais ou multilaterais ou
conveções internacionais de que o Estado moçambicano
Lei nº 7/93 seja parte.

A prova os montantes globais do ARTIGO 3


Orçamento Geral do Estado (corrente e investimento ) para
1994. Para efeitos de aplicação da
presente lei considera-se :
Conselho de Ministros a) estrangeiro- todo o cidadão que não tenha a
nacionalidade moçambicana em conformidade
Decreto nº 28/93 com o ordenamemto jurídico vigente;
b) Estrangeiro residente-o estrangeiro com
Aprova novos preços dos autorização de residência concedida pela
combustíveis. autoridade competente nos termos desta lei.;
c) Autorização de residência-documento emitido
Decreto nº 29/93 pela autoridade competente que confere ao seu
titular o direito de residir em Moçambique;
Actualiza as taxas dos d) Migrante clandestino-todo aquele que saia do
combustíveis e regulamenta o destino das receitas que território nacional ou nela entre por qualquer
vierem a ser geradas como resultado das alterações ponto habilitado sem passaporte ou documento
intoduzidas. equivalente falso ,incompleto ou caduco , bem
assim os que o façam por pontos não
habilitados ,ainda que com a documentação
necessária.
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
ARTIGO 4
Lei nº 5/93
(Direitos,deveres e garantias do cidadão estrangeiro)
de 28 de Dezembro
1. O cidadão estrangeiro que resida ou se encontre
em território nacional ,goza dos mesmos
As experiências acumuladas em
direitos e garantias e está sujeito aos mesmos
matéria de gestão e execução da migração e a necessidade
deveres que o cidadão moçambicano .
de reflectir na ordem jurídica interna os avanços
2. São deveres do cidadão estrangeiro no país
decorrentes de convenções internacionais , particularmente
particularmente :
daquelas de que Moçambique seja signatário ou a elas haja
a) Respeitar a Constituição da 3. O conselho de Ministros poderá definir e
República ; regulamentar outras modalidades de visto.
b) Respeitar a lei e ordem e cumprir
prontamente outras prescrições ARTIGO 8
legais;
c) Declarar a sua residência; (Competências para a concessão de visto)
d) Fornecer elementos do seu estatuto
pessoal quando sofram alteração ou A concessão de visto compete:
sempre que seja solicitado pelas
autoridades competentes. a) ao Ministério dos Negócios Estrangeiros ;
3. O princípio geral estabelecido no número um b) aos Serviços de Migração;
não se aplica aos direitos políticos e aos demais c) às embaixadasc e aos consulados.
direitos e deveres expressamente reservados por
lei ao cidadão nacional.
ARTIGO 9

CAPÍTULO II (Critérios de apreciação do pedido de visto)

Entrada de cidadão estrangeiro no país Na apreciação do pedido de visto


serão considerados , entre outros , os seguintes factores:
Secção i a) finalidades pretendidas com a estadia do
requerente e sua viabilidade;
Documentação b) meios de subsistência do requerente em
Moçambique ;
ARTIGO 5 c) recursos finaceiros de que dispões para o seu
regresso a procedência.
(Entrada no país)
ARTIGO 10
1. A entrada no país deve ser feita pelos postos
fronteiriços oficialmente estabelecidos para o (Visto de residência)
efeito.
2. No momento da entrada o cidadão estrangeiro 1. Ao cidadão estrangeiro poderá ser concedido
está sujeito aos procedimentos migratórios das visto de residência quando pretende fixar-se no
autoridades competentes , de entre outros país.
previstos na lei. 2. O visto de residência habilita o seu titulr a
entrar em território moçambicano para nele
obter a autorizaçõ de residência e é válido para
ARTIGO 6 uma única entrada e permanência por um
período de trinta dias prorrogáveis até sessenta.
(Documento necessário à entrada) 3. O pedido de visto de residência pode ser
extensivo aos filhos incapzes que se encontem
É necessário para entrada no a cargo do peticion´rio , bem como ao
território nacional ,qualquer dos seguintes documentos: respectivo cônjuge.
a) Passaporte ou documento equiparado válido
para o país e visto de entrada emitido pelas ARTIGO 11
entidades moçambicanas competentes ,
igualmente válidos; (Visto turístico )
b) Outros documentos estabelecidos em
conveções ou acordos internacionais a que 1. O visto turístico é concedido ao cidadão
Moçambique se encontre vinculado. estrangeiro que venha ao país em viagem de
carácter turístico ou recreativo.
2. A estadia no país ao abrigo do visto turístico
SECÇÃO II não poderá exceder o limite de novente dias.

