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Ficha Técnica

Monitoramento e Avaliação
Módulo 08 - Edição 01 - Novembro de 2019

Equipe Técnica do Projeto


Angela Barbara Tischner
Geovana Maria Gasparoto Silva
Milena Cornelio Olivi
Poliana Cristina Correa
Vacy Álvaro Pedrosa Junior

Gerente do Projeto
Rolf Massao Satake Gugisch
Núcleo de Inteligência Territorial - NIT
Parque Tecnológico Itaipu - PTI

Coordenador Técnico do Projeto


Kleber Vanolli
Departamento de Proteção Ambiental
Superintendência de Gestão Ambiental
Diretoria de Coordenação - CD
Itaipu Binacional

Redação e Revisão
Angela Barbara Tischner
Cássia Santana Ribeiro
Cristiane Fracaro Penzin
Geovana Maria Gasparoto Silva
Leilane Dalla Benetta
Kleber Vanolli
Mariana Smanhotto Schuchovski Gaziri
Milena Cornelio Olivi
Poliana Cristina Correa
Vacy Álvaro Pedrosa Junior
Vanessa Bordin
Vanessa Weber Leite

Validação Técnica
Ariel Scheffer da Silva
Kleber Vanolli
Silvana Vitorassi

Realização
Escola Internacional para Sustentabilidade
Núcleo de Inteligência Territorial - NIT
Parque Tecnológico Itaipu – PTI

Superintendência de Gestão Ambiental


Diretoria de Coordenação - CD
Itaipu Binacional

Projeto Educacional e Projeto Gráfico


VG Educacional
GESTÃO TRANSPARENTE
A Itaipu é uma Entidade Binacional criada e regida, em igualdade de direitos
e obrigações, pelo Tratado assinado em 26 de abril de 1973, entre a República
Federativa do Brasil e a República do Paraguai. A empresa busca atuar em
consonância com os padrões internacionais, brasileiros e paraguaios em
matéria de transparência, mediante deliberações consensuais que envolvem
brasileiros e paraguaios.

A Itaipu tem políticas, diretrizes e objetivos que prevêem a gestão


transparente e o acesso à informação, destacando-se as seguintes inciativas:
o Código de Ética da Itaipu e o respectivo Comitê de Ética Binacional; a
aderência à Lei Sarbanes-Oxley (SOX); a implantação do Portal de Compras
Eletrônicas; o Código de Conduta para os fornecedores, a adoção de um
Sistema Integrado de Gestão Empresarial (Enterprise Resource Planning
-ERP), da empresa SAP; a Ouvidoria; o Canal de Denúncias Externo; e o
menu de Acesso à Informação, contendo informações como os documentos
oficiais da entidade, informações sobre os Recursos Humanos, informações
institucionais, Relatórios Financeiros, Anuais e de Sustentabilidade, diretrizes
do Planejamento Estratégico e perguntas frequentes.

Código de Ética
O Código de Ética da Itaipu visa explicitar o conjunto de valores, os princípios
éticos e os padrões de conduta que devem nortear o relacionamento entre
os conselheiros, diretores, empregados da Itaipu e toda sua cadeia de valor,
com intuito de gerar e manter um compromisso recíproco na adoção de uma
postura transparente que envolva a valorização da ética, contribuindo para a
credibilidade da Itaipu perante a sociedade. O Comitê de Ética da Itaipu tem
como atribuição – com base no Código de Ética e nos demais instrumentos
normativos da Entidade – analisar os casos evidenciados, detectados ou
submetidos à consideração do Colegiado e emitir parecer sobre eles para
apreciação e providências das autoridades da Itaipu.
Sumário

Monitoramento e Avaliação

INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 9

Gestão e monitoramento para obtenção de resultados eficientes.......... 12

Definição de indicadores............................................................................................... 13

A Construção de Indicadores............................................................................................. 14

Gestão da Informação Territorial .............................................................................. 16

Gestão por programas.....................................................................................................25

Gestão participativa........................................................................................................ 26

Ferramentas de monitoramento de ações socioambientais.......................37

Programas de monitoramento implementados pela Itaipu Binacional.............. 44

Instrumentos de monitoramento e avaliação de resultados...................... 51

Planejamento Estratégico..................................................................................................53

REFERÊNCIAS......................................................................................................................59
Monitoramento e
Avaliação

Módulo 08
OBJETIVOS DO
MÓDULO

Conhecer os projetos, as estratégias e as ações de monitoramento de


resultados utilizadas pela Itaipu Binacional.

Conhecer ferramentas de monitoramento de ações socioambientais


utilizadas para a avaliação de programas e projetos.
INTRODUÇÃO

Fonte: adiruch / 123RF.

Como já abordado nos módulos anteriores, são diversos os programas

desenvolvidos no território de influência da usina de Itaipu, bem como os

esforços direcionados para o sucesso deles. No entanto, uma das principais

barreiras a serem superadas no acompanhamento e na implementação de

programas é a disponibilidade de informações periódicas que apresentem

o detalhamento do processo de implantação e do alcance dos resultados,

impacto e magnitude que os programas estão apresentando.

O monitoramento e a avaliação podem ser entendidos como o conjunto de

atividades, sendo elas articuladas, sistematizadas e formalizadas, de produção,

registro, acompanhamento e análise crítica de informações geradas em

programas, produtos e serviços com a finalidade de subsidiar a tomada de

decisão quanto aos esforços necessários.

9
O monitoramento se caracteriza pela coleta de dados para obter

informações sobre uma característica e/ou o comportamento de uma

variável.

A avaliação tem o propósito de subsidiar os gestores com informações

mais aprofundadas e detalhadas sobre o funcionamento e os efeitos do

programa, levantadas nas pesquisas de avaliação.

Como se sabe, o compromisso da Itaipu em seu território de influência estava

evidente desde o planejamento das obras da usina, quando foram definidas

as estratégias e as intervenções socioambientais, mesmo que ainda não

houvesse uma legislação ambiental vigente.

Com o propósito de subsidiar a gestão de programas com informações

oportunas para a tomada de decisão, como já visto no módulo 6, a Itaipu

adotou a bacia hidrográfica como unidade territorial de planejamento para

desenvolver ações integradas de gestão sustentável.

Para a Itaipu, o monitoramento de alguns fatores, como a água, teve início

com o objetivo de caracterizar e avaliar as alterações no ecossistema aquático

e de propor ações mitigadoras dos possíveis impactos da formação do

reservatório, buscando garantir os usos múltiplos da água (abastecimento,

pesca, agropecuária e turismo) e a geração de energia.

A partir de então, diversas ações de monitoramento foram incorporadas

e novas metodologias foram propostas para atingir os objetivos do

planejamento estratégico da Itaipu. Entre elas, por exemplo, a observação

das tendências nas variações dos padrões da qualidade da água do

reservatório, que podem ser decorrentes das ações conservacionistas de

água e solo propostas pelos programas de Gestão Ambiental e de Gestão

de Bacias Hidrográficas da empresa.

