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Aula 08

Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ CFC 2018.1 (Bacharel em Ciências


Contábeis)

Professor: Gilmar Possati

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.2 #
Aula 08

AULA 8: Demonstração do Fluxo de Caixa.


Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Notas Explicativas.

Sumário
1. DFC 02
2. DMPL 10
3. Notas Explicativas 14
4. Questões Comentadas 21
5. Resumo 36
6. Lista das questões apresentadas 40
7. Gabarito 46

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Demonstração do Fluxos de Caixa (DFC)

Pessoal, a DFC geralmente vem sendo exigida no âmbito da Contabilidade


Aplicada ao Setor Público de forma teórica, conforme veremos nas questões
comentadas sobre o assunto.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Introdução

Segundo o MCASP, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) identificará:

a. as fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa;


b. os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações
contábeis; e
c. o saldo do caixa na data das demonstrações contábeis.

A DFC permite a análise da capacidade de a entidade gerar caixa e


equivalentes de caixa e da utilização de recursos próprios e de terceiros em
suas atividades. Pode ser analisada, também, mediante comparação dos
fluxos de caixa, gerados ou consumidos, com o resultado do período e com
o total do passivo, permitindo identificar, por exemplo: a parcela dos
recursos utilizada para pagamento da dívida e para investimentos, e a
parcela da geração líquida de caixa atribuída às atividades operacionais.

Esquematicamente, temos:

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Estrutura

A Demonstração dos Fluxos de Caixa é composta por:

a. Quadro Principal;
b. Quadro de Receitas Derivadas e Originárias;
c. Quadro de Transferências Recebidas e Concedidas;
d. Quadro de Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função;
e. Quadro de Juros e Encargos da Dívida.

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Quadro Principal

Exercício Exercício
Atual Anterior

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS C


Ingressos
Receitas derivadas e originárias
Transferências correntes recebidas
Desembolsos
Pessoal e demais despesas
Juros e encargos da dívida
Transferências concedidas
Fluxo de caixa líquido das atividades operacionais (I)
I

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO


Ingressos
Alienação de bens
Amortização de empréstimos e financiamentos concedidos
Desembolsos
Aquisição de ativo não circulante
Concessão de empréstimos e financiamentos
Outros desembolsos de investimentos
Fluxo de caixa líquido das atividades de investimento (II)

I
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Ingressos
Operações de crédito
Integralização do capital social de empresas dependentes
Desembolsos
Amortização /Refinanciamento da dívida
Fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento
(III)

GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA


(I+II+III)
Caixa e Equivalentes de caixa inicial O C
Caixa e Equivalente de caixa final E
B
P

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Definições do Quadro Principal

Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais

• Ingressos das Operações  Compreendem as receitas relativas às


atividades operacionais líquidas das respectivas deduções e as
transferências recebidas.

• Desembolsos das Operações  Compreendem as despesas relativas


às atividades operacionais, demonstrando-se os desembolsos de pessoal,
os juros e encargos sobre a dívida e as transferências concedidas.

Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento

• Ingressos de Investimento  Compreendem as receitas referentes à


alienação de ativos não circulantes e de amortização de empréstimos e
financiamentos concedidos.

• Desembolsos de Investimento  Compreendem as despesas


referentes à aquisição de ativos não circulantes e as concessões de
empréstimos e financiamentos.

Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento

• Ingressos de Financiamento  Compreendem as obtenções de


empréstimos, financiamentos e demais operações de crédito, inclusive o
refinanciamento da dívida. Compreendem também a integralização do
capital social de empresas dependentes.

• Desembolsos de Financiamento  Compreendem as despesas com


amortização e refinanciamento da dívida.

• Caixa e Equivalentes de Caixa  Compreende o numerário em espécie


e depósitos bancários disponíveis, além das aplicações financeiras de curto
prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um
montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante
risco de mudança de valor. Inclui, ainda, a receita orçamentária
arrecadada que se encontra em poder da rede bancária em fase de
recolhimento.

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Quadro de Transferências Recebidas e Concedidas

QUADRO DE TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS E CONCEDIDAS

TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS Exercício Exercício


Intergovernamentais Atual Anterior
da União
de Estados e Distrito Federal
de Municípios
Intragovernamentais
Outras transferências recebidas
Total das Transferências Recebidas

TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS

Intergovernamentais
a União
a Estados e Distrito Federal
a Municípios

Intragovernamentais
Outras transferências concedidas

Total das Transferências Concedidas

• Transferências Intergovernamentais  Compreendem as


transferências de recursos entre entes da Federação distintos.

• Transferências Intragovernamentais  Compreendem as


transferências de recursos no âmbito de um mesmo ente da Federação.

Quadro de Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função

QUADRO DE DESEMBOLSOS DE PESSOAL E DEMAIS DESPESAS POR FUNÇÃO

Exercício Exercício
Legislativa Atual Anterior
Judiciária
Essencial à Justiça Administração
Defesa Nacional
Segurança Pública
Relações Exteriores
Assistência Social
Previdência Social
Saúde
Trabalho

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Educação
Cultura
Direitos da Cidadania
Urbanismo
Habitação
Saneamento
Gestão Ambiental
Ciência e Tecnologia
Agricultura
Organização Agrária
Indústria
Comércio e Serviços
Comunicações
Energia
Transporte
Desporto e Lazer
Encargos Especiais
Total dos Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função

Quadro de Juros e Encargos da Dívida

QUADRO DE DESEMBOLSOS DE PESSOAL E DEMAIS DESPESAS POR FUNÇÃO


Exercício Exercício
Atual Anterior
Juros e Correção Monetária da Dívida Interna
Juros e Correção Monetária da Dívida Externa
Outros Encargos da Dívida
Total dos Juros e Encargos da Dívida

Elaboração

Segundo o MCASP, a DFC deve ser elaborada pelo método direto e


deve evidenciar as alterações de caixa e equivalentes de caixa verificadas
no exercício de referência, classificadas nos seguintes fluxos, de acordo
com as atividades da entidade:

a. operacionais;
b. de investimento; e
c. de financiamento.

A soma dos três fluxos deverá corresponder à diferença entre os saldos


iniciais e finais de Caixa e Equivalentes de Caixa do exercício de referência.

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Apesar de o MCASP não entrar em detalhes sobre os métodos de


elaboração, é interessante você saber que existem dois métodos para a
elaboração da DFC: direto e indireto.

Método Direto  as principais classes de recebimentos brutos e


pagamentos brutos são divulgadas.

Método Indireto  o superávit ou o déficit patrimonial (resultado


patrimonial) é ajustado pelos efeitos de transações que não envolvem
caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por
competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa
operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou
despesa orçamentária associados com fluxos de caixa das atividades de
investimento ou de financiamento.

A diferença entre os dois métodos reside na apresentação dos


fluxos de caixa das atividades operacionais. Os demais fluxos
(investimento e financiamento) seguem o mesmo raciocínio nos dois
métodos.

Pessoal, nesse ponto temos uma clara divergência entre dispositivos.

Segundo o MCASP a DFC deve ser elaborada pelo método direto. Já


segundo a NBC T 16.6, a DFC pode ser elaborada tanto pelo método direto
como pelo método indireto, senão vejamos:

31. A Demonstração dos Fluxos de Caixa deve ser elaborada pelo método
direto ou indireto e evidenciar as movimentações havidas no caixa e seus
equivalentes, nos seguintes fluxos:
(a) das operações;
(b) dos investimentos; e
(c) dos financiamentos.

