Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nele foi inserido toda a teoria sobre a matéria cobrada no certame, para facilitar a sua
compreensão, e marcações das partes mais importantes.
Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na
banca Cesgranrio.
Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o suporte: suporte@cadernomapeado.com.br e WhatsApp.
Bons Estudos!
Rumo à Aprovação!!
Pessoal!
CONTEÚDO
4 - Noções de marketing digital: geração de leads; técnica de copywriting; gatilhos mentais; Inbound
marketing.
6 – Clientecentrismo.
7 - Padrões de qualidade no atendimento aos clientes, escuta ativa e empática, clareza, objetividade e
cortesia na comunicação.
11 - Resolução CMN nº 4.860, de 23 de outubro de 2020 que dispõe sobre a constituição e o funcionamento
de componente organizacional de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas
a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
12 – Diversidade e Inclusão: Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com
Deficiência): Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015.
14 - Autorregulação bancária: SARB nº 27/2023; Lei n° 10.741 de 2003 – Estatuto do Idoso com alterações
da Lei n°14.423/2022, assim como a Lei nº 13.466/2017 (acima de 80 anos) e Lei 10.048/2000 e alterações
da Lei nº 14.364/2022 (acompanhantes de pessoas idosas).
15 - Lei n° 12.764 de 2012 sobre atendimento prioritário a pessoas com transtorno do espectro autista.
16 - Decreto nº 8.727 de 2016 dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de
gênero de pessoas travestis e transexuais.
17 - Decreto nº 5.296 de 2004 relacionado à prioridade de atendimento às pessoas que especifica e promove
a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, Decreto nº 5.904 de
10
1) Introdução
2) Atendimento
O atendimento é uma área fundamental em qualquer tipo de negócio ou organização, pois é por
meio dele que as empresas interagem e se relacionam com os clientes, fornecedores e outros
stakeholders.
De acordo com Gadelha atendimento é “um processo que gera um serviço para atender às suas
necessidades, com maior rapidez e eficiência do que os concorrentes.”
11
Por fim, o atendimento ao cliente é uma fonte valiosa de feedback para melhoria contínua. As
interações com os clientes fornecem insights importantes sobre os produtos, serviços e processos
da empresa, permitindo identificar áreas que precisam ser aprimoradas e oportunidades de
inovação.
Além disso, um bom profissional de atendimento deve possuir algumas características, dentre elas
pode-se citar as seguintes:
utilizar a norma
ser pontual e
ter empatia padrão de linguagem
organizado
- sem gírias
12
Os termos cliente e consumidor são termos frequentemente utilizados como sinônimos em diversas
relações sociais, entretanto, possuem significados distintos no contexto de negócios e marketing:
Consumidor: refere-se à pessoa física ou jurídica que compra ou adquire produto ou serviço
como destinatário final.
Cliente: são as pessoas que compram ou consomem produtos ou serviços, com certa frequência,
de um mesmo fornecedor, ou de um grupo de fornecedores específicos. Existem diversos tipos de
clientes, cada um com suas necessidades.
A seguir veremos algumas classificações importantes em relação aos tipos de clientes, no quadro-
resumo abaixo:
Classificação de Cliente
Quanto à forma de Cliente intermediário: é o cliente que adquire produtos para revender.
interação
Cliente final: é o destinatário final dos produtos e serviços
Quanto as necessidades Cliente individual: podem ser identificados e atendidos de forma individual.
individuais ou coletivas
Cliente coletivo: são atendidos de maneira coletiva.
Quanto ao valor do Clientes de alto valor: São aqueles que geram a maior receita ou lucro para
cliente a empresa. Eles geralmente representam uma pequena porcentagem dos
clientes, mas contribuem significativamente para os resultados financeiros.
Quanto a frequência de Clientes frequentes: São aqueles que compram com regularidade, fazendo
compra repetidas compras ao longo do tempo.
Quanto à satisfação do Clientes satisfeitos: Estão contentes com a experiência geral com a empresa
cliente e são mais propensos a se tornarem clientes fiéis e defensores da marca.
