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Esse material é totalmente focado no certame e aborda ponto a ponto do edital da disciplina
de Conhecimentos Bancários.
Nele foi inserido toda a teoria sobre a matéria cobrada no certame, para facilitar a sua
compreensão, e marcações das partes mais importantes.
Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na banca
Cesgranrio.
Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o suporte: suporte@cadernomapeado.com.br e WhatsApp.
Bons Estudos!
Rumo à Aprovação!!
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Pessoal!
CONTEÚDO
1 - Estatuto Social da CAIXA (Disponível no sítio da Caixa Econômica Federal). 2 - Sistema Financeiro
Nacional: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional; Órgãos normativos e instituições supervisoras,
executoras e operadoras. 3 - Mercado financeiro e seus desdobramentos (mercado monetário, de crédito,
de capitais e cambial). 3 - Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios. 4 - Internet banking.
5 - Mobile banking. 6 - Novos modelos de negócios. 7 - Fintechs, startups e big techs. 8 - Sistema de bancos-
sombra (Shadow banking). 9 - Moedas e ativos digitais: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas. 10 -
Correspondentes bancários. 11 - Sistema de pagamentos instantâneos (PIX, DREX). 12 - Open finance: Real
digital. 13 - Transformação digital no Sistema Financeiro. 14 - Moeda e política monetária: Políticas
monetárias convencionais e não-convencionais (Quantitative Easing); 15 - Taxa SELIC e operações
compromissadas; O debate sobre os depósitos remunerados dos bancos comerciais no Banco Central do
Brasil. 16 - Orçamento público, títulos do Tesouro Nacional e dívida pública. 17 - Produtos Bancários:
Programas sociais e Benefícios do trabalhador; Noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao
consumidor, crédito rural, poupança, capitalização, previdência, consórcio, investimentos e seguros. 18 -
Noções de Mercado de capitais. 19 - Noções de Mercado de Câmbio: Instituições autorizadas a operar e
operações básicas. 20 - Regimes de taxas de câmbio fixas, flutuantes e regimes intermediários. 21 - Taxas
de câmbio nominais e reais; 22 - Impactos das taxas de câmbio sobre as exportações e importações. 23 -
Diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos sobre as taxas de
câmbio. 24 - Dinâmica do Mercado: Operações no mercado interbancário. 25 - Mercado bancário:
Operações de tesouraria, varejo bancário e recuperação de crédito. 26 - Taxas de juros de curto prazo e a
curva de juros; taxas de juros nominais e reais. 27 - Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança;
penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancárias. 28 - Autorregulação bancária. 29 - Lei
Complementar nº 7/1970 (PIS). 30 - Lei nº 8.036/1990 (FGTS): possibilidades e condições de utilização/saque.
31 - Certificado de Regularidade do FGTS. 32 - Guia de Recolhimento (GRF). 33 - Lei nº 10.836/2004 (Bolsa
Família). 34 - Produtos: Abertura e movimentação de contas: documentos básicos. 35 - Pessoa física e pessoa
jurídica: capacidade e incapacidade civil, representação e domicílio. 36 - Sistema de pagamentos brasileiro.
37 - Lei nº 7.998/1990 (Programa Desemprego e Abono Salarial - beneficiários e critérios para saque). 38 -
Saúde e bemestar, ergonomia. 39 - Negociação, escuta empática. 40 - Noções de estratégia empresarial:
análise de mercado, forças competitivas, imagem institucional, identidade e posicionamento.41 -
Segmentação de mercado. CRM. 42 - Características dos serviços: intangibilidade, inseparabilidade,
variabilidade e perecibilidade. 43 - Gestão da qualidade em serviços. 44 - Lei nº 7.998/1990 (Programa
Desemprego e Abono Salarial - beneficiários e critérios para saque)
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1) Introdução
Gostaríamos de agradecer a confiança depositada em nosso material. Saiba que garantimos que
você terá o material mais adequado para conquista da sua aprovação. Não esqueça que o seu
empenho é fundamental; afinal, passar em um concurso público não é tarefa fácil, mas também não
é algo impossível. E não se esqueça: Nós acreditamos em você!
A Caixa Econômica Federal (CEF), também conhecida como Caixa, é uma instituição financeira de
natureza pública que opera com personalidade jurídica de direito privado. Sua autonomia
administrativa é garantida pelo Estatuto próprio, bem como por diversas legislações, incluindo a Lei
nº 4.595/1964, a Lei nº 6.404/1976, a Lei nº 13.303/2016, o Decreto nº 8.945/2016, entre outras
normativas aplicáveis.
A CEF está vinculada ao Ministério da Economia e tem sua sede e foro em Brasília, Distrito Federal.
Além disso, a instituição possui a prerrogativa de estabelecer e fechar filiais, agências, escritórios,
representações ou outros estabelecimentos, tanto no território nacional quanto no exterior.
Monopólio das Operações de Penhor Civil: A CEF exerce o monopólio das operações de
penhor civil de forma permanente e contínua.
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Agente Financeiro de Programas Oficiais: A CEF atua como agente financeiro dos programas
oficiais de habitação, saneamento e infraestrutura, sendo o principal órgão de execução da política
habitacional e de saneamento do Governo Federal.
Agente Operador do FGTS: A instituição atua como agente operador e principal agente
financeiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Atuação em Mercado e Banco Digitais: A CEF pode atuar na exploração de mercado e banco
digitais voltados para seus fins comerciais e institucionais.
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Não confunda com o capital autorizado que é de R$ 100.000.000.000,00 (cem bilhões de reais).
Essa alteração do capital social é uma prerrogativa da Assembleia Geral, sendo necessária a
aprovação das propostas pelo Conselho de Administração, com consultas ao Conselho Diretor e ao
Conselho Fiscal, seguindo as disposições do artigo 85. O capital social pode ser aumentado, com
aprovação da Assembleia Geral, até o limite do capital autorizado, sem a necessidade de alteração
estatutária.
A Assembleia Geral, liderada pelo controlador da CEF, é o órgão responsável por tomar decisões
sobre todos os assuntos relacionados ao objetivo da instituição, em conformidade com a lei e o
Estatuto.
O Artigo 6º do Estatuto da Caixa Econômica Federal (CEF) estabelece algumas vedações específicas
para a instituição, além das proibições fixadas em lei. Vejamos:
Vedação de Operações com A CEF não pode realizar operações que tenham como garantia
Garantia Exclusiva de Ações de exclusiva ações de outras instituições financeiras.
Outras Instituições Financeiras
(Inciso I):
Vedação de Operações, Prestação A instituição não pode realizar operações, prestar serviços ou
de Serviços ou Transferência de transferir recursos a suas partes relacionadas de maneira que contrarie
Recursos a Partes Relacionadas a política interna estabelecida.
em Desacordo com a Política
Interna (Inciso II):
Vedação de Participação no A CEF está proibida de participar do capital de outras sociedades que
Capital de Outras Sociedades não não estejam diretamente relacionadas ao seu objeto social.
Relacionadas ao Objeto Social
(Inciso III):
O parágrafo único do artigo traz algumas ressalvas à vedação estabelecida no Inciso III:
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A estrutura organizacional da Caixa Econômica Federal (CEF) inclui diversos órgãos estatutários.
Vejamos a composição e funcionamento desses órgãos:
Assembleia Geral: Órgão máximo de deliberação, composto pelos acionistas da CEF, responsável por
tomar decisões estratégicas importantes para a instituição.
Diretoria Executiva: Responsável pela gestão diária da CEF e pela implementação das decisões do
Conselho de Administração. Composta pelo Presidente da CEF, até 12 Vice-Presidentes e até 25 Diretores
Executivos, organizados em Conselho Diretor, Conselho de Administração, Gestão de Ativos de Terceiros e
Conselho de Fundos Governamentais e Loterias.
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O artigo 18 do estatuto destaca que a CEF deve ser gerida pelo Conselho de Administração e pela
Diretoria Executiva, seguindo as atribuições e poderes estabelecidos pela legislação aplicável e pelo
próprio Estatuto. Os administradores são orientados a guiar as atividades da CEF conforme os
princípios e melhores práticas de governança corporativa, de acordo com as normas legais.
Importante!
I - ordinariamente, uma vez por ano, nos quatro primeiros meses seguintes ao encerramento
de cada exercício social, para deliberação das matérias previstas em lei; e
Art. 12. A Assembleia Geral é composta pelo controlador único da CEF, a União.
Art. 13. Os trabalhos da Assembleia Geral serão dirigidos pelo Presidente do Conselho de
Administração da CEF ou pelo substituto que este vier a designar, que escolherá o secretário
da Assembleia Geral.
Art. 15. A Assembleia Geral será instalada com a presença do controlador da CEF. Parágrafo
único. As Assembleias Gerais tratarão exclusivamente do objeto previsto nos editais de
convocação, não se admitindo a inclusão de assuntos gerais na pauta da Assembleia.
Competências
Art. 16. A Assembleia Geral, além das matérias previstas na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro
de 1976, e no Decreto nº 1.091, de 21 de março de 1994, reunir-se-á para deliberar sobre
alienação, no todo ou em parte, de participações societárias diretas da CEF.
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Dividendo Mínimo para a União: A União tem direito a receber um dividendo mínimo e
obrigatório correspondente a 25% do lucro líquido ajustado, conforme definido por lei e no Estatuto.
Encargos Financeiros e Juros Moratórios: Dividendos e juros sobre o capital próprio estão
sujeitos a encargos financeiros equivalentes à taxa Selic, a partir do fechamento do exercício social
até a data efetiva do recolhimento ou pagamento.
Importante!
Correção dos Valores Antecipados: Os valores adiantados como dividendos ou juros sobre o
capital próprio serão corrigidos pela taxa Selic desde a data do pagamento até o fechamento do
exercício social.
Destinação do Lucro do Exercício: A destinação do lucro do exercício, após análise dos órgãos
internos da CEF, será submetida à aprovação da Assembleia Geral.
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4) Ouvidoria
O Ouvidor da CEF é designado pelo Conselho de Administração, a partir de uma lista tríplice
elaborada pelo Presidente da CEF, conforme regulamento específico e legislação pertinente.
Mandato do
Ouvidor: • Após ser destituído do
cargo, o Ouvidor só
•O Ouvidor da CEF é
pode voltar a ocupar a
um empregado que • O tempo de duração máximo mesma função na
compõe o quadro do mandato do Ouvidor é de empresa após um
de pessoal próprio 36 meses, prorrogável por interstício de 36
da instituição. igual período pelo Conselho meses.
Empregado Próprio na de Administração, com
Função de Ouvidor: exceções e autorizações
conforme a legislação vigente. Vedação e Interstício
para Reassumir o Cargo:
Importante!
Tome nota!
A Ouvidoria tem assegurado o acesso às informações necessárias para sua atuação, podendo
requisitar informações e documentos, observada a legislação relativa ao sigilo bancário.
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Além disso, a ouvidoria deve dar encaminhamento aos procedimentos necessários para a solução
dos problemas suscitados, fornecendo meios suficientes para os interessados acompanharem as
providências adotadas.
Tome nota!
O Ouvidor responde perante o Banco Central do Brasil pelo acompanhamento e supervisão das
atividades afetas à Ouvidoria, podendo exercer outras atividades na CEF, exceto a de responsável
pela administração de áreas segregadas.
Essas disposições visam garantir um canal efetivo de comunicação entre a CEF e seus clientes, bem
como assegurar o cumprimento das normas relativas aos direitos do consumidor. A Ouvidoria
desempenha um papel fundamental na transparência e no aprimoramento contínuo dos serviços
prestados pela instituição.
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1) Introdução
Dessa definição, podemos destacar alguns pontos que merecem atenção especial, quais sejam: i)
intermediação financeira; ii) credores; e iii) tomadores de recursos.
Intermediação financeira
Tomadores de recursos
a) intermediação financeira
A Intermediação Financeira consiste em uma operação que diz respeito à captação de recursos pelas
instituições financeiras, transferindo dinheiro de agentes econômicos superavitários (credores) para
os agentes deficitários (tomadores de recursos).
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Tomadores de
Credores
recursos
b) Credores
Os credores podem ser definidos como os agentes que possuem recursos financeiros disponíveis, é
o que se denomina de agente superavitário. Em síntese, são pessoas, empresas ou quaisquer
entidades que possuem dinheiro, mas que tem a vontade de ganhar mais dinheiro no futuro.
Exemplo: Banco.
c) tomadores de recursos
Tomadores de recursos (agentes deficitários) consiste naquelas pessoas ou entidades que não tem
dinheiro, mas precisam utilizá-lo em determinado momento. Assim, os agentes deficitários aceitam
pegar dinheiro emprestado com os credores e, em momento posterior, pagam o valor acrescido de
juros.
Imagine que Carlos deseje adquirir um carro de R$ 100 mil reais, mas tenha apenas 20 mil, que será
o valor da sua entrada. Como Carlos poderia conseguir o restante do valor?
A solução, na maioria das vezes, é recorrer ao financiamento bancário. Nesse caso, o banco (credor
- agente superavitário) irá transferir a Carlos (tomador de recursos - agente deficitário) o valor e
assim irão realizar uma intermediação financeira.
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Existem três tipos de instituições no Sistema Financeiro Nacional, que são: (i) normativas; (ii)
supervisoras e (iii) operadoras e executoras.
Normativas
Operadoras e executoras
Vejamos uma representação gráfica apresentada pelo Banco Central do Brasil quanto à composição
e os segmentos do Sistema Financeiro Nacional:
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As instituições normativas são aquelas responsáveis pela elaboração das normas de funcionamento
do Sistema Financeiro nacional.
5.1) Conceito
Conforme vimos, as instituições normativas são aquelas responsáveis pela elaboração das normas
gerais que regulam o Sistema Financeiro Nacional, visando garantir o seu funcionamento.
Na maioria das vezes, as instituições normativas são constituídas na forma de colegiado, com vários
membros tomando decisões em conjunto, formando um conselho.
Os principais órgãos do conselho são: Conselho Monetário Nacional; Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP); e Conselho nacional de Previdência Complementar (CNPC).
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Ao avaliar as últimas provas que cobraram conhecimentos bancários, verificamos que não foram
abordados conhecimentos profundos sobre o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); e
Conselho nacional de Previdência Complementar (CNPC).
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por definir as normas a
serem seguidas pelas instituições que operam com seguros, sendo, portanto, órgão normativo.
O CNPC é o órgão com a função de regular o regime de previdência complementar operado pelas
entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão), nova denominação do extinto
Conselho de Gestão da Previdência Complementar.
Cabe à Secretaria de Política Econômica - SPE, nos termos do Decreto nº 9.003, de 13 de março de
2017, formular e avaliar medidas para o desenvolvimento dos mercados de previdência
complementar e também, conforme Portaria MF nº 330, de 4 de julho de 2017, analisar e propor
votos e resoluções do Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC, órgão regulador
do setor de previdência complementar fechada (fundos de pensão).
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Esse é o órgão mais importante para sua prova, por isso fique muito atento!
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional e tem a
responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda
e o desenvolvimento econômico e social do País.
Em síntese, o CMN é responsável por tratar sobre as diretrizes gerais sobre moeda e crédito, bem
como pela formulação da política macroeconômica do governo federal.
a) Funcionamento do CMN
Os membros do CMN reúnem-se uma vez por mês para deliberar sobre assuntos como orientar a
aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e
dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; e coordenar
as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa.
Em casos extraordinários, pode acontecer mais de uma reunião por mês. As matérias aprovadas são
regulamentadas por meio de Resoluções CMN divulgadas no Diário Oficial da União (DOU) e no
Busca de normas do Conselho e do Banco Central (BC)
Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessidades da economia nacional e seu
processo de desenvolvimento (Revogado);
Esse objetivo foi revogado pela Lei Complementar nº 179, de 2021, que dispõe sobre a "autonomia
do Banco Central", revogou algumas atribuições do Conselho Monetário Nacional.
Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários
ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios
oriundos de fenômenos conjunturais (Revogado);
Esse objetivo foi revogado pela Lei Complementar nº 179, de 2021, que dispõe sobre a "autonomia
do Banco Central", revogou algumas atribuições do Conselho Monetário Nacional.
Esse objetivo foi revogado pela Lei Complementar nº 179, de 2021, que dispõe sobre a "autonomia
do Banco Central", revogou algumas atribuições do Conselho Monetário Nacional.
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Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior
eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;
Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República do Brasil, por
meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito;
Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e
quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira;
Coordenar a política de que trata o art. 3º desta Lei com a de investimentos do Governo Federal;
Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra forma
de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco
Central da República do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem
a promover:
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reflorestamento;
eletrificação rural;
mecanização;
irrigação;
Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e outras relações
patrimoniais a serem observadas pelas instituições financeiras;
Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das instituições financeiras
privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais;
Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a dedução dos depósitos de pessoas jurídicas
de direito público que lhes detenham o controle acionário, bem como dos das respectivas autarquias
e sociedades de economia mista, no cálculo a que se refere o inciso anterior;
Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando
ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a
iminência de tal situação;
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Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e reservas livres, o limite além do qual os
excedentes dos depósitos das instituições financeiras serão recolhidos ao Banco Central da República
do Brasil ou aplicados de acordo com as normas que o Conselho estabelecer;
Decidir de sua própria organização; elaborando seu regimento interno no prazo máximo de trinta
(30) dias;
Aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do Brasil e decidir sobre seu orçamento
e sobre seus sistemas de contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de transferência de seus
resultados para o Tesouro Nacional, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União.
Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas vedações ou restrições
equivalentes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em relação a bancos brasileiros ali instalados
ou que nelas desejem estabelecer-se;
Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos de empréstimos externos dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para cumprimento do disposto no art. 63, nº II, da
Constituição Federal;
Expedir normas e regulamentação para as designações e demais efeitos do art. 7º, desta lei.
Art. 8º O Conselho Monetário Nacional, criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964,
passa a ser integrado pelos seguintes membros:
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Ministro de Estado do
Planejamento e Orçamento;
6.1) Conceito
As supervisoras são aquelas instituições que fiscalizam o cumprimento das diretrizes e normas
elaboradas pelos órgãos normativos. A sua função, portanto, é fiscalizar a devida observância das
normas que compõem o Sistema Financeira Nacional.
a) Noções introdutórias
O Banco Central do Brasil (Bacen), fundado em 1964 e com início de suas atividades em 1965, é uma
espécie de "banco dos bancos". Isso quer dizer que, além de socorrer os outros, também fiscaliza os
bancos em geral.
b) Objetivos do Bacen
Os principais objetivos do Banco Central do Brasil estão previstos no §1º da Lei Complementar n.
179/21, que assim dispõe:
Art. 1º O Banco Central do Brasil tem por objetivo fundamental assegurar a estabilidade de
preços.
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c) Enquadramento do Bacen
O Banco Central é considerado uma autarquia e, por isso, integra a administração pública indireta.
Em razão disso, possui personalidade jurídica, patrimônio próprios e é criado por lei específica para
executar funções típicas de Estado. Ademais, as autarquias também possuem autonomia
administrativa e financeira.
Tome Nota
O Bacen, até o mês de fevereiro de 2021, era classificado como uma Autarquia Federal, isto é, uma
autarquia comum. Todavia, com a publicação da Lei Complementar n. 179/21, a referida instituição
passou a receber status de Autarquia de natureza Especial.
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Destaca-se que isso é outra novidade da LC nº 179/21, uma vez que antes o Presidente do Bacen e
os demais diretores da Diretoria Colegiada poderiam ser demitidos a qualquer tempo.
d) Diretoria do Bacen
A Diretoria Colegiada do Banco Central é formada por: 9 diretores - 1 deles é o presidente do Bacen.
Todos os diretores são nomeados pelo Presidente da República e devem ser brasileiros de ilibada
reputação e notórios conhecimentos econômico-financeiros. Embora sejam indicados pelo
Presidente, devem passar por aprovação do Senado Federal.
e) Atribuições do Bacen
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8. Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque
11. Efetuar a compra e venda de títulos públicos federais, como instrumento de política monetária.
O Comitê de Política Monetária (COPOM), conforme definição do próprio Banco Central do Brasil:
No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento apresentam uma análise técnica de
conjuntura abrangendo inflação, nível de atividade, evolução dos agregados monetários,
finanças públicas, balanço de pagamentos, economia internacional, mercado de câmbio,
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Já no segundo dia da reunião, além dos membros do Copom, participa, sem direito a voto, o
chefe do Depep, que realiza apresentação técnica contendo avaliação prospectiva da inflação.
Em seguida, os membros do Copom, com base na avaliação do cenário macroeconômico e
dos principais riscos associados, deliberam, por maioria simples de votos, a meta da Taxa Selic.
Os comunicados das decisões do Copom são divulgados após o término da segunda sessão
da reunião ordinária, a partir das 18h. As atas do Copom, em português, são divulgadas às
8h00 da terça-feira da semana posterior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de seis
dias úteis. Já as apresentações técnicas de conjuntura referentes ao primeiro e segundo dia
de reunião são disponibilizadas, respectivamente, após 4 e 8 anos.
O calendário anual das reuniões ordinárias será divulgado mediante Comunicado do Diretor
de Política Monetária até o fim do mês de junho do ano anterior, admitindo-se ajustes até o
último dia do ano de sua divulgação.
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica o
documento "Relatório de Inflação", que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e
financeira do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.
Composição COPOM:
Sabe-se que há uma relação inversa entre inflação e taxas de juros, haja vista que para se reduzir a
inflação, aumenta-se a taxa de juros. Assim agindo, acaba-se por diminuir a demanda (procura) por
bens e serviços, consequentemente desestimulando a atividade econômica.
Por outro lado, sendo baixa a inflação, é possível se reduzir a taxa de juros, causando um estímulo
na economia.
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Dessa forma, é comum que as metas da SELIC (taxa básica de juros brasileira) sejam modificadas de
acordo com a análise feita pelo mercado e, principalmente pelo Copom, em relação ao
comportamento da inflação.
O Copom, portanto, determina a meta para a taxa Selic de acordo com a análise acerca da inflação
seja no momento atual ou em relação as expectativas em relação ao futuro.
Havendo uma alta na inflação, o Copom adota medidas políticas contracionistas, ou seja, para
redução da inflação, como, por exemplo, a venda de títulos, a retirada de moeda de circulação,
aumento da taxa de juros ou mesmo redução da demanda na economia.
Atenção! O IPCA (Índice de preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE, é o índice oficial
utilizado para calcular a taxa de inflação.
Por fim, em relação ao Copom, saiba que outra finalidade de destaque, além de definir a meta da
Selic, é a elaboração do Relatório de Metas de inflação, documento divulgado trimestralmente pelo
Bacen.
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Inicialmente, tenha em mente que valores mobiliários nada mais são do que títulos financeiros,
emitidos pelo governo ou por instituições privadas, sendo exemplos: ações, debêntures e cotas de
fundos de investimentos.
A Comissão de Valores Mobiliários – CVM -, nos termos do art. 5º da Lei 6385/76, com redação dada
pela Lei nº 10.411/2002, é definida como:
São disciplinadas e fiscalizadas pela CVM, de acordo com o art. 1º da Lei nº 6.385/1976, as seguintes
atividades:
Art. 1º Serão disciplinadas e fiscalizadas de acordo com esta Lei as seguintes atividades:
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§ 1º O disposto neste artigo não exclui a competência das Bolsas de Valores, das Bolsas de
Mercadorias e Futuros, e das entidades de compensação e liquidação com relação aos seus
membros e aos valores mobiliários nelas negociados.
II - convocar, a seu juízo, qualquer pessoa que possa contribuir com informações ou opiniões
para o aperfeiçoamento das normas a serem promulgadas.
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VI - aplicar aos autores das infrações indicadas no inciso anterior as penalidades previstas no
Art. 11, sem prejuízo da responsabilidade civil ou penal.
IV - proibir aos participantes do mercado, sob cominação de multa, a prática de atos que
especificar, prejudiciais ao seu funcionamento regular.
