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TAREFA 4
Como futuro especialista em engenharia clínica, uma de suas atividades será a realização de
auditorias. No entanto, ainda que você não realize essa atividade, é muito importante conhecer o
básico sobre esse assunto, para não negligenciar as recomendações recebidas após uma visita
de auditoria in locu.
Para realizar essa atividade, considere que você foi contratado para realizar a auditoria in locu de
um serviço de engenharia clínica, pertencente a um hospital de alta complexidade com 90 leitos.
A instituição possui um problema constante de indisponibilidade de seus equipamentos médico-
hospitalares e encontra dificuldades financeiras para manter todos os equipamentos funcionando,
devido ao contexto atual da pandemia do Covid-19, que causou diminuição de procedimentos
cirúrgicos que traziam receita para o hospital, além de bloqueio de unidades de terapias
intensivas para o atendimento a pacientes portadores do coronavírus. A direção do hospital
entendeu que essa auditoria iria auxiliar a controlar as contas hospitalares, além de evitar que os
equipamentos ficassem indisponíveis em um momento crítico para o sistema de saúde. É
esperado também que ocorra uma diminuição da solicitação de suporte por parte dos
fornecedores, que realizam cobrança da visita e procedimentos realizados, conforme previsto em
contrato.
Como as visitas aos setores estavam restritas devido as medidas de precaução vigentes, você
entrou em contato com por e-mail com os supervisores de enfermagem de cada setor, que são os
profissionais que mais utilizam e mantém contato com os equipamentos médico-hospitalares de
interesse para a sua auditoria. Você recebeu o seguinte retorno a respeito das perguntas
realizadas:
Após a obtenção dos dados acima, você realizou uma visita in locu ao serviço de Engenharia
Clínica, você conseguiu obter as seguintes informações:
ITE OCORRÊNCIA
M
1 - O responsável pelo setor é um Engenheiro Civil, sem formação específica.
2 - Atuam no setor 2 técnicos em eletrônica, em revezamento 12x36.
3 - Não há protocolos documentados, inclusive os relacionados
4 - 30 Bombas de infusão contínua, de 4 fornecedores diferentes, das quais, 10 estão no setor de
engenharia clínica há 22 meses aguardando manutenção.
5 - 10 aparelhos de ventilação mecânica, aguardando liberação da direção para que seja acionado a
manutenção do fornecedor. Estão parados há aproximadamente 6 meses.
6 - 30 laringoscópios estão desde o início de funcionamento do setor, pois ninguém sabe precisar a
origem de tais materiais.
7 - Diversos equipamentos, como esfigmomanômetros, aparelhos medidores de glicose e outros
aparelhos sem registro no Ministério da Saúde, conforme prevê o Art. 12 da Lei Nº 6.360, de 23 de
setembro de1976.
8 - Muitos equipamentos, como esfigmomanômetros, aparelhos medidores de pressão arterial e
glicose contaminados, oriundos de unidades de tratamento de pacientes com Covid-19, ainda com
presença de secreções corpóreas. Não havia no setor orientações de como lidar com tais
equipamentos de acordo com a NR-15, em relação aos cuidados com agentes biológicos.
9 - Existe manual de procedimentos de proteção contra incêndios, conforme NR-23 (norma
regulamentadora nº23, do Ministério do Trabalho), que foi elaborado em conjunto com o SESMT
(Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho).
10 - O serviço de Engenharia Clínica também é o responsável por gerenciar as obras civis e
manutenção hospitalar, porém não foi localizado a descrição dos procedimentos conforme a
legislação vigente, mais especificamente em relação as NR-18, NR-33 e NR-35.
11 - Ainda que realizadas mensalmente, as manutenções não possuem um cronograma específico,
com exceção aos equipamentos nos quais a manutenção preventiva é realizada pelo fornecedor de
tais equipamentos.
12 - Não há nenhum programa de capacitação e educação continuada no setor, incluindo aqueles
descritos na NR-32.
13 - Qualquer assunto referente a acidentes com equipamentos médico-hospitalares é de única
responsabilidade do SESMT, sem nenhuma participação do setor de Engenharia Clínica.
14 - O inventário de equipamentos médico-hospitalares é atualizado somente quando existe a
aquisição de um novo equipamento.
15 - Não há rotinas de tecnovigilância elaboradas pelo setor.
16 - Existe uma sala de depósito de equipamentos com muitos equipamentos quebrados, com
etiquetas de “quebrado” ou “manutenção”.
Foi possível identificar os seguintes itens:
- 33 monitores multiparâmetros, marcas diversas, o mais antigo parado há 8 anos. Em alguns de
marca asiática havia uma etiqueta colada de “devolução, reparo não viável”, porém não é possível
afirmar se o reparo não era viável financeiramente ou por outro motivo.
- 45 aparelhos de verificação de pressão arterial (esfigmomanômetro), sem identificação alguma.
Foi realizado teste em um deles e verificou-se que estava apenas descalibrado.
- 60 bombas de infusão contínua, marcas diversas, apenas com etiqueta escrito “defeito”. A mais
antiga parada há 7 anos. Nenhum dos modelos eram compatíveis com os atuais utilizados pela
instituiç