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Sistema de Segurança Pública no Brasil |

Introdução

DISCIPLINA
SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA
NO BRASIL

CONTEÚDO

Elaboração do Planejamento
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Introdução

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Introdução

Sumário
Sumário------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
1 Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
2 Elaboração Do Planejamento -------------------------------------------------------------------------- 4
2.1 O momento no PES ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 5

3 Considerações Finais -------------------------------------------------------------------------------------- 8


4 Referências Bibliográficas ------------------------------------------------------------------------------- 8

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Introdução

1 Introdução
O planejamento estratégico situacional (PES) foi idealizado pelo economista Carlos
Matus, esta metodologia, inicialmente, foi criada para lidar com desafios da
administração pública. O PES ganha gradativamente forças no meio corporativo,
sendo utilizado em diversas organizações como alternativa ao planejamento
estratégico tradicional.

Este conceito na Segurança Pública é concebido, auxiliando na definição da política


de segurança. O planejamento estabelece a direção a ser seguida, visando a
cooperação e interação entre os órgãos e a comunidade. À vista disso, nesta aula
abordaremos as metodologias de planejamento, também relacionaremos o
planejamento disposto por Matus e a segurança pública.

2 Elaboração Do Planejamento
Existem diversos planejamentos estratégicos, Ackoff (1976) compreende o
planejamento como um processo de longo prazo, o qual lida com decisões que afetam
a atividade da organização. Já Fischmann e Almeida (1991) entendem como uma
técnica administrativa, onde, através da análise do ambiente se tem uma consciência
sobre os pontos fortes e fracos, permitindo que os objetivos estabelecidos na
organização sejam cumpridos.

Posto isto, primeiramente é necessário a definição de qual forma de planejamento


será adotada. Há uma ênfase ao planejamento estratégico, fundamentalmente o
corporativo, contudo, na visão de Matus, este tipo de planejamento é inadequado ao
aparelho público não-empresarial, aos atores políticos e ao gestor público.

Para Matus (1997), o planejamento é impossível se há a perspectiva única do


planejamento tradicional e determinista. Segundo o autor, o planejamento é um
cálculo que precede e preside a ação para criar o futuro, não para predizê-lo, assim, o
planejamento torna-se indispensável.

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Elaboração Do Planejamento

Desta maneira, preferencialmente deve-se ater a proposta do planejamento


estratégico situacional, uma elaboração que apresenta uma visão subjacente não
fragmentada da sociedade, uma visão sistêmica que procura integrar e desenvolver
as dificuldades que a ação social oferece.

Este modelo foi concebido para servir aos dirigentes políticos. Seu tema central são
os problemas públicos, sendo também aplicável a qualquer órgão cujo centro de jogo
não seja exclusivamente o mercado, mas o jogo político, econômico e social.

2.1 O momento no PES

O conceito de momento indica ocasião, o qual passa o processo contínuo e não


apresenta um começo ou final definido (MATUS, 2005). Para Matus (1997) o
Planejamento Estratégico Situacional possui quatro conceitos distintos de momento,
sendo o: Momento Explicativo, Momento Normativo, Momento Estratégico, Momento
Tático Operacional.

Momento Explicativo – Como explicar a realidade? A questão principal nesse


momento é entender e explicar como se apresenta a realidade na situação inicial do
planejamento. Isto é, a principal questão nesse momento é o de entender e explicar
como se apresenta a realidade do jogo.

Para que seja explicado como surgem e se desenvolvem os problemas, é necessário


enumerar e descrever as suas causas, este é um método descritivo chamado de Vetor
de Descrição do Problema (VDP).

Momento Normativo – Como conceber o Plano? O momento Normativo lida com a


atuação-objetivo e com o modo pela qual poderá ser alcançado (MATUS, 1997).
Assim, para que ocorra uma mudança no VDP é necessário agir sobre cada nó crítico
(causas dos problemas).

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Elaboração Do Planejamento

Momento Estratégico – Como tornar o plano viável? – é o momento responsável


pela avaliação e construção da viabilidade de um plano.

Momento Tático Operacional – como agir a cada dia de forma planejada? É a


execução do plano simultaneamente à análise dos problemas emergentes, é o ponto
central entre o conhecimento e a ação, compreende Migliato (2004).

Portanto, o ciclo do planejamento poderá, dar-se da seguinte maneira:

Figura 1 - Ciclo do planejamento estratégico.