§ 2º O processo, nos casos do inciso V deste artigo, poderá ser precedido de etapa
investigativa, em que será assegurado o sigilo necessário à elucidação dos fatos ou exigido
pelo interesse público, e observará o procedimento fixado pela Comissão.
O setor financeiro do Brasil é vasto e inclui uma variedade de entidades e órgãos. Entre eles,
destacam-se as instituições financeiras oficiais federais. Por isso vamos apresentar algumas dessas
entidades-chave e explicar o seu funcionamento. Está pronto para explorar?
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O Banco do Brasil, sendo a pioneira entre as instituições financeiras do Brasil, desempenhou por
muito tempo o papel de auxiliar do Ministério da Fazenda, realizando uma variedade de funções que
atualmente são de responsabilidade do Banco Central do Brasil. Um aspecto notável é que o Banco
do Brasil está classificado entre as Instituições Financeiras Federais Oficiais, apesar de ser uma
empresa de economia mista, o que implica que suas ações são negociadas na Bolsa de Valores.
Embora o governo federal seja o principal acionista, detendo a maior parte das ações, é o Tesouro
Nacional que exerce influência sobre o banco. Em termos de alcance, o Banco do Brasil opera em
todo o território nacional e até mesmo além das fronteiras, como evidenciado pela presença do
Banco do Brasil das Américas, uma entidade financeira independente, embora seja controlada pelo
Banco do Brasil nos Estados Unidos.
Uma outra característica importante do Banco do Brasil, enquanto uma das Instituições Financeiras
Federais Oficiais, é seu papel central como braço do governo no que se refere ao crédito agrícola. O
banco desempenha um papel fundamental na distribuição de crédito subsidiado para agricultores
em todo o país, especialmente para aqueles que dependem da agricultura para sua subsistência,
como os pequenos agricultores. Uma das principais maneiras pelas quais o Banco do Brasil oferece
esse crédito é por meio de repasses subsidiados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES). Em suma, quando se trata de crédito agrícola no Brasil, o Banco do Brasil é uma
referência.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma instituição pública federal,
o que significa que é totalmente controlado pelo Governo Federal, similarmente à Caixa Econômica.
O papel principal do BNDES é fornecer crédito de longo prazo e implementar programas de grande
escala para impulsionar a economia nacional. Isso pode incluir projetos de infraestrutura como a
construção de hidrelétricas, ferrovias e rodovias, que desempenham um papel crucial no
desenvolvimento do país.
Considerando isso, os fundos disponíveis no BNDES podem ser transferidos para outras instituições
financeiras, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, ou mesmo para bancos de iniciativa privada,
a fim de direcionar esses recursos para setores estratégicos da economia.
Por exemplo, se houver a intenção de construir uma hidrelétrica, mas os recursos financeiros
disponíveis não forem suficientes, uma parcela dos fundos necessários pode ser subsidiada pelo
BNDES. Além disso, outra alternativa seria obter financiamento pela venda de uma participação na
empresa para o BNDESPar, contanto que essa transação seja benéfica para ambas as partes
envolvidas.
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Outro membro relevante entre as Instituições Financeiras Federais Oficiais é o Banco da Amazônia,
conhecido como BASA.
Assim como o BNDES, o Banco da Amazônia (BASA) está focado em fornecer crédito para projetos
de longo prazo, com o objetivo específico de promover o desenvolvimento da Região Amazônica.
Os recursos do BASA podem ser provenientes tanto de repasses do BNDES quanto de captação
própria por meio de seus clientes.
Para ilustrar, a importância do BASA na região é tão significativa que cerca de 60% dos projetos em
toda a área são financiados com recursos próprios do banco ou por meio de repasses do BNDES.
Da mesma forma que o BASA, o Banco do Nordeste não tem abrangência nacional, servindo apenas
à região Nordeste do Brasil.
Ao contrário do Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal é uma das Instituições Financeiras
Federais Oficiais que pertencem exclusivamente ao Governo Federal, sem ser uma sociedade de
economia mista (obs.: a Caixa é uma empresa pública). No entanto, semelhante ao BB, a Caixa opera
em todo o território nacional.
É interessante notar que a Caixa desempenha um papel semelhante ao do Banco do Brasil, sendo
considerada uma âncora da economia nacional, especialmente por meio do financiamento
habitacional e do suporte à moradia.
40
Além disso, a Caixa é responsável por administrar outros programas governamentais, como o
Programa de Integração Social (PIS) e as Loterias Federais.
A Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP é uma entidade criada com o propósito de promover
publicamente o avanço da ciência, da tecnologia e da inovação.
Em essência, quando um projeto que atende aos critérios estabelecidos pela FINEP é selecionado, o
financiamento é viabilizado através de parcerias com ministérios e outros órgãos federais, bem como
com recursos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(FNDCT) e do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL).
1) Introdução
O mercado financeiro reúne um conjunto de instituições, das quais estão tomadores de recursos e
investidores. Além disso, permite que sejam negociados produtos financeiros, como títulos públicos,
ações, fundos de investimentos, dentre outros produtos ligados ao mercado financeiro.
O mercado financeiro envolve diversas operações de compra e venda de ativos financeiros, sua
estrutura é formada pelas instituições financeiras, dentre elas estão os bancos, as corretoras, as
instituições de pagamento e alguns órgãos do governo.
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Corretoras
Instituições Financeiras
Instituições de pagamento
Órgãos do governo
a) Bancos
Os bancos são instituições financeiras que basicamente atuam como intermediários entre quem quer
emprestar dinheiro e quem tem a intenção de tomar dinheiro emprestado. Além disso, prestam
serviços relacionados à cartão de crédito, débito, investimentos, pagamentos, conta corrente, dentre
outros serviços
b) Corretoras
As corretoras estão ligadas ao mercado de investimentos, são empresas que pertencem ao Sistema
Financeiro e intermediam a compra e a venda dos valores mobiliários, como títulos e ações. Alguns
exemplos de corretoras são BTG Pactual, XP Investimentos, Clear, Rico etc.
c) Instituições de pagamento
São pessoas jurídicas que trabalham com serviços de compra e venda e movimentações de recursos
relacionadas ao pagamento. Alguns exemplos são: Mercado Pago, Cielo, PayPal, PicPay. Essas
instituições, diferentemente dos bancos, não podem conceder empréstimos e financiamentos a seus
clientes.
d) Órgãos do governo
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O Mercado monetário faz parte do mercado financeiro e é responsável pelas operações financeiras
de curto ou de curtíssimo prazo. São operações que possuem alta liquidez, ou seja, a conversão de
um bem em dinheiro pode ser feita de uma maneira mais rápida.
No mercado monetário poderão ser feitas vendas de títulos e posses dentro do mercado financeiro
com uma alta liquidez. Esses investimentos são mais seguros para investidores que possuem um
perfil conservador. Pois as políticas existentes dentro do mercado monetário permitem que o
indivíduo transforme seus títulos ou posses em dinheiro de forma rápida e segura com uma
rentabilidade alta.
Os títulos podem ser vendidos entre as instituições financeiras ou quando o Banco Central adquire
títulos e vende para outras instituições, permitindo a compra livre.
a) Título Privado
São títulos criados por empresas privadas e encontradas no certificado de depósito bancário.
b) Título Público
São títulos disponibilizados pelo Tesouro Nacional, sua finalidade é fazer as pessoas investirem e
as corporações comprarem papéis da dívida pública lançados pelo Governo Federal. O título público
mais conhecido é o Tesouro Selic, o qual possui uma rentabilidade baixa.
O mercado monetário tem ligação direta com o Banco Central, pelo fato de ser constituído por
operações de compra e venda de títulos. O Banco Central possui responsabilidade pela moeda que
circula no país, dessa maneira, quando são efetuadas compras dos títulos são retiradas do mercado
as moedas e quando são efetuadas as vendas são colocadas em circulação novamente.
Por fim, é preciso entender que o mercado monetário afeta de forma drástica a economia, pois ele
pode acelerar o mercado econômico e se o mercado monetário fica em alta poderá haver a
desvalorização da moeda.
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O mercado de crédito é explorado pelas instituições, pois serve para conceder recursos financeiros
para a população.
O mercado de crédito também pertence ao Sistema Financeiro Nacional. É um sistema que fornece
financiamentos, tanto para pessoas físicas, quanto para pessoas jurídicas.
Além do mais, o mercado de crédito é muito importante para a economia do país, sem esse mercado
seria quase impossível a economia se manter.
O mercado de crédito oferece uma vasta movimentação de recursos econômicos. Possui uma
grande capacidade de financiar projetos que futuramente podem gerar valor para toda a economia
de forma direta.
De maneira ampla, o mercado de crédito funciona entre duas partes, os credores e os tomadores de
crédito.
Credores
Mercado de crédito
Tomadores de crédito
a) Credores
b) Tomadores de crédito
Além disso, as operações podem ser de curto prazo (menos de um ano); médio prazo (de um a cinco
anos); e de longo prazo (acima de cinco anos).
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Para as pessoas físicas podem ser feitos créditos consignados, crédito direto para o consumidor,
liberação de cheque especial, cartão de crédito, dentre outros.
Para as pessoas jurídicas poderão ser feitos empréstimos para capital de giro, para financiar
equipamentos e máquinas, financiar projetos da empresa, entre outros.
Para ser liberado um credito são necessárias algumas garantias. Geralmente para as pessoas físicas
as garantias são por meio de avalista, fiador, recebíveis ou algum bem, inclusive o próprio bem
financiado.
Por fim, vale lembrar que existem os juros que definem o custo do capital. A taxa de juros pode ser
Pré ou Pós-fixada.
As garantias são necessárias para que as instituições financeiras tenham mais segurança na operação
financeira de fornecer crédito.
5) Mercado De Capitais
5.1) Conceito
O mercado de capitais é uma divisão do sistema financeiro, o qual é responsável por intermediar
a relação daqueles que precisam de recursos de longo prazo para implementar projetos e quem se
propõe a fazer tal investimento. Os investidores entregam os recursos para as empresas e em troca
recebem os chamados valores mobiliários, como: ações, debêntures, cotas de fundos de
investimentos, bônus de subscrição, certificados de depósito de valores mobiliários, notas comercias,
contratos futuros, dentre outros.
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a) Empresas
São instituições autorizadas pelo Bacen para fazer a intermediação entre os investidores e o
mercado organizado de títulos e valores mobiliários.
São instituições autorizadas para atuar no mercado de capitais, como por exemplo, os bancos de
investimentos.
e) Bolsa de valores
É uma entidade privada de capital aberto onde são negociadas ações de empresas, títulos de renda
fixa, commodity e outros ativos.
A CVM é responsável pela fiscalização e regulação do mercado de capitais, e tem por objetivo
fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores.
É válido citar que, “o mercado de capitais mobiliza os recursos de poupança de pessoas físicas,
empresas e agentes públicos, promovendo a alocação eficiente dessa poupança para financiar a
produção, a comercialização e o investimento e consumo de empresas e famílias. ”
46
6.1) Conceito
O mercado de câmbio é o local onde são realizadas as operações de câmbio, ou seja, compra e
venda de moedas de todos os países, dessa maneira, é um dos maiores ambientes de negociação
do mercado de capitais.
No mercado cambial, as operações são realizadas em pares de moedas, ou seja, para comprar uma
moeda é necessário entregar outra. Cada moeda possui um preço e a diferença entre uma e outra é
chamada de taxa cambial. A taxa cambial é responsável por dizer quanto será necessário pagar para
comprar outra moeda.
a) Mercado primário
b) Mercado secundário
O mercado secundário diz respeito as movimentações feitas entre os bancos no país, podendo ser
chamado também de mercado interbancário.
Já o Conselho Monetário Nacional estabelece a política cambial do Brasil e quais serão as regras que
devem ser seguidas nas operações financeiras entre o Brasil e os demais países. Além disso, o Banco
Central verifica se as regras estão sendo seguidas de forma adequada.
47
No Brasil temos as seguintes operações de câmbio: compra e venda de moeda estrangeira ou uso
de cartão em viagens ao exterior; transações de moeda nacional por residentes no país e no exterior;
movimentação de valores de importação e exportação; pagamentos e transferências internacionais,
entre outros.
Tome nota!
Lembrando que todas as movimentações cambiais devem ser realizadas por meio de instituições
financeiras autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central.
Vejamos algumas instituições autorizadas a operar no mercado cambial: os bancos múltiplos, bancos
comerciais, de câmbio e caixas econômicas; os bancos de investimento; os bancos de
desenvolvimento; as corretoras de câmbio; as sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários;
as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários; as agências de fomento; as sociedades
de crédito, financiamento e investimento.
Importante!
É importante salientar que antes realizar qualquer operação é fundamental verificar se a instituição
está autorizada pelo Banco Central, para garantir que a operação será feita dentro legalidade e não
correr riscos de golpes.
1) Introdução
48
Assim como na Revolução Industrial, a era digital trouxe uma ênfase na automatização de processos,
especialmente evidente nos setores bancário e financeiro. Transações, atendimento ao cliente e
processos internos foram todos afetados.
O advento da era digital trouxe consigo tecnologias emergentes, como inteligência artificial,
blockchain e análise de big data, que têm transformado a maneira como os bancos operam,
oferecem serviços e interagem com os clientes. A modernização do Sistema de Pagamentos
Brasileiro também proporcionou um cenário mais seguro para as transações bancárias, o que
permitiu a implementação de plataformas digitais para os clientes de bancos. Assim surgiu a internet
banking, onde os clientes podem acessar suas contas e realizar transações financeiras pela internet.
Atualmente, todos os bancos oferecem sites e aplicativos (mobile banking) para que os clientes
possam acessar suas contas e realizar transações financeiras. No entanto, ainda há alguns clientes
que preferem manter uma relação tradicional com os bancos, mas a tendência é que a relação entre
cliente e banco se torne cada vez mais digital, especialmente devido à pandemia que estamos
enfrentando.
Muitas pessoas que antes não usavam aplicativos de bancos se viram "obrigadas" a utilizá-los para
evitar deslocamentos até as agências bancárias e diminuir o risco de contágio pelo Coronavírus.
Portanto, já se sabe que houve um aumento significativo no uso de canais digitais e tudo indica que
esse avanço veio para ficar.
Gera economia com espaço físico, que passa a ser cada vez menos necessário;
Facilita a atração de novos clientes, especialmente os jovens, que usam muito aplicativos;
Facilita a inclusão de pessoas que não possuíam fácil acesso às agências bancárias.
Em 2020, o setor bancário representou 14% dos investimentos em tecnologia na economia global,
perdendo apenas para o Governo.
49
Já existem novos modelos de instituições financeiras que não possuem agências físicas e têm toda
a relação com os clientes digital, desde a abertura da conta.
Isso impõe desafios adicionais aos bancos tradicionais, enquanto essas instituições inovadoras
também enfrentam desafios ao competir com os grandes bancos e manter seus clientes.
A partir dessa contextualização sobre bancos na Era Digital, será estudado tópicos específicos do
assunto, como o Internet Banking.
INTERNET BANKING
1) Conceito
O internet banking é a plataforma digital que permite que os clientes acessem suas contas
bancárias e realizem transações financeiras pela internet. É como se fosse o banco em casa ou no
escritório, pois é possível realizar diversas ações sem sair de casa ou do trabalho.
2) Características
Com o internet banking, é possível abrir uma conta corrente, pagar contas, fazer transferências entre
contas de um banco para outro, consultar saldo e extratos, fazer pagamentos de tributos, investir e
resgatar investimentos, solicitar empréstimos e muito mais.
Enfim, internet banking está associado ao acesso ao banco via computadores, diferentemente do
mobile banking que será estudado a seguir.
MOBILE BANKING
1) Conceito
O Mobile Banking é a plataforma digital que permite que os clientes acessem suas contas bancárias
e realizem transações financeiras através de seus smartphones, geralmente via aplicativos oferecidos
pelos bancos. É possível realizar as mesmas transações que podem ser feitas no Internet Banking.
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O Mobile Banking traz benefícios para os bancos e os clientes, como redução de custos, agilidade
nas transações, análise de dados dos clientes e comodidade para os clientes realizarem transações
em qualquer lugar e hora.
Mas ele também traz desafios, como tornar os aplicativos acessíveis a todos os tipos de clientes,
garantir a segurança dos dados dos clientes e transformar o Mobile Banking em um canal de vendas.
OPEN BANKING
1) Noções Introdutórias
Open Banking é um conceito que se baseia na abertura dos sistemas bancários para permitir acesso
de terceiros às informações e funcionalidades dos bancos. O objetivo é fomentar a inovação e
aumentar a competição no mercado financeiro, permitindo que outras instituições, como Fintechs e
empresas de tecnologia, ofereçam novos serviços e soluções para os clientes.
No sistema bancário tradicional, um banco não tem acesso ao relacionamento que seu cliente possui
com outro banco, o que impõe maior dificuldade de competir com ele. Já no Open Banking: Com a
permissão de cada correntista, as instituições se conectam diretamente às plataformas de outras
instituições participantes e acessam exatamente os dados autorizados pelos clientes. Todo esse
processo é feito em um ambiente seguro e a permissão poderá ser cancelada pela pessoa sempre
que ela quiser (BACEN, 2021).
Isso tende a aumentar a concorrência entre as instituições, permitindo que elas ofereçam produtos
e serviços mais adequados ao perfil dos clientes e redução de tarifas. Além disso, o
compartilhamento de dados também permite a "portabilidade de relacionamento", onde o cliente
pode levar seu histórico de bom pagador para outra instituição, sem precisar começar um
relacionamento do zero. Outra vantagem é a melhoria na experiência do usuário, com a possibilidade
de visualizar informações de contas de vários bancos em um único local e a comparação de produtos
e serviços entre as instituições, favorecendo a busca pela melhoria contínua.
51
Promover a concorrência
Para que os dados sejam compartilhados por meio do open banking é necessário que o cliente
autorize por meio de três etapas: consentimento; autenticação; confirmação.
A primeira etapa é o consentimento, onde o usuário dá sua autorização para que uma instituição
financeira ou de pagamento acesse e compartilhe suas informações financeiras com outras
instituições. Isso pode ser feito através de um aplicativo ou website específico, onde o usuário
seleciona as informações que deseja compartilhar e confirma sua decisão.
A segunda etapa é a autenticação, onde é verificada a identidade do usuário para garantir que ele
é realmente quem ele diz ser. Isso pode ser feito através de meios como login e senha,
reconhecimento facial ou digital, entre outros.
Por fim, a terceira etapa é a confirmação, onde o usuário é notificado sobre a operação que está
prestes a ser realizada, e tem a opção de confirmar ou cancelar a transação. Isso garante que o
usuário está ciente e consciente da operação que está sendo realizada, e que ele tem o controle final
sobre seus dados.
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Etapas - Autorização de
compartilhamento de dados pelo Autenticação
cliente
Confirmação
Todas essas etapas devem ser realizadas via canais eletrônicos, preservando a segurança, agilidade,
precisão e conveniência. O BACEN impõe também que as três etapas sejam realizadas de forma
sucessiva e ininterrupta.
Somente instituições financeiras, instituições de pagamento e outras autorizadas pelo Banco Central
do Brasil podem participar do Open Banking.
No entanto, algumas instituições são obrigadas a se envolver. A Resolução 4553 do BACEN divide
essas instituições em 5 categorias, com as maiores instituições no segmento 1 e as menores no
segmento 5. As instituições do segmento 1 e 2 são obrigadas a participar, enquanto as demais
podem escolher se querem participar ou não."
O Open Banking é um sistema que já vigora em países da Europa, como Reino Unido, e está em
processo de implantação em países como o Chile e Austrália, além do Brasil.
O Banco Central do Brasil determina que a implantação do Open Banking no País se dará em quatro
fases, quais sejam:
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2ª fase: é a autorização do
compartilhamento de dados pelo cliente.
3ª fase: é o compartilhamento de
serviços básicos: transações de
pagamento e de encaminhamento de
proposta de operação de crédito.
1) Noções introdutórias
A Era Digital trouxe mudanças na relação entre bancos e clientes. No entanto, essas transformações
afetam também as empresas em geral, pois surgem novos modelos de negócios nesse contexto. Um
modelo de negócio é "a forma como uma empresa cria, entrega e captura valor" (SEBRAE, 2021).
Em outras palavras, é a maneira como os recursos humanos e financeiros são organizados para
entregar valor aos clientes e gerar lucro para os proprietários/acionistas. Pode ser difícil entender
esses conceitos na prática, por isso fornecemos algumas ilustrações, como a ferramenta chamada
Diagrama de Canvas, que pode ser usada para criar um modelo de negócios.
Não há uma "receita" única para criar um modelo de negócios, cada empresa criará o seu de acordo
com suas especificidades, como perfil do público-alvo e a forma como deseja entregar valor.
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Economia
Marketplace Gratuito Freemium Ecossistema Isca e anzol Assinatura
Colaborativa
Um marketplace é uma plataforma on-line que oferece produtos de diversas empresas. Ele funciona
como um shopping virtual, onde as marcas que não possuem sua própria loja podem alugar espaço
para expor e vender seus produtos. Exemplos de marketplaces incluem a Americanas, Netshoes e
Amazon.
No modelo gratuito ocorre o uso do serviço ou produto é oferecido sem cobrança, mas a empresa
obtém lucro através da utilização dos dados dos usuários para oferecer publicidade para empresas
parceiras. Exemplos: redes sociais.
Isca e anzol é o modelo de negócio em que a empresa oferece um produto a um preço baixo, com
baixa margem de lucro (como uma isca) e cobra preços mais altos para outros produtos que são
necessários para o primeiro funcionar (como o anzol). Um exemplo comum é as máquinas de café
de cápsulas, onde a margem de lucro é maior na venda de cápsulas que os consumidores precisam
comprar frequentemente e que não são baratas.
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A partir da mudança de paradigma que tem ocorrido em face da Era digital e dos novos modelos de
negócios, surgiram alguns tipos empresas inovadoras, que implementam os novos modelos de
negócios, das quais serão estudadas adiante.
1) Conceitos e características
Fintechs são empresas que utilizam tecnologia para oferecer serviços financeiros inovadores, tais
como pagamentos, investimentos, empréstimos e seguros. Elas podem ser startups ou já
estabelecidas e competem com bancos tradicionais e outras instituições financeiras.
Ex.: Nubank, que oferece cartões de crédito e contas correntes digitais sem taxas bancárias e com
aplicativo para gerenciamento das contas.
Ex.: a Uber, que desenvolveu um aplicativo para solicitar transporte de forma fácil e rápida.
As Big Techs são as grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Google, Facebook e Apple,
que possuem uma ampla gama de produtos e serviços, e têm uma forte presença no mercado. Elas
têm uma grande capacidade de investimento e capacidade de inovar e adaptar-se a novos mercados,
incluindo o financeiro.
1) Conceitos e características
O shadow banking tem crescido rapidamente nos últimos anos, e hoje representa uma parcela
significativa do sistema financeiro global. Ele pode fornecer uma variedade de serviços financeiros,
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Devido a esses riscos, as autoridades reguladoras estão trabalhando para aumentar a supervisão e
regulamentação do shadow banking. Isso inclui medidas para melhorar a transparência, aumentar a
capitalização e melhorar a gestão de riscos.
Além disso, as Fintechs e as startups também estão contribuindo para o crescimento e a evolução
do sistema de banco-sombra. Elas estão desenvolvendo novos modelos de negócios e tecnologias
que permitem que os consumidores façam transações financeiras sem precisar de intervenção de
bancos tradicionais. As Big Techs também estão entrando nesse mercado com força, como Google,
Facebook.
Ex.: Integrantes do Shadow Banking são: fundos de pensão; fundos de investimento (hedge e
convencionais); empresas de factoring; bancos de investimento, entre outros.
1) Noções introdutórias
A era digital tem trazido muitas mudanças na forma como as pessoas lidam com o dinheiro,
incluindo o surgimento de criptomoedas como o Bitcoin. As criptomoedas são moedas digitais
descentralizadas que usam tecnologias de criptografia para garantir e verificar transações, além de
controlar a criação de novas unidades.
