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Introdução à Cartografia
Um avião faz um pouso de emergência no Oceano Atlântico. O piloto faz um pedido de ajuda e fornece suas coordenadas
geográficas: Latitude 0° e Longitude 30° W. Um navio, localizado na mesma Latitude que o local do pouso e na Longitude 25°
W, escuta o pedido e parte em direção ao local do pouso. Sabendo-se que o perímetro em torno da Linha do Equador é de
aproximadamente 40.075 km, pode-se afirmar que a distância aproximada entre o avião e o navio é de
a) 5 km.
b) 55 km.
c) 155 km.
d) 555 km.
e) 1 550 km.
A personagem Mafalda, que está em Buenos Aires, olha o globo em que o Norte está para cima e afirma: “a gente está de
cabeça pra baixo”. Quem olha para o céu noturno dessa posição geográfica não vê a estrela Polar, referência do polo
astronômico Norte, e sim o Cruzeiro do Sul, referência do polo astronômico Sul. Se os polos do globo de Mafalda estivessem
posicionados de acordo com os polos astronômicos, ou seja, o polo geográfico Sul apontando para o polo astronômico Sul,
seria correto afirmar que
b) o Norte do globo estaria para cima e o Sul para baixo, mas Mafalda não estaria de cabeça para baixo por causa da
gravidade.
c) o Norte do globo estaria para cima, o Sul para baixo, e quem estaria de cabeça para baixo seriam os habitantes do
hemisfério norte.
d) o Sul do globo estaria para cima e o Norte para baixo, mas Mafalda estaria de cabeça para baixo por causa da gravidade.
e) o Sul do globo estaria para cima, o Norte para baixo e Mafalda não teria razão em afirmar que está de cabeça para baixo.
Introdução à Cartografia
“Os mapas da Cartografia têm características típicas que os classificam, e representam elementos selecionados em um
determinado espaço geográfico de forma reduzida, utilizando simbologias e projeções cartográficas” (NOGUEIRA, Ruth E.,
2008, p. 33).
O texto acima se refere à Cartografia, um campo de conhecimento útil à Geografia, que trata do planejamento e da execução
das representações do espaço Geográfico, onde os mapas possuem destaque.
a) Os Mapas são representações reduzidas da realidade presente no espaço geográfico. A relação de dimensão entre
representação gráfica e a realidade é chamada de escala. Em uma escala de 1:25.000, um centímetro no mapa
representa 25.000 metros na realidade.
b) Os Mapas são representações reduzidas da realidade presente no espaço geográfico. A relação de dimensão entre
representação gráfica e a realidade é chamada de escala. Uma escala 1:50.000.000 é considerada menor que uma escala
1:25.000.
c) Os Mapas são representações reduzidas da realidade presente no espaço geográfico. A relação de dimensão entre
representação gráfica e a realidade é chamada de escala. Uma escala grande é ideal para representar grandes áreas
como em um planisfério.
d) Os Mapas são representações reduzidas da realidade presente no espaço geográfico. A relação de dimensão entre
representação gráfica e a realidade é chamada de escala. Quando é utilizada uma escala grande, seu denominador é
também considerado grande e o nível de detalhamento é pequeno.
Questão 04 - (UNESP SP/2019)
A generalização cartográfica é o processo que permite reconstruir em um mapa a realidade, mantendo seus traços essenciais.
a) a orientação, pois os elementos do mapa devem se manter proporcionalmente distantes entre si.
b) a topografia, pois a precisão na análise das informações depende de relevos pouco acidentados.
c) a escala, pois sua diminuição promove restrições que geram a perda de informações.
d) a simbolização, pois elementos naturais e antrópicos devem ser representados em mapas diferentes.
e) a altimetria, pois a determinação das curvas de nível é influenciada pelo ponto de observação do cartógrafo.
Introdução à Cartografia
Três metades
Meio dia,
um dia e meio,
de matemática verdade
No texto as expressões “meio dia”, “um dia e meio”, “meio dia, meio noite” podem ser entendidas como “fatias de
tempo”, não correspondentes, necessariamente, a horários. Considerando-se, porém, a demarcação das horas, sabe-se que,
nas regiões intertropicais, o meio-dia e a meia-noite são marcados por situações de Sol a pino no meridiano local e em seu
oposto, respectivamente. No entanto, em algumas regiões da Terra, temos o chamado Sol da Meia-Noite e a Noite Polar,
com duração de mais de 24 horas. Em relação a essa temática, analise as alternativas a seguir:
I. O Sol da Meia-Noite pode ser observado a partir da latitude de 66º 33’, ou seja, do Círculo Polar Ártico, no Hemisfério
Norte, e do Antártico, no Hemisfério Sul.
II. O dia com maior período escuro ou menor incidência da luz solar corresponde àquele no qual ocorre o Solstício de
Verão para o respectivo hemisfério.
III. O dia com maior período claro corresponde àquele no qual ocorre o Solstício de Inverno para o hemisfério oposto.
IV. O dia com o maior período de Sol da Meia-Noite corresponde àquele em que os raios solares atravessam um dos polos
geográficos e iluminam o respectivo círculo polar, inclusive em situação de oposição.
Em relação às proposições analisadas, assinale a alternativa que apresenta todos os itens corretos:
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
Durante a escolha de um imóvel, é comum a preocupação com a localização geográfica, em especial quanto ao seu
posicionamento em relação à direção leste-oeste. Para um imóvel localizado em Goiânia (nas proximidades do paralelo 16o
Sul), esse posicionamento implicará em receber uma insolação forte em sua face norte durante
a) o verão, quando o Sol faz seu movimento aparente mais deslocado para o sul.
b) o outono, quando o Sol faz seu movimento aparente mais próximo à linha do equador.
c) o inverno, quando o Sol faz seu movimento aparente mais deslocado para o norte.
d) a primavera, quando o Sol faz seu movimento aparente mais próximo à linha do equador.
e) o ano todo, posto que o deslocamento aparente do Sol apresenta variação insignificante.
Introdução à Cartografia
No dia de hoje, sabemos que Porto Alegre se encontra no horário de verão. Que horas marcará um relógio na capital gaúcha,
quando em Londres forem 13 horas?
a) 11 horas
b) 10 horas
c) 9 horas
d) 11 horas e 30 min
e) 10 horas e 30 min
Sobre diferentes convenções, leia as citações a seguir e depois assinale a alternativa que indica, respectivamente, aquelas
descritas nos textos I e II.
