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banco do brasil

Conhecimentos bancários
Produtos bancários

Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Produtos Bancários
Prof. Claudio Zorzo

SUMÁRIO
Produtos Bancários......................................................................................3
Produtos Bancários......................................................................................4
Noções de Cartões de Crédito e Débito...........................................................7
Crédito Direto ao Consumidor..................................................................... 16
Crédito Rural............................................................................................ 20
BB é o Operador Financeiro......................................................................... 28
Caderneta de Poupança.............................................................................. 37
Questões de Concurso................................................................................ 42
Gabarito................................................................................................... 57
Gabarito Comentado.................................................................................. 58

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Produtos Bancários
Prof. Claudio Zorzo

CLAUDIO ZORZO
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial,
Docência para Nível Superior, Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servi-
dor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-servidor
público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é
professor de Contabilidade e Auditoria Pública e Privada.

PRODUTOS BANCÁRIOS

Prezado(a), tudo bem?

Espero que sim, que você esteja com saúde e que tenha gostado da primeira aula.

Esta é a 2ª aula sobre conhecimentos bancários para o concurso do Banco do

Brasil. Nela, veremos:

Produtos bancários: noções de cartões de crédito e débito, crédito dire-

to ao consumidor, crédito rural, caderneta de poupança.

Desejo uma ótima aula para você!

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Produtos Bancários

Os bancos são empresas especializadas em prestar serviços relacionados à ad-

ministração financeira, guardando o dinheiro de quem tem e emprestando a quem

precisa.

A dinâmica de atendimento dos bancos também facilita o pagamento e o recebi-

mento de contas. Note que, se não fossem os bancos, as pessoas teriam que pagar

a conta de luz em um lugar, a de água em outro, despesas de condomínio em outro,

e assim por diante. Tudo seria mais difícil e menos seguro.

Outra coisa, se você quiser guardar dinheiro ou aplicá-lo de forma que possa

resgatá-lo a qualquer momento, é lógico que o primeiro local que surge na mente

é um banco. Também nos lembramos dos bancos quando precisamos de um em-

préstimo ou de um financiamento.

Por isso é que a função de um banco é a de servir de intermediário entre o pou-

pador e o tomador de recursos. O sistema bancário é um importante componente

do mercado financeiro, em particular, do sistema monetário, pois os bancos atuam

no processo de intermediação financeira, fazendo com que os recursos poupados

pelos clientes, para uso no futuro, sejam direcionados a outros que queiram fazer

empréstimos, para realizar seus projetos pessoais.

As formas de captação de recursos pelos bancos são especialmente o depósito à

vista em conta-corrente, o depósito em conta-poupança e o depósito a prazo, pela

comercialização de produtos. As formas de concessão de créditos são empréstimos,

financiamentos e investimentos.

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Qualquer cidadão brasileiro pode ter acesso a serviços bancários criados con-

forme as normas e resoluções do CMN/Bacen. Para isso, os bancos/CEF oferecem

muitas opções de poupança, de empréstimos e financiamentos a seus clientes, con-

siderando a necessidade e disponibilidade de recursos. Nesses produtos, as con-

dições, as taxas, os prazos e valores variam de acordo com cada situação/cliente.

Buscando mais liquidez e garantia, o setor bancário brasileiro sofreu um processo

de forte transformação e consolidação a partir da adoção do Plano Real, em 1994;

da instituição do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sis-

tema Financeiro Nacional (Proer), em 1995; e da criação do Programa de Incentivo

à Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária (Proes), em 1996.

Desde então, as instituições financeiras criaram o conceito de mesa de opera-

ções, na qual centralizam a maioria das operações de suas áreas de mercado, ou

seja, suas operações comerciais que envolvem a captação de recursos (operações

passivas) e a concessão de créditos (operações ativas).

Nas mesas de operações são definidas as operações comerciais que envolvem

a definição de taxas de juros para captação e para concessão de créditos e, assim,

é estabelecido o conceito de spread bancário, que é a diferença entre o custo do

dinheiro captado e o preço do dinheiro vendido na concessão de créditos. Spread

bancário é o lucro da instituição financeira na intermediação dos recursos.

A regulamentação atualmente em vigor classifica em quatro modalidades os

tipos de serviços prestados aos clientes pelas instituições financeiras e demais ins-

tituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central:

• serviços essenciais;

• serviços prioritários;

• serviços especiais;

• serviços diferenciados.

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Os serviços essenciais, nos quais não podem ser cobradas tarifas, estão relacio-

nados com as contas-correntes de depósito à vista e contas de depósito poupança.

Os bancos são obrigados a oferecer essa categoria de serviços.

Os bancos são obrigados a oferecer os seguintes serviços, relacionados com os

depósitos à vista (conta-corrente):

• fornecimento de cartão com função débito;

• realização de até quatro saques, por mês;

• realização de até duas transferências de recursos entre contas na própria

instituição, por mês;

• fornecimento de até dois extratos, por mês;

• consultas pela internet;

• fornecimento de até 10 folhas de cheques, por mês.

Quem estoura o limite do pacote, normalmente, precisa pagar por cada serviço

que utilizou a mais.

Os serviços prioritários são os relacionados ao fornecimento de 2ª via de cartão

nos casos decorrentes de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos não

imputáveis à instituição emitente; exclusão do Cadastro de Emitentes de Cheques

sem Fundos (CCF); emissão de cheque administrativo.

Serviços especiais são os relacionados ao crédito rural, ao Sistema Financeiro

da Habitação (SFH), ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ao Fundo

PIS/Pasep, ao penhor civil e às operações de microcrédito.

Serviços diferenciados são relacionados ao abono de assinatura, aditamento de

contratos, administração de fundos de investimento, aluguel de cofre, aval e fiança,

avaliação, reavaliação e substituição de bens recebidos em garantia; carga e recar-

ga de cartão pré-pago, entre outros.

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Assim, podemos entender que produtos bancários são os produtos que o banco

disponibiliza aos seus clientes para exercer a sua finalidade básica, que é a inter-

mediação de recursos, buscando captar recurso para emprestar.

Dentro do conceito de produto bancário ofertado, a captação de recurso é uma

operação passiva e a concessão de crédito é uma operação ativa para a instituição

financeira.

Noções de Cartões de Crédito e Débito

Os cartões de crédito e de débito são conhecidos como dinheiro de plástico, pois

são usados para pagar contas no lugar do dinheiro em espécie ou papel-moeda

comum.

A denominação de “dinheiro de plástico” se dá devido aos cartões serem feitos

de plástico e terem se tornado a principal forma de pagamento em vários tipos de

estabelecimentos. Os principais motivos da expansão dessa ferramenta de movi-

mentação financeira são a comodidade, segurança e atrativos oferecidos.

Na sociedade, há também os atrativos que as administradoras de cartões criam

para incentivar a utilização dos cartões, são milhas e pontos que podem ser tro-

cadas por passagens em companhias aéreas, sorteios de prêmios, descontos em

alguns estabelecimentos e até mesmo isenção da anuidade.

Para os bancos, é duplamente lucrativo que os clientes usem os cartões de cré-

dito e débito, pois os comerciantes pagam taxas administrativas e os caixas ele-

trônicos e agências bancárias ficam mais vazios, com menos pessoas precisando

sacar dinheiro.

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As atividades de emissão de cartão de crédito e débito exercidas por instituições

financeiras estão sujeitas à regulamentação baixada pelo Conselho Monetário Na-

cional (CMN) e pelo Banco Central do Brasil. Todavia, nos casos em que a emissão

do cartão de crédito não tem a participação de instituição financeira, não se aplica

a regulamentação do CMN e do Banco Central.

Cartão de crédito é um meio de pagamento eletrônico que possibilita, ao porta-

dor, adquirir bens e/ou serviços, pelo preço à vista, nos estabelecimentos credencia-

dos e realizar saques de dinheiro em equipamentos eletrônicos habilitados. O cartão

pode ser emitido para pessoas físicas ou para pessoas jurídicas. No caso de pessoa

jurídica, os cartões serão emitidos em nome dos sócios e/ou funcionários, podendo

constar o nome da empresa que assume a responsabilidade perante o emissor.

Cartão de débito é um meio de pagamento vinculado a uma conta bancária

que, entre outras funções, é utilizado para aquisição de bens e/ou serviços com a

utilização de senha. O valor da transação é debitado na conta bancária, no ato da

compra, mediante disponibilidade de saldo.

Cartão múltiplo é um meio de pagamento que contém as funções de débito

e crédito, habilitando seu portador a ter acesso aos serviços disponibilizados pelas

instituições financeiras e pela rede de estabelecimentos credenciados.

Cartão de crédito é um cartão que pode ser utilizado para “comprar agora, mas

pagar depois”, enquanto o cartão de débito é meramente para utilização tipo “com-

prar agora e pagar agora”.

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Em suma, o cartão de débito está associado à uma conta bancária e, conse-

quentemente, ao dinheiro que nela estiver; por isso, o cliente apenas pode utilizá-

-lo respeitando o montante que estiver disponível na conta.

Em contrapartida, um cartão de crédito é uma forma de pagar por emprésti-

mo (a crédito), ou seja, uma instituição financeira adianta o dinheiro ao vendedor

no ato do pagamento com o cartão, tendo o cliente dinheiro ou não disponível na

conta. Assim, ao utilizar o cartão de crédito, o cliente terá direito a um período de

crédito gratuito para poder pagar a dívida sem juros.

As operações de cartões de crédito envolvem cinco participantes: o portador, o es-

tabelecimento aceitante, a empresa adquirente, a bandeira e o emissor do cartão.

Portador: é a pessoa interessada em adquirir bens ou contratar serviços pa-

gando por meio do cartão de crédito. Pode ser o titular da conta de cartão de cré-

dito ou apenas portador do cartão adicional.

Estabelecimento: é a empresa interessada em vender ou prestar serviço rece-

bendo o pagamento feito pelos seus clientes por meio do cartão de crédito.

Adquirente: é a empresa responsável pela comunicação da transação entre o

estabelecimento e a bandeira. Para isso, aluga e mantém os equipamentos usados

pelos estabelecimentos. As maiores adquirentes no Brasil são Redecard, Cielo (an-

tiga Visanet Brasil), Hipercard e Getnet.

Bandeira: é a empresa responsável pela comunicação da transação entre o ad-

quirente e o emissor do cartão de crédito. As maiores bandeiras no Brasil são Visa,

MasterCar, Elo e Hipercard. Para identificar qual é o emissor do cartão, as bandeiras

usam os seis primeiros números do cartão, chamados de bin-number.

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Emissor: é a empresa administradora do cartão, normalmente é uma institui-

ção financeira, principalmente bancos. São elas que emitem o cartão de crédito,

definem limite de compras, decidem se as transações são aprovadas, emitem fatu-

ra para pagamento, cobram os titulares em caso de inadimplência e oferecem pro-

dutos atrelados ao cartão como seguro, cartões adicionais e plano de recompensas.

Em uma transação com carta de crédito, o estabelecimento passa o cartão em

um equipamento eletrônico, que pode ser um POS (comum em pequenas lojas,

restaurantes e postos de gasolina) ou um equipamento integrado com o sistema

do estabelecimento (usado em supermercados e lojas de departamentos). Nesse

momento, um funcionário do estabelecimento digita a opção de crédito ou débito,

o número de parcelas e o tipo de parcelamento (com ou sem juros). Esse aparelho

se comunica com o adquirente, que envia a transação para a bandeira, que, por

sua vez, direciona para o emissor. O emissor decide se a transação será aprovada

ou não e envia a decisão de volta para a bandeira, que envia para o adquirente e,

então, para o equipamento do estabelecimento.

No caso de transação aprovada, o equipamento do estabelecimento emite duas

vias de comprovante. Uma delas fica com o portador e a outra fica com o estabele-

cimento. Atualmente, devido à necessidade de senha pessoal e intransferível, não é

preciso assinatura no recibo do estabelecimento, contudo, faz-se necessária a apre-

sentação de um documento de identidade que identifique o proprietário do cartão.

O banco pode debitar na conta-corrente os valores relativos à fatura do cartão

de crédito, desde que o cliente tenha, previamente, solicitado ou autorizado por

escrito ou por meio eletrônico a realização do débito. A referida autorização é ad-

mitida no próprio instrumento contratual de abertura de conta de depósito.

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O contrato de cartão de crédito pode ser cancelado a qualquer momento. No

entanto, é importante salientar que o cancelamento do contrato de cartão de cré-

dito não quita ou extingue dívidas pendentes. Assim, o emissor do cartão deve ser

consultado sobre a melhor forma de liquidação da dívida.

Existem duas categorias de cartão de crédito: básico e diferenciado.

O cartão básico é utilizado somente para a função clássica de um cartão de

crédito, ou seja, para pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos cre-

denciados, não estando vinculado aos programas de vantagens do emissor. É de

oferecimento obrigatório pelas instituições emissoras de cartão de crédito.

O valor da anuidade do cartão básico deve ser menor do que o valor da anuida-

de do cartão diferenciado.

Já o cartão diferenciado é o cartão que, além de permitir a utilização na sua

função clássica de pagamentos de bens e serviços, está associado a programas

de benefício e/ou recompensas, ou seja, oferece benefícios adicionais, como pro-

gramas de milhagem, seguro de viagem, desconto na compra de bens e serviços,

atendimento personalizado no exterior etc.

Os bancos só podem cobrar cinco tarifas referentes à prestação de serviços de

cartão de crédito: anuidade, emissão de segunda via do cartão, tarifa para uso na

função saque, para uso do cartão no pagamento de contas e no pedido de avaliação

emergencial do limite de crédito.