Assim, na hora da prova temos que identificar qual o parâmetro que a


questão toma como base. Exemplo:

“Segundo as orientações do MCASP, a DFC deve ser elaborada somente


pelo método direto”. Certo

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“Segundo as NBCASP, a DFC deve ser elaborada somente pelo método


direto”. Errado

Se não vier claro qual a base a ser seguida, oriento seguir a NBCASP, pois
é mais ampla e possui maior segurança jurídica do que o MCASP. Exemplo:

“No âmbito do setor público, a DFC pode ser elaborada tanto pelo método
direto como pelo método indireto”. Certo

MCASP  DFC somente pelo método direto.


NBC T 16.6  método direto ou indireto

Cabe destacar que na Contabilidade Geral (privada/societária) as normas


facultam a utilização tanto do método direto, quanto do indireto. Assim, a
NBC T 16.6 segue o padrão adotado no setor privado.

Notas Explicativas

Segundo o MCASP, a DFC deverá ser acompanhada de notas explicativas


quando os itens que compõem os fluxos de caixa forem relevantes.

O ente deverá divulgar os saldos significativos de caixa e equivalentes


de caixa mantidos pelo ente, mas que não estejam disponíveis para uso
imediato.

O MCASP destaca que as circunstâncias da indisponibilidade desses


recursos envolvem, por exemplo, restrições legais ou controle cambial. As
transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de
caixa ou equivalentes de caixa, como aquisições financiadas de bens e
arrendamento financeiro, não devem ser incluídas na demonstração dos
fluxos de caixa. Tais transações devem ser divulgadas nas notas
explicativas à demonstração, de modo que forneçam todas as informações
relevantes sobre essas transações.

Por fim, o MCASP informa que algumas operações podem interferir na


elaboração da DFC, como, por exemplo, as retenções. Dependendo da
forma como as retenções são contabilizadas, os saldos de caixa e
equivalente de caixa podem ser afetados. Basicamente a diferença será sob

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o aspecto temporal. Se o ente considerar a retenção como paga no


momento da liquidação, então deverá promover um ajuste no saldo da
conta caixa e equivalentes de caixa a fim de demonstrar que há um saldo
vinculado a ser deduzido. Entretanto, se o ente considerar a retenção como
paga apenas na baixa da obrigação, nenhum ajuste será promovido. Dessa
forma, eventuais ajustes relacionados às retenções deverão ser
evidenciados em notas explicativas.

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DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)

Introdução

Segundo o MCASP, a Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido


(DMPL) demonstrará a evolução do patrimônio líquido da entidade.

Dentre os itens demonstrados, o MCASP cita:

a. os ajustes de exercícios anteriores;


b. as transações de capital com os sócios, por exemplo: o aumento de
capital, a aquisição ou venda de ações em tesouraria e os juros sobre
capital próprio;
c. o superávit ou déficit patrimonial;
d. a destinação do resultado, por exemplo: transferências para reservas e
a distribuição de dividendos; e
e. outras mutações do patrimônio líquido.

A DMPL complementa o Anexo de Metas Fiscais (AMF), integrante do


Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Obrigatoriedade da DMPL

A DMPL é obrigatória apenas para as empresas estatais


dependentes, desde que constituídas sob a forma de sociedades
anônimas, e facultativa para os demais órgãos e entidades dos entes da
Federação.

Veja que a regra no setor público é a dispensa da DMPL, sendo obrigatória


apenas para as estatais dependentes sob a forma de sociedades anônimas.
Assim, uma empresa pública dependente não precisa elaborar a DMPL.

Essa restrição de utilização no setor público se reflete na exigência da DMPL


no âmbito da CASP em provas. É uma demonstração pouco exigida em
provas de CASP.

Esquematicamente, temos:

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Estrutura da DMPL

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Exercício: 20XX
Patrimônio Adiantamento
Reserva Ajustes de Reservas Ações /
Social / p/ Futuro Demais Resultados
Especificação de Avaliação de Cotas em Total
Capital Aumento de Reservas Acumulados
Capital Patrimonial Lucros Tesouraria
social Capital
Saldos iniciais
Ajustes de
exercícios
anteriores
Contas do grupo 2.3 Patrimônio Líquido
Aumento de
capital
Resgate /
Reemissão de
Ações e Cotas
Juros sobre
capital próprio
Resultado do
Especificação das Mutações do PL
exercício
Ajustes de
avaliação
patrimonial
Constituição /
Reversão de
reservas
Dividendos a
distribuir
(R$ ... por
ação)
Saldos finais

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Definições

• Patrimônio Social / Capital Social  Compreende o patrimônio social


das autarquias, fundações e fundos e o capital social das demais entidades
da administração indireta.

• Adiantamento para Futuro Aumento de Capital  Compreende os


recursos recebidos pela entidade de seus acionistas ou quotistas destinados
a serem utilizados para aumento de capital, quando não haja a
possibilidade de devolução destes recursos.

• Reservas de Capital  Compreende os valores acrescidos ao patrimônio


que não transitaram pelo resultado como variações patrimoniais
aumentativas (VPA).

• Ajustes de Avaliação Patrimonial  Compreende as contrapartidas de


aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do
passivo em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos
pela Lei nº 6.404/1976 ou em normas expedidas pela comissão de valores
mobiliários, enquanto não computadas no resultado do exercício em
obediência ao regime de competência.

• Reservas de Lucros  Compreende as reservas constituídas com


parcelas do lucro líquido das entidades para finalidades especificas.

• Demais Reservas  Compreende as demais reservas, não classificadas


como reservas de capital ou de lucro, inclusive aquelas que terão seus
saldos realizados por terem sido extintas pela legislação.

• Resultados Acumulados  Compreende o saldo remanescente dos


lucros ou prejuízos líquidos das empresas e os superávits ou déficits
acumulados da administração direta, autarquias, fundações e fundos. A
conta Ajustes de Exercícios Anteriores, que registra os efeitos da mudança
de critério contábil ou da retificação de erro imputável a exercício anterior
que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes, integra a conta
Resultados Acumulados.

• Ações / Cotas em Tesouraria  Compreende o valor das ações ou


cotas da entidade que foram adquiridas pela própria entidade.

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Elaboração

Segundo o MCASP, a DMPL será elaborada utilizando-se o grupo 3


(patrimônio líquido) da classe 2 (passivo) do PCASP. O preenchimento de
cada célula do quadro deverá conjugar os critérios informados nas colunas
com os critérios informados nas linhas.

Os dados dos pares de lançamentos desses critérios poderão ser extraídos


através de contas de controle, atributos de contas, informações
complementares ou outra forma definida pelo ente. Nas colunas, são
apresentadas as contas contábeis das quais os dados devem ser extraídos,
enquanto as linhas delimitam o par de lançamento de tais contas.

O MCASP nos fornece o seguinte exemplo: supondo um aumento de capital


em dinheiro, o preenchimento da coluna “Patrimônio Social / Capital Social”
e da linha “Aumento de Capital” deverá extrair os dados do respectivo par
de lançamentos com as contas “1.1.1.0.0.00.00 – Caixa e Equivalentes de
Caixa” e “2.3.1.0.0.00.00 – Patrimônio Social e Capital Social”.