Vistos
ARTIGO 12
ARTIGO 7
(Visto de trânsito)
(Vistos de entrada)
1. O visto de trânsito é concedido ao cidadão
1. O visto de entrada pode ser individual ou estrangeiro que tenha de entrar no país para
colectivo , simples ou múltiplo. alcançar o país de destino .
2. O visto pode revestir qualquer das seguintes 2. A concessão de visto de trânsito terá lugar
modalidades: mediante a apresentação do visto do país de
a) Visto diplomático; destino.
b) Visto de cortesia; 3. O visto é concedido por um período não
c) Visto oficial; superior a sete dias.
d) Visto de residência; 4. O cidadão estrangeiro em viagem continua que
e) Visto turístico ; não disponha de visto de trãnsito durante a
f) Visto de transito; escala tecnica ou de baldeação ,observara as
g) Visto de visitante; instruções que lhe forem dadas pela autoridade
h) Visto de negócio; competente.
i) Visto de estudante.
ARTIGO 13
(Visto de visitante ) da sua concessão e dá direito a permanência no país
durante o períoo que nele for consignado.
1. O visto de visitante destina-se a permitir a
entrada em terrítório nacional ao seu titular para ARTIGO 18
fins que , sendo aceites pelas autoridades
competentes ,não justifiquem a concessão de (Isenção de vistos)
outra modalidade de visto.
2. O visto de visitante tem a validade mínima de Estão isentos do visto de entrada:
quinze dias prorrogáveis até ao limite máximo a) O cidadão estrangeiro com autorização de
de noventa dias. residência no país;
b) O cidadão estrangeiro , nacional de país com
que Moçambique tenha acordos de supressão
ARTGO 14 de visto.

(Visto de negócio) ARTIGO 19

1. O visto de negócio é concedido ao cidadão (Interdição de entrada)


estrangeiro que se desloque ao país em conexão
com a actividade que desenvolve . Será interdita a entrada no país
2. A estadia no país ao abrigo do visto de negócio aos estrngeiros quando a autoridade da fronteira tiver
e pelo período de trinta dias ,prorrogáveis. conhecimento oficial de que contra qualquer viajante ou
imigrante existe pedido de interdição de entrada emitido
por entidade competente.
ARTIGO 15
CAPÍTULO III
(Visto de estudante )
Autorização de residência
O visto de estudante é concedido
ao cidadão estrangeiro que tenha de entrar no país a fim de ARTIGO 20
frequentar um estabelecimento de ensino oficialmente
reconhecido e é válodo por doze meses prorrogáveis. (Autorização de residência)