Outra tendência na era digital é a crescente utilização de tecnologias financeiras inovadoras, como
o blockchain, que é a tecnologia subjacente às criptomoedas, e permite a criação de aplicações
financeiras descentralizadas e seguras.
57
Blockchain é uma tecnologia de registro distribuído que permite a criação de registros confiáveis e
imutáveis sem a necessidade de uma autoridade central. É a tecnologia subjacente às criptomoedas,
como o Bitcoin, mas tem potencial para muitas outras aplicações além das financeiras.
Contudo, ainda é cedo para prever qual será o impacto a longo prazo do blockchain nas diferentes
indústrias.
3) Bitcoin
Bitcoin é uma criptomoeda, ou moeda digital, criada em 2009 por uma pessoa ou grupo de pessoas
usando o pseudônimo Satoshi Nakamoto. É a primeira e mais conhecida criptomoeda e é baseada
na tecnologia blockchain.
A principal característica do Bitcoin é que ele é descentralizado, ou seja, não é controlado por
nenhum governo, banco central ou autoridade financeira. Em vez disso, ele é controlado por uma
rede de computadores distribuídos ao redor do mundo. Isso permite que as transações com Bitcoin
sejam realizadas diretamente entre as pessoas, sem a necessidade de intermediários.
Outra característica importante do Bitcoin é que ele é limitado em sua oferta. O protocolo do Bitcoin
estabelece que somente 21 milhões de bitcoins podem ser criados, e até agora já foram minerados
mais de 18 milhões de bitcoins. Isso faz com que o Bitcoin seja comparado a um ativo financeiro, e
assim como outros ativos financeiros, o preço do bitcoin pode sofrer volatilidade.
O uso do bitcoin tem crescido ao longo dos anos, e hoje é possível utilizá-lo em vários comércios e
estabelecimentos, no entanto, ele ainda é considerado uma forma de investimento de alto risco e a
regulamentação a respeito dele varia de país para país. Além disso, sua utilização pode ser
complicada para pessoas que não tem familiaridade com tecnologias digitais.
4) Demais criptomoedas
Além do Bitcoin, existem muitas outras criptomoedas, também conhecidas como altcoins, que foram
criadas desde então. Algumas delas são muito semelhantes ao Bitcoin, enquanto outras possuem
características e objetivos diferentes.
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Outra criptomoeda conhecida é o Litecoin. Ele foi criado em 2011 como uma versão "leve" do
Bitcoin, o que significa que as transações são processadas mais rapidamente e com taxas de
transação menores. Também possui uma oferta mais elevada, 84 milhões de unidades, comparado
com os 21 milhões do Bitcoin.
Existem muitas outras criptomoedas como Ripple, Monero, Tether, entre outras, cada uma delas
com sua própria finalidade e características. Enquanto algumas buscam ser uma forma de
pagamento, outras buscam ser uma forma de investimento ou até mesmo se concentram em
privacidade e anonimato. Assim como o Bitcoin, essas criptomoedas são consideradas investimentos
de alto risco e a regulamentação a respeito delas varia de país para país.
Ethereum
Litecoin
Bitcoin
Criptomoedas Ripple
Altcoins
Monero
Tether
Aproximadamente outras 17
mil altcoins
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1) Noções Introdutórias
Os correspondentes bancários são instituições financeiras que atuam como agentes de outras
instituições financeiras, oferecendo serviços bancários em nome dessas instituições. Eles geralmente
são utilizados para ampliar a rede de atendimento de uma instituição financeira, permitindo que ela
atenda a uma área geográfica maior ou a um público específico.
2) Características
Os correspondentes bancários podem oferecer serviços como abertura de conta, depósitos, saques,
pagamentos e transferências. Eles também podem emitir cartões de crédito e débito, e oferecer
serviços de crédito, como empréstimos e financiamentos. Em alguns casos, eles também podem
oferecer serviços de investimento, como aplicações em títulos públicos e fundos de investimento.
Os correspondentes bancários são regulamentados pelo Banco Central e devem seguir as mesmas
regras e normas que as instituições financeiras regulares. Isso inclui questões de segurança, como
proteção de dados e combate à lavagem de dinheiro, além de exigências de capital e liquidez.
Eles são uma alternativa para as pessoas que vivem em áreas remotas e não tem acesso a um banco
tradicional, também podem ser utilizados para ampliar a rede de atendimento para pessoas que não
possuem documentação necessária para abrir conta em um banco tradicional, como imigrantes
ilegais.
No entanto, é importante lembrar que os correspondentes bancários podem cobrar taxas e tarifas
mais elevadas do que os bancos tradicionais, e que os serviços oferecidos podem ser limitados. Além
disso, os clientes devem ter cuidado ao escolher um correspondente bancário, verificando se ele é
regulamentado e se tem boa reputação.
O PIX é baseado em chaves de identificação, que podem ser endereços de e-mail, telefones celulares
ou CPF/CNPJ, e permite que as transações sejam realizadas sem a necessidade de informações
bancárias detalhadas, como números de conta e agência. Isso torna o processo mais rápido, fácil e
seguro.
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O Drex é a recém-anunciada moeda digital brasileira, também conhecida como Real Digital,
revelada oficialmente pelo Banco Central. Vamos destacar as principais distinções entre o Drex e o
PIX, o sistema de pagamentos instantâneos já existente no Brasil:
Em suma, o drex prevê a negociação de títulos públicos em colaboração com o Tesouro Nacional,
e sua introdução pode abrir portas para novos serviços financeiros digitais, como contratos
inteligentes.
O Real Digital está em fase de testes, e a previsão é que seja disponibilizado ao público até o final
de 2024. Vejamos as características técnicas do nome "Drex":
O "E" simboliza a
O "D" representa O "R" representa O "X" representa
plataforma
o digital; o real; as transações.
eletrônica;
1) Introdução
A transformação digital no sistema financeiro tem sido um importante fator para o aumento da
eficiência, segurança e inovação nos serviços financeiros.
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Algumas das principais tendências e desenvolvimentos no setor financeiro incluem: bancos digitais,
pagamentos eletrônicos, análise de dados, automatização e blockchain:
Bancos digitais: A crescente popularidade dos bancos digitais tem permitido que os clientes
realizem transações financeiras através de canais digitais, como aplicativos, sites e redes sociais, sem
precisar visitar uma agência bancária física.
Análise de dados: O uso de Big Data e análise de dados tem permitido que os bancos obtenham
insights valiosos sobre seus clientes, o que ajuda a melhorar os serviços e oferecer produtos
personalizados.
Em geral, a transformação digital no sistema financeiro tem permitido que os bancos e outras
instituições financeiras melhorem a experiência do cliente, aumentem a eficiência e reduzam os
custos, enquanto oferecem novos produtos e serviços
1) Introdução
Nesse momento, iremos estudar o tópico de um tema também muito recorrente nas provas de
conhecimentos bancários:
O Banco Central do Brasil determina que a moeda é um ativo que poderá ser utilizado nas transações
econômicas, desempenhando a função de denominador comum de valor monetário, fornecendo um
referencial para as demais mercadorias e, por fim, funcionando como reserva de valor para
transações que não são liquidadas imediatamente na entrega, mas como promessa futura.
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meio de trocas
reserva de valor
Como vimos anteriormente, temos dois tipos de políticas monetárias utilizadas para garantir a
circulação de moeda, controle das taxas de juros e do crédito no Brasil.
Convencionais
Políticas Monetárias
Não convencionais
(Quantitative Easing)
63
aumentar a inflação
Políticas monetárias
diminuir a oferta de moeda
desestimular o consumo e
Contracionista
desacelerar o crescimento
diminuir a inflação
É fácil identificar que as políticas monetárias são controladas através das taxas de juros, no qual
verifica-se, uma relação inversamente proporcional entre as taxas de juros e a inflação. Explico!
Quando o sistema econômico deseja aumentar o crescimento e estimulo do consumo a taxa de juros
diminui, portanto, aumenta-se a inflação. Caso, o Bacen objetive a diminuição do crescimento e
desestimulo do consumo, diminui-se a inflação.
O Quantitative Easing ou flexibilização quantitativa (QE) é uma espécie de política monetária não-
convencional utilizada como forma alternativa com a finalidade de combater crises econômicas
graves ou reduzir danos econômicos, como forma de estimulação econômica quando as taxas de
juros residem próximas a zero.
64
Importante!
Além disso, bastante recorrente no tema a crise de 2008 nos Estados Unidos e o FED – Federal
Reserve, equivalente ao Banco Central dos Estados Unidos, que adotou diversas medidas de
Quantitative Easing para expandir a sua base monetária e combater os efeitos da crise imobiliária.
a) Taxa SELIC
Na economia brasileira, temos a chamada Taxa SELIC sendo ela a taxa básica de juros da economia
que, basicamente, guia todas as outras taxas de juros que existem no mercado brasileiro. As
modalidades que envolvem empréstimos, de qualquer natureza, envolvem a taxa de juros. Desta
forma, como a taxa SELIC é a base das taxas de juros, sempre que a SELIC aumenta, todas as
outras taxas de juros também são elevadas, portanto, o custo do crédito será mais caro.
Ex.: Imaginamos que o consumidor gostaria de financiar um veículo. Caso a taxa SELIC for alta, o
preço dos juros do financiamento aumenta e consumidor não consome o produto.
A taxa SELIC meta é definida pelo COPOM com o objetivo de atingir a meta do IPCA (Índice oficial
de inflação no Brasil) definida pelo CMN.
65
As operações compromissadas são vendas de títulos de renda fixa realizadas por instituições
financeiras ao investidor com o compromisso de recompra.
Desta forma, quando uma instituição financeira faz uma determinada operação com outra instituição
financeira e dá como garantia um título privado (por exemplo, CDB), significa que o lastro desta
operação é o título privado. No advento do fim da duração da operação, ou seja, no advento do
compromisso de recompra, a instituição financeira que recebeu o título como garantia devolverá o
referido título e receberá os juros deste período.
título privado/
Instituição financeira A Instituição financeira B
público
Caso contrário, é possível realizar o processo inverso. A redução da taxa Selic ocorre quando o
BACEN compra os títulos públicos que estão em posse das instituições bancárias, injetando a moeda
e promovendo a liquidez para a expansão de crédito na economia.
Quando o BACEN realiza a venda do título de renda fixa a dívida do governo aumenta.
1) Introdução
Gostaríamos de agradecer a confiança depositada em nosso material. Saiba que garantimos que
você terá o material mais adequado para conquista da sua aprovação. Não esqueça que o seu
empenho é fundamental; afinal, passar em um concurso público não é tarefa fácil, mas também não
é algo impossível. Mas não se esqueça: Nós acreditamos em você!
Quanto ao conceito de orçamento público, tema sempre relevante em provas, explica Leite (2020, p.
100):
O orçamento mudou de cariz nas últimas décadas. No passado, tinha-se um conceito clássico
do orçamento, em que o mesmo era visto como simples peça que contemplava a previsão da
receita e a fixação das despesas. Assim, tinha um aspecto apenas contábil e financeiro, que
66
Em seguida, partiu-se para uma concepção moderna do orçamento, tido, agora, como lei que
programa a vida financeira do Estado, permitindo-se até mesmo haver endividamento deste,
em atenção, sobretudo, aos interesses públicos da sociedade. Assim, toda vez que não é
possível se alcançar o equilíbrio fiscal no orçamento, ou seja, quando as despesas públicas
não são cobertas pela totalidade da receita arrecadada, há necessidade de o orçamento
contemplar modalidades de cobrir o déficit, apelando aí para os empréstimos públicos, aqui
chamados de crédito público.
Nessa linha, pode-se entender o orçamento público como uma lei que autoriza os gastos
que o Governo pode realizar durante um período determinado de tempo, discriminando
detalhadamente as obrigações que deva concretizar, com a previsão concomitante dos
ingressos necessários para cobri-las. Nas incisivas e felizes palavras do ex-ministro Carlos
Ayres Britto, a lei orçamentária é “a lei materialmente mais importante do ordenamento
jurídico logo abaixo da Constituição” (STF, ADI-MC 4048-1/DF, j. 14.5).2)008, p. 92).
3) Princípios Orçamentários
Ensina Humberto Ávila (2006, p.78) que: “os princípios são normas imediatamente finalísticas,
primariamente prospectivas e com pretensão de complementariedade e de parcialidade, para cuja
aplicação se demanda uma avaliação da correlação entre o estado de coisas a ser promovido e os
efeitos decorrentes da conduta havida como necessária à sua promoção”.
O princípio da legalidade não é exclusivo do direito financeiro, por ser princípio sobranceiro
a todos os demais ramos. Está intrinsecamente ligado à ideia de Estado Democrático de
Direito, na medida em que vincula, não apenas o cidadão, mas também o Estado aos ditames
da lei.
Assim, como as finanças públicas não podem ser manejadas sem autorização da lei, tem-se
na legalidade um princípio que permeia toda a atividade financeira do Estado, seja para
arrecadar os tributos, seja para efetuar os gastos. Daí se afirmar que o orçamento é o início e
67
Por este princípio busca-se evitar as chamadas caudas orçamentárias, ou seja, que sejam
acrescentadas matérias estranhas ao orçamento nestas longas lei e anexos.
Conforme Aliomar Baleeiro: "Foi a reforma de 1926 que, por iniciativa do Presidente Bernardes, deu
tiro de morte às chamadas 'caudas orçamentárias', isto é, dispositivo de lei, no sentido material,
sobre os mais variados assuntos estranhos às finanças".
Art. 165. § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.
A programação remete à ideia do planejamento das ações, as quais devem ser vinculadas por
um nexo entre os objetivos constitucionais e aqueles traçados pelo governante, num
afunilamento na concretização do seu plano de governo, iniciando-se com a observância das
prescrições constitucionais (arts. 1º, 3º e 5º, da CF) e implementando-as no plano plurianual
(PPA), na lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e na lei orçamentária anual (LOA). É da
integração entre esses planos que surge a necessidade da programação.
Neste sentido, os arts. 48, IV, e 165, § 4º, ambos da CF/88 preconizam:
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida
esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência
da União, especialmente sobre:
68
Trata-se de princípio implícito, o qual norteia toda a Administração Pública, tendo ganhado especial
relevo com a promulgação da LRF, que tornou regra a elaboração de orçamento equilibrado.
O referido princípio pauta, de forma bem simples que o orçamento público é ânuo, ou seja, o
intervalo de tempo em que se estimam as receitas e se fixa as despesas é de 1 ano, o que coincide
com o exercício civil. Neste sentido, prevê o art. 34 da Lei n. 4.320/64: Art. 34. O exercício financeiro
coincidirá com o ano civil.
Trata-se de um princípio formal, o qual preconiza que o documento orçamentário deve ser único,
não obstante a CF/88 prever três orçamentos (art. 165, § 5º: seguridade social, investimentos e fiscal).
Assim, deve-se interpretar de forma sistêmica, como uma segmentação do orçamento único global,
como se fossem sub orçamentos.
Trata-se de princípio segundo o qual todas as receitas e despesas deverão estar previstas na lei
orçamentária (exceto as receitas tributárias criadas após a aprovação da LOA).
Súmula 66 do STF: “É legítima a cobrança do tributo que houver sido aumentado após o
orçamento, mas antes do início do respectivo exercício financeiro”.
Em relação ao produto da arrecadação do tributo, tem-se que não estará contido na LOA pelo
simples fato de não ter sido previsto. Logo, não há desrespeito ao princípio aludido.
Ilustra o princípio da universalidade o art. 165, § 5º, da CF/88, segundo o qual a lei orçamentária
compreenderá os orçamentos fiscal, de investimento das empresas e da seguridade social.
69
De acordo com esse princípio, as receitas e as despesas deverão constar na lei orçamentária
pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções (art. 6º, da Lei n. 4.320/64). Ou seja, muito
embora o tributo IPVA seja do Estado e, por força constitucional, ele deva ser repartido em
50% para os Municípios; no orçamento do Estado, a receita do tributo deve ser lançada na
sua totalidade e não com o abatimento do valor a ser repassado. Logo, para os entes que
repartem as suas receitas, deve constar o valor integral a ser arrecadado, na parte da receita;
e o valor a ser repartido, na parte da despesa. Não pode haver lançamento apenas do valor
líquido.
Trata-se de princípio que, não obstante o fato de não estar expressamente previsto na Constituição,
extrai seu conteúdo do art. 37, da CF, caput, que prevê a publicidade como princípio norteador da
Administração Pública.
A sociedade deve agir de tal forma transparente que no seu relacionamento com o Estado
desapareça a opacidade dos segredos e da conduta abusiva fundada na prevalência da forma
sobre o conteúdo dos negócios jurídicos.
O Estado, por seu turno, deve revestir a sua atividade financeira da maior clareza e abertura,
tanto na legislação instituidora de impostos, taxas, contribuições e empréstimos como na
feitura do orçamento e no controle da sua execução.
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
[...]
§ 4º É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação
ilimitada.
Segundo este princípio, é vedado dispor de crédito orçamentário para uma finalidade imprecisa. Os
créditos orçamentários nascem amarrados a programas e projetos de governo.
Assim, como não se pode definir onde essa reserva de contingência, efetivamente, vai ser utilizada,
não há como previamente ligá-la a um programa ou projeto antes do risco acontecer.
71
Para maior organicidade das contas públicas, é necessário que todo recurso carreado ao
Erário, de caráter originário ou derivado, ordinário ou extraordinário, de natureza
orçamentária ou extraorçamentária, geral ou vinculado, seja alocado em uma única conta, a
fim de facilitar a gerência dos mesmos.
A Constituição Federal intentou criar um sistema tributário que dialogasse com o sistema
orçamentário, de tal modo que a natureza do tributo revelasse um plexo de características de
organicidade dos sistemas.
Sendo assim, (i) a receita de impostos deveria ficar livre ao Executivo, para a aplicação das
políticas públicas genéricas; (ii) a receita das taxas deveria ter relação direta com o custo do
serviço público específico e divisível ou da atividade de fiscalização, por questão de justiça
fiscal; (iii) a receita da contribuição de melhoria não poderia ser maior do que o custo da obra
pública; (iv) a receita do empréstimo compulsório deveria ser adstrita ao motivo que ensejou
72
A título de exemplo, tem-se o art. 167, XI da CF/88: Art. 167. Sâo vedados:
XI — a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195,
I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral
de previdência social de que trata o art. 201.
4) Ciclo Orçamentário
São um conjunto de etapas que não se adstringem a um exercício financeiro, visto que os
fenômenos orçamentários não se exaurem com a sua ocorrência, deixando reflexos que serão
objeto de análise por parte dos setores competentes. Por esta razão se afirma que o ciclo
orçamentário não se confunde com o exercício financeiro, pois este corresponde a uma das
fases do ciclo, até porque a fase de preparação da proposta orçamentária e sua elaboração
precedem o exercício financeiro, e a fase de avaliação e prestação de contas o ultrapassa.
4.1) Iniciativa/Elaboração
Pela redação do art. 84, XXIII, da Constituição Federal, percebe-se que as leis orçamentárias
serão elaboradas sempre por iniciativa do Poder Executivo. E uma iniciativa privativa e
indelegável E tal se dá porque o Parlamento, embora preparado para o exercício da produção
de leis, não possui o nível de informações técnicas e peculiares da Administração para o
atendimento das necessidades públicas. É o Executivo que conhece a realidade sobre a qual
atua e pode, aprioristicamente, melhor julgar a sua alocação, que será posteriormente
analisada pelos legisladores.
Por ter o Executivo a visão global da produção dos recursos necessários às satisfações das
necessidades públicas, e por ser o maior encarregado de executar as tarefas delineadas no
orçamento, é que o constituinte ofertou-lhe, de maneira correta, a iniciativa desta lei.
Logo, o Legislativo não tem competência para iniciar um projeto de lei orçamentária.
73
Após o encaminhamento da proposta, haverá apreciação pelo poder Legislativo, que, no caso da
União, dar-se-á por análise conjunta das duas casas do Congresso Nacional.
De acordo com o Regimento do Congresso Nacional, a apreciação será em sessão conjunta, mas
com apuração de votos em separado. Assim, em cada votação haverá a sessão conjunta, contudo,
no momento da votação, se verificará o atingimento ou não do quórum de maioria simples em cada
Casa (Câmara e Senado), a fim de que não seja rejeitada a matéria.
Seguindo o trâmite comum das demais leis, o Executivo terá o prazo de 15 (quinze) dias úteis,
a contar da data do recebimento do projeto, para sancioná-lo. Poderá também vetá-lo, no
todo ou em parte, comunicando o fato em 48 (quarenta e oito) horas ao Presidente do Senado
Federal, expondo seus motivos. O silêncio importa sanção. Na ocorrência de veto, ele será
74
4.4) Execução
Com a aprovação e publicação da lei orçamentária, passará a lei a vigorar, devendo ser cumprida.
Assim o executivo poderá utilizar os recursos conforme o disposto na lei orçamentária.
Neste sentido, a LRF em seu art. 8º dispões que o Executivo estabeleça, em até 30 (trinta) dias após
a publicação dos orçamentos, a programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso. Com essa programação, os administradores começam a executar o orçamento.
4.5) Controle
O gasto público necessita passar por rigoroso controle para que possa ser devidamente efetuado.
Dessa forma, tanto os gastos quanto as receitas são passíveis de efetiva fiscalização e de controle.
Aos órgãos de controle, principalmente o Tribunal de Contas, incumbe apreciar e julgar a correta ou
incorreta aplicação dos recursos públicos, de acordo com as normas que disciplinam o controle das
contas públicas.
4.6) Orçamento-programa
75
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão
adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e
limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e
12 do art. 166.
Os projetos de lei apresentados pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo serão analisados por uma
comissão mista de deputados e senadores e apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional,
na forma do seu regimento comum. Os projetos, após aprovados, terão status de Leis Ordinárias.
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República
Conforme se verifica, cabe ao Poder Executivo elaborar e ao Poder Legislativo discutir e aprovar
(após, necessita de sansão presidencial). Já em relação à fiscalização, incumbe ao Poder Legislativo,
com auxílio do Tribunal de Contas. Vejamos cada uma destas leis:
Caso não ocorre o envio do PPA pelo Chefe do Executivo implica em crime de responsabilidade.
76
Na ausência dessa lei complementar, que ainda não foi editada, o ADCT é aplicado:
§ 2º ADCT Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II,
serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
da sessão legislativa;
Assim, o PPA terá vigência durante os três últimos anos do mandato de um Presidente e o primeiro
ano do mandato do Presidente seguinte.
O prazo para o envio é o mesmo da Lei orçamentária, até 31 de agosto (quatro meses antes do
término do primeiro exercício do Presidente) e tem que ser aprovada até o final da sessão legislativa,
cuja data é 22 de dezembro.
Atente-se sempre para o fato de que é uma lei que visa a direcionar a elaboração da LOA. A LDO
deverá ser encaminhada pelo Chefe do Executivo até 15 de abril, e devolvida para sanção até o
término do primeiro período da sessão legislativa - 17 de julho. Atualmente, a principal lei
orçamentária é a LDO.
Neste sentido:
Art.35. (...) § 2º, II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa; (até 17 de julho é necessário aprová-
la, art. 57, CF/88).
Caso o prazo de devolução seja descumprido, os Congressistas não poderão entrar de férias, até que
aprovem a LDO e remetam para sanção. É o que prevê a CF/88:
Art.57. (...) § 2º – A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de
lei de diretrizes orçamentárias.