Pessoal, para a DMPL basicamente é isso que devemos saber. Reitero que
a DMPL é uma demonstração pouco exigida em provas de CASP, portanto,
não precisamos nos preocupar tanto com essa demonstração. Sabendo o
que vimos acima, já está de bom tamanho.

Vamos agora estudar as Notas Explicativas.

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NOTAS EXPLICATIVAS

Definição

Segundo o MCASP, as notas explicativas são informações adicionais às


apresentadas nos quadros das DCASP.

São consideradas parte integrante das demonstrações. Seu objetivo é


facilitar a compreensão das demonstrações contábeis a seus diversos
usuários. Portanto, devem ser claras, sintéticas e objetivas. Englobam
informações de qualquer natureza exigidas pela lei, pelas normas contábeis
e outras informações relevantes não suficientemente evidenciadas ou que
não constam nas demonstrações.

São informações adicionais às apresentadas nos quadros das Demonstrações.


São consideradas parte integrante das demonstrações.

NOTAS
Seu objetivo é facilitar a compreensão das demonstrações contábeis a seus
EXPLICATIVAS diversos usuários.

Englobam informações de qualquer natureza exigidas pela lei, pelas normas


contábeis e outras informações relevantes não suficientemente evidenciadas ou
que não constam nas demonstrações.

Estrutura

Nos termos do MCASP, as notas explicativas devem ser apresentadas de


forma sistemática. Cada quadro ou item a que uma nota explicativa se
aplique deverá ter referência cruzada com a respectiva nota explicativa.

Nesse sentido, a fim de facilitar a compreensão e a comparação das DCASP


com as de outras entidades, o Manual sugere que as notas explicativas
sejam apresentadas na seguinte ordem:

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a. Informações gerais:
i. Natureza jurídica da entidade.
ii. Domicílio da entidade.
iii. Natureza das operações e principais atividades da entidade.
iv. Declaração de conformidade com a legislação e com as normas de
contabilidade aplicáveis.

b. Resumo das políticas contábeis significativas, por exemplo:


i. Bases de mensuração utilizadas, por exemplo: custo histórico, valor
realizável líquido, valor justo ou valor recuperável.
ii. Novas normas e políticas contábeis alteradas.
iii. Julgamentos pela aplicação das políticas contábeis.

c. Informações de suporte e detalhamento de itens apresentados


nas demonstrações contábeis pela ordem em que cada demonstração e
cada rubrica sejam apresentadas.

d. Outras informações relevantes, por exemplo:


i. Passivos contingentes e compromissos contratuais não reconhecidos;
ii. Divulgações não financeiras, tais como: os objetivos e políticas de gestão
do risco financeiro da entidade; pressupostos das estimativas;
iii. Reconhecimento de inconformidades que podem afetar a compreensão
do usuário sobre o desempenho e o direcionamento das operações da
entidade no futuro;
iv. Ajustes decorrentes de omissões e erros de registro.

A figura a seguir ilustra a estrutura das Notas Explicativas:

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Divulgação de Políticas Contábeis

Segundo o MCASP, políticas contábeis são os princípios, bases, convenções,


regras e procedimentos específicos aplicados pela entidade na elaboração
e na apresentação de demonstrações contábeis. Ao decidir se determinada
política contábil específica será ou não evidenciada, a administração deve
considerar se sua evidenciação proporcionará aos usuários melhor
compreensão da forma em que as transações, condições e outros eventos,
estão refletidos no resultado e na posição patrimonial relatados.

Veja que o objetivo das notas explicativas é sempre melhorar a qualidade


da evidenciação da informação contábil, dando maior transparência às
informações orçamentárias, financeiras, patrimoniais e de controle do
órgão/entidade.

Bases de Mensuração

Segundo o MCASP, quando mais de uma base de mensuração for utilizada


nas demonstrações contábeis, por exemplo, quando determinadas classes
de ativos são reavaliadas, é suficiente divulgar uma indicação das
categorias de ativos e de passivos à qual cada base de mensuração foi

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aplicada. Nesse sentido, o MCASP destaca como caso especial os ativos


obtidos a título gratuito que devem ser registrados pelo valor justo na data
de sua aquisição, sendo que deverá ser considerado o valor resultante da
avaliação obtida com base em procedimento técnico ou o valor patrimonial
definido nos termos da doação. A eventual impossibilidade de sua valoração
também deve ser evidenciada em notas explicativas.

Alteração de Políticas Contábeis

O MCASP informa que a entidade deve alterar uma política contábil e


divulgá-la em nota explicativa apenas se a mudança:

a. for exigida pelas normas de contabilidade aplicáveis; ou


b. resultar em informação confiável e mais relevante sobre os efeitos das
transações, outros eventos ou condições acerca da posição patrimonial, do
resultado patrimonial ou dos fluxos de caixa da entidade.

Observe que os requisitos não são cumulativos, por isso destacamos a


partícula “ou” acima.

Julgamentos pela aplicação das políticas contábeis

Segundo o MCASP, os julgamentos exercidos pela aplicação das políticas


contábeis que afetem significativamente os montantes reconhecidos nas
demonstrações contábeis devem ser divulgados em notas explicativas, por
exemplo:

a. classificação de ativos;
b. constituição de provisões;
c. reconhecimento de variações patrimoniais; e
d. transferência de riscos e benefícios significativos sobre a propriedade de
ativos para outras entidades.

Divulgação de Estimativas

O MCASP destaca que as notas explicativas devem divulgar os pressupostos


das estimativas dos riscos significativos que podem vir a causar um ajuste
material nos valores contábeis dos ativos e passivos ao longo dos próximos
doze meses.

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Nesse sentido, o Manual informa que devem ser detalhadas a natureza e o


valor contábil desses ativos e passivos na data das demonstrações. O uso
de estimativas adequadas é parte da ciência contábil e não reduz a
confiabilidade das demonstrações contábeis. Uma mudança de método
de avaliação é uma mudança na política contábil e não uma
mudança na estimativa contábil e deve ser evidenciada nas notas
explicativas. Se o montante não for evidenciado porque sua estimativa é
impraticável, a entidade também deve evidenciar tal fato.

Pessoal, destaquei esse ponto acima, pois pode tranquilamente ser exigido
em prova. Veja que é um ponto fácil para o examinador elaborar uma
questão, difícil por sinal, sem esforço. Como assim, professor? Calma...
veja a questão inédita que elaborei abaixo para ilustrar:

(Questão Inédita) Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor


Público, uma mudança de método de avaliação é uma mudança na
estimativa contábil e, portanto, deve ser evidenciada nas notas
explicativas.

Vai dizer que no calor da hora você não tenderia a marcar certo em um
item assim? O cara tem que estar ligado para não errar uma questão desse
nível. Veja que um pequeno detalhe “escondido” no MCASP pode te levar
“pro barro” como dizemos no jargão militar! Portanto, para fixar esse
detalhe vamos novamente destacar aqui:

Uma mudança de método de avaliação é uma mudança na política


contábil e não uma mudança na estimativa contábil e deve ser
evidenciada nas notas explicativas.

