Você está na página 1de 14

Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Introdução

DISCIPLINA
SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA
NO BRASIL

CONTEÚDO

Ciclo de Gestão da Segurança


Pública www.faculdadefocus.com.br | 1
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Introdução

A Faculdade Focus se responsabiliza pelos vícios do produto no que concerne à sua


edição (apresentação a fim de possibilitar ao consumidor bem manuseá-lo e lê-lo). A
instituição, nem os autores, assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos
ou perdas a pessoa ou bens, decorrentes do uso da presente obra. É proibida a
reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou
mecânico, inclusive através de processos xerográficos, fotocópia e gravação, sem
permissão por escrito do autor e do editor. O titular cuja obra seja fraudulentamente
reproduzida, divulgada ou de qualquer forma utilizada poderá requerer a apreensão
dos exemplares reproduzidos ou a suspensão da divulgação, sem prejuízo da
indenização cabível (art. 102 da Lei n. 9.610, de 19.02.1998).

Atualizações e erratas: este material é disponibilizado na forma como se apresenta


na data de publicação. Atualizações são definidas a critério exclusivo da Faculdade
Focus, sob análise da direção pedagógica e de revisão técnica, sendo as erratas
disponibilizadas na área do aluno do site www.faculdadefocus.com.br. É missão desta
instituição oferecer ao acadêmico uma obra sem a incidência de erros técnicos ou
disparidades de conteúdo. Caso ocorra alguma incorreção, solicitamos que,
atenciosamente, colabore enviando críticas e sugestões, por meio do setor de
atendimento através do e-mail secretaria@faculdadefocus.com.br.

© 2021, by Faculdade Focus


Rua Maranhão, 924 - Ed. Coliseo - Centro
Cascavel - PR, 85801-050
Tel: (45) 3040-1010
www.faculdadefocus.com.br

Este documento possui recursos de interatividade através da navegação por


marcadores.

Acesse a barra de marcadores do seu leitor de PDF e navegue de maneira RÁPIDA e


DESCOMPLICADA pelo conteúdo.

www.faculdadefocus.com.br | 2
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Introdução

Sumário
Sumário------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
1 Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
2 Ciclo de Gestão da Segurança Pública --------------------------------------------------------------- 4
2.1 Indicadores de Desempenho ----------------------------------------------------------------------------------------- 7

3 Eras Fundamentais do Policiamento ----------------------------------------------------------------- 9


3.1.1 Policiamento político --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 9
3.1.2 Policiamento profissional ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 10
3.1.3 Policiamento orientado a solução de problemas ------------------------------------------------------------------------- 10
3.2 Arquitetura das informações --------------------------------------------------------------------------------------- 12
4 Conclusão --------------------------------------------------------------------------------------------------- 13
5 Referências Bibliográficas ------------------------------------------------------------------------------ 13

www.faculdadefocus.com.br | 3
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Introdução

1 Introdução
Conforme aponta Matias Pereira (2016), “o planejamento é uma prática essencial na
administração – pública ou privada -, devido aos benefícios que a utilização desta
ferramenta traz às organizações”. Entre outros, o planejamento contribui para a
eficácia, a racionalidade das decisões, reduz os riscos e aumenta as possibilidades de
serem alcançados os objetivos da organização. Seu conceito, em suma, está
relacionado, portanto, ao processo que envolve a “lógica, racionalidade, expectativas
sobre cenários futuros, mensuração dos níveis de risco e incertezas, sistematização de
informações e procedimentos sequenciais”. Por sua vez, o planejamento estratégico
focaliza os objetivos no longo prazo e dentro do cenário global.

No que tange ao processo de produção de bens ou serviços públicos demandados


pela sociedade, o Estado deve tomar uma série de decisões prévias com base no
estudo minucioso da demanda, pontuando o tipo de produto ou serviço, a qualidade
e a quantidade que será ofertada. Para que a utilização dos recursos e o alcance dos
objetivos pretendidos sejam eficazes, faz-se necessário o planejamento, que também
é fundamental para o alcance das metas propostas no longo prazo dentro da gestão
da segurança pública. É sobre esse tema que trataremos nesta aula.

