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Votuporanga
2019
Letícia Alves de Oliveira e Letícia Fernanda De Lucca
Orientador:
Prof. Dr. Ubiratan Zakaib do Nascimento
Coorientador:
Prof. Dr. Arlindo Alves da Costa
Votuporanga
2019
AGRADECIMENTOS
Aos nossos pais por todo amor e apoio dedicado ao decorrer desses anos.
Aos nossos professores que nunca mediram esforços para nos manter firmes em nossa jor-
nada acadêmica.
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte do longo percurso da nossa formação.
“Conhecer a sua própria escuridão é o melhor método para lidar com a escuridão dos outros”.
(C. G. Jung)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2 INSTITUTO FEDERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.1 Sociopedagógico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2 Ensino Médio Integrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3 Os adolescentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3 ANSIEDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1 Tipos de Ansiedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1.1 Transtorno de Ansiedade Generalizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.1.2 Transtorno de Ansiedade de Separação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.1.3 Fobia Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.1.4 Transtorno de Pânico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1.5 Fobia Específica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1.6 Trantorno de Estresse Pós-Traumático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4 PSICOLOGIA E A ANÁLISE COMPORTAMENTAL . . . . . . . . . . . . . . 17
4.0.1 A ansiedade para a perspectiva Comportamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5 IMPLEMETAÇÃO PRÁTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
6 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
7 TRABALHOS FUTUROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
8
1 INTRODUÇÃO
2 INSTITUTO FEDERAL
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) é uma institui-
ção federal fundada pelo Projeto de Lei 3775/2008, de 29 de Dezembro de 2008, que oferece
educação aos diversos níveis de ensino, atuando desde o ensino médio até a pós-graduação.
Sendo constituído não só pelos cursos superiores, como também pelo ensino médio inte-
grado ao curso técnico, que apresenta um período integral com aulas diurnas e vespertinas, o
IFSP atrai indivíduos de várias faixas etárias, desde adolescentes, que compõem o colegial, até
jovens e adultos graduandos.
O IFSP é organizado em uma estrutura multicampi, ou seja, possui várias instituições distri-
buídas ao longo do território nacional, alcançando 38 unidades, presentes em todos os estados
brasileiros. Entre eles, destaca-se São Paulo, concentrando aproximadamente 22 mil alunos e
cerca de 28 unidades no estado paulista, incluindo, no interior, o câmpus Votuporanga.
O Câmpus Votuporanga teve seu funcionamento autorizado pela Portaria ministerial n.o
1.170, de 21 de setembro de 2010 e iniciou suas atividades em 10 de janeiro de 2011, oferece
cursos nas áreas das tecnologias, desde engenharias até vertentes da informática, além disso,
metade de suas vagas são destinadas ao curso técnico de nível médio, representando um centro
de excelência com sua atuação no ensino básico e superior e, também, na área de pesquisa e
extensão.
2.1 Sociopedagógico
O Ensino Médio Integrado do IFSP campus Votuporanga é composto por estudantes na faixa
etária de 14 a 18 anos que participam, inquestionavelmente, de uma árdua rotina no que tange
sua vida acadêmica. Levando em consideração a alta quantidade de aulas estabelecidas pela
grade escolar da instituição, sendo esta composta pelas matérias que permeiam a base do ensino
médio comum e as matérias dos três diferentes cursos técnicos, estas geram, consequentemente,
uma grande quantidade de tarefas a serem executadas e conciliadas.
Além disso, os estudantes realizam provas semanais, o que, juntamente com a carga horária
de até 10h/dia, torna laborioso a conciliação de todas os deveres e obrigações com o pouco
tempo restante fora da instituição. Assim, tendo como base o ambiente em que encontram-se
inseridos os estudantes, é notório e plausível de que o comportamento e as reações ansiosas
manifestadas nos estudantes, podem ser fruto e produto das condições externas em que são
submetidos.