13
4) Tipos de Atendimento
Existem diversos tipos de atendimento, e a escolha do tipo adequado depende das necessidades
específicas da empresa, do setor em que atua e das expectativas dos clientes. Vamos, a seguir,
estudar os principais tipos de atendimentos:
Pode envolver uma variedade de interações, desde a simples compra de produtos até o suporte
técnico presencial.
O atendimento presencial permite uma interação pessoal mais próxima entre o cliente e o
representante da empresa, o que pode resultar em uma experiência mais personalizada.
Ativo:
a empresa liga para o cliente para passar alguma
informação ou vender algum produto ou serviço.
Telemarketing / atendimento
telefônico
Passivo:
a empresa recebe a ligação do cliente que solicita
alguma informação ou quer comprar algum
produto ou serviço.
14
Os clientes podem entrar em contato com a empresa por e-mail para fazer perguntas, relatar
problemas, solicitar informações ou fornecer feedback.
Este tipo de atendimento permite uma comunicação assíncrona, onde os clientes podem enviar
suas consultas a qualquer momento e os representantes da empresa podem respondê-las quando
for conveniente.
O canal fale conosco é disponibilizado no site da empresa e agiliza o atendimento, pois dessa
maneira o cliente é breve e objetivo. Além disso, o atendimento via chat online permite que os
clientes interajam com representantes da empresa em tempo real por meio de uma janela de bate-
papo na internet.
É uma forma rápida e conveniente de obter suporte e respostas para perguntas, semelhante ao
atendimento telefônico, mas com a conveniência adicional de poder ser realizado enquanto o cliente
navega no site da empresa.
Muitas empresas automatizam parte desse processo com chatbots, que podem responder a
perguntas comuns e direcionar os clientes para o atendimento humano quando necessário.
As redes sociais são cada vez mais utilizadas como canal de atendimento ao cliente, onde os clientes
podem entrar em contato com a empresa por meio de plataformas como Facebook, Twitter,
Instagram, entre outras.
Esse tipo de atendimento permite uma interação pública, o que pode influenciar a percepção da
marca pelos clientes e pelo público em geral.
15
O autoatendimento é uma opção conveniente para clientes que preferem resolver problemas de
forma independente e pode ajudar a reduzir a carga de trabalho do atendimento ao cliente.
5) Qualidade no Atendimento
O bom atendimento ao cliente é crucial para o sucesso de uma organização, pois reflete
diretamente a eficiência da empresa. Em outras palavras, ele é um espelho da cultura
organizacional, da motivação dos funcionários, do ambiente de trabalho, das habilidades dos
gestores e da colaboração entre os membros da equipe.
Cortesia
Boa apresentação
Competência e agilidade
Comunicativo
Eficiência
Discrição
Tolerância
Organização
Credibilidade
Confiabilidade
Objetividade
Ética
Flexibilidade
16
O valor percebido pelo cliente se refere à avaliação subjetiva que um cliente faz sobre a utilidade
e os benefícios de um produto ou serviço em relação aos custos associados à sua aquisição. Em
outras palavras, é a percepção individual que cada cliente tem sobre o quanto determinado
produto ou serviço é valioso para ele.
O valor percebido pelo cliente é único para cada indivíduo e pode variar de acordo com suas
preferências, necessidades e experiências anteriores.
Ex.: um colecionador de antiguidades pode atribuir muito valor a artefatos antigos, enquanto um
entusiasta da tecnologia pode não atribuir valor algum a esses itens.
Quando um cliente percebe um alto valor em um produto ou serviço, isso geralmente resulta em
satisfação. Portanto, é fundamental para as empresas focarem em agregar valor aos seus produtos
e serviços, a fim de aumentar a percepção de valor pelo cliente e incentivá-lo a adquirir seus
produtos.
O marketing desempenha um papel crucial nesse processo, pois busca influenciar a percepção de
valor do cliente, destacando os benefícios do produto ou serviço e minimizando os custos
percebidos. Quando o valor percebido pelo cliente é alto, ele tende a se sentir satisfeito com sua
compra e mais propenso a continuar comprando da empresa.