77
Art. 165. (...) § 2º. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas,
em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
O projeto da LOA deverá ser encaminhado ao Congresso até 30 de agosto, e deverá ser devolvido
para sanção até o término da sessão legislativa. Sua vigência será de 1 ano, correspondendo ao
exercício civil;
Conforme decidiu o STF, são inconstitucionais as decisões judiciais que determinam a constrição de
verbas públicas oriundas de Fundo Estadual de Saúde (FES) — que devem ter aplicação compulsória
na área de saúde — para atendimento de outras finalidades específicas:
78
Lembre-se sempre que na LOA não poderá constar previsão de dotação para despesa com duração
superior a um exercício financeiro não constante no PPA. Ademais, também é vedada a consignação
de crédito com finalidade imprecisa ou dotação ilimitada. A LOA, no âmbito federal, será apreciada
por Comissão Mista Permanente.
Entende-se como crédito orçamentário inicial ou ordinário aquele crédito aprovado pela lei
orçamentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das
empresas estatais.
A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão consignadas dotações,
institui-se o crédito orçamentário através do conjunto de categorias classificatórias e contas que
especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, com a finalidade de executar os
programas governamentais. Por sua vez, a dotação é o montante de recursos financeiros com que
conta o crédito orçamentário.
Dessa forma, o crédito orçamentário é portador de uma dotação e esta define o limite de recurso
financeiro autorizado.
A despesa pública é conceituada como a aplicação do dinheiro arrecadado no custeio dos serviços
públicos. Possui 3 estágios, os quais estão presentes na Lei nº 4.320/64: empenho, liquidação e
pagamento.
79
As receitas e despesas da União estão diretamente ligadas ao orçamento público, uma vez que a Lei
Orçamentária Anual (LOA) estima as receitas e fixa as despesas de todo o Governo Federal.
Quanto a receita pública, pode-se definir como toda entrada de recursos que possa ser integrada ao
patrimônio público. Logo, receita pública é qualquer quantia recebida pelos cobres públicos e que
gere um aumento do patrimônio público.
Já quanto a despesa pública, nos dizeres de Aliomar Baleeiro: “é a aplicação de certa quantia em
dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro duma autorização
legislativa, para execução de fim a cargo do Governo”.
A lei n. 4.320/64 classifica as despesas públicas em dois grandes grupos: despesas correntes e
despesas de capital.
80
DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital
81
Despesas de Custeio
Correntes
Transferências Correntes
DESPESAS
Investimentos
Transferências de Capital
O superávit se dará justamente quando esse resultado for positivo, caso o resultado seja negativa se
concretizará o déficit.
82
Corresponde
Resultado Primário as Receitas não-financeiras – Despesas
não-financeiras.
Banco Central do Brasil (Bacen): autoridade monetária brasileira, que possui competência para
manter a estabilidade da moeda, sendo considerado o Banco dos bancos. Possui poder regulamentar
do mercado financeiro e monetário, bem como negociando títulos de dívida para execução de
Política Monetária.
Do Sistema Especial de Liquidação e Custódia também deriva a chamada Taxa Selic, uma taxa de
juros básica da economia.
Com a finalidade de manter a inflação dentro da meta, o Bacen opera no mercado de títulos públicos
a fim de que a taxa Selic esteja de acordo com a meta definida em reunião do Comitê de Política
Monetária do Bacen, o chamado Copom.
Existem diversos títulos que são ofertados pelo Tesouro Nacional, vejamos:
83
Títulos pós-fixados: fixa-se a taxa de juros após o período de compra ou apenas no vencimento.
Tesouro Selic: trata-se de título pós-fixado atrelado à taxa Selic. Possui como característica a
baixa volatilidade, ou seja, seu valor de face se mantém quase constante já que envolve a taxa Selic,
também possui alta liquidez, sendo vendido e comprado sempre que o mercado está aberto.
Tesouro Prefixado: trata-se de título prefixado, o qual possui taxa fixa já previamente definida
quando da contratação do título.
Tesouro Prefixado com juros semestrais: trata-se de título prefixado, assim como o anterior.
Porém, nesse caso os juros sobre o capital são pagos semestralmente.
Tesouro IPCA+: trata-se de título misto, no qual uma parte da rentabilidade é uma taxa de juros
prefixada e outra parte é variação da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA).
Tesouro IPCA+ com juros semestrais: trata-se de título bem semelhante ao anterior, porém,
neste caso há o pagamento de juros semestralmente.
PRODUTOS BANCÁRIOS
1) Introdução
O Banco Central do Brasil (BACEN) classifica as operações de crédito em três modalidades, vejamos:
Empréstimos:
Empréstimo Pessoal:
Capital de Giro:
Modalidade simples e amplamente
Financiamento para operação diária de
conhecida, sem vínculo específico de
empresas.
uso.
Adiantamento a Depositantes:
Disponibilização de recursos quando o
cliente não possui saldo ou excede o
limite de cheque especial.
Financiamentos:
85
Essas operações de leasing podem ser classificadas como "financeiras" ou "operacionais", vejamos:
No leasing financeiro, que se assemelha a uma operação de financiamento, o contrato abrange a quase
totalidade do valor do bem. Nesse caso, é comum que o cliente opte pela aquisição do bem ao término
do contrato.
Por outro lado, o leasing operacional tem um prazo mais curto, assemelhando-se a uma locação. Esse
tipo de contrato é mais utilizado quando o cliente não pretende, pelo menos inicialmente, adquirir o bem
permanentemente. Ele pode necessitar do bem apenas temporariamente ou desejar trocá-lo por um
modelo mais moderno assim que possível.
Essa flexibilidade torna o leasing uma opção versátil para as necessidades diversas dos clientes.
86
87
(II) - Atraso entre 31 e 60 dias: Risco Nível C; (V) - Atraso entre 121 e 150 dias: Risco Nível F;
(III) - Atraso entre 61 e 90 dias: Risco Nível D; (VI) - Atraso entre 151 e 180 dias: Risco Nível G;
Tome nota!
Quanto às operações classificadas como risco Nível H, após 6 meses nesse patamar, contados a
partir do atraso superior a 180 dias, os registros em contas contábeis patrimoniais devem ser
baixados e transferidos para contas de compensação apropriadas. A permanência da operação em
conta de compensação é necessária por, no mínimo, 5 anos, enquanto persistirem os procedimentos
de cobrança.
88
Suponha que, ao longo do tempo, o cliente comece a enfrentar dificuldades financeiras, resultando
em atrasos nos pagamentos. Após 60 dias de atraso, a classificação do risco é reavaliada e elevada
para Nível D, de acordo com as diretrizes da Resolução nº 2682.
Com base nessa reclassificação, a instituição financeira deve provisionar recursos mensalmente,
considerando o novo nível de risco. O percentual de provisionamento sobre o valor da operação,
agora classificada como risco Nível D, é de 10%. Isso significa que a instituição reserva uma
porcentagem desse valor para cobrir possíveis perdas.
Se a situação persistir, e após 180 dias de atraso, atingindo o risco Nível H, a instituição tomará
medidas adicionais, como a baixa dos registros em contas contábeis patrimoniais e a transferência
para contas de compensação. Esse processo ocorre após seis meses desde a classificação como risco
Nível H, mantendo a operação registrada em conta de compensação por pelo menos cinco anos,
enquanto são realizados os procedimentos de cobrança. Este é um exemplo prático de como as
diretrizes de nível de risco e provisionamento são aplicadas no setor financeiro.
Por outro lado, temos os riscos na atividade bancária que são fatores que representam potenciais
ameaças à estabilidade financeira e operacional das instituições bancárias. Esses riscos incluem:
Ex.: Um banco concede um empréstimo substancial a uma empresa que, posteriormente, enfrenta
dificuldades financeiras significativas e não consegue pagar a dívida conforme acordado.
Risco de Mercado: Refere-se às perdas potenciais devido a flutuações nos mercados financeiros,
como mudanças nas taxas de juros, câmbio e valores mobiliários.
Ex.: Uma instituição financeira investe considerável parte de seus ativos em títulos do governo. Se
houver uma súbita mudança nas taxas de juros, o valor desses títulos pode diminuir, resultando em
perdas para o banco.
Risco Operacional: Associado a falhas nos processos internos, sistemas, pessoal ou eventos
externos, que podem impactar adversamente as operações do banco.
89
Ex.: Uma crise econômica global afeta vários setores, levando a uma queda generalizada nos
preços dos ativos. Isso pode desencadear uma série de eventos que impactam negativamente várias
instituições financeiras em todo o mundo.
Risco de Liquidez: Refere-se à incapacidade de uma instituição bancária cumprir suas obrigações
de curto prazo devido à falta de fundos disponíveis, o que pode levar a problemas de solvência.
Ex.: Um banco enfrenta uma retirada significativa de depósitos de clientes devido a rumores sobre
sua estabilidade financeira. Se o banco não tiver fundos suficientes em liquidez para atender às
demandas de saque, isso pode resultar em sérios problemas financeiros.
As operações de crédito geral referem-se a diversas formas de concessão de crédito por parte das
instituições financeiras. Elas desempenham um papel fundamental na economia, permitindo que os
consumidores e as empresas tenham acesso a recursos financeiros para atender às suas
necessidades. Duas categorias comuns de operações de crédito geral são o crédito pessoal e o
crédito direto ao consumidor.
O montante do
empréstimo e as O pagamento é feito
Pode ter taxas
Geralmente, condições são por meio de parcelas
de juros fixas
não requer determinados com mensais ao longo de
ou variáveis,
garantias base na avaliação da um prazo
dependendo do
específicas. capacidade de previamente
acordo.
pagamento do estabelecido.
tomador.
90
Contratos bancários que envolvem o desconto de recebíveis de títulos mercantis, como nota
promissória, duplicata, letra de câmbio e cheque, são comuns no ambiente empresarial. Nesse
processo, o descontário, seja pessoa física ou jurídica, transfere um título de crédito a terceiros
(banco descontador) e recebe antecipadamente o valor do título, descontando os juros
correspondentes ao período entre a antecipação e o vencimento. A operação é marcada pelo
empréstimo de dinheiro, antecipação de juros e transferência da propriedade do título por meio de
endosso.
A doutrina considera esse contrato como um acordo com características reais, oneroso e bilateral.
Em casos de inadimplência do devedor dos títulos junto ao banco, que adquire a propriedade do
título, o banco pode exigir o crédito na data de vencimento, sem eximir a responsabilidade do
descontário (direito de regresso). A transferência da propriedade do título ocorre, e o banco tem o
caminho da execução para recuperar o crédito caso o devedor não efetue o pagamento.
Cheques, duplicatas e notas promissórias são títulos de crédito comuns em transações comerciais,
cada um com suas características e diferenças. Esses documentos representam o direito a um crédito
de maneira eficiente e possibilitam a circulação e cobrança do seu valor.
De acordo com a legislação brasileira, títulos de crédito são considerados títulos executivos
extrajudiciais, conforme o Artigo 784, inciso I do Código de Processo Civil. Isso significa que o
beneficiário pode iniciar uma ação de execução sem a necessidade de uma ação de conhecimento
prévia.
Cheque: Duplicata:
• Ordem de pagamento à vista a um banco ou instituição • Título de crédito causal
financeira (Sacado) por alguém (Emitente ou Sacador) que vinculado à compra e venda de
possui fundos disponíveis. produto ou prestação de
• Deve ser apresentado ao Sacado em até 30 dias se emitido no serviço.
mesmo local do pagamento, ou 60 dias se emitido em local • Exige emissão de fatura entre
diferente, conforme a Lei do Cheque (Lei 7.357/85). as partes (sacador e sacado).
• Após o prazo de apresentação, inicia-se o prazo de 6 meses • Prazo de 3 anos para pretensão
para ação de execução do cheque. executória a partir do
• Após o prazo da ação de execução, começa o prazo de 2 anos vencimento, segundo a Lei das
para ação de enriquecimento ilícito. Duplicatas (Lei 5.474).
• Passado o prazo da ação de enriquecimento, o cheque pode
ser cobrado por meio de ação monitória até 5 anos. após a
emissão.
91
Por outro lado, o cálculo de desconto de títulos é uma operação simples, realizado sob o regime de
juros simples (juro linear), diferentemente de outras operações do mercado financeiro que utilizam
cálculos exponenciais. Em caso de vencimento em um final de semana ou feriado, é comum ajustar
o vencimento para o próximo dia útil.
Uma prática frequente em operações de desconto é a cobrança do "D+" (D Mais), que representa a
adição de alguns dias ao prazo de vencimento dos recebíveis. Esse acréscimo visa remunerar a
operação pelos períodos referentes à compensação dos pagamentos, ou seja, o intervalo entre o
pagamento do título e o efetivo recebimento.
Os cálculos das operações de desconto são geralmente denominados "desconto por dentro",
"desconto racional" ou "desconto simples". Vejamos:
Já as operações de deságio, com juros exponenciais, são conhecidas como "desconto por fora",
"desconto composto" ou "desconto exponencial". Vejamos:
Tome nota!
92
A base legal para as operações do BNDES está fundamentada na Lei nº 1.628, de 20 de junho de
1952, que criou o BNDES. Além disso, outras leis e regulamentações, como a Lei nº 6.404/76 (Lei das
Sociedades por Ações) e a Lei nº 10.406/2002 (Código Civil), também podem ser aplicáveis às suas
operações.
A finalidade do BNDES, por meio do FINAME, é oferecer recursos financeiros para empresas
adquirirem máquinas, equipamentos, veículos e sistemas industriais nacionais. Esses recursos
destinam-se a promover o desenvolvimento econômico, a modernização do parque industrial e o
aumento da competitividade das empresas brasileiras.
O BNDES atua por meio de financiamentos diretos ou indiretos, utilizando recursos próprios ou
captados no mercado financeiro. No caso do FINAME, o BNDES pode financiar diretamente as
empresas ou atuar por meio de agentes financeiros credenciados, como bancos comerciais,
cooperativas de crédito e outras instituições financeiras autorizadas.
O BNDES classifica o porte da empresa ou instituição com base na receita operacional bruta anual
ou renda anual. As classificações são as seguintes:
Pequena
empresa: Média empresa:
Microempresa: Receita maior que Grande empresa:
Receita menor ou Receita maior que R$ 4,8 milhões e Receita maior que
igual a R$ 360 mil. R$ 360 mil e menor ou igual a R$ 300 milhões.
menor ou igual a R$ 300 milhões.
R$ 4,8 milhões.
Quando a empresa faz parte de um grupo econômico, a classificação considera a Receita Operacional
Bruta (ROB) consolidada do grupo.
Podem ser financiados máquinas, equipamentos, bens de informática e automação, além de bens
industrializados. Os itens a serem financiados devem ser novos, de fabricação nacional e
credenciados pelo BNDES.
Como Solicitar?
93
Credenciamento
Análise e
Projeto: de Desembolso:
Enquadramento: Contratação:
Apresentação Fornecedores: Os recursos
O BNDES realiza Após a
do projeto Os fornecedores financeiros são
a análise do aprovação, o
detalhando as dos bens a serem disponibilizados
projeto e verifica contrato de
necessidades financiados conforme o
se ele atende aos financiament
de devem ser cronograma do
requisitos para o é assinado.
financiamento. credenciados no projeto.
enquadramento.
BNDES.
Importante!
É importante destacar que não serão financiados bens destinados à atividade de produção florestal
em florestas nativas.
Tome nota!
Para serem passíveis de financiamento pelo BNDES Finame, as máquinas e equipamentos devem
estar previamente credenciados no BNDES.
4.2) Microfinanças
94
Finalidade:
A principal finalidade das microfinanças
é proporcionar inclusão financeira a
pessoas de baixa renda e pequenos
negócios, permitindo-lhes acessar
serviços financeiros básicos.
95
b) Consideram-se operações de microcrédito aquelas realizadas com pessoas jurídicas até o valor
de até R$ 20.000,00 e de pessoas físicas até R$ 10.000,00.
e) Nas operações de microcrédito, dentre as garantias exigidas, não é permitido o aval solidário em
grupo.
Gabarito: Letra C.
A. Esta afirmação é incorreta. Não apenas os bancos oficiais estão autorizados a realizar operações
de microcrédito. Existem diversas instituições financeiras, inclusive organizações não governamentais
(ONGs) e cooperativas de crédito, que podem atuar nesse segmento.
B. Esta afirmação é incorreta. O valor mencionado não é uma regra universal para todas as operações
de microcrédito. As condições podem variar de acordo com a política de cada instituição financeira
ou programa de microcrédito.
96
5) Produtos Bancários
Contas Correntes:
Permitem a movimentação frequente de recursos, pagamentos e recebimentos.
Podem oferecer serviços como talão de cheques e cartões.
Produtos Bancários
Empréstimos e Financiamentos:
Oferecem capital financeiro para os clientes, seja para necessidades imediatas por
meio de empréstimos ou para aquisição de bens através de financiamentos.
Investimentos:
Incluem opções como Certificados de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito (LCI
e LCA), entre outros, que proporcionam aos investidores a oportunidade de obter
rendimentos.
Depósitos à vista: Os depósitos à vista referem-se aos valores mantidos em contas correntes e
são disponíveis para saque a qualquer momento pelo titular da conta. Esses depósitos não possuem
prazo determinado e geralmente não geram rendimentos significativos. São considerados depósitos
à vista os saldos disponíveis em contas correntes tradicionais.
97
Tanto os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) quanto os Recibos de Depósito Bancário (RDBs)
são produtos financeiros emitidos por bancos e têm características similares, mas a principal
diferença entre eles é a liquidez. Vejamos:
Tipos de Remuneração:
Prazo de Vencimento:
Liquidez dos CDBs: Os CDBs geralmente possuem liquidez diária, o que significa que o
investidor pode resgatar seus recursos a qualquer momento antes do vencimento. Além disso,
alguns CDBs podem ser negociados no mercado secundário, permitindo a venda antes do
vencimento.
Liquidez dos RDBs: Os RDBs, por outro lado, têm uma característica de liquidez restrita. Eles
geralmente só podem ser resgatados no vencimento do prazo estipulado no momento da aplicação.
Não possuem a mesma flexibilidade de resgate diário que alguns CDBs oferecem.
Cartão de Débito: Atrelado à conta corrente, permite pagamentos à vista. O valor da transação
é imediatamente debitado da conta do usuário.
98
Cartão básico: utilizado exclusivamente para fins de pagamento de compras/serviços, por ser um
cartão mais simples, possui menor tarifa de anuidade em relação aos demais.
Cartão diferenciado: permite um tratamento diferenciado dos clientes, com a oferta de serviços
não existentes no básico, como por exemplo, os serviços de benefícios ou recompensas.
Os cartões de crédito, sejam básicos ou diferenciados, podem envolver diversas taxas que os usuários
devem estar cientes. Vejamos as principais taxas associadas aos cartões de crédito:
Anuidade:
Valor cobrado anualmente dos titulares de cartões. Pode ser pago de
forma parcelada ou integral.
Importante!
Ao pagar apenas o valor mínimo ou qualquer quantia inferior ao total da fatura, os usuários podem
entrar no crédito rotativo, levando a cobranças adicionais de juros e custos financeiros no próximo
mês.
O crédito rotativo fica disponível até o vencimento da próxima fatura, que geralmente ocorre em um
prazo de 30 dias.
99
A garantia, geralmente, é
o próprio bem - alienação
fiduciária.
8) Crédito Rural
Art. 2º Considera-se crédito rural o suprimento de recursos financeiros por entidades públicas
e estabelecimentos de crédito particulares a produtores rurais ou a suas cooperativas para
100
A referida lei também trata das modalidades de crédito rural, assim dispondo:
Art. 8º O crédito rural restringe-se ao campo específico do financiamento das atividades rurais
e adotará, basicamente, as modalidades de operações indicadas nesta Lei, para suprir as
necessidades financeiras do custeio e da comercialização da produção própria, como também
as de capital para investimentos e industrialização de produtos agropecuários, quando
efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural.
I - idoneidade do proponente;
II - Crédito Rural Orientado, como forma de crédito tecnificado, com assistência técnica
prestada pelo financiador, diretamente ou através de entidade especializada em extensão
rural, com o objetivo de elevar os níveis de produtividade e melhorar o padrão de vida do
produtor e sua família;
101
Art. 12. As operações de crédito rural que forem realizadas pelo Instituto Brasileiro de
Reforma Agrária, pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário e pelo Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico, diretamente ou através de convênios, obedecerão às
modalidades do crédito orientado, aplicadas às finalidades previstas na Lei nº 4.5)04, de 30 de
novembro de 1964.
Art. 13. As entidades financiadoras participantes do sistema de crédito rural poderão designar
representantes para acompanhar a execução de convênios relativos à aplicação de recursos
por intermédio de órgãos intervenientes.
Art. 14. Os termos, prazos, juros e demais condições das operações de crédito rural, sob
quaisquer de suas modalidades, serão estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional,
observadas as disposições legais específicas, não expressamente revogadas pela presente Lei,
inclusive o favorecimento previsto no art. 4º, inciso IX, da Lei nº 4.5)95, de 31 de dezembro de
1964, ficando revogado o art. 4º do Decreto-lei nº 2.6)11, de 20 de setembro de 1940.
pessoas físicas ou
jurídicas envolvidas em
cooperativas de atividades relacionadas
Produtores rurais
produtores rurais à agricultura, como
pesquisa ou produção
de mudas.
102
Recursos
Próprios de
Poupança Instituições
Letras de Recursos do Financeiras:
Depósitos à Rural: Similar
Crédito do BNDES e
vista: Parte à poupança Bancos
Agronegócio Fundos
dos depósitos tradicional, podem alocar
(LCA): Constitucionais:
à vista alocada no recursos
Recursos Fundos públicos
captados crédito rural próprios no
obtidos direcionados ao
pelos bancos por financiamento
através das financiamento
é direcionada cooperativas do crédito
LCAs do crédito rural,
ao crédito de crédito rural, com
financiam o subsidiados pelo
rural. rural e outras autorização
agronegócio. governo.
instituições. do Banco
Central do
Brasil.
9) Poupança
A poupança é uma reserva financeira, guardada para uma finalidade futura, com rentabilidade
definida por lei e que varia de acordo com a taxa Selic. Com relação ao seu rendimento, este é
creditado de acordo com a data-base, também chamada de “aniversário”. Essa data refere-se ao dia
em que foi feito o depósito ou transferência. O valor do rendimento, então, é creditado na mesma
data ou no dia útil subsequente. Isso ocorre a cada mês, para pessoa física, ou três meses, para
pessoa jurídica.
10) Capitalização
Composição dos Pagamentos: Um percentual dos valores pagos pelo adquirente, chamado de
subscritor, é destinado à construção de um montante que será restituído a ele após um prazo
determinado.
Outra parcela do valor pago é utilizada para cobrir despesas administrativas da entidade que
disponibiliza os títulos, além de financiar os sorteios de prêmios previstos no produto.
103
Cota de
Capitalização: Cota de
Fração que constitui o Carregamento:
Cota de Sorteio:
montante a ser Parcela destinada a
Destinada a financiar
devolvido ao compensar as
as despesas
subscritor, ajustado despesas
relacionadas aos
monetariamente e administrativas da
sorteios de prêmios.
acrescido de uma entidade que
rentabilidade disponibiliza os títulos.
específica.
Importante!
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) estabelece as diretrizes para o mercado de títulos
de capitalização.
Tome nota!
A rentabilidade dos títulos de capitalização é detalhada nas Condições Gerais de cada título. Por
determinação legal, o rendimento desses títulos deve ser no mínimo equivalente a 20% da taxa de
juros da poupança acrescido da TR (Taxa Referencial). Os prazos de vigência variam conforme a
modalidade do título de capitalização.
11) Previdência
Previdência é uma espécie de reserva financeira que se faz no presente focando no futuro. Assim,
possui como objetivo ter um dinheiro acumulado para utilização quando o trabalhador se aposentar,
ou mesmo em caso de perda da capacidade laborativa.
104
O Regime Próprio de Previdência Social (RPPS): como o nome diz, é um regime público
específico para servidores públicos concursados, titulares de cargo efetivo; e
12) Consórcio
O Consórcio pode ser utilizado para os mais diversos bens e serviços como veículos, imóveis, móveis,
agropecuária etc.
