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º 5 — 6 de janeiro de 2017
2 — Any change in the paid employment carried out militares estrangeiros em território nacional, em tempo
should be communicated and subject to new authorization. de paz.
Em vigor há mais de 40 anos, regulando uma matéria
Article No. 11 relevante para a soberania do Estado e que tem impacto no
relacionamento externo do país, torna-se importante proce-
Entry into force
der à atualização daquele regime. Com efeito, o contexto
The current Agreement shall entry into force thirty subjacente à aprovação do Decreto n.º 267/72, de 1 de
(30) days following receipt of the last notice, in wri- agosto, alterou-se de forma significativa, nomeadamente no
ting and through diplomatic channels, informing that que respeita à organização político-militar do Estado, aos
the national law requirements of the concerned Party compromissos internacionais assumidos e à integração de
were met. Portugal em organizações internacionais. A necessidade de
revisão das soluções jurídicas em vigor decorre igualmente
Article No. 12 das alterações verificadas no direito internacional a que o
Amendments
país se encontra vinculado, desde logo, os princípios e as
normas da União Europeia (UE).
1 — The current Agreement may be subject to review Deste modo, o presente decreto-lei revoga o Decreto
under any of the Parties’ request and such a request shall n.º 267/72, de 1 de agosto, aprovando um novo regime que,
be made in writing and submitted through diplomatic para além de regular a entrada de navios de guerra e de
channels. aeronaves de Estado estrangeiras em território nacional em
2 — The amendments will entry into force pursuant to tempo de paz, inclui também, dada a similitude de matérias,
Article No. 11 of the present Agreement. normas relativas à entrada, movimentação e permanência
de forças estrangeiras por via terrestre, suprindo uma la-
Article No. 13 cuna existente no ordenamento jurídico nacional.
Duration and termination
O decreto-lei que agora se aprova reflete as competên-
cias da Autoridade Aeronáutica Nacional, definidas na Lei
1 — The present Agreement shall remain in force for n.º 28/2013, de 12 de abril, e atribui a esta entidade um
an indefinite period of time. papel relevante no processo de autorização, e subsequente
2 — This Agreement may be terminated by either Party, fiscalização, da operação de aeronaves de Estado estran-
at any time, by written notice, submitted through diploma- geiras em território nacional.
tic channels to the other Party. De referir ainda que o presente decreto-lei disciplina de
3 — The current Agreement shall terminate six (6) mon- forma atual, e atenta a evolução desta matéria no domínio
ths after the date of receipt of the said notice. internacional, a «carga contenciosa ou perigosa», tendo
presentes as Recomendações das Nações Unidas para o
Article No. 14 Transporte de Bens Perigosos e a Lista Militar Comum
Settlement of disputes
da UE em vigor em Portugal.
Com a aprovação do presente decreto-lei, Portugal passa
Any dispute arising out of the interpretation or appli- a ter um regime jurídico atualizado, clarificado e ágil para
cation of the present Agreement shall be settled through regular a entrada, em território nacional, de navios de guerra
negotiations between the Parties. estrangeiros, a operação de aeronaves de Estado estrangeiras,
Done in, New Delhi, on the 8th of July, 2016, in e a entrada, movimentação e permanência de forças estran-
two originals, each in Portuguese, Hindi and English, all geiras que se desloquem por via terrestre, em tempo de paz.
the texts being equally authentic. Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
For the Portuguese Republic: tituição, o Governo decreta o seguinte:
CAPÍTULO I
Disposições gerais
For the Republic of India:
SECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Objeto
O presente decreto-lei define os procedimentos rela-
tivos à:
DEFESA NACIONAL a) Entrada de navios de guerra estrangeiros em território
nacional;
Decreto-Lei n.º 2/2017 b) Operação de aeronaves de Estado estrangeiras em
território nacional;
de 6 de janeiro
c) Entrada, movimentação e permanência em território
O Decreto n.º 267/72, de 1 de agosto, aprovou as normas nacional de forças estrangeiras que se desloquem por via
que regulam a entrada de navios de guerra e de aeronaves terrestre.
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Artigo 2.º como os espaços aéreos que lhes são sobrejacentes, assim
Âmbito de aplicação
como as águas do domínio público marítimo, ainda que
abertas ao comércio internacional, designadamente as do
O presente decreto-lei aplica-se em tempo de paz. mar territorial, tal como é definido no direito interno e
reconhecido no direito internacional.