10
Parque Tecnológico Itaipu (PTI)
Fonte: Kiko Sierich / Arquivo Parque Tecnológico Itaipu.

Um dos resultados do compromisso da Itaipu em impulsionar o

desenvolvimento sustentável do território foi a criação do Parque Tecnológico

Itaipu (PTI) sendo um “[...] importante instrumento da Entidade para

contribuir com o desenvolvimento socioeconômico, especialmente na região

de influência da Usina [...]” (ITAIPU BINACIONAL, 2005, p. 6, apud PARQUE

TECNOLÓGICO ITAIPU, 2016).

Nesse contexto, o PTI busca o alcance do desenvolvimento proposto pela

Itaipu Binacional em sua região de influência, realizando convênios e ações e

direcionando seus esforços para a consecução da missão da Itaipu.

11
GESTÃO E MONITORAMENTO PARA
OBTENÇÃO DE RESULTADOS EFICIENTES

Fonte: pedrosek / 123RF.

A atuação da Itaipu, conforme visto anteriormente, além da geração de energia,

é promover o desenvolvimento regional por meio de programas e projetos.

A gestão dessas iniciativas é realizada por meio das ações de recuperação

ambiental que visam atingir os objetivos estratégicos da empresa.

Além do monitoramento das variáveis ambientais do território de

influência, também são realizados o monitoramento e a avaliação das

ações que fazem parte de cada um dos programas da empresa, o que

é fundamental para o estabelecimento de uma estratégia de gestão que

permite o acompanhamento do cumprimento dos objetivos, possibilitando,

dessa forma, a identificação de eventuais falhas, e, consequentemente, o

redirecionamento de ações para este cumprimento.

Neste módulo, serão apresentados os projetos e as ações de monitoramento,

assim como as estratégias de avaliação de resultados utilizadas pela Itaipu,

12
fundamentais para o processo de implantação dos programas e das ações,

além da garantia da geração de energia elétrica. Também serão apresentadas

ferramentas de monitoramento de ações socioambientais que podem ser

utilizadas para a avaliação de programas e projetos.

DEFINIÇÃO
DE INDICADORES

A definição de indicadores como instrumento para o fornecimento de

informações sobre o desempenho do processo estabelecido permite que

as ações sejam apresentadas em termos de eficácia, eficiência e nível de

satisfação e, ainda, permite que os resultados sejam evidenciados.

O QUE SÃO INDICADORES?

Os indicadores são uma medida, qualitativa ou quantitativa, que

informa algo específico sobre algum aspecto da realidade. São,

portanto, uma forma de conhecimento dos acontecimentos que

expressam os parâmetros adotados em projetos, programas e políticas

públicas, permitindo a avaliação do que está sendo feito. É uma

linguagem comum, criada para permitir o diálogo sobre algo que está

sendo acompanhado e analisado de modo mais direto e criterioso

possível (LOUREIRO apud FERRARO JÚNIOR, 2014, p. 235).

13
A Construção de Indicadores

Após definir um indicador, é importante formular sua descrição para explicitar

seu significado. Os indicadores devem ser plenos de sentido, especialmente,

para aqueles que atuam frente a uma dinâmica social específica (SILVA;

BRANDÃO, 2003).

Os indicadores servem de base para a realização de diagnósticos,

mapeamentos e o planejamento do território, além de, certamente, serem

fundamentais nos processos de avaliação.

A avaliação se refere aos processos sistemáticos por meio dos quais

se pergunta sobre algo definido e delimitado, obtém respostas, e com

estas, se estabelece a análise acerca do mérito e relevância de uma

atividade, projeto programa ou política pública. A avaliação pode ser

considerada válida à medida que favoreça a melhor efetividade das

ações, o redirecionamento destas, quando necessário, a apresentação

ordenada das informações e a tomada de decisão (FERRARO JUNIOR,

2014, p. 236).

Segundo Ferraro Júnior (2014), para verificar se o processo de avaliação está

correto, é necessário responder a algumas perguntas:

14
• Exemplos práticos de levantamento de indicadores

A seguir, você poderá encontrar alguns exemplos de indicadores, utilizados

pelo Programa Cidades Sustentáveis, que você já estudou no módulo 5.

Na gestão pública, especialmente, os indicadores são fundamentais em

diversas etapas, apoiando nas decisões e nas avaliações da realidade, na

interpretação das necessidades da população e na implementação de ações

que atendam às prioridades estabelecidas.

Você também pode ter mais detalhes sobre indicadores aqui: Guia Sistema

de Indicadores.

Como podemos observar, os indicadores são construídos com base em

perguntas que respondam aos objetivos do programa, possibilitando o

levantamento da situação local, antes de o programa/projeto ser implementado,

e sua análise posterior à aplicação dele, gerando um indicador.

15
GESTÃO DA
INFORMAÇÃO TERRITORIAL

Gestão da informação espacial com vistas ao desenvolvimento territorial


Fonte: Arquivo Parque Tecnológico Itaipu (PTI).

A Gestão da Informação Territorial surgiu como instrumento de planejamento

a partir da necessidade de a Itaipu conhecer seu território de influência e

realizar o acompanhamento contínuo e sistemático das variáveis ambientais

locais, com o objetivo de avaliar qualitativa e quantitativamente as condições

dos recursos naturais e apresentar soluções e respostas eficientes para a

mitigação de passivos ambientais

O objetivo de se realizar uma Gestão da Informação Territorial eficiente

consiste na disponibilização de informações para apoiar gestores e equipes

dos programas e projetos a ordenar as informações existentes e a implementar

políticas de investigação e de gerenciamento de informações territoriais para

suporte na tomada de decisão a fim de proporcionar resultados para uma

gestão ambiental empresarial eficaz.

16
Entre os diversos convênios firmados entre a Itaipu e o PTI, incluindo os

já executados e finalizados, o direcionamento dos projetos de pesquisa,

inovação tecnológica e desenvolvimento territorial contribuem para a gestão

territorial. Todos possuem como premissa o monitoramento de variáveis

ambientais no território. Essas variáveis apontam a situação do território e as

mudanças ocorridas com a implantação dos convênios, o que possibilita traçar

estratégias de continuidade ou de melhoria das ações. Como exemplo desses

projetos podemos citar: Cidades Sustentáveis, Sistema de Indicadores

Regionais, Educação Ambiental (você já viu no módulo 5), Índice de

Qualidade Participativo do Plantio Direto, Monitoramento Participativo

de Rios e Monitoramento da Biodiversidade Faunística, Micropoluentes e

Hidrosfera.