1 - Simulação
2 - Contratação
4 - Oferta de Lance
13) Investimentos
Investimento, a grosso modo, pode ser conceituado como a aplicação de determinado capital com
a expectativa de retorno futuro.
106
14) Seguros
Inicialmente vamos trabalhar alguns conceitos e explicações acerca do seguro que você deve ter em
mente para a sua prova:
Prêmio: valor que é pago pelo segurado (cliente) à seguradora nos contratos de seguros.
Apólice: documento emitido pela seguradora, que formaliza a aceitação da cobertura solicitada pelo
cliente.
Indenização: o valor pago pela seguradora ao cliente, para cobrir os prejuízos causados pelo sinistro.
Franquia: é a quantia fixa expressa na apólice, a qual o segurado deve pagar para acionar o seguro
em caso de sinistro. É, na prática, um valor que a seguradora deixa de pagar.
Além disso, tenha sempre em mente que os seguros podem ser para proteção de risco às pessoas
ou de bens. Ademais, necessita que sejam riscos predeterminados, ou seja, os riscos que a
seguradora assume e que são fixados na apólice.
No Brasil, os seguros são normatizados pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e
fiscalizados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Por fim, importante salientar que o contrato de seguro possui expressa previsão no Código Civil,
sendo importante para a sua prova ter o conhecimento das disposições gerais, vejamos:
Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio,
a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos
predeterminados.
Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade
para tal fim legalmente autorizada.
Art. 758. O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro,
e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio.
107
Parágrafo único. No seguro de pessoas, a apólice ou o bilhete não podem ser ao portador.
Art. 761. Quando o risco for assumido em cosseguro, a apólice indicará o segurador que
administrará o contrato e representará os demais, para todos os seus efeitos.
Art. 762. Nulo será o contrato para garantia de risco proveniente de ato doloso do segurado,
do beneficiário, ou de representante de um ou de outro.
Art. 763. Não terá direito a indenização o segurado que estiver em mora no pagamento do
prêmio, se ocorrer o sinistro antes de sua purgação.
Art. 764. Salvo disposição especial, o fato de se não ter verificado o risco, em previsão do
qual se faz o seguro, não exime o segurado de pagar o prêmio.
Art. 766. Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas ou omitir
circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o
direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido.
Art. 767. No seguro à conta de outrem, o segurador pode opor ao segurado quaisquer
defesas que tenha contra o estipulante, por descumprimento das normas de conclusão do
contrato, ou de pagamento do prêmio.
Art. 768. O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto
do contrato.
Art. 769. O segurado é obrigado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente
suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à
garantia, se provar que silenciou de má-fé.
§ 1º O segurador, desde que o faça nos quinze dias seguintes ao recebimento do aviso da
agravação do risco sem culpa do segurado, poderá dar-lhe ciência, por escrito, de sua decisão
de resolver o contrato.
§ 2º A resolução só será eficaz trinta dias após a notificação, devendo ser restituída pelo
segurador a diferença do prêmio.
Art. 770. Salvo disposição em contrário, a diminuição do risco no curso do contrato não
acarreta a redução do prêmio estipulado; mas, se a redução do risco for considerável, o
segurado poderá exigir a revisão do prêmio, ou a resolução do contrato.
108
Parágrafo único. Correm à conta do segurador, até o limite fixado no contrato, as despesas
de salvamento consequente ao sinistro.
Art. 773. O segurador que, ao tempo do contrato, sabe estar passado o risco de que o
segurado se pretende cobrir, e, não obstante, expede a apólice, pagará em dobro o prêmio
estipulado.
Art. 774. A recondução tácita do contrato pelo mesmo prazo, mediante expressa cláusula
contratual, não poderá operar mais de uma vez.
Art. 775. Os agentes autorizados do segurador presumem-se seus representantes para todos
os atos relativos aos contratos que agenciarem.
Art. 776. O segurador é obrigado a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido,
salvo se convencionada a reposição da coisa.
Art. 777. O disposto no presente Capítulo aplica-se, no que couber, aos seguros regidos por
leis próprias.
15) Cheque
O cheque é mais do que um simples pedaço de papel; é uma ordem de pagamento à vista, emitida
pelo titular de uma conta corrente. Vamos desvendar alguns detalhes importantes sobre esse meio
de pagamento.
Beneficiário Depositário:
(Favorecido): O banco para o qual o
Emitente
A pessoa para Sacado: dinheiro deve ser
(Sacador):
quem o cheque é O banco onde depositado.
O titular da
destinado. Quando o emitente tem Se o cheque não contém o
conta que
o nome está a conta de nome do beneficiário, ele se
emite o
preenchido, origem. torna ao portador, podendo
cheque.
chama-se cheque ser depositado por quem o
nominal. apresentar ao banco.
Cheque Cruzado: Duas linhas paralelas impedem o saque direto no caixa, permitindo apenas o
depósito.
109
Cheque Especial: Limite disponibilizado para compensação de cheques, mesmo sem saldo
suficiente na conta, sujeito a juros.
Endosso: Transferir o direito de receber. Pode ser em preto (com indicativo do novo beneficiário)
ou em branco (sem indicar novo beneficiário).
A compensação de cheques entre diferentes bancos ocorre por meio da Compe (Centralizadora
de Compensação de Cheques), um sistema regulado pelo Banco Central do Brasil e operado pelo
Banco do Brasil.
O Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos (CCF) é um registro mantido pelo Banco do Brasil,
operado de acordo com as normas estabelecidas pelo Banco Central. Funciona como uma espécie
de "Serasa ou SPC" específico para cheques, registrando clientes que emitem cheques sem fundo.
110
Tome nota!
Se o cheque for devolvido por outro motivo que não os mencionados acima, o nome do cliente não
é registrado no CCF. No entanto, o beneficiário do cheque pode adotar outras medidas para
assegurar o recebimento do valor, mesmo sem a inclusão no CCF.
Importante!
Para remover o nome do CCF, o cliente deve comprovar ao banco responsável pela inclusão que
efetuou o pagamento do cheque. A comprovação pode ser realizada de três maneiras:
Entregando uma declaração autenticada pelo beneficiário, atestando que o devedor quitou o
débito, acompanhada de uma cópia do cheque e das certidões negativas dos cartórios de protesto
relacionadas ao cheque emitido.
O banco deve fornecer um recibo para o pedido de exclusão, podendo cobrar uma tarifa pelo
serviço de remoção do nome do CCF. Este processo visa garantir a integridade do sistema de
compensação de cheques e proporcionar mecanismos para que os devedores possam regularizar
sua situação.
Nos dias atuais, o processo de compensação de cheques e títulos (boletos) passou por uma
significativa evolução, principalmente devido à informatização. Vamos abordar como funcionam
esses processos hoje em dia, destacando as mudanças em relação ao passado.
Compensação de Cheques:
111
Compensação e Lançamentos:
Transmissão para Compensação: O Banco do Brasil realiza a
Ao longo do dia, os dados e compensação, debitando e
imagens dos cheques são reunidos creditando os valores entre os
e transmitidos pelas agências para a bancos participantes. Os resultados
Central de Compensação do Banco. são lançados na conta de Reserva
Bancária.
Compensação de Boletos:
Compensação e Lançamentos:
Pagamento:
Compensação Eletrônica: O Banco do Brasil realiza a
O pagamento de boletos pode
Ao longo do dia, as agências compensação eletrônica,
ser feito na boca do caixa, caixa
processam os boletos e formam debitando e creditando os
eletrônico, Internet Banking, ou
um arquivo que é enviado para valores entre os bancos
até mesmo por aplicativos
a Central de Compensação do participantes. Os resultados são
bancários. Os dados do boleto
Banco. lançados nas contas correntes
são coletados e processados.
dos emitentes dos boletos.
Assim como os cheques, os boletos eram trocados na sessão noturna de compensação, ocorrendo
às 22:00hs.
Os boletos eram trocados de forma analítica, com os resultados unificados na conta do emitente
do boleto. Os bancos disponibilizavam arquivos para análise detalhada.
112
A Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) é uma associação civil sem fins lucrativos que integra
o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), regulada pelo Banco Central do Brasil. Ela opera vários
sistemas, incluindo o Sitraf e o Siloc. Vejamos:
Em relação aos sistemas de liquidação, enquanto os sistemas de transferência de fundos lidam com
obrigações monetárias, os sistemas de liquidação tratam de obrigações não monetárias, como
títulos públicos, ações e contratos de câmbio.
113
1) Introdução
O mercado de capitais é um mercado financeiro onde são negociados títulos de renda fixa e
variável, como ações, debêntures, títulos públicos e outros. Ele é composto por diversos segmentos,
como o mercado primário, onde as empresas emitem novos títulos, e o mercado secundário, onde
os títulos já emitidos são negociados entre os investidores.
O mercado de capitais permite aos investidores aplicar seu dinheiro em diversas opções, com
diferentes graus de risco e retorno, e permite às empresas acessar recursos financeiros para investir
em seus negócios. Ele é regulado por órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no
Brasil e a Securities and Exchange Commission (SEC) nos Estados Unidos.
Mercado Primário: É o segmento onde as empresas emitem novos títulos, como ações e
debêntures, para captar recursos financeiros. Esse segmento é regulado por órgãos como a
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e as emissões de títulos só podem ser feitas mediante
registro e aprovação desses órgãos.
114
Mercado de títulos públicos: É o segmento onde são negociados títulos emitidos pelo governo,
como os títulos públicos federais, estaduais e municipais. Esses títulos são considerados de baixo
risco e geralmente pagam juros periódicos.
Mercado Monetário: é o segmento onde os investidores aplicam em títulos de curto prazo, como
CDBs, LCIs, LCAs e outros. Esse mercado é regulado por órgãos como o Banco Central do Brasil e as
aplicações são geralmente de baixo risco e rendimento.
1) Noções Introdutórias
O mercado de câmbio é o mercado onde as moedas são compradas e vendidas. Ele permite que as
empresas, investidores e governos comprem e vendam moedas estrangeiras para se proteger contra
o risco cambial ou para obter lucro com as variações das taxas de câmbio.
O mercado de câmbio é composto por diversos segmentos, como o mercado à vista, onde as moedas
são compradas e vendidas para serem entregues imediatamente, e o mercado de futuros, onde as
moedas são compradas e vendidas para serem entregues em uma data futura.
Esse mercado é regulado por órgãos como o Banco Central do Brasil e é altamente líquido, sendo
que as principais moedas são negociadas 24 horas por dia.
Mercado à vista: É o segmento onde as moedas são compradas e vendidas para serem entregues
imediatamente. Esse mercado é altamente líquido, e as taxas de câmbio são estabelecidas pelo
mercado.
Mercado de futuros: É o segmento onde as moedas são compradas e vendidas para serem
entregues em uma data futura. Esse mercado é regulado por órgãos como a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
115
Mercado de câmbio flutuante: É o segmento onde as taxas de câmbio são determinadas pelo
mercado e variam de acordo com a oferta e demanda das moedas. É o tipo de mercado de câmbio
mais comum atualmente.
1) Noções Introdutórias
Regimes de taxa de câmbio são os mecanismos pelos quais a taxa de câmbio (o valor de uma
moeda em relação a outra) é determinada. Têm o objetivo de equilibrar a economia de um país. No
Brasil, o Banco Central (Bacen) é a autoridade responsável pelo controle dos regimes cambiais que
devem ser seguidos pelas empresas brasileiras.
Existem três principais tipos de regimes de taxa de câmbio: flutuante, fixo e intermediário (misto).
O regime de taxa de câmbio fixo é aquele no qual o valor da moeda é fixado em relação a outra
moeda ou a um grupo de moedas. Nesse regime, o banco central tem que intervier regularmente
para manter a taxa de câmbio estabilizada.
As taxas de câmbio fixas são comuns em países com economias menos desenvolvidas, onde o
mercado financeiro é menos maduro e as instituições econômicas são menos fortes. Isso permite
que o governo tenha mais controle sobre a economia. Vejamos as vantagens e desvantagens:
116
O banco central pode usar diversas ferramentas para manter a taxa de câmbio estabilizada, como:
ou a implementação
de medidas
ajustes nas taxas de administrativas para
intervenções no mercado cambial
juros controlar a demanda
por moedas
estrangeiras.
O regime de taxa de câmbio flutuante é aquele no qual a taxa de câmbio é determinada pelo
mercado e pode variar livremente. Nesse regime, a oferta e a demanda de moedas são os principais
fatores que determinam o valor da moeda.
Tome nota!
As taxas de câmbio flutuantes são mais comuns em países desenvolvidos, onde o mercado financeiro
é maduro e as instituições econômicas são fortes. Isso permite que a economia responda de forma
eficiente às variações na oferta e demanda de moedas. Vejamos as vantagens e desvantagens:
117
O regime de taxa de câmbio intermediário é um tipo de regime de taxa de câmbio que se situa entre
os regimes de taxa de câmbio flutuante e fixo. Ele permite uma certa flexibilidade na taxa de câmbio,
mas também inclui alguma intervenção do banco central para evitar grandes flutuações e manter a
estabilidade econômica.
Neste regime, o banco central pode usar diversas ferramentas para influenciar a taxa de câmbio,
como:
ou a implementação
de medidas
ajustes nas taxas de administrativas para
intervenções no mercado cambial
juros controlar a demanda
por moedas
estrangeiras.
Importante!
Tome nota!
Este tipo de regime é muito utilizado em países emergentes, onde o governo quer evitar a
volatilidade do câmbio, mas ao mesmo tempo, precisa deixar a economia se adaptar às condições
internas e externas, e manter a estabilidade econômica.
1) Noções Introdutórias
As taxas de câmbio são as taxas nas quais uma moeda é trocada por outra. Elas determinam o valor
relativo de diferentes moedas e são usadas para calcular o custo de uma moeda em relação a outra.
Essas taxas são geralmente expressas como a quantidade de moeda estrangeira que pode ser
comprada com uma unidade de moeda nacional. Elas são influenciadas por uma série de fatores,
incluindo a oferta e demanda, as taxas de juros e as condições econômicas gerais. As taxas de câmbio
são usadas em uma variedade de transações, como viagens internacionais, investimentos e comércio
internacional.
118
As taxas de câmbio nominais são as taxas de câmbio entre duas moedas medidas em termos de
suas respectivas unidades monetárias. Elas refletem os preços das moedas uns em relação aos
outros e são determinadas pelo mercado de câmbio. A taxa de câmbio nominal é a taxa atual no
mercado de câmbio, e é frequentemente utilizada como uma medida de curto prazo para comparar
a desvalorização ou valorização de uma moeda.
As taxas de câmbio reais são as taxas de câmbio entre duas moedas medidas em termos de sua
capacidade de compra. Elas refletem o poder aquisitivo das moedas uns em relação aos outros e
são calculadas com base em dados de preços de bens e serviços. A taxa de câmbio real é utilizada
para medir o impacto da inflação sobre a taxa de câmbio nominal e para comparar o custo de vida
entre dois países. A taxa de câmbio real é frequentemente utilizada como uma medida de longo
prazo para comparar a desvalorização ou valorização de uma moeda.
1) Noções Gerais
Quanto as importações, uma valorização da moeda local pode tornar as importações mais baratas,
o que pode aumentar a competitividade das empresas nacionais e beneficiar os consumidores, mas
também pode contribuir para o aumento do déficit comercial. Por outro lado, uma desvalorização
da moeda local pode tornar as importações mais caras, o que pode afetar negativamente a
competitividade das empresas nacionais e pode aumentar os preços para os consumidores, mas
também pode contribuir para a redução do déficit comercial.
Além disso, as taxas de câmbio também afetam a atratividade dos investimentos estrangeiros e a
capacidade do país de financiar sua dívida externa. Portanto, é importante para os governos e bancos
centrais monitorarem e gerenciar as taxas de câmbio de forma a equilibrar os impactos sobre as
exportações e importações, bem como sobre a economia geral. O objetivo é encontrar um equilíbrio
entre competitividade, estabilidade econômica e balanço de pagamentos sustentável. Isso pode ser
alcançado através de políticas cambiais, como a intervenção no mercado cambial, taxas de juros e
119
1) Noções Gerais
O diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos sobre
as taxas de câmbio estão estreitamente relacionados.
O diferencial de juros interno e externo é a diferença entre as taxas de juros de um país e as taxas
de juros de outros países. Quando as taxas de juros de um país são mais altas do que as taxas de
juros de outros países, isso pode atrair investidores estrangeiros em busca de rendimentos mais
elevados, o que pode levar a uma valorização da moeda local. Por outro lado, quando as taxas de
juros de um país são mais baixas do que as taxas de juros de outros países, isso pode afastar os
investidores estrangeiros, o que pode levar a uma desvalorização da moeda local.
Os prêmios de risco são outro fator que afeta o fluxo de capitais e as taxas de câmbio. Os prêmios
de risco são a diferença entre as taxas de juros de um país e as taxas de juros de outros países,
levando em conta o risco de investir nesse país. Quando os investidores consideram que um país é
mais arriscado do que outros países, eles exigem prêmios de risco mais elevados para investir nesse
país, o que pode desestimular o fluxo de capitais e levar a uma desvalorização da moeda local.
Em resumo, o diferencial de juros interno e externo, os prêmios de risco e o fluxo de capitais são
importantes fatores que afetam as taxas de câmbio de um país. Os governos e bancos centrais
precisam levar esses fatores em conta ao tomar decisões sobre políticas cambiais e taxas de juros, a
fim de manter a estabilidade econômica e o equilíbrio nas contas externas.
1) Noções gerais
Os contratos a termo são acordos para comprar ou vender uma determinada quantidade de moeda
estrangeira em uma data futura específica, a um preço previamente estabelecido. Os contratos
futuros são similares aos contratos a termo, mas são negociados em bolsas de valores especializadas.
As opções de câmbio permitem que os compradores adquiram o direito, mas não a obrigação, de
comprar ou vender uma determinada quantidade de moeda estrangeira a um preço específico em
uma data futura.
Além disso, os bancos e outras instituições financeiras também podem realizar operações de swap
cambial, que é um acordo para trocar uma moeda por outra por um período de tempo específico,
com o objetivo de gerenciar o risco cambial.
Em resumo, as operações no mercado interbancário de câmbio são realizadas entre bancos e outras
instituições financeiras para atender às necessidades de câmbio dos clientes e às necessidades de
gestão de riscos das instituições financeiras, através de contratos a termo, contratos futuros e opções
de câmbio e operações de swap cambial.
1) Noções Introdutórias
O mercado bancário é um setor financeiro composto por bancos e instituições financeiras que
oferecem uma variedade de serviços financeiros, incluindo depósitos, empréstimos, pagamentos e
transferências, investimentos e gerenciamento de risco.
Os bancos comerciais são os principais participantes do mercado bancário, e eles oferecem serviços
bancários tradicionais, como contas correntes, empréstimos e cartões de crédito. Eles também
podem oferecer serviços de investimento, como a gestão de carteiras e aplicações em títulos.
Os bancos de investimento são outro tipo de instituição financeira presente no mercado bancário, e
eles oferecem serviços de investimento mais avançados, como assessoria financeira, operações de
mercado financeiro e emissão de títulos.
Além disso, existem outras instituições financeiras, como cooperativas de crédito, sociedades de
crédito ao consumidor, sociedades de crédito imobiliário, sociedades de crédito ao
microempreendedor e instituições financeiras não bancárias (IFNBs), que também fazem parte do
mercado bancário.
Em resumo, o mercado bancário é composto por bancos e instituições financeiras que oferecem uma
variedade de serviços financeiros, incluindo depósitos, empréstimos, pagamentos e transferências,
121
As operações de tesouraria são realizadas pelos bancos com o objetivo de gerenciar sua posição
de caixa e sua exposição ao risco cambial. Isso inclui atividades como a compra e venda de ativos
financeiros, como títulos do governo e moeda estrangeira, e a realização de operações de swap
cambial.
O varejo bancário envolve as operações bancárias realizadas com indivíduos e pequenas empresas,
incluindo contas correntes, empréstimos, cartões de crédito e outros produtos financeiros. Os bancos
oferecem esses produtos e serviços para atrair e manter clientes, bem como para obter receita de
juros e taxas.
A recuperação de crédito é o processo pelo qual os bancos tentam recuperar fundos de clientes
inadimplentes. Isso pode incluir ações judiciais, acordos de pagamento e outras medidas. Essas
operações são importantes para minimizar as perdas dos bancos e proteger sua saúde financeira.
Em resumo, as operações de tesouraria são realizadas pelos bancos para gerenciar sua posição de
caixa e sua exposição ao risco cambial, o varejo bancário envolve as operações bancárias realizadas
com indivíduos e pequenas empresas e a recuperação de crédito é o processo pelo qual os bancos
tentam recuperar fundos de clientes inadimplentes.
1) Noções gerais
As taxas de juros de curto prazo são as taxas de juros aplicadas em empréstimos e investimentos
com duração menor que um ano. Elas são geralmente determinadas pelo mercado e podem ser
influenciadas por fatores como a oferta e demanda de crédito, a política monetária do banco central
e a inflação.
A curva de juros é uma representação gráfica da relação entre as taxas de juros de curto prazo e as
taxas de juros de longo prazo. Normalmente, a curva de juros tem uma forma crescente, o que
significa que as taxas de juros de longo prazo são geralmente maiores do que as taxas de juros de
curto prazo. Isso ocorre porque os investimentos de longo prazo são considerados mais arriscados
do que os investimentos de curto prazo.
As taxas de juros nominais são as taxas de juros expressas em termos monetários correntes. Elas
não levam em conta a inflação e, portanto, podem ser distorcidas quando comparadas ao longo do
tempo.
122
1) Introdução
2) Aspectos jurídicos
3) Garantias Fidejussórias
O Sistema de Informações de Créditos do Banco Central – SCR desempenha um papel crucial como
um mecanismo de registro e consulta de informações relacionadas a operações de crédito, avais,
fianças prestados, e limites de crédito concedidos por instituições financeiras a pessoas físicas e
jurídicas no território nacional.
123
Todas as operações de crédito que ultrapassam o montante de R$200,00 (duzentos reais) no Brasil
são obrigatoriamente registradas nesse sistema. A gestão do SCR fica a cargo do Banco Central
(BACEN), sendo alimentado regularmente pelas instituições financeiras, proporcionando uma visão
abrangente e atualizada das atividades de crédito no país.
3.1) Aval
O Aval constitui um ato cambiário em favor do devedor principal, em que o avalista, pessoa
devidamente qualificada no documento e com assinatura atestada, garante o pagamento das
parcelas na data acordada e a quitação do título de crédito ao término da relação, caso a parte
principal não cumpra o acordado. A obrigação do avalista surge com o não pagamento do título
vencido.
Uma diferença fundamental entre aval e fiança, estabelecida pelo Código Civil, é que o primeiro é
concedido em um título de crédito, enquanto o segundo ocorre por meio de um contrato.
Além disso, o aval é regulado pela Lei do Cheque (Lei nº 7.357/1985, arts. 29 a 31), da Lei de
Duplicatas (Lei nº 5.474/1968, art. 12) e da Lei Uniforme de Genebra (Decreto nº 57.663/1966).
Outras distinções incluem o fato de que no aval, o avalista pode ser acionado para o pagamento do
título antes do devedor avalizado, enquanto na fiança, geralmente, é estabelecido o benefício de
ordem. Além disso, no aval, o avalista não pode alegar exceções pessoais contra o credor, ao passo
que essa prática é admissível na fiança. Adicionalmente, no aval, o avalista se vincula diretamente ao
credor a partir da assinatura documental, independentemente da nulidade da obrigação principal,
enquanto a fiança é uma obrigação acessória e anulável com o ato.
4) Fiança
Por outro lado, a Fiança é compreendida como um contrato no qual uma pessoa se compromete a
garantir uma obrigação em nome de outra, caso esta não a cumpra. Assim, o fiador assume a
responsabilidade de liquidar a dívida ou cumprir a obrigação se o devedor principal falhar. Tanto o
aval quanto a fiança buscam fornecer uma garantia adicional ao credor em transações financeiras.