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Quanto ao pagamento da fatura, o cliente pode pagar um valor inferior ao valor

total da fatura, observado que o pagamento mínimo é de 15% do seu total. Entre-

tanto, ao pagar um valor inferior ao valor total da fatura, o cliente estará contratan-

do uma operação de crédito, chamado crédito rotativo, sujeita à cobrança de juros

e IOF sobre o saldo não liquidado e os juros são altíssimos.

Crédito rotativo é uma modalidade de crédito concedido quando não ocorre o

pagamento integral da fatura até o vencimento, ou seja, é a diferença entre o valor

total da fatura de um mês e o valor efetivamente pago no seu vencimento e que é

objeto de financiamento.

Desde 3 de abril de 2017, com a entrada em vigor da Resolução n. 4.549, o saldo

devedor da fatura de cartão de crédito, quando não pago integralmente até o ven-

cimento, somente pode ser mantido em crédito rotativo até o vencimento da fatura

subsequente (em geral, 30 dias). Assim, o cliente terá que liquidar o saldo devedor

do crédito rotativo, acrescido dos juros do período, no máximo até o mês seguinte.

Como quem entra no rotativo normalmente não tem dinheiro para pagar a fa-

tura total, o banco emissor do cartão pode oferecer uma linha de crédito que é de-

nominada de “parcelamento do saldo devedor”. Essa operação de crédito depende

do interesse mútuo das partes – emissor e cliente. Mas, se o banco emissor tiver

interesse em oferecer o parcelamento do saldo devedor da fatura aos seus clientes,

as condições devem ser mais vantajosas do que as do crédito rotativo.

Segundo o Bacen, a liquidação do rotativo poderá ser feita com recursos pró-

prios ou com recursos obtidos em outra instituição, ou, caso a instituição ofereça,

por meio de linha de crédito parcelado em condições mais vantajosas em relação

àquelas praticadas na modalidade de crédito rotativo, inclusive no que diz respeito

à cobrança de encargos financeiros.

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Se não houver liquidação do saldo devedor ou o parcelamento do seu pagamento,

poderá se configurar situação de inadimplência do cliente, aplicando-se os procedi-

mentos previstos no contrato para situações da espécie.

Para caracterizar a transparência e dar as informações de forma tempestiva

aos clientes, as instituições devem fornecer demonstrativos e/ou faturas mensais

de cartão de crédito, explicitando informações, no mínimo, a respeito dos seguin-

tes aspectos:

• limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de cré-

dito passível de contratação;

• gastos realizados com o cartão, por evento, inclusive quando parcelados;

• identificação das operações de crédito contratadas e respectivos valores;

• valores relativos aos encargos cobrados, informados de forma segregada de

acordo com os tipos de operações realizadas por meio do cartão;

• valor dos encargos a ser cobrado no mês seguinte no caso de o cliente optar

pelo pagamento mínimo da fatura; e

• Custo Efetivo Total (CET), para o próximo período, das operações de crédito

passíveis de contratação.

O Bacen, em seu site oficial, apresenta as seguintes perguntas e respostas

quanto à utilização do cartão de crédito:

• O Banco Central regula e fiscaliza os serviços de pagamentos vinculados a

cartão de crédito? Sim. Os serviços de pagamentos vinculados a cartão de

crédito emitidos por instituições financeiras ou instituições de pagamento es-

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tão sujeitos à regulamentação baixada pelo Conselho Monetário Nacional e


pelo Banco Central do Brasil, nos termos dos arts. 4º e 10 da Lei n. 4.595, de
1964, e da Lei n. 12.865, de 2013;
• Existem diferentes tipos de cartão de crédito? Sim, existem duas categorias
de cartão de crédito: básico e diferenciado. O cartão básico é utilizado somen-
te para pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados.
Já o cartão diferenciado é o cartão que, além de permitir a utilização na sua
função clássica de pagamentos de bens e serviços, está associado a progra-
mas de benefício e/ou recompensas, ou seja, oferece benefícios adicionais,
como programas de milhagem, seguro de viagem, desconto na compra de
bens e serviços, atendimento personalizado no exterior etc. Toda instituição
emissora de cartão de crédito deve possuir oferta de cartão de crédito básico.
O valor da anuidade do cartão básico deve ser menor do que o valor da anui-
dade do cartão diferenciado;
• Quais tarifas podem ser cobradas sobre o cartão de crédito? Os bancos po-
dem cobrar basicamente cinco tarifas referentes à prestação de serviços de
cartão de crédito: anuidade, emissão de segunda via do cartão, pelo seu uso
no saque em espécie, pelo seu uso para pagamento de contas (por exemplo,
faturas e boletos de cobranças de produtos e serviços) e no pedido de avalia-
ção emergencial do limite de crédito;
• As instituições podem cobrar alguma outra tarifa no fornecimento de serviços
vinculados a cartão de crédito? Podem ser cobradas ainda tarifas pela con-
tratação de serviços de envio de mensagem automática relativa à movimen-
tação ou lançamento na conta de pagamento vinculado ao cartão de crédito,
pelo fornecimento de plástico de cartão de crédito em formato personalizado,
e ainda pelo fornecimento emergencial de segunda via de cartão de crédito.

Esses serviços são considerados “diferenciados” pela regulamentação;

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• É permitido pagar um valor inferior ao valor total da fatura? Existe um paga-

mento mínimo obrigatório? Sim, você pode pagar um valor inferior ao valor

total da fatura, observado que o pagamento mínimo é de 15% do seu total. É

importante saber que ao não realizar o pagamento total da fatura, você esta-

rá contratando uma operação de crédito, chamada crédito rotativo, sujeita à

cobrança de juros sobre o saldo não liquidado;

• As instituições emissoras de cartão de crédito são obrigadas a fornecer ex-

trato ou fatura mensal aos clientes? Sim, as instituições devem fornecer aos

seus clientes demonstrativos e/ou faturas mensais de cartão de crédito, ex-

plicitando informações, no mínimo, a respeito dos seguintes aspectos:

− limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de

crédito passível de contratação;

− gastos realizados com o cartão, por evento, inclusive quando parcelados;

− identificação das operações de crédito contratadas e respectivos valores;

− valores relativos aos encargos cobrados, informados de forma segregada

de acordo com os tipos de operações realizadas por meio do cartão;

− valor dos encargos a ser cobrado no mês seguinte no caso de o cliente op-

tar pelo pagamento mínimo da fatura; e

− Custo Efetivo Total (CET), para o próximo período, das operações de crédito

passíveis de contratação;

• A instituição pode debitar em minha conta os valores relativos à fatura do

cartão de crédito? Sim, desde que você tenha, previamente, solicitado ou au-

torizado, por escrito ou por meio eletrônico, a realização do débito. A referida

autorização pode ser ou ter sido concedida no próprio instrumento contratual

de abertura de conta;

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• Fiz compras parceladas no cartão e não terminei de pagar, mas quero can-

celar esse cartão. Posso cancelar? Sim, o contrato de cartão de crédito pode

ser cancelado a qualquer momento. No entanto, é importante salientar que

o cancelamento do contrato não quita ou extingue dívidas pendentes. Assim,

deve ser buscado entendimento com o emissor do cartão sobre a melhor for-

ma de liquidação da dívida;

• Existe um limite máximo para as taxas de juros cobradas pelas emissoras de

cartão de crédito? Não. As taxas de juros são livremente pactuadas entre as

instituições financeiras e os clientes;

• A instituição pode se recusar a me conceder um cartão de crédito? Sim. Cada

instituição pode estabelecer critérios próprios para a sua concessão;

• É permitido o envio de cartão de crédito sem prévia solicitação do cliente?

Não, as instituições financeiras devem assegurar o encaminhamento do car-

tão de crédito ao domicílio do cliente ou a sua habilitação somente em decor-

rência de sua expressa solicitação ou autorização.

Crédito Direto ao Consumidor

O CDC é uma operação de crédito rotativo, concedida a pessoas físicas ou jurí-

dicas, para a aquisição de bens e serviços. Tem as caraterísticas de um emprésti-

mo pré-aprovado, porque pode ser acessado pelos correntistas de um banco sem

burocracia.

Crédito rotativo é uma linha de crédito na qual a instituição financeira libera

ao cliente um limite preestabelecido e que pode ser utilizado de forma automática

pelo tomador, de acordo com suas necessidades. O crédito disponível diminui à

medida que o tomador o utiliza e aumenta à medida que é feito o pagamento do

principal já utilizado.

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Chama-se de operação de CDC o contrato realizado entre um consumidor (de-

nominado tomador ou devedor) e uma instituição financeira (denominada credora),

que coloca à disposição do tomador determinado montante de recursos financeiros,

comprometendo-se o tomador a devolver esses recursos em um determinado pra-

zo, acrescido de juros que podem ser pré ou pós-fixado.

Na taxa pré-fixada, o cliente sabe quanto é e quanto vai pagar de juros, por exem-

plo: 10% ao ano. Já na taxa pós-fixada, o cliente sabe quanto é a taxa, mas não

sabe quanto vai pagar, pois está vinculada a um indexador, por exemplo: 90% da

taxa CDI. Para saber quanto vai pagar, o cliente depende do valor da taxa CDI.

Em regra, o CDC é um empréstimo ou financiamento concedido pelos bancos ou

pelas financeiras, para pessoas físicas ou jurídicas, para aquisição de bens duráveis

ou serviços. O dinheiro é liberado em conta-corrente do cliente ou do vendedor de

produto comprado pelo cliente, sem necessidade de se apresentar comprovação de

gastos ou justificativas.

O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) também é oferecido dentro de um pa-

cote de serviços de bancos, como opção de empréstimo pré-aprovado, imediato e

sem burocracia para os correntistas com renda estável. Dependendo do contratado,

o pagamento pode ser feito em até 78 meses e as parcelas são debitadas automa-

ticamente da conta-corrente ou em boleto de cobrança.

Você já deve ter notado que no mercado bancário existem várias taxas e valo-

res, assim, no CDC, as taxas de juros variam conforme a instituição financeira, a

capacidade de pagamento do cliente, o prazo de pagamento escolhido e o valor do

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empréstimo. Mas podem ser consultadas individualmente, por instituição, no site

do Banco Central. Além da taxa, há a cobrança do Imposto sobre Operações Finan-

ceiras (IOF), pois é uma operação de crédito.

Independentemente da taxa acordada, as instituições financeiras devem in-

formar o CET (Custo Efetivo Total) previamente à contratação de operações de

crédito. Custo Efetivo Total (CET) é a taxa que corresponde a todos os encargos e

despesas incidentes nas operações de crédito

Quando o crédito for como um empréstimo, o valor é creditado na conta-corren-

te do cliente e pode ser livremente movimentado; contudo, quando for um financia-

mento, o dinheiro deve ser aplicado em um bem durável específico, para que possa

ser alienado fiduciariamente (dado como garantia), como, por exemplo: veículos,

máquinas, equipamentos, material de informática e eletrodomésticos.

Quando o cliente utiliza o CDC para comprar um veículo, o bem fica alienado à

instituição financeira e é lançado um gravame no sistema do Departamento Esta-

dual de Trânsito (Detran), que impede a transferência do veículo para outro pro-

prietário. Para fazer essa alteração, é preciso dar baixa do gravame no Detran, e

isso só pode ser feito quando o contrato for quitado. Dessa forma, o proprietário do

veículo não poderá vendê-lo nem realizar qualquer outro tipo de alienação sem ter

efetuado o pagamento da dívida.

O CDC pode ser de livre destinação ou para compra de bens.

Nos empréstimos ou financiamentos, os prazos são livres, a taxa pode ser pré

ou pós-fixada, e o pagamento é feito em parcelas periódicas que, na prática de

mercado, costuma ser mensal.

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O processo de concessão de crédito elimina, além da burocracia, as entrevistas

com o gerente. Isso faz com que seja conseguido com muita rapidez e o torna bas-

tante atrativo. Em muitos casos, é utilizado para a compra de utensílios domésticos,

aparelhos eletrônicos, computadores etc., por oferecer taxas de juros menores.

Outra caraterística do CDC é a de que pode ter suas últimas parcelas pagas

antecipadamente, o que as libera dos juros que seriam atribuídos, diminuindo con-

sideravelmente o valor futuro da dívida.

CDC (Crédito Direto ao Consumidor) tem as seguintes características:

• por ser uma operação de financiamento, tem cobrança de IOF;

• pode ser empréstimo, livre movimentação, ou financiamento, destinação es-

pecífica;

• quando for empréstimo, o dinheiro é creditado na conta do correntista;

• quando for financiamento, o dinheiro é creditado na conta do vendedor;

• na compra de veículos, a documentação fica em nome do comprador, e o bem

é alienado à instituição financeira;

• o comprador define o número de parcelas no ato da compra;

• é bem menos burocrático revender um bem ainda financiado;

• a maior vantagem é desconto na antecipação das parcelas;

• como toda linha de crédito, deve ser informado o CET – Custo Efetivo Total

antes da sua contratação;

• é uma linha de crédito rotativo, assim, quando efetivado o pagamento, o li-

mite é liberado novamente.

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Crédito Rural

O crédito rural é um financiamento destinado a produtores rurais e cooperativas

ou associações de produtores rurais. Seu objetivo é estimular os investimentos e

ajudar no custeio da produção e comercialização de produtos agropecuários.

Na política de financiamento do Governo Federal, o objetivo crédito rural é:

• estimular os investimentos rurais efetuados pelos produtores ou por suas co-

operativas;

• favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a comercialização de

produtos agropecuários;

• fortalecer o setor rural;

• incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção, visan-

do ao aumento de produtividade, à melhoria do padrão de vida das popula-

ções rurais e à adequada utilização dos recursos naturais;

• propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição e regularização de terras pelos

pequenos produtores, posseiros e arrendatários e trabalhadores rurais;

• desenvolver atividades florestais e pesqueiras;

• estimular a geração de renda e o melhor uso da mão de obra na agricultura

familiar.

O Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) foi criado pela Lei n. 4.595, de 31

de dezembro de 1964, e tem entre seus principais agentes os bancos e cooperati-

vas de crédito. As normas de aplicação dos recursos são aprovadas pelo Conselho

Monetário Nacional (CMN) e publicadas pelo Banco Central do Brasil (BC) no Manual

de Crédito Rural (MCR).

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As linhas de financiamento do crédito rural abrangem recursos destinados a

custeio, investimento ou comercialização.

O principal operador financeiro do crédito rural é o Banco do Brasil, já os interme-

diadores são os bancos com carteira comercial em geral, a CEF e as cooperativas

de crédito.

No crédito rural, existem várias fontes de recursos, em geral, classificados, pela

sua origem, em controlados, que são os recursos oficiais normalmente previstos

em orçamento; os recursos não controlados, que são livremente pactuados entre

a instituição financeira e o tomador, normalmente é recurso do próprio banco; e

recursos das operações oficiais de crédito destinados a investimentos.

Os recursos controlados estão relacionados com:

• os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibilidade de depósito à vista);

• os das operações oficiais de crédito sob supervisão do Ministério da Fazenda;

• os de qualquer fonte destinados ao crédito rural na forma da regulação aplicá-

vel, quando sujeitos à subvenção da União, inclusive os recursos do BNDES;

• os oriundos da poupança rural, quando aplicados segundo as condições defi-

nidas para os recursos obrigatórios;

• os dos fundos constitucionais de financiamento regional;

• os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Produtos Bancários
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Segundo orientação do Bacen, podem solicitar crédito rural o produtor rural – pes-

soa física ou jurídica –, as associações de produtores rurais; as cooperativas de

produtores rurais ou pessoa física ou jurídica que se dedique a atividades agro-

pecuárias e a pessoa física ou jurídica, que mesmo não sendo produtor rural, se

dedique a uma das seguintes atividades:

• pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas;

• pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões;

• prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em imóveis

rurais, inclusive para proteção do solo;

• prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais;

• medição de lavouras;

• atividades florestais.

Não podem ser beneficiados com o crédito rural os estrangeiros residentes no

exterior, sindicato rural ou parceiro, se o contrato de parceria restringir o acesso de

qualquer das partes ao financiamento.

Abaixo, apresento um quadro que demonstra a operacionalização do programa

de crédito rural:

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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São também beneficiárias do crédito rural empresas agropecuárias de pesquisa ou

produção de mudas, sementes e de sêmen para inseminação artificial, de pres-

tação de serviços mecanizados e inseminação artificial e outras companhias com

finalidade comercial no ramo da pesca, aquicultura, medição de lavouras e ativi-

dades florestais.

Independentemente do beneficiado, as normas destacam que as exigências

para concessão de crédito rural são:

• idoneidade do tomador;

• apresentação de orçamento, plano ou projeto, salvo em operações de des-

conto;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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• oportunidade, suficiência e adequação dos recursos;

• observância de cronograma de utilização e de reembolso;

• fiscalização pelo financiador;

• liberação do crédito diretamente aos agricultores ou por intermédio de suas

associações formais ou informais, ou organizações cooperativas;

• observância das recomendações e restrições do zoneamento agroecológico e

do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE).

Vimos que, na essência do programa, existem três linhas de crédito, de acordo

com a sua finalidade: custeio, comercialização e investimento.

Os créditos de custeio se destinam a cobrir despesas habituais dos ciclos produ-

tivos, da compra de insumos à fase de colheita.

O financiamento de custeio é classificado em:

• custeio agrícola;

• custeio pecuário;

• custeio de beneficiamento ou industrialização.

Essa linha de crédito serve para cobrir despesas da produção agrícola, tais como

aquisição de insumos, sementes, fertilizantes e defensivos. Pode também ser utili-

zado na atividade pecuária para cobrir as despesas com animais, como compra de

vacinas, medicamentos e rações.

Os créditos de investimento são aplicados em bens ou serviços duráveis, cujos

benefícios repercutem durante muitos anos.

Essa linha financia a compra de bens que normalmente podem ser dados como

garantia, é indicada para quem quiser ampliar e modernizar o agronegócio por

meio da compra de máquinas e equipamentos novos, animais, e/ou formação ou

recuperação de pastagens e construção de cercas, currais e galpões.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Tem uma linha de crédito de investimento com recursos do BNDES/Finame para

aquisição de tratores e implementos associados, colheitadeiras e suas plataformas

de corte, novos, de fabricação nacional e credenciada no BNDES.​

Também existe linha de crédito de investimento com recurso do BNDES para

apoiar melhorias necessárias para a incorporação de inovação tecnológica nas pro-

priedades rurais, possibilitando o aumento da produtividade, a adoção de boas

práticas agropecuárias e de gestão da propriedade rural.​

Os créditos de comercialização asseguram ao produtor rural e a suas coopera-

tivas os recursos necessários à adoção de mecanismos que garantam o abasteci-

mento e levem o armazenamento da colheita nos períodos de queda de preços.

A essência dessa linha de crédito é a de que o produtor não venda seu produto

quando o preço estiver em baixa, devido à grande oferta, e para antecipação dos

recursos a serem recebidos com a comercialização, assim que for realizada a en-

trega do produto para venda.

Na sua operacionalidade, o produtor pode pleitear as três modalidades de crédito

rural como pessoa física ou jurídica, sendo que, para conseguir o crédito, o toma-

dor deve ser idôneo, apresentar um projeto, plano ou orçamento que justifique o

valor pedido.

Os prazos de vencimento das operações rurais são estabelecidos, em cada linha

de crédito, de acordo com suas finalidades (custeio, comercialização e investimen-

to), considerando a capacidade de pagamento do tomador do crédito e outras pe-

culiaridades das atividades a serem financiadas.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Entretanto, o limite máximo de crédito de custeio rural, por beneficiário, em cada

safra e em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), é de R$ 1.200.000,00.

Já o limite de crédito para investimento rural com recursos obrigatórios, por

beneficiário, a cada ano agrícola, em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural

(SNCR), é de R$ 385.000,00, independentemente dos créditos obtidos para ou-

tras finalidades.

Como é um acordo entre a instituição financeira e o tomador, o valor do crédito

rural pode ser disponibilizado de uma vez só ou em parcelas, segundo os ciclos das

explorações financiadas, sendo que prazo e o cronograma de reembolso devem ser

estabelecidos em função da capacidade de pagamento do tomador, de maneira que

os vencimentos coincidam com as épocas normais de obtenção dos rendimentos da

atividade assistida, ou seja, o tomador do financiamento vai pagando conforme for

obtendo dinheiro com a plantação ou criação.

Existem algumas despesas relacionadas com o financiamento que são de responsa-

bilidade do tomador do crédito, que são os juros cobrados, o Imposto sobre Opera-

ções de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações relativas a Títulos e Valores

Mobiliários (IOF); o custo de prestação de serviços; o prêmio de seguro rural, ob-

servadas as normas divulgadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados.

Aqui, há um problema que causa dúvida nos alunos. Note que o IOF é uma

despesa do tomador de recurso, pois, por lei, incide sobre qualquer financiamento,

assim, incide IOF sobre o financiamento rural. Para ajudar o tomador, o Governo

Federal havia estabelecido uma alíquota zero de IOF para o financiamento de crédi-

to rural, dessa forma, havia incidência zero de IOF, mas havia a incidência de IOF.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Contudo, em 2018, a Receita Federal esclareceu que o Imposto sobre Opera-

ções Financeiras (IOF) extra de 0,38% passou a incidir sobre várias operações de

crédito que até o momento estavam com alíquotas zero, entre elas, o crédito rural.

Como é um financiamento, é necessária a apresentação de garantias para ob-

tenção do crédito rural; a escolha das garantias é de livre convenção entre o finan-

ciado e o financiador, que devem ajustá-las de acordo com a natureza e o prazo do

crédito, observada a legislação própria de cada tipo.

As garantias podem ser:

• penhor agrícola, pecuário, mercantil ou florestal;

• alienação fiduciária;

• hipoteca comum ou cedular;

• aval ou fiança;

• seguro rural;

• proteção de preço futuro da commodity agropecuária, inclusive por meio de

penhor de direitos, contratual ou cedular;

• outras que o CMN admitir.

Síntese do crédito rural:

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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BB é o Operador Financeiro

O Banco do Brasil é uma pessoa jurídica de direito privado, sociedade anônima

aberta de economia mista, tem como acionista controlador a União e como princi-

pal acionista minoritário a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil

(Previ), é um banco múltiplo com carteira comercial. Contudo, é também o opera-

dor financeiro do Governo Federal.

A instituição é o principal operador da política oficial de crédito rural do Gover-

no Federal, pois executa a política de preços mínimos agropecuários, garantindo a

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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compra da produção por valor não inferior ao preço mínimo da PGPM (Política de

Garantia de Preços Mínimos) ou ao do preço de referência definido no MCR (Manual

de Crédito Rural).

O Bacen apresenta, em seu site, as seguintes perguntas e respostas sobre o

crédito rural:

• O que é o Manual de Crédito Rural (MCR)? É o documento que consolida os

diversos normativos que regulamentam o crédito rural no Brasil. O Manual de

Crédito Rural pode ser consultado em nossa página em “Publicações > Manu-

ais > MCR – Manual de Crédito Rural”;

• Quais são os objetivos do crédito rural?

− estimular os investimentos rurais efetuados pelos produtores ou por suas

cooperativas;

− favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a comercialização

de produtos agropecuários;

− fortalecer o setor rural;

− incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção, vi-

sando ao aumento de produtividade, à melhoria do padrão de vida das po-

pulações rurais e à adequada utilização dos recursos naturais;

− propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição e regularização de terras pelos

pequenos produtores, posseiros e arrendatários e trabalhadores rurais;

− desenvolver atividades florestais e pesqueiras;

− estimular a geração de renda e o melhor uso da mão de obra na agricultura

familiar;

• Que atividades podem ser financiadas pelo crédito rural?

− custeio para cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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− investimento em bens ou serviços, cujo desfrute se estenda por vários pe-

ríodos de produção;

− comercialização para cobrir despesas próprias da fase posterior à coleta da

produção ou para converter em espécie os títulos oriundos de sua venda ou

entrega pelos produtos ou suas cooperativas;

• Como se classifica o custeio?

− custeio agrícola;

− custeio pecuário;

− custeio de beneficiamento ou industrialização;

• A que pode se destinar o crédito de custeio? A despesas normais, tais como:

− do ciclo produtivo de lavouras periódicas, da entressafra de lavouras per-

manentes ou da extração de produtos vegetais espontâneos ou cultivados,

incluindo o beneficiamento primário da produção obtida e seu armazena-

mento no imóvel rural ou em cooperativa;

− de exploração pecuária;

− de beneficiamento ou industrialização de produtos agropecuários;

• Quem pode se utilizar do crédito rural?

− produtor rural (pessoa física ou jurídica);

− cooperativa de produtores rurais; e

− pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique

a uma das seguintes atividades:

–– a) pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas;

–– b) pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões;

–– c) prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em imó-

veis rurais, inclusive para proteção do solo;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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–– d) prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais;

–– e) medição de lavouras;

–– f) atividades florestais;

• A contratação de assistência técnica é obrigatória? Cabe ao produtor decidir

sobre a contratação de serviços de assistência técnica, salvo quando conside-

rados indispensáveis pelo financiador ou quando exigidos em regulamento de

operações com recursos oficiais;

• Quais são as exigências essenciais para concessão de crédito rural?

− idoneidade do tomador;

− apresentação de orçamento, plano ou projeto, salvo em operações de des-

conto;

− oportunidade, suficiência e adequação dos recursos;

− observância de cronograma de utilização e de reembolso;

− fiscalização pelo financiador;

− liberação do crédito diretamente aos agricultores ou por intermédio de suas

associações formais ou informais, ou organizações cooperativas;

− observância das recomendações e restrições do zoneamento agroecológico

e do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE);

• É necessária a apresentação de garantias para obtenção de financiamento

rural? Como é feita a escolha dessas garantias? Sim. A escolha das garantias

é de livre convenção entre o financiado e o financiador, que devem ajustá-las

de acordo com a natureza e o prazo do crédito, observada a legislação própria

de cada tipo. Pode constituir-se de:

− penhor agrícola, pecuário, mercantil, florestal ou cedular;

− alienação fiduciária;

− hipoteca comum ou cedular;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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− aval ou fiança;

− seguro rural ou ao amparo do Programa de Garantia da Atividade Agrope-

cuária (Proagro);

− proteção de preço futuro da commodity agropecuária, inclusive por meio de

penhor de direitos, contratual ou cedular;

− outras que o Conselho Monetário Nacional admitir;

• A que tipo de despesas está sujeito o crédito rural?