ARTIGO 16 A autorizaçõ de residência será


concedida pelos serviços competentes do Governo ao
(Condições para obtenção de visto e entrada) cidadão estrangeiro titular do visto de residência ,reunidos
os seguintes requisitos :
1. Fora da documentação referida no artigo 6 para a) Todos os mencionados nas alíneas a),b),c),d)
além do visto de entrada , o cidadão estrangeiro ,e),e f) do artigo 16;
devera ainda reunir os seguintes requisitos: b) Destinando-se a autorização de residência ao
a) Tratando-se de passaporte colectivo exercício de actividade profissional ,os
,estar presente o respectivo titular ; mencionados nas alíneas a),b) ,c),d) e e) do
b) Ser considerado maior nos termos artigo 16 e uma autorização para efeito , nos
da lei pessoal ou sendo menor termos da legislação vigente.
possuir autorização por escrito do
pai , mãe ou tutor; ARTIGO 21
c) Não se encontrar interdito de entrar
na República de Moçambique; (Período de validade e renovação)
d) Não ter sido expulso ou declarado
«persona non grata» na República 1. A autorização da residência tem a validade de
de Moçambique; um ano renovável por iguais períodos enquanto
e) Não desenvolver actividades que perdurarem as razões da sua concessão.
quando praticadas na República de 2. A autorização de residência cuja vigência se
Moçambique impliquem a pena de prolongue por mais de dez anos consecutivos ,
expulsão; confere ao seu titular ,o estatuto de residente
f) Privar posuír meios de subsistência permanente.
quer no acto do pedido quer a
entrada ou termo de
responsabilidade emitido por uma ARTIGO 22
entidade ou cidadão residente no
país , reconhecidamente idóneos ; (Mudança de domicilio)
g) Outros julgados necessários.
A mudança de domicilio de
2. Tratando-se de convidados em visita ao país a cidadão estrangeiro residente no país , assim como a
convite de entidades competentes do Governo ausência por período superíor a noventa dias deverão com
,Instituições públicas e organizações não antecedência de 8 dias ser comunicadas aos Serviços de
governamentais não se aplica a alinea f) do Migração solicitando-se averbmento do novo comicilio.
número anterior .Este tratamento é extensivo
aos estudantes.
ARTIGO 23
ARTIGO 17
(Cessação da autorização de residência)
(Prazos de utilização e de validade dos vistos)
1. A autorização de residência no país cessa nos
O visto de entrada deve ser seguintes casos:
utilizado dentro do prazo de sessenta dias a contar da data
a) Expulsão ou declaração de «persona
non grata »; ARTIGO 28
b) Ausência do país por um período
superior a noventa dias sem que (Saída coersiva)
tenha comunicado do facto as
autoridades competentes; O cidadão estrangeiro poderá ser
c) Não revalidação da autorização de obrigado a saír do país por virtude de extradição ou
residência. expulsão nos termos da legislação aplicável sobre a
matéria.
2. O disposto nas alíneas b) e c) não se aplica ao
residente permanente. SECÇÃO II

Expulsão
CAPITULO IV
ARTIGO 29
Controlo de Identidade e alojamento
(Expulsão administrativa)
ARTIGO 24
1. Sem prejuízo das disposições constantes de
(Alteração de Identificação) tratados ou convenções internacionais , o
Governo poderá expulsar , do território
Qualuer alteração dos elementos de identificação ou do nacional , o cidadão estrangeiro por qualquer
estatuto pessoal de cidadão estrangeiro deve ser dos seguintes fundamentos:
comunicada aos serviços de Migração no prazo de trinta a) entrada irregular no país;
dias desde a sua verificação. b) atentar contra a segurança nacional ,
aordem pública ou os bons
costumes;
ARTIGO 25 c) presença ou actividade no país que
ameace os interesses e a dignidade
(Boletim de alojamento) do Estado moçambicano ou dos seus
cidadãos;
1. Os hotéis , estalagens , moteis , parques de d) intervir , na vida política do país
campismo , pousadas , casas de hóspedes e ,sem que para tal esteja devidamente
similares , são obrigados a comunicar a autorizado pelo Governo;
hospedagem do cidadão estrangeiro , aos e) desrespeitar a Constituição e as
Serviços de Migração mediante boletim demais leis nacionais aplicáveis a
individual de alojamento. estrangeiros;
2. O cidadão estrangeiro não residente que se f) praticar actos que teríam impedido a
instale em habitação própria fica responsável sua entrada no país caso tivessem
pela comunicação a que se refere o número 1 sido conhecidos previamente pelas
deste artigo , quer em relação a si próprio quer autoridades moçambicanas.
em relação às pessoas estrangeiras que com ele
coabitam. 2. Da medida de expulsão o interessado poderá
3. A saida definitiva de hóspedes ou inquilinos interpor recurso hierárquico ao Conselho de
estrangeiros será igualmente participada pelas Ministros ou jurisdicional ao Tribunal Supremo
autoridades referidas no número 1 deste artigo , em instância única ,sem efeitos suspensivos.
por meio de entrega do respectivo boletim 3. Os Serviços de Migração ,sempre que tiverem
individual de alojamento. conhecimento do facto que constitua
fundamento da expulsão , organizarão o
CAPITULO V competente processo , no prazo de oito dias ,
onde serão recolhidas as provas necesárias à
Saída de cidadão estrangeiro do país decisão..