Texto – I. “Com os avanços da urbanização e da expansão do comércio, fez-se sentir com intensidade cada vez maior a
necessidade de sincronizar o número crescente das atividades humanas, e de dispor de uma rede de referências temporais
cuja extensão regular pudesse servir de quadro de referência. Construir essa rede e fazê-la funcionar era uma das tarefas da
autoridade central – clerical ou leiga. Dela dependiam o pagamento regular e periódico dos impostos, dos juros e dos salários,
bem como a execução de inúmeros contratos e diversos compromissos; o mesmo acontecia com os numerosos feriados em
que as pessoas repousavam de seu trabalho.”
Texto – II. “[...] passamos de uma forma de determinação do tempo que era pontual, descontínua e situacional para uma
trama temporal contínua, de malhas cada vez mais finas, que encerram e condicionam em sua universalidade toda a extensão
das atividades humanas. A rede temporal social conhecida pelos membros das nações altamente industrializadas é desse tipo.
Hoje em dia, vai-se estendendo progressivamente pelo mundo inteiro, e é fácil observar as dificuldades acarretadas por sua
adoção em regiões onde até hoje ainda se usavam formas mais primitivas de determinação do tempo.”
ELIAS, Norbert. Sobre o Tempo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. p. 46; 77.
a) Latitude e Longitude.
b) Paralelos e Meridianos.
Fonte www.ilhadomelonline.com.br)
Introdução à Cartografia
a) Dentre os diversos objetivos da utilização do sensoriamento remoto destaca-se a obtenção e análise de informações
sobre materiais, objetos ou fenômenos na superfície da Terra, a partir de dispositivos situados a distância.
b) O sensoriamento remoto é uma sofisticação tecnológica entendida como avanço técnico que realiza mapeamento e
convenções cartográficas de imagens adquiridas por sensores próximos de seus alvos.
c) Na utilização do sensoriamento remoto, os dispositivos de coleta de dados têm função de digitalizar a informação
proveniente dos materiais, objetos ou fenômenos terrestres, para posterior processamento e interpretação possível de
ser realizado por qualquer pessoa.
d) As atividades de sensoriamento remoto excluem o processamento digitalizado de imagens, pois a técnica por si mesma
fornece instrumentos que facilitam a identificação e extração de informações para posterior interpretação.
e) A transformação de imagens em dados que possam representar informações úteis está inteiramente realizada, uma vez
que o sensoriamento remoto descarta a necessidade do especialista humano para identificar cada uma das classes de
objetos passiveis de reconhecimento.
As legendas explicam a simbologia da representação gráfica. Podem ser compostas por linhas, cores e símbolos. As linhas
são usadas para representar fenômenos de distribuição linear – como ferrovias, rodovias, rios, canais, fronteiras ou
fenômenos da mesma intensidade por meio das isaritmas, que são linhas que unem pontos de mesmo valor como é o caso
das:
A legenda de um mapa contém a simbologia utilizada para identificar os objetos e/ou fenômenos representados nele. Assim,
os fenômenos com distribuição linear (ou com a mesma intensidade) são representados por:
a) Cores.
b) Linhas.
c) Símbolos.
d) Escalas.
e) Projeções.
História Moderna
Questão 11 - (UFRGS/2017)
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre a expansão de Portugal e a formação do império
ultramarino entre os séculos XV e XVIII.
( ) O principal resultado da dinâmica expansionista de Portugal foi a homogeneização de todas as regiões que compunham
o território imperial, tornando-as plenamente dependentes da metrópole e desprovidas de autonomia política e
econômica.
( ) A formação do Império português, iniciada no contexto do Renascimento europeu, deu-se a partir da constituição de
um ideário predominantemente clássico, que rompeu com as tradições medievais de governo.
( ) O reino de Portugal, do ponto de vista econômico, estava amplamente ligado ao comércio atlântico, tendo como uma
das principais fontes de renda as receitas obtidas pelo tráfico ultramarino.
( ) A Igreja Católica, marcada pela dependência em relação à Coroa por meio do padroado régio, desempenhou um
importante papel unificador do Império ao longo da expansão territorial portuguesa.
a) V – V – F – V.
b) V – F – V – F.
c) F – V – F – V.
d) F – V – V – F.
e) F – F – V – V.
“Em 17 de abril de 1492, os monarcas católicos Isabel de Castilha e Fernando de Aragão concederam a Cristóvão Colombo os
privilégios de ‘descoberta e conquista’. Um ano depois, em 4 de maio de 1493, o Papa Alexandre VI, por meio de sua ‘Bula de
Doação’, concedeu à rainha Isabel e ao rei Fernando todas as ilhas e territórios firmes ‘descobertos e por descobrir, cem
léguas a oeste e ao sul dos Açores, em direção à Índia’ e ainda não ocupadas ou controladas por qualquer rei ou príncipe
cristão até o Natal de 1492. [...] Cartas de privilégios e patentes transformaram, assim, atos de pirataria em vontade divina.”
Fonte: http://www.estado.com.br/editorias/2006/08/31/ger-1.93.7.2006
Baseado nos textos e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.
I. A rainha inglesa Elisabeth I autorizou piratas, através da ‘Carta de Corso’, a atacarem e roubarem navios inimigos, ficando
a Coroa com uma parte do butim.
II. A pirataria no mundo globalizado continua a ser exercida por grandes companhias empresariais e também pela
população, com o intuito de fugir do pagamento dos direitos autorais e de patentes.
III. Os medicamentos brasileiros, derivados da biodiversidade, totalizam 40% dos remédios no mercado mundial que são
pirateados pelas companhias farmacêuticas multinacionais.
IV. O poder da Igreja, exercido pelo Papa, e o poder político, exercido por monarcas católicos, buscam expressar as suas
respectivas legitimidades como se fossem expressão da vontade divina.
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
Um dos traços marcantes da história das últimas décadas é a caminhada acelerada rumo ao mundo globalizado. De forma
ampla, a palavra globalização indica o avanço do tempo histórico, resultante da expansão da economia de mercado e da
intensificação do comércio. Na base desse processo está o aumento da velocidade das comunicações e dos transportes,
devido, sobretudo, ao extraordinário desenvolvimento da tecnologia. De acordo com o geógrafo Milton Santos, “a
globalização constitui o estágio supremo da internacionalização, a amplificação em sistema-mundo de todos os lugares e de
todos os indivíduos, embora em graus diversos”.
Fonte: ARRUDA, J. J. de A.; PILETTI, N. Toda a história: história geral e história do Brasil.
11. ed. São Paulo: Ática, 2002. p. 470. (Parcial e adaptado.)