− remuneração financeira;

− Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações

relativas a Títulos e Valores Mobiliários (IOF);

− custo de prestação de serviços;

− as previstas no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro);

− prêmio de seguro rural, observadas as normas divulgadas pelo Conselho

Nacional de Seguros Privados;

− sanções pecuniárias;

− prêmios em contratos de opção de venda, do mesmo produto agropecuá-

rio objeto do financiamento de custeio ou comercialização, em bolsas de

mercadorias e futuros nacionais, e taxas e emolumentos referentes a essas

operações de contratos de opção. Nenhuma outra despesa pode ser exigida

do mutuário, salvo o exato valor de gastos efetuados à sua conta pela ins-

tituição financeira ou decorrentes de expressas disposições legais;

• Como se classificam os recursos do crédito rural? Controlados:

− os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibilidade de depósito à vista);

− os das operações oficiais de crédito sob supervisão do Ministério da Fazenda;

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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− os de qualquer fonte destinados ao crédito rural na forma da regulação

aplicável, quando sujeitos à subvenção da União, sob a forma de equaliza-

ção de encargos financeiros, inclusive os recursos administrados pelo Ban-

co Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);

− os oriundos da poupança rural, quando aplicados segundo as condições

definidas para os recursos obrigatórios;

− os dos fundos constitucionais de financiamento regional;

− os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

• Não controlados: todos os demais;

• Quais são os limites de financiamento? O limite de crédito de custeio rural,

por beneficiário, em cada safra e em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural

(SNCR), é de R$ 1.200.000,00, devendo ser considerados, na apuração des-

se limite, os créditos de custeio tomados com recursos controlados, exceto

aqueles tomados no âmbito dos fundos constitucionais de financiamento re-

gional. O limite de crédito para investimento rural com recursos obrigatórios,

por beneficiário, por ano agrícola, em todo o Sistema Nacional de Crédito

Rural (SNCR), é de R$ 385.000,00, independentemente dos créditos obtidos

para outras finalidades;

• Quais são as taxas efetivas de juros segundo a origem dos recursos aplicados?

− recursos controlados, exceto quanto aos dos Fundos Constitucionais:

–– a) obrigatórios: taxa efetiva de juros de 8,75% a.a. (oito inteiros e setenta

e cinco centésimos por cento ao ano) para as operações contratadas a par-

tir de 01/07/2015, permitida a sua redução, a critério da instituição finan-

ceira, em financiamentos de custeio rural a produtores e suas cooperativas

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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de produção agropecuária em que o tomador dispuser de mecanismo de

proteção de preço ou de seguro da produção esperada ou ao amparo do

Proagro;

–– b) das operações oficiais de crédito: a serem divulgadas quando da institui-

ção da respectiva linha de crédito;

–– c) nas operações subvencionadas pela União, sob a forma de equalização

de encargos financeiros: de acordo com o que for definido pelo Conselho

Monetário Nacional (CMN);

–– d) créditos de comercialização: taxa efetiva de juros de 10,5% a.a. (dez

inteiros e cinco décimos por cento ao ano) para as operações de Financia-

mento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP), e de 8,75% a.a. (oito

inteiros e setenta e cinco centésimos por cento ao ano) para as demais

operações de comercialização;

− recursos não controlados: livremente pactuadas entre as partes, observan-

do-se que no caso de recursos da poupança rural, deve-se tomar por base:

–– a) a remuneração básica aplicável aos depósitos de poupança com data

de aniversário no dia da assinatura do respectivo contrato, acrescida de

taxa efetiva de juros; ou

–– b) taxa efetiva de juros prefixada;

• Como obter financiamentos ao amparo dos Programas com recursos equa-

lizados pelo Tesouro Nacional junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES)? Por meio dos agentes financeiros credenciados

pelo BNDES;

• Como pode ser liberado o crédito rural? De uma só vez ou em parcelas, por

caixa ou em conta de depósitos, de acordo com as necessidades do empre-

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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endimento, devendo sua utilização obedecer a cronograma de aquisições e

serviços;

• Como deve ser pago o crédito rural? De uma vez só ou em parcelas, segundo

os ciclos das explorações financiadas. O prazo e o cronograma de reembolso

devem ser estabelecidos em função da capacidade de pagamento, de maneira

que os vencimentos coincidam com as épocas normais de obtenção dos ren-

dimentos da atividade assistida;

• A instituição financeira é obrigada a fiscalizar a aplicação do valor financiado?

Sim. É obrigatória a fiscalização direta de todos os créditos, ressalvados os

casos expressamente previstos;

• Quando deve ser realizada a fiscalização do crédito rural? Deve ser efetuada

nos seguintes momentos:

− crédito de custeio agrícola: antes da época prevista para colheita;

− Empréstimo do Governo Federal (EGF): no curso da operação;

− crédito de custeio pecuário: pelo menos uma vez no curso da operação, em

época que seja possível verificar sua correta aplicação;

− crédito de investimento para construções, reformas ou ampliações de ben-

feitorias: até a conclusão do cronograma de execução, previsto no projeto;

− demais financiamentos: até 60 dias após cada utilização, para comprovar a

realização das obras, serviços ou aquisições.

• Cabe ao fiscal verificar a correta aplicação dos recursos orçamentários, o

desenvolvimento das atividades financiadas e a situação das garantias, se

houver;

• Quais são os instrumentos utilizados para a formalização do crédito rural?

De acordo com o Decreto-Lei n. 167, de 14/02/1967, e da Lei n. 10.931, de

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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02/08/2004, a formalização do crédito rural pode ser realizada por meio dos

seguintes títulos:

− Cédula Rural Pignoratícia (CRP);

− Cédula Rural Hipotecária (CRH);

− Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária (CRPH);

− Nota de Crédito Rural (NCR);

− Cédula de Crédito Rural Bancário (CCB);

• Faculta-se a formalização do crédito rural por meio de contrato, no caso de

peculiaridades insuscetíveis de adequação aos títulos acima mencionados;

• Quais são as finalidades e beneficiários do Microcrédito Produtivo Rural (Gru-

po “B”)? A Linha de Crédito de Investimento para Agroecologia (Pronaf Agro-

ecologia) está sujeita às seguintes condições especiais:

− são beneficiários os agricultores familiares beneficiários do Pronaf, desde

que apresentem projeto técnico ou proposta simplificada para:

–– a) sistemas de produção de base agroecológica, ou em transição para

sistemas de base agroecológica, conforme normas estabelecidas pela Se-

cretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário

(Sead);

–– b) sistemas orgânicos de produção, conforme normas estabelecidas

pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA);

− a finalidade deste programa é o financiamento dos sistemas de base agro-

ecológica ou orgânicos, incluindo-se os custos relativos à implantação e

manutenção do empreendimento;

• O que é nota promissória rural? Título de crédito, utilizado nas vendas a prazo

de bens de natureza agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas dire-

tamente por produtores rurais ou por suas cooperativas; nos recebimentos,

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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pelas cooperativas, de produtos da mesma natureza entregues pelos seus

cooperados, e nas entregas de bens de produção ou de consumo, feitas pelas

cooperativas aos seus associados. O devedor é, geralmente, pessoa física;

• O que é duplicata rural? Nas vendas a prazo de quaisquer bens de natureza

agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas diretamente por produtores

rurais ou por suas cooperativas, poderá ser utilizada também, como título do

crédito, a duplicata rural. Emitida a duplicata rural pelo vendedor, este ficará

obrigado a entregá-la ou a remetê-la ao comprador, que a devolverá depois

de assiná-la. O devedor é, geralmente, pessoa jurídica;

• Segundo a natureza das garantias, como devem ser utilizados os títulos de

crédito rural? Com garantia real:

− penhor: cédula rural pignoratícia;

− hipoteca: cédula rural hipotecária;

− penhor e hipoteca: cédula rural pignoratícia e hipotecária.

• Com ou sem garantia real ou fidejussória: cédula de crédito bancário e con-

trato. Sem garantia real: nota de crédito rural.

• Quando o título de crédito rural adquire eficácia contra terceiros? Apesar de

a cédula rural valer entre as partes desde a emissão, ela só adquire eficácia

contra terceiros depois de registrada no Cartório de Registro de Imóveis com-

petente.

Caderneta de Poupança

Caderneta de poupança é a forma de captação mais comum nos bancos, pois é

facilmente resgatável pelo investidor, sem grandes perdas sobre o montante apli-

cado, quando não respeitado o prazo mínimo de resgate.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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A conta-poupança foi criada para estimular a economia popular e permitir a

aplicação de pequenos valores que passam a gerar rendimentos mensalmente.

Assim, é o investimento mais tradicional, conservador e popular entre os brasilei-

ros, principalmente entre os de menor renda, pois qualquer cidadão munido de CPF,

documento de identidade e comprovante de renda e residência pode se dirigir a uma

agência bancária para abrir poupança. Uma pessoa pode ter mais de uma poupança.

Não são todos os bancos com carteira comercial que podem captar por meio de

poupança, em regra, são as instituições que participam dos programas do crédito

imobiliário e do crédito rural.

Conforme determinação do CMN regulamentada pelo Bacen, estão autorizadas

a captar depósitos de poupança as seguintes instituições:

• Na modalidade de depósitos de poupança do Sistema Brasileiro de Poupança

Empréstimos – SBPE para a concessão de financiamentos imobiliários: os

bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, as caixas econômicas, as

sociedades de crédito imobiliário e as associações de poupança e empréstimo

(Resolução CMN 1.980, de 1993); e

• Na modalidade de Depósitos de Poupança Rural – SNCR para a concessão de

operações de crédito rural (Res 4.348):

− Banco da Amazônia S.A.;

− Banco do Brasil S.A.;

− Banco do Nordeste do Brasil S.A.;

− Bancos cooperativos;

− Instituições integrantes do SBPE, quando operarem em crédito rural.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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A rentabilidade sobre os valores aplicados era calculada a partir de uma taxa de


juros de 0,5% ao mês, aplicada sobre os valores atualizados pela TR (Taxa Refe-
rencial), isso resultava em 6,17% ao ano mais a TR.
A TR é uma taxa média de juros, fornecida diariamente e calculada por meio da
média ponderada do rendimento dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) das
principais instituições financeiras do Brasil.
Contudo, em 4 de maio de 2012, foi apresentada uma nova regra de remunera-
ção que teve como base a taxa Selic.
Selic é o Sistema Especial de Liquidação e Custódia, controlado pelo Bacen, no
qual são negociados e liquidados diariamente todos os títulos públicos. A taxa Selic
é a taxa básica de juros da economia no Brasil, utilizada no mercado interbancário
para financiamento de operações com duração diária, lastreadas em títulos públi-
cos federais; é obtida pelo cálculo da taxa média ponderada dos juros praticados
pelas instituições financeiras.
O objetivo desse ajuste foi fazer com que a remuneração da poupança se equa-
cionasse aos novos parâmetros de juros no país, pois é de conhecimento que a taxa
básica de juros estava baixando e a remuneração fixa ficou atrativa e, assim, muito
investidores tiravam o dinheiro do mercado de capitais e aplicavam na poupança,
que pagava bem e com garantia.
De acordo com a legislação atual, a remuneração dos depósitos de poupança é
composta de duas parcelas:
• A remuneração básica, dada pela Taxa Referencial – TR, e
• A remuneração adicional, correspondente a:
− 0,5% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a 8,5%; ou
− 70% da meta da taxa Selic ao ano, mensal, vigente na data de início do
período de rendimento, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou

inferior a 8,5%.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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A remuneração da poupança é composta pelos juros mensais mais TR. Os juros

representam a remuneração adicional e a TR a remuneração básica.

Os depósitos realizados antes do dia 4 de maio de 2012 não sofrem nenhuma

alteração e tem garantido o rendimento de 6,17% ao ano + TR, pelo tempo que

forem mantidos em poupança.

O total do rendimento será creditado mensalmente, na conta-poupança, na data

de aniversário da aplicação. Agora, é importante entender que, para remunerar, o

valor aplicado deve permanecer pelo prazo mínimo de um mês, assim, os valores

que são depositados e mantidos em depósito por um período inferior a um mês

acabam não recebendo nenhuma remuneração.

Para se equacionar aos meses que não possuem 31 dias, os valores depositados

nos dias 29, 30 e 31 terão como data de aniversário o 1º dia do mês subsequente.

Note que, nesse caso, se o cliente aplicar no dia 31 de janeiro, a poupança fará

“aniversário” mensal no dia 1º de março.

Outra característica interessante da poupança é de que a pessoa pode depositar

na conta a qualquer dia, pois, para cada depósito efetuado em data diferente, é cria-

da automaticamente uma nova data-base, que irá remunerar, após 30 dias desse

depósito; cada data será a referência para a remuneração mensal do investimento.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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A abertura de apenas uma conta-poupança permite ao cliente ter diferentes

datas base, o que possibilita movimentações em qualquer dia.

Quando o depósito for feito em cheque, desde que o mesmo não seja devol-

vido, a remuneração passa a ser contada a partir da data do depósito, indepen-

dentemente do prazo de liberação, note que não é a partir da data da liberação do

cheque, é um peguinha de prova. Portanto, será criada nova data-base no dia do

depósito e não quando este for liberado.

Principais características da caderneta de poupança:

• liquidez imediata;

• não há prazos, mas valores mantidos por menos de um mês não recebem

remuneração;

• transação de baixo risco. Aliás, investimentos de até R$ 250 mil em uma con-

ta-poupança são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito. O que significa

que em caso de falência ou liquidação de uma instituição financeira, este va-

lor não será perdido;

• remuneração mensal;

• é uma aplicação de renda fixa;

• é considerado um serviço essencial, assim, os bancos não podem cobrar pela

manutenção de conta de poupança.

Para pessoas físicas e jurídicas sem fins lucrativos, a remuneração da aplicação

é mensal e não há incidência de Imposto de Renda (IR) sobre ganhos de capital.

Para empresas (pessoas jurídicas com fins lucrativos), a remuneração é trimes-

tral e há incidência do Imposto de Renda (pela tabela regressiva), considerando

que aplicações de até 180 dias serão tributadas em 22,5% sobre a remuneração.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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QUESTÕES DE CONCURSO

Prezado(a), separei 30 questões de provas para que você verifique como as

bancas têm cobrado os assuntos desta aula.