Gabarito: Errado

Pessoal, o assunto “Notas Explicativas” possui uma tendência de ser exigido


em provas, pois esses detalhes do que deve ou não ser evidenciado nas
notas explicativas são um campo fértil para o examinador elaborar
questões. Para cada demonstração o MCASP possui um tópico sobre as
notas explicativas. Vimos esses tópicos ao longo das aulas. Assim, para
fecharmos o assunto, a seguir destacamos alguns exemplos de informações
que devem ser evidenciadas nas notas explicativas de cada demonstração
estudada no curso.

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Exemplos de Notas Explicativas

Bem, pessoal... fechamos a parte teórica da aula de hoje.

Na sequência selecionamos questões atualizadas sobre os pontos


estudados. Bora detonar!

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Questões Comentadas

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

1. (FGV/Analista/Ciências Contábeis/IBGE/2016) Na elaboração da


Demonstração dos Fluxos de Caixa, o MCASP/STN recomenda a
apresentação dos desembolsos operacionais de acordo com a classificação
da despesa por:
a) categorias econômicas;
b) função;
c) impacto patrimonial;
d) origem de recursos (vinculada e ordinária);
e) programas.

Conforme estudamos, integra a DFC o seguinte quadro:

QUADRO DE DESEMBOLSOS DE PESSOAL E DEMAIS DESPESAS POR FUNÇÃO

Exercício Exercício
Legislativa Atual Anterior
Judiciária
Essencial à Justiça Administração
Defesa Nacional
Segurança Pública
Relações Exteriores
Assistência Social
Previdência Social
Saúde
Trabalho
Educação
Cultura
Direitos da Cidadania
Urbanismo
Habitação
Saneamento
Gestão Ambiental
Ciência e Tecnologia
Agricultura

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Organização Agrária
Indústria
Comércio e Serviços
Comunicações
Energia
Transporte
Desporto e Lazer
Encargos Especiais
Total dos Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função

Gabarito: B

2. (FGV/Agente de Fiscalização/Ciências Contábeis/TCM-SP/2015) De


acordo com o MCASP, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) permite
a análise da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa
e da utilização de recursos próprios e de terceiros em suas atividades. Em
geral espera-se que, nas entidades do setor público, os fluxos de caixa mais
representativos sejam gerados pelas atividades operacionais.

A opção a seguir que contém apenas itens relacionados às atividades


operacionais é:
a) juros e encargos da dívida e concessão de empréstimos;
b) receitas derivadas e transferências correntes concedidas;
c) receitas originárias e amortização de empréstimos concedidos;
d) receita patrimonial e receita de alienação de bens;
e) transferências correntes recebidas e amortização de empréstimos
recebidos.

Vamos classificar todos os itens presentes nas opções.

a. Errado.
Juros e encargos da dívida  Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Concessão de empréstimos  Fluxo de Caixa das Atividades de
Investimento

b. Certo.
Receitas derivadas  Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Transferências correntes concedidas  Fluxo de Caixa das Atividades
Operacionais

c. Errado.
Receitas originárias  Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Amortização de empréstimos concedidos  Fluxo de Caixa das
Atividades de Investimento

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d. Errado.
Receita patrimonial  Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Receita de alienação de bens  Fluxo de Caixa das Atividades de
Investimento

e. Errado.
Transferências correntes recebidas  Fluxo de Caixa das Atividades
Operacionais
Amortização de empréstimos recebidos  Fluxo de Caixa das
Atividades de Financiamento

Gabarito: B

3. (FGV/Técnico da Defensoria Pública/DPE-RO/Contabilidade/2015) Na


Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) os restos a pagar são sempre:
a) evidenciados no momento da sua inscrição;
b) classificados na atividade de investimento;
c) classificados na atividade operacional;
d) evidenciados no momento do seu pagamento;
e) classificados na atividade de financiamento.

Pessoal, quando estamos falando de DFC lembre-se que essa demonstração


evidencia o fluxo de recebimentos e pagamentos. Assim, os restos a
pagar são sempre evidenciados no momento do pagamento. Vale
destacar que apenas com as informações fornecidas pela questão não há
como classificarmos os restos a pagar em algum fluxo (operacional,
investimentos ou financiamentos).

Gabarito: D

4. (FGV/Analista da Defensoria Pública/Analista Contábil/DPE-RO/2015) A


Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) tem o objetivo de contribuir para
a transparência da gestão pública, pois permite um melhor gerenciamento
e controle financeiro dos órgãos e entidades do setor público (MCASP/STN).
De acordo com as orientações do MCASP, na elaboração da DFC, um item
que compõe os fluxos de caixa das atividades de financiamento é:
a) amortização de empréstimos concedidos;
b) concessão de empréstimos;
c) juros e correção monetária da dívida interna;
d) operações de crédito;
e) transferências intergovernamentais.

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Vamos classificar cada um dos itens.

a. Errado.
Amortização de empréstimos concedidos  Fluxo de Caixa das
Atividades de Investimento

b. Errado.
Concessão de empréstimos  Fluxo de Caixa das Atividades de
Investimento

c. Errado.
Juros e correção monetária da dívida interna  Fluxo de Caixa das
Atividades Operacionais

d. Certo.
Operações de crédito  Fluxo de Caixa das Atividades de
Financiamento

e. Errado.
Transferências intergovernamentais  Fluxo de Caixa das Atividades
Operacionais

Gabarito: D

5. (FCC/Auditor/TCE-CE/2015) Instruções: Para responder à questão,


considere os fatos relacionados, a seguir, referentes ao exercício financeiro
de 2014 de uma Prefeitura Municipal:

− Previsão da receita e fixação da despesa referente à aprovação do


orçamento com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$
50.000.000,00
− Lançamento de receitas tributárias no valor de R$ 16.000.000,00 e
arrecadação no valor de R$ 15.000.000,00
− Lançamento e Arrecadação de Transferências Correntes
Intergovernamentais no valor de R$ 20.000.000,00
− Lançamento e arrecadação de receitas de serviços no valor de R$
6.000.000,00
− Lançamento e arrecadação de outras receitas correntes − multas e juros
no valor de R$ 300.000,00
− Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de
R$ 1.000.000,00

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− Recebimento de aluguéis no valor de R$ 900.000,00, cujo direito já havia


sido reconhecido pela contabilidade em 2013.
− Obtenção de operações de crédito de longo prazo no valor de R$
8.000.000,00
− Abertura de Créditos Adicionais Especiais no valor de R$ 3.000.000,00,
cujos recursos para cobertura foram oriundos do Superávit Financeiro do
Exercício Anterior

− Empenho de despesas com:


− Pessoal e Encargos Sociais: R$ 28.000.000,00
− Outras Despesas Correntes − Outros Serviços de Terceiros − Pessoa
Jurídica: R$ 1.200.000,00
− Outras Despesas Correntes − Material de Consumo: R$ 4.500.000,00
− Investimentos − Equipamentos e Material Permanente: R$ 3.000.000,00
− Investimentos − Obras e Instalações: R$ 13.500.000,00
− Juros e Encargos da Dívida: R$ 1.300.000,00

− Liquidação de despesas com:


− Pessoal e Encargos Sociais: R$ 28.000.000,00
− Outras Despesas Correntes − Outros Serviços de Terceiros − Pessoa
Jurídica: R$ 1.100.000,00
− Outras Despesas Correntes − Material de Consumo: R$ 4.100.000,00
− Investimentos − Equipamentos e Material Permanente: R$ 3.000.000,00
− Investimentos − Obras e Instalações: R$ 4.000.000,00
− Juros e Encargos da Dívida: R$ 1.300.000,00

− Pagamento de despesas com:


− Pessoal e Encargos Sociais: R$ 25.000.000,00
− Outras Despesas Correntes − Outros Serviços de Terceiros − Pessoa
Jurídica: R$ 900.000,00
− Outras Despesas Correntes − Material de Consumo: R$ 3.700.000,00
− Investimentos − Equipamentos e Material Permanente: R$ 2.800.000,00
− Investimentos − Obras e Instalações: R$ 3.500.000,00
− Juros e Encargos da Dívida: R$ 850.000,00

− Pagamento de Restos a Pagar Processados (referentes à despesa


corrente) no valor de R$ 2.400.000,00
− Depreciação do ativo imobilizado no valor de R$ 5.000.000,00
− Devolução de Depósitos Cauções no valor de R$ 550.000,00

Informação Adicional:

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− Os fatos geradores das receitas de multas e juros ocorreram em 2014.