Por fim, é importante ressaltar que a percepção de valor pelo cliente pode mudar ao longo do
tempo e em diferentes circunstâncias, conforme sua relação com o produto ou serviço se
desenvolve. Portanto, as empresas devem estar atentas às necessidades e expectativas dos clientes
e ajustar suas estratégias de marketing de acordo.
Momento da Questão
17
Gabarito: Letra C.
Aumentar o valor percebido pelo cliente é uma estratégia essencial para as empresas se destacarem
no mercado e garantirem a satisfação e fidelidade dos clientes. Vamos nos aprofundar com as
principais ações:
Oferecer produtos ou Investir na qualidade dos produtos ou serviços é fundamental para aumentar
serviços de alta o valor percebido pelo cliente. Isso inclui garantir que os produtos sejam
qualidade duráveis, eficientes e atendam às necessidades dos clientes de forma
satisfatória.
Proporcionar uma Crie uma experiência memorável para os clientes em todos os pontos de
excelente experiência contato com a empresa, desde o primeiro contato até o pós-venda. Isso pode
do cliente incluir um atendimento ao cliente excepcional, processos de compra
simplificados, entrega rápida e eficiente, e suporte pós-venda eficaz.
18
Agregar valor por meio Ofereça benefícios adicionais que vão além do produto ou serviço principal,
de benefícios adicionais como garantias estendidas, programas de fidelidade, brindes, descontos
exclusivos e serviços complementares. Esses benefícios extras podem
aumentar significativamente o valor percebido pelo cliente.
Solicitar e responder ao Esteja aberto ao feedback dos clientes e utilize-o para melhorar continuamente
feedback dos clientes seus produtos, serviços e processos. Os clientes valorizam quando suas
opiniões são ouvidas e levadas em consideração pela empresa.
Manter-se atualizado Esteja atento às mudanças nas preferências dos clientes, bem como às
com as tendências do tendências e inovações no mercado. Adaptar-se rapidamente às mudanças e
mercado oferecer soluções inovadoras pode aumentar o valor percebido pelo cliente.
Momento da Questão
Questão inédita – Qual das seguintes ações é mais adequada para aumentar o valor percebido
pelo cliente?
19
Gabarito: Letra E.
1) Introdução
2) Considerações iniciais
A gestão da experiência do cliente, também conhecida como CEM ou CXM, abrange um conjunto
de sistemas e estratégias voltadas para o engajamento, a satisfação e a vivência dos clientes de uma
empresa. A vivência do cliente refere-se às impressões que os consumidores têm sobre a sua marca.
No entanto, o que exatamente constitui a gestão da experiência do cliente?
Por meio dela, é possível manter uma estrutura centrada no cliente, visando proporcionar
experiências de consumo e distintas para aqueles que consomem sua marca. Assegurar a satisfação
do cliente por meio de uma experiência positiva é essencial para o crescimento do seu negócio. Por
isso, grandes organizações priorizam uma cultura centrada no cliente, e a maneira como você conduz
esse processo influencia diretamente na qualidade desse atendimento.
Com isso em mente, ao longo deste texto, vamos elucidar o conceito de gestão da experiência do
cliente e destacar a importância do gerenciamento adequado nesse processo.
20
Nesse sentido, é fundamental destacar que a gestão da experiência do cliente engloba dois pilares
fundamentais: o marketing de experiência e a experiência digital.
Por exemplo, uma empresa de comércio eletrônico que oferece um site intuitivo, uma navegação
fácil e um processo de compra simplificado está investindo na experiência digital. Já uma loja física
que cria um ambiente agradável, treina seus funcionários para um atendimento excepcional e
promove eventos interativos está focando no marketing de experiência. Ambos os pilares são
essenciais para construir uma experiência positiva do cliente.
A experiência do cliente é essencial, pois um produto de qualidade por si só não é o bastante para
garantir sua compra.