Você com certeza já ouviu a frase “Você é o que você come”. A origem da expressão vem de duas frases – uma do
cozinheiro francês, Jean Anthelme Brillat-Savarin: “Diga-me o que comes que eu direi o que tu és”; e a outra do filósofo
alemão Ludwig Andreas Feuerbach: “O homem é o que ele come” – que declaram que a comida de uma pessoa influencia
seu estado de espírito e sua saúde. O que mais a sua comida pode dizer sobre você? Para os fotojornalistas Peter Menzel e
Faith D’Aluision, além de revelar hábitos, pode dizer muito a respeito de economia, consumo, sustentabilidade, diferenças
sociais e globalização. Eles chegaram a esta conclusão com seu projeto Hungry Planet: What the World Eats (Planeta
Faminto: O que o Mundo Come, em português), que virou livro fotográfico. O projeto visitou 24 países e fotografou 30 famílias
de diferentes classes sociais posando ao lado de toda a comida que consumiam durante uma semana.
As fotografias abaixo ilustram duas famílias, uma mexicana e outra chinesa, e o gasto de cada uma delas com alimentação
durante uma semana.
Tendo como referência as informações apresentadas no texto e nas fotografias acima, assinale a alternativa correta.
a) As frutas presentes na dieta da família mexicana são ricas em carboidratos, como a sacarose, que é um dissacarídeo,
resultante da condensação de uma molécula de glicose e uma de galactose.
b) As diferenças observadas, através das fotografias, na dieta do México e da China permitem concluir que o gasto semanal
com alimentos da família mexicana é 4 vezes superior ao da família chinesa.
c) A origem do chocolate se confunde com a história mexicana, pelos astecas que cultivavam o cacau. Por se tratar de uma
civilização pré-colombiana, que habitou a Cordilheira dos Andes, conclui-se que essa cultura está relacionada a grandes
altitudes e climas semiáridos.
d) Os chineses, por questões religiosas, tendem a ser vegetarianos ou veganos, o que significa que a maioria da população
consome proteínas oriundas apenas de insetos.
e) A alimentação e a história da humanidade não podem ser separadas: exemplo disso é o marco da passagem da história
Medieval para a Moderna estar associado à busca por rotas alternativas ao Mar Mediterrâneo para chegar até as
especiarias no Oriente.
O ser humano, historicamente, tem procurado medir e controlar o tempo. Para isso, criou instrumentos utilizando-se de
elementos naturais.
Sobre as diferentes formas de os homens medirem o tempo, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas a seguir.
( ) O astrolábio, ou relógio de estrelas, foi utilizado pelos povos Maia e Asteca.
( ) O relógio atômico utiliza a meia vida de um elemento radiativo e regula atualmente a hora internacional.
( ) O sextante, ou relógio naval, marcava o tempo da viagem na época das Grandes Navegações.
a) V, V, F, V, F.
b) V, V, F, F, V.
c) V, F, V, F, V.
d) F, V, V, V, F.
e) F, F, V, F, V.
“Qual a crítica que se faz, normalmente, com relação a Cristóvão Colombo, ao Descobrimento da América, essas coisas que
todos conhecem? A primeira crítica que se faz é que esta reconstituição exprime uma posição eurocêntrica.
É a visão do conquistador. Evidentemente, não há descobrimento porque ninguém estava encoberto e, se há descobrimento
é um descobrimento mútuo e a simples designação “descobrimento” já marca a posição eurocêntrica. Até aí, muito bem. (...)
Isso, que é evidentemente muito aceitável, entretanto, pode levar a certos descaminhos, como começar a dizer que nós
temos de fazer a contra-história, ou seja, a reconstituição da história do ponto de vista do vencido. Como se pudéssemos nos
tornar índios, coisa que evidentemente é absolutamente impossível.”
Fernando Antônio Novais. “América, descoberta, colonização e suas conseqüências nos sistemas de comunicação”,
in: Luiz Carlos Uchoa Junqueira Filho (org.) – Perturbador mundo novo: história, psicanálise e sociedade
contemporânea, 1492, 1900, 1992. São Paulo: Editora Escuta, 1994. pp. 262-263.
O início dos tempos modernos foi um período marcado pelo movimento, pelas transformações. Dentre os acontecimentos
dessa época, destaca–se a expansão ultramarina européia.
01. o espírito da cruzada, o ideal missionário, o desejo de expansão da fé cristã presentes entre os ibéricos foram fatores que
contribuíram para a realização da expansão ultramarina.
02. o desenvolvimento das ciências foi decisivo para as navegações. Nesse sentido, a aceitação do conceito de que a Terra é
redonda foi um poderoso fator de estímulo às navegações.
04. a expansão marítima portuguesa, sobretudo a viagem à Índia de Vasco da Gama, foi imortalizada por Luís de Camões no
poema épico Os Lusíadas.
08. os descobrimentos do fim do século XV e do início do século XVI ampliaram o espaço geográfico dos europeus, e povos
que se desconheciam mutuamente entraram em contato.
16. a Inglaterra, no quadro geral das grandes navegações, além de pioneira, teve uma participação bastante intensa e
inovadora durante os séculos XV e XVI. No entanto, nos séculos seguintes (XVII e XVIII), Portugal e Espanha estiveram à
frente desse processo.
32. as navegações possibilitaram a descoberta e a colonização de territórios até então desconhecidos pelos europeus e
deram origem à formação de Impérios Coloniais.
Leia as afirmativas abaixo que se referem às grandes navegações e ao processo de expansão ultramarina e numere a segunda
coluna de acordo com a primeira.
I. Portugal
II. Inglaterra
III. Espanha
IV. Holanda
( ) A centralização do poder monárquico e o grande desenvolvimento dos estudos náuticos, no que ficou conhecido como
a Escola de Sagres, favoreceram o pioneirismo desse país na empreitada das grandes navegações.
( ) Sua expansão ultramarina começou ainda no século XV pela exploração do Atlântico e desempenhou destacado papel
na descoberta das terras do continente americano, que teve grande parte de seu território colonizado por esse país. Tal
colonização foi responsável pela desestruturação dos grandes impérios aí existentes.
( ) Sua atuação na expansão ultramarina foi muito mais de caráter indireto, por exemplo, financiando a instalação da
indústria manufatureira do açúcar no Brasil e seu refinamento e comercialização na Europa.
( ) Depois de tentativas fracassadas de abrir uma passagem para a Ásia pelo extremo norte do continente americano e
pelo Mar do Norte, na segunda metade do século XVI, seu processo de expansão marítima se concentrou nas ações de
pirataria, principalmente, contra embarcações de um país inimigo, política essa oficializada pelo Estado.
a) III, IV, I, II
b) I, III, IV, II
d) III, I, II, IV
Questão 18 - (IFMT/2019)
A respeito do processo de Expansão Marítimo-Comercial europeia, ocorrida entre os séculos XV e XVI, assinale a alternativa
INCORRETA:
a) A expansão marítima e a colonização das novas terras contaram com o apoio e a participação da Igreja Católica.
d) As viagens pelo Oceano Atlântico só foram possíveis devido a algumas inovações tecnológicas, como o astrolábio e a
bússola. Além disso, desenvolveram-se estudos de cartas náuticas e a caravela.
e) Ao se tornarem colonizadores, os europeus absorveram e expandiram os princípios religiosos e hábitos culturais dos
povos americanos.