2 Ciclo de Gestão da Segurança Pública


O gerenciamento da segurança pública, assim como a gestão de qualquer
organização, passa por um ciclo que envolve as seguintes etapas: I) a identificação do
problema ou demanda da sociedade; II) o planejamento de um programa que
intervenha sobre o problema; III) a execução fática do programa; IV) o monitoramento
do programa; V) a avaliação e análise dos resultados da execução prática do programa,
a fim de adequar e reorganizá-lo para que se torne mais eficiente e eficaz.

www.faculdadefocus.com.br | 4
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Ciclo de Gestão da Segurança Pública

Planejamento
Execução do
expresso em
programa
programa

Problema ou
demanda da Monitoramento
sociedade/revisão

Avaliação

Figura 1 - Ciclo de gerenciamento da segurança pública


Fonte: Núcleo Editorial Focus

Por se tratar da aplicação de um programa de ações em um meio social extremamente


fluido, cuja realidade é constantemente alterada, as ações do programa são
regularmente monitoradas. As avaliações extraídas desse monitoramento devem
servir para retroalimentar o sistema. Conforme apontam Durante e Borges:

A avaliação representa um potente instrumento de gestão na medida em que pode (e deve)


ser utilizada durante todo o ciclo da gestão, subsidiando desde o planejamento e formulação
de uma intervenção, o acompanhamento de sua implementação, os consequentes ajustes a
serem adotados, até as decisões sobre sua manutenção, aperfeiçoamento, mudança de rumo
ou interrupção. Além disso, a avaliação pode contribuir para a viabilização de todas as
atividades de controle interno, externo, por instituições públicas e pela sociedade levando
maior transparência e accountability às ações de governo (DURANTE; BORGES, 2019).

Nossa realidade social é difusa, e pelo novo paradigma da segurança voltada para os
direitos sociais e os direitos fundamentais do ser humano, é preciso avaliar o meio
social e as prioridades sociais a cada instante e, neste sentido, os autores apontam
para a importância de serem avaliadas as organizações e políticas públicas
sistematicamente, de modo a “provocar um processo de retroalimentação que
permitirá à organização rever estratégias e métodos de trabalho, e, por conseguinte,

www.faculdadefocus.com.br | 5
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Ciclo de Gestão da Segurança Pública

minimizar os efeitos da tendência à entropia e ao isolamento burocrático”. O produto


final dessa análise deve se destinar a uma aplicação ampla e estratégica, que norteie
todas as outras aplicações.

A retroalimentação do sistema como forma de mensurar os resultados acaba por


evitar essa tendência burocrática e entrópica do serviço público, pois ainda que os
órgãos de segurança pública tenham uma interação bastante forte com a sociedade,
existe uma tendência entre eles, pela sua própria essência, à entropia, isto é, a se
isolarem dentro da sua própria burocracia, podendo acabar dando mais valor a
opinião dos seus integrantes, a consecução dos seus objetivos burocráticos, do que
efetivamente a sua própria missão.

Assim, para avaliar de maneira efetiva o desempenho dos programas ou políticas


públicas, é necessário que sejam criados indicadores que “superem a dificuldade de
fixar e quantificar os objetivos sociais.” Conforme aponta Paulo de Martino Jannuzzi,

Um Indicador Social é uma medida em geral quantitativa dotada de um significado social


substantivo, usado para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato,
de interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para formulação de políticas).
É um recurso metodológico, empiricamente referido, que informa algo sobre algum aspecto
da realidade social ou sobre mudanças que estão se processando na mesma (JANNUZZI, 2006).

Para o autor, na perspectiva programática, o indicador social serve como um


instrumento para monitorar a realidade social a fim de conduzir, formular e reformular
políticas públicas, podendo ser expresso por meio de proporções, taxas, índices ou
cifras absolutas. E para a construção dos indicadores sociais, são utilizadas como
matéria-prima as estatísticas públicas.

www.faculdadefocus.com.br | 6
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Ciclo de Gestão da Segurança Pública

Figura 2 - Processo de agregação de valor informacional no indicador


Fonte: JANNUZZI, 2016

2.1 Indicadores de Desempenho

Em sua obra Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e aplicações, Paulo
de Martino Jannuzzi (2006) fala sobre as características desejáveis nos indicadores
sociais. Dentre elas, destacamos como fundamentais as seguintes:

Validade: “a validade de um indicador corresponde ao grau de proximidade entre o


conceito e a medida, ou seja, sua capacidade de refletir, de fato, o conceito abstrato
que o indicador se propõe a ‘operacionalizar’ ou ‘substitui’”. [...] a validade diz respeito
à ‘proximidade’ entre indicador e indicando, propriedade fundamental para justificar
o emprego e a denominação de uma medida quantitativa qualquer como um
Indicador Social”.

