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O homem “comum” vive na depressão!

Por “the Truth”

Ultimamente se fala muito da depressão feminina, mas a realidade


prova que a depressão masculina é muito mais comum do que a feminina!

Na virada de ano, observei bem o comportamento dos homens e das


mulheres! O que eu percebi era que os homens manifestavam pelo olhar, uma
tristeza e um vazio enorme. Enquanto isso, as mulheres pareciam felizes e
animadas.

Era fácil entender porque isso acontecia. Enquanto elas conversavam


em grupinhos, toda hora chegava um cara no grupo e tirava uma delas pra
conversar. Ou seja, as mulheres manifestavam através da alegria, a segurança de
serem valorizadas. A mulher é valorizada pelo simples fato de ser mulher! Elas
simplesmente estavam paradas e os homens se aproximavam e iniciavam uma
conversa. No final da noite, a maioria dos homens estavam bêbados e deprimidos
e com um olhar perdido.

O homem vive a depressão desde sempre, pois a vida dele é marcada


por altos e baixos o tempo inteiro. Depois das festas, a maioria dos homens voltam
pra casa deprimidos. Na ânsia de serem valorizados, os mesmos buscam melhorar
em vários aspectos da vida deles. Mas repetidamente eles experimentam o
fracasso e sentem que não possuem valor. A luta de muitos homens parece uma
luta cósmica. Nada do que eles fazem parece ser suficiente para as mulheres.
Assim, eles padecem da depressão, pois sentem que todo o esforço é inútil.
A depressão masculina começa desde a adolescência. Nesse período,
os homens já percebem a profunda facilidade que as mulheres possuem nos
relacionamentos. Nas primeiras festinhas , os homens já percebem o quanto as
mulheres são assediadas e valorizadas e o quanto eles são insignificantes para
elas. Muitos deles já começam a sofrer pelas mulheres desde cedo. Muitos deles
foram desprezados na adolescência e trocados pelos bagunceiros e violentos da
escola, que eram esboços de cafajestes.

A profunda desvalorização que os homens sofrem enquanto são novos


é a causa da depressão dos mesmos. Muitos homens tomam inúmeros nãos, foras
e ficam traumatizados com o fracasso. Muitos desistem de tentar chamar as
mulheres pra sair, depois de tantos nãos e foras, pois se cansam de tanto
sofrimento e experiências ruins e acabam se “contentando” com a solidão. Então
eles passam a maior parte do tempo sozinhos e deprimidos. Outros conseguem
um relacionamento, mas estão com a autoestima tão baixa, que vivem com medo
de serem abandonados e tratam a namorada como se fosse a última coisa que
eles possuem na vida.

A depressão masculina é real e muito forte. Só que os homens não


reclamam como as mulheres. As mulheres reclamam absurdos quando estão
deprimidas e chamam a atenção de todo mundo para o problema delas. Mas os
homens sofrem calados. Muitos cometem suicídio quando ninguém espera, pois
eles escondem a depressão de todo mundo.

Outros manifestam a depressão através de hábitos nocivos. Muitos


homens dizem que estão bem, mas fumam e bebem num nível excessivo para
quem está bem e feliz. Ou seja, eles camuflam a depressão com vícios e com
excesso de trabalho.

O homem novo vive na depressão porque é desvalorizado o tempo


inteiro. Ele é humilhado pela mulher que ama. Ele sabe que não terá meios, nem
condições de conquistar a mulher que ama e que talvez a mesma não seja o que
ele imagina.

Além de ser desvalorizado, o homem novo sofre porque sabe que não
achará o tipo de mulher que ele procura. Ele freqüentemente é coerente, mas
percebe que o modelo de homem que as mulheres valorizam é incoerente. Essa
injustiça provoca no homem um sentimento profundo de impotência em relação à
realidade.
O homem muda porque é obrigado a mudar pra sobreviver. Muitos
homens se tornam frios e céticos com relacionamentos, pois sofreram tanto na
mão das mulheres, que não acreditam mais em amor. E eles estão certo, mas o
problema é que eles perdem nesse processo a capacidade de satisfação com os
relacionamentos. A frieza resultante de tanta desvalorização resulta numa
anestesia que os libertam da dor, mas que também os tornam insensíveis para a
alegria.

