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Terapia Nutricional e COVID- 19

Risco Nutricional do Paciente com COVID-19

Recomenda-se a realização da triagem nutricional


em até 48 horas após a admissão hospitalar em
TODOS os pacientes.

★ Evitar o contato físico do


nutricionista com os pacientes!

★ Os pacientes que permanecerem


por mais de 48 horas na UTI devem
ser considerados em risco de
desnutrição
○ Benefícios da TN precoce e
individualizada.

Fonte: BRASPEN, 2020 Fonte: https://tinyurl.com/y2rbj7fn


Avaliação Nutricional

Todos os profissionais de saúde envolvidos na


avaliação nutricional devem seguir as normas de EPI
estabelecidas para os pacientes com COVID-19 e aderir
às recomendações institucionais.
★ EPIs: óculos de proteção, capa de
isolamento, máscara facial e respirador
N95
★ Fornecimento limitado de EPI
○ Entrar em UTIs ou leitos de
isolamento?
○ Exame físico (?) → usar outros
meios para coletar dados de
avaliação
○ Ligar para o paciente ou família e
visitas de telessaúde (virtual e
telefone). Fonte: Acervo pessoal
Fonte: ASPEN, 2020
Quando iniciar a
terapia
nutricional?
Iniciar NE precoce
dentro de 24-36
horas após a
admissão na UTI.
Início da Terapia Nutricional

Iniciar a nutrição enteral precoce dentro de 24-36


horas após a admissão na UTI ou dentro de 12 horas
após intubação e colocação em ventilação mecânica.

★ A menos que vasopressores


crescentes combinados com
intolerância à alimentação
enteral com sintomas de íleo
(distensão abdominal, vômitos)
estejam presentes, a COVID-19
com choque não representa uma
contra-indicação para EN.

Fonte da Imagem: Manual de orientações sobre Terapia Nutricional


Fonte: ASPEN, 2020 Enteral Domiciliar: Informações aos pacientes e cuidadores, 2018
Início da Terapia Nutricional

Iniciar NE precoce dentro de 24-36 horas após a


admissão na UTI ou dentro de 12 horas após intubação e
colocação em ventilação mecânica deve ser o objetivo.

★ NP trófica precoce deve ser iniciada o mais rápido possível


no paciente de alto risco para o qual NE não é viável
○ Sepse ou choque que requerem vasopressores
múltiplos, ou quando o suporte respiratório de alta
pressão é necessário
★ NP precoce se risco de isquemia intestinal e uma
permanência prolongada na UTI é esperada
○ Mitigar preocupações com o intestino isquêmico
○ Reduzir a transmissão de aerossóis para os
profissionais de saúde durante a instalação do
dispositivo de acesso enteral.

Fonte: ASPEN, 2020 Fonte: https://tinyurl.com/y5oppfhp


Via de Alimentação

A alimentação por via oral é a preferencial em pacientes


não graves com diagnóstico de COVID-19.

★ Se a ingestão energética estimada for < 60% das


necessidades nutricionais → SNOs

★ Se pacientes graves → NE é a via preferencial


○ Início: entre 24 e 48h

★ Se contraindicadas VO e/ou enteral → NP o mais


precocemente possível
○ NP suplementar após 5 a 7 dias em pacientes que não
conseguirem atingir aporte calórico proteico >60% por
via digestiva.

Fonte: BRASPEN, 2020


Aporte Calórico na Fase Aguda

Iniciar com um aporte calórico entre 15 a 20 kcal/kg/dia


e progredir para 25 kcal/kg/dia após o quarto dia dos
pacientes em recuperação.

★ Não utilizar calorimetria indireta


○ Risco de disseminação da doença

★ Utilizar fórmulas enterais com alta densidade calórica


(1,5-2,0kcal/ml) em pacientes com disfunção respiratória
aguda e/ou renal
○ Restrição da administração de fluidos.

Fonte: BRASPEN, 2020


Aporte Proteico na Fase Aguda

Ofertar entre 1,5 e 2,0 g/kg/dia de proteína, mesmo em


caso de disfunção renal.

★ Progressão:
○ 1º e 2º dias: < 0,8 g/KgP/dia
○ 3º a 5º dia: 0,8-1,2 g/KgP/dia
○ Após o 5º dia: > 1,2 g/KgP/dia

Fonte: BRASPEN, 2020


Fórmulas Especializadas

★ Não utilizar fórmulas com alto teor


lipídico/ baixo teor de carboidrato para
manipular coeficiente respiratório e
reduzir produção de CO2 em pacientes
críticos com disfunção pulmonar

★ O uso de fórmulas enterais com ômega 3,


óleo de borragem e antioxidantes em
pacientes com SDRA não está indicado

★ Evitar utilização de módulos


○ Maior manipulação do paciente e
aumento do risco para equipe de
enfermagem.