Enquanto o aval visa garantir o pagamento de títulos de crédito, como cheques e notas promissórias,
por meio do compromisso formal do avalista, a fiança busca assegurar o cumprimento de obrigações
124
Vamos esquematizar:
Fiança:
Contrato em que uma pessoa garante
Aval: uma obrigação por outra.
Ato cambiário em favor do devedor Garante obrigações contratuais mais
principal. amplas (locações, empréstimos).
Garante o pagamento de títulos de Fiador assume responsabilidade se o
crédito (cheques, notas promissórias). devedor principal não cumprir a
Avalista assume responsabilidade pelo obrigação.
não pagamento do título vencido. Geralmente, há o benefício de ordem,
Avalista pode ser acionado antes do estabelecendo a prioridade de acionar o
devedor avalizado. devedor principal.
Avalista não pode alegar exceções Fiador pode alegar exceções pessoais
pessoais contra o credor. contra o credor.
Fiança é uma obrigação acessória e
anulável com o ato.
5) Penhor Mercantil
Penhor Mercantil é uma garantia de crédito que consiste na entrega de bens móveis, como joias,
artigos de ouro, prata ou platina, para garantir o pagamento de uma dívida. O bem fica retido pelo
credor até que a dívida seja quitada. Se o devedor não cumprir com suas obrigações financeiras, o
credor pode vender o bem penhorado para cobrir o valor devido.
O penhor mercantil é uma opção de garantia de crédito mais acessível do que outras formas, como
aval ou fiança, pois não requer que o devedor tenha uma boa situação financeira ou creditícia. Além
disso, a entrega do bem para penhora é geralmente mais rápida e fácil do que outras formas de
garantia.
6) Alienação Fiduciária
Alienação Fiduciária é uma forma de garantia de crédito em que o bem é entregue ao credor como
garantia, mas mantém a propriedade do devedor. O credor tem o direito de vender o bem em caso
125
A Alienação Fiduciária permite que o devedor tenha acesso a crédito sem precisar vender seu bem,
como é o caso do penhor mercantil. Além disso, o devedor pode continuar usufruindo do bem
enquanto cumpre com suas obrigações financeiras, o que pode ser uma vantagem em relação a
outras formas de garantia.
7) Hipoteca
Hipoteca é uma forma de garantia de crédito em que o devedor entrega ao credor o direito de
penhor sobre um imóvel como garantia de pagamento de uma dívida. O credor tem o direito de
vender o imóvel em caso de inadimplência para cobrir o valor devido. A hipoteca é registrada em
cartório de imóveis, tornando o direito de penhor sobre o imóvel oficial e vinculante.
8) Fianças Bancárias
Fianças Bancárias são instrumentos financeiros utilizados para garantir contratos e obrigações de
terceiros. Nesse tipo de fiança, o banco é o instituidor da garantia e se responsabiliza perante a outra
parte pelo cumprimento das obrigações assumidas pelo fiador principal.
126
Aval é uma garantia pessoal emitida por uma pessoa, geralmente com bom histórico creditício, que
se compromete a pagar a dívida caso o devedor não cumpra com seus compromissos.
Fiança é uma garantia pessoal onde uma pessoa ou empresa se compromete a pagar a dívida em
caso de inadimplência do devedor.
Penhor Mercantil é uma garantia real onde uma mercadoria é dada como garantia para o
pagamento de uma dívida.
Alienação Fiduciária é uma garantia real onde o devedor transfere a propriedade de um bem para
o credor, que passa a ter o direito de vender o bem caso o devedor não cumpra com seus
compromissos.
Hipoteca é uma garantia real onde o devedor transfere a propriedade de um imóvel para o credor,
que passa a ter o direito de vender o imóvel caso o devedor não cumpra com seus compromissos.
Fianças bancárias são garantias emitidas por bancos, geralmente utilizadas em contratos
comerciais, onde o banco se compromete a pagar o valor da dívida em caso de inadimplência do
devedor.
AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA
1) Introdução
1 - Autorregulação bancária.
127
Tome nota!
O comprometimento com as normas em questão é uma escolha voluntária por parte das
instituições financeiras brasileiras. A adesão à autorregulação da FEBRABAN não é imposta, mas é
valorizada como um diferencial. Se uma instituição financeira faz parte desse quadro, além de
cumprir as obrigações do Banco Central e do CMN, ela também segue os normativos voluntários da
FEBRABAN.
Importante!
É importante destacar que, para participar do sistema, uma instituição financeira precisa primeiro
associar-se à FEBRABAN e, em seguida, integrar-se ao quadro junto com outras instituições. Além
disso, as instituições financeiras são segmentadas em níveis de I a III.
128
Os bancos que aderem ao sistema estabelecem uma série de compromissos de conduta. Esses
compromissos visam contribuir para um mercado mais eficaz, claro e transparente.
A ideia subjacente é que a autorregulação bancária beneficia não apenas o setor bancário, mas
também os consumidores e a sociedade como um todo. Ao seguir essas normas, os bancos
contribuem para um ambiente mais confiável e ético.
Sendo a instituição financeira associada ou tendo expressamente aderido ao Código citado, deve ter
estrita observância aos conceitos e condutas dispostas nele.
O presente Código não se sobrepõe à legislação e regulamentação vigentes, ainda que venham a
ser editadas normas, após o início de sua vigência, que sejam contrárias às disposições ora trazidas.
Caso haja contradição entre regras estabelecidas neste Código e normas legais ou regulamentares,
essas últimas prevalecerão, sem prejuízo das demais regras contidas neste Código.
Ética - virtude caracterizada pela orientação dos atos das associadas segundo os valores do bem
e da decência pública.
Conduta - manifestação do modo como uma associada se comporta perante a sociedade, tendo
como base as crenças, culturas, valores morais e éticos que seguem.
129
Corrupção - toda e qualquer ação, culposa ou dolosa, que implique sugestão, oferta, promessa,
concessão (forma ativa) ou solicitação, exigência, aceitação ou recebimento (forma passiva), de
vantagens indevidas, de natureza financeira ou não, tais como: propina, tráfico de influência e
favorecimentos, em troca de realização ou omissão de atos inerentes as suas atribuições, operações
ou atividades, ou visando a benefícios para si ou para terceiros.
Signatárias nível II – Instituições Financeiras Signatárias que aderiram a pelo menos um dos
eixos normativos do SARB.
Signatárias nível III – Instituições Financeiras Signatárias que aderiram a todos os eixos
normativos do SARB.
4) Princípios Éticos
Art. 3º. As Signatárias, em suas relações com consumidores e clientes, pautarão suas ações
em valores organizacionais baseados na boa-fé, no tratamento justo, na transparência, no
respeito à dignidade e harmonização de interesses, devendo oferecer produtos e serviços
adequados ao seu perfil.
Art. 5º. As Signatárias comprometem-se com o cuidado permanente para que as peças
publicitárias e anúncios estejam livres de informações ambíguas, exageradas, capazes de
induzir o consumidor em erro ou, ainda, que promovam a discriminação, desrespeito a valores
ambientais ou explore a deficiência de julgamento.
Art. 6º. As Signatárias observarão o mais estrito dever de cuidado e sigilo no tratamento de
informações cadastrais, confidencialidade de dados pessoais, financeiros ou de qualquer
natureza dos consumidores.
6) Da Livre Concorrência
131
De igual modo, as Signatárias coibirão e impedirão quaisquer infrações à ordem econômica que
possam causar prejuízos aos fundamentos da livre concorrência no mercado financeiro.
7) Da Responsabilidade Socioambiental
Art. 16. Não serão toleradas nenhuma forma de discriminação, desrespeito e preconceito de
qualquer natureza, seja de gênero, raça, religião, faixa etária, convicção política, nacionalidade,
estado civil, posição social, condição física, entre outras.
Art. 17. Todas as formas de abuso de poder, condutas hostis e/ou de intimidações como
assédios (moral, físico, psicológico, judicial, entre outros), constrangimentos, depreciações,
ofensas e/ou ameaças não serão toleradas.
As Signatárias devem se comprometer ainda a trabalhar num ambiente ético, de respeito às leis,
nacionais e internacionais, e às autoridades de todas as instâncias dos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário, bem como também com a manutenção de políticas e práticas institucionais atualizadas
e disseminadas de prevenção e combate a todas as formas de atos ilegais ou criminosos.
132
Realizar o reporte de transações suspeitas para os órgãos competentes de acordo com os procedimentos
vigentes, conforme diretrizes do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras);
Art. 24. As Signatárias não tolerarão e repudiarão quaisquer atos de corrupção, de qualquer
natureza, em prejuízo do interesse público ou privado, nacional ou estrangeiro.
Art. 27. As Signatárias adotarão ações de prevenção e manterão controles para que aqueles
que ajam em seu nome não pratiquem atos de corrupção.
133
Não constranger e não se impor de forma autoritária nas discussões e tomadas de decisão;
O diálogo é algo primordial entre as Signatárias, dessa forma, devem se comprometer a manter
diálogo, sempre que solicitado ou necessário, com as autoridades constituídas, em especial as que
atuam na regulação, proteção e defesa dos consumidores, atentando-se às questões apresentadas
e demonstrando postura construtiva na avaliação dos temas tratados, primando pelo
aprimoramento contínuo da relação com os consumidores e cidadãos na prestação de serviços
bancários.
Salvo se estiverem na condição de mandatária, as Signatárias não deverão tomar quaisquer decisões
ou assumir compromissos perante fóruns, mídia, Poder Público ou Autoridades, em nome do Sistema
de Autorregulação Bancária.
As instituições bancárias que pertencem ao SARB devem necessitam possuir e manter atualizado
periodicamente as políticas, procedimentos e controles que assegurem a integridade, legitimidade,
confiabilidade, segurança e sigilo das transações.
Os conflitos de interesse devem ser evitados, devendo as Signatárias agir de modo a prevenir ou
impedir quaisquer situações que possam configurar conflito de interesses.
134
Dispõe o art. 39 do Código que são responsabilidades das Signatárias do Sistema de Autorregulação
Bancária:
Art. 39: I - respeitar e fazer com que suas controladas e coligadas sujeitas a este Código
respeitem as normas da Autorregulação;
A convocação do Conselho das Signatárias será feita pelo Presidente do Conselho de Autorregulação
com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, por intermédio de mensagem eletrônica para o
endereço cadastrado junto à Diretoria de Autorregulação, devendo mencionar o dia, hora, local e
assuntos da pauta. O Conselho das Signatárias poderá ser convocado por iniciativa de ½ (metade)
das Signatárias.
135
Por outro lado, os Conselheiros Independentes são representantes da sociedade civil, de ilibada
reputação e notório conhecimento dos temas tratados nas normas da Autorregulação.
O mandato dos 03 Conselheiros nomeados por indicação mediante alternância e dos Conselheiros
Independentes será de 2 (dois) anos, e a recondução admitida apenas para os Conselheiros
Independentes.
Caso um Conselheiro Setorial renuncie ou seja destituído do Conselho de Autorregulação, ele será
substituído por outro representante da Signatária que o indicou em até 30 (trinta) dias após o
evento e completará o restante do mandato outorgado.
136
A ausência sem justificativa por parte de um Conselheiro, a mais de 2 (duas) reuniões consecutivas
ou a mais de 3 (três) reuniões alternadas em um período de 12 (doze) meses, implicará a perda do
mandato.
Os Conselheiros Setoriais não farão jus a qualquer verba remuneratória ou reembolso em razão do
desempenho de suas funções. Já os Conselheiros Independentes poderão receber verba
remuneratória e ser reembolsados por despesas diretamente relacionadas ao desempenho de suas
funções, conforme determinado pelo Conselho das Signatárias.
II – aprovar e instituir novos Normativos, bem como deliberar sobre a alteração de Normativos
vigentes;
b) o Selo da Autorregulação; e
137
O Conselho de Autorregulação instalar-se-á com a presença de no mínimo 3/5 (três quintos) dos
Conselheiros, sendo as deliberações tomadas por maioria de votos dos membros presentes à
reunião, tendo cada Conselheiro direito a 1 (um) voto.
Nas reuniões do Conselho de Autorregulação terão assento, porém sem direito a voto, o Vice-
Presidente Executivo da FEBRABAN e o responsável pela Diretoria de Autorregulação, cabendo a este
último elaborar as pautas e secretariar as reuniões.
138
Os representantes submetidos ao regime de alternância terão mandato de 1 (um) ano, admitida até uma
recondução por igual período, caso não haja interesse de ingresso na Comissão por novas Signatárias.
V - registrar denúncias por parte dos consumidores, órgãos de proteção do consumidor e das
Instituições Financeiras Signatárias; notificar, ao Presidente do Conselho de Autorregulação,
indícios de violação ao Código de Conduta Ética, normas da Autorregulação e inadequação
nos Relatórios de Conformidade;
Os selos de Autorregulação Bancária poderão ser concedidos às Signatárias de nível II e III, e sua
concessão e manutenção serão disciplinadas em Normativo específico da Autorregulação Bancária
instituído pelo Conselho de Autorregulação.
Nos termos do art. 73, o descumprimento do Código de Conduta Ética e Autorregulação, bem como
dos normativos do Sistema de Autorregulação Bancária sujeitam as Signatárias à:
140
II - recomendação para o ajuste de sua conduta, encaminhada por meio de carta com o
conhecimento de todas as Signatárias, cumulada com a obrigação de pagar uma contribuição
entre 1 (uma) e 10 (dez) vezes o valor da menor anuidade recolhida por uma Associada da
FEBRABAN;
PROGRAMAS SOCIAIS
1) Introdução
Abono Salarial: Também é utilizado para financiar o abono salarial, um benefício pago
anualmente a trabalhadores que atendem a determinados critérios, como ter recebido remuneração
média de até dois salários mínimos no período considerado.
141
O FAT é alimentado por diversas fontes, sendo uma delas a contribuição das empresas para o
Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público (PASEP). Essas contribuições são destinadas a diferentes programas, e parte delas é
direcionada ao FAT para custear suas diversas finalidades.
Momento da Questão
( ) O FAT aporta recursos no PROGER Rural, uma linha de especial de crédito que financia
proprietários rurais, posseiros, arrendatários que utilizam, preponderantemente, mão-de-obra
familiar.
( ) O Fundo é gerido por um Conselho Deliberativo (CODEFAT), órgão colegiado, de caráter tripartite
e paritário, composto por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo.
( ) Os recursos do FAT advêm, em grande parte, das contribuições devidas ao PIS e ao PASEP.
a) F – F – V – V – V
b) V – V – V – V – V
142
d) F – V – V – V – F
e) V – V – F – V – V
Gabarito: Letra B.
A execução do Programa de Integração Social (PIS) se dá por meio do Fundo de Participação, o qual
é alimentado por depósitos efetuados pelas empresas na Caixa Econômica Federal. A contribuição
das empresas para o PIS é composta por duas parcelas distintas, vejamos:
A partir do
No exercício de No exercício de No exercício de
exercício de 1974:
1971: 0,15%. 1972: 0,25%. 1973: 0,40%.
0,50%.
A dedução da primeira parcela não prejudica o direito de utilização dos incentivos fiscais previstos
na legislação vigente. A dedução é calculada com base no valor do Imposto de Renda devido,
conforme as seguintes proporções:
143
Importante!
Empresas beneficiadas por isenções fiscais do Imposto de Renda devem contribuir para o Fundo
de Participação considerando a base de cálculo como se o tributo fosse devido, seguindo as
percentagens estabelecidas na legislação.
Entidades sem fins lucrativos, que possuam funcionários de acordo com a legislação trabalhista,
também devem contribuir para o Fundo de Participação de acordo com a lei.
Conforme estabelecido pelo Artigo 7º, a contribuição ao Fundo será calculada mensalmente com
base no faturamento de meses específicos, sendo julho vinculado ao faturamento de janeiro, agosto
ao faturamento de fevereiro, e assim por diante.
No que diz respeito à participação do empregado no Fundo, esta será efetuada por meio de
depósitos em contas individuais em nome de cada funcionário, seguindo os seguintes critérios:
Da mesma forma, a aplicação da penalidade ocorrerá em caso de declaração falsa sobre o salário
ou tempo de serviço do empregado na empresa. Nesse caso, a multa também será de 10 meses de
salário devido ao empregado afetado, em benefício do Fundo.
144
As obrigações das empresas relacionadas a esta lei são exclusivamente fiscais, não gerando direitos
trabalhistas nem implicando em contribuições previdenciárias relacionadas a quaisquer prestações
devidas por lei ou por decisão judicial ao empregado.
Importante!
Os valores incorporados ao Fundo não são considerados como rendimento do trabalho para
efeitos da legislação trabalhista, da Previdência Social ou fiscal. Eles não se somam aos salários ou
gratificações e não estão sujeitos ao imposto de renda ou a qualquer tributação.
Importante!
A Lei nº 8.036/90 dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências.
Trabalharemos os aspectos mais importantes da referida lei para a sua prova.
145
Dispõe ainda a Lei 8.036/90 que as contas vinculadas em nome dos trabalhadores são
absolutamente impenhoráveis.
Art. 20-A. O titular de contas vinculadas do FGTS estará sujeito a somente uma das seguintes
sistemáticas de saque: (Incluído pela Lei nº 13.932, de 2019)
§ 2º São aplicáveis às sistemáticas de saque de que trata o caput deste artigo as seguintes
situações de movimentação de conta: (Incluído pela Lei nº 13.932, de 2019)
Art. 20-B. O titular de contas vinculadas do FGTS estará sujeito originalmente à sistemática
de saque-rescisão e poderá optar por alterá-la, observado o disposto no art. 20-C desta Lei.
(Incluído pela Lei nº 13.932, de 2019)
Art. 20-C. A primeira opção pela sistemática de saque-aniversário poderá ser feita a qualquer
tempo e terá efeitos imediatos. (Incluído pela Lei nº 13.932, de 2019)
146
Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus suplentes serão indicados pelas
respectivas centrais sindicais e confederações nacionais, sendo nomeados pelo Poder Executivo, com
mandato de 2 (dois) anos e poderão ser reconduzidos uma única vez, vedada a permanência de
uma mesma pessoa como membro titular, como suplente ou, de forma alternada, como titular e
suplente, por período consecutivo superior a 4 (quatro) anos no Conselho.
Quanto as reuniões do Conselho Curador, elas serão públicas, bem como ainda gravadas e
transmitidas ao vivo por meio do sítio do FGTS na internet, o qual também possibilitará acesso a
todas as gravações que tiverem sido efetuadas dessas reuniões, resguardada a possibilidade de
tratamento sigiloso de matérias assim classificadas na forma da lei.
Já as decisões do Conselho serão tomadas com a presença da maioria simples de seus membros,
tendo o Presidente voto de qualidade. As despesas porventura exigidas para o comparecimento às
reuniões do Conselho constituirão ônus das respectivas entidades representadas.
Os membros do Conselho Curador do FGTS serão escolhidos dentre cidadãos de reputação ilibada
e de notório conhecimento, e deverão ser atendidos os seguintes requisitos:
Não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas nas alíneas “a” a “q” do inciso I do
caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990.
147
Acompanhar e avaliar a gestão econômica e financeira dos recursos, bem como os ganhos sociais
e o desempenho dos programas aprovados;
Adotar as providências cabíveis para a correção de atos e fatos do gestor da aplicação e da CEF
que prejudiquem o desempenho e o cumprimento das finalidades no que concerne aos recursos do
FGTS;
Dirimir dúvidas quanto à aplicação das normas regulamentares, relativas ao FGTS, nas matérias
de sua competência;
Divulgar, no Diário Oficial da União, todas as decisões proferidas pelo Conselho, bem como as
contas do FGTS e os respectivos pareceres emitidos.
b) decidir sobre o reinvestimento ou distribuição dos resultados positivos aos cotistas do FI-FGTS,
em cada exercício;
148
f) estabelecer o limite máximo de participação dos recursos do FI-FGTS por setor, por
empreendimento e por classe de ativo, observados os requisitos técnicos aplicáveis
g) estabelecer o prazo mínimo de resgate das cotas e de retorno dos recursos à conta vinculada,
observado o disposto no § 19 do art. 20 desta Lei;
XVI - estipular limites às tarifas cobradas pelo agente operador ou pelos agentes financeiros na
intermediação da movimentação dos recursos da conta vinculada do FGTS, inclusive nas hipóteses
de que tratam os incisos V, VI e VII do caput do art. 20 desta Lei.
b) a cada 3 (três) anos, percentual mínimo do valor proposto para aplicação na política setorial do
microcrédito, respeitado o piso de 30% (trinta por cento). Este piso poderá ser revisto pelo Conselho
Curador a cada 3 (três) anos.
O Conselho Curador será assistido por um Comitê de Auditoria e Riscos, constituído na forma do
Regimento Interno, cujas atribuições e condições abrangerão, no mínimo, aquelas estipuladas nos
arts. 24 e 25, §§ 1º a 3º, da Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, ao Comitê de Auditoria Estatutário
das empresas públicas e sociedades de economia mista que forem aplicáveis, ainda que por
similaridade, ao FGTS, e cujas despesas serão custeadas pelo Fundo, por meio de sua Secretaria
Executiva, observado o disposto no § 3º deste artigo.
O Conselho Curador poderá ser assistido regularmente por pessoas naturais ou jurídicas
especializadas em planejamento, em gestão de investimentos, em avaliação de programas e
políticas, em tecnologia da informação ou em qualquer outra especialização julgada necessária para
subsidiá-lo no exercício de suas atribuições, e as despesas decorrentes ficarão a cargo do FGTS,
observado o disposto no § 3º deste artigo.
149
Os serviços contratados pela Secretaria Executiva para suporte às ações e decisões do Conselho
Curador e do Comitê de Auditoria e Riscos, bem como os valores despendidos com terceiros;
O Conselho Curador especificará os serviços de suporte à gestão e à operação que poderão ser
contratados pela Secretaria Executiva com recursos do FGTS, cabendo-lhe aprovar o montante
destinado a tal finalidade no orçamento anual.
As auditorias externas contratadas pelo Comitê não poderão prestar serviços ao agente operador
durante a execução dos contratos de auditoria com o FGTS.
O limite de custos e despesas não inclui taxas de risco de crédito e demais custos e despesas devidos
ao agente operador e aos agentes financeiros.
O limite será, em cada exercício, de até 0,06% (seis centésimos por cento) do valor dos ativos do
FGTS ao final do exercício anterior e, até a publicação das demonstrações financeiras, esse limite será
calculado a partir de estimativas divulgadas pelo Conselho Curador para o valor dos ativos do FGTS
ao final daquele exercício.
A taxa de administração do FGTS devida ao agente operador não será superior a 0,5% (cinco décimos
por cento) ao ano do valor total dos ativos do Fundo.
A taxa de administração de que trata a alínea “d” do inciso XIII do caput deste artigo não será superior
a 0,5% (cinco décimos por cento) ao ano do valor total dos ativos do FI-FGTS.
Praticar todos os atos necessários à gestão da aplicação do Fundo, de acordo com as diretrizes
e programas estabelecidos pelo Conselho Curador;
Expedir atos normativos relativos à alocação dos recursos para implementação dos programas
aprovados pelo Conselho Curador;
Elaborar orçamentos anuais e planos plurianuais de aplicação dos recursos, discriminados por
região geográfica, e submetê-los até 31 de julho ao Conselho Curador do FGTS;
150
Definir as metas a serem alcançadas nos programas de habitação popular, saneamento básico e
infraestrutura urbana.
151
Realizar todas as aplicações com recursos do FGTS por meio de sistemas informatizados e
auditáveis;
O gestor da aplicação e o agente operador deverão dar pleno cumprimento aos programas anuais
em andamento, aprovados pelo Conselho Curador, e eventuais alterações somente poderão ser
processadas mediante prévia anuência daquele colegiado.
O gestor da aplicação, o agente operador e o Conselho Curador do FGTS serão responsáveis pelo
fiel cumprimento e observância dos critérios estabelecidos nesta Lei.