Oceanos abrigaram, uniram e separaram povos no decorrer do tempo. Representações artísticas, literárias, cartográficas e
narrativas históricas sobre os oceanos contribuíram para ampliar a sua compreensão.
I. Grande parte das terras banhadas pelo Mediterrâneo, denominado Mare Nostrum pelos antigos romanos, foi por eles
colonizada no decorrer do seu Império.
II. Os portugueses, nos séculos XV e XVI, dominaram oceanos com caravelas e conhecimentos náuticos, anotando, em
suas viagens, as rotas marítimas.
III. As narrativas sobre as criaturas míticas que habitavam os oceanos apavoraram o homem no período medieval,
retardando as Grandes Navegações.
IV. No período colonial brasileiro, os holandeses, através de seus empreendimentos de navegação, conquistaram a
capitania do Rio de Janeiro, por meio século.
[...]
[...]
No contexto da época moderna, os versos “Antes mundo era pequeno / Porque Terra era grande” implica
a) o desconhecimento pelos ibéricos de terras do além mar, sendo o horizonte europeu restrito ao seu próprio continente.
b) as dificuldades em se estabelecer o processo de expansão marítima e comercial, que se tornou possível com a
centralização política.
c) o desinteresse da burguesia mercantil nas rotas marítimas, pelo fato de seu foco estar voltado para as feiras medievais.
e) o fato de o processo das Grandes Navegações estar restrito à península ibérica, devido à sua localização geográfica e ao
desenvolvimento da indústria naval.
História Antiga
Ora se há coisa que se deve temer, depois de ofender a Deus, não quero dizer que não seja a morte. Não quero entrar em
disputa com Sócrates e os acadêmicos; a morte não é má em si, a morte não deve ser temida. Digo que essa espécie de morte
por naufrágio, ou então nada mais, é de ser temida. Pois, como diz a sentença de Homero, coisa triste, aborrecida e
desnaturada é morrer no mar.
a) A morte natural ou em terra era a coisa mais triste e aborrecida que a morte no mar.
b) A morte por naufrágio não era vista como uma morte desnaturada.
c) Os navegadores seguiam a sentença de Homero, ou seja, feliz daquele que encontra a sepultura nas águas marítimas.
De acordo com Aristóteles, a vida consagrada ao ganho, que tem como fim a riqueza, não é a vida feliz. Portanto, a vida
consagrada ao ganho identifica erroneamente o que é o bem ou a felicidade.
Qual a principal razão invocada por Aristóteles para rejeitar a vida que tem como fim último a riqueza?
“Mirem-se no exemplo
Suas melenas
Nos anos 70, Chico Buarque e Augusto Boal compuseram a canção acima para a peça Mulheres de Atenas, numa clara crítica
à herança patriarcal, ao machismo e aos preconceitos de gênero que propunham papéis sociais distintos para homens e
mulheres na sociedade brasileira na Ditadura Civil-Militar. A letra aborda as práticas sociais da Grécia Antiga, sobre as quais
se pode afirmar:
I. A participação política era um privilégio dos homens maiores de 18 anos, filhos de pai e mãe atenienses, que tinham
direito a fala e a voto nas assembleias em praça pública.
II. A mulher só adquiria alguma importância pelo casamento. Fora do ambiente doméstico, quase tudo era proibido para
a esposa legítima, como participar da política, da cultura e da vida social.
III. A comédia Lisístrata, de Aristófanes, ilustra a força feminina através da personagem principal, que propõe uma greve
de sexo às esposas legítimas como forma de forçar os homens a desistirem da guerra entre as cidades-estados, que
estava enfraquecendo a Grécia frente à ameaça de invasão dos persas.
IV. Na mitologia grega, as divindades femininas do Olimpo apresentavam um modelo de comportamento passivo e servil
diante das divindades masculinas.
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
“O privilégio do homem livre não é a liberdade, mas a ociosidade, que tem por complemento o trabalho forçado dos outros,
isto é, a escravatura.”
(Aristóteles)
“Os escravos são as mãos e os pés do senhor do engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar
fazenda, nem ter engenho corrente.”
I. No escravismo clássico, apesar da produção ser voltada para o mercado, o trabalho escravo destinava-se, sobretudo, à
satisfação das necessidades do grupo familiar, subsistindo outras formas de trabalho paralelas à produção escravista.
Na escravidão colonial, o trabalho escravo era fundamental e dominava plenamente a sociedade brasileira, objetivando
atender ao interesse mercantil e voltado para a exportação.
II. O sistema escravista define-se, entre outras características, pelo fato do cativo ser considerado como simples
mercadoria e, portanto, ser passível de estar sujeito à compra, venda, aluguel e penhora. Entretanto essa característica
não foi observada na Grécia, onde os escravos possuíam relativa autonomia e não podiam ser comprados.
III. O escravismo marcou os diversos aspectos da vida econômica, social, política e cultural em ambos os casos. Na Grécia
Clássica, como o escravo tinha maiores direitos dentro da sociedade, o princípio de cidadania era plenamente partilhado
por um grande número de homens, ao passo que no Brasil, os escravos não possuíam nenhum direito à cidadania.
Assinale
“Em sua descrição da Ática, Pausânias assinala a presença sobre a parede de um pórtico do bairro de Cerâmica, de uma
pintura que representava um grupo de três personagens. Um deles é Teseu; os dois outros que estão associados a ele são
figuras alegóricas do que o primeiro significa: Demokratía e Demos. Obra de Eufranor, este afresco data do século IV a.C.;
mas desde o século V a.C., no momento em que, por ordem do oráculo de Delfos, Címon leva de volta, em grande pompa,
de Esquiros a Atenas, a ossada presumida de Teseu para fixá-la no centro da cidade, a tradição que fazia do herói o pai da
democracia já estava próxima de se estabelecer firmemente. O que diz Pausânias? ‘Esta pintura mostra que Teseu é aquele
que instituiu em Atenas o regime da igualdade política. Difundiu-se amplamente a tradição, aliás, e particularmente para a
grande maioria das pessoas, de que a partir daí os atenienses conservaram o regime democrático até a revolução de Pisítrato,
que instituiu a tirania’.”
(VERNANT, Jean-Pierre. Entre Mito & Política. São Paulo: Edusp, 2002. p. 220.)
O texto descreve uma parte da construção mítica da democracia ateniense, um dos principais temas nos estudos da Grécia
Clássica. Analise as proposições a respeito dos gregos, sua sociedade e sua história.