A seguir, vamos elucidar por que cada um desses benefícios representa uma vantagem de uma
gestão eficaz.
Efetuar uma gestão de qualidade da experiência do cliente tem um impacto direto no crescimento
financeiro de uma empresa. Portanto, é fundamental ressaltar que investir nessa área resulta em um
aumento na receita da empresa.
Isso se deve, em parte, ao fato de que consumidores de diversos setores estão dispostos a pagar até
10% a mais por um serviço de atendimento ao cliente excelente, como indicam dados compilados
pela Forbes. Além disso, estudos realizados pela Bain revelam que empresas que se destacam na
experiência do cliente registram um aumento de receita entre 4% e 8% acima do crescimento normal
do mercado.
Por fim, ao proporcionar uma experiência positiva, é provável que os clientes continuem escolhendo
comprar seus produtos, garantindo uma previsibilidade maior de receitas.
21
Outro aspecto relevante sobre a importância da gestão da experiência do cliente é sua contribuição
para a fidelização dos clientes.
Para 96% das pessoas, conforme indicado em um relatório global da Microsoft, fatores como
atendimento ao cliente são mais determinantes do que o próprio produto na construção da lealdade
à marca.
Dessa forma, verifica-se que é essencial não apenas ter clientes, mas sim pessoas que se tornem
defensoras da marca de forma natural.
Além disso, a fidelização dos clientes está intimamente ligada à retenção. E manter clientes é
fundamental, uma vez que os dados compilados pelo SuperOffice demonstram que pode custar de
5 a 25 vezes mais adquirir um novo cliente do que manter um existente.
Por exemplo, uma empresa bancária que oferece um atendimento ao cliente excepcional, resolvendo
rapidamente problemas e fornecendo suporte personalizado, tem mais chances de criar clientes fiéis
que permanecerão com a empresa a longo prazo e até mesmo recomendarão seus serviços para
amigos e familiares. Isso resulta em uma base de clientes sólida e estável, reduzindo a necessidade
de gastar grandes quantias em esforços de aquisição de novos clientes.
Por último, uma gestão eficaz da experiência do cliente também facilita a conquista de novos
clientes. Isso ocorre porque os clientes fiéis à sua marca têm maior probabilidade de promover seu
produto ou serviço de maneira orgânica.
Não é surpresa que um estudo da Nielsen tenha revelado que 92% dos consumidores valorizam
mais as recomendações de amigos e familiares do que apenas publicidade.
Ao garantir a satisfação dos clientes, sua marca será naturalmente recomendada por essas pessoas,
resultando na aquisição de mais clientes, os quais também podem se tornar fiéis se receberem um
atendimento de qualidade.
Por exemplo, um restaurante que oferece uma experiência gastronômica excepcional e um serviço
ao cliente acolhedor e atencioso não apenas mantém seus clientes existentes, mas também os
motiva a recomendar o restaurante para amigos e familiares, atraindo assim novos clientes em
potencial. Esses novos clientes têm maior probabilidade de se tornarem fiéis se tiverem uma
experiência semelhante de excelência.
22
1) Introdução
2) Considerações Iniciais
3) Técnicas de Vendas
De acordo com o economista Philip Kotler, as etapas do processo de vendas são sete: pré-vendas,
venda e pós-vendas:
pré-abordagem
abordagem
fechamento
23
Abordagem: análise por parte do vendedor quanto a melhor forma de vender o produto, a partir
das respostas e perfil do cliente.
Fechamento: efetivação da venda. Verificação dos sinais do cliente pelo interesse ao produto
com a análise final dos benefícios agregados pelo produto ao estilo de vida do consumidor,
induzindo-o a concretização da venda.
Além disso, envolve a qualificação dos leads, ou seja, avaliar se o cliente em potencial possui o
perfil adequado para o produto ou serviço oferecido. As técnicas de pré-vendas também podem
incluir a segmentação do mercado e a definição de personas, para direcionar os esforços de vendas
de forma mais eficaz.