A coleta de dados e o acompanhamento contínuo das diversas variáveis

ambientais têm como objetivo a identificação e a avaliação das condições

naturais de um local, permitindo a realização de uma projeção de medidas

mitigadoras para o futuro, o que permite o acompanhamento da evolução da

deterioração ou da mitigação do impacto ao longo do tempo. Um exemplo

prático é em relação ao monitoramento da qualidade da água do reservatório

da usina, no qual é possível identificar os efeitos positivos das práticas

conservacionistas desenvolvidas por meio dos programas no território

de influência com base nos comparativos dos parâmetros analisados em

campanhas de monitoramento.

Tendo em vista o desenvolvimento territorial local, a constituição de uma

base de dados das variáveis ambientais do território é fundamental para a

constituição de um sistema de informação dotado de diversas particularidades

do ambiente local. Tais informações permitem conhecer o espaço geográfico

em que se pretende atuar e traçar uma linha do tempo em relação aos

dados analisados. Para tanto, o uso de geotecnologias para o monitoramento

17
de variáveis é essencial para o fortalecimento da gestão territorial e como

mecanismo de desenvolvimento local.

Como exemplo de levantamento de variáveis, podemos citar um mapa de

concentração de energia gerada a partir do biogás em uma determinada

região, com base em dados de produtores locais. Com ele é possível traçar

as estratégias e subsidiar cenários e modelagens ambientais, além do

planejamento para implantação de arranjos energéticos.

Exemplo de uso de geotecnologias: mapa de concentração de energia com base no biogás


Fonte: Centro Internacional de Hidroinformática / Arquivo Parque Tecnológico Itaipu.

Para estabelecer a gestão de informação territorial da área de influência

da usina foi necessário estruturar um cadastro técnico, compatibilizando a

estrutura do banco de dados, os geoprocessos, a infraestrutura de informática

e os recursos da cartografia temática.

18
Além da área de geoprocessamento da Itaipu, as iniciativas relacionadas à

gestão da informação geográfica também são realizadas em parceria com o

PTI, por meio do Centro Internacional de Hidroinformática, até o ano de 2018.

A partir de então, para que o processo de gestão da informação territorial da

usina fosse padronizado e as informações estivessem dispostas em apenas

uma estrutura de dados, foi criado o Núcleo de Inteligência Territorial (NIT),

no PTI.

• O que é o NIT?

O Núcleo de Inteligência Territorial (NIT) é fruto de um projeto iniciado em

2018 que consiste na implantação e na estruturação do desenvolvimento de

pesquisas aplicadas em quatro eixos considerados estratégicos pela Diretoria

de Coordenação da Itaipu e pelo PTI:

19
O NIT é considerado um espaço técnico-científico com a soma de expertises

de colaboradores de Itaipu, PTI e instituições parceiras externas (como

instituições de ensino e pesquisa). É organizado de forma a garantir que

os esforços e recursos dos projetos de pesquisa nos eixos estratégicos

compartilhem os mesmos objetivos, metas, indicadores e resultados. Como

consequência natural desse processo, haverá uma base de conhecimento

comum aplicável ao desenvolvimento técnico, científico e social do território

de abrangência da Itaipu, favorecendo, assim, o desenvolvimento territorial

sustentável.

Em síntese, o NIT fornece um serviço de suporte, gerando e analisando dados

e produzindo informações para o planejamento nas suas mais diversas

instâncias (local, municipal ou regional), de forma a atribuir caráter prático

às atividades de pesquisa e observação nas áreas de Segurança Hídrica

e Desenvolvimento Regional Sustentável, constituindo uma base para o

monitoramento das variáveis locais.

Para entender melhor a aplicação de geotecnologias no monitoramento de

variáveis ambientais, é importante você conhecer algumas definições:

20
• Banco de dados

Fonte: Solução… (2013, on-line).

Banco de dados consiste em coleções de dados geográficos de

diversos tipos, armazenados em sistemas de arquivos comuns. Um

banco de dados permite que o usuário desempenhe funções como o

armazenamento, manipulação e inquisição de dados. Os bancos de

dados espaciais ou bancos de dados geográficos foram criados com

o propósito de armazenar representações geográficas do mundo

real para utilização em Sistemas de Informação Geográfica – SIGs

(CIH, 2019, p.37).

21
Banco de dados

• Sistemas de Informação Geográfica (SIGs)

Sistemas de Informação Geográfica (SIGs)


Fonte: Componentes… (2018, on-line).

22
É um sistema projetado para a coleta, armazenamento, análise,

recuperação e visualização de objetos e fenômenos ligados à

localização geográfica, onde possibilita a unificação da informação,

fazendo com que ela seja disponível de uma forma aplicada que

não existiria anteriormente. Um SIG processa dados alfanuméricos,

ou seja, numérico e não numéricos com destaque em análises

espaciais e modelagens superficiais, possuindo diversas ferramentas

computacionais que integram os dados geográficos com pessoas

e instituições, tornando-os acessíveis à coleta, processamento,

armazenamento e análise da informação produzida com as utilidades

disponíveis, visando auxiliar nas tomadas de decisões relativas ao

espaço geográfico, bem como rapidez no monitoramento. Dessa

forma, pelas ferramentas e funções presentes dentro de um SIG,

proporciona ao software o desenvolvimento de dados relacionados

a diversas demandas geográficas. Um exemplo é a vetorização, que

com auxílio de uma camada base, produz informações sobre uma

determinada região pela criação de polígonos correlacionados a

área de estudo, essa aplicação é usual para uma ampla variedade de

execuções, como: delimitação de áreas de preservação permanente,

zona urbana, rede viárias, etc. O campo de aplicação do SIG é vasto

igualmente a disponibilidade de informações geográficas para uma

dada região de estudo (CIH, 2019, p. 32).

23
Na figura acima, estão elencadas as principais iniciativas corporativas que

foram adotadas para atender às demandas de monitoramento territorial pela

Itaipu Binacional:

• Análise Multicritério para Tomada de Decisão

Critérios são atributos que podem ser quantificados ou avaliados e que

contribuem para uma decisão. A busca da solução de um problema

frequentemente ocorre em um ambiente no qual os critérios são conflitantes,

ou seja, onde o ganho de um critério poderá causar uma perda em outro. Os

modelos baseados em decisão multicritério são indicados para problemas

nos quais existem vários critérios de avaliação (ZAMBON et al., 2005).

24
A Análise Multicritério (AMC) em ambiente de Sistemas de Informação

Geográfica (SIG) representa um avanço em relação ao cruzamento de planos

de informação. Sua aplicação na tomada de decisão pode ser muito útil

por fornecer uma ferramenta apropriada para os tomadores de decisão em

situações complexas. Podem ser utilizados critérios quantitativos (aspectos

objetivos) e qualitativos (aspectos subjetivos) para estruturar problemas

heterogêneos na forma de uma hierarquia, comparações de pares e

ponderação de critérios (TRAFICANTE et al., 2017).