I. Na sociedade ateniense era possível encontrar dois tipos principais de estrangeiros: os escravos, capturados
principalmente em batalhas, e os metecos, estrangeiros livres que pagavam impostos para poder viver e trabalhar na
cidade, mas que não exerciam papéis políticos institucionais.
II. Na História da Grécia houve duas grandes narrativas bélicas: a primeira foi a Guerra do Peloponeso, caracterizada pela
briga intestina entre as cidades-estados de Atenas e Esparta, com a vitória dos atenienses, e a segunda foram as Guerras
Púnicas, confrontos com os persas, que resulta nas cidades gregas subjugadas e incorporadas ao Império Persa,
iniciando uma dominação que terminaria apenas com a conquista da Grécia, pelos romanos.
III. O mito fundador da civilização grega está ligado ao confronto entre a cidade democrática e filosófica de Atenas e a
cidade comercial e despótica de Cartago. Apesar do grande personagem desse confronto ser o general cartaginês
Aníbal, é Atenas que vence a guerra, apropriando-se assim das redes comerciais do Mar Mediterrâneo e conseguindo
os recursos para desenvolver sua cidade, que chegaria ao apogeu no século V a.C., o chamado século de Péricles.
Questão 26 - (FGV/2013)
Na Assembleia, (...) que se reunia mais ou menos 40 vezes por ano, os atenienses discutiam e votavam os principais
problemas do Estado – declaravam guerra, firmavam tratados e decidiam onde aplicar os recursos públicos. Do mais pobre
sapateiro ao mais rico comerciante, todos tinham oportunidade de expressar a sua opinião, votar e exercer um cargo no
governo.
As mulheres atenienses
a) tomavam parte dessa instância política, mas suas ações se limitavam aos temas relacionados com a família e a formação
moral e militar dos filhos.
b) não detinham prerrogativas nas atividades públicas, mas possuíam direito de voto nessa Assembleia quando a decisão
envolvia guerras externas.
c) participavam de todas as atividades públicas de Atenas, mas só tinham voz nessa Assembleia se estivessem
acompanhadas pelo marido ou filho.
d) não podiam participar dessa Assembleia, da mesma forma como não tinham direito de exercer cargos administrativos,
além da restrição a herança e posse de bens.
e) ganharam o direito de voz e voto nessa Assembleia a partir das reformas de Sólon, e com Clístenes seus direitos foram
ampliados.
Berço da filosofia, a Grécia antiga legou ao pensamento ocidental obras que o marcaram profundamente, e que ainda hoje o
influenciam. É o caso, notadamente, do diálogo A República, de Platão. Assinale, abaixo, a alternativa que traz, em resumo,
uma das principais idéias dessa obra.
a) “Os males das cidades devem cessar quando elas forem governadas pelos filósofos ou quando seus governantes se
puserem a filosofar seriamente, unindo, como reis-filósofos, o poder político à verdadeira Filosofia.”
b) “O mando e a obediência são condições inevitáveis e convenientes entre os homens. Alguns deles são, por natureza,
nascidos para ser mandados, e outros para mandar. Portanto, a escravidão nada tem de injusto ou antinatural.”
c) “Todas as coisas são verdadeiras para aquele que as experimenta, pois o próprio homem é a medida de todas as coisas,
das que são e das que não são.”
d) “O universo está em contínua mudança de estado. Um homem jamais entra num mesmo rio duas vezes, pois serão
sempre outras as águas que por ele correm.”
e) “A água é o princípio de todas as coisas, o que se prova por serem de natureza úmida os embriões de todos os seres, e
de natureza seca as coisas sem vida”.
O estudo da Antiguidade Oriental e Clássica serve, entre outras coisas, como fonte de conteúdos retóricos argumentativos
para a sociedade moderna. Desse modo, expressões surgidas ou referenciadas naquele contexto são constantemente
utilizadas no presente. Sobre esse assunto, considere a validade das proposições a seguir.
I. A expressão “obras faraônicas”, significando modernamente construções grandiosas e de utilidade social duvidosa,
originou-se da constatação correta de que as grandes pirâmides do Egito Antigo tinham como única função servirem
como obras estético-decorativas.
II. A expressão “vitória de Pirro” surgiu da afirmação de Pirro, rei de Épiro, que, após vencer os romanos em uma das
batalhas das Guerras Púnicas, afirmou: “com mais uma vitória desta, estou perdido”. Modernamente, a frase expressa
uma conquista em que as perdas do vencedor são tão grandes como as do perdedor.
III. A expressão “presente de grego”, modernamente significando um presente dado com má intenção, surgiu do relato da
Ilíada de um episódio da Guerra de Tróia, no qual os gregos “presentearam” os troianos com um gigantesco cavalo de
madeira, em cujo interior havia soldados escondidos, que conquistaram a cidade.
Assinale a alternativa CORRETA:
“Desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., [a cidade-Estado] marca um começo, uma verdadeira
invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tornam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente
sentida pelos gregos.”
00. O mundo grego antigo tornou as civilizações do antigo Oriente Próximo como modelo político, fato observável no tipo
de sociedade que começou a se desenvolver, a partir dos séculos VIII e VII a.C., na Hélade.
01. A passagem do tipo soberania da basileia para a do arcontado contribuiu para essa “forma nova” de “vida social e de
relações entre os homens”, que acompanhou a instituição da polis ateniense.
02. Na Atenas arcaica, o papel de um Drácon (consolidação da legislação escrita) e de Sólon (estabelecimento do ideal da
eunomia) foi de resistência aos avanços da acima citada “verdadeira invenção” grega.
03. A tragédia grega pode ser entendida como um campo de forças no centro da cidade-Estado clássica, onde, de um lado,
combatem as potências divinas e míticas (direito de fundo religioso, noção de destino) e, de outro, um novo ideal de
homem (razão deliberativa, direito laico).
00. Felipe II da Macedônia e seu filho Alexandre obtiveram êxito na Grécia, graças á sua política de emancipação dos hilotas,
alargando assim o sistema democrático do polis.
01. Alexandre incorporou princípios e funcionários orientais à sua administração, fundou cidades com instituições gregas,
promoveu casamentos interétnicos, visando a um império de caráter universal.
02. Em conseqüência das conquistas de Alexandre, o Oriente Médio helenizado firmou-se como o centro econômico do
mundo antigo.
03. Expressão mais sofisticada do padrão cultural do mundo helenístico, em Alexandria os filósofos debatiam as doutrinas
do Epicurismo e do Estoicismo.
04. A conquista romana da Macedônia, Grécia e Oriente helenizado levou à guerra entre Roma e Cartago pela hegemonia no
Mediterrâneo.
SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
Questão 31 - (ENEM/2018)
A partir da segunda metade do século XVIII, com a primeira Revolução Industrial e o nascimento do proletariado,
cresceram as pressões por uma maior participação política, e a urbanização intensificou-se, recriando uma paisagem social
muito distinta da que antes existia.
c) Realeza e comerciantes.
d) Campesinato e artesãos.
e) Nobreza e artífices.
A confiança na razão e na capacidade de o conhecimento levar a humanidade a um patamar mais alto de progresso,
regenerando o mundo através da conquista da natureza e promovendo a felicidade aqui na terra, tornou-se bandeira e
símbolo do movimento de crítica cultural que é conhecido como Iluminismo. É esse movimento de ideias que alcança seu
ponto culminante com a Revolução Francesa e o novo quadro sociopolítico por ela configurado que terá um impacto decisivo
na formação da Sociologia e na definição de seu principal foco: o conflito entre o legado da tradição e as forças da
modernidade. São aspectos desse debate, EXCETO
a) A ideia de liberdade passou a conotar emancipação do indivíduo da autoridade social e religiosa, a conquista de direitos
e a autonomia frente às instituições.
b) Na busca de explicações sobre a origem, a natureza e os possíveis rumos que tomariam as sociedades em vias de
transformação emergiram vários temas que vieram a fazer parte também do elenco de questões que a Sociologia passou
a discutir.
c) A ideia de que o progresso era uma lei inevitável que governava as sociedades se consolida e vem a manifestar toda a
sua força no pensamento social do século 19, atuando diretamente sobre os primeiros teóricos da Sociologia.
d) A burguesia europeia ilustrada acreditava que a ação tradicional traria ordem ao mundo, sendo a desordem um mero
resultado da ignorância. Educados, os seres humanos seriam bons e iguais, salvaguardados pela tradição.
Questão 33 - (UFU MG/2010)
A Sociologia surge em um período em que o fazer científico encontrava-se influenciado por algumas teses desenvolvidas
durante o século XIX. Herbert Spencer, Charles Darwin e Auguste Comte, por exemplo, tiveram grande importância para o
pensamento sociológico. O primeiro, por aplicar às ciências humanas o evolucionismo, mesmo antes das teses
revolucionárias sobre a seleção das espécies do segundo. Com relação a Comte, houve a influência de seu “espírito positivo”
na formação dos muitos intelectuais do período.
Sobre as ideias de evolução e progresso e seu impacto no pensamento sociológico, podemos afirmar que:
a) A ideia de progresso, apesar de ter grande influência na área das ciências naturais, não teve impacto decisivo na
constituição da sociologia.
b) A ideia de evolução foi uma das palavras de ordem do período, mas a sociologia rejeitou a sua adoção, assim como
qualquer comparação entre seus efeitos no reino natural e no mundo social.
c) A explicação sociológica procurou, desde o seu início, afastar-se de qualquer forma de determinismos, fossem biológicos
ou geográficos, pois se contrapunha fortemente às explicações de cunho evolucionista.
d) Em sua busca por constituir-se como disciplina, a Sociologia passou pela valorização e incorporação dos métodos das
ciências da natureza, utilizando metáforas organicistas, assim como conferindo ênfase à noção de função.
O avanço do capitalismo como modo de produção dominante na Europa ocidental foi desestruturando, com velocidade e
profundidade variadas, tanto os fundamentos da vida material como as crenças e os princípios morais, religiosos, jurídicos e
filosóficos em que se sustentava o sistema feudal. O esforço para entender as causas e os prováveis desenvolvimentos das
novas relações sociais motivou a reflexão que veio a cristalizar-se na Sociologia.
I. A capitalização e modernização da agricultura provocaram o êxodo de milhares de famílias que, expulsas de seu habitat
ancestral, vagavam à procura de trabalho. As cidades, receptoras desses fluxos contínuos, foram crescendo acelerada
e desordenadamente junto com inúmeros problemas sociais.
II. A dinâmica do desenvolvimento capitalista e as novas forças sociais por ele geradas provocaram o fortalecimento, mais
ou menos rápido, dos estamentos tradicionais – aristocracia e campesinato – e das instituições feudais: servidão,
propriedade comunal, organizações corporativas artesanais e comerciais.
III. A partir da segunda metade do século XVIII, com as mudanças na estrutura de classes e o aparecimento de novas forças
sociais, cresceram as pressões por uma maior participação política na esfera do Estado, em muitas das sociedades
europeias.
Estão CORRETOS os itens
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
Questão 35 - (UECE/2019)
a) A Sociologia surge no século XVI em decorrência direta das mudanças trazidas pelo desenvolvimento das grandes
navegações.
d) É no século XIX, já com a consolidação do sistema capitalista na Europa, que se encontra a herança intelectual mais
próxima da Sociologia como ciência particular.
Ao discutir o surgimento das Ciências Sociais, o sociólogo Florestan Fernandes desenvolve sua análise partindo do princípio
da multicausalidade. Assim, não é possível atribuirmos uma única causa que explique o surgimento da sociologia no séc. XIX,
mas uma combinação de vários fatores, que começam a se definir na transição da idade média para a era moderna e que
tornaram possíveis as condições para o surgimento dessa ciência. Dentre os fatores a seguir, identifique os que se relacionam
ao surgimento da sociologia e assinale a alternativa correspondente:
a) O Relativismo e a Revolução Científica expressam a credibilidade que as ciências assumem, a partir de então,
contribuindo para o surgimento da sociologia.
b) O Antropocentrismo e a Escolástica contribuem para uma nova perspectiva religiosa que estimula a análise científica,
favorecendo o surgimento da sociologia.
c) A Revolução Industrial e o Êxodo Rural provocaram profundas modificações na estrutura econômica e social da época,
criando problemas que exigiam uma explicação científica.
d) O Iluminismo e a Revolução Francesa reforçam o ideário da burguesia, criando assim a necessidade de explicações de
ordem racional para os novos fenômenos que se apresentam no séc. XIX.
e) A Reforma Protestante e a Expansão Marítima foram responsáveis pela instabilidade econômica que gerou a crise social,
levando à necessidade de desenvolvimento da sociologia.
Questão 37 - (Unioeste PR/2012)
Segundo Zygmunt Bauman, a Sociologia é constituída por um conjunto considerável de conhecimentos acumulados ao longo
da história. Pode-se dizer que a sua identidade forma-se na distinção com o chamado senso comum. Considerando que a
Sociologia estabelece diferenças com o senso comum e estabelece uma fronteira entre o pensamento formal e o senso
comum, é correto afirmar que
a) a Sociologia se distingue do senso comum por fazer afirmações corroboradas por evidências não verificáveis, baseadas
em ideias não previstas e não testadas.
b) o pensar sociologicamente caracteriza-se pela descrença na ciência e pouca fidedignidade de seus argumentos. O senso
comum, ao contrário, evita explicações imediatas ao conservar o rigor científico dos fenômenos sociais.
c) pensar sociologicamente é não ultrapassar o nível de nossas preocupações diárias e expressões cotidianas, enquanto o
senso comum preocupa-se com a historicidade dos fenômenos sociais.
d) o pensamento sociológico se distingue do senso comum na explicação de alguns eventos e circunstancias, ou seja,
enquanto o senso comum se preocupa em analisar e cruzar diversos conhecimentos, a Sociologia se preocupa apenas
com as visões particulares do mundo.
e) um dos papéis centrais desempenhados pela Sociologia é a desnaturalização das concepções ou explicações dos
fenômenos sociais, conservando o rigor original exigido no campo científico.