O objetivo das técnicas de pré-vendas é estabelecer uma base sólida para o processo de vendas,
aumentando as chances de sucesso nas etapas seguintes.
24
É importante adaptar as técnicas de vendas de acordo com o perfil do cliente e a situação específica,
buscando sempre criar valor e satisfazer as necessidades do cliente.
Momento da Questão
Questão inédita – Qual das seguintes afirmações melhor descreve a importância das técnicas
de vendas?
a) As técnicas de vendas são úteis apenas para persuadir os clientes a comprar produtos ou serviços.
25
d) Técnicas de vendas são irrelevantes para empresas que operam exclusivamente online.
Gabarito: Letra B.
1) Introdução
2) Conceito de Marketing
Nesse módulo vamos trabalhar o assunto de noções de marketing digital. Mas, antes de entrarmos
em tal tema, é necessário entender o conceito de marketing. Marketing é, segundo Philip Kotler, “é
um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam
por meio da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”.
Desenvolver ofertas de
Identificar de maneira clara os Realizar uma comunicação de
produtos/serviços com valor
desejos de um público-alvo forma eficaz
claramente percebido
26
Lembre-se o marketing não cria os desejos, porém os identifica para propor soluções adequadas.
E para você entender melhor como que funciona o uso dessa ferramenta, vamos apontar alguns
pilares básicos que é utilizado no Marketing:
Esses são os 4’P que você precisa aprender para entender os pilares de atuação do Marketing.
3) Segmentação de Mercado
27
Assim, empresas que conseguem utilizar dessas informações se destacam em meio ao mercado,
ofertando então produtos com mais especificidade ao cliente/consumidor conseguindo então
satisfazer as necessidades e desejos.
4) Marketing Digital
Aluno, já conceituamos o que é marketing, agora nesse momento vamos falar de marketing digital.
Que nada mais é do que empresas usarem os canais digitais para promover um produto/serviço
aos clientes/consumidores. Com o avanço da tecnologia e a expansão da Internet, a maioria dos
consumidores/cliente estão conectados a maior parte do dia.
O objetivo então das empresas com o marketing digital, nessa abordagem, é conectar-se com os
clientes de forma online, já que é o local onde eles passam mais tempo em busca de informações
ou em entretenimento. É um conjunto de ações visando atrair clientes, negócios e até mesmo o
desenvolvimento da identidade de marca da empresa.
Para as empresas a mudança para o digital trouxe vários benefícios, tais como:
28
Canais
Assim como vimos que o marketing tem os seus pilares, quando se aplica ao Digital não é diferente,
existem também os meios que o Marketing Digital utiliza para trazer resultados para as empresas.
Nos dias atuais é muito comum utilizar uma técnica que se chama: Inbound Marketing (novo
marketing). Esse é um estilo de marketing que o foco é atrair consumidores/cliente para conquistá-
los através do seus interesses e estilos. Onde o foco é gerar um relacionamento, ao em vez de
empurrar produtos e serviços.
O Inbound Marketing se baseia na ideia de criação e entrega de conteúdo voltado para um público-
alvo específico. Suas principais características são:
29
b) Aproximação com clientes: O nome “Marketing de Atração” não foi dado à toa. Por oferecer
conteúdo que ajuda a persona (personagem fictício que representa o consumidor/cliente ideal) na
prática, em vez de simplesmente tentar “empurrar” qualquer produto/serviço nela, cria-se uma
relação de confiança.
d) Ciclo mais curto de vendas: Uma das muitas utilidades do Inbound é reduzir o tempo necessário
para levar o consumidor/cliente a comprar. Isso acontece por causa do conteúdo altamente relevante
e personalizado, que acelera a movimentação dos leads pelo funil de vendas e os coloca mais cedo
na etapa de decisão para compra.
e) Diminuição de custos: Com menos desperdício de recursos você tem um orçamento maior para
aplicar em táticas que realmente funcionam, pois a estratégia de Inbound Marketing permite ser
mais efetivo em investir e melhora o seu retorno.
