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Conferências

A Literatura Portuguesa no Audiovisual

Início: 01/03/2021⋅ Fim: 31/07/2021⋅ Data de abertura: 01/03/2021⋅ Data de encerramento:

Dossier “A Literatura Portuguesa no Audiovisual”

A Literatura Portuguesa, devido à sua importância e complexidade, foi, desde os alvores do


cinema, fonte de inspiração para adaptações de obras literárias ou para filmes de cariz biográfico.
Desde o monumental Camões, de José Leitão de Barros (1946) a Florbela, de Vicente Alves do Ó
(2012), filmes que retratam a vida de escritores; até à adaptação de textos de escritores
consagrados, desde Amor de Perdição, realizado por Georges Pallu (1921) até Os Maias de João
Botelho (2014), o cinema tem interpretado em imagens e som o percurso da Literatura Portuguesa.
Também a Televisão foi sensível aos enredos dos textos romanescos portugueses. Exemplo disso
são as séries brasileiras O Primo Basílio (1988) e Os Maias (2001).

Destacando o interesse que os meios audiovisuais têm tido pela Literatura Portuguesa, apelamos
aos investigadores o envio de trabalhos dentro da temática do diálogo frutífero entre obras
literárias portuguesas e o audiovisual.

O dossier será coordenado por Sara Vitorino Fernandez, investigadora do CLEPUL – Centro de
Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (Faculdade de Letras-Universidade de Lisboa).

Os autores interessados devem entregar os seus textos até 31 de Julho de 2021 fazendo a
submissão directa na plataforma da RELICI - Revista Livre de Cinema.

Para quaisquer outros esclarecimentos contactar Sara Vitorino Fernandez através do e-mail
sara.faria.fernandez@gmail.com

Colóquio Internacional
24 – 25 de fevereiro 2022 – Genebra (Suíça)

Masculinidades em questão: modelos, perspetivas e formas de violência

Universidade de Genebra / Faculdade de Letras


Departamento de História Geral
Departamento de Línguas e Literaturas Românicas –
Unidade de Português e Unidade de Espanhol
Cátedra «Lídia Jorge»

A noção de «masculinidade» está imersa num debate de tipo transdisciplinar e pluritemático. Trata-se
dum assunto ocidental motivado pelos contributos e a reflexão dos estudos feministas e os chamados
estudos lgbt+. O estudo da masculinidade (cuja origem é principalmente anglo-saxónica) está em
processo de elaboração teórica, política, social e cultural, sendo um campo de estudo relativamente
recente nos contextos geográficos de língua portuguesa e espanhola. Como noção teórica e conceito
sociológico de tipo instrumental, o estudo da condição masculina permite refletir sobre o género enquanto
elemento histórico, sociológico e cultural. Assim, existem diferentes perspetivas que abordam as formas
específicas referentes aos homens e aos diferentes tipos de masculinidade, existindo também uma
hierarquia entre elas: uma de tipo hegemónico e outras de tipo subalterno. Ao falar de masculinidade
hegemónica, faz-se referência ao resultado mediante o qual certos homens se reconhecem e respeitam
entre eles, tratando-se duma aliança implícita gerada por meio duma expressão ritual e verbal
frequentemente baseada no sexismo, na misoginia e na homofobia (Guasch, 2006). Este modelo de
masculinidade provoca assim «outras» masculinidades e dinâmicas viris, desvalorizadas, consideradas
inferiores e com pouco ou nenhum prestígio histórico e social. Salientando a diversidade de formas de
«ser homem» e a existência dum modelo másculo hegemónico que permite modelos e dinâmicas viris
subalternas, propõe-se analisar formas e exercícios intramasculinos de poder, assim como manifestações
de violência e dinâmicas de desigualdade derivados da interação entre os diferentes modelos que a
masculinidade provoca (Guasch, 2006).

Os estudos de género e as teorias feministas têm vindo a demostrar os efeitos provocados pelas
dinâmicas de género, sublinhando as formas de violência que o modelo de masculinidade hegemónico
tem provocado, por exemplo, nas mulheres. Não obstante, é importante observar que os efeitos do
género sobre os homens costumam ser desatendidos, isto, em grande medida devido à posição
hegemónica que o sistema de género ocidental atribui aos homens (Guasch, 2006). Assim, para os
homens, o género é invisível da mesma forma que a raça é invisível para os brancos, uma vez que os
privilégios outorgados àqueles que formam parte dos grupos hegemónicos não incentivam à revisão
crítica da situação sociocultural na qual estão inseridos (Kimmel, 1987). Embora o género, a raça e a
orientação sexo- afetiva sejam invisíveis para certo tipo de homens, isto não impede que tais homens
sejam afetados pelo modelo de masculinidade hegemónica que acaba por degradar o seu quotidiano
(Guasch, 2006).

Este colóquio propõe um espaço de diálogo e reflexão crítica multidisciplinar, centrado nas formas de
violência que o modelo de masculinidade hegemónica exerce nos próprios sujeitos masculinos. Procurar-
se-á, então, analisar as dinâmicas de violência que afetam os próprios homens nos espaços
socioculturais em língua portuguesa e espanhola. Considerando o anterior, este colóquio pretende
receber propostas de comunicação provenientes de diferentes disciplinas, nomeadamente: antropologia,
artes visuais, dança, filosofia, história, linguística, literatura, sociologia e teologia.

Eixos temáticos propostos:

1. Bifobia, homofobia e transfobia.


2. Corpo, sexo e afetos.
3. Heterossexualidade.
4. História das ideias.
5. Impérios, ditaduras e colonialidade.
6. Masculinidades dissidentes: homossexualidade e bissexualidade.
7. Paternidade.
8. Representação / idealização do masculino.
9. Transgénero, transexualidade e intersexualidade.

As propostas de comunicação devem ser enviadas até 31 de julho 2021 ao seguinte correio
eletrónico colmasc.geneve@gmail.com acompanhadas dos seguintes elemento:

 Nome(s) do autor(es) ou autora(s)


 Correio eletrónico
 Filiação institucional (universidade, centro de pesquisa, etc.)
 Eixo temático
 Título e resumo da comunicação (máximo 300 palavras)
 Cinco palavra-chave

Línguas do colóquio: português, espanhol e francês.

Duração das comunicações: 30 minutos + 10 minutos de discussão.

Calendário:

 31.07.2021: data limite para a entrega das propostas.


 31.10.2021: notificação aos autores (as).
 24-25.02.2022: realização do colóquio.

Organização:

Octavio Páez Granados – Universidade de Genebra (Unidade de Português e Unidade de Espanhol) /


Cátedra «Lídia Jorge» - UNIGE / Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos (CECH) - Universidade de
Coimbra.

Pedro Cerdeira – Universidade de Genebra (Departamento de História Geral) / Cátedra «Lídia Jorge» -
UNIGE / Instituto de História Contemporânea – Universidade Nova de Lisboa.

Bibliografia mencionada:

Guasch Andreu, Òscar: Héroes, científicos, heterosexuales y gays: los varones en perspectiva de


género.  Barcelona: Bellaterra, 2006.

Kimmel, Michael (ed.) Changing men. New directions in research on men and masculinity. California:
Sage, 1987.
Chamadas de artigos

Call for Papers

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