Artigo 3.º
Definições SECÇÃO II
Para efeitos do disposto no presente decreto-lei, entende- Aplicação da lei portuguesa
-se por:
a) «Aeronaves de Estado estrangeiras», as aeronaves Artigo 4.º
incluídas numa das seguintes categorias: Leis vigentes no Estado português
i) As aeronaves pertencentes às Forças Armadas de um 1 — Os navios de guerra estrangeiros, as aeronaves de
Estado; Estado estrangeiras e seus ocupantes, bem como as forças
ii) As aeronaves utilizadas em serviços militares; estrangeiras e os bens que transportem ou em que se façam
iii) As aeronaves utilizadas em serviços de alfândega; transportar, devem respeitar as leis vigentes no Estado por-
iv) As aeronaves utilizadas em serviços de polícia; tuguês, estando sujeitos, designadamente, às disposições
v) As aeronaves utilizadas exclusivamente para o trans- aduaneiras, sanitárias e de imigração em vigor, bem como
porte, em missão oficial, de chefes de Estado, de chefes de às relativas à ordem pública e à segurança nacional.
governo e de ministros, bem como comitivas; 2 — Os navios de guerra estrangeiros, as aeronaves
vi) As aeronaves pertencentes à Organização do Tratado de Estado estrangeiras e as forças estrangeiras que trans-
do Atlântico Norte (OTAN); portem material contencioso ou perigoso estão isentas do
vii) Outras aeronaves às quais o membro do Governo cumprimento das obrigações decorrentes do disposto na
responsável pela área dos negócios estrangeiros entenda Lei n.º 37/2011, de 22 de junho, alterada pelos Decretos-
dar tratamento de aeronave de Estado; -Leis n.os 153/2012, de 16 de julho, 56/2013, de 19 de abril,
71/2014, de 12 de maio, e 52/2015, de 15 de abril, sempre
b) «Carga contenciosa ou perigosa», todos os bens in- que o referido material se destine a uso próprio, conforme
cluídos na lista de bens perigosos que consta das Reco- declaração expressa do Estado de origem.
mendações das Nações Unidas para o Transporte de Bens 3 — As autoridades do Estado de origem não podem pra-
Perigosos, bem como na Lista Militar Comum da União ticar atos que envolvam ofensa dos princípios fundamen-
Europeia (UE) vigente no território nacional; tais da ordem pública internacional do Estado português.
c) «Estado de origem», o Estado a que o navio de guerra
estrangeiro, a aeronave de Estado estrangeira ou a força Artigo 5.º
estrangeira pertencem;
d) «Força estrangeira», o pessoal pertencente aos exér- Regime de privilégios, imunidades e facilidades
citos de terra, mar e ar de um Estado, incluindo o pessoal Os ocupantes de navio de guerra ou de aeronave de Es-
civil que acompanhe a força estrangeira e que seja empre- tado estrangeiros, quando desembarcados, ou os membros
gado pelas respetivas Forças Armadas, que se desloque em de força estrangeira, estão sujeitos à jurisdição nacional e
território nacional por via terrestre, com a reserva de que o não gozam de privilégios, imunidades e facilidades, salvo
Estado português pode não considerar determinadas pes- o disposto em sentido diferente pelo direito internacional,
soas, unidades ou formações como constituindo ou fazendo designadamente na Convenção de Viena sobre Relações
parte de uma força para efeitos do presente decreto-lei; Diplomáticas de 1961 ou em convenção internacional que
e) «Navios de guerra estrangeiros ou equiparados», os vincule o Estado português.
navios incluídos numa das seguintes categorias:
i) Navios pertencentes à Marinha de um Estado e co- Artigo 6.º
mandados por um oficial cujo nome figura na lista dos Uso e porte de armas
oficiais da Marinha;
ii) Navios-escola da marinha mercante, em serviço de- A detenção, uso e porte de arma pelos ocupantes de navio
pendente do Estado e utilizados para fins não comerciais, de guerra ou de aeronave de Estado estrangeiros, quando
comandados por um oficial nas condições da subalínea an- desembarcados, ou pelos membros de força estrangeira,
terior; fora dos atos de serviço, estão sujeitos às disposições legais
iii) Navios ao serviço do Estado, utilizados para fins não em vigor em território nacional, sem prejuízo de convenção
comerciais e comandados por um oficial da Marinha, de internacional que vincule o Estado português.