− A despesa com Pessoal e Encargos é relativa à manutenção das
atividades governamentais.
− Do material de consumo adquirido, foram consumidos R$ 3.900.000,00
em 2014 e não havia estoque inicial em 2014.
− Os serviços de terceiros (pessoa jurídica) referem-se à manutenção dos
elevadores de um dos prédios da entidade pública e foram prestados em
2014.
− Os juros e encargos da dívida são referentes ao exercício de 2014.

Considerando as demonstrações consolidadas do Município, na


Demonstração dos Fluxos de Caixa referente ao exercício financeiro de
2014, o valor do caixa consumido pelas atividades de investimento foi, em
==9bb8a==

reais,
a) 10.000.000,00.
b) 7.000.000,00.
c) 2.000.000,00.
d) 6.300.000,00.
e) 5.300.000,00.

Pessoal, não se assuste com a enxurrada de informações. Os dados da


questão são usados pelo examinador para formular diversos
questionamentos. Entre esses questionamentos está a presente questão
sobre a DFC.

Assim, na hora da prova, você tem que identificar, no caso da DFC, os


eventos que impactam o caixa. Para essa questão, temos que identificar
aquilo que impacta o fluxo de caixa das atividades de investimento. Assim,
temos:

− Pagamento de despesas com:


− Investimentos − Equipamentos e Material Permanente: R$ 2.800.000,00
− Investimentos − Obras e Instalações: R$ 3.500.000,00

Fluxo de caixa dos investimentos = 2.800.000,00 + 3.500.000,00


Fluxo de caixa dos investimentos = 6.300.000,00

Gabarito: D

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6. (FCC/Auditor Conselheiro Substituto/TCM-GO/2015) O procedimento


contábil para elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa, que
evidencia as principais classes de recebimentos e pagamentos a partir de
ajustes ao resultado patrimonial é o método
a) simplificado.
b) direto.
c) ajustado.
d) indireto.
e) isolado.

Conforme estudamos, existem dois métodos para a elaboração da DFC:


direto e indireto.

Método Direto  as principais classes de recebimentos brutos e


pagamentos brutos são divulgadas.

Método Indireto  o superávit ou o déficit patrimonial (resultado


patrimonial) é ajustado pelos efeitos de transações que não envolvem
caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por
competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa
operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou
despesa orçamentária associados com fluxos de caixa das atividades de
investimento ou de financiamento.

Dica: falou em ajuste relacione com o método indireto.

A questão exigiu conhecimentos literais do disposto na NBC T 16.6:

Método indireto: o procedimento contábil para elaboração da


Demonstração dos Fluxos de Caixa, que evidencia as principais classes de
recebimentos e pagamentos a partir de ajustes ao resultado patrimonial,
nos seguintes elementos:
(a) de transações que não envolvem caixa e seus equivalentes;
(b) de quaisquer diferimentos ou outras apropriações por competência
sobre recebimentos ou pagamentos;
(c) de itens de receita ou despesa orçamentária associados com fluxos de
caixa e seus equivalentes das atividades de investimento ou de
financiamento.

Gabarito: D

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7. (FUNDEP/Analista/Contabilista/Uberaba/2016) De acordo com a Norma


Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público NBC T 16.6 –
Demonstrações Contábeis, a Demonstração dos Fluxos de Caixa:
a) deve ser elaborada tanto pelo método direto como pelo método indireto.
b) deve evidenciar as movimentações das operações, dos investimentos e
dos financiamentos.
c) deve evidenciar apenas as transações que afetam o patrimônio líquido
d) não se aplica ao setor público.

Vamos analisar as opções.

a. Errado. Segundo a NBC T 16.6, a Demonstração dos Fluxos de Caixa


PODE ser elaborada ou pelo método direto ou pelo método indireto. Não
há obrigatoriedade de a DFC ser elaborada pelos dois métodos.

b. Certo. A DFC evidencia os seguintes fluxos:

Atividades Operacionais  Compreende os ingressos e os desembolsos


relacionados com a ação pública.

Atividades de Investimento  Inclui os recursos relacionados à


aquisição e à alienação de ativo não circulante, adiantamentos ou
amortização de empréstimos concedidos.

Atividades de Financiamento  Inclui os recursos relacionados à


captação e à amortização de empréstimos e financiamentos.

c. Errado. A demonstração que evidencia apenas as transações que afeta


o PL é a DMPL e não a DFC.

d. Errado. A DFC se aplica tanto no setor privado como no setor público.

Gabarito: B

8. (IBFC/Analista de Registro do Comércio/JUCEB/2015) A Demonstração


dos Fluxos de Caixa aplicada ao Setor Público identificará:

I. As fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa.


II. Os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações
contábeis.

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III. O saldo do caixa na data das demonstrações contábeis.

Com base nas informações acima, está correto afirma que:


a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apena a afirmativa III está correta.
c) Apena as afirmativas II e III estão corretas.
d) As afirmativas I, II e III estão corretas.
e) As afirmativas I, II e III estão incorretas.

Segundo o MCASP,

A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) identificará:

a. as fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa;


b. os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações
contábeis; e
c. o saldo do caixa na data das demonstrações contábeis.

Observe que todos os itens estão corretos, pois transcrevem literalmente o


disposto no MCASP.

Gabarito: D

9. (FUNCAB/Técnico/Contabilidade/CRF-RO/2015) A Demonstração dos


Fluxos de Caixa permite aos usuários projetar cenários de fluxos futuros de
caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade
de manutenção do regular financiamento dos serviços públicos. Os
ingressos, inclusive decorrentes de receitas originárias e derivadas, e os
desembolsos relacionados com a ação pública, caracterizam o seguinte
fluxo de caixa:
a) dos investimentos.
b) dos financiamentos.
c) das operações.
d) dos custos e despesas identificados com a execução da ação pública.
e) do resultado econômico apurado.

A DFC evidencia os seguintes fluxos:

Atividades Operacionais  Compreende os ingressos e os desembolsos


relacionados com a ação pública.

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Atividades de Investimento  Inclui os recursos relacionados à


aquisição e à alienação de ativo não circulante, adiantamentos ou
amortização de empréstimos concedidos.

Atividades de Financiamento  Inclui os recursos relacionados à


captação e à amortização de empréstimos e financiamentos.