Fonte: https://tinyurl.com/y57rh943
Fonte: BRASPEN, 2020
Monitoramento de Fósforo Sérico

A hipofosfatemia pode sinalizar síndrome de


realimentação e a deficiência de fósforo pode
contribuir para retardo no desmame ventilatório de
pacientes críticos.

★ Realizar monitoramento frequente do P sérico em


pacientes críticos
○ Reposição adequada, quando indicado

★ Progressão calórica deve ser adiada em pacientes com


níveis baixos de baixos de P, K ou Mg até a correção,
com posterior aumento gradual.

Fonte: BRASPEN, 2020


TN e Hipoxemia

★ Recomenda-se que a NE seja mantida


em caso de hipercapnia compensada
ou permissiva.

★ Suspender a dieta em caso de


descompensada hipoxemia,
hipercapnia ou acidose grave.

Fonte: https://tinyurl.com/y5m3q8x8

Fonte: BRASPEN, 2020


Orientações para o uso de Dieta Enteral em
Posição Prona

Utilizar fórmula hipercalórica, hiperproteica, sem


fibras em volume trófico (até 20ml/h) durante todo o
período de prona ou primeiros 6 dias.

★ NE deve ser continuada durante a posição prona


★ Cuidado em pausar a dieta antes de movimentar o
paciente para posição pronada, conforme o tempo
sugerido por protocolo local
★ Ofertar NE de maneira contínua, em BI
★ Iniciar a dieta após a primeira hora e manter até 1
hora antes do retorno à posição supina.

Fonte: BRASPEN, 2020


Orientações para o uso de Dieta Enteral em
Posição Prona
★ Se já estiver em uso de TN:
○ Pausar a dieta enteral e abrir a sonda em sifonagem 2h
antes da manobra de pronar e reiniciar NE 1h após
○ Não suspender NP para execução da manobra
○ Manter cabeceira elevada em 25-30º (Trendelemburg
Reverso)

★ Prescrever prócinético
fixo (metroclopramida
ou eritromicina)

★ Não realizar EDA nesta


população pelo alto
risco de contaminação.

Fonte: https://tinyurl.com/yy6svt9w
Fonte: BRASPEN, 2020
Alterações na Rotina da EMTNs:

Segundo as práticas para atuação do nutricionista e do


★ técnico em nutrição e dietética durante a pandemia do
novo coronavírus (COVID-19) publicadas pelo CFN, para
segurança dos profissionais e dos pacientes, a critério
das unidades e em acordo com as EMTNs, é recomendável
que seja evitado o contato físico do nutricionista e técnico
em nutrição com os pacientes, especialmente com
suspeita ou confirmação de COVID-19.

Fonte: BRASPEN, 2020 Fonte: https://tinyurl.com/y4rx2yfn


Rotina do Nutricionista

★ Avaliação, acompanhamento e evolução dos pacientes:


○ Usar dados secundários de prontuário, contato
telefônico e do intermédio de membros da equipe
multiprofissional que já esteja em contato direto
com os pacientes.
○ Pode-se adotar a modalidade não presencial de
assistência ou considerar a possibilidade de seu uso
para parte da equipe, em escala de revezamento,
como forma de preservar os profissionais.

★ Se não for possível realizar as triagens via contato


telefônico ou por dados secundários de prontuários:
○ Suspender durante a pandemia, a fim de proteger os
profissionais e pacientes, reduzindo o contato físico.

Fonte: BRASPEN, 2020


Rotina do Nutricionista

Apesar das dificuldades da pandemia atual, os


pacientes acompanhados pela EMTN devem seguir
recebendo o suporte nutricional e atenção que
necessitam, sem nenhuma repercussão negativa em
seu tratamento.

★ A supressão das triagens nutricionais pode reduzir


a carga horária dos nutricionistas durante a
pandemia.

Fonte: BRASPEN, 2020


Referências Bibliográficas

Brazilian Society of Parenteral and Enteral Nutrition. Parecer


BRASPEN/AMIB para o Enfrentamento do COVID-19 em Pacientes
Hospitalizados. BRASPEN Journal, 2020.

American Society for Enteral and Parenteral Nutrition. Nutrition


Therapy in the Patient with COVID-19 Disease Requiring ICU Care.
2020.

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