outro ramo das Forças Armadas, das Forças de Segurança
ou por um civil especialmente comissionado para esse fim; SECÇÃO III
iv) Navios em que viajem oficialmente chefes de Es-
tado, chefes de governo e ministros, bem como comitivas, Uniformes
quando não transportem outros passageiros;
Artigo 7.º
f) «Navios de guerra nucleares», os navios de guerra Utilização de uniforme
estrangeiros providos de fontes de energia nuclear para a
sua propulsão ou para qualquer outro fim; 1 — Salvo acordo em contrário entre o Estado de origem
g) «Território nacional», o conjunto de todos os espaços e o Estado português, as guarnições de navio de guerra es-
terrestres e de todas as águas sob soberania nacional, bem trangeiro, os ocupantes de aeronave de Estado estrangeira
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ou os membros de força estrangeira devem usar uniforme consideradas de rotina quando tiverem objetivos exclusiva-
quando em execução de missão de serviço em território mente logísticos ou operacionais ou com eles relacionados.
nacional. 2 — As visitas de rotina decorrem de acordo com um
2 — As forças estrangeiras devem apresentar-se unifor- programa estabelecido pelo ramo das Forças Armadas
mizadas nas fronteiras que atravessem. anfitrião.
3 — Aos oficiais de navio de guerra, aeronave de Estado
ou força estrangeiros é permitido trajar uniforme com Artigo 12.º
espada, desde que para fins protocolares.
Infrações por navio de guerra ou força estrangeiros
2 — As visitas oficiais decorrem de acordo com um pro- Salvo nos casos de passagem inofensiva ou utilização
grama estabelecido pelo membro do Governo responsável de vias navegáveis de acesso a porto, a entrada de navios
pela área dos negócios estrangeiros, em colaboração com de guerra estrangeiros em território nacional é considerada
o membro do Governo responsável pela área da defesa como visita.
nacional e o ramo das Forças Armadas anfitrião.
Artigo 14.º
Artigo 10.º Autorização diplomática
Visitas não oficiais
1 — A entrada de navios de guerra estrangeiros em terri-
1 — As visitas de navios de guerra estrangeiros a portos tório nacional, exceto quando se efetue a convite do Estado
nacionais ou de forças estrangeiras a território nacional são português ou seja regulada por convenção internacional,
consideradas não oficiais quando não se pretenda conferir- carece de autorização do membro do Governo responsá-
-lhes particular realce, ainda que representem uma prova vel pela área dos negócios estrangeiros, solicitada por via
de boas relações, estando incluídas nesta categoria, em diplomática com antecedência, em regra, não inferior a:
especial, as visitas motivadas pelo intercâmbio entre as a) Seis semanas, para visitas oficiais;
Forças Armadas dos países envolvidos. b) Quatro semanas, para visitas não oficiais;
2 — As visitas não oficiais decorrem de acordo com c) Duas semanas, para visitas de rotina.
um programa estabelecido pelo ramo das Forças Armadas
anfitrião. 2 — Excetuam-se do estipulado no número anterior:
Artigo 11.º a) Navios a que se refere a subalínea iv) da alínea e)
do artigo 3.º;
Visitas de rotina
b) Navios não nucleares que entrem arribados por mo-
1 — As visitas de navios de guerra estrangeiros a portos tivo de força maior, sendo aplicável o disposto nos n.os 1 e
nacionais ou de forças estrangeiras a território nacional são 2 do artigo 18.º;
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c) Navios arvorando bandeira do Estado limítrofe nas b) Porto ou portos portugueses a visitar;
vias navegáveis de acesso a portos desse Estado; c) Duração da escala, com indicação das horas previstas
d) Navios em passagem inofensiva. de chegada e de partida;
d) Pontos de entrada e de saída do mar territorial por-
3 — A autorização da visita é da competência do mem- tuguês e horas aproximadas de passagem;
bro do Governo responsável pela área dos negócios estran- e) Classificação proposta para a visita e sua finalidade;
geiros, após consulta ao membro do Governo responsável f) Nome e posto do comandante da força naval e indi-
pela área da defesa nacional. cação do navio em que está embarcado;
4 — As autorizações para as visitas de navios de guerra g) Nome, posto e antiguidade dos comandantes dos
estrangeiros a portos portugueses associadas a programas
navios;
de pesquisa científica em águas sob jurisdição nacional
são requeridas por via diplomática ao membro do Governo h) Número de oficiais, cadetes, sargentos, praças, equi-