Na Análise Multicritério, em um ambiente, é possível utilizar dados da paisagem

e da cobertura vegetal, os quais podem ser analisados com outros conjuntos

de dados (por exemplo: solos, modelos digitais de elevação, restrições)

para se modelar cenários futuros e se avaliar a efetividade de políticas de

planejamento, em termos de mudanças na paisagem, monitoradas para

cada área (ASSAD; SANO, 1998 apud TRAFICANTE, 2016).

Então, é necessário calcular os pesos para cada critério a partir de

uma matriz de comparação pareada, que avalia os critérios incluídos

em um nível de comparação com outros critérios que estão no

próximo nível de hierarquia (TRAFICANTE, D.P., 2016).

GESTÃO POR
PROGRAMAS

A atuação da Itaipu é realizada por programas que são divididos em eixos

temáticos estratégicos, como gestão ambiental, desenvolvimento social,

desenvolvimento econômico, patrimônio cultural e desenvolvimento

tecnológico. Essa estrutura foi adotada para facilitar o processo de gestão,

realizado por programas complementares uns aos outros. Os eixos são áreas

25
do conhecimento bastante apropriadas para a integração de conhecimento

e formação de redes de pesquisas com o objetivo estratégico de obter

segurança hídrica e o desenvolvimento regional sustentável (FINK et al., 2010).

A gestão matricial é definida por um modelo cujas relações de subordinação

estão configuradas em uma estrutura de matriz. Seu objetivo é atingir os

propósitos que movem uma organização de sucesso, indo além de seus

elementos tangíveis e matematicamente tratados. A visão matricial busca o

resultado pela realização global de todos os que fazem a organização. Neste

modelo, cada indivíduo representa um vetor de contribuição no resultado

final, tanto melhor quanto mais bem-estar e prazer sejam produzidos na

realização do seu trabalho.

GESTÃO
PARTICIPATIVA
Já a gestão participativa da Itaipu Binacional é o monitoramento e a avaliação

dos processos e resultados de forma coletiva, uma vez que o conhecimento

atualizado de forma participativa, das reais necessidades das intervenções

na sua área de abrangência, é fundamental para garantir a eficácia e a

sustentabilidade das ações da Itaipu.

A gestão participativa promove a participação de colaboradores, funcionários,

parceiros e comunidade em programas, planos ou projetos de natureza

interdisciplinar. A organização e a operação desse processo, no seu início,

eram feitas por meio de Comitês Gestores de Bacias, que passavam a gerir

as iniciativas de forma conjunta e participativa. A Itaipu Binacional chegou

a contar com o apoio de aproximadamente 2,2 mil parceiros (prefeituras,

ONGs, órgãos públicos federais e estaduais, cooperativas, associações,

assentamentos de trabalhadores rurais etc.) para essa gestão participativa,

26
distribuídos em comitês de microbacias e grupo de gestores municipais de

educação ambiental, que atualmente formam o grupo do Oeste do Paraná,

os 55 municípios da área de influência de Itaipu (ITAIPU BINACIONAL, 2019).

• Educação Ambiental (EA)

Para o Programa de Educação Ambiental da Itaipu Binacional o levantamento

de indicadores de impacto, acompanhamento e desdobramentos das

atividades de mobilização social implementadas no território permite

identificar sistematicamente as ações e as tarefas desenvolvidas, garantindo o

desenvolvimento do trabalho conforme planejamento e resultados esperados.

Um grande desafio na gestão das políticas públicas é fazer com que a

avaliação e o monitoramento sejam não apenas institucionalizados, mas

vistos como instrumentos necessários para o desempenho dos programas e

políticas (VAISTSMAN, s/a, p. 2 apud VASCONCELOS; RIBEIRO; MATOS, 2015).

O monitoramento qualitativo e quantitativo dos resultados da mobilização e

intervenção da EA no território de influência da Itaipu foi feito com base nas

seguintes premissas:

– Proposição de metas e indicadores.

– Definição de metas e indicadores de impacto.

– Definição de instrumentos de verificação.

– Aplicação dos instrumentos elaborados e avaliação das ações pedagógicas.

– Realização de estudos (bolsas de pesquisa) para a identificação dos

resultados específicos de metodologias aplicadas no território.

27
O processo de avaliação da intervenção realizada no território pode ser

representado pelas constantes mudanças de comportamento dos atores

sociais e da comunidade local, além da mobilização, que atua de forma

independente, o que reforça o sucesso do programa.

CURIOSIDADES

Recentemente, a Articulação Nacional de Políticas Públicas de

Educação Ambiental (ANPPEA) divulgou sua nova plataforma de

monitoramento de ações em Educação Ambiental, conhecida como

Plataforma MonitoraEA, baseada em indicadores que foram sugeridos

coletivamente em oficinas realizadas por todo o Brasil.

• Monitoramento da bacia hidrográfica

28
A usina também conta com o programa de monitoramento da bacia

hidrográfica, o qual identifica possíveis situações adversas e áreas críticas

ao longo da bacia hidrográfica, em que há necessidade de melhoria da

qualidade da água e proteção dos usos múltiplos, com o objetivo de garantir

a segurança hídrica.

A Itaipu mantém uma série histórica de dados desde antes do enchimento

do reservatório, bem como uma rede de monitoramento com estações

localizadas no corpo central e nos braços do reservatório, totalizando 13

estações de amostragem. Essas estações são de extrema importância para a

avaliação das tendências do ecossistema. Na Bacia Hidrográfica do Paraná 3

são monitoradas 17 estações localizadas nos principais afluentes.

Outra frente de trabalho do programa é o monitoramento dos parques

aquícolas para produção de peixes em tanques-rede. Essa iniciativa é

composta de 12 estações de monitoramento que visa a garantir água de

qualidade para essa atividade e também para os outros usos da água por meio

da avaliação da capacidade do suporte de implantação de tanques-rede.

Monitoramento dos parques aquícolas para produção de peixes


Fonte: Alexandre Marchetti / Arquivo Itaipu Binacional.

29
• Monitoramento da balneabilidade

Balneário de Santa Helena, Paraná


Fonte: AmeliaBerti / Flickr.

O reservatório de Itaipu possui oito balneários artificiais, os quais favorecem

o turismo na região. Nas temporadas de verão, entre novembro e março,

em parceria com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), são realizados

monitoramentos semanais da balneabilidade de todas as praias artificiais e

disponibilizados boletins de acompanhamento à população.

• Monitoramento de plantas aquáticas no reservatório

Desde 1995, a Itaipu Binacional monitora as macrófitas aquáticas no

reservatório em parceria com pesquisadores. Desde então, são monitorados

235 locais distribuídos ao longo dos oito principais braços do reservatório.