Meus comentários são objetivos e diretos, pois pretendo, com isso, ajudá-lo(a)

a fixar o conteúdo.

A identificação das questões é na seguinte ordem: banca, órgão, cargo e ano

do concurso.

A respeito dos meios de pagamento eletrônico conhecidos como cartões de crédito

e cartões de débito, julgue os itens subsecutivos.

1. (CESPE/CEF/TÉCNICO BANCÁRIO/2014) A cobrança do uso de cartões de cré-

dito emitidos por instituições financeiras está limitada a três tarifas específicas:

anuidade, segunda via do cartão magnético e uso da função saque.

2. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2015) Os cartões de crédito são, às vezes,

chamados de “dinheiro de plástico”. Seu uso crescente como meio de pagamento

implica vários aspectos, EXCETO o(a)

a) ganho sobre a inflação para os possuidores de cartão, sendo os valores das

compras pagos apenas no vencimento do cartão.

b) crédito automático até certo limite para os possuidores de cartão.

c) aumento da demanda de papel moeda pelos possuidores de cartão, para paga-

mento de suas transações.

d) aumento da segurança da transação, tanto para o comprador quanto para o

vendedor.

e) indução ao crescimento de vendas para os estabelecimentos credenciados.

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3. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2012) Nos dias de hoje, o uso do “dinheiro

de plástico” está superando cada vez mais outras modalidades de pagamento, que,

com o passar dos anos, estão ficando obsoletas.

Um tipo de “dinheiro de plástico” muito utilizado no comércio de rua é o

a) cartão cidadão

b) cartão de crédito

c) cartão de senhas

d) talão de cheques

e) internet banking

4. (CESGRANRIO/CEF/ESCRITURÁRIO/2008) Atualmente, existem diversas alter-

nativas para uso do chamado “dinheiro de plástico”, que facilita o dia a dia das

pessoas e representa um enorme incentivo ao consumo. O cartão de crédito é um

tipo de “dinheiro de plástico” que é utilizado

a) para aquisição de bens ou serviços nos estabelecimentos credenciados.

b) para aquisição de moeda estrangeira em agências de câmbio e de viagens com

débito em moeda corrente do país de emissão do cartão.

c) para realização de transferências interbancárias, desde que ambos os Bancos

sejam credenciados.

d) na compra de mercadorias em diversos países com débito na conta-corrente em

tempo real.

e) como instrumento de identificação, substituindo, nos casos aceitos por lei, a

cédula de identidade.

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5. (EXATUS/BANPARÁ/TÉCNICO BANCÁRIO/2015) Os cartões de crédito, também

conhecidos como dinheiro de plástico são amplamente utilizados no mercado na-

cional tendo em vista sua facilidade e relativa segurança. Sendo assim, assinale a

alternativa correta a respeito dos cartões de crédito:

a) Os bancos podem cobrar um tipo de tarifa referente à prestação de serviços de

cartão de crédito, conhecida como anuidade.

b) Os bancos podem cobrar duas tarifas referentes à prestação de serviços de

cartão de crédito, ou seja, a anuidade, e o seguro contra perda, extravio ou roubo.

c) Os bancos podem cobrar basicamente cinco tarifas referentes à prestação de

serviços de cartão de crédito, considerados serviços essenciais: anuidade, emissão

de segunda via do cartão, pelo seu uso no saque em espécie, pelo seu uso para

pagamento de contas.

d) Os bancos são proibidos de cobrar tarifas referentes à prestação de serviços

de cartão de crédito, ficando essa cobrança a cargo da operadora dos cartões de

crédito.

e) Os bancos podem cobrar tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de

crédito, conforme os serviços contratados pelos bancos e repassados aos usuários

dos cartões de crédito.

6. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2015) Uma das medidas adotadas para miti-

gar os efeitos da crise financeira de 2008 foi a ampliação do acesso ao crédito, au-

mentando, com isso, ainda mais, o papel dos bancos no desenvolvimento do país.

O Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

a) é um empréstimo pessoal de operação não vinculada à aquisição de bens ou

serviços.

b) exclui as compras no cartão de crédito.

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c) é um crédito concedido através de bancos e instituições financeiras para aqui-

sição de bens.

d) é um empréstimo descontado diretamente na folha de pagamento.

e) possui um prazo mínimo de 2 anos para o vencimento.

7. (CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO BANCÁRIO/2013) Atualmente

os bancos oferecem diversas modalidades de crédito. A operação de crédito conce-

dida para a aquisição de bens e serviços, com a opção de antecipação de pagamen-

to das parcelas com deságio, é o

a) leasing

b) certificado de depósito interbancário

c) cartão de crédito

d) crédito direto ao consumidor

e) hot money

8. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2011) No caso de empréstimos bancá-

rios garantidos por ativos tangíveis, algumas medidas diminuem o risco de crédito

do banco.

Entre elas, NÃO se encontra a

a) custódia pelo credor dos ativos empenhados em garantia.

b) verificação nos registros públicos se os ativos empenhados foram oferecidos em

garantia de outras transações.

c) duração da vida útil dos ativos empenhados em garantia superior ao prazo do

empréstimo.

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d) elaboração de projeções sobre o futuro valor dos ativos empenhados em garantia.

e) limitação do valor dos ativos empenhados em garantia a um montante máximo

igual ao valor do empréstimo.

9. (FGV/BNB/ANALISTA BANCÁRIO/2014) Os bancos ganham dinheiro com receitas

de intermediação financeira e com receitas de prestação de serviços e tarifas. Entre

as principais receitas bancárias de prestação de serviços e tarifas, destacam-se:

I – Tarifas sobre depósito à vista e sobre aplicações em CDBs;

II – Tarifas sobre serviços de conta-corrente e de corretagem e custódia;

III – Tarifas sobre emissões e anuidades de cartões de crédito;

IV – Receitas sobre administração de fundos de investimento e administração de

consórcios.

Está(ão) correta(s) somente:

a) I e IV;

b) II e III;

c) III;

d) IV;

e) II, III e IV.

10. (EXATUS/BANPARÁ/TÉCNICO BANCÁRIO/2015) O Crédito Direto ao Consumi-

dor – CDC - é uma operação de crédito concedida a pessoas físicas ou jurídicas para

a aquisição de bens e serviços.

Com base nessa afirmação, assinale a alternativa correta sobre o CDC:

a) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem

que será pago com sua renda futura.

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b) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar de um bem noventa dias

após quitação da primeira parcela de pagamento.

c) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após trin-

ta dias da quitação da primeira parcela de pagamento.

d) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após ses-

senta dias da quitação da terceira parcela de pagamento.

e) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem

adquirido após o vencimento da segunda parcela.

11. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2013) As operações denominadas Crédito Direto ao

Consumidor são caracterizadas

a) pela não incidência de IOF para contratos com pessoa física.

b) por destinação ao financiamento de bens e serviços para pessoas físicas ou ju-

rídicas.

c) pela dispensa da informação do Custo Efetivo Total para clientes correntistas

dos bancos.

d) pela impossibilidade de antecipação de pagamento de parcelas.

e) pela ausência de gravame no caso de financiamento de veículos usados.

A respeito dos meios de pagamento eletrônico conhecidos como cartões de crédito

e cartões de débito, julgue os itens subsecutivos.

12. (CESPE/CEF/TÉCNICO BANCÁRIO/2014) O valor mínimo da fatura de cartão de

crédito emitida por instituições financeiras, a ser paga mensalmente, não pode ser

inferior a 20% do saldo total da fatura.

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Considerando as possibilidades de operações de crédito em uma pequena empresa,

julgue os itens a seguir.

13. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) O Crédito Direto ao Consumidor, conheci-

do como CDC, é um financiamento concedido por uma instituição financeira.

Considerando as características do CDC, marque a alternativa VERDADEIRA:

a) o CDC não pode ser concedido para financiar bens de consumo durável;

b) somente as administradoras de cartão de crédito podem conceder esse tipo de

financiamento;

c) o CDC pode ser pré-fixado ou pós-fixado;

d) o CDC, por ser uma linha de crédito ao consumidor, não apresenta inadimplência;

e) todas as alternativas acima estão corretas.

14. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2013) As linhas bancárias de crédito rural possibili-

tam ao cliente acessar financiamento

a) para atividades de comercialização da produção.

b) do custeio das despesas pessoais e familiares.

c) com liberação de uma só vez, independentemente do cronograma de aquisições

e serviços.

d) sem apresentação de garantias ao financiador.

e) para investimento em bens ou serviços cujo aproveitamento se estenda por um

único ciclo produtivo.

15. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2011) Sobre operações de crédito rural é correto

afirmar:

a) Podem ser utilizadas por produtor rural, desde que pessoa física.

b) Não podem financiar atividades de comercialização da produção.

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c) É necessária a apresentação de garantias para obtenção de financiamento.

d) Não estão sujeitas a Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e

sobre Operações relativas a Títulos e Valores Mobiliários - IOF.

e) Devem ser apresentados orçamento, plano ou projeto nas operações de descon-

to de Nota Promissória Rural.

16. (QUADRIX/CRF-RS/AGENTE ADMINISTRATIVO/2013) O cartão de crédito é um

cartão de plástico que pode conter ou não um chip. A frente apresenta o nome do

portador, número do cartão e data de validade e, no verso, um campo para assi-

natura do cliente, o número de segurança e uma tira magnética. As operações de

cartões de crédito envolvem geralmente cinco participantes:

Portador: pessoa interessada em adquirir bens ou contratar serviços pagando por

meio do cartão de crédito.

Estabelecimento comercial: empresa interessada em vender ou prestar serviço re-

cebendo o pagamento feito pelos seus clientes por meio do cartão de crédito.

Adquirente: empresa que aluga e mantém os equipamentos usados pelo estabele-

cimento, responsável pela comunicação da transação entre este e a bandeira.

Bandeira: empresa que comunica a transação entre o adquirente e o emissor do

cartão de crédito.

Emissor: empresa administradora do cartão.

Quando o portador faz uma aquisição com a opção de parcelamento loja – sem

juros, significa que o valor da transação é dividido pelo número de parcelas. Nes-

se caso o estabelecimento recebe o valor da venda de forma parcelada. Quando o

portador faz a aquisição com a opção de parcelamento com juros ou parcelamento

emissor, o titular do cartão pagará, além do valor combinado, uma taxa de juros

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definida pelo emissor do cartão. Nesse tipo de transação, o estabelecimento recebe

o valor da venda de uma vez. Quem ficará com os juros pagos pelo portador, titular

do cartão?

a) O estabelecimento comercial.

b) O emissor.

c) O adquirente.

d) A Bandeira.

e) O Governo.

17. (AECP/BNB/ANALISTA BANCÁRIO/2010) Considera-se Crédito Rural o supri-

mento de recursos financeiros, por instituições do Sistema Nacional de Crédito

Rural (SNCR), para aplicação exclusiva nas finalidades e condições estabelecidas

nas normas do Banco Central do Brasil. Com relação ao crédito rural, assinale a

alternativa CORRETA

a) O Crédito Rural tem a finalidade de financiar apenas o custeio e o investimento.

b) O crédito de comercialização, por destinar-se a cobrir despesas próprias da fase

posterior à coleta da produção, não é amparado pelo Crédito Rural.

c) Constitui função do Crédito Rural o financiamento de atividades sem caráter

produtivo ou destinado a favorecer a retenção especulativa de bens.

d) São considerados beneficiários do Crédito Rural o produtor rural (pessoa física

e jurídica) e as cooperativas de produtores rurais.

e) São considerados beneficiários do Crédito Rural todos os produtores rurais,

mesmo que estrangeiros residentes no exterior.

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18. (FUNDAÇÃO SOUSANDRADE/BNB/ANALISTA BANCÁRIO/2008) Não constitui

objetivo do Crédito Rural:

a) estimular os investimentos rurais.

b) favorecer o oportuno e adequado custeio da produção.

c) possibilitar a recuperação de capitais investidos.

d) incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção.

e) elevar os padrões de produção e produtividade na atividade agropecuária.

19. (CESGRANRIO/IBGE/TÉCNICO EM ANÁLISE AGRÍCOLA/2010) A Política de

Crédito Rural é um mecanismo de concessão de crédito à agropecuária, a taxas de

juros e condições de pagamento diferentes das vigentes no mercado livre, que são

determinadas pela política monetária. São tipos de crédito rural:

a) crédito de incentivo à produção, crédito de comércio e crédito bancário.

b) crédito de incentivo à produção, crédito para agronegócio e crédito à agropecuária.

c) crédito de comercialização, crédito agrícola e crédito de investimento.

d) crédito de investimento, crédito de agroindústria e crédito de incentivo.

e) crédito de custeio, crédito de investimento e crédito de comercialização.

20. (CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO BANCÁRIO/2015) Os rendi-

mentos sobre depósitos de poupança realizados após 04/05/2012 são compostos

de duas parcelas:

I – a remuneração básica, dada pela Taxa Referencial - TR, e

II – a remuneração adicional, correspondente a:

a) x% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a y%; ou

b) z% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de início do perí-

odo de rendimento, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou inferior a y%.

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Para que o texto acima corresponda à remuneração da poupança tal como descrito

pelo Banco Central do Brasil, os valores de x, y e z são, respectivamente

a) 0,5; 8,5 e 60

b) 0,6; 12 e 70

c) 0,5; 12 e 70

d) 0,5; 8,5 e 70

e) 0,6; 8,5 e 60

21. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2015) Tradicionalmente, o rendimento da

Caderneta de Poupança sempre foi determinado pela variação da TR (Taxa Refe-

rencial) mais juros de 0,5% ao mês. Entretanto, os depósitos realizados a partir de

04/05/2012 têm rendimento vinculado à meta da taxa Selic.