responsável pela área dos negócios estrangeiros, conjunta- parados e civis que constituem a guarnição de cada navio;
mente com o pedido de autorização para a realização dos i) Número de militares ou civis estrangeiros embar-
cruzeiros científicos. cados;
j) Indicação das individualidades embarcadas;
Artigo 15.º k) Intenção de salvar à terra;
Pedidos para visitas não oficiais ou de rotina de navios de Estados l) Características principais dos navios: velocidade,
membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte deslocamento, calado, comprimento e boca;
1 — Os pedidos para visitas não oficiais ou de rotina m) Solicitação para efetuar emissões eletromagnéticas,
de navios de Estados membros da OTAN são dirigidos indicando a respetiva frequência, modo de transmissão,
à Marinha pelos respetivos Adidos de Defesa ou Navais largura de banda e potência de transmissão;
acreditados em Portugal ou pela respetiva representação n) Intenção de utilizar sonares em ativo durante a per-
diplomática. manência em território nacional, indicando as respetivas
2 — Compete ao Chefe do Estado-Maior da Armada, frequências;
com faculdade de delegação, autorizar os pedidos previs- o) Intenção de utilizar mergulhadores para inspeção
tos no número anterior, comunicando as autorizações ao do casco;
membro do Governo responsável pela área dos negócios es- p) Indicação da existência de propulsão nuclear;
trangeiros, à administração portuária e ao capitão de porto. q) Último porto escalado e porto seguinte a escalar;
3 — Os pedidos para visitas não oficiais ou de rotina das r) Intenção de desembarcar rondas desarmadas para
forças navais sob o comando ou o controlo operacional da vigilância de licenças e sua constituição;
OTAN são formulados de acordo com os procedimentos
s) Indicação de que transporta, ou não, carga contenciosa
estabelecidos no seio da OTAN.
ou perigosa, nos termos do n.º 2 do artigo 4.º
Artigo 16.º
2 — Tratando-se de navios de guerra nucleares, o pe-
Autorização de entrada para navios de guerra nucleares dido de autorização é acompanhado de uma declaração do
1 — Compete ao membro do Governo responsável pela respetivo Estado, garantindo que:
área da defesa nacional, com faculdade de delegação no a) A instalação nuclear no navio obedece aos requisi-
Chefe do Estado-Maior da Armada, tendo em atenção o tos de segurança exigidos pelas entidades competentes
disposto no n.º 2 do artigo seguinte, decidir sobre a con- daquele Estado;
veniência, do ponto de vista da segurança nuclear, de ser
b) Durante a estadia do navio em território nacio-
concedida autorização para a entrada e movimento de na-
vios de guerra nucleares estrangeiros em território nacional. nal são tomadas todas as medidas e observados todos
2 — Sempre que seja autorizada a entrada e o movi- os procedimentos estabelecidos para a segurança das
mento de navios de guerra nucleares estrangeiros em ter- instalações;
ritório nacional, deve a Marinha comunicar o facto ao c) Não são efetuadas descargas que provoquem o au-
membro do Governo responsável pela área dos negócios mento de radioatividade do meio ambiente;
estrangeiros e à área do Governo de que depende a enti- d) O capitão de porto é imediatamente informado acerca
dade competente na área da tecnologia nuclear, a fim de de qualquer acidente que afete a segurança da instalação
que acione, na parte aplicável, as medidas de segurança nuclear do navio;
previstas na legislação que regula a entrada e o movimento e) Assume inteira responsabilidade:
destes navios.
i) Por todos os danos de qualquer natureza provenientes
Artigo 17.º de acidente nuclear originado pelo navio, incluindo os
resultantes do risco;
Requisitos do pedido
ii) Pela imunização e remoção do navio, se este ficar
1 — Sem prejuízo do disposto em convenção inter- imobilizado em território nacional.
nacional que vincule o Estado português, o pedido de
autorização de entrada em território nacional de navios de 3 — O pedido de autorização de entrada em território
guerra estrangeiros deve ser acompanhado das seguintes nacional deve ser efetuado através do preenchimento de
informações: formulário próprio e, tratando-se de navios de guerra
a) Nome, tipo e classe de cada navio, com indicação do nucleares estrangeiros, acompanhado de uma declara-
respetivo indicativo de chamada internacional e número ção do respetivo Estado conforme previsto no número
de costado; anterior.