2.3 Os adolescentes
Sendo descrita como uma etapa de transição entre a infância e a vida adulta, a adolescência
sofre discrepâncias em sua cronologia. Podendo ser concebida por diferentes faixas etárias, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) define um limite cronológico entre 10 e 19 anos para
12
essa fase, já o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) considera, de acordo com a Lei
8069, a faixa etária de 12 a 18 anos de idade.
Independente das variações sofridas, o período em que os adolescentes se inserem é marcado
universalmente por um desenvolvimento bio-psico-social e cultural, possuindo características
consideradas naturais e inevitáveis à todos os jovens.
As características desta fase, tanto biológicas, quanto psicológicas são naturais. Re-
beldia, desenvolvimento do corpo, instabilidade emocional, tendência à bagunça, hormô-
nios, tendência à oposição, crescimento, desenvolvimento do raciocínio lógico, busca
da identidade, busca de independência, enfim todas as características são equiparadas
e tratadas da mesma forma, porque são da natureza humana. (BOCK, 2007)
Visto que é uma etapa de formação, o adolescente vive em constante busca pela sua iden-
tidade, podendo espelhar-se em suas relações sociais, assim, caracteriza-se como vulnerável e
suscetível à influências que o cercam. Segundo DAVIM et al. (2009) “O desenvolvimento bio-
psico-social e cultural do adolescente sofre influências de sua cultura e sub-cultura [..]”, dessa
forma, torna-se claro a interferência externa na vida dos indivíduos.
Portanto, é evidente que o ambiente em que o adolescente se insere gera impactos signifi-
cativos, posto isso, é possível entender que comportamentos negativos podem ser resultantes de
condições externas negativas, bem como comportamentos positivos podem ser provenientes de
boas influências ambientais.
Trazendo o enfoque para os adolescentes do Instituto Federal (IFSP), é possível observar
uma grande ocorrência de sintomas prejudiciais, como estresse excessivo, inquietação, altera-
ções no sono (insônia ou sono exagerado), entre outros que influenciam diretamente na vida
acadêmica do aluno. Assim, conforme as conexões estabelecidas anteriormente, pode-se esta-
belecer uma relação entre as ocorrências apresentadas pelos estudantes e o ambiente escolar em
que eles estão inseridos.
13
3 ANSIEDADE
Existem diversas definições quanto ao conceito “ansiedade”, podendo variar por suas causas
de ocorrência, intensidade e duração do evento. Mas, de modo geral, a ansiedade é considerada
um estado psíquico de apreensão motivado pela antecipação de um evento, situação ou perigo,
que produz uma série de manifestações mentais e físicas como resultado dessa tensão.
Podendo ser considerada uma reação natural do homem, a ansiedade se faz útil no processo
de evolução do ser humano, visto que a aflição sentida nesse estado é útil para reagir ou se
preparar a possíveis ameaças. Essa aflição provoca respostas involuntárias e autônomas do
sistema nervoso, promovendo a liberação de adrenalina como forma de preparar o organismo
aos futuros riscos e, consequentemente, gerando reações fisiológicas.
Entre as ocorrências provocadas pelo estado psíquico estudado, têm-se a dilatação das pu-
pilas, aumentando o poder de visão independente da quantidade de luz; a taquicardia, impul-
sionando o fluxo sanguíneo para que os órgãos trabalhem mais rapidamente; a diminuição da
circulação do sangue nas extremidades do corpo como pés e mãos, para que haja concentra-
ção nos músculos e, até mesmo, a redução da atividade do sistema digestivo, podendo causar
náuseas, constipações e outros problemas gastrointestinais.
Além disso, outras sensações corporais também são notadas, como tonturas, visões detur-
padas e confusões, devido a pouca quantidade sanguínea no cérebro; alterações na atenção do
indivíduo, gerando problemas de memória e falta de concentração, assim, comprova-se que “[..]
essas e outras sensações corporais resultantes da ansiedade demonstram que há uma ativação
geral no metabolismo do organismo”, segundo CARVALHO, OLIVEIRA e ROBLES (20-)
Porém, quando as reações ansiosas ultrapassam a intensidade e duração consideradas nor-
mais e atingem níveis excessivos, a ansiedade torna-se patológica, interferindo na saúde e na
vida cotidiana do indivíduo.