30
Existem alguns termos e conceitos muito utilizados dentro do marketing digital, trouxemos aqui
para você o que pode aparecer na sua prova, segue:
a) Landing page (página de aterrissagem): o primeiro espaço que um visitante acessa ao entrar
em um site, poder ser um blog, e-commerce, artigo. O objetivo de atrair cliente e o direcionamento
para ir para uma página (landing page). As Landing page’s são muito usadas como Página de vendas
de algum produto, página de conteúdo ou mesmo página de captura de dados.
b) Isca digital: Isso pode ser um E-book, ou pdf, uma aula grátis, uma mentoria ou amostra, dentro
de uma página de captura. O objetivo da Isca digital é gerar uma reciprocidade, pois se passa um
produto em troca dos dados disponibilizados.
Gatilhos Mentais
Prova social Esse gatilho está diretamente ligado ao de preferência. Somos seres sociais e
totalmente influenciáveis pelo que o outro está falando, fazendo ou usando. Estaria
ligado a aprovação de outros consumidores com feedback positivo sobre o produto
que o consumidor/cliente está interessado em adquirir.
Novidade No Marketing Digital, esse gatilho pode ser usado em prática por meio de mensagens
anunciando novidades em breve, seja um conteúdo exclusivo e mais completo sobre
31
d) Leads: O Lead é um potencial consumidor/cliente, isso significa que representa uma oportunidade
de vender um produto/serviço. Pois o lead, após capturado, já demonstrou interesse na sua empresa
de alguma forma. De modo simplificado, um lead é um usuário que está ao alcance da empresa,
independentemente do canal digital ao qual ele está conectado.
Esse conceito de lead ficou mais evidente com o crescimento do Inbound Marketing. A estratégia
agora não é mais as empresas irem atrás de clientes — e sim, os consumidores/clientes qualificados
que chegam até as empresas, por meio de estratégias de atração, como SEO e Marketing de
Conteúdo.
SEO (otimização para motores de busca): é a prática de otimizar seu site para que ele seja
posicionado no topo de uma página de pesquisa (Google). Sendo assim o usuário terá acesso ao
conteúdo da empresa e assim poder virar um lead.
Marketing de conteúdo: ele envolve a criação e promoção de conteúdo de grande valor para o
consumidor/cliente, com o objetivo de criar reconhecimento de marca (branding), e aumentar o
tráfego para o site, assim é gerado leads e conversão de clientes;
1) Introdução
32
Do ponto de vista geral, ética é um conjunto de princípios e valores que orientam o comportamento
moral de uma pessoa ou de uma sociedade. Ela se preocupa com questões de justiça, virtude, dever
e responsabilidade. Já a conduta, por outro lado, é como esses princípios e valores éticos são
aplicados na prática, ou seja, a maneira como uma pessoa age e se comporta em situações
cotidianas. Em outras palavras, a conduta é a manifestação concreta da ética.
A ética em vendas envolve o trato justo e respeitoso ao cliente, a transparência nas informações e
ofertas apresentadas, e a integridade ao lidar com questões como confidencialidade e proteção de
dados pessoais. O profissional de vendas deve sempre ter em mente que seu objetivo é ajudar o
cliente a encontrar a solução mais adequada para suas necessidades, e não simplesmente fechar
uma venda.
CLIENTECENTRISMO
1) Introdução
1 – Clientecentrismo.
33
A ideia por trás do termo é bastante direta: centralizar seu público-alvo e desenvolver estratégias
que tenham o cliente como o centro de tudo, a razão principal de suas ações e existência.
O cerne da existência de uma empresa reside, sobretudo, nos clientes (no caso de nossa empresa,
aqui – o CM Cursos Online – os alunos). Mesmo que se possua um produto inovador ou se ofereça
um serviço excepcional, sem um mercado consumidor, a sustentabilidade torna-se inviável.
Essa abordagem envolve colocar o público-alvo no centro das atenções e elaborar estratégias que
tenham o cliente como o ponto focal da existência e das ações da empresa.