SECÇÃO I ARTIGO 30

Saída (Expulsão judicial)

ARTIGO 26 Sem prejuízo das disposições da


legislação penal ,será aplicada acessoriamente a pena de
(Saída voluntária) expulsão nos seguintes casos:
a) Ao cidadão estrangeiro não residente no país
A saída do território nacional far-se-á por qualquer dos que tenha sido condenedo , por tribunal
postos de fronteira habilitados , mediante prévia exibição moçambicano , por crime doloso em pena
de um dos documentos previstos no artigo 6 e seguintes e superior a seis meses de prisão ;
após cumprimento das formalidades legais. b) Ao cidadão estrangeiro que resida no país há
menos de cinco anos e tenha sido condenado ,
por tribunal moçambicano , por crime doloso
ARTIGO 27 em pena superior a um ano de prisão;
c) Ao cidadão estrangeiro que resida no país , há
(Interdição de saída) mais de cinco e menos de quinze anos ,
condenado em pena superior a dois anos de
A saída pode ser impedida quando a autoridade prisão;
competente tiver conhecimento oficial de que contra o d) Ao cidadão estrangeiro que resida no país , há
respectivo viajante ou emigrante existe pedido de captura mais de quinze anos , condenado a pena maior.
ou interdição de saída emitido por entidade autorizada.
ARTIGO 31
CAPITULO VI
(Competência para expulsão e respectivo processo)
Fiscalização
Compete ao tribunal judicial de
província decidir sobre a expulsão de cidadão estrangeiro ARTIGO 38
com os fundamentos referidos no artigo 30 da presente lei ,
fixando-se a competência territórial em função da (Fiscalização em embarcações e aeronaves)
residência ou do lugar em que o estrangeiro for
encontrado. 1. Os Serviços de Migração farão a fiscalização ,
no âmbito das suas funções , em embarcações
ARTIGO 32 ou aeronaves comerciais ou de recreio surtos
nos portos e aeroportos nacionais quando se
(Remessa de certidões de sentenças condenatórias) destinem ou provenham do estrangeiro.
2. Para efeitos do número anterior , as
Os tribunais enviarão aos Serviços autoridades da respectiva jurisdição fornecerão
de Migração , no prazo de trinta dias , certidões das transporte e equipamento para permitir uma
sentenças condenatórias proferidas em processo crime fiscalização efecaz.
contra cidadão estrangeiro.

ARTIGO 39
ARTIGO 33
(Facilitação das deligências e buscas )
(Competências para execução da medida de expulsão)
Os capitães e mestres de
1. Compete aos Serviços de Migração a execução embarcações com destino ou provenientes do estrangeiro
das decisões judiciais de expulsão de as empresas e agências das companhias de navegação e
estrangeiro do território nacional. outras autoridades intervenientes obrigam –se a facilitar as
2. A pena acessória de expulsão será sempre deligências e buscas que tenham de ser realizados com
executada mesmo que o cidadão estrangeiro se vista à captura de individuos incriminados pelas
encontre em liberdade condicional. autoridades competentes e de migrantes clandestinos.