30
Ao todo já foram registradas 64 espécies de plantas aquáticas.

Entretanto, o monitoramento de macrófitas aquáticas é uma ação que,

além de atender aos objetivos preventivos de controle, subsidia outras

ações e demonstra a importância dessas plantas para a conservação do

ecossistema aquático e seu potencial de utilização em sistemas alternativos

de tratamento de efluentes.

Plantas Aquáticas na margem do reservatório de Itaipu


Fonte: Arquivo Itaipu Binacional.

31
• Monitoramento de sedimentos

Estação de monitoramento de sedimentos da Itaipu Binacional


Fonte: Arquivo Itaipu Binacional.

A Divisão de Reservatório da Itaipu conta com 15 postos de monitoramento

de sedimentos estrategicamente localizados nos principais rios do Paraguai,

do Paraná e do Mato Grosso do Sul, além dos demais estados onde os rios

afluem ao lago de Itaipu.

Essas estações cobrem uma área de aproximadamente 147 mil km², ou seja,

cerca de 92% da área de drenagem incremental da usina de Itaipu, que é de

160.767 km². Considerando-se a vazão média anual no barramento da usina,

os postos cobrem 97% de toda a afluência líquida do reservatório.

Por meio de equipamentos de medição automáticos, aliadas à tecnologia

de transmissão de dados por telemetria, as informações medidas de forma

horária em campo são transmitidas para o escritório da empresa em Foz do

Iguaçu, possibilitando o acompanhamento do transporte de sedimentos em

tempo real e a centenas de quilômetros de onde os dados são gerados.

32
Com base nesse monitoramento, é possível identificar em quais bacias

hidrográficas da área de drenagem está ocorrendo intensificação de

processos erosivos.

• Batimetria do reservatório

A Batimetria é um levantamento relacionado às medições de

profundidade de uma determinada massa de água (mares, rios

e lagos). O termo Batimetria vem do grego Bathus que significa

profundo, e Metron que significa medida, onde caracteriza

a topografia submersa dos rios. A Batimetria manifesta-se

cartograficamente por curvas batimétricas que unem os pontos de

uma mesma profundidade com equidistâncias verticais, semelhante

às curvas de nível topográficas (O QUE…, 2018, on-line).

Ao longo dos anos, a Itaipu vem realizando campanhas batimétricas para

identificar a nova conformação do leito submerso de seu reservatório. Tal

iniciativa é essencial tanto para a questão operacional da usina quanto para

verificar impactos ambientais devido a focos de assoreamento, como na

navegação, no turismo, na captação de água e na produção pesqueira.

Com base nos resultados dessa atividade será possível redesenhar, em

perspectiva tridimensional, o fundo de todo o reservatório, cujos dados

serão de grande relevância para ambos os países no monitoramento do

comportamento topográfico submerso e na elaboração de mapas temáticos.

33
• Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs)

Fonte: muslumstock / 123RF.

Com a atenção voltada não apenas para as preocupações locais, mas também

globais, a Itaipu anualmente realiza o inventário das emissões de Gases

de Efeito Estufa (GEEs) de seu processo produtivo. Nele, entre as muitas

variáveis consideradas, são computadas as emissões devidas ao consumo de

combustíveis de origem fóssil da sua frota de veículos própria e terceirizada,

bem como pelo uso de energia elétrica.

As medidas que a Itaipu desenvolve nessa área são tão eficazes que, nos

últimos anos, superam as metas de redução previamente estabelecidas com

ampla folga, ajudando a elevar a pontuação da holding Eletrobras no Índice

de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo.

Além de reduzir continuamente suas emissões, a Itaipu, pela manutenção

de seus refúgios biológicos e da faixa de proteção ao longo da borda de

seu reservatório, permite que a floresta realize seus serviços ecossistêmicos,

promovendo a fixação em sua biomassa do gás carbônico atmosférico, que é

o gás de efeito estufa mais abundante no planeta.

34
• Laboratório Ambiental da Itaipu

Laboratório Ambiental da Itaipu


Fonte: Arquivo Itaipu Binacional.

O Laboratório Ambiental da Itaipu foi implantado em 1991 e atualmente realiza

cerca de 13 mil exames por ano, atendendo às necessidades de várias ações

ambientais desenvolvidas por diversas áreas da empresa, compreendendo

sua atuação em pesquisas e monitoramento ambiental e biológico.

Sua missão é atuar na realização de análises e diagnósticos em materiais

biológicos, no monitoramento de diversos parâmetros ambientais, como

também no desenvolvimento de pesquisas avançadas e capacitações

técnicas. Valendo-se do estudo dos dados obtidos é possível elaborar um

perfil do meio ambiente e traçar metas para melhorar a qualidade de vida no

ecossistema.

O laboratório ainda desenvolve análises e pesquisas essenciais às unidades

de Itaipu e entidades parceiras, atuando principalmente nas temáticas de

meio ambiente e saúde. Apoia pesquisas e contribui significativamente para

a promoção do desenvolvimento sustentável regional e da segurança hídrica.

35
Assim, O Laboratório Ambiental é um grande aliado nos projetos de

monitoramento da qualidade da água, em que sua infraestrutura altamente

moderna contribui para as mais avançadas pesquisas.

Atualmente, em parceria com o PTI e universidades, a Itaipu vem

desenvolvendo projetos de monitoramento da qualidade da água

subterrânea e do entorno do reservatório com o intuito de compreender

a interface entre os principais sistemas ecológicos envolvidos na

dispersão dos micropoluentes e os fatores técnicos que podem limitar o

comprometimento do ambiente produtivo e edáfico. O conhecimento

das diversas variáveis permite o estabelecimento de programas racionais

de manejo e recomendação da região transfronteiriça (BR-PY). Todas as

amostras coletadas são analisadas no Laboratório Multiusuário do PTI e no

Laboratório Ambiental da Itaipu Binacional.

Coleta de água no reservatório


Fonte: André Luiz Watanabe / Arquivo Itaipu Binacional.

36
FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO
DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS
Agora que você já compreendeu o que são indicadores e qual é seu papel,

vamos conhecer algumas ferramentas de monitoramento de ações

socioambientais. Existem diversas formas e metodologias para realizar o

monitoramento de programas socioambientais, que utilizam parâmetros com

indicadores mensuráveis, previamente estabelecidos, capazes de identificar

se os objetivos estão sendo alcançados no tempo previsto. O impacto da

ação deve ser mensurado principalmente nas dimensões de avanços sociais

conquistados e que visam o bem comum.

• Ciência Cidadã

A Ciência Cidadã é uma metodologia que permite o envolvimento do público

- amador, voluntário e entusiasta - na pesquisa científica, seja voltada para a

comunidade ou para investigações globais (CITIZEN SCIENCE, 2019).