Embora seja comum que as estratégias para alcançar o público sejam atribuídas principalmente à
equipe de marketing, centradas em atrair os clientes para realizar vendas, essa abordagem não
satisfaz mais as demandas do público atual. É necessário cultivar uma cultura organizacional que
priorize os clientes e adotar uma gestão de relacionamento eficaz.
Quando uma empresa desenvolve uma cultura que coloca os consumidores em destaque, é possível
antecipar suas necessidades, satisfazer seus desejos e proporcionar uma experiência personalizada.
Segundo o Digital Trends 2020, um relatório elaborado pela Adobe em colaboração com a
Econsultancy, as empresas que lideram em Customer Experience (CX) têm 38% mais probabilidade
de proporcionar experiências personalizadas em tempo real do que seus concorrentes.
Esse resultado é fruto de um processo de pesquisa realizado junto aos clientes, que são os indivíduos
que verdadeiramente conhecem os produtos e experimentam os serviços oferecidos. Empresas que
priorizam o CX mantêm um contato frequente com seus consumidores, buscando compreender
quem são eles, seus gostos e preferências.
Por exemplo, uma loja online que investe em Customer Experience pode analisar os dados de compra
e navegação de seus clientes para oferecer recomendações personalizadas de produtos, criando
assim uma experiência de compra única e satisfatória. Essa abordagem não apenas aumenta a
satisfação do cliente, mas também pode resultar em maior fidelidade à marca e aumento das vendas.
Para estabelecer o consumidor como o centro das operações, é fundamental que os colaboradores
compreendam que essa é a nova cultura organizacional a partir daquele momento. Todas as suas
atividades serão direcionadas para atender às necessidades e demandas dos clientes.
34
Os líderes desempenham um papel fundamental nessa campanha, pois são responsáveis por
acreditar na nova premissa e incentivar esse comportamento entre seus subordinados.
Por exemplo, uma empresa de serviços financeiros que deseja adotar uma abordagem centrada no
cliente pode implementar uma campanha de aprendizagem que inclua workshops, treinamentos
online e materiais educativos para seus funcionários. Os líderes dessa empresa devem liderar pelo
exemplo, demonstrando um compromisso genuíno com a nova cultura e incentivando seus colegas
de equipe a fazer o mesmo. Essa abordagem gradual e focada na educação pode facilitar uma
transição suave para uma cultura organizacional mais centrada no cliente.
1) Introdução
2) Atendimento ao Cliente
3) Padrões de Qualidade
35
Além disso, é importante que a empresa invista em tecnologias de atendimento ao cliente eficazes,
como chats automatizados e sistemas de rastreamento de interações com os clientes. Isso ajuda a
garantir que o atendimento seja rápido e eficaz, além de permitir a análise de dados para identificar
pontos de melhoria no processo de atendimento.
Por fim, a empresa deve incentivar e recompensar os profissionais de atendimento que atendem aos
padrões de qualidade estabelecidos. Isso ajuda a garantir que a equipe de atendimento esteja
motivada e comprometida com a oferta de um atendimento excepcional aos clientes.
1) Introdução
36
A utilização de canais remotos para vendas tem se tornado cada vez mais comum, devido à
popularização da tecnologia e ao aumento da demanda por soluções mais convenientes e eficientes.
Alguns dos canais remotos mais comuns incluem a venda online, as vendas por telefone e as vendas
por videoconferência.
A venda online é uma das formas mais eficientes de vender produtos ou serviços a clientes remotos.
Ela permite aos clientes realizar compras com poucos cliques, a partir de qualquer local, 24 horas
por dia, sete dias por semana. A venda online também permite às empresas alcançar um público
mais amplo, já que os clientes podem comprar de qualquer lugar do mundo.
As vendas por telefone são uma alternativa eficaz para os clientes que preferem conversar com um
representante da empresa antes de fazer uma compra. As vendas por telefone também são úteis
para ajudar os clientes a resolver dúvidas ou problemas relacionados a um produto ou serviço.