Gabarito: C

10. (VUNESP/Tesoureiro/CM Itápolis/2015) Na preparação de uma


demonstração contábil de fluxo de caixa, as operações de geração ou
aplicação de caixa estarão representadas pelas atividades
a) operacionais, de investimento e de financiamento.
b) operacionais, transacionais e de financiamento.
c) operacionais, patrimoniais e de investimento.
d) patrimoniais, de financiamento e de investimento.
e) econômicas, de resultado e de financiamento.

Para fixar! A DFC evidencia os seguintes fluxos:

Atividades Operacionais  Compreende os ingressos e os desembolsos


relacionados com a ação pública.

Atividades de Investimento  Inclui os recursos relacionados à


aquisição e à alienação de ativo não circulante, adiantamentos ou
amortização de empréstimos concedidos.

Atividades de Financiamento  Inclui os recursos relacionados à


captação e à amortização de empréstimos e financiamentos.

Gabarito: A

11. (CESPE/Analista Judiciário/Contadoria/STJ/2015) Considere que, em


determinada entidade governamental, os seguintes eventos contábeis
tenham sidos registrados em seu primeiro exercício financeiro.

Previsão da receita orçamentária e fixação da despesa orçamentária no


valor de R$ 280.000,00.
Lançamento de impostos no valor de R$ 170.000,00, sendo arrecadados
50% desse valor.

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Empenho, liquidação e pagamento de despesas com folha de pessoal no


valor de R$ 60.000,00.
Empenho, liquidação e pagamento de serviços de terceiros no valor de R$
20.000,00.
Aquisição de veículo no valor de R$ 42.000,00, com recebimento imediato
do bem, totalmente inscrito em restos a pagar.

Com base nessa situação hipotética, julgue o item subsequente acerca das
definições e da estrutura das demonstrações contábeis aplicadas ao setor
público.

Na elaboração da demonstração dos fluxos de caixa, a geração líquida de


caixa e de equivalentes de caixa do exercício terá superávit de R$ 5.000,00.

Nesse tipo de questão temos que nos concentrar em identificar as entradas


e saídas de recursos. Assim, temos:

Entradas de caixa
Arrecadação de 50% do imposto lançado = R$ 85.000,00

Saídas de caixa
Pagamento de despesas com folha de pessoal = R$ 60.000,00
Pagamento de serviços de terceiros = R$ 20.000,00

Geração líquida de caixa = Entradas - Saídas


Geração líquida de caixa = 85.000,00 – 80.000,00
Geração líquida de caixa = 5.000,00 (superávit)

Observação: a aquisição do veículo não entra como saída de recursos, pois


o valor foi totalmente inscrito em restos a pagar, ou seja, não houve
desembolso de caixa.

Gabarito: Certo

12. (CESPE/Contador/FUB/2015) Julgue o item a seguir, relacionado à


estrutura e às instruções de preenchimento das demonstrações contábeis
aplicadas ao setor público.

A demonstração dos fluxos de caixa (DFC) da UnB pode ser elaborada tanto
pelo método direto quanto pelo método indireto.

Pessoal, conforme comentamos na aula, esse tópico dos métodos de


elaboração da DFC possui divergência entre o MCASP e a NBC T 16.6. Nessa

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questão, o CESPE seguiu o disposto no MCASP, segundo o qual a DFC deve


ser elaborado pelo método direto. Porém, se considerássemos a NBC T
16.6, estaria correta. Logo, como a questão não afirma a base na qual a
questão deve ser analisada, deveria ter sido anulada. No entanto, o
gabarito oficial aponta a questão como correta.

Gabarito: Errado

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13. (VUNESP/Analista/Ciências Contábeis/2015) A Demonstração das


Mutações do Patrimônio Líquido deverá evidenciar:
a) alterações nas Reservas de Capital entre dois exercícios simultâneos.
b) futuros aportes de recursos oriundos da impossibilidade de devolução
desses.
c) variações econômicas resultantes do endividamento de empresas
dependentes.
d) aumentos ou diminuições patrimoniais não previstos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO.
e) ajustes decorrentes de lançamentos não registrados no período de
competência.

Quando nos deparamos com uma questão sobre a DMPL semelhante a essa
a primeira medida é verificar as opções que não se relacionam com o PL.
Veja que apenas com esse raciocínio podemos eliminar 3 opções (“C”, “D”
e “E”). Essas opções descrevem fatos que não se relacionam, ou seja, não
são evidenciados no PL e, portanto, não estão incluídos na DMPL.

As alterações nas Reservas de Capital realmente são evidenciadas na DMPL,


porém a evidenciação é de apenas um exercício, ou seja, o exercício de
referência. Esse é o erro da opção “A”. Resta-nos, portanto, a opção “B”.
Entre as definições estudadas, vimos a seguinte:

• Adiantamento para Futuro Aumento de Capital  Compreende os


recursos recebidos pela entidade de seus acionistas ou quotistas destinados
a serem utilizados para aumento de capital, quando não haja a
possibilidade de devolução destes recursos.

Veja que a opção “B” trata justamente do adiantamento para futuro


aumento de capital.

Gabarito: B

14. (CESPE/Contador/PF/2014) No que se refere ao plano de contas


aplicado ao setor público e às demonstrações contábeis do setor público,
julgue o próximo item.

Na demonstração das mutações do patrimônio líquido, a conta ajustes de


exercícios anteriores, a qual se destina a corrigir erro imputável a exercício,

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integra a conta resultados acumulados, esta também evidenciada no


patrimônio líquido, no balanço patrimonial.

A conta “ajustes de exercícios anteriores” registra o saldo decorrente de


efeitos da mudança de critério contábil ou da retificação de erro imputável
a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos
subsequentes, materializando os ajustes da administração direta,
autarquias, fundações e fundos. Essa conta integra a conta (grupo)
“Resultados Acumulados” no PL. Os resultados acumulados são também
evidenciados no PL do balanço patrimonial.

Gabarito: Certo

15. (CESPE/Contador/FUB/2015) Caso uma empresa tenha modificado os


critérios contábeis durante determinado exercício, esse fato deverá ser
evidenciado na demonstração das mutações do patrimônio líquido referente
ao mesmo exercício.

Caso uma empresa tenha modificado os critérios contábeis durante


determinado exercício, esse fato deverá ser evidenciado em Notas
Explicativas!

Gabarito: Errado

16. (VUNESP/Analista/Ciências Contábeis/2015) As Notas Explicativas que


constam de Balanços e Demonstrativos Contábeis possibilitam
a) indicar os saldos em contas não pertencentes ao demonstrativo a que
se associam.
b) informar dados não pertencentes ao balanço ou demonstrativo.
c) a plena compreensão dos eventos identificados por auditorias.
d) meios alternativos de diminuir potenciais déficits futuros.
e) corrigir os eventuais erros contábeis.

Segundo o MCASP, as notas explicativas são informações adicionais às


apresentadas nos quadros das DCASP.

São consideradas parte integrante das demonstrações. Seu objetivo é


facilitar a compreensão das demonstrações contábeis a seus diversos
usuários. Portanto, devem ser claras, sintéticas e objetivas. Englobam
informações de qualquer natureza exigidas pela lei, pelas normas contábeis

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e outras informações relevantes não suficientemente evidenciadas ou que


não constam nas demonstrações.