Relevância: enquanto propriedade desejável de um indicador social, a relevância diz


respeito à pertinência desse indicador para a tomada de decisão acerca dos problemas
sociais. “É um atributo fundamental para justificar sua produção e legitimar seu
emprego no processo de análise, formulação e implementação de políticas”.

Confiabilidade: é a propriedade do indicador que diz respeito à “qualidade do


levantamento dos dados usados no seu cômputo”. Um indicador confiável mostrará a
mesma cifra “se a dimensão da realidade empírica a que ele se refere permaneceu
estática”.

www.faculdadefocus.com.br | 7
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Ciclo de Gestão da Segurança Pública

Um dado de avaliação precisa ser relevante para permitir alcançar as metas dentro de
um programa, por exemplo, se o programa pretende deixar a população com a
sensação de segurança, os dados mais relevantes são aqueles relacionados aos crimes
violentos, homicídios, sequestros, roubos, estupros etc. Esse tipo de crime será
relevante para avaliar a eficiência, a eficácia e o sucesso desse tipo de planejamento.

Além destas propriedades fundamentais, o autor aponta outras desejáveis, conforme


vemos no quadro a seguir:

Figura 3- Propriedades desejáveis dos indicadores sociais


Fonte: JANNUZZI, 2006

Jannuzzi explica, contudo, que na prática é difícil encontrar indicadores sociais que
gozem plenamente de todas essas propriedades ao mesmo tempo, nem sempre o
indicador mais confiável é o mais inteligível, ou o mais relevante é o mais sensível, por
exemplo.

O indicador CVLI (Crimes Violentos Letais e Intencionais) remonta a soma de crimes


de e homicídio doloso/feminicídio, lesão corporal seguida de morte e roubo seguido
de morte (latrocínio), é utilizado pelo Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança
Pública e Justiça Criminal (SINESPJC) com o objetivo de acompanhar a evolução da
criminalidade e violência. É um dos principais indicadores utilizados na formulação e
reformulação de ações e programas ligados a segurança pública e defesa social.

www.faculdadefocus.com.br | 8
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Eras Fundamentais do Policiamento

3 Eras Fundamentais do Policiamento


Dessa mudança de paradigma, com relevância maior voltada a humanização e a
segurança pública, da noção de Defesa Social Cidadã e das diversas estratégias de
policiamento moderno, surge a noção de Policiamento Orientado à solução de
problemas (Posp). Segundo Morais e Vieira, “O Policiamento Orientado à Solução de
Problemas (Posp) traz como contribuição a atuação sobre as causas dos problemas
de segurança pública, ampliando seu olhar para além do crime e sobrepondo a
desordem ou sensação de insegurança. O Posp propicia a elaboração de uma resposta
que congregue todos aqueles que têm responsabilidade sobre cada causa específica”
(MORAIS; VIEIRA, 2015).

Conforme descrevem os autores, na doutrina o policiamento é dividido em três eras


fundamentais: a era política (1830-1930), a era do policiamento profissional (1930-
1980); e a era do policiamento voltado a resolução de problemas com a comunidade
(1980-2000).

3.1.1 Policiamento político

Na era do policiamento político, o objetivo do policiamento não era exatamente claro


e bem delineado, os policiais eram responsáveis por várias funções e, mantendo-se
próximos a comunidade, “buscavam atender aos interesses dos cidadãos e dos
políticos”. A polícia vinculava-se ao poder político, sendo muitas vezes partidária e,
portanto, parcial. “As principais táticas empregadas eram o policiamento ostensivo a
pé e montado, o que gerava maior contato com as pessoas” (BRASIL, 2009 apud
MORAIS; VIEIRA, 2015).