A depressão masculina se torna uma frieza na medida em que o


homem envelhece, porque tudo o que ele experimenta como bom e positivo, agora
parece fake e artificial.

A felicidade do homem mais velho parece falsa, pois ela parece ser
apenas o resultado de inúmeros esforços. Ou seja, se tais esforços não fossem
realizados, ele jamais seria valorizado.

O homem luta a vida inteira pra ser valorizado e para escapar da


depressão. E quando finalmente é valorizado, tudo o que as mulheres fazem por
ele parece falso e artificial. O homem muitas vezes substitui a depressão pela
frieza e pelo ceticismo. Ele simplesmente perde a capacidade de acreditar nas
mulheres, pois ele agora tem a certeza de que nunca será valorizado pelos
motivos que ele acha corretos, mas sempre por motivos interesseiros.

Quando o homem sai da depressão, ele descobre a realidade. Por trás


da depressão, há um profundo romantismo. O homem deprimido é romântico e
acredita que as mulheres amam os homens pelo caráter deles, pela sensibilidade
deles e pela inteligência deles. Só que depois de tantos os fracassos, os mesmos
aprendem pela pior via que isso não existe. O romantismo das mulheres é
absurdamente insensível para as limitações do homem. O homem novo que é
desvalorizado pelas mulheres jamais será valorizado no sentido romântico
almejado inicialmente. E quando ele for valorizado, o será pelos motivos mais
interesseiros, como por exemplo, uma promoção de trabalho, ou a compra de um
carro de luxo.

A cura da depressão masculina é a cura do romantismo. Mas muitas


vezes essa depressão se transforma em raiva e revolta, ou frieza e ceticismo. As
mulheres não entendem essa mudança e entendem que os homens são
insensíveis por natureza e elas as únicas sensíveis da história. Por outro lado, elas
são incapazes de entender, que a forma como elas desvalorizam os homens, os
insensibilizam fortemente. As mulheres insensibilizam os homens através dos
padrões excludentes delas.

Enquanto as mulheres são progressivamente desvalorizadas na medida


em que envelhecem, o homem já nasce desvalorizado e luta pra ser valorizado. A
mulher é valorizada simplesmente por ter um corpo atraente e ela não tem mérito
nenhum nisso, pois ela nasceu com esse corpo. Mas o homem precisa lutar pra
ser valorizado e sofre tanto nessa luta que padece ou da depressão ou da frieza.

A depressão feminina é situacional. Elas ficam deprimidas quando são


exigentes demais, ou quando perdem relacionamentos vantajosos para elas, mas
não sofrem da depressão da forma crônica como os homens sofrem. Isso ocorre
pela seguinte razão: a mulher não convive com o sentimento de não ter valor,
porque elas não vivem a rotina do desprezo e da desvalorização como os homens
vivem! Já o homem comum, o beta convive com o desprezo e a desvalorização de
si pelas mulheres o tempo inteiro.

As jornalistas balzaquianas falam muito da depressão feminina, do


dilema das trintonas, quarentonas e cinquentonas. Mas elas se esquecem que
essa depressão é efeito apenas do mau uso da liberdade feminina. Mulheres
incoerentes e promíscuas tornam-se depressivas na medida em que perdem
vantagens sexuais. Trintonas, quarentonas e cinquentonas só ficam deprimidas
porque escolheram muito mal e elas sabem muito bem disso.

Mas os homens sofrem e padecem da depressão por mais coerentes


que eles sejam. E eles saem da depressão justamente quando descobrem que o
que as mulheres chamam de amor é um modelo injusto e interesseiro em quase a
totalidade dos casos.

As mulheres querem impor o modelo de felicidade delas à realidade e


na medida em que não conseguem, elas se tornam deprimidas. Enquanto o
homem luta pra ter valor, a mulher apenas administra o valor que já nasce com
ela.

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Truth, the. O homem “comum” vive na depressão! Publicado no extinto blog Questionando o
Feminino em 04 jan. 2011.

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