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2 — A autorização da visita é da competência do mem- f) Que o Estado de origem assume inteira responsabi-
bro do Governo responsável pela área dos negócios estran- lidade, salvo convenção internacional celebrada com o
geiros, após consulta ao membro do Governo responsável Estado português em sentido diferente:
pela área da defesa nacional.
i) Por todos os danos derivados de atos ou omissões,
Artigo 42.º que não sejam resultantes da aplicação de um contrato, no
desempenho de funções oficiais de um membro da força
Instrução do pedido de autorização estrangeira, ou derivados de qualquer outro ato, omissão
1 — O pedido de autorização a que se refere o artigo ou incidente de que uma força estrangeira seja legalmente
anterior deve ser acompanhado das seguintes informações: responsável e que tenha causado prejuízo no território
nacional;
a) Classificação proposta para a visita e sua finalidade, ii) Por todos os danos de qualquer natureza provenientes
conforme disposto no artigo 8.º; de acidente originado pela carga da força estrangeira;
b) Local e data e hora estimada de chegada à fronteira iii) Pela imunização e remoção de carga suscetível de
e ao local de destino; causar riscos, afetar a segurança de pessoas e bens, ou
c) Local e data e hora estimada de saída do local de
provocar danos de qualquer natureza.
partida e chegada à fronteira;
d) Itinerário de ida e volta no território nacional;
3 — Qualquer alteração relativa à informação prestada
e) Identificação das viaturas pelo tipo, marca, modelo
e matrícula; é comunicada pelo Estado de origem, nos termos do artigo
f) Se algum veículo, por si ou em virtude dos objetos anterior.
indivisíveis que transporte, excede o peso ou as dimensões 4 — O pedido de autorização de entrada em território
máximas fixadas na lei portuguesa; nacional deve ser efetuado através do preenchimento de
g) Nome e posto do comandante da força estrangeira; formulário próprio.
h) Identificação do número de pessoas que integram a
força estrangeira; Artigo 43.º
i) Identificação do militar que constitui o ponto de con- Pedidos adicionais
tacto, respetivo número de telefone e viatura em que se
desloca; 1 — No intuito de abreviar a concessão das facilida-
j) Tipo de carga transportada pela força estrangeira; des que as forças estrangeiras eventualmente pretendam,
k) Identificação do armamento, incluindo o número de pode o pedido de autorização ser ainda acompanhado de
série aposto nas armas ou suas partes essenciais, e a sua solicitações para as seguintes atividades, apresentando a
classe, marca, modelo e calibre; respetiva justificação:
l) Identificação da tipologia e quantidade das munições
e explosivos; a) Utilização de radiotransmissores ou radares, durante a
m) Identificação de qualquer carga contenciosa ou pe- permanência em território nacional e reserva de frequência
rigosa que exponha pessoas, meio ambiente ou bens a para emissões eletromagnéticas ou ultrassonoras, indicando
quaisquer riscos; modo de transmissão, largura de banda, potência de trans-
n) Identificação de equipamento específico, nomea- missão e o horário que se propõem cumprir;
damente equipamentos de proteção nuclear, radiológica, b) Ligação de equipamentos de informação, aquisição
biológica e química ou equipamento sofisticado de im- de objetivos, vigilância, reconhecimento e de recolha de
portância estratégica. dados de qualquer natureza, de guerra eletrónica, ou sis-
temas de autodefesa;
2 — O pedido de autorização é acompanhado de uma c) Realização de exercícios de tiro, de lançamento de
declaração do Estado de origem garantindo: quaisquer armas, de projetores, e quaisquer outros de ca-
ráter militar;
a) Que todo o equipamento de informação, aquisição de d) Missões fotográficas ou de sondagem do subsolo.
objetivos, vigilância, reconhecimento e de recolha de dados
de qualquer natureza, de guerra eletrónica, ou sistemas de 2 — Pode ser solicitada a saída dos membros das forças
autodefesa, está desligado, inativo, em segurança ou em
estrangeiras das bases militares, em licenças.
modo de espera enquanto a força estrangeira permanece
3 — A autorização para utilização de emissores de ra-
em território nacional, sem prejuízo do disposto no artigo
seguinte; diocomunicações em território nacional é da competência
b) Que a carga transportada está acomodada de acordo do membro do Governo responsável pela área dos negó-
com as melhores práticas europeias para acondicionamento cios estrangeiros, após obtenção de parecer da competente
da carga nos transportes rodoviários; autoridade nacional.
c) Que durante a permanência da força estrangeira em
território nacional são tomadas todas as medidas e obser- Artigo 44.º
vados todos os procedimentos estabelecidos pela legislação Habilitação para conduzir veículo
portuguesa e comunitária para a segurança da carga;
d) Que não são efetuadas quaisquer descargas que afe- Salvo o disposto em convenção internacional que vin-
tem o meio ambiente; cule o Estado português, os membros das forças estran-
e) Que as autoridades portuguesas são imediatamente geiras devem estar habilitados, de acordo com a lei por-
informadas acerca de qualquer evento que afete a segu- tuguesa, para conduzir veículo a motor na via pública em
rança da carga; território nacional.
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