Esse policiamento político é fruto também da visão de Estado que se tinha então; não
se pensava em concursos públicos como a principal forma de provimento dos cargos
públicos, a indicação contava muito mais. Era uma outra visão de Estado e,
consequentemente de polícia. Pelo fato de não haver instrumentos tecnológicos, era
uma polícia que tinha mais proximidade com a população, aspecto este que veio a ser
citado novamente com o paradigma da segurança pública cidadã.

www.faculdadefocus.com.br | 9
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Eras Fundamentais do Policiamento

3.1.2 Policiamento profissional

Na era do policiamento profissional, buscava-se profissionalizar a polícia ao delimitar


seus objetivos “tornando-a mais imparcial por meio da impessoalidade”. Neste
sentido, “os avanços tecnológicos da época influenciaram a polícia, sobretudo pela
utilização em massa do automóvel e do rádio, criando-se unidades móveis de
radiopatrulha focadas unicamente na repressão criminal” (HIPÓLITO; TASCA, 2012
apud MORAIS; VIEIRA, 2015).

Embora fossem notáveis as melhorias em relação à profissionalização e eficiência no


serviço policial, esta fase sofreu severas críticas em razão da repressão, pois se tratava
de uma polícia mais técnica, porém mais distante da população e mais violenta.
Conforme aponta Marcineiro (2009), essa forma de policiamento implicava atuar
“exclusivamente nos locais de prática de crime e violência para reprimir o criminoso”,
por isso qualquer outra necessidade que pudesse estar envolvida no caso, mesmo em
caso de cidadão precisando de ajuda, permaneceria desassistido, já que o trabalho da
polícia se limitava a combater o criminoso.

3.1.3 Policiamento orientado a solução de problemas

O conceito de policiamento orientado a solução de problemas (Posp) foi introduzido


por Herman Goldstein em 1979, tendo como objetivo enfrentar as causas que dão
origem aos problemas de segurança repetitivos, e não só responder a ocorrências em
momentos precisos ou tentar impedir os incidentes através de policiamento ostensivo.
Essa estratégia de policiamento leva os policiais a identificar e analisar as causas dos
problemas recorrentes para somente então tentar resolvê-los e avaliar os resultados
alcançados.

Segundo a proposta de Goldstein, o método de resolução de problemas mais


adequado para lidar com os problemas recorrentes é o que adota as seguintes etapas:

1. Exame cuidadoso dos dados, para identificar padrões relativos aos incidentes com
os quais a polícia lida rotineiramente;
2. Análise profunda das causas desses padrões (ou problemas);

www.faculdadefocus.com.br | 10
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Eras Fundamentais do Policiamento

3. Descoberta de novas formas de intervir proativamente na cadeia das causas, a fim


de reduzir a probabilidade desses problemas ocorrerem no futuro. Essas novas
estratégias não são limitadas aos esforços para identificar, deter e, oficialmente,
acusar e levar a julgamento os infratores. Mais do que isso, sem abandonar o uso
do direito penal, quando ele parece ser, provavelmente, a resposta mais eficiente,
o policiamento orientado aos problemas procura descobrir outras respostas
potencialmente eficazes (que podem exigir parcerias com outros) dando enorme
prioridade à prevenção;
4. Avaliação de impacto das intervenções e, se elas não tiverem sucesso, iniciar o
processo novamente (CLARKE; ECK, 2013).

O Policiamento orientado à solução de problemas também vem atender a demanda


de um policiamento mais eficiente, baseado em dados. Neste sentido, pauta-se em
um método que no Brasil passou a ser denominado Iara (CLARKE, ECK, 2013).

Conforme apontam Morais e Vieira, “Para iniciar o método Iara, é necessário definir o
que é um problema. No contexto do Posp, um problema corresponde a um grupo de
incidentes similares em tempo, modo, lugar e pessoas, relacionados à segurança
pública. Além disso, um problema deve ser uma preocupação substancial tanto para
a comunidade quanto para a polícia. Assim, tanto polícia como comunidade devem
participar juntos e ter paridade no processo de identificação do problema” (MORAIS;
VIEIRA, 2015).

www.faculdadefocus.com.br | 11
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Eras Fundamentais do Policiamento

Assim, a implementação do policiamento orientado a solução de problemas envolve


a noção procedimentos operacionais padrões nas Polícias Militares, de instruções
normativas ou ordens de serviço nas Polícias Judiciárias, e de integração com a
sociedade, com necessária interlocução com os conselhos de segurança das
comunidades – CONSEGs, priorizando sempre a prevenção. E para que o policiamento
seja mais eficaz, é necessário que existam procedimentos padrões, por meio dos quais
será possível medir a validade de determinada política. Ora, se cada policial, cada
guarnição, cada delegacia, cada batalhão entender que deve realizar seu trabalho de
um jeito, jamais será possível implementar esse tipo de policiamento.