Os campos em que a Ciência Cidadã avança são diversos: Ecologia, Astronomia,

Medicina, Ciência da Computação, Estatística, Psicologia, Genética, Engenharia

e muito mais. As colaborações massivas que podem ocorrer por meio desta

metodologia permitem investigações em escalas continentais e globais e

podem durar décadas - levando a descobertas que um único cientista nunca

poderia alcançar por conta própria (SCISTARTER, 2019).

Além de ampliar a produção de conhecimento científico, a Ciência Cidadã

contribui para o engajamento da sociedade, assumindo o protagonismo

da coleta de informações em relação às questões ambientais, produzindo

conhecimento a respeito dessas temáticas, sendo referencial para o

monitoramento de variáveis, como a fauna.

37
• Pegada ecológica

A Pegada Ecológica de um país, de uma cidade ou de uma pessoa,

corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e de mar,

necessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentam

determinados estilos de vida. Em outras palavras, a Pegada Ecológica

é uma forma de traduzir, em hectares (ha), a extensão de território

que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza”, em média, para se

sustentar. (O QUE COMPÕE..., 2019, on-line)

Os componentes da pegada ecológica são:

Componentes da pegada ecológica


Fonte: O que compõe… (on-line).

38
A pegada ecológica é uma ferramenta de análise de sustentabilidade simples

e de fácil compreensão, pois contabiliza os fluxos de materiais e energia que

entram e saem de um sistema econômico, e esses fluxos são convertidos em

área correspondente de terra e água existente no ambiente natural para que

o sistema se mantenha em equilíbrio (SILVA et al., 2015).

SAIBA MAIS

Calculadora de Pegada Ecológica

Quer saber qual é sua pegada ecológica? A WWF disponibiliza uma


calculadora que se baseia em seus hábitos de consumo.

Você também pode fazer esse cálculo acessando aqui.

• Painel da sustentabilidade (Dashboard of Sustainability)

O painel da sustentabilidade é uma ferramenta matemática e gráfica

projetada para integrar as complexas influências da sustentabilidade e apoiar o

processo de tomada de decisão, criando avaliações concisas. Consiste em uma

ferramenta comparativa utilizada pela comunidade científica internacional

nos últimos anos. Por meio do uso de diferentes indicadores, apresenta

uma representação sintética das diferentes dimensões do desenvolvimento

sustentável (SCIPIONI et al., 2009).

39
Esse painel pode ser utilizado como método de monitoramento de programas

de sustentabilidade. Ele engloba a média de vários indicadores com pesos

iguais, catalogados em quatro categorias de performance: econômica, social,

ambiental e institucional.

Exemplos da forma de comunicação do Painel de Sustentabilidade


Fonte: International Institute for Sustainable Development (2001).

40
• Barômetro da sustentabilidade

Consiste em uma metodologia para definir as questões-chave que envolvem

o conceito de sustentabilidade e possibilitar avaliações e comparações, tendo

como base a análise de duas dimensões: o bem-estar humano e o bem-estar

dos ecossistemas, em conjunto.

A abordagem do barômetro da sustentabilidade é estruturada em duas

dimensões:

1. Bem-estar humano – estado do desenvolvimento humano no qual se inclui

a avaliação de indicadores sobre a saúde e a população; bem-estar individual,

educação e cultura, comunidade e equidade.

2. Bem-estar do ecossistema – estado do meio ambiente no qual se inclui

a avaliação de indicadores para as dimensões terra, ar, água, espécies

(diversidade), população e uso dos recursos.

Dimensões do barômetro da sustentabilidade


Fonte: Batalhão, Teixeira e Godoi (2017).

41
SAIBA MAIS

Você pode encontrar mais informações sobre essa metodologia na


publicação “Barometer of sustainability: what it’s for and how to use
it” (em inglês).

• Método de Avaliação de Oportunidades de Restauração (ROAM) de

áreas degradadas

A Metodologia de Avaliação de Oportunidades de Restauração (ROAM)

representa um método simples, de baixo custo e amplamente participativo

para avaliar oportunidades de restauração de áreas degradadas e desmatadas

– em nível nacional ou regional. O que poderia ser utilizado inclusive no território

de uma microbacia ou bacia hidrográfica. Trata-se de uma metodologia

participativa, criada pela União Internacional para a Conservação da Natureza

(IUCN, sigla em inglês) e que tem contribuído para processos de restauração

de florestas e áreas degradadas, incluindo o Desafio de Bonn e a Década da

ONU sobre Restauração de Ecossistemas, como você já acompanhou no

módulo anterior.

42
Etapas fundamentais em um processo típico da ROAM
Fonte: UNCI et al. (2014).

43
Você pode entender melhor esta metodologia
assistindo ao vídeo Metodologia de Avaliação
de Oportunidades de Restauração

E aqui você também terá acesso ao Guia


sobre a Metodologia de Avaliação de
Oportunidades de Restauração (ROAM).

Programas de monitoramento implementados pela Itaipu


Binacional

Veja a seguir alguns exemplos práticos de monitoramento, avaliação e gestão

apoiados pela usina.

• Programa Cidades Sustentáveis e Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável (ODS)

Outro sistema de indicadores regionais é o Programa Cidades Sustentáveis

(PCS), que você já estudou no módulo 5. Esse programa reúne uma série

de ferramentas que vão contribuir para que governos e sociedade civil

promovam o desenvolvimento sustentável nos municípios brasileiros, com

base no monitoramento participativo.

Uma das suas iniciativas é a definição de indicadores que servem como

instrumento para o planejamento de cidades mais sustentáveis e para

desenvolvimento, execução e avaliação de políticas públicas.

44
O programa é composto de 300 indicadores gerais, 100 básicos e 40

específicos da região, que são fundamentais para o planejamento, a execução,

o monitoramento e a avaliação de programas e projetos voltados para a

temática.

Ele oferece uma série de ferramentas e um banco de práticas que podem ser

consultadas e utilizadas como referência na tomada de decisões.

Entre esses instrumentos está a Plataforma Cidades Sustentáveis, dividida

em 12 eixos temáticos que servem como norteadores para elaboração

de políticas públicas voltadas à sustentabilidade, que servem também

para identificar e selecionar as prioridades e necessidades de acordo

com a realidade local, além de promover processos locais e regionais

participativos, entre outros.

Considerando a importância da Plataforma Cidades Sustentáveis como

ferramenta de gestão, a Itaipu Binacional tem estimulado o desenvolvimento

de importantes programas e projetos junto aos municípios de sua área de

abrangência e suas microbacias. Essas ações são sempre associadas às

práticas de sustentabilidade local.

• Índice de Qualidade Participativo do Sistema Plantio Direto

Desde 1999, a Itaipu Binacional e o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR)

promovem o Sistema Plantio Direto. O projeto é parte da estratégia para

minimizar a degradação do solo no sistema agropecuário e os riscos de

assoreamento dos cursos d’água nos afluentes do reservatório da usina

hidrelétrica de Itaipu.