Gabarito: B

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RESUMO DA AULA

Exercício Atual Exercício Anterior


FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Compreende os ingressos e os
Ingressos desembolsos relacionados com a ação
Receitas derivadas e originárias pública.
Transferências correntes recebidas
Desembolsos
Pessoal e demais despesas
Juros e encargos da dívida
Transferências concedidas
Fluxo de caixa líquido das atividades operacionais (I)
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Ingressos Inclui os recursos relacionados à
Alienação de bens aquisição e à alienação de ativo não
circulante, adiantamentos ou
Amortização de empréstimos e financiamentos concedidos
amortização de empréstimos
Desembolsos concedidos.
Aquisição de ativo não circulante
Concessão de empréstimos e financiamentos
Outros desembolsos de investimentos
Fluxo de caixa líquido das atividades de investimento (II)
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Inclui os recursos relacionados à
Ingressos captação e à amortização de
Operações de crédito empréstimos e financiamentos.
Integralização do capital social de empresas dependentes
Desembolsos
Amortização /Refinanciamento da dívida
Fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento (III)
GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA (I+II+III)
O C
Caixa e Equivalentes de caixa inicial
E
Caixa e Equivalente de caixa final
B
P

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Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

 A DFC deve ser elaborada pelo método direto e deve evidenciar as alterações de caixa e equivalentes de
caixa verificadas no exercício de referência, classificadas nos seguintes fluxos, de acordo com as atividades da
entidade:
a. operacionais;
b. de investimento; e
c. de financiamento.

 Enquanto na Contabilidade Geral (privada/societária) as normas facultam a utilização tanto do método direto,
quanto do indireto, no âmbito do setor público não há opção: por força normativa, a DFC deve ser realizada
pelo método direto!
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

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DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Exercício: 20XX
Adiantamento
Patrimônio Reserva Ajustes de Reservas Ações /
p/ Futuro Demais Resultados
Especificação Social / de Avaliação de Cotas em Total
Aumento de Reservas Acumulados
Capital social Capital Patrimonial Lucros Tesouraria
Capital
Saldos iniciais
Ajustes de
exercícios
anteriores Contas do grupo 2.3 Patrimônio Líquido
Aumento de
capital
Resgate /
Reemissão de
Ações e Cotas
Juros sobre
capital próprio
Resultado do Especificação das Mutações do PL
exercício
Ajustes de
avaliação
patrimonial
Constituição /
Reversão de
reservas
Dividendos a
distribuir
(R$ ... por ação)
Saldos finais

São informações adicionais às apresentadas nos quadros das Demonstrações.


São consideradas parte integrante das demonstrações.
Notas Explicativas

NOTAS
Seu objetivo é facilitar a compreensão das demonstrações contábeis a seus
EXPLICATIVAS diversos usuários.

Englobam informações de qualquer natureza exigidas pela lei, pelas normas


contábeis e outras informações relevantes não suficientemente evidenciadas ou
que não constam nas demonstrações.

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Notas Explicativas

Exemplos de Notas Explicativas

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Lista das questões apresentadas na aula

1. (FGV/Analista/Ciências Contábeis/IBGE/2016) Na elaboração da


Demonstração dos Fluxos de Caixa, o MCASP/STN recomenda a
apresentação dos desembolsos operacionais de acordo com a classificação
da despesa por:
a) categorias econômicas;
b) função;
c) impacto patrimonial;
d) origem de recursos (vinculada e ordinária);
e) programas.

2. (FGV/Agente de Fiscalização/Ciências Contábeis/TCM-SP/2015) De


acordo com o MCASP, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) permite
a análise da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa
e da utilização de recursos próprios e de terceiros em suas atividades. Em
geral espera-se que, nas entidades do setor público, os fluxos de caixa mais
representativos sejam gerados pelas atividades operacionais.

A opção a seguir que contém apenas itens relacionados às atividades


operacionais é:
a) juros e encargos da dívida e concessão de empréstimos;
b) receitas derivadas e transferências correntes concedidas;
c) receitas originárias e amortização de empréstimos concedidos;
d) receita patrimonial e receita de alienação de bens;
e) transferências correntes recebidas e amortização de empréstimos
recebidos.

3. (FGV/Técnico da Defensoria Pública/DPE-RO/Contabilidade/2015) Na


Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) os restos a pagar são sempre:
a) evidenciados no momento da sua inscrição;
b) classificados na atividade de investimento;
c) classificados na atividade operacional;
d) evidenciados no momento do seu pagamento;
e) classificados na atividade de financiamento.

4. (FGV/Analista da Defensoria Pública/Analista Contábil/DPE-RO/2015) A


Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) tem o objetivo de contribuir para
a transparência da gestão pública, pois permite um melhor gerenciamento

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e controle financeiro dos órgãos e entidades do setor público (MCASP/STN).


De acordo com as orientações do MCASP, na elaboração da DFC, um item
que compõe os fluxos de caixa das atividades de financiamento é:
a) amortização de empréstimos concedidos;
b) concessão de empréstimos;
c) juros e correção monetária da dívida interna;
d) operações de crédito;
e) transferências intergovernamentais.

5. (FCC/Auditor/TCE-CE/2015) Instruções: Para responder à questão,


considere os fatos relacionados, a seguir, referentes ao exercício financeiro
de 2014 de uma Prefeitura Municipal:

− Previsão da receita e fixação da despesa referente à aprovação do


orçamento com base na Lei Orçamentária Anual, no valor de R$
50.000.000,00
− Lançamento de receitas tributárias no valor de R$ 16.000.000,00 e
arrecadação no valor de R$ 15.000.000,00
− Lançamento e Arrecadação de Transferências Correntes
Intergovernamentais no valor de R$ 20.000.000,00
− Lançamento e arrecadação de receitas de serviços no valor de R$
6.000.000,00
− Lançamento e arrecadação de outras receitas correntes − multas e juros
no valor de R$ 300.000,00
− Recebimento de créditos tributários inscritos em dívida ativa no valor de
R$ 1.000.000,00
− Recebimento de aluguéis no valor de R$ 900.000,00, cujo direito já havia
sido reconhecido pela contabilidade em 2013.
− Obtenção de operações de crédito de longo prazo no valor de R$
8.000.000,00
− Abertura de Créditos Adicionais Especiais no valor de R$ 3.000.000,00,
cujos recursos para cobertura foram oriundos do Superávit Financeiro do
Exercício Anterior

− Empenho de despesas com:


− Pessoal e Encargos Sociais: R$ 28.000.000,00
− Outras Despesas Correntes − Outros Serviços de Terceiros − Pessoa
Jurídica: R$ 1.200.000,00
− Outras Despesas Correntes − Material de Consumo: R$ 4.500.000,00
− Investimentos − Equipamentos e Material Permanente: R$ 3.000.000,00
− Investimentos − Obras e Instalações: R$ 13.500.000,00

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− Juros e Encargos da Dívida: R$ 1.300.000,00

− Liquidação de despesas com:


− Pessoal e Encargos Sociais: R$ 28.000.000,00
− Outras Despesas Correntes − Outros Serviços de Terceiros − Pessoa
Jurídica: R$ 1.100.000,00
− Outras Despesas Correntes − Material de Consumo: R$ 4.100.000,00
− Investimentos − Equipamentos e Material Permanente: R$ 3.000.000,00
− Investimentos − Obras e Instalações: R$ 4.000.000,00
− Juros e Encargos da Dívida: R$ 1.300.000,00