3.2 Arquitetura das informações

Evidente, também, que a implementação do modelo leva a modificação dos métodos


e processos de decisão. Sempre houve necessidade de suprir os líderes com
informações precisas para apoiar a tomada de decisões. Essas informações dão
condições para que o planejamento e o controle operacional da organização sejam
executados de modo eficaz.

O método e o processo de decisão serão baseados nas informações disponíveis, por


isso quanto mais fidedignos e extensos forem os dados coletados, melhor será a
informação a ser prestada ao diligente e a tomada de decisões. E para o correto
tratamento, e até mesmo para a coleta da informação, é preciso estabelecer a
arquitetura das informações, que serão classificadas em três níveis, a saber:

▪ Informação de nível institucional: possibilita observar as variantes presentes


nos ambientes externos e internos, com a finalidade de monitorar e avaliar o
desempenho, o planejamento e as decisões de alto nível estratégico;
▪ Informação de nível intermediário: permite observar variáveis presentes nos
ambientes de inserção, monitorar e avaliar seus processos, planejamento e a
tomada de decisão naquele nível;
▪ Informação de nível operacional: possibilita executar as suas atividades e suas
tarefas e monitorar o espaço geográfico sob sua responsabilidade, o
planejamento e a tomada de decisão neste nível.

www.faculdadefocus.com.br | 12
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Conclusão

4 Conclusão
Nesta aula falamos sobre a importância do planejamento na gestão da Segurança
Pública, da importância de seguir as etapas apropriadas para que a execução dos
programas, ações ou projetos possa ser monitorada e ter seus os resultados avaliados,
e que estes possam ser revisados e adaptados para reformulação do planejamento.
Falamos, ainda, sobre as características que os indicadores de desempenho devem
fundamentalmente possuir para que possam ser considerados na formulação e
reformulação de ações e programas, bem como os níveis de informação que devem
servir de base para a tomada de decisão na era do policiamento orientado à solução
de problemas, que envolve buscar as causas dos problemas recorrentes e evitá-las, e
não somente atuar em resposta a chamados quando esses problemas ocorrem.

5 Referências Bibliográficas
CLARKE, R. V.; ECK, J. E. Análise de crime para solucionadores de problemas em 60
pequenos passos. Trad. Alessandro Souza Soares. Disponível em:
<https://popcenter.asu.edu/sites/default/files/library/reading/PDFs/60steps-psp-
portuguese.pdf>. Acesso em: set. 2021.

DURANTE, M.; BORGES, D. Avaliação de Desempenho em Segurança Pública. In:


Segurança, Justiça e Cidadania. Volume 5. 2019. Disponível em:
<https://www.novo.justica.gov.br/sua-seguranca-2/seguranca-publica/analise-e-
pesquisa/download/estudos/sjcvolume5/avaliacao_desmpenho_seguranca_publica.p
df/view>. Acesso em: set. 2021.

MARCINEIRO, N. Polícia comunitária: construindo segurança nas comunidades.


Florianópolis: Insular, 2009.

MATIAS-PEREIRA, J. Manual de Gestão Pública Contemporânea. 5. ed. São Paulo:


Atlas, 2016.

MORAIS, I. A. B; VIEIRA, T. A. Policiamento Orientado à Solução de Problemas na Polícia


Militar do Estado de Santa Catarina – Brasil. In: Revista brasileira de Segurança
Pública. v. 9, n. 1. São Paulo, 2015.

JANNUZZI, P. M. Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e


aplicações. Campinas: Átomo e Alínea, 2006.

www.faculdadefocus.com.br | 13
Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Referências Bibliográficas

www.faculdadefocus.com.br | 14

Você também pode gostar