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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PCC 3332 - Tecnologia e Gestão da Produção de Obras Civis: Obras de


Infraestrutura

Grupo 2
Cristiane Harue Miura - 10791746
Flávia Moe Hashima - 10738374
Giovanna Fernandes Rosconi - 11368425
Henrique Miranda Catalan - 11382727
José Gabriel Medef Neto - 11262786

Relatório do Trabalho Final


Professor Flávio Leal Maranhão
Turma 3

São Paulo
2021
1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo a elaboração de uma proposta técnica para
a execução de uma obra de infraestrutura detalhada de um edital escolhido pelo
grupo. O edital escolhido foi do tipo concorrência pública de tipo menor preço, com
o órgão licitante a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) da Prefeitura
Municipal de Curitiba.

A empresa contratada deverá executar a obra das Alças do Viaduto da Av.


Victor Ferreira do Amaral, referente ao Lote 2.2 da Linha Verde Norte,
compreendendo serviços de engenharia civil, da administração local e canteiro de
obras, serviços preliminares, terraplanagem, pavimentação, drenagem, sinalização
viária, paisagismo, fibra ótica, semaforização, contenção, interferências de
concessionárias e iluminação pública. A obra deverá ter duração máxima de 360
dias com um valor máximo de R$14.214.986,06.

O local da obra que será apresentada pode ser vista na figura 1, a seguir:

Figura 1- Localização da obra

Fonte: autores.

E vale ressaltar que trata-se de uma contratação do tipo DBB


(Design-Bid-Build), de uma licitação de menor preço, com forma de pagamento
baseada nos extratos e no cronograma financeiro e de financiamento através do
fundo de obras públicas da Prefeitura de Curitiba (2,6 bilhões de reais).
2 PROPOSTA TÉCNICA

2.1 Declaração de escopo

A declaração de escopo, mostrada na Figura 2, foi realizada a partir do


modelo apresentado em sala de aula e visa a manejar as expectativas do cliente,
definir exclusões, esclarecer suposições, definir responsabilidades do Cliente e de
outros interessados, descrever as entregas e os marcos (mais estudados no EAP) e
estabelecer critérios de conclusão e sucesso.

Vale ressaltar que a obra tem como limite de escopo as obras de água serem
feitas pela Sanepar e de iluminação pública e RDU pela Copel, tem como cliente a
Prefeitura de Curitiba e tem como limitação de tempo os 360 dias, com direito a
Termo Aditivo (porém esse não foi utilizado).

Foi, a partir disso feita a seguinte declaração de escopo:

Figura 2- Declaração de Escopo

DECLARAÇÃO DE ESCOPO

Nome do projeto: Obra de Alças do Viaduto da Av. Victor Ferreira do Amaral, referente ao Lote 2.2 da Linha Verde
Norte
Nome do cliente: Secretaria
Municipal de Obras Públicas
Número do projeto: Nº 2623
(SMOP) da Prefeitura Municipal de
Curitiba - PR
Gestor do projeto: GSB Construtora
Responsável técnico:
- EIRELI
Objetivo: execução da obra das Alças do Viaduto da Av. Victor Ferreira do
Amaral, no Lote 2.2 da Linha Verde Norte, no município de Curitiba. Critérios
Objetivos do projeto, outras
de sucesso: execução das obras em conformidade com as especificações e
questões do Cliente e critérios de
quantidades de serviços que constam no documento do orçamento básico,
sucesso,como definidos no contrato:
bem como em conformidade com as Normas e Especificações Técnicas dos
órgãos de Transporte.
Habilitação jurídica: ato constitutivo, estatuto social ou contrato social;
Regularidade fiscal e trabalhista: Fazenda Federal, Estadual e Municipal,
Informações de experiência,
FGTS, CNPJ e CNDT; Qualificação técnica: CREA, Engenheiro responsável
qualificações e itens excluídos (isto
técnico e atestado de experiência; Qualificação econômica e financeira:
é,o que o projeto não é)
balanço patrimonial e demonstração de contábeis. Itens excluídos:
realização/alterações no projeto (só deve ser realizado, sem ser alterado)
Determinados requisitos legais e Conformidade com as Normas e Especificações Técnicas do Caderno de
regulamentares, qualidade e outras Encargos da SMOP, do DNIT e do DER, e ainda do Caderno de Encargos da
restrições SETRAN para os serviços de sinalização
A empresa está sendo contratada para executar um projeto já existente (já
Limites do Escopo, interfaces com existe o projeto), sendo que as obras de água serão realizadas pela Sanepar
outros participantes do processo, os (Saneamento no Paraná) e a parte de iluminação e rede de distribuição urbana
papéis para os Clientes e as partes serão administradas pela Copel (Companhia Paranaense de Energia). Além
interessadas disso haverá interferência de departamentos do governo no departamento do
trânsito e das permissões necessárias
A empresa contratada deverá respeitar todas as diretrizes apontadas no edital
de concorrência (incluindo anexos) e nos projetos fornecidos. Devem ser
Uma referência para as políticas
seguidas todas as exigências dos órgãos vigentes do município de Curitiba
gerais e direções de risco que
para a execução de obras de construção civil, entre elas (mas não
possam ter um impacto sobre o
exclusivamente), exigências ambientais e de segurança do trabalho. Em caso
Escopo
de necessidade de aumento de prazo, a contratada deverá providenciar a
prorrogação do prazo de validade da garantia de proposta.
Serviços preliminares, iluminação pública/RDU, terraplanagem, interferência
Uma lista e descrição de todas as
RDE e RDA, drenagem, pavimentação, contenção, semaforização e iluminação
entregas do projeto e marcos
pública, fibra ótica, sinalização viária, paisagismo.
Uma lista e descrição dos itens ou Colocação de placas para sinalização de obra, permissões para realização da
atividades fornecidos pelo Cliente obra e possíveis interferências no trânsito
Condições finais que podem ser
medidas no final do projeto como Cumprimento de todas as cláusulas contratuais, apresentação da Certidão
indicadores de sucesso e conclusão Negativa de Débito da Obra (CND) e possível "Certificado de Vistoria e
(também chamados de critérios de Conclusão da Obra (CVCO)", caso solicitado
conclusão)
Não-Negociáveis (isto é, o que Todos os itens apresentados no edital de licitação indicados como
definitivamente não será retirado) responsabilidade da contratada deverão ser executados pela mesma.
Restrições (técnicas e de gestão):
expansibilidade, compatibilidade,
Limitação física de tempo: 360 dias e possibilidade de Termo Aditivo; Limitação
flexibilidade, limitações físicas, de
de dinheiro: R$14.214.986,06
tempo, gestão, recursos, duração e
dinheiro
Localizações geográficas (do
projeto), com implicações de Lote 2.2 da Linha Verde Norte, no município de Curitiba - PR
viagens, fuso horário e linguagem
Serviços preliminares, iluminação pública/RDU, terraplanagem, interferência
Pressupostos e incógnitas RDE e RDA, drenagem, pavimentação, contenção, semaforização e iluminação
pública, fibra ótica, sinalização viária, paisagismo.
No caso de inexecução ou atraso dos serviços a contratada será penalizada,
Outros: sendo passível de advertência, multa, suspensão temporária de participação
em licitações e/ou declaração de inidoneidade.
Fonte: autores.

2.2 Rede de precedência e estrutura analítica de projeto (EAP)

A rede de precedência, mostrada na Figura 3, considera as principais


entregas da obra. Tem-se que o primeiro passo é a execução de serviços
preliminares, em seguida tem-se a instalação da iluminação pública e da rede de
distribuição urbana. Então depois, ocorre a terraplenagem, juntamente com o
remanejamento de interferências da rede de distribuição de esgoto e de água. Em
seguida, ocorre as atividades relacionadas à drenagem, e com isso é possível
começar a pavimentação e a contenção, além das instalações das fibras óticas, da
semaforização, sinalização viária e paisagismo.

Figura 3 - Rede de precedência

Fonte: autores

Na Figura 4, por sua vez, é apresentada a estrutura analítica de projeto


(EAP) com 3 níveis. No segundo nível estão as principais entregas e no terceiro
nível estão as tarefas de cada uma das entregas.
Figura 4 - Estrutura analítica de projeto (EAP)

Fonte: autores
2.3 Planejamento dos recursos físicos

Para que fosse possível realizar o planejamento dos recursos físicos,


utilizou-se a rede de precedência e o EAP apresentados anteriormente, além do
cronograma físico-financeiro básico, apresentado a seguir na Figura 5.