ARTIGO 34 ARTIGO 40

(Obrigações do cidadão estrangeiro com processo de (Liberdade de acesso)


expulsão)
Será facultada a entrada livre dos
1. Enquanto decorrer o processo de expulsão , o funcionários dos Serviços de Migração , para o exercício
cidadão estrangeiro ficará sujeito a : da sua funçaõ fiscalizadors nas casas e recintos de
a) declarar a sua residência e a não se espetáculos ou diversão , associações de recreio , nas
ausentar do local da sua residência estações fluviais ,.aeroportos e caminhos de ferro , nos
sem autorização dos Serviços de comboios , navios, aeronaves e em locais onde a sua
Migração; presença seja aconselhável.
b) apresentar-se regular e
periodicamente nos Serviços de
Migração , nos termos legais que CAPITULO VII
forem estipulados.
Infracções e sanções
2. Verificando-se incumprimento de qualquer das
obrigações previstas no número anterior será o SECÇÃO I
estrangeiro detido , executando –se de imediato
a decisão de expulsão. ARTIGO 41

(Infracções e sanções)
ARTIGO 35
A migração clandestina e a
(Urgência da expulsão) falsificação de documentos é punida nos termos da lei
vigente.

1. O processo de expulsão e de natureza urgente .


2. Em tudo o que não esteja previsto na presente ARTIGO 42
lei , observar-se-á as disposições do processo
sumário-crime. (Falta de visto e boletim de alojamento)

1. O cidadão estrangeiro que permaneça no país


ARTIGO 37 para lém do período autorizado , fica sujeito a
uma pena de multa diária de 1.000.000.00 MT
(Tratamento dos refugiados) sem prejuízo do pagamento das taxas a que
deveria satisfazer se estivesse devidamente
Aos refugiados aplicar-se-a o autorizado.
tratamento previsto na lei aplicável , acordo ou conveção 2. Quando a saída do território nacional se
internacional de que a República de Moçambique será verificar a transgressão referida no número
parte. anterior , amulta será agravada em 50 por
cento.
3. A violação do disposto no artigo 25 da presente 3. O infractor será notificado para , no prazo de
lei , será punida com multa diária de cinco dias , pagar voluntariamente a multa.
500.000.00MT , acrescida dos respectivos 4. Na falta do pagamento voluntário das multas ,
adicionais . dentro do prazo legal , o auto será remetido ao
tribunal competente nos termos da legislação
ARTIGO 43 em vigor.

(Falta de autorização de residência )


ARTIGO 49
1. A infracção do disposto no número um do
artigo 21 será punida com pena de multa diária (Destino e actualização das multas)
de 1.000.000.00 MT acrescida dos respectivos
adicionais.
2. O cidadão estrangeiro que deixe caducar a 1. As multas cobradas nos termos dos artigos
autorização de residência poderá renivá-la , anteriores constituem receitas da fazenda
mediante multa diária de 100.000.00 MT , pública.
acrescida de adicionais. 2. Os montantes das multas serão actualizados
pelo Governo.

ARTIGO 44
CAPITULO VIII
(Mudança de domicilio sem comunicação )
Disposições finais e transitórias
A falta de comunicação da
mudança de domicilio será punida com pena de multa de ARTIGO 50
1.000.000.00 MT mensais.
(Instrução preparatória)

ARTIGO 45 1. Compete aos Serviços de Migração a instrução


preparatória dos processos relativos às
(Responsabilidade pelos encargos em caso de infracções praticadas no que respeita ao regime
repatriamento ) de entrada , saída e passagem nos postos
fronteiriços , permanência de estrangeiro em
As empresas públicas ou privadas território nacional e migração clandestina.
e as sociedades comerciais que tenham estrangeirios ao seu 2. Nos postos administrativos e localidades onde
serviço respondem pelas despesas so seu repatriamento nos não existam os Serviços de Migração , cabe à
termos da presente Lei. Polícia da República de Moçambique e , na
falta desta , às autoridades administrativas , a
competência estabelecida no número anterior.
ARTIGO 46

