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USO DA PAPAÍNA NO TRATAMENTO DAS ÚLCERAS POR

PRESSÃO: ENSAIO
CLÍNICO RANDOMIZADO E DUPLO CEGO.
Roque, Maryhá.1; Souza, Mariza B. B.2; Ferreira, Noeli M.L.A.3;
Castro,
Samanta L.S. 4.
1Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de São
Carlos
1. Objetivos
A literatura pesquisada mostra que a
papaína, tem uma eficácia já comprovada
no tratamento de feridas, e de baixo custo,
embora tenham poucos estudos tratandose
da ação da papaína em diferentes
concentrações nos diferentes tecidos
desvitalizados. Para responder a esta
questão o estudo teve como objetivo
avaliar a efetividade do uso da papaína gel
6% na ação do desbridamento de tecido
necrosado tipo escara em úlceras por
pressão comparando a ação da papaína
gel 10%.
2. Material e Métodos
Trata-se de um estudo clínico randomizado
duplo cego, onde os pacientes
selecionados seriam referenciados pelos
enfermeiros das UFS e UBS do município
do interior do estado, no período de
Janeiro/2009 a Junho/2009.
3. Resultados e Discussões
A amostra foi constituída de 10 pacientes,
porém somente 2 tinham as características
de inclusão da pesquisa. Sendo que um
deles foi internado não incluindo na
pesquisa, e o outro iniciado o tratamento
com visitas domiciliares, aplicado a
papaína aleatoriamente segundo o estudo
duplo cego. No período de atendimento, foi
encontrada uma úlcera por pressão sacral
com tecido desvitalizado tipo escara em
todo o leito da ferida. Após curativos
diários com a papaína, observou-se que a
úlcera teve uma melhora no aspecto do
tecido necrótico. No decorrer do estudo a
família optou pela realização de um
desbridamento cirúrgico, retirando a sua
participação da pesquisa. Após o término
do trabalho foi revelado que a papaína
aplicada era de 10%. Os outros 8 sujeitos
referenciados pelos enfermeiros das USF e
UBS apresentavam úlceras por pressão
sem tecido necrosado tipo escara, 45%
eram do sexo feminino e 55% do sexo
masculino, idades de 45 a 88 anos, a
origem da ferida deriva-se de um longo
tempo de internação por diferentes causa como AVC, Trauma medular entre outros.
Sendo que 41% das feridas se localizavam
na região sacral, 47% eram de grau III.
4. Conclusão
Assim por não se conseguir a amostra o
estudo esta inconclusivo em relação ao
resultado esperado, que era evidenciar a
não diferença na efetividade da papaína
6% comparada a de 10%, comprovando
que o tempo de desbridamento com ambas
as concentrações seria o mesmo, hipótese
nula, mas por outro lado conseguimos
trazer novas informações a respeito do tipo
de feridas encontradas na população em
estudo.
5. Referências Bibliográficas
[1] FERREIRA, A. M. et al. Revisão de
Estudos Clínicos de enfermagem:
Utilização de Papaína para o Tratamento
de Feridas, Revista de enfermagem UFRJ,
Rio de Janeiro, v.13, p.382-389,2005

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