Figura 5 - Cronograma Físico- Financeiro

Fonte: autores

2.3. Histogramas

Para a elaboração dos histogramas de materiais, de equipamentos e de


mão-de-obra, estudou-se, de maneira conjunta, as informações obtidas na Estrutura
Analítica de Projeto (EAP), no Cronograma físico-financeiro e no Orçamento, sendo
que este último documento foi obtido em um dos arquivos anexos ao edital.

2.3.1 Histograma dos principais materiais

Durante a concepção dos Histogramas de Materiais, foram priorizados


aqueles elementos cuja utilização era mais significativa na obra. Dessa maneira,
foram selecionadas as seguintes matérias: concreto asfáltico, brita e aço CA50.
A etapa inicial para a elaboração do gráfico solicitado foi a de calcular a
quantidade de matéria consumida para cada mês de construção. Para isso,
observou-se, primeiramente, o percentual de execução de cada atividade presente
no cronograma, anexo ao Edital. Como exemplo ilustrativo, é possível citar a
atividade de Paisagismo, a qual tem percentuais nulos até o nono mês e, no mês 10
(dez) tem um nível de execução equivalente a 16,67%.

Em posse de tais dados, quantificou-se, então, os valores consumidos para


cada material, de forma que as estimativas fossem coerentes simultaneamente com
o cronograma e com a quantificação presente no orçamento da obra. A memória de
cálculo para a determinação das parcelas é mostrada a seguir.
Figura 6 - Quantificação dos principais materiais da obra

Fonte: autores
Finalizada essa etapa, foram elaborados, então, os gráficos correspondentes
para cada material analisado:

2.3.1.1 Histograma de concreto asfáltico

Figura 7 - Histograma de concreto asfáltico

Fonte: autores

Observa-se que o consumo desse material segue um padrão uniforme a


partir do nono mês de construção, sendo que sua utilização é de aproximadamente
1.120 toneladas por mês.

2.3.1.2. Histograma de brita

Figura 8 - Histograma de brita

Fonte: autores
O emprego de brita se torna significativo a partir do oitavo mês, sendo que há
grande relevância de seu consumo no mês 11 (onze), quando sua utilização
equivale a 3.150 m³.
2.3.1.3. Histograma de aço CA50

Figura 9 - Histograma de aço CA50

Fonte: autores

Nota-se uma tendência crescente de utilização do aço CA50 a partir do


quinto mês de obra, com o consumo máximo atingido no décimo primeiro mês, em
que se observa uma quantidade equivalente a 533 kg de aço.

2.3.2 Histograma de mobilização dos principais equipamentos

Nessa etapa dos estudos, optou-se pela priorização dos seguintes


equipamentos: caminhão basculante, rolo compactador, escavadeira e
vibroacabadora.

Para a quantificação dos equipamentos ao longo do tempo, seguiu-se o


mesmo raciocínio aplicado para o Histograma de Materiais, visto no tópico 2.3.1.
Primeiramente, foram analisados os percentuais de execução da atividade em cada
mês, seguido da mensuração dos materiais de interesse, tal como é possível
observar na figura abaixo.
Figura 10 - Quantificação dos materiais para o Histograma de Equipamentos

Fonte: autores
Feito isso, foram estimados parâmetros para os equipamentos em estudo, de
modo que fosse possível prever o número de máquinas necessárias. A tabela a
seguir reflete os valores das variáveis adotadas.

Figura 11 - Parâmetros adotados para os equipamentos

Fonte: autores

Além dos indicadores adotados acima, também se estipulou que a carga


horária dos trabalhadores era de 8 horas diárias e com 20 dias úteis no mês. Assim,
foram obtidos os seguintes resultados:
Figura 12 - Quantificação dos principais equipamentos da obra

Fonte: autores
Encerrados os cálculos acima, os histogramas para cada equipamento foram
plotados, tal como é possível verificar a seguir.

2.3.2.1 Histograma do caminhão basculante

Figura 13 - Histograma do caminhão basculante

Fonte: autores

O uso dessa máquina se iniciou no quarto mês da construção das alças,


sendo que o pico de sua utilização foi alcançado no mês 7 (sete), quando ocorreram
cerca de 5 viagens ao dia.

2.3.2.2 Histograma da escavadeira

Figura 14 - Histograma da escavadeira


Fonte: autores

A utilização desse equipamento foi uniforme ao longo dos últimos 9 meses de


obra, sendo necessário o manuseio de apenas uma unidade.