Questão 38 - (UPE/2018)
TEXTO I
Convicto de que a reorganização da sociedade exigiria a elaboração de uma nova maneira de conhecer a realidade, Comte
procurou estabelecer os princípios que deveriam nortear os conhecimentos humanos. Seu ponto de partida era a ciência e o
avanço que ela vinha obtendo em todos os campos de investigação. (...) O advento da sociologia representava para Comte o
coroamento da evolução do conhecimento científico, já constituído em várias áreas do saber.
TEXTO II
O conjunto da nova filosofia tenderá sempre a fazer sobressair, tanto na vida ativa como na especulativa, a ligação de cada
um a todos, sob uma série de aspectos diversos, de modo a tornar involuntariamente familiar o sentimento íntimo da
solidariedade social, (...) Não somente a ativa busca do bem público será sempre privada, será sempre representada como a
maneira mais conveniente de assegurar a felicidade privada; mas, por uma influência (...) dos pendores generosos, se tornará
a principal fonte da felicidade pessoal.
a) a Sociologia foi chamada de física social e deveria utilizar os métodos da filosofia teológica como instrumento de
compreensão da sociedade.
b) as investigações sociológicas deveriam utilizar os mesmos procedimentos das ciências naturais, ou seja, a observação,
a experimentação e a comparação.
c) o positivismo foi a corrente filosófica, que fundamentou o surgimento da Sociologia como ciência da sociedade, pois
tinha uma visão metafísica das relações entre as pessoas.
d) o principal representante da Sociologia nesse período foi August Comte, que tinha uma visão positiva de sociedade, ou
seja, uma reflexão sobre a essência e o significado abstrato das relações sociais.
e) as ideias de Comte tinham como objetivo encontrar leis universais para explicar as relações sociais, com base nos
princípios de subjetividade e parcialidade, utilizados pelas ciências da natureza.
Quando, no século XIX, as ciências sociais começaram a construir seus métodos, eles ainda estavam impregnados do modelo
científico que vinha sendo desenvolvido com êxito nas ciências naturais. Mesmo tendo herdado esse naturalismo, no interior
das ciências sociais, colocaram-se em debate as relações ambíguas entre natureza e sociedade (ou cultura).
Sobre o debate acerca das relações entre natureza e cultura no interior das ciências sociais, assinale a alternativa correta.
a) A cultura é uma atividade unicamente humana, portanto oposta à natureza, e serve para demarcar a humanidade como
um todo, tanto quanto suas diversidades internas.
b) A cultura diz respeito às atividades de um organismo biológico em interação social, criando entre si os vínculos
necessários à produção e reprodução da existência.
c) Impregnada do Naturalismo, herdeiro do Iluminismo, a cultura em relação à natureza seria biologicamente herdada e
transmitida.
d) A cultura é uma atividade que nasce no interior da própria natureza, não sendo, portanto, uma ruptura, mas um
prolongamento das leis da natureza.
Os estudos de Sociologia são diversificados e pluralistas. Há uma variedade de pontos de vista e análises, com a utilização de
diversas abordagens metodológicas, tendo em vista o diagnóstico e a compreensão dos fenômenos sociais. Sendo assim,
pode-se fazer a seguinte afirmação, EXCETO
a) Os estudos sociológicos são orientados somente às atividades práticas de assistência social e organização da militância
político-partidária.
b) Em geral, a Sociologia desenvolve análises sistêmicas, abrangentes, mas também trabalha com estudos interpretativos
de ações individuais.
d) A Sociologia procura identificar conceitos-chave que expressam variados pontos de vista e que podem fornecer um
quadro sistêmico do mundo social.
Questão 41 - (UECE/2019)
“Como se sabe, a palavra mythos raramente foi empregada por Heródoto (apenas duas vezes). Caracterizar um logos
(narrativa) como mythos era para ele um meio claro de rejeitá-lo como duvidoso e inconvincente. [...] Situado em algum
lugar além do que é visível, um mythos não pode ser provado.”
Sobre a diferença entre mythos e logos acima sugerida, é INCORRETO afirmar que
a) o problema do mythos era limitar-se ao que é visível e, por isso, não podia ser pensado.
b) filosofia e história nasceram, na Grécia clássica, com base numa mesma reivindicação do logos contra o mythos.
c) o mythos não poderia ser submetido à clarificação argumentativa e à prova — demonstração — discursiva.
d) em contraposição ao mythos, o logos era um uso argumentativo da linguagem, capaz de criar as condições do
convencimento.
Questão 42 - (UECE/2019)
“É no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se. A experiência social só
pôde tornar-se entre os gregos objetos de uma reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de
argumentos. O declínio do mito data do dia em que os primeiros Sábios puseram em discussão a ordem humana, procuraram
defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis à sua inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida.”
a) após o declínio das ideias mitológicas, não havendo nenhuma linha de continuidade entre estas últimas e as novas
ciências gregas.
b) das representações religiosas míticas que se transpõem nas novas representações cosmológicas jônicas.
d) da experiência política grega de debate, argumentação e contra-argumentação, que põe em crise as representações
míticas.
Podemos caracterizar a mitologia como resultante dos primeiros esforços do ser humano no Ocidente para dar explicações
para as coisas e atribuir sentido à realidade. Com base nesta compreensão, é correto afirmar:
a) Os mitos foram as primeiras formas de manifestação escrita do homem no Ocidente e, nesse sentido, podem ser
considerados registros fiéis da realidade no período pré-clássico.
b) O período mitológico teve pouca relevância para a história da humanidade, na medida em que se baseava sempre na
religião predominante e, como tal, cumpriu um papel de dominação do homem.
c) Os mitos cumprem um papel importante na história do pensamento ocidental, dada, entre outras coisas, sua
importância para o nascimento da filosofia.
d) A filosofia dos filósofos pré-socráticos construiu-se como uma radical oposição aos relatos mitológicos, rebatendo as
ilusões epistemológicas e respondendo aos anseios de cientificidade da época.
e) Mito e filosofia pré-socrática se confundem. O que os diferencia é o rigor metodológico dos primeiros filósofos.
a) eram transmitidos pela tradição oral e representavam o pensamento dos primeiros padres da igreja, tendo resultado
no que hoje se conhece como filosofia patrística.
c) eram transmitidos pela tradição oral e cumpriam uma função de tranquilizar o homem frente ao desconhecido.
d) podem ser considerados como os primeiros esforços do homem ocidental para construir explicações para as coisas.
e) com a utilização da escrita para seu registro, os relatos foram submetidos, gradativamente, ao debate na Ágora,
perdendo sua hegemonia explicativa.