(Estrangeiros indocumentados e clandestinos) ARTIGO 51

As empresas , agentes de São devidos emolumentos pela


navegação e pessoas singulares que transportem para o concessão de autorizações de residência , emissão de
país estrangeiros indocumentados ou clandestinos são documentos de viagem , assim como pelas multas previstas
responsáveis por todas as despesas com estes incluindo o na presente lei, em conformidade com a tabela aprovada.
seu retorno , acrescidas de multa de 6.000.000.00 MT em
caso de desembarque.
ARTIGO 52

ARTIGO 47 (Documentos emitidos a favor de cidadão estrangeiro)

(Falta de comunicação de alteração dos elementoa de


identificação) 1. Ao cidadão estrangeiro poderá ser concedido
passaporte ou documento equiparado , nos
A falta de comunicação da seguintes casos:
alteração dos elementos de identificação ou estatuto a) O cidadão estrangeiro residente no
pessoal do cidadão estrangeiro referidos no artigo 24 , será país , dsde que seja apátrida;
punido por pena de multa diária de 100.000.00 MT , b) Quando outras razões excepcionais
acrescida de adicionais. aconselharem a sua emissão.

2. A emissão obedecerá às modalidades em vigor


ARTIGO 48 para os documentos equiparados.

(Competência relativa às infracções e respectivo


processo) ARTIGO 53

1. A aplicação das multas pelas infracções (Documento de viagem para refugiados)


previstas na presente lei é da competência dos
Serviços de Migração.
2. Verificando alguma infracçaõ , a entidade Os refugiados a que se refere o
competente lavrará auto de notícia que fará fé disposto no parágrafo 11 do anexo a que se refere a
até prova em contrário . Convenção de Genebra de 1951 e seus protocolos assim
como os abrangidos pela Convenção da OUA , poderão ARTIGO 57
obter um documento de viagem.
(Revogação)

ARTIGO 54 É revogada toda a legislação contrária às normas desta lei.

(Modalidade e validade do documento de viagem para


refugiados) ARTIGO 58

1. O documento de viagem para refugiado pode (Competência regulamentar)


ser individual ou familiar.
2. O documento de viagem individual só será
emitido a favor do cidadão estrangeiro maior de Compete ao Conselhop de Ministros regulamentar a
dezasseis anos de idade. presente Lei
3. O documento de viagem familiar pode ser Aprovada pela Assembleia da República .
utilizado por qualquer dos cônjuges e abrange
os filhos menores. O Presidente da Assembleia da República , Marcelino dos
4. O documento de viagem familiar para Santos
refugiados tem a validade de dois anos
prorrogáveis e pode ser utilizado em número Promulgada em 28 de Dezembro de 1993.
ilimitado de viagens.
5. A validade dos documentos de viagem cessa Publique-se
desde que os refugiados adquiram qualquer das
situações previstas nos paágrafos 1 e 4 da O Presidente da República ,JOAQUIM ALBERTO
secção C do artigo 1 da Convenção de Genebra CHISSANO
de 1951.

ARTIGO 55 Lei nº 6/93


(Competência para emitir passaporte e documento de De 28 de Dezembro
viagem)
As alterações introduzidas no
sistema de Impostos Sobre o Rendimento , através da Lei
Compete aos Serviços de nº 8/88 , de 21 de Dezembro , mostram-se desajustadas
Migração emitir passaporte para cidadão estrangeiro e havendo necessidade de se adequar a tributação , nestes
documentos de viagem para refugiados. impostos ,à realidade económica em constante evolução.
Torna-se , pois imperioso proceder-se à actualização das
taxas e montantes dos escalões do imposto complementar e
ARTIGO 56 do imposto sobre o rendimento de trabalho ____ secção
«A» devido ao reajustamento nas políticas cambiais de
(Condições especiais de visto) preços e de salários que se vêm registando.

Na regulamentação da presente lei


, o Conselho de Ministros definirá as condições em que
excepcionalmente se poderá conceder visto no posto
fronteiriço.

Você também pode gostar