2.3.2.3 Histograma do rolo compactador

Figura 15 - Histograma do rolo compactador

Fonte: autores

Para esse terceiro caso, houve necessidade de utilização de um único rolo


compactador a partir do quinto mês.
2.3.2.4 Histograma da vibroacabadora

Figura 16 - Histograma da vibroacabadora

Fonte: autores

Por fim, a vibroacabadora foi manuseada apenas nos últimos 4 (quatro)


meses da construção, com apenas uma unidade necessária.

2.3.3 Histograma de mobilização da equipe

Para esse último histograma, o método de elaboração foi divergente dos


anteriores. Inicialmente, foram calculadas as quantidades totais de cada atividade
presente no terceiro nível da EAP. É válido ressaltar que as parcelas de iluminação
pública/RDU e de interferências da SANEPAR (RCE e RDA) já continham o número
de trabalhadores necessários nos documentos anexos ao Edital; assim, não foi
necessário quantificar as tarefas envolvidas nesses casos.

Além disso, foram estabelecidos os coeficientes para cada trabalhador


envolvido nas tarefas (oficial e/ou ajudante), tomando como base as tabelas de
valores unitários disponibilizadas na página da disciplina, no Moodle.

O resultado dessas duas etapas pode ser verificado nas duas tabelas abaixo.

Figura 17 - Quantidades totais e coeficientes das atividades - parte 1/2


Fonte: autores

Figura 18 - Quantidades totais e coeficientes das atividades - parte 2/2


Fonte: autores

Em seguida, foram calculadas as horas necessárias para a execução de


cada atividade, seguindo a fórmula abaixo:

𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎𝑠 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑥 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Em seguida, por tentativa e erro, foram selecionados os números de semana


que cada atividade deveria ter e, com isso, a quantidade de funcionários
necessários e a equipe completa:

𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎𝑠
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎 𝑥 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎𝑠
𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎𝑠
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 = 40 𝑥 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎𝑠

Assim, foram obtidos os seguintes valores:

Figura 19 - Quantificação da equipe para cada atividade - parte ½

Fonte: autores
Figura 20- Quantificação da equipe para cada atividade - parte 2/2

Fonte: autores

Dando seguimento, essas equipes dimensionadas foram, então, distribuídas


ao longo do tempo com base no cronograma do tópico 2.3. A memória de cálculo
pode ser observada na tabela que se segue.
Figura 21 - Distribuição da mão-de-obra nos meses de construção - parte 1/2

Fonte: autores

Figura 22 - Distribuição da mão-de-obra nos meses de construção - parte 2/2

Fonte: autores

Com base nas tabelas acima, também foram calculados o número de


mestres de obra necessários, na proporção de 1 (um) mestre de obras para cada 20
(vinte) trabalhadores diretos. Logo, obteve-se a seguinte tabela:
Figura 23 - Número de trabalhadores diretos e indiretos

Fonte: autores

Por fim, foi plotado então o histograma de mão-de-obra solicitado:

Figura 24 - Histograma de mão-de-obra

Fonte: autores

2.7 Dimensionamento do canteiro de obras

2.7.1. Cálculo dos insumos mínimos

A fim de garantir que seriam disponibilizados a quantidade mínima


necessária para atender todos os funcionários da obra a todos os momentos foram
feitos cálculos considerando o mês com mais funcionários presentes, o mês 11.
Além disso, foi considerado que todos os funcionários estariam atuando em uma
única região com acesso a todos insumos. Na realidade, serão disponibilizadas
maiores quantidades, dado que os funcionários estarão atuando em áreas dispersas
em mais de 1km.
Para realizar os cálculos foram utilizados os parâmetros a seguir, que podem
ser encontrados nas NRs 18 e 24. Resultando nas quantidades mínimas indicadas
na tabela (Figura 25).