Desde então, se esta meta for igual ou menor que 8,5% ao ano, os juros da Ca-

derneta de Poupança são

a) aumentados para 130% da Selic

b) aumentados para 130% da Selic mais a TR

c) aumentados para 100% da Selic

d) reduzidos para 70% da Selic

e) reduzidos para 70% da Selic mais a TR

22. (AECP/BNB/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2003) Marque a assertiva VERDA-

DEIRA:

a) a cobrança de títulos e documentos é feita pelos bancos de maneira informal,

sem contratos que deem respaldo jurídico aos mesmos;

b) a cobrança de títulos e documentos é um serviço que os bancos oferecem so-

mente para seus clientes com contas abertas há mais de um ano;

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c) o pagamento da fatura do cartão de crédito não pode ser parcelado;

d) a empresa emitente do cartão de crédito, de acordo com contrato firmado com

o consumidor, fica responsável pelo pagamento das aquisições feitas por ele com o

uso do cartão, até o valor limite combinado;

e) a administradora do cartão de crédito é quem financia as compras parceladas,

sem nenhuma interferência de uma instituição financeira.

23. (CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO BANCÁRIO/2015) A caderneta

de poupança é um dos investimentos mais populares do Brasil, principalmente por

ser um investimento de baixo risco.

A poupança é regulada pelo Banco Central, e, atualmente, com a meta da taxa Se-

lic superior a 8,5%, sua remuneração é de:

a) 0,3% ao mês, mais a variação do CDB

b) IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), mais TR (Taxa Referencial)

c) TR (Taxa Referencial), mais 0,5% ao mês

d) 0,5% ao mês

e) 6% ao ano

24. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2010) A caderneta de poupança é a apli-

cação mais simples e tradicional no mercado financeiro nacional, sendo uma das

poucas em que o cliente pode aplicar pequenas somas e ter liquidez. Atualmente, a

maior vantagem da caderneta de poupança em relação a outros investimentos é a

a) isenção de Imposto de Renda.

b) isenção de taxas e tarifas bancárias.

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c) flexibilidade no registro da documentação para abertura da conta.

d) flexibilidade na data dos saques sem prejudicar os rendimentos.

e) maior rentabilidade oferecida.

25. (QUADRIX/CRO-GO/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2013) A remuneração da ca-

derneta de poupança sofreu mudanças em 2012. O objetivo foi adequar a mais

popular forma de investimentos do brasileiro à nova realidade de juros do país. A

mudança consistiu em:

a) Atrelar a remuneração da caderneta de poupança à inflação acrescida de uma

taxa de juros.

b) Tributar os depósitos acima de R$ 50 mil.

c) Atrelar a remuneração da caderneta de poupança à variação da TR mais 70% da

Selic, quando a taxa básica de juros chegar a 8,5% ao ano ou menos.

d) Permitir saques a qualquer tempo, ou seja, passou a ter liquidez diária.

e) Atrelar a remuneração da caderneta de poupança à variação do dólar acrescida

de uma taxa de juros.

26. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2010) As linhas de crédito que são abertas

com determinado limite, que as empresas utilizam à medida de suas necessidades,

e em que os encargos são cobrados de acordo com sua utilização, são chamadas de

a) cartão de crédito.

b) hot money.

c) financiamento de capital fixo.

d) crédito direto ao consumidor.

e) crédito rotativo.

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27. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2014) O Banco do Brasil é considerado um

agente financeiro especial do Governo Federal, devido a algumas atividades que

desempenha, como a(o).

a) seguro de bens imóveis

b) fiança bancária para investidores em bolsa

c) execução da política de preços mínimos de produtos agropecuários

d) extensão de crédito direto ao consumidor

e) concessão de cartões de crédito ao público

28. (FUNDATEC/BRDE/ANALISTA/ECONOMIA/2015) Segundo o Manual de Crédito

Rural, é correto afirmar que o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) possui

linhas com finalidades de crédito para:

a) Planejamento, custeio e lançamento.

b) Risco, safra e investimento.

c) Custeio, investimento e comercialização.

d) Custeio, catástrofes, comercialização e planejamento.

e) Custeio e investimento.

Atualmente, a remuneração dos depósitos de poupança é composta de duas parce-

las: a taxa referencial (TR) e mais 0,5% ao mês, se a meta da taxa SELIC ao ano

for superior a 8,5%; ou 70% da meta da taxa SELIC no ano, mensalizada, se a

meta da taxa SELIC ao ano for igual ou inferior a 8,5%. No que se refere às taxas

de juros que servem de referência para a remuneração dos depósitos de poupança,

julgue os itens 29 e 30 a seguir.

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29. (CESPE/FUNPRESP-JUD/ANALISTA DE MERCADO/2016) A TR, que serve de

rendimento básico dos depósitos de poupança, é apurada a partir da remuneração

mensal média dos certificados e recibos de depósitos bancários emitidos a taxas de

mercado prefixadas.

30. (CESPE/FUNPRESP-JUD/ANALISTA DE MERCADO/2016) A remuneração adicio-

nal dos depósitos de poupança varia com base na meta fixada para a SELIC, que

corresponde à taxa média ajustada das operações de redesconto realizadas junto

ao BCB.

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GABARITO

1. E 24. Anulada

2. c 25. c

3. b 26. e

4. a 27. c

5. a 28. c

6. c 29. C

7. d 30. E

8. e

9. e

10. a

11. b

12. E

13. c

14. a

15. e

16. b

17. d

18. c

19. e

20. d

21. d

22. d

23. d

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GABARITO COMENTADO

A respeito dos meios de pagamento eletrônico conhecidos como cartões de crédito

e cartões de débito, julgue os itens subsecutivos.

1. (CESPE/CEF/TÉCNICO BANCÁRIO/2014) A cobrança do uso de cartões de cré-

dito emitidos por instituições financeiras está limitada a três tarifas específicas:

anuidade, segunda via do cartão magnético e uso da função saque.

Errado.

As instituições financeiras poderão cobrar cinco tarifas relacionadas à emissão do

cartão de crédito, são elas:

• anuidade,

• emissão de segunda via do cartão,

• pelo seu uso no saque em espécie,

• pelo seu uso para pagamento de contas (por exemplo, faturas e boletos de

cobranças de produtos e serviços); e

• no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.

2. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2015) Os cartões de crédito são, às vezes,

chamados de “dinheiro de plástico”. Seu uso crescente como meio de pagamento

implica vários aspectos, EXCETO o(a)

a) ganho sobre a inflação para os possuidores de cartão, sendo os valores das

compras pagos apenas no vencimento do cartão.

b) crédito automático até certo limite para os possuidores de cartão.

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c) aumento da demanda de papel moeda pelos possuidores de cartão, para paga-

mento de suas transações.

d) aumento da segurança da transação, tanto para o comprador quanto para o

vendedor.

e) indução ao crescimento de vendas para os estabelecimentos credenciados.

Letra c.

O cartão de crédito é denominado de dinheiro de plástico e o seu uso faz com que

o cliente “compre agora e pague depois”, sempre respeitando o limite que foi esta-

belecido pelo administrador do cartão.

Uma das caraterística básicas do uso do cartão é a segurança, para o comprador,

por não necessitar andar com dinheiro vivo e, para o vendedor, por ter a certeza de

que receberá o valor da venda, pois o administrador cobra uma taxa pela negocia-

ção, mas garante o pagamento ao vendedor.

O uso de cartão diminui a necessidade do uso de dinheiro ou de papel-moeda.

3. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2012) Nos dias de hoje, o uso do “dinheiro

de plástico” está superando cada vez mais outras modalidades de pagamento, que,

com o passar dos anos, estão ficando obsoletas.

Um tipo de “dinheiro de plástico” muito utilizado no comércio de rua é o

a) cartão cidadão

b) cartão de crédito

c) cartão de senhas

d) talão de cheques

e) internet banking

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Letra b.

O termo dinheiro de plástico é utilizado para se reportar sobre formas de pagamen-

to e opções de crédito em geral sem o uso de dinheiro físico, por isso tem relação

direta com o “cartão de crédito” e o “cartão de débito”.

O cartão de crédito é um meio que possibilita o pagamento à vista ou parcelado de pro-

dutos e serviços, obedecidos requisitos predeterminados, tais como, validade, abran-

gência e limite do cartão tem relação com a expressão: “compre agora, pague depois”.

4. (CESGRANRIO/CEF/ESCRITURÁRIO/2008) Atualmente, existem diversas alter-

nativas para uso do chamado “dinheiro de plástico”, que facilita o dia a dia das

pessoas e representa um enorme incentivo ao consumo. O cartão de crédito é um

tipo de “dinheiro de plástico” que é utilizado

a) para aquisição de bens ou serviços nos estabelecimentos credenciados.

b) para aquisição de moeda estrangeira em agências de câmbio e de viagens com

débito em moeda corrente do país de emissão do cartão.

c) para realização de transferências interbancárias, desde que ambos os Bancos

sejam credenciados.

d) na compra de mercadorias em diversos países com débito na conta-corrente em

tempo real.

e) como instrumento de identificação, substituindo, nos casos aceitos por lei, a

cédula de identidade.

Letra a.

O cartão de crédito é utilizado para a aquisição de bens ou serviços nos estabele-

cimentos credenciados.

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5. (EXATUS/BANPARÁ/TÉCNICO BANCÁRIO/2015) Os cartões de crédito, também

conhecidos como dinheiro de plástico são amplamente utilizados no mercado na-

cional tendo em vista sua facilidade e relativa segurança. Sendo assim, assinale a

alternativa correta a respeito dos cartões de crédito:

a) Os bancos podem cobrar um tipo de tarifa referente à prestação de serviços de

cartão de crédito, conhecida como anuidade.

b) Os bancos podem cobrar duas tarifas referentes à prestação de serviços de

cartão de crédito, ou seja, a anuidade, e o seguro contra perda, extravio ou roubo.

c) Os bancos podem cobrar basicamente cinco tarifas referentes à prestação de

serviços de cartão de crédito, considerados serviços essenciais: anuidade, emissão

de segunda via do cartão, pelo seu uso no saque em espécie, pelo seu uso para

pagamento de contas.

d) Os bancos são proibidos de cobrar tarifas referentes à prestação de serviços

de cartão de crédito, ficando essa cobrança a cargo da operadora dos cartões de

crédito.

e) Os bancos podem cobrar tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de

crédito, conforme os serviços contratados pelos bancos e repassados aos usuários

dos cartões de crédito.

Letra a.

Vimos que os bancos podem cobrar, basicamente, cinco tarifas:

• anuidade;

• emissão de segunda via do cartão;

• pelo seu uso no saque em espécie;

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• pelo seu uso para pagamento de contas (por exemplo, faturas e boletos de

cobranças de produtos e serviços); e

• no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.

Com relação à letra “c”, os bancos não podem cobrar tarifas sobre os serviços con-

siderados essenciais, além de tudo, a assertiva citou somente quatro tarifas.

6. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2015) Uma das medidas adotadas para miti-

gar os efeitos da crise financeira de 2008 foi a ampliação do acesso ao crédito, au-

mentando, com isso, ainda mais, o papel dos bancos no desenvolvimento do país.

O Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

a) é um empréstimo pessoal de operação não vinculada à aquisição de bens ou

serviços.

b) exclui as compras no cartão de crédito.

c) é um crédito concedido através de bancos e instituições financeiras para aqui-

sição de bens.

d) é um empréstimo descontado diretamente na folha de pagamento.

e) possui um prazo mínimo de 2 anos para o vencimento.

Letra c.

Vimos que o CDC é uma linha de crédito estabelecida pelos bancos e pelas finan-

ceiras, para aquisição de bens e serviços.

O normal é que o CDC concorra com o leasing no financiamento de bens. A letra

“c” é a mais correta. Mesmo que tenha restringido o CDC aos bens, a assertiva não

descaracterizou a possibilidade de o crédito ser direto em conta, para livre movi-

mentação pelo cliente.

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7. (CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO BANCÁRIO/2013) Atualmente

os bancos oferecem diversas modalidades de crédito. A operação de crédito conce-

dida para a aquisição de bens e serviços, com a opção de antecipação de pagamen-

to das parcelas com deságio, é o

a) leasing

b) certificado de depósito interbancário

c) cartão de crédito

d) crédito direto ao consumidor

e) hot money

Letra d.

Para responder, basta se lembrar de que as operações de crédito concedidas pelos

bancos ou pelas chamadas financeiras para pessoa física ou jurídica, destinadas a

empréstimos ou financiamento de bens ou serviços, é o CDC.

8. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2011) No caso de empréstimos bancários

garantidos por ativos tangíveis, algumas medidas diminuem o risco de crédito do

banco.

Entre elas, NÃO se encontra a

a) custódia pelo credor dos ativos empenhados em garantia.

b) verificação nos registros públicos se os ativos empenhados foram oferecidos em

garantia de outras transações.

c) duração da vida útil dos ativos empenhados em garantia superior ao prazo do

empréstimo.

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d) elaboração de projeções sobre o futuro valor dos ativos empenhados em garantia.

e) limitação do valor dos ativos empenhados em garantia a um montante máximo

igual ao valor do empréstimo.

Letra e.

O CDC é uma linha de crédito que pode ser tipo empréstimo, com livre movimen-

tação do dinheiro pelo cliente, ou pode ser um financiamento, para compra de bens

que possam ser dados como garantia pelo pagamento.