45
Para avaliar a qualidade do Sistema Plantio Direto (SPD), foi criada uma

metodologia participativa, chamada de Índice de Qualidade Participativo

(IQP).

Avaliação e monitoramento do Sistema Plantio Direto, na prática


Fonte: Kiko Sierich / Arquivo Parque Tecnológico Itaipu.

O IQP é fundamentado em um conjunto de indicadores relacionados à

eficiência do manejo do sistema produtivo com vistas à adequada rentabilidade

com conservação ambiental. São avaliados, por exemplo, a intensidade de

rotação de culturas; a densidade de rotação de culturas; a persistência de

resíduos/palhada; a frequência de preparo do solo; o terraceamento correto;

a avaliação da conservação; a fertilização equilibrada; e o tempo de adoção ao

Sistema Plantio Direto (SISTEMA PLANTIO DIRETO COM QUALIDADE, 2019).

46
Atualmente, o sistema IQP está consolidado na região Oeste, e o processo de

avaliação da produção agrícola deve ser permanente, a cada ano. O projeto

está na fase de monitoramento participativo, que considera a participação

do produtor nas respostas. Essa avaliação é aplicada com base em formulários

e compilada na plataforma do Sistema IQP, apresentado aqui, contribuindo

para que a Itaipu possa monitorar o uso do solo na região, periodicamente,

buscando reduzir as perdas e garantir ações conservacionistas em prol da

qualidade ambiental e da gestão integrada do território.

Plataforma WEB – Sistema Plantio Direto


Fonte: Plataforma Web - Sistema Plantio Direto (Treinamento).

• Monitoramento Participativo de Rios

A Itaipu possui um programa de monitoramento participativo para avaliação

da qualidade da água dos rios das bacias hidrográficas. O projeto tem como

objetivo monitorar a qualidade da água dos rios da Bacia do Paraná 3 que

deságuam no reservatório de Itaipu. O Monitoramento Participativo de Rios foi

desenvolvido a partir de uma metodologia de avaliação integrada da qualidade

da água de rios, utilizando bioindicadores (macroinvertebrados bentônicos).

47
Nessa metodologia, a água dos rios é monitorada por voluntários com o

intuito de diagnosticar a qualidade da água daquele rio e também de propor

medidas que melhorem sua condição ambiental.

A metodologia de monitoramento dos rios realiza as seguintes análises para

aferição da qualidade da água:

• Análise biológica – Avaliação dos macroinvertebrados bentônicos

presentes no rio.

Essa avaliação verifica quais macroinvertebrados encontram-se dentro do

corpo hídrico. Alguns desses organismos são mais sensíveis a alterações na

qualidade da água, enquanto outros são mais resistentes. Dessa forma, de

acordo com os organismos coletados, é possível aferir se a qualidade da água

do rio é boa ou não, de acordo com os animais identificados.

• Análise físico-química – Avaliação das características físico-químicas da

água.

Coleta-se a água do rio para avaliação de cada parâmetro físico-químico,

como temperatura da água, turbidez, oxigênio dissolvido, pH, entre outros. O

material utilizado para realização dessa análise é do Ecokit, um kit educacional

que revela os resultados em campo por meio de uma técnica colorimétrica

para cada parâmetro realizado.

• Análise ambiental visual – Avaliação do ambiente no local da coleta.

Avalia-se o ambiente por meio de um questionário com diversos parâmetros

propícios para a vida aquática e ambiental local.

48
• Análise bacteriológica – Avaliação de bactérias do grupo coliformes.

Utiliza-se o kit para identificação da quantidade de coliformes presentes no

rio. Após a coleta, a espera é de 15 horas para a contagem das colônias de

coliformes.

• Medição da vazão – Medição da vazão do rio.

Calcula-se a vazão por meio de uma ficha com cálculos preestabelecidos. São

utilizados materiais como trena, régua e calculadora.

Tais análises representam uma alternativa segura para verificar as

necessidades reais das intervenções (monitoramento e manejo) que serão

desenvolvidas no reservatório e em sua área de influência, de forma geral.

O processo de trabalho é totalmente participativo: todos os envolvidos

decidem juntos, os locais de coleta de dados, a frequência e as formas de

divulgação dos resultados (FAO, 2017).

Com o intuito de introduzir os estudantes no universo ambiental e

sensibilizá-los quanto às questões relacionadas à qualidade da água local o

projeto contou com aulas teóricas sobre as relações da água no planeta e sua

importância e o monitoramento de rios, especialmente para esclarecimento

de dúvidas quanto à realização das análises.

49
Estudantes realizando monitoramento participativo da qualidade de água dos rios
Fonte: Arquivo Itaipu Binacional.

Além disso, o projeto conta com uma ferramenta de tecnologia da informação

que auxilia na visualização dos dados levantados e na definição de ações

de melhorias na qualidade da água do rio – o Sistema de Monitoramento

Participativo de Rios. Trata-se de um sistema web que armazena os dados

de monitoramento de rios levantados pelos grupos voluntários participantes,

permitindo sua livre visualização geográfica, incentivando a disseminação

do conhecimento dos dados gerados, mobilizando a população quanto às

questões socioambientais e a tomada de decisões para melhoria da condição

ambiental da região.

50
Estudantes apresentando monitoramento de macroinvertebrados
Fonte: Arquivo Itaipu Binacional.

INSTRUMENTOS DE MONITORAMENTO
E AVALIAÇÃO DE RESULTADOS
Para um melhor desempenho socioambiental, a Itaipu acompanha a evolução

de suas ações por meio do mapeamento das lacunas que são identificadas

durante o desenvolvimento. Por isso, o acompanhamento e o monitoramento

da empresa também é feito no âmbito da Diretoria de Coordenação, da

Coordenadoria de Sustentabilidade e por meio do seu Sistema de Gestão de

Sustentabilidade (SGS).

Com a finalidade de adotar um modelo inovador de gestão corporativo,

integrado ao planejamento estratégico da empresa, em 2012 foi criado o

Sistema de Gestão da Sustentabilidade (SGS), que é alinhado à visão e à missão

empresarial da companhia. O SGS tem como atribuição monitorar e avaliar a

aplicação da política da sustentabilidade da Itaipu, revisar permanentemente

os temas ligados a esse campo, analisar e propor programas e ações, além de

disseminar a cultura da sustentabilidade.

51
O SGS tem uma estrutura própria e que não está enquadrada no modelo

clássico de gestão hierarquizada, adotado pela Itaipu e suas diretorias.

Quatro são as dimensões que norteiam as ações do Sistema de Gestão da

Sustentabilidade:

▶▶ Corporativa;

▶▶ Meio ambiente;

▶▶ Socioeconômica;

▶▶ Cultura.