As aplicações com recursos do FGTS serão realizadas exclusivamente segundo critérios fixados pelo
Conselho Curador do FGTS e em operações que preencham os seguintes requisitos:
Garantias:
a) hipotecária;
d) hipoteca sobre outros imóveis de propriedade do agente financeiro, desde que livres e
desembaraçados de quaisquer ônus;
g) seguro de crédito;
h) garantia real ou vinculação de receitas, inclusive tarifárias, nas aplicações contratadas com pessoa
jurídica de direito público ou de direito privado a ela vinculada;
j) fiança pessoal;
152
m) fiança bancária;
Taxa de juros média mínima, por projeto, de 3 (três) por cento ao ano;
A rentabilidade média das aplicações deverá ser suficiente à cobertura de todos os custos incorridos
pelo Fundo e ainda à formação de reserva técnica para o atendimento de gastos eventuais não
previstos, e caberá ao agente operador o risco de crédito.
Os recursos do FGTS deverão ser aplicados em habitação, saneamento básico, infraestrutura urbana,
operações de microcrédito e operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas,
às instituições que atuem com pessoas com deficiência e às entidades sem fins lucrativos que
participem do SUS de forma complementar, desde que as disponibilidades financeiras sejam
mantidas em volume que satisfaça as condições de liquidez e de remuneração mínima necessárias à
preservação do poder aquisitivo da moeda.
No mínimo, 5% (cinco por cento) para instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central
do Brasil a operar com microcrédito. Estes recursos terão o seu limite mínimo revisto pelo Conselho
Curador a cada 3 (três) anos. Sendo que, o montante não utilizado pelas instituições autorizadas
153
Os projetos de saneamento básico e infraestrutura urbana financiados com recursos do FGTS serão,
preferencialmente, complementares aos programas habitacionais.
Além disso, os recursos necessários para a consecução da sistemática de desconto serão destacados,
anualmente, do orçamento de aplicação de recursos do FGTS, constituindo reserva específica, com
contabilização própria.
É da União o risco de crédito nas aplicações efetuadas até 1º de junho de 2001 pelos demais órgãos
integrantes do Sistema Financeiro da Habitação - SFH e pelas entidades credenciadas pelo Banco
Central do Brasil como agentes financeiros, sub-rogando-se nas garantias prestadas à Caixa
Econômica Federal.
Tome nota!
Nas operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem como a instituições
que atuam no campo para pessoas com deficiência, e sem fins lucrativos que participem de forma
complementar do SUS, serão observadas as seguintes condições:
A taxa de juros efetiva não será superior àquela cobrada para o financiamento habitacional na
modalidade pró-cotista ou a outra que venha a substituí-la;
A tarifa operacional única não será superior a 0,5% (cinco décimos por cento) do valor da
operação; e
O risco das operações de crédito ficará a cargo dos agentes financeiros de que trata o § 9º deste
artigo.
154
Nas operações de crédito destinadas à aplicação de recursos em microcrédito, a taxa de juros efetiva
não será superior àquela cobrada para o financiamento habitacional na área da habitação popular.
Respondam por suas obrigações até o limite dos bens e direitos que integram o seu patrimônio,
vedado qualquer tipo de garantia ou aval por parte do FGTS; e
Não paguem rendimentos a seus cotistas, assegurado o direito de resgate total ou parcial das
cotas com base na situação patrimonial dos fundos em valor não superior ao montante de recursos
financeiros ainda não vinculados às garantias contratadas.
Aos recursos do FGTS destinados à aquisição de cota de fundos garantidores não se aplicam os
requisitos de correção monetária, taxa de juros mínima e prazo máximo previstos na Lei do FGTS,
bem como a rentabilidade prevista.
A fim de enriquecer sua preparação, vejamos agora na íntegra os demais pontos da lei em estudo.
Art. 9º-A. O risco das operações de crédito de que trata o § 10 do art. 9º desta Lei ficará a
cargo dos agentes financeiros referidos no § 9º do art. 9º desta Lei, hipótese em que o
Conselho Curador poderá definir o percentual da taxa de risco, limitado a 3% (três por cento),
a ser acrescido à taxa de juros de que trata o inciso I do § 10 do art. 9º desta Lei.
155
Art. 10. O Conselho Curador fixará diretrizes e estabelecerá critérios técnicos para as
aplicações dos recursos do FGTS, visando:
III - evitar distorções na aplicação entre as regiões do País, considerando para tanto a
demanda habitacional, a população e outros indicadores sociais.
Art. 11. Os recolhimentos efetuados na rede arrecadadora relativos ao FGTS serão transferidos
à Caixa Econômica Federal até o primeiro dia útil subsequente à data do recolhimento,
observada a regra do meio de pagamento utilizado, data em que os respectivos valores serão
incorporados ao FGTS. (Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
Art. 12. No prazo de um ano, a contar da promulgação desta lei, a Caixa Econômica Federal
assumirá o controle de todas as contas vinculadas, nos termos do item I do art. 7º, passando
os demais estabelecimentos bancários, findo esse prazo, à condição de agentes recebedores
e pagadores do FGTS, mediante recebimento de tarifa, a ser fixada pelo Conselho Curador.
§1º Enquanto não ocorrer a centralização prevista no caput deste artigo, o depósito efetuado
no decorrer do mês será contabilizado no saldo da conta vinculada do trabalhador, no
primeiro dia útil do mês subsequente.
§2º Até que a Caixa Econômica Federal implemente as disposições do caput deste artigo, as
contas vinculadas continuarão sendo abertas em estabelecimento bancário escolhido pelo
empregador, dentre os para tanto autorizados pelo Banco Central do Brasil, em nome do
trabalhador.
§3º Verificando-se mudança de emprego, até que venha a ser implementada a centralização
no caput deste artigo, a conta vinculada será transferida para o estabelecimento bancário da
escolha do novo empregador.
§4º Os resultados financeiros auferidos pela Caixa Econômica Federal no período entre o
repasse dos bancos e o depósito nas contas vinculadas dos trabalhadores destinar-se-ão à
cobertura das despesas de administração do FGTS e ao pagamento da tarifa aos bancos
depositários, devendo os eventuais saldos ser incorporados ao patrimônio do Fundo nos
termos do art. 2º, § 1º.
Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos monetariamente com
base nos parâmetros fixados para atualização dos saldos dos depósitos de poupança e
capitalização juros de (três) por cento ao ano.
156
§ 1º-A. Para fins do disposto no § 1º deste artigo, o depósito realizado no prazo legal será
contabilizado no saldo da conta vinculada no vigésimo primeiro dia do mês de sua ocorrência.
(Incluído pela Lei nº 14.438, de 2022)
§ 2º No primeiro mês em que for exigível o recolhimento do FGTS no vigésimo dia, na forma
prevista no art. 15 desta Lei, a atualização monetária e os juros correspondentes da conta
vinculada serão realizados: (Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
I - no décimo dia, com base no saldo existente no décimo dia do mês anterior, deduzidos os
débitos ocorridos no período; e (Incluído pela Lei nº 14.438, de 2022)
II - no vigésimo primeiro dia, com base no saldo existente no décimo dia do mesmo mês,
atualizado na forma prevista no inciso I deste parágrafo, deduzidos os débitos ocorridos no
período, com a atualização monetária pro rata die e os juros correspondentes. (Incluído pela
Lei nº 14.438, de 2022)
§3º Para as contas vinculadas dos trabalhadores optantes existentes à data de 22 de setembro
de 1971, a capitalização dos juros dos depósitos continuará a ser feita na seguinte progressão,
salvo no caso de mudança de empresa, quando a capitalização dos juros passará a ser feita à
taxa de 3 (três) por cento ao ano:
I - 3 (três) por cento, durante os dois primeiros anos de permanência na mesma empresa;
III - 5 (cinco) por cento, do sexto ao décimo ano de permanência na mesma empresa;
IV - 6 (seis) por cento, a partir do décimo primeiro ano de permanência na mesma empresa.
§4º O saldo das contas vinculadas é garantido pelo Governo Federal, podendo ser instituído
seguro especial para esse fim.
157
Art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que, à data da promulgação da
Constituição Federal de 1988, já tinham o direito à estabilidade no emprego nos termos do
Capítulo V do Título IV da CLT.
§1º O tempo do trabalhador não optante do FGTS, anterior a 5 de outubro de 1988, em caso
de rescisão sem justa causa pelo empregador, reger-se-á pelos dispositivos constantes dos
arts. 477, 478 e 497 da CLT.
§2º O tempo de serviço anterior à atual Constituição poderá ser transacionado entre
empregador e empregado, respeitado o limite mínimo de 60 (sessenta) por cento da
indenização prevista.
§4º Os trabalhadores poderão a qualquer momento optar pelo FGTS com efeito retroativo a
1º de janeiro de 1967 ou à data de sua admissão, quando posterior àquela.
Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar,
até o vigésimo dia de cada mês, em conta vinculada, a importância correspondente a 8% (oito
por cento) da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na
remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Gratificação
de Natal de que trata a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962. (Redação dada pela Lei nº 14.438,
de 2022)
§ 2º Considera-se trabalhador toda pessoa física que prestar serviços a empregador, a locador
ou tomador de mão-de-obra, excluídos os eventuais, os autônomos e os servidores públicos
civis e militares sujeitos a regime jurídico próprio.
§ 3º Os trabalhadores domésticos poderão ter acesso ao regime do FGTS, na forma que vier
a ser prevista em lei.
§ 5º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para
prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho.
158
Art. 16. Para efeito desta lei, as empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista poderão
equiparar seus diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do
FGTS. Considera-se diretor aquele que exerça cargo de administração previsto em lei, estatuto
ou contrato social, independente da denominação do cargo.
I - aos trabalhadores, que incluam a prestação de informações sobre seus créditos perante o
Fundo e o acionamento imediato da inspeção do trabalho em caso de inadimplemento do
empregador, de forma que seja possível acompanhar a evolução de eventuais cobranças
administrativas e judiciais dos valores não recolhidos;
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este
obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos
depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver
sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais.
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta
vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de
todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho,
atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça
do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento.
159
Art. 19. No caso de extinção do contrato de trabalho prevista no art. 14 desta lei, serão
observados os seguintes critérios:
II - não havendo indenização a ser paga, ou decorrido o prazo prescricional para a reclamação
de direitos por parte do trabalhador, o empregador poderá levantar em seu favor o saldo da
respectiva conta individualizada, mediante comprovação perante o órgão competente do
Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Art. 19-A. É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de
trabalho seja declarado nulo nas hipóteses previstas no art. 37, § 2o, da Constituição Federal,
quando mantido o direito ao salário.
Parágrafo único. O saldo existente em conta vinculada, oriundo de contrato declarado nulo
até 28 de julho de 2001, nas condições do caput, que não tenha sido levantado até essa data,
será liberado ao trabalhador a partir do mês de agosto de 2002.
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes
situações:
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior;
I-A - extinção do contrato de trabalho prevista no art. 484-A da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943;
IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim
habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de
pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta
vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a
requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento;
a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na
mesma empresa ou em empresas diferentes;
160
VII – pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou lote urbanizado
de interesse social não construído, observadas as seguintes condições:
a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do
FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes;
VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos fora do regime do FGTS;
X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias,
comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional.
XII - aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei n° 6.385, de 7
de dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 50 % (cinquenta por cento) do saldo
existente e disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na
data em que exercer a opção.
XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV;
XVI - necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural, conforme
disposto em regulamento, observadas as seguintes condições:
b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após
a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou
de estado de calamidade pública; e
XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, necessite adquirir órtese ou
prótese para promoção de acessibilidade e de inclusão social.
161
a) o mutuário deverá contar com o mínimo de três anos de trabalho sob o regime do FGTS,
na mesma empresa ou em empresas diferentes;
b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o Sistema Financeiro da Habitação
(SFH) ou ainda por intermédio de parcelamento efetuado pela Secretaria do Patrimônio da
União (SPU), mediante a contratação da Caixa Econômica Federal como agente financeiro dos
contratos de parcelamento;
XXI - a qualquer tempo, quando seu saldo for inferior a R$ 80,00 (oitenta reais) e não houver
ocorrido depósitos ou saques por, no mínimo, 1 (um) ano, exceto na hipótese prevista no
inciso I do § 5º do art. 13 desta Lei;
§ 1º A regulamentação das situações previstas nos incisos I e II assegurar que a retirada a que
faz jus o trabalhador corresponda aos depósitos efetuados na conta vinculada durante o
período de vigência do último contrato de trabalho, acrescida de juros e atualização
monetária, deduzidos os saques.
§ 3º O direito de adquirir moradia com recursos do FGTS, pelo trabalhador, só poderá ser
exercido para um único imóvel.
§ 4º O imóvel objeto de utilização do FGTS somente poderá ser objeto de outra transação
com recursos do fundo, na forma que vier a ser regulamentada pelo Conselho Curador.
162
§ 9° Decorrido o prazo mínimo de doze meses, contados da efetiva transferência das quotas
para os Fundos Mútuos de Privatização, os titulares poderão optar pelo retorno para sua conta
vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
§ 10. A cada período de seis meses, os titulares das aplicações em Fundos Mútuos de
Privatização poderão transferi-las para outro fundo de mesma natureza.
§ 11. O montante das aplicações de que trata o § 6° deste artigo ficará limitado ao valor dos
créditos contra o Tesouro Nacional de que seja titular o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço.
§ 12. Desde que preservada a participação individual dos quotistas, será permitida a
constituição de clubes de investimento, visando a aplicação em quotas de Fundos Mútuos de
Privatização.
§ 13. A garantia a que alude o § 4o do art. 13 desta Lei não compreende as aplicações a que
se referem os incisos XII e XVII do caput deste artigo.
I - a parcela dos ganhos nos Fundos Mútuos de Privatização até o limite da remuneração das
contas vinculadas de que trata o art. 13 desta Lei, no mesmo período; e
§ 17. Fica vedada a movimentação da conta vinculada do FGTS nas modalidades previstas
nos incisos V, VI e VII deste artigo, nas operações firmadas, a partir de 25 de junho de 1998,
no caso em que o adquirente já seja proprietário ou promitente comprador de imóvel
localizado no Município onde resida, bem como no caso em que o adquirente já detenha, em
qualquer parte do País, pelo menos um financiamento nas condições do SFH.
§ 19. A integralização das cotas previstas no inciso XVII do caput deste artigo será realizada
por meio de Fundo de Investimento em Cotas - FIC, constituído pela Caixa Econômica Federal
especificamente para essa finalidade.
163
II - declaração por escrito, individual e específica, pelo trabalhador de sua ciência quanto aos
riscos do investimento que está realizando.
§ 23. As movimentações das contas vinculadas nas situações previstas nos incisos V, VI e VII
do caput deste artigo poderão ser realizadas fora do âmbito do SFH, observados os mesmos
limites financeiros das operações realizadas no âmbito desse sistema, no que se refere ao
valor máximo de movimentação da conta vinculada, e os limites, critérios e condições
estabelecidos pelo Conselho Curador.
§ 25. O agente operador deverá oferecer, nos termos do regulamento do Conselho Curador,
em plataformas de interação com o titular da conta, inclusive por meio de dispositivos móveis,
opções para consulta e transferência, a critério do trabalhador, para conta de depósitos de
sua titularidade em qualquer instituição financeira do Sistema Financeiro Nacional, dos
recursos disponíveis para movimentação em decorrência das situações previstas neste artigo,
cabendo ao agente operador estabelecer os procedimentos operacionais a serem observados.
§ 26. As transferências de que trata o § 25 deste artigo não acarretarão a cobrança de tarifas
pelo agente operador ou pelas demais instituições financeiras.
Art. 20-A. O titular de contas vinculadas do FGTS estará sujeito a somente uma das seguintes
sistemáticas de saque:
I - saque-rescisão; ou
II - saque-aniversário.
164
Art. 20-B. O titular de contas vinculadas do FGTS estará sujeito originalmente à sistemática
de saque-rescisão e poderá optar por alterá-la, observado o disposto no art. 20-C desta Lei.
Art. 20-C. A primeira opção pela sistemática de saque-aniversário poderá ser feita a qualquer
tempo e terá efeitos imediatos.
Art. 20-D. Na situação de movimentação de que trata o inciso XX do caput do art. 20 desta
Lei, o valor do saque será determinado:
§ 1º Na hipótese de o titular possuir mais de uma conta vinculada, o saque de que trata este
artigo será feito na seguinte ordem:
I - contas vinculadas relativas a contratos de trabalho extintos, com início pela conta que tiver
o menor saldo; e
II - demais contas vinculadas, com início pela conta que tiver o menor saldo.
§ 2º O Poder Executivo federal, respeitada a alíquota mínima de 5% (cinco por cento), poderá
alterar, até o dia 30 de junho de cada ano, os valores das faixas, das alíquotas e das parcelas
adicionais constantes do Anexo desta Lei para vigência no primeiro dia do ano subsequente.
§ 3º A critério do titular da conta vinculada do FGTS, os direitos aos saques anuais de que
trata o caput deste artigo poderão ser objeto de alienação ou cessão fiduciária, nos termos
do art. 66-B da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, em favor de qualquer instituição financeira
do Sistema Financeiro Nacional, sujeitas as taxas de juros praticadas nessas operações aos
limites estipulados pelo Conselho Curador, os quais serão inferiores aos limites de taxas de
165
§ 3º-A. A critério do titular da conta vinculada do FGTS, os direitos aos saques anuais de que
trata o caput deste artigo poderão ser objeto de caução para operações de microcrédito, nos
termos da legislação do SIM Digital, em favor de qualquer instituição financeira do Sistema
Financeiro Nacional. (Incluído pela Lei nº 14.438, de 2022)
§ 5º As situações de movimentação de que trata o § 2º do art. 20-A desta Lei serão efetuadas
com observância ao limite decorrente do bloqueio referido no § 4º deste artigo.
§ 6º A vedação prevista no § 2º do art. 2º desta Lei não se aplica às disposições dos §§ 3º, 4º
e 5º deste artigo.
§ 7º Na hipótese de despedida sem justa causa, o trabalhador que optar pela sistemática
saque-aniversário também fará jus à movimentação da multa rescisória de que tratam os §§
1º e 2º do art. 18 desta Lei.
Art. 21. Os saldos das contas não individualizadas e das contas vinculadas que se conservem
ininterruptamente sem créditos de depósitos por mais de cinco anos, a partir de 1º de junho
de 1990, em razão de o seu titular ter estado fora do regime do FGTS, serão incorporados ao
patrimônio do fundo, resguardado o direito do beneficiário reclamar, a qualquer tempo, a
reposição do valor transferido.
Art. 22. O empregador que não realizar os depósitos nos termos dos arts. 15 e 18 desta Lei
responderá pela incidência da Taxa Referencial (TR) sobre a importância correspondente.
(Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
§ 1o Sobre o valor dos depósitos, acrescido da TR, incidirão, ainda, juros de mora de 0,5% a.m.
(cinco décimos por cento ao mês) ou fração e multa, sujeitando-se, também, às obrigações e
sanções previstas no Decreto-Lei no 368, de 19 de dezembro de 1968.
§ 2o A incidência da TR de que trata o caput deste artigo será cobrada por dia de atraso,
tomando-se por base o índice de atualização das contas vinculadas do FGTS.
§ 2o-A. A multa referida no § 1o deste artigo será cobrada nas condições que se seguem:
§ 3o Para efeito de levantamento de débito para com o FGTS, o percentual de 8% (oito por
cento) incidirá sobre o valor acrescido da TR até a data da respectiva operação.
166
I - não depositar mensalmente o percentual referente ao FGTS, bem como os valores previstos
no art. 18 desta Lei, nos prazos de que trata o § 6o do art. 477 da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT;
IV - deixar de computar, para efeito de cálculo dos depósitos do FGTS, parcela componente
da remuneração;
VII - deixar de apresentar ou de promover a retificação das informações de que trata o art.
17-A desta Lei no prazo concedido na notificação da decisão definitiva exarada no processo
administrativo que reconheceu a procedência da notificação de débito decorrente de omissão,
de erro, de fraude ou de sonegação constatados. (Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
II - no inciso V do § 1º deste artigo, quando realizada no prazo nele referido. (Incluído pela
Lei nº 14.438, de 2022)
§ 1º-B. A suspensão da ação punitiva prevista no § 1º-A deste artigo será mantida durante a
vigência do parcelamento, e a quitação integral dos valores parcelados extinguirá a infração.
(Incluído pela Lei nº 14.438, de 2022)
§ 2º Pela infração ao disposto no § 1º deste artigo, o infrator estará sujeito às seguintes multas:
(Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
b) 30% (trinta por cento) sobre o débito atualizado apurado pela inspeção do trabalho,
confessado pelo empregador ou lançado de ofício, nas hipóteses previstas nos incisos I, IV e
V do § 1º deste artigo; e (Redação dada pela Lei nº 14.438, de 2022)
c) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 300,00 (trezentos reais) por trabalhador prejudicado, nas
hipóteses previstas nos incisos VI e VII do § 1º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 14.438,
de 2022)
167
§ 4º Os valores das multas, quando não recolhidas no prazo legal, serão atualizados
monetariamente até a data de seu efetivo pagamento, através de sua conversão pelo BTN
Fiscal.
Art. 23-A. A notificação do empregador relativa aos débitos com o FGTS, o início de
procedimento administrativo ou a medida de fiscalização interrompem o prazo prescricional.
Art. 24. Por descumprimento ou inobservância de quaisquer das obrigações que lhe compete
como agente arrecadador, pagador e mantenedor do cadastro de contas vinculadas, na forma
que vier a ser regulamentada pelo Conselho Curador, fica o banco depositário sujeito ao
pagamento de multa equivalente a 10 (dez) por cento do montante da conta do empregado,
independentemente das demais cominações legais.
Art. 25. Poderá o próprio trabalhador, seus dependentes e sucessores, ou ainda o Sindicato a
que estiver vinculado, acionar diretamente a empresa por intermédio da Justiça do Trabalho,
para compeli-la a efetuar o depósito das importâncias devidas nos termos desta lei.
Art. 26. É competente a Justiça do Trabalho para julgar os dissídios entre os trabalhadores e
os empregadores decorrentes da aplicação desta lei, mesmo quando a Caixa Econômica
Federal e o Ministério do Trabalho e da Previdência Social figurarem como litisconsortes.
168
§ 2º Para a geração das guias de depósito, os valores devidos a título de FGTS e o período
laboral a que se referem serão expressamente identificados.
b) obtenção, por parte da União, dos Estados ou dos Municípios, ou por órgãos da
Administração federal, estadual ou municipal, direta, indireta ou fundacional, ou
indiretamente pela União, pelos Estados ou pelos Municípios, de empréstimos ou
financiamentos realizados com lastro em recursos públicos ou oriundos do FGTS perante
quaisquer instituições de crédito;
Art. 28. São isentos de tributos federais os atos e operações necessários à aplicação desta lei,
quando praticados pela Caixa Econômica Federal, pelos trabalhadores e seus dependentes ou
sucessores, pelos empregadores e pelos estabelecimentos bancários.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo às importâncias devidas, nos termos desta
lei, aos trabalhadores e seus dependentes ou sucessores.
Art. 29. Os depósitos em conta vinculada, efetuados nos termos desta lei, constituirão
despesas dedutíveis do lucro operacional dos empregadores e as importâncias levantadas a
seu favor implicarão receita tributável.
Art. 29-A. Quaisquer créditos relativos à correção dos saldos das contas vinculadas do FGTS
serão liquidados mediante lançamento pelo agente operador na respectiva conta do
trabalhador.
Art. 29-B. Não será cabível medida liminar em mandado de segurança, no procedimento
cautelar ou em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, nem a tutela
antecipada prevista nos arts. 273 e 461 do Código de Processo Civil que impliquem saque ou
movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS.