Água

● 0,25L por pessoa a cada 1 hora de trabalho;


● 60L de água para saneamento por trabalhador;
● 1 bebedouro para cada 50 trabalhadores;

Sanitários

● Separados por sexo;


● 1 vaso sanitário/lavatório/mictório para cada 20 pessoas;
● 1m² no mínimo por sanitário;

Chuveiros

● Separados por sexo;


● 1 chuveiro para cada 10 pessoas;
● 0,8m² no mínimo por chuveiro;

Vestiários

● Separados por sexo;


● 1,5 m² de vestiário para cada pessoa;

Escritório

● 2,5 m² por trabalhador indireto de nível médio de ensino;


● 4 m² por trabalhador indireto de nível superior de ensino;
Figura 25 - Quantificação do canteiro de obras

Fonte: autoria própria

2.7.2. Solução visada

Considerando que a obra está localizada dentro da cidade de Curitiba,


existem algumas vantagens e desvantagens associadas a sua localização. Por um
lado, o acesso à rede local de fornecimento de água e esgoto não faz necessário o
armazenamento na própria obra, além de não ser necessário grandes preocupações
com o transporte dos funcionários até a obra. Porém, o espaço disponível para o
canteiro de obras é limitado, portanto é necessário pensar em uma solução que se
adeque.

Foi considerada a melhor opção o uso de instalações móveis, como


contêineres, que podem ser utilizados como vestiários, sanitários e escritório. Além
de ser uma solução compacta ela pode ser remanejada de acordo com o avanço da
obra, de forma a manter o acesso às instalações sempre o mais confortável possível
para os trabalhadores. Em alguns casos podem ser utilizados banheiros químicos
para instalações sanitárias.
Figuras 26 e 27 - Exemplos de possíveis contêineres

Fonte: autores.

Uma última consideração importante é que a obra é relativamente pequena


(menos de 300 funcionários), o que, unido a sua localização, faz com que não seja
necessário o fornecimento de alojamento e/ou cozinha. Além de não ser necessário
ter uma central de concreto própria.

2.7.3. Configurações logísticas da obra

Considerando os trechos da obra da alça sudeste, alça sudoeste, alça


noroeste, via local linha verde e retorno de avenida, tem-se noções da logística
e da localização das áreas a serem interferidas pelo empreendimento, além de
poder inicialmente obter o seguinte mapa, sendo a circunferência em verde a
representação do possível espaço para a implementação do escritório.

Figura 28 - Configuração dos trechos da obra


Fonte: autoria própria

Figura 29 - Área escolhida para o escritório

Fonte: autoria própria

Em relação ao escritório no momento de maior movimentação da obra


serão necessários no mínimo 68m² de área, este será instalado no local mais
apropriado da área da figura anterior, tendo a seguinte possível região e
exemplo para implementação.

Figuras 30 e 31 - Possivel área e exemplo do escritório, 403m² e 70m²

Fonte: autoria própria


Dessa maneira, como previsto no projeto da linha verde, o tráfego local
deverá ser realinhado conforme o andamento das obras, prevendo-se o mesmo em
meia pista ou com desvios quadra a quadra, se necessário.

Sob outra perspectiva, as instalações sanitárias deverão ser implementadas


e modificadas conforme parâmetros da norma brasileira, como o número de
funcionários, entretanto, dada as dimensões da obra em que pode-se ter mais de
1km de distância entre postos de trabalho outro fator predominante para a
configuração destas será a distância máxima de 150m, como presente na NR 18.

Isto posto, têm-se as seguintes possíveis configurações para a divisão dos


containers e banheiros por sexo e com uma distância máxima de 300m entre duas
instalações, sendo essaas modificadas com o andar da obra e a necessidade de
instalações em cada momento e trecho do proeto.

Figuras 32 e 33 - Exemplo de possíveis configurações das instalações sanitárias

Fonte: autoria própria

De forma análoga ao apresentado, considerando os mesmos trechos da


obra, foram consideradas as seguintes possíveis configurações para os
bebedouros, tendo a divisão com uma distância máxima de 100m dos postos
de trabalho.
Figuras 34, 35 e 36 - Exemplo de possíveis configurações dos bebedouros

Fonte: autoria própria

3 CONCLUSÃO

Todas as atividades descritas acima foram dispostas dessa forma para


conseguir cumprir da melhor maneira possível as disposições presentes no edital de
licitação em que se baseou esse relatório. Portanto, temos de forma macro um
panorama de como irá acontecer a obra, considerando a distribuição de atividades,
materiais, funcionários e equipamentos. Além disso, foi possível esquematizar e
quantificar o canteiro de obras.

Por fim, o trabalho se mostrou uma forma muito eficiente de aplicar o que foi
ensinado em sala de aula. Assim, nós alunos conseguimos compreender de forma
mais realista o conteúdo passado.

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