Isso quer dizer que, para que uma determinada ação da empresa seja

sustentável, ela precisa ser economicamente viável, socialmente responsável,

ambientalmente correta e culturalmente aceita.

Com o SGS foi lançada a plataforma virtual “Itaipu Sustentável”, disponível

na intranet da empresa, com o objetivo de criar um ambiente de discussão

interativa, formação e disseminação da cultura da sustentabilidade dentro e

fora da Itaipu.

O monitoramento e o acompanhamento constantes das ações voltadas à

sustentabilidade por meio dos vários mecanismos e sistemas de medição

adotados possibilitaram uma crescente melhoria nos processos e nas

atividades, permitindo à Itaipu a ampliação do seu papel de protagonista na

implantação da sustentabilidade.

Considerando os focos estratégicos da empresa para o monitoramento

das práticas empresariais são utilizados alguns mecanismos estratégicos,

conforme apresentado a seguir.

52
Planejamento Estratégico

O planejamento estratégico, como o nome sugere, é uma iniciativa que

busca planejar a visão e a missão da empresa no ambiente em que está

inserida, a fim de garantir não apenas um resultado imediato, mas também

um objetivo maior, isto é, viabilizar a atuação da empresa em médio e longo

prazos estrategicamente (CHIAVENATO; SAPIRO, 2003).

O direcionamento das ações da empresa para o cumprimento do

planejamento estratégico necessita de acompanhamento e avaliação de

resultados constantes. Essas análises são necessárias tanto para mensurar os

resultados obtidos quanto para avaliar o andamento dos objetivos globais e

específicos da empresa, e são realizadas por meio do cumprimento de metas

e definição de indicadores.

No planejamento estratégico, são realizadas atividades de monitoramento

durante o processo de planejamento e após sua implementação (ALDAY,

2000).

No planejamento, os objetivos são:

▶▶ Definir missão, visão e valores;

▶▶ Diagnóstico estratégico interno e externo;

▶▶ Definir objetivos e metas;

▶▶ Determinar ações (plano de ação);

▶▶ Reservar recursos;

▶▶ Visar a alvos definidos.

53
• Relatório anual de resultados da Itaipu Binacional

Desde 1974, a Itaipu Binacional, por meio dos seus relatórios anuais, divulga

dados referentes à produção de energia, meio ambiente, interação regional e

administração empresarial, bem como aspectos econômico-financeiros.

Os relatórios anuais de resultados da Itaipu Binacional contribuem para a

identificação de oportunidades de melhoria de gestão, considerando que se

tratam de documentos que englobam dados e análises sobre uma determinada

situação. Eles são fundamentais para gerenciar o desenvolvimento de ações

da empresa e podem ser de vários tipos, como relatórios de produtividade,

financeiros, de segurança, de controle para melhoria contínua, entre outros.

Por meio de tais relatórios, é possível apresentar os indicadores e

acompanhar os resultados de forma simples e eficaz. Eles ainda auxiliam no

planejamento, na definição das metas futuras da empresa, contribuindo para

o desenvolvimento de atividades corretivas.

54
• Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) é uma ferramenta

para análise comparativa da performance de empresas sob o aspecto

da sustentabilidade corporativa, que se baseia em eficiência econômica,

equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Também

amplia o entendimento sobre o comprometimento com a sustentabilidade,

diferenciando as empresas em termos de qualidade, nível de compromisso

com o desenvolvimento sustentável, equidade, transparência e prestação

de contas, natureza do produto, além do desempenho empresarial nas

dimensões econômico-financeira, social, ambiental e mudança do clima.

A plataforma de indicadores do ISE é uma ferramenta para divulgação e fonte

de informação para o mercado e pesquisadores. Valendo-se da plataforma, o

usuário pode consultar dados estatísticos sobre o desempenho das empresas

que participaram do processo seletivo do ISE B3 desde seu lançamento, em 2005.

Os dados são disponibilizados em gráficos dinâmicos e análises feitas

com base nos critérios do questionário, dos indicadores e dos temas. As

informações cobrem todas as dimensões do ISE B3, e para o público em geral

são disponibilizadas de forma agregada, trazendo, para cada ano, a nota

média das empresas respondentes e a das integrantes das carteiras.

Ao participar anualmente do questionário ISE é possível à Itaipu avaliar

a eficiência operacional e a capacidade de atender aos objetivos

estratégicos, alinhando as atividades realizadas com as expectativas da

sociedade, além de avaliar também os resultados de ferramentas de gestão

sustentável reconhecidas internacionalmente; a produção dos relatórios de

sustentabilidade; e o atendimento imediato aos requisitos do Pacto Global

e do Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores de São

Paulo (ISE/Bovespa) e do Dow Jones Sustainability Index (DJSI).

55
PARA RECORDAR

O Pacto Global é uma chamada para as empresas alinharem suas

estratégias e operações a 10 princípios universais nas áreas de direitos

humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção e desenvolverem

ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da

sociedade. É hoje a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do

mundo, com mais de 13 mil membros em quase 80 redes locais que

abrangem 160 países.

• Monitoramento das compras sustentáveis

O uso de indicadores para o monitoramento das compras feitas pela Itaipu

Binacional foi fundamental para que a hidrelétrica atingisse excelentes

resultados da iniciativa. Lançado em 2013, o Programa de Compras

Sustentáveis definiu a sustentabilidade como um dos critérios para a

aquisição de produtos e na prestação de serviços à empresa.

56
O monitoramento do programa tem como objetivo aprimorar o processo

de aquisições, apresentar aos públicos interno e externo os resultados dos

esforços empreendidos, demonstrar que comprar de forma sustentável faz

diferença e comparar os avanços obtidos na Itaipu com os de outras empresas.

Para monitorar a evolução da iniciativa, foram definidos Indicadores de

Compras Sustentáveis, os quais mensuram o processo como um todo,

abrangendo:

▶▶ Indicadores por contrato: relacionados às medições de resultados mais

específicos, ligados ao objeto de compra.

▶▶ Indicadores de esforço: relacionados às medições das ações ligadas à

implantação do processo de compras sustentáveis.

▶▶ Indicadores de desempenho: relacionados às medições de desempenho

do objeto de compra junto ao usuário, de modo a perceber se ele atende às

expectativas que motivaram a compra.

57
58
SAIBA MAIS

Conheça o Roteiro de Compras Sustentáveis da Itaipu Binacional.


Nesse roteiro você encontrará informações detalhadas sobre os critérios
adotados para eleger as compras sustentáveis, a avaliação de produtos
e serviços, bem como de fornecedores da Itaipu.

REFERÊNCIAS

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administração estratégica. Rev. FAE, Curitiba, v. 3, n. 2, p.9-16, maio/ago. 2000.

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