Art. 29-C. Nas ações entre o FGTS e os titulares de contas vinculadas, bem como naquelas
em que figurem os respectivos representantes ou substitutos processuais, não haverá
condenação em honorários advocatícios.
169
Art. 30. Fica reduzida para 1 1/2 (um e meio) por cento a contribuição devida pelas empresas
ao Serviço Social do Comércio e ao Serviço Social da Indústria e dispensadas estas entidades
da subscrição compulsória a que alude o art. 21 da Lei nº 4.380, de 21 de agosto de 1964.
Art. 31. O Poder Executivo expedirá o Regulamento desta lei no prazo de 60 (sessenta) dias a
contar da data de sua promulgação.
Art. 32. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogada a Lei nº 7.839, de 12 de
outubro de 1989, e as demais disposições em contrário.
A Lei nº 8.036/1990 estabelece as normas para o FGTS, enquanto a Lei nº 8.212/1991 trata das
contribuições à Seguridade Social, incluindo as informações que devem ser prestadas à Previdência
Social.
Tome nota!
A GRFGTS permite o
Baseia-se nas A GRFGTS está
uso de uma única guia
informações alinhada com as
A guia é emitida pela para pagamentos
fornecidas pelo e- normas do Sistema
Caixa Econômica mensais e rescisórios,
Social, o que facilita a Público de
Federal. automatizando
automatização do Escrituração Digital
cálculos durante
processo. (SPED) Fiscal.
rescisões contratuais.
170
Mesmo que não haja recolhimento para o FGTS em determinado período, é importante fornecer
todas as informações cadastrais e financeiras à Previdência Social e ao FGTS. Isso garante a
regularidade das obrigações trabalhistas e previdenciárias, permitindo o correto monitoramento e
controle por parte dos órgãos competentes. O não cumprimento dessas obrigações pode acarretar
em penalidades e complicações legais para a empresa ou contribuinte.
Além disso, o depósito do FGTS deve ser realizado até o dia 7 do mês seguinte à competência do
recolhimento.
A Lei nº 10.836/2004 instituiu o Programa Bolsa Família no Brasil, que é uma iniciativa do governo
federal voltada para o combate à pobreza e extrema pobreza. Esse programa utiliza a transferência
direta de recursos financeiros para famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo
de:
Combate à Pobreza: O Bolsa Família busca reduzir os índices de pobreza e extrema pobreza no
país, proporcionando assistência financeira a famílias em situação de vulnerabilidade.
Promoção da Inclusão Social: Além de fornecer recursos financeiros, o programa visa promover
a inclusão social das famílias atendidas, buscando melhorar suas condições de vida e possibilitar o
acesso a serviços essenciais.
171
O Bolsa Família é uma estratégia importante no contexto das políticas sociais brasileiras, buscando
abordar não apenas a questão financeira, mas também promover a inclusão social e o acesso a
serviços básicos. A seleção das famílias beneficiárias é realizada com base no Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal. Esse cadastro é uma ferramenta de identificação e
caracterização socioeconômica das famílias de baixa renda.
Além disso, o Bolsa Família oferece uma variedade de benefícios, cada um atendendo a diferentes
necessidades.
Ex.: Bolsa Básica, o Bolsa Variável, o Bolsa Variável Jovem, entre outros. Cada tipo de benefício
tem critérios específicos de elegibilidade e valores diferentes.
Acompanhamento pré-natal:
Exige-se que as gestantes beneficiárias do programa realizem o
acompanhamento pré-natal para garantir a saúde da mãe e do bebê.
172
Dispensa sem justa causa: O trabalhador deve ser dispensado do emprego sem justa causa para
ser elegível ao Seguro-Desemprego.
Pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, na
primeira solicitação.
Pelo menos 9 meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, na
segunda solicitação.
Cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, nas demais solicitações.
Tome nota!
O número de parcelas do benefício varia de acordo com o tempo de trabalho nos últimos 36 meses
antes da dispensa. Esse critério é importante para determinar a extensão do suporte financeiro
oferecido pelo programa.
173
O Abono Salarial visa garantir o valor equivalente a um salário mínimo anual ao trabalhador que
atenda aos critérios estabelecidos, vejamos:
I) Ter percebido, de
empregadores que II) Ter exercido atividade II) Estar cadastrado há
contribuem para o PIS ou remunerada pelo menos 5 anos no
Pasep, até dois salários ininterrupta por pelo Fundo de Participação
mínimos médios de menos cento e oitenta PIS-Pasep ou no Cadastro
remuneração mensal no dias no ano-base. Nacional do Trabalhador.
período trabalhado.
Tome nota!
O Abono Salarial é pago anualmente, seguindo um calendário estabelecido pelo Governo Federal.
Importante!
O Abono Salarial anual tem um valor máximo de 1 salário-mínimo vigente na data do respectivo
pagamento.
1) Introdução
2) Conta corrente
Antes da promulgação da Resolução 4.753/19, o principal ato normativo que regulava a abertura,
manutenção e encerramento de contas correntes era a Resolução do Conselho Monetário Nacional
(CMN) nº 2.025, de 24 de novembro de 1993 (Resolução 2.025/93). Esta resolução, no entanto,
abordava exclusivamente procedimentos presenciais e a apresentação de documentos físicos.
A Resolução 4.753/19 representa uma simplificação e modernização significativa dos requisitos para
abertura, manutenção e encerramento de contas correntes em comparação com a
regulamentação anterior.
Inicialmente, a nova regulamentação deixa a cargo das instituições financeiras a definição dos
requisitos de informação e documentação necessários para a abertura de contas, permitindo até
mesmo a adoção de processos simplificados de qualificação, adequados aos diferentes perfis de
clientes e tipos de conta oferecidos.
Tome nota!
Importante!
Quanto à abertura e encerramento das contas, a resolução permite que esses processos sejam
realizados por meio de qualquer canal de atendimento disponibilizado pela instituição, incluindo
meios eletrônicos, mas excluindo o uso de canais telefônicos. Isso abre espaço para o onboarding
digital, utilizando tecnologias mais eficientes. A resolução também estabelece requisitos mínimos
para os contratos de abertura de conta e define regras para o encerramento, incluindo um prazo
máximo de 30 dias após a solicitação do cliente.
As regras da resolução se aplicam não apenas às contas de residentes, mas também às contas de
não residentes e às contas em moeda estrangeira no Brasil. Cada instituição deve designar um diretor
responsável pelo cumprimento dessas obrigações.
175
3) Pessoa Natural
A pessoa física ou pessoa natural, é aquela que possui personalidade jurídica, ou seja, possui a
aptidão para ser titular de direitos e contrair obrigações na órbita jurídica. Conforme o art. 2º do
Código Civil:
Art. 2º do CC. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe
a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
É o ente de vida intrauterina. Também chamado de prole O feto nascido morto. Nesse
eventual, é aquele que não caso, ele deverá ser registrado
chegou a ser concebido. em livro próprio do cartório
de pessoas naturais.
176
A pessoa jurídica nasce efetivamente somente com o registro, que possui natureza constitutiva, pois
é ele que dá personalidade jurídica a elas.
O art. 45 do Código Civil prevê que o registro da pessoa jurídica é constitutivo (a personalidade só
surge com o registro), já que por ele se inicia a existência da pessoa jurídica.
3.2) Domicílio
De acordo com o art. 70 do CC, o domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.
No caso de haver pluralidade de residências, estabelece o art. 71 que será considerado domicílio
qualquer delas.
177
O chamado domicilio aparente encontra-se tipificado no art. 73 do CC que prevê que se terá por
domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
Haverá mudança de domicílio quando for transferida a residência, com a intenção manifesta de se
mudar.
Por fim, o domicílio necessário, legal ou compulsório: é aquele que, em razão de uma qualidade da
pessoa, será estabelecido por lei. Possuem domicílio necessário:
Preso: lugar onde cumpre sua condenação definitiva. Logo, se a prisão for provisória, não há
domicílio necessário.
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é descrito como o conjunto de entidades e sistemas que
facilitam as transferências de recursos no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Essencialmente, o SPB
constitui a infraestrutura que possibilita a liquidação e a custódia de recursos no Brasil. Dentro desse
sistema, as entidades responsáveis por operar as infraestruturas do mercado financeiro recebem o
nome de Instituições Operadoras de Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMF).
Além das IMF, que gerenciam os sistemas que compõem o SPB, também integram esse sistema as
instituições financeiras, as instituições de pagamento e os arranjos de pagamento. Dada a
complexidade e a importância desse sistema para a sociedade, qualquer falha, mesmo que parcial,
pode acarretar consequências significativas.
178
O SPB passou por grandes transformações, primeiro em 2002 com a criação do Sistema de
Transferência de Reservas (STR) e depois em 2013 com o surgimento das instituições de pagamentos
e dos arranjos de pagamentos.
Monitoramento em tempo real do saldo das contas Reservas Bancárias e Conta de Liquidação,
impedindo qualquer saldo devedor a qualquer momento.
Oferta de empréstimo ponte diário sem cobrança de juros (redesconto intradia), com o Banco
Central comprando títulos públicos federais dos bancos, que precisavam recomprá-los no mesmo
dia, com resultados financeiros registrados em tempo real nas contas Reservas Bancárias.
Sistema Selic realizando liquidação de operações com títulos públicos federais em tempo real.
Assunção do risco privado pelo setor, com regras mais rígidas para as câmaras de compensação
privadas, que passaram a adotar mecanismos eficazes de gerenciamento de riscos, como estabelecer
limites para os bancos com base em garantias prévias.
Além disso, houve a adoção de um mecanismo que incentivava os bancos a oferecerem novos
produtos à clientela, promovendo a migração de pagamentos de valor superior a R$ 5 mil, antes
realizados por cheques e DOC, para instrumentos de pagamento eletrônicos bem estruturados,
como o TED.
179
Sistema de
Pagamentos Brasileiro
demais Instituições
(SPB)
Operadoras de
Infraestruturas do
Mercado Financeiro
(IMFs)
instituições e arranjos
de pagamentos
Ex.: até 2018, cada banco tinha seu limite para pagamentos de boletos em dinheiro. No entanto,
o Conselho Monetário Nacional (CMN) reorganizou essa dinâmica em 2018, estabelecendo que
boletos acima de R$10 mil não poderiam mais ser pagos em espécie.
Além disso, os bancos foram obrigados a comunicar entre si quando houvesse o pagamento em
dinheiro de boletos emitidos por outros bancos. A partir de 2019, os bancos não podiam recusar a
liquidação de boletos abaixo de R$10 mil. Essas medidas simplificaram as operações de pagamento,
tornando-as mais seguras e eficientes para os consumidores, evitando situações desagradáveis de
filas longas para descobrir que o pagamento não seria possível.
Nesse contexto, o Banco Central do Brasil desempenha um papel crucial no zelo pelo bom
funcionamento do sistema. Ele exerce vigilância contínua sobre as IMF e participa ativamente no
processo, garantindo a estabilidade e eficiência do SPB. O texto destaca a sensibilidade do assunto
e enfatiza a responsabilidade do Banco Central em assegurar a integridade e o adequado
desempenho desse componente vital para a economia.
180
TED (Transferência Eletrônica Disponível): Similar ao DOC, mas sem valor máximo desde 2016. A TED não
possui valor mínimo, e a liquidação ocorre de forma diferente do DOC.
DOC (Documento de Ordem de Crédito): Uma ordem de transferência interbancária de fundos, utilizada
para montantes inferiores a R$5.000. A liquidação dos DOCs ocorre no dia útil seguinte à ordem.
Pix: Destaque merecido, o Pix é um método moderno de transferência instantânea que permite
transações em tempo real, sendo um dos mais recentes e eficientes instrumentos de pagamento.
Cartão: Instrumento utilizado para realizar pagamentos, disponível nas modalidades crédito, débito e pré-
pago.
Importante!
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou que o meio de pagamento DOC terá suas
funções de emissão e agendamento disponíveis somente até as 22h de 15 de janeiro, sendo
descontinuado posteriormente. Importante ressaltar que a última data para agendamento de DOC
é 29 de fevereiro, quando o sistema será encerrado definitivamente. Os bancos terão até essa data
para processar os agendamentos enviados pelos clientes.
Tome nota!
181
Regulamento: Define o tipo de obrigação que pode ser liquidada, participantes, horários de
liquidação, situações de inadimplência, etc.
Tipo e Horário de Liquidação: Pode ser bruta, líquida ou híbrida, com horários específicos
para as liquidações.
182
Tipos de Sistemas:
Imagine que, ao longo de um dia, o Banco A e o Banco B realizam diversas transações entre si. Ao
final do dia, todas essas operações são somadas e compensadas, e a liquidação ocorre pelo saldo
final entre os dois bancos. Se uma instituição falhar no pagamento, o risco de liquidação afeta todas
as transações acumuladas.
No sistema LBTR, cada transação entre o Banco A e o Banco B é liquidada em tempo real. Se o Banco
A transferir R$20.000 para o Banco B, esse valor é imediatamente debitado da conta de reservas
bancárias do Banco A e creditado na conta do Banco B. Isso ocorre individualmente para cada
transação.
Um sistema híbrido pode envolver alguma compensação contínua ao longo do dia, mas sem esperar
até o final do dia para compensar todas as operações. Pode combinar características de LDL e LBTR
para equilibrar eficiência e risco de liquidação. Por exemplo, as transações podem ser acumuladas
ao longo do dia, mas compensadas e liquidadas mais frequentemente do que em um sistema
puramente LDL.
183
O STR opera como um sistema de Liquidação Bruta em Tempo Real (LBTR), processando transações
individualmente no momento em que são enviadas. Todas as operações, incluindo aquelas
relacionadas a câmbio, títulos e valores mobiliários, são liquidadas no STR. O processamento ocorre
por meio de lançamentos nas contas que os participantes mantêm no Banco Central, que é
conhecido como o "banco dos bancos". Existem dois tipos de contas no STR:
Tome nota!
No STR, são processadas transações como TED, DOC, cheque e boleto, desde que ultrapassem o
Valor de Referência para Liquidação Bilateral (VRLB), específico para cada tipo de instrumento.
Valores inferiores ao VRLB são processados em outros sistemas, com liquidação diferida líquida ou
híbrida.
Importante!
As transferências de fundos no STR são irrevogáveis, ou seja, não é possível cancelar uma operação.
Para reverter uma transação, é necessário realizar outra no sentido contrário. Além disso, o sistema
é estruturado de forma a não permitir lançamentos a descoberto, garantindo assim a solidez e a
integridade do sistema.
184
1) Introdução
Aumento do Rendimento no Trabalho: Uma boa saúde física e mental resulta em maior
produtividade, permitindo que os funcionários executem suas tarefas com eficiência. Trabalhar
enfrentando dores, desconfortos ou fadiga excessiva prejudica o rendimento, diminuindo a
concentração e, em alguns casos, impedindo a execução de determinadas atividades.
185
Além disso, a prevenção de defeitos em instrumentos de trabalho contribui para evitar acidentes,
preservando a saúde física e o bem-estar dos trabalhadores que os manipulam.
Na negociação e mediação, a escuta ativa emerge como uma técnica fundamental para aprimorar
a comunicação e facilitar a interação entre as partes envolvidas. Richard Salem define a escuta ativa,
também conhecida como escuta empática ou reflexiva, como uma abordagem que aprimora a
compreensão mútua e a confiança durante as conversações. Essa habilidade demonstra ser crucial
para o sucesso tanto de negociações quanto de processos de mediação. Dentre os benefícios da
escuta empática destacam-se:
b) a promoção da d) a criação de um
a) a construção de c) o estímulo à
liberação de ambiente seguro
confiança e revelação de
emoções e a e propício para a
respeito entre os informações
redução de resolução de
participantes; relevantes;
tensões; problemas.
Segundo Renée Gendron, a escuta ativa proporciona um espaço onde as partes se sentem à vontade
para compartilhar suas experiências e emoções de maneira construtiva. Autores como Gabbay,
Faleck e Tartuce ressaltam a importância da escuta ativa na mediação, enfatizando que o mediador
deve participar ativamente das conversas, demonstrando receptividade e mantendo contato visual
com os envolvidos. É essencial que o mediador mantenha uma postura objetiva e imparcial,
oferecendo tempo e atenção equitativos a todas as partes.
O manual de mediação do CNJ destaca a regra da não interrupção durante a escuta ativa, vejamos:
[...] que mesmo se o ponto levantado pela parte que interrompeu tiver sido interessante, o
mediador deve estimular as partes a não se interromperem. Pois caso não o faça, criará uma
regra implícita de que em alguns casos se permite a interrupção. Se nas primeiras interrupções
o mediador recordar a regra da escuta ininterrupta seguramente as partes tenderão a não
mais se interromperem. Por outro lado, se o mediador começar a julgar a conveniência de
algumas interrupções as partes tenderão a se interromper e olhar para o mediador para que
esse possa "exercer seu juízo de conveniência" - o que não se mostra recomendável na maior
parte das mediações. De fato, as interrupções devem ser coibidas nas primeiras frações de
segundos da interrupção - para que não se crie essa percepção de "juízo de conveniência".
186
A escuta ativa, conforme sublinhado por Tânia Almeida, vai além do mero ato de ouvir, exigindo
interesse genuíno no que o interlocutor está compartilhando. Essa prática reforça a importância do
respeito e da atenção dedicada ao interlocutor, proporcionando legitimidade à sua expressão oral.
Para William Ury, mediador renomado, a escuta ativa é uma arte que requer respeito genuíno,
demandando que o ouvinte suspenda suas próprias referências e concentre-se no ponto de vista do
outro. Ele destaca a importância de ouvir não apenas as palavras, mas também os pensamentos e
sentimentos não expressos, enfocando tanto o conteúdo quanto o ser humano que o manifesta.
Em síntese, a escuta ativa vai além da simples audição, promovendo um verdadeiro entendimento
e estabelecendo uma base sólida para a construção de confiança e respeito mútuos. Tanto do ponto
de vista das partes envolvidas quanto do mediador ou negociador, a escuta ativa emerge como uma
ferramenta valiosa para esclarecer interesses, incentivar a negociação e avaliar o nível de abertura
das partes ao longo do processo.
Momento da Questão
FCC (2018) – Obter sucesso na comunicação ao telefone requer usar a escuta ativa para
controlar e conduzir uma conversa. A escuta ativa exige o conhecimento e a aplicação de
algumas técnicas, dentre as quais está a sondagem, que envolve
a) repetir com outras palavras o que a outra pessoa disse, encorajando-a a falar mais.
e) dizer ao outro quais são suas percepções em relação aos sentimentos da outra pessoa
Gabarito: Letra C.
Comentário: A sondagem é uma técnica que consiste em fazer perguntas abertas e específicas
para entender melhor o que a outra pessoa está comunicando, obter mais informações e esclarecer
pontos importantes na conversa.
187
Na escuta ativa, além da paráfrase para demonstrar empatia, a sondagem por meio de perguntas é
uma técnica fundamental para investigar e compreender as necessidades do cliente. Fazer perguntas
abertas e específicas ajuda a obter informações adicionais, esclarecer dúvidas e garantir que o
atendente compreenda completamente as expectativas e necessidades do cliente. Essa abordagem
proativa na formulação de perguntas permite uma comunicação mais eficaz e contribui para um
melhor atendimento ao cliente.
O planejamento é uma das funções fundamentais do administrador, sendo uma arte que envolve a
definição de objetivos e a escolha antecipada do melhor curso de ação para alcançá-los. Essa
atividade implica estabelecer metas, estruturar planos de ação e desenvolver estratégias que
orientem o alcance da finalidade da organização. Segundo Chiavenato (2014), o planejamento
responde às questões de onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como, e em que
sequência.
Já caiu em prova!
Dentro desse contexto, destaca-se o planejamento estratégico, uma abordagem que envolve a
formulação de estratégias abrangendo todos os níveis hierárquicos da organização. Essa prática visa
integrar os pontos fortes e fracos da instituição com as oportunidades e ameaças do ambiente. No
âmbito do planejamento estratégico, é crucial responder a uma série de perguntas essenciais, tais
como:
188
Já caiu em prova!
A Análise SWOT, também conhecida como Análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e
Ameaças), é uma técnica fundamental no planejamento estratégico que visa identificar e avaliar os
elementos internos e externos que impactam a empresa em seu ambiente de atuação. Essa
abordagem proporciona uma visão abrangente das Forças e Fraquezas internas, bem como das
Oportunidades e Ameaças externas, permitindo à organização tomar decisões informadas. Vejamos:
Força Fraqueza
(strenghts) (weakness)
Oportunidade Ameaças
(opportunities) (threats)
Durante esta análise, tenha em mente que as forças e oportunidades são uteis para a empresa,
enquanto as fraquezas e ameaças são prejudiciais para a empresa.
189
Essa técnica, que se tornou uma consequência natural da integração estratégica entre marketing e
vendas, é implementada de diversas maneiras, utilizando abordagens prioritárias, baseadas em
necessidades ou valores, e quatro tipos principais: geográfica, demográfica, comportamental e
psicográfica.
190
A segmentação de mercado, ao proporcionar uma compreensão mais profunda dos diferentes tipos
de clientes, é uma prática valiosa para o crescimento do negócio. Ela não apenas otimiza a eficiência
das equipes de marketing e vendas, mas também contribui para a construção de relacionamentos
mais sólidos e duradouros com os clientes-alvo.
Os serviços possuem características distintas em comparação aos bens tangíveis, o que os torna
únicos e apresenta desafios específicos para as empresas que os oferecem. Vejamos:
Intangibilidade:
Inseparabilidade:
Serviços
Variabilidade:
Perissibilidade:
Entender essas características é essencial para as empresas que prestam serviços, pois influenciam
a forma como os serviços são projetados, entregues, precificados e gerenciados. Estratégias eficazes
191
A gestão da qualidade em serviços é uma abordagem essencial para garantir que as empresas
forneçam serviços consistentes, satisfatórios e alinhados às expectativas dos clientes. Ao contrário
dos produtos tangíveis, os serviços apresentam características únicas que requerem estratégias
específicas para garantir a qualidade.
Feedback Contínuo: A coleta regular de feedback dos clientes é uma prática essencial na gestão
da qualidade em serviços. Isso fornece insights valiosos sobre áreas que precisam de melhoria e
destaca as práticas que estão sendo bem-sucedidas.
Resolução Eficaz de Problemas: Desenvolver processos eficazes para resolver problemas e lidar
com reclamações é crucial. A rápida resolução de problemas contribui para a satisfação do cliente e
evita impactos negativos na reputação da empresa.
Ao adotar uma abordagem abrangente para a gestão da qualidade em serviços, as empresas podem
criar uma vantagem competitiva, aumentar a satisfação do cliente e fortalecer sua reputação no
mercado. A qualidade dos serviços é um fator-chave na construção de relacionamentos duradouros
com os clientes e no sucesso a longo prazo das organizações.
O 5S, uma metodologia japonesa, é uma abordagem eficaz para melhorar a qualidade e a eficiência
em organizações e serviços. Ao aplicar os cinco princípios do 5S - Seiri (Classificação), Seiton
(Arrumação), Seiso (Limpeza), Seiketsu (Padronização) e Shitsuke (Disciplina) - na gestão da
qualidade de serviços, as organizações podem aprimorar a organização, eliminar desperdícios,
aumentar a produtividade e garantir a qualidade dos processos de atendimento ao cliente. Vamos
explorar cada um desses princípios em detalhes:
Seiri (Classificação):
Seiton (Arrumação):
• Organização eficiente dos itens necessários, estabelecendo uma localização padrão para cada item.
• Rotulação e designação de responsabilidades claras para manter a ordem e facilitar a localização
rápida dos itens.
Shitsuke (Disciplina):
Seiso (Limpeza):
Seiketsu (Padronização):
• Estabelecimento de rotinas e processos para manter a organização, limpeza e eficiência a longo prazo.
• Implementação de checklists, registros e outros mecanismos de monitoramento para garantir práticas
sustentáveis.
193
a) seiri (utilização).
Gabarito: Letra D.
194
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