− Pagamento de despesas com:


− Pessoal e Encargos Sociais: R$ 25.000.000,00
− Outras Despesas Correntes − Outros Serviços de Terceiros − Pessoa
Jurídica: R$ 900.000,00
− Outras Despesas Correntes − Material de Consumo: R$ 3.700.000,00
− Investimentos − Equipamentos e Material Permanente: R$ 2.800.000,00
− Investimentos − Obras e Instalações: R$ 3.500.000,00
− Juros e Encargos da Dívida: R$ 850.000,00

− Pagamento de Restos a Pagar Processados (referentes à despesa


corrente) no valor de R$ 2.400.000,00
− Depreciação do ativo imobilizado no valor de R$ 5.000.000,00
− Devolução de Depósitos Cauções no valor de R$ 550.000,00

Informação Adicional:
− Os fatos geradores das receitas de multas e juros ocorreram em 2014.
− A despesa com Pessoal e Encargos é relativa à manutenção das
atividades governamentais.
− Do material de consumo adquirido, foram consumidos R$ 3.900.000,00
em 2014 e não havia estoque inicial em 2014.
− Os serviços de terceiros (pessoa jurídica) referem-se à manutenção dos
elevadores de um dos prédios da entidade pública e foram prestados em
2014.
− Os juros e encargos da dívida são referentes ao exercício de 2014.

Considerando as demonstrações consolidadas do Município, na


Demonstração dos Fluxos de Caixa referente ao exercício financeiro de
2014, o valor do caixa consumido pelas atividades de investimento foi, em
reais,
a) 10.000.000,00.

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b) 7.000.000,00.
c) 2.000.000,00.
d) 6.300.000,00.
e) 5.300.000,00.

6. (FCC/Auditor Conselheiro Substituto/TCM-GO/2015) O procedimento


contábil para elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa, que
evidencia as principais classes de recebimentos e pagamentos a partir de
ajustes ao resultado patrimonial é o método
a) simplificado.
b) direto.
c) ajustado.
d) indireto.
e) isolado.

7. (FUNDEP/Analista/Contabilista/Uberaba/2016) De acordo com a Norma


Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público NBC T 16.6 –
Demonstrações Contábeis, a Demonstração dos Fluxos de Caixa:
a) deve ser elaborada tanto pelo método direto como pelo método indireto.
b) deve evidenciar as movimentações das operações, dos investimentos e
dos financiamentos.
c) deve evidenciar apenas as transações que afetam o patrimônio líquido
d) não se aplica ao setor público.

8. (IBFC/Analista de Registro do Comércio/JUCEB/2015) A Demonstração


dos Fluxos de Caixa aplicada ao Setor Público identificará:

I. As fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa.


II. Os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações
contábeis.
III. O saldo do caixa na data das demonstrações contábeis.

Com base nas informações acima, está correto afirma que:


a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apena a afirmativa III está correta.
c) Apena as afirmativas II e III estão corretas.
d) As afirmativas I, II e III estão corretas.
e) As afirmativas I, II e III estão incorretas.

9. (FUNCAB/Técnico/Contabilidade/CRF-RO/2015) A Demonstração dos


Fluxos de Caixa permite aos usuários projetar cenários de fluxos futuros de

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caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade


de manutenção do regular financiamento dos serviços públicos. Os
ingressos, inclusive decorrentes de receitas originárias e derivadas, e os
desembolsos relacionados com a ação pública, caracterizam o seguinte
fluxo de caixa:
a) dos investimentos.
b) dos financiamentos.
c) das operações.
d) dos custos e despesas identificados com a execução da ação pública.
e) do resultado econômico apurado.

10. (VUNESP/Tesoureiro/CM Itápolis/2015) Na preparação de uma


demonstração contábil de fluxo de caixa, as operações de geração ou
aplicação de caixa estarão representadas pelas atividades
a) operacionais, de investimento e de financiamento.
b) operacionais, transacionais e de financiamento.
c) operacionais, patrimoniais e de investimento.
d) patrimoniais, de financiamento e de investimento.
e) econômicas, de resultado e de financiamento.

11. (CESPE/Analista Judiciário/Contadoria/STJ/2015) Considere que, em


determinada entidade governamental, os seguintes eventos contábeis
tenham sidos registrados em seu primeiro exercício financeiro.

Previsão da receita orçamentária e fixação da despesa orçamentária no


valor de R$ 280.000,00.
Lançamento de impostos no valor de R$ 170.000,00, sendo arrecadados
50% desse valor.
Empenho, liquidação e pagamento de despesas com folha de pessoal no
valor de R$ 60.000,00.
Empenho, liquidação e pagamento de serviços de terceiros no valor de R$
20.000,00.
Aquisição de veículo no valor de R$ 42.000,00, com recebimento imediato
do bem, totalmente inscrito em restos a pagar.

Com base nessa situação hipotética, julgue o item subsequente acerca das
definições e da estrutura das demonstrações contábeis aplicadas ao setor
público.

Na elaboração da demonstração dos fluxos de caixa, a geração líquida de


caixa e de equivalentes de caixa do exercício terá superávit de R$ 5.000,00.

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12. (CESPE/Contador/FUB/2015) Julgue o item a seguir, relacionado à


estrutura e às instruções de preenchimento das demonstrações contábeis
aplicadas ao setor público.

A demonstração dos fluxos de caixa (DFC) da UnB pode ser elaborada tanto
pelo método direto quanto pelo método indireto.

13. (VUNESP/Analista/Ciências Contábeis/2015) A Demonstração das


Mutações do Patrimônio Líquido deverá evidenciar:
a) alterações nas Reservas de Capital entre dois exercícios simultâneos.
b) futuros aportes de recursos oriundos da impossibilidade de devolução
desses.
c) variações econômicas resultantes do endividamento de empresas
dependentes.
d) aumentos ou diminuições patrimoniais não previstos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO.
e) ajustes decorrentes de lançamentos não registrados no período de
competência.

14. (CESPE/Contador/PF/2014) No que se refere ao plano de contas


aplicado ao setor público e às demonstrações contábeis do setor público,
julgue o próximo item.
Na demonstração das mutações do patrimônio líquido, a conta ajustes de
exercícios anteriores, a qual se destina a corrigir erro imputável a exercício,
integra a conta resultados acumulados, esta também evidenciada no
patrimônio líquido, no balanço patrimonial.

15. (CESPE/Contador/FUB/2015) Caso uma empresa tenha modificado os


critérios contábeis durante determinado exercício, esse fato deverá ser
evidenciado na demonstração das mutações do patrimônio líquido referente
ao mesmo exercício.

16. (VUNESP/Analista/Ciências Contábeis/2015) As Notas Explicativas que


constam de Balanços e Demonstrativos Contábeis possibilitam
a) indicar os saldos em contas não pertencentes ao demonstrativo a que
se associam.
b) informar dados não pertencentes ao balanço ou demonstrativo.
c) a plena compreensão dos eventos identificados por auditorias.
d) meios alternativos de diminuir potenciais déficits futuros.
e) corrigir os eventuais erros contábeis.

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1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
B B D D D D B D
9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.
C A C E B C E B

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