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Portugueses usam mais as redes sociais

do que a média europeia


João Pedro Pereira

06/11/2014 - 13:09

Mais de metade dos utilizadores acede à Internet fora de casa e do trabalho e 26% usam
serviços para guardar e partilhas ficheiros.

As redes sociais são populares em Portugal Dado Ruvic/Reuters




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Mais
 36% das empresas usam redes sociais para chegar a clientes

É um dos raros indicadores em que Portugal está muito à frente da União Europeia:
70% dos utilizadores de Internet em Portugal usavam no ano passado redes sociais,
significativamente acima dos 57% que eram a média dos 28 Estados-membros.

Neste aspecto, a diferença entre Portugal e o resto da UE tem vindo a acentuar-se,


indicam dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nesta quinta-
feira. Dois anos antes, em 2011, apenas 57% dos utilizadores em Portugal acediam a
redes sociais, um valor mais próximo da média da UE, que era então de 53%.

Os portugueses destacam-se também dos outros países europeus por usarem a Internet
mais frequentemente para fazer chamadas de voz ou de vídeos, que em muitos casos são
gratuitas. Aqui, porém, a diferença é mais pequena: 36% em Portugal contra 33% na
média da União.

Os dados sobre as redes sociais e as chamadas online foram apurados pelo Eurostat, o
gabinete de estatísticas da União Europeia, e acompanham a divulgação dos resultados
do inquérito à utilização de tecnologias de informação feito no início deste ano pelo
INE.

Os números do INE mostram que aceder à Internet fora de casa e do local de trabalho é
uma prática de 57% dos utilizadores em Portugal e que 48% já o fazem em telemóveis,
mais do que os 38% que usam computadores portáteis (há pessoas que recorrem a
ambos os tipos de aparelhos).

Já os serviços de armazenamento online de ficheiros (a par dos dispositivos móveis,


uma outra tendência forte no sector das tecnologias de informação) são usados por 26%
dos utilizadores, a maioria dos quais recorre a soluções gratuitas. As fotografias são o
tipo de ficheiro mais comum (85% dos utilizadores destes serviços), seguindo-se os
textos, folhas de cálculo ou apresentações electrónicas (79%) e ficheiros de música
(53%). Um quinto diz usar estes serviços também para partilha.

No comércio electrónico, os números mantêm uma tendência de subida, embora lenta:


17% de todas as pessoas entre os 16 e os 74 anos dizem ter feito compras online (o
equivalente a 26% dos que usam Internet), mais dois pontos percentuais do que em
2013. A prática é mais frequente na faixa etária entre os 25 e os 34 anos e é ligeiramente
mais comum entre homens do que entre mulheres.
A penetração da Internet continua a evoluir lentamente, depois do aumento significativo
que aconteceu ao longo da década passada: 65% dos agregados familiares têm Internet
em casa, a grande maioria dos quais de banda larga. No ano passado, a Internet chegava
a 62% das famílias.

Sociedade

Oito em cada 10 jovens portugueses já


bloquearam alguém na internet
21.01.2016 às 8h05

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http://expre
NICOLAS ASFOURI / AFP / Getty Images

Inquérito encomendado pelo Facebook e realizado a


jovens portugueses entre os 14 e os 18 anos concluiu
que maioria tem consciência das questões de
privacidade e do comportamento correto em ambiente
digital. Rede social lança esta quinta-feira em Portugal
campanha “Pensa antes de Partilhar”, para promover
o uso responsável da Internet e a proteção online.
Margarida Queirós

Os adolescentes portugueses comunicam principalmente através da internet, de


telemóvel ou tablet na mão, têm entre duas e quatro contas nas redes sociais, mas
garantem conhecer os mecanismos de privacidade e saber usá-los em sua defesa. De
acordo com o estudo do Facebook, "os jovens portugueses e o uso de plataformas
sociais na internet", divulgado esta quinta-feira, 80% dos inquiridos entre os 14 e os 18
anos já bloquearam alguém nas redes sociais, mas apenas 5% afirmaram ter enfrentado
situações incómodas.

O estudo, realizado pela Netsonda a pedido do Facebook - o primeiro feito pela empresa
de Zuckerberg em Portugal -, analisou os hábitos e comportamentos de mil adolescentes
e quis saber como lidam com a privacidade e a segurança em ambientes digitais. Os
resultados estão próximos da realidade de outros países, como Espanha, Reino Unido ou
Canadá.

Usam, em média, dois a três dispositivos com internet e as raparigas têm mais contas
nas redes sociais que os rapazes (elas têm três a quatro, eles duas a três). O número de
contas aumenta também com a idade: dos 14 aos 16 anos, os jovens têm em média 3,
depois cresce. Em matéria de ferramentas de privacidade, 34% garantem que receberam
informação sobre o assunto, principalmente dos pais (22%).

"Os jovens portugueses preocupam-se com os conteúdos partilhados, conscientes de que


certos comentários ou fotos podem ser inapropriados e podem mesmo magoar alguém'',
explica ao Expresso Natalia Basterrechea, responsável pelos Assuntos Externos do
Facebook. Mais de 90% concordam que não é correto publicar uma foto negativa ou
embaraçosa de outra pessoa e 64% sabem que devem perguntar antes de publicar
imagens de outras pessoas, mesmo que sejam boas.

Os adolescentes são também muito pró-ativos: no caso de receberem comentários


incómodos nas redes sociais, 72% tentariam resolver o problema sozinhos contactando a
pessoa que publicou a informação e metade pediria ajuda a alguém. Aliás, mais de 50%
dos inquiridos já pediram que apagassem conteúdos sobre si.

No que toca à partilha de passwords, as opiniões dividem-se: metade diz que não as
partilharia com ninguém, a outra metade partilharia com os pais, com o/a melhor
amigo/a ou com o/a namorado/a.

Com base nos resultados do estudo, é lançada esta quinta-feira a campanha "Pensa antes
de Partilhar". A ação de sensibilização, dirigida aos jovens e aos pais, assenta em três
eixos principais: como lidar com a sua privacidade, como lidar com a privacidade dos
outros, e como resolver algo que os incomode. "O Facebook leva muito a sério os temas
relacionados com a segurança e, mais concretamente, os assuntos relacionados com os
jovens. Por isso decidimos lançar a campanha também em Portugal'', frisa Natalia
Basterrechea.

Por cá, o Facebook juntou-se à plataforma nacional MiudosSegurosNa.Net. "O objetivo


é melhorar a segurança online dando aos jovens e aos seus pais e educadores
ferramentas e conselhos sobre como terem os melhores comportamentos na internet'',
explicou Tito Morais, fundador do projeto. O guia "Pensa antes de partilhar" pode ser
descarregado aqui.

No fim de 2015, o Parlamento Europeu tentou que a nova legislação de privacidade e


conservação de dados definisse os 16 anos como idade mínima de acesso às redes
sociais - ou a partir dos 13 mas com o consentimento dos encarregados de educação.
Esta mudança provocaria uma redução drástica da presença de adolescentes nessas
plataformas. Mas esse ponto acabou por ser retirado do diploma: agora cabe a cada
estado-membro definir na própria legislação a idade da liberdade online

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