Questão 45 - (UPE/2018)
(SOUZA, Sônia Maria Ribeiro. Um outro olhar – filosofia. São Paulo: FTD, 1995, p. 39.)
A narrativa mítica tem significância para a existência humana no mundo. O mito tem uma representatividade singular para
transmitir e comunicar o conhecimento acerca da realidade. Sobre isso, assinale a alternativa CORRETA.
b) O mito está privado de coerência, e sua narrativa prende-se à existência humana no mundo.
c) O pensamento mítico está desligado do desejo de dominação do mundo, e sua narrativa impõe o medo e a insegurança.
d) Os mitos devem ser acolhidos na sua significância como base para a compreensão do homem na sua existência e
convivência.
e) A mitologia se traduz em relato ilógico sem fundamento emotivo e tenta explicar a realidade concreta.
Alguns historiadores e pensadores consideram que a filosofia tem data e local de nascimento. Ela teria surgido nas colônias
gregas da Ásia Menor no séc. VII a.C. inaugurando assim o período chamado Pré-socrático. Dentre as características desse
primeiro período da filosofia grega destaca-se
a) que a filosofia em sua origem defende a tese da verdade revelada baseada em mistérios inacessíveis à razão humana.
b) que a filosofia surge como cosmologia, compreensão racional da ordem cósmica e como monismo, buscando um
princípio único originário de todas as coisas.
c) a criação de modelos cosmogônicos e teogônicos capazes de oferecer uma explicação racional para a origem e as
mudanças que afetam o homem e seu mundo.
d) que a invenção da escrita, da moeda, da política e do calendário tornou-se obstáculo para o desenvolvimento da
capacidade de abstração do homem grego.
O aparecimento da filosofia na Grécia não foi um fato isolado. Estava ligado ao nascimento da pólis.
A relação entre os surgimentos da filosofia e da pólis na Grécia Antiga é explicada, entre outros fatores,
a) pelo interesse dos mercadores em estruturar o mercado financeiro das grandes cidades.
b) pelo esforço dos legisladores em justificar e legitimar o poder divino dos reis.
“O nascimento da filosofia pode ser entendido como o surgimento de uma nova ordem do pensamento, complementar ao
mito, que era a forma de pensar dos gregos. Uma visão de mundo que se formou de um conjunto de narrativas contadas de
geração a geração [...]. Os mitos apresentavam uma religião politeísta, sem doutrina revelada, sem teoria escrita, isto é, um
sistema religioso, sem corpo sacerdotal e sem livro sagrado, apenas concentrada na tradição oral, é isso que se entende por
teogonia”. (Filosofia / vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. p. 18). Sobre o surgimento da filosofia, assinale o que for
correto.
01) Na Grécia Antiga, o conhecimento dos mitos era transmitido pelos padres da Igreja.
02) O livro do Gênesis repete o primeiro capítulo da Teogonia de Hesíodo, que trata da criação do mundo.
04) A teogonia visa explicar a genealogia dos deuses e sua relação com os fenômenos do mundo.
16) O mito representa uma forma de pensamento religioso contrário à racionalidade filosófica de Platão e dos filósofos pré-
socráticos.
Dentre as teorias que explicam o nascimento da filosofia na Grécia Antiga, há uma que enfatiza o seu surgimento político.
Qual característica da polis grega teria contribuído para o nascimento da filosofia?
b) Com a polis advém uma revolução social na Grécia: o surgimento da nova classe dirigente dos sábios ou Reis filósofos.
d) A fundação de um cosmo social laico, expulsando, dos domínios da polis, a religião, o sagrado e os sacerdotes.
“É no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se. A experiência social pôde
tornar-se entre os gregos o objeto de uma reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de
argumentos. O declínio do mito data do dia em que os primeiros Sábios puseram em discussão a ordem humana, procuraram
defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis à sua inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida.
Assim se destacou e se definiu um pensamento propriamente político, exterior à religião, com seu vocabulário, seus
conceitos, seus princípios, suas vistas teóricas. Este pensamento marcou profundamente a mentalidade do homem antigo;
caracteriza uma civilização que não deixou, enquanto permaneceu viva, de considerar a vida pública como o coroamento da
atividade humana”.
Considerando a citação acima, extraída do livro As origens do pensamento grego, de Jean Pierre Vernant, e os conhecimentos
da relação entre mito e filosofia, e INCORRETO afirmar que
a) os filósofos gregos ocupavam-se das matemáticas e delas se serviam para constituir um ideal de pensamento que
deveria orientar a vida pública do homem grego.
b) a discussão racional dos Sábios que traduziu a ordem humana em fórmulas acessíveis a inteligência causou o abandono
do mito e, com ele, o fim da religião e a decorrente exclusividade do pensamento racional na Grécia.
c) a atividade humana grega, desde a invenção da política, encontrava seu sentido principalmente na vida pública, na qual
o debate de argumentos era orientado por princípios racionais, conceitos e vocabulário próprios.
d) a política, por valorizar o debate público de argumentos que todos os cidadãos podem compreender e discutir,
comunicar e transmitir, se distancia dos discursos compreensíveis apenas pelos iniciados em mistérios sagrados e
contribui para a constituição do pensamento filosófico orientado pela Razão.
e) ainda que o pensamento filosófico prime pela racionalidade, alguns filósofos, mesmo após o declínio do pensamento
mitológico, recorreram a narrativas mitológicas para expressar suas ideias; exemplo disso é o “Mito de Er” utilizado por
Platão para encerrar sua principal obra, A República.
GABARITO: publicação, é 17) Gab: B
uma escala cartograficame
1) Gab: D grande possui nte alto.
um
denominador 18) Gab: E
pequeno e
2) Gab: E 4) Gab: C
uma escala
considerada
19) Gab: D
pequena
3) Gab: B possui um 5) Gab: B
denominador
Justificativa: alto. 20) Gab: B
32) Gab: D
47) Gab: D
33) Gab: D
48) Gab: 12
34) Gab: D
49) Gab: C
35) Gab: D
50) Gab: B
36) Gab: C
37) Gab: E
38) Gab: B
39) Gab: A
40) Gab: A
41) Gab: A
42) Gab: D
43) Gab: C
44) Gab: A
45) Gab: D