Fonte: Núcleo Editorial Focus

o paradigma da segurança pública cidadã é focado na valorização dos direitos


humanos/sociais e na prevenção do crime como sua pedra de toque.

Ao realizar um plano ou planejamento, deverá visar a prevenção do crime, observando


sempre os direitos humanos. O plano ou planejamento deverá ter as seguintes
características:

A) Diagnóstico Preciso; para identificação dos desafios, riscos e recursos de cada

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Elaboração Do Planejamento

situação a ser tratada;

B) Plano de Ação: para o estabelecimento de prioridades e definições de objetivos


e metas:

C) Implementação: incluindo treinamento, coordenação e monitoramento das


atividades planejadas:

D) Avalição: retroalimentação sobre os processos em desenvolvimento e os


resultados obtidos;

E) Integração: coalizão de atores em todas as etapas do projeto:

F) Comunicação: mobilização e integração de atores sociais diversos.

Há uma busca pela paz, sendo necessária a adoção de uma transformação estrutural
nas ações de segurança pública. Isto é, a intervenção deverá ser capaz de reduzir a
violência e a criminalidade, portanto, esta é uma ação que envolve duas frentes, sendo:
a primeira a busca da alteração de condições imediatas (condições diretamente
ligadas às práticas que se deseja eliminar), e uma segunda que se volta a mudanças
estruturais, cujos efeitos somente exercerão impactos futuros.

Para tanto, faz-se necessário que as ações obedeçam aos seguintes princípios de
gestão:

• Diagnóstico das dinâmicas criminais e dos fatores de risco local e geral –


sensível as variações ditadas pelas circunstâncias e conjunturas;
• A elaboração de um plano de ação capaz de formular uma agenda, identificar
prioridades e recursos e estipular metas;
• A avaliação dos resultados do processo;
• O monitoramento, que consiste na correção de rumos ditada pela constatação
dos erros.

Fica evidente que a segurança pública deve ser abordada por um novo ângulo,
incluindo desde a formação de um novo profissional para a gestão da política de

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Considerações Finais

segurança quanto, à realização de uma aliança, um pacto com a sociedade. Nesse


contexto pode-se apontar que o sentido de segurança cidadã se traduz pela parceria
dos órgãos de segurança com as comunidades na análise, planejamento e controle
das intervenções.

Atribui-se, assim, papel fundamental a cidadania no funcionamento das organizações


de segurança pública, controlando o cumprimento de metas, a lisura administrativa e
a efetivação da justiça. Nesse particular, a área da segurança Pública apresenta-se
como um campo fértil à abordagem Situacional do Planejamento que inclui os atores
sociais, bem como evoca a participação das entidades representativas da sociedade,
a adoção de uma abordagem política e social, e o abandono do viés tecnocrático,
levando em consideração a diversidade de opiniões, projetos e representantes dos
segmentos sociais especializados.

3 Considerações Finais
A partir da análise realizada sobre a temática, foi possível compreender que a
segurança pública é um bem democrático, é um direito essencial da cidadania. Há
uma obrigação constitucional do Estado e responsabilidade de cada cidadão, sendo
necessário a reforma das polícias para que as instituições se tornem mais eficientes e
respeitosas dos Direitos Humanos. Há também a necessidade de que as políticas
públicas de segurança acolham a participação multidisciplinar e interinstitucional.

Posto isto, evidencia-se que, é preciso definir a forma de planejamento a ser adotada,
ocorrendo um planejamento estratégico, há uma possível transformação estrutural
nas ações de segurança pública, ou seja, uma melhora.

4 Referências Bibliográficas
ACKOFF, R. L. PLANEJAMENTO EMPRESARIAL. Rio de Janeiro: LTC, 1976.

FISCHMANN, A. A.; ALMEIDA, M. I. R. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA PRÁTICA.


São Paulo: Atlas, 1991.

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Referências Bibliográficas

MATUS, C. O método PES: ROTEIRO DE ANÁLISE TEÓRICA. São Paulo: FUNDAP,


1997.

MATUS, TEORIA DO JOGO SOCIAL. São Paulo: FUNDAP, 2005.

MIIGLIATO, A. L. T. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL APLICADO À


PEQUENA EMPRESA: estudo comparativo de casos de empresas do setor de serviço
(hoteleiro) da região de Brotas, SP. 2004. 223 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia
de Produção) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.

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