Devido a vários fatores contemporâneos, como a pressão da sociedade imposta sobre os
jovens e suas futuras carreiras, a rotina monótona e diária, trânsito e problemas pessoais, o
alto grau de estresse presente nos indivíduos e outras circunstâncias externas podem explicar a
ocorrência de vários tipos de distúrbios ansiosos em 9,3% da população brasileira.
Têm-se como fobia social a ansiedade e o medo extremo relacionado a situações sociais que
exijam a exposição do indivíduo e possíveis avaliações de terceiros, gerando um grande nível
de estresse e preocupação com opiniões negativas e julgamentos, fazendo com que ele tema
demonstrar caracterísiticas e comportamentos específicos.
Um indivíduo com medo de tremer as mãos pode evitar beber, comer, escrever ou
apontar em público; um com medo de transpirar pode evitar apertar mãos ou comer
alimentos picantes; e um com medo de ruborizar pode evitar desempenho em público,
luzes brilhantes ou discussão sobre tópicos íntimos. (AMERICAN PSYCHIATRIC
ASSOCIATION, 2014)
sintomas têm-se um alto nível de preocupação, estresse extremo, pavor excessivo de grande
concentração de pessoas, além de mudanças fisiológias, como taquicardia, tremor e sudorese.
Caracteriza-se como Trantorno de Pânico um disturbio que incita extremos ataques de pâ-
nico, produzindo crises de ansiedade aguda e sintomas que, apesar de diferentes, assemelham-se
em seus potenciais excessivos. Dentre as reações provocadas pelo transtorno, são encontradas
alterações físicas e cognitivas, somando, de acordo com o DSM-51 , 13 características princi-
pais, entre elas: taquicardia, sudorese, tremores, sensações de falta de ar, sensações de asfixia,
dor ou desconforto torácico, náusea ou desconforto abdominal, vertigem ou desmaio, calafrios
ou ondas de calor, parestesias (anestesia ou sensações de formigamento), desrealização (sensa-
ções de irrealidade) ou despersonalização, medo de “enlouquecer”, medo de morrer e demais
sintomas.
Este surto é considerado inesperado, iniciando e forma abrupta e não necessáriamente com
motivos existentes e visíveis, podendo o indivíduo estar exposto a situações de estresse que,
posteriormente, desencadeariam um ataque ou estar em repouso e em estado de relaxamento,
sem causas eminentes.
A duração dos ataques são curtas e duram alguns minutos, porém nesse intervalo de tempo
é atingido o pico máximo de ansiedade, concentrando níveis extremos de potência reacionária.
Essa excessividade pode refletir no desenvolvimento de doenças graves, como doenças cardio-
vasculares e convulsões, devido ao abuso dos limites corpóreos.
equiparação. No experimento clássico de Ivan Pavlov foi demonstrado essa associação, con-
forme mostra a figura 2.
Fonte: https://meusanimais.com.br/ivan-pavlov-e-o-reforco-positivo-para-caes/
Quando um estímulo neutro seguido diversas vezes por um estímulo aversivo, ele se
torna um estímulo aversivo condicionado. Quando este for apresentado isto indicará a
ocorrência do estímulo primário e as consequenêcnias comportamentais de sua apre-
sentação serão chamadas de ansiedade. (FERREIRA; CARNEIRO, 1983)
5 IMPLEMETAÇÃO PRÁTICA
Em desenvolvimento.
21
6 RESULTADOS
Em desenvolvimento.
22
7 TRABALHOS FUTUROS
Em desenvolvimento.
23
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BOCK, A. M. B. A adolescência como construção social: estudo sobre livros destinados a pais
e educadores. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e
Educacional (ABRAPEE), São Paulo, v. 10, n. 1, p. 63–176, Jan. 2007.
DAVIM, R. et al. Adolescente/adolescência: revisão teórica sobre uma fase crítica da vida.
Rev. Rene, Fortaleza, v. 10, n. 2, p. 131–140, abr/jun 2009.