O viés da questão foi sobre a garantia em si e não sobre o produto bancário. Por

uma questão de lógica, para diminuir o risco de não receber o valor do pagamento,

quando um banco relaciona um bem como garantia do valor a ser recebido, o valor

do bem deve ser, no mínimo, igual ao valor da dívida.

A única errada é a letra “e”, pois, ao limitar o valor do bem a um valor igual ao valor

da dívida, a assertiva não apresenta uma medida que pode diminuir o risco do não

recebimento.

9. (FGV/BNB/ANALISTA BANCÁRIO/2014) Os bancos ganham dinheiro com receitas

de intermediação financeira e com receitas de prestação de serviços e tarifas. Entre

as principais receitas bancárias de prestação de serviços e tarifas, destacam-se:

I – Tarifas sobre depósito à vista e sobre aplicações em CDBs;

II – Tarifas sobre serviços de conta-corrente e de corretagem e custódia;

III – Tarifas sobre emissões e anuidades de cartões de crédito;

IV – Receitas sobre administração de fundos de investimento e administração de

consórcios.

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Está(ão) correta(s) somente:

a) I e IV;

b) II e III;

c) III;

d) IV;

e) II, III e IV.

Letra e.

Os bancos sobrevivem essencialmente de suas tarifas, estão relacionadas com os

produtos ofertados, entretanto, a conta-corrente é considerada um serviço essen-

cial e, se o cliente respeitar o pacote básico, não pode ser tarifada.

Lembre-se de que os serviços essenciais, nos quais não podem ser cobradas ta-

rifas, estão relacionados com as contas-correntes de depósito à vista e contas de

depósito poupança. Os bancos são obrigados a oferecer os seguintes serviços, re-

lacionados com os depósitos à vista (conta-corrente):

• fornecimento de cartão com função débito;

• realização de até quatro saques, por mês;

• realização de até duas transferências de recursos entre contas na própria

instituição, por mês;

• fornecimento de até dois extratos, por mês;

• consultas pela internet;

• fornecimento de até 10 folhas de cheques, por mês.

Qualquer movimentação acima desses limites pode ser tarifada.

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10. (EXATUS/BANPARÁ/TÉCNICO BANCÁRIO/2015) O Crédito Direto ao Consumi-

dor – CDC - é uma operação de crédito concedida a pessoas físicas ou jurídicas para

a aquisição de bens e serviços.

Com base nessa afirmação, assinale a alternativa correta sobre o CDC:

a) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem

que será pago com sua renda futura.

b) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar de um bem noventa dias

após quitação da primeira parcela de pagamento.

c) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após trin-

ta dias da quitação da primeira parcela de pagamento.

d) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após ses-

senta dias da quitação da terceira parcela de pagamento.

e) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem

adquirido após o vencimento da segunda parcela.

Letra a.

Uma vantagem do CDC é que, como linha de crédito, o consumidor pode comprar o

bem e imediatamente começar a usufruí-lo. É o mesmo que uma compra a prazo,

contudo, o banco ou a financeira que emprestou o dinheiro.

11. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2013) As operações denominadas Crédito Direto ao

Consumidor são caracterizadas

a) pela não incidência de IOF para contratos com pessoa física.

b) por destinação ao financiamento de bens e serviços para pessoas físicas ou jurí-

dicas.

c) pela dispensa da informação do Custo Efetivo Total para clientes correntistas

dos bancos.

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d) pela impossibilidade de antecipação de pagamento de parcelas.

e) pela ausência de gravame no caso de financiamento de veículos usados.

Letra b.

A única característica que atende aos ditames operacionais do CDC é a de que é

uma linha de crédito destinada ao financiamento de bens e serviços para pessoas

físicas ou jurídicas.

Quando o CDC é direcionado para compra de bens, estes bens devem ser dados

como garantia, ou seja, serão alienados em nome do banco/financeira. Essa alie-

nação permanecerá até a quitação da dívida. Dar o bem como garantia é o mesmo

que gravame financeiro, ou seja, não sai do nome da financeira até ser pago e,

dessa forma, não poderá ser vendido sem a baixa do gravame.

A respeito dos meios de pagamento eletrônico conhecidos como cartões de crédito

e cartões de débito, julgue os itens subsecutivos.

12. (CESPE/CEF/TÉCNICO BANCÁRIO/2014) O valor mínimo da fatura de cartão de

crédito emitida por instituições financeiras, a ser paga mensalmente, não pode ser

inferior a 20% do saldo total da fatura.

Errado.

Quanto ao pagamento da fatura, o cliente pode pagar um valor inferior ao valor

total. O pagamento mínimo é de 15% do total.

Entretanto, ao pagar um valor inferior ao valor total da fatura, o cliente estará con-

tratando uma operação de crédito, chamado crédito rotativo, sujeita à cobrança de

juros e IOF sobre o saldo não liquidado. Os juros são altíssimos.

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Considerando as possibilidades de operações de crédito em uma pequena empresa,

julgue os itens a seguir.

13. (CESPE/BRB/ESCRITURÁRIO/2011) O Crédito Direto ao Consumidor, conheci-

do como CDC, é um financiamento concedido por uma instituição financeira.

Considerando as características do CDC, marque a alternativa VERDADEIRA:

a) o CDC não pode ser concedido para financiar bens de consumo durável;

b) somente as administradoras de cartão de crédito podem conceder esse tipo de

financiamento;

c) o CDC pode ser pré-fixado ou pós-fixado;

d) o CDC, por ser uma linha de crédito ao consumidor, não apresenta inadimplência;

e) todas as alternativas acima estão corretas.

Letra c.

O CDC é uma linha de crédito na qual as taxas de juros podem ser pré ou pós-fixa-

das. Na taxa pré-fixada, o cliente sabe quanto é e quanto vai pagar, por exemplo,

10% ao ano. Já na taxa pós-fixada, o cliente sabe quanto é a taxa, mas não sebe

quanto vai pagar, pois está vinculada em um indexador, por exemplo: 90% da taxa

CDI. Para saber quanto vai pagar, o cliente depende do valor da taxa CDI.

14. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2013) As linhas bancárias de crédito rural possibili-

tam ao cliente acessar financiamento

a) para atividades de comercialização da produção.

b) do custeio das despesas pessoais e familiares.

c) com liberação de uma só vez, independentemente do cronograma de aquisições

e serviços.

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d) sem apresentação de garantias ao financiador.

e) para investimento em bens ou serviços cujo aproveitamento se estenda por um

único ciclo produtivo.

Letra a.

A linha de crédito rural não é para despesas pessoais, pode ser para custeio, in-

vestimento e comercialização, sendo que a linha para investimento atende à ne-

cessidade de bens duráveis que são utilizados em vários ciclos produtivos como

máquinas, equipamentos.

A liberação dos recursos pode ser de uma vez ou em etapas, conforme cronograma

de atividades, contudo, como é um financiando, exige garantias que podem ser

reais ou pessoais.

15. (FCC/BB/ESCRITURÁRIO/2011) Sobre operações de crédito rural é correto

afirmar:

a) Podem ser utilizadas por produtor rural, desde que pessoa física.

b) Não podem financiar atividades de comercialização da produção.

c) É necessária a apresentação de garantias para obtenção de financiamento.

d) Não estão sujeitas a Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e

sobre Operações relativas a Títulos e Valores Mobiliários - IOF.

e) Devem ser apresentados orçamento, plano ou projeto nas operações de descon-

to de Nota Promissória Rural.

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Letra e.

O financiamento de crédito rural pode ser utilizado por pessoas físicas e jurídicas e

pode financiar o custeio, o investimento e a comercialização dos produtos, sendo que,

em qualquer caso, será necessária a apresentação de garantias, reais ou pessoais.

O tomador dos recursos arcará com algumas despesas, entre elas, os juros e os

impostos, especialmente o IOF, que é um imposto federal que incide sobre os fi-

nanciamentos. Contudo, lembre-se de que, para ajudar o produtor rural, o Governo

Federal havia estabelecido uma alíquota zero de IOF para o financiamento de cré-

dito rural, assim, havia uma alíquota zero de IOF, mas havia a incidência de IOF.

Para retirar os recursos, o tomador deverá apresentar um programa de evolução do

projeto que será financiado.

16. (QUADRIX/CRF-RS/AGENTE ADMINISTRATIVO/2013) O cartão de crédito é um

cartão de plástico que pode conter ou não um chip. A frente apresenta o nome do

portador, número do cartão e data de validade e, no verso, um campo para assi-

natura do cliente, o número de segurança e uma tira magnética. As operações de

cartões de crédito envolvem geralmente cinco participantes:

Portador: pessoa interessada em adquirir bens ou contratar serviços pagando por

meio do cartão de crédito.

Estabelecimento comercial: empresa interessada em vender ou prestar serviço re-

cebendo o pagamento feito pelos seus clientes por meio do cartão de crédito.

Adquirente: empresa que aluga e mantém os equipamentos usados pelo estabele-

cimento, responsável pela comunicação da transação entre este e a bandeira.

Bandeira: empresa que comunica a transação entre o adquirente e o emissor do

cartão de crédito.

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Emissor: empresa administradora do cartão.

Quando o portador faz uma aquisição com a opção de parcelamento loja – sem

juros, significa que o valor da transação é dividido pelo número de parcelas. Nes-

se caso o estabelecimento recebe o valor da venda de forma parcelada. Quando o

portador faz a aquisição com a opção de parcelamento com juros ou parcelamento

emissor, o titular do cartão pagará, além do valor combinado, uma taxa de juros

definida pelo emissor do cartão. Nesse tipo de transação, o estabelecimento recebe

o valor da venda de uma vez. Quem ficará com os juros pagos pelo portador, titular

do cartão?

a) O estabelecimento comercial.

b) O emissor.

c) O adquirente.

d) A Bandeira.

e) O Governo.

Letra b.

Quando a venda for parcelada pelo vendedor e o comprador decide parcelar acima

do prazo dado pelo vendedor, o financiamento está sendo feito pelo administrador do

cartão e não pela empresa que está vendendo o produto, assim, quem receberá os ju-

ros acordados é o emissor, ou seja, o administrador do cartão que financiou a compra.

17. (AECP/BNB/ANALISTA BANCÁRIO/2010) Considera-se Crédito Rural o supri-

mento de recursos financeiros, por instituições do Sistema Nacional de Crédito

Rural (SNCR), para aplicação exclusiva nas finalidades e condições estabelecidas

nas normas do Banco Central do Brasil. Com relação ao crédito rural, assinale a

alternativa CORRETA

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a) O Crédito Rural tem a finalidade de financiar apenas o custeio e o investimento.

b) O crédito de comercialização, por destinar-se a cobrir despesas próprias da fase

posterior à coleta da produção, não é amparado pelo Crédito Rural.

c) Constitui função do Crédito Rural o financiamento de atividades sem caráter

produtivo ou destinado a favorecer a retenção especulativa de bens.

d) São considerados beneficiários do Crédito Rural o produtor rural (pessoa física

e jurídica) e as cooperativas de produtores rurais.

e) São considerados beneficiários do Crédito Rural todos os produtores rurais,

mesmo que estrangeiros residentes no exterior.

Letra d.

O crédito rural é um financiamento destinado aos produtores rurais e às cooperati-

vas ou associações de produtores rurais. Seu objetivo básico é estimular a produ-

ção com linhas para o custeio da produção, a compra de bens e para a comerciali-

zação de produtos agropecuários.

Com relação à letra “e”, entenda que crédito rural NÃO abarca os estrangeiros re-

sidentes no exterior e os sindicatos rurais.

18. (FUNDAÇÃO SOUSANDRADE/BNB/ANALISTA BANCÁRIO/2008) Não constitui

objetivo do Crédito Rural:

a) estimular os investimentos rurais.

b) favorecer o oportuno e adequado custeio da produção.

c) possibilitar a recuperação de capitais investidos.

d) incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção.

e) elevar os padrões de produção e produtividade na atividade agropecuária.

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Letra c.

Dentro da política de financiamento do Governo Federal, os objetivos do crédito

rural são:

• estimular os investimentos rurais efetuados pelos produtores ou por suas co-

operativas;

• favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a comercialização de

produtos agropecuários;

• fortalecer o setor rural;

• incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção, visan-

do ao aumento de produtividade, à melhoria do padrão de vida das popula-

ções rurais e à adequada utilização dos recursos naturais;

• propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição e regularização de terras pelos

pequenos produtores, posseiros e arrendatários e trabalhadores rurais;

• desenvolver atividades florestais e pesqueiras;

• estimular a geração de renda e o melhor uso da mão de obra na agricultura

familiar.

Não é um objetivo do crédito rural possibilitar a recuperação de capitais investidos.

19. (CESGRANRIO/IBGE/TÉCNICO EM ANÁLISE AGRÍCOLA/2010) A Política de

Crédito Rural é um mecanismo de concessão de crédito à agropecuária, a taxas de

juros e condições de pagamento diferentes das vigentes no mercado livre, que são

determinadas pela política monetária. São tipos de crédito rural:

a) crédito de incentivo à produção, crédito de comércio e crédito bancário.

b) crédito de incentivo à produção, crédito para agronegócio e crédito à agropecuária.

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c) crédito de comercialização, crédito agrícola e crédito de investimento.

d) crédito de investimento, crédito de agroindústria e crédito de incentivo.

e) crédito de custeio, crédito de investimento e crédito de comercialização.

Letra e.

Vimos que, na essência do programa, existem três linhas de crédito, de acordo com

a sua finalidade: custeio, comercialização e investimento.

20. (CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO BANCÁRIO/2015) Os rendi-

mentos sobre depósitos de poupança realizados após 04/05/2012 são compostos

de duas parcelas:

I – a remuneração básica, dada pela Taxa Referencial - TR, e

II – a remuneração adicional, correspondente a:

a) x% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a y%; ou

b) z% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de início do perí-

odo de rendimento, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou inferior a y%.

Para que o texto acima corresponda à remuneração da poupança tal como descrito

pelo Banco Central do Brasil, os valores de x, y e z são, respectivamente

a) 0,5; 8,5 e 60

b) 0,6; 12 e 70

c) 0,5; 12 e 70

d) 0,5; 8,5 e 70

e) 0,6; 8,5 e 60

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Letra d.

A base para se analisar a remuneração da poupança é a taxa Selic de 8.5%. Na

assertiva, é a letra “Y”.

Quanto a taxa Selic for superior a 8.5% ao ano, a remuneração será de 0.5% ao

mês mais TR. Na assertiva, essa é a letra “X”.

Contudo, quando a taxa Selic for igual ou inferior a 8.5% ao ano, a remuneração

será 70% da taxa Selic mais TR. Na assertiva, essá remuneração é a letra “Z”.

21. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2015) Tradicionalmente, o rendimento da

Caderneta de Poupança sempre foi determinado pela variação da TR (Taxa Refe-

rencial) mais juros de 0,5% ao mês. Entretanto, os depósitos realizados a partir de

04/05/2012 têm rendimento vinculado à meta da taxa Selic.

Desde então, se esta meta for igual ou menor que 8,5% ao ano, os juros da Ca-

derneta de Poupança são

a) aumentados para 130% da Selic

b) aumentados para 130% da Selic mais a TR

c) aumentados para 100% da Selic

d) reduzidos para 70% da Selic

e) reduzidos para 70% da Selic mais a TR

Letra d.

De acordo com a legislação atual, a remuneração dos depósitos de poupança é

composta de duas parcelas:

• a remuneração básica, dada pela Taxa Referencial – TR, e

• a remuneração adicional, correspondente a:

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− 0,5% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a 8,5%; ou

− 70% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de início

do período de rendimento, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual

ou inferior a 8,5%.

Assim, se a meta da taxa Selic for igual ou menor do que 8.5%, a remuneração da

poupança será reduzida para 70% da Selic mais a TR.

É importante entender que a remuneração da poupança é composta pelos juros

(remuneração adicional) mais a correção monetária (remuneração básica)

Como a questão pediu somente os juros, a resposta é “reduzidos para 70%

da Selic”.

22. (AECP/BNB/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2003) Marque a assertiva VERDA-

DEIRA:

a) a cobrança de títulos e documentos é feita pelos bancos de maneira informal,

sem contratos que deem respaldo jurídico aos mesmos;

b) a cobrança de títulos e documentos é um serviço que os bancos oferecem so-

mente para seus clientes com contas abertas há mais de um ano;

c) o pagamento da fatura do cartão de crédito não pode ser parcelado;

d) a empresa emitente do cartão de crédito, de acordo com contrato firmado com

o consumidor, fica responsável pelo pagamento das aquisições feitas por ele com o

uso do cartão, até o valor limite combinado;

e) a administradora do cartão de crédito é quem financia as compras parceladas,

sem nenhuma interferência de uma instituição financeira.

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Letra d.

No mercado bancário, todas as relações entre o cliente e o banco devem ser forma-

lizadas em contrato, e os pontos acordados dependem da mútua aceitação.

Quanto ao cartão de crédito, a fatura pode ser parcelada, conforme acordo entre

o emissor e o cliente, pois é o emitente do cartão que se responsabilizará pelo pa-

gamento das compras do cliente no mercado em geral, sempre respeitado o limite

de comparas autorizado.

23. (CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO BANCÁRIO/2015) A caderneta

de poupança é um dos investimentos mais populares do Brasil, principalmente por

ser um investimento de baixo risco.

A poupança é regulada pelo Banco Central, e, atualmente, com a meta da taxa Se-

lic superior a 8,5%, sua remuneração é de:

a) 0,3% ao mês, mais a variação do CDB

b) IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), mais TR (Taxa Referencial)

c) TR (Taxa Referencial), mais 0,5% ao mês

d) 0,5% ao mês

e) 6% ao ano

Letra d.

Quanto a taxa Selic for superior a 8.5% ao ano, a remuneração será de 0.5% ao

mês mais TR.

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24. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2010) A caderneta de poupança é a apli-

cação mais simples e tradicional no mercado financeiro nacional, sendo uma das

poucas em que o cliente pode aplicar pequenas somas e ter liquidez. Atualmente, a

maior vantagem da caderneta de poupança em relação a outros investimentos é a

a) isenção de Imposto de Renda.

b) isenção de taxas e tarifas bancárias.

c) flexibilidade no registro da documentação para abertura da conta.

d) flexibilidade na data dos saques sem prejudicar os rendimentos.

e) maior rentabilidade oferecida.

Anulada.

A poupança é uma aplicação financeira que não tem incidência de IR sobre os seus

rendimentos, desde que o aplicador seja pessoa física ou pessoa jurídica sem fins

lucrativos; pessoas jurídicas que possuem fins lucrativos são tributadas em seus

ganhos com 22.5%.

A poupança cobra tarifas quando os limites de saque foram ultrapassados; não tem

flexibilidade na documentação, pois todos os documentos devem ser apresentados;

bem como deve ser respeitada a data de aniversário mensal da aplicação para que

não haja a perda dos rendimentos.

Contudo, como a banca não especificou quem é o investidor no enunciado, a ques-

tão foi anulada. O gabarito inicial era a letra “a”.

25. (QUADRIX/CRO-GO/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2013) A remuneração da ca-

derneta de poupança sofreu mudanças em 2012. O objetivo foi adequar a mais

popular forma de investimentos do brasileiro à nova realidade de juros do país. A

mudança consistiu em:

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a) Atrelar a remuneração da caderneta de poupança à inflação acrescida de uma

taxa de juros.

b) Tributar os depósitos acima de R$ 50 mil.

c) Atrelar a remuneração da caderneta de poupança à variação da TR mais 70% da

Selic, quando a taxa básica de juros chegar a 8,5% ao ano ou menos.

d) Permitir saques a qualquer tempo, ou seja, passou a ter liquidez diária.

e) Atrelar a remuneração da caderneta de poupança à variação do dólar acrescida

de uma taxa de juros.

Letra c.

Em 4 de maio de 2012, foi apresentada uma nova regra de remuneração da pou-

pança que teve como base a taxa Selic. O objetivo desse ajuste foi fazer com que a

remuneração da poupança se equacionasse aos novos parâmetros de juros no País,

pois é de conhecimento que a taxa básica de juros estava baixando e a remunera-

ção fixa da poupança ficou atrativa, assim, muito investidores tiravam o dinheiro

do mercado de capitais e aplicavam na poupança, que pagava bem e com garantia.

De acordo com a legislação atual, a remuneração dos depósitos de poupança é

composta de duas parcelas:

• a remuneração básica, dada pela Taxa Referencial – TR, e

• a remuneração adicional, correspondente a:

− 0,5% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a 8,5%; ou

− 70% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de início

do período de rendimento, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual

ou inferior a 8,5%.

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26. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2010) As linhas de crédito que são abertas

com determinado limite, que as empresas utilizam à medida de suas necessidades,

e em que os encargos são cobrados de acordo com sua utilização, são chamadas de

a) cartão de crédito.

b) hot money.

c) financiamento de capital fixo.

d) crédito direto ao consumidor.

e) crédito rotativo.

Letra e.

Crédito rotativo é uma linha de crédito na qual a instituição financeira libera ao

cliente um limite preestabelecido e que pode ser utilizado de forma automática

pelo tomador, de acordo com suas necessidades. Somente será cobrado juro sobre

o valor utilizado.

O crédito disponível diminui à medida que o tomador o utiliza e aumenta à medida

que é feito o pagamento do principal já utilizado.

O CDC, o hot money e o cartão de crédito são exemplos de linhas de crédito rotativo.

27. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2014) O Banco do Brasil é considerado um

agente financeiro especial do Governo Federal, devido a algumas atividades que

desempenha, como a(o).

a) seguro de bens imóveis

b) fiança bancária para investidores em bolsa

c) execução da política de preços mínimos de produtos agropecuários

d) extensão de crédito direto ao consumidor

e) concessão de cartões de crédito ao público

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Letra c.

O Banco do Brasil, pessoa jurídica de direito privado, sociedade anônima aberta de

economia mista, tem como acionista controlador a União e como principal acionista

minoritário a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

A instituição não atua apenas como banco múltiplo tradicional. É também o princi-

pal operador da política oficial de crédito rural do Governo Federal, e é o responsá-

vel pelo pagamento e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da

União, pela aquisição e financiamento dos estoques de produção exportável e pelo

agenciamento dos pagamentos e recebimentos feitos fora do País.

Como agente financeiro do Governo Federal recebe os títulos e as rendas fede-

rais, depósitos compulsórios e voluntários das instituições financeiras; realiza os

pagamentos necessários e constantes do orçamento da União; efetua redesconto

bancário; executa a política de preços mínimos agropecuários e a política do

comércio exterior do Governo, adquirindo ou financiando os de exportação; consti-

tui agente pagador e recebedor no exterior, entre outras operações.

28. (FUNDATEC/BRDE/ANALISTA/ECONOMIA/2015) Segundo o Manual de Crédito

Rural, é correto afirmar que o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) possui

linhas com finalidades de crédito para:

a) Planejamento, custeio e lançamento.

b) Risco, safra e investimento.

c) Custeio, investimento e comercialização.

d) Custeio, catástrofes, comercialização e planejamento.

e) Custeio e investimento.

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Letra c.

Vimos que, na essência do programa, existem três linhas de crédito, de acordo com

a sua finalidade: custeio, comercialização e investimento.

Os créditos de custeio se destinam a cobrir despesas habituais dos ciclos produti-

vos, da compra de insumos à fase de colheita.

O financiamento de custeio é classificado em:

• custeio agrícola;

• custeio pecuário;

• custeio de beneficiamento ou industrialização.

Essa linha de crédito serve para cobrir despesas da produção agrícola, tais como

aquisição de insumos, sementes, fertilizantes e defensivos. Pode também ser utili-

zado na atividade pecuária para cobrir as despesas com animais, como compra de

vacinas, medicamentos e rações.

Os créditos de investimento são aplicados em bens ou serviços duráveis, cujos be-

nefícios repercutem durante muitos anos.

Essa linha financia a compra de bens que normalmente podem ser dados como ga-

rantia, é indicada para quem quiser ampliar e modernizar o agronegócio por meio

da compra de máquinas e equipamentos novos, animais, e/ou formação ou recu-

peração de pastagens e construção de cercas, currais e galpões.

Tem uma linha de crédito de investimento com recursos do BNDES/FINAME para

aquisição de tratores e implementos associados, colheitadeiras e suas plataformas

de corte, novos, de fabricação nacional e credenciada no BNDES.​

Também existe linha de crédito de investimento com recurso do BNDES para apoiar

melhorias necessárias à incorporação de inovação tecnológica nas propriedades

rurais, possibilitando o aumento da produtividade, a adoção de boas práticas agro-

pecuárias e de gestão da propriedade rural.​

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Produtos Bancários
Prof. Claudio Zorzo

Os créditos de comercialização asseguram ao produtor rural e a suas cooperativas

os recursos necessários à adoção de mecanismos que garantam o abastecimento e

levem o armazenamento da colheita nos períodos de queda de preços.

A essência dessa linha de crédito é a de que o produtor não venda seu produto

quando o preço estiver em baixa devido à grande oferta e para antecipação dos re-

cursos a serem recebidos com a comercialização, assim que for realizada a entrega

do produto para venda.

Atualmente, a remuneração dos depósitos de poupança é composta de duas parce-

las: a taxa referencial (TR) e mais 0,5% ao mês, se a meta da taxa SELIC ao ano

for superior a 8,5%; ou 70% da meta da taxa SELIC no ano, mensalizada, se a

meta da taxa SELIC ao ano for igual ou inferior a 8,5%. No que se refere às taxas

de juros que servem de referência para a remuneração dos depósitos de poupança,

julgue os itens 29 e 30 a seguir.

29. (CESPE/FUNPRESP-JUD/ANALISTA DE MERCADO/2016) A TR, que serve de

rendimento básico dos depósitos de poupança, é apurada a partir da remuneração

mensal média dos certificados e recibos de depósitos bancários emitidos a taxas de

mercado prefixadas.

Certo.

A TR é uma taxa média de juros, fornecida diariamente e calculada por meio da

média ponderada do rendimento dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) das

principais instituições financeiras do Brasil.

Não se esqueça de que a poupança é remunerada por juros e pela TR.

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Prof. Claudio Zorzo

30. (CESPE/FUNPRESP-JUD/ANALISTA DE MERCADO/2016) A remuneração adicio-

nal dos depósitos de poupança varia com base na meta fixada para a SELIC, que

corresponde à taxa média ajustada das operações de redesconto realizadas junto

ao BCB.

Errado.

Lembre-se de que a remuneração dos depósitos de poupança é composta de duas

parcelas, a TR mais os juros. O estabelecimento dos juros leva em consideração a

taxa Selic.

Selic é o Sistema Especial de Liquidação e Custódia, controlado pelo Bacen, no qual

são negociados e liquidados diariamente todos os títulos públicos. A taxa Selic é a

taxa básica de juros da economia no Brasil, utilizada no mercado interbancário para

financiamento de operações com duração diária, lastreadas em títulos públicos fe-

derais; é obtida pelo cálculo da taxa média ponderada dos juros praticados pelas

instituições financeiras.

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