A videoconferência é uma ferramenta útil para vender produtos ou serviços a clientes remotos. Isso
permite que o representante da empresa demonstre o produto ou serviço ao cliente, responda a
perguntas e discuta as opções de pagamento. A videoconferência também é uma forma eficaz de
construir relacionamentos com os clientes, já que permite que o representante da empresa veja o
cliente e tenha uma conversa mais pessoal.
Além disso, a utilização de canais remotos para vendas também pode ajudar as empresas a reduzir
custos, já que não é necessário que o representante da empresa se desloque para realizar a venda.
Também pode ser mais fácil para as empresas monitorar e avaliar as suas operações de vendas, já
que todas as interações com os clientes são registradas e podem ser analisadas para identificar
pontos de melhoria.
As empresas também devem ter equipes treinadas para trabalhar com canais remotos para vendas,
para garantir que os clientes tenham uma experiência positiva e que as vendas sejam efetivas. É
importante que os representantes da empresa estejam equipados com as informações e habilidades
necessárias para responder a perguntas dos clientes, apresentar os produtos ou serviços de maneira
clara e convincente e resolver quaisquer problemas que possam surgir.
Além disso, é importante que as empresas mantenham altos padrões de privacidade e segurança,
especialmente quando se trata de informações sensíveis dos clientes. As empresas devem
implementar medidas de segurança robustas, como criptografia de dados e autenticação de
usuários, para garantir a proteção dos dados dos clientes.
37
1) Introdução
2) Disposições Preliminares
A jornada de compra, por sua vez, nada mais é que o caminho percorrido pelos consumidores até
efetivarem a compra.
38
Para que o comportamento do consumidor possa se tornar uma ferramenta de vendas, é necessário
que a empresa também implemente algumas medidas eficazes:
1) Introdução
39
3) Dos Princípios
As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
no relacionamento com clientes e usuários de produtos e de serviços, devem conduzir suas
atividades com observância de princípios de ética, responsabilidade, transparência e diligência,
propiciando a convergência de interesses e a consolidação de imagem institucional de credibilidade,
segurança e competência. Para tanto, são necessárias as seguintes ações:
4) Dos Procedimentos
Prestação, de forma clara e precisa, das informações necessárias à livre escolha e à tomada de
decisões por parte de clientes e usuários, explicitando, inclusive, direitos e deveres,
responsabilidades, custos ou ônus, penalidades e eventuais riscos existentes na execução de
operações e na prestação de serviços;
40
41
As disposições acima são de observância obrigatória em relação a clientes e a não clientes, exceto
pelas cooperativas de crédito, as quais devem informar em suas dependências, em local visível e em
formato legível, se realizam atendimento a não associados e quais os serviços disponibilizados.
Também é dever das instituições manter política institucional de relacionamento com clientes e
usuários que consolide diretrizes, objetivos estratégicos e valores organizacionais, de forma a nortear
a condução de suas atividades.
Conglomerado; ou
42
As instituições que não constituírem política própria, ante a faculdade delineada acima, devem
formalizar a decisão em reunião do conselho de administração ou da diretoria.
IX - mediação de conflitos;
§ 1º Com relação ao disposto nos incisos II e III do caput, e em observância ao art. 4º, inciso I,
as instituições devem estabelecer o perfil dos clientes que compõem o público-alvo para os
produtos e serviços disponibilizados, considerando suas características e complexidade.
§ 2º O perfil referido no § 1º deve incluir informações relevantes para cada produto ou serviço.
43
O monitoramento do seu
cumprimento, inclusive por meio de
métricas e indicadores adequados
Assegurar
A identificação e a correção de
eventuais deficiências
Os mecanismos citados devem ser submetidos a testes periódicos pela auditoria interna,
consistentes com os controles internos da instituição. Além disso, os dados, os registros e as
informações relativas aos mecanismos de controle, processos, testes e trilhas de auditoria devem ser
mantidos à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de 5 anos.
1) Introdução
Dispensados de Constituir
Ouvidorias
de bolsas de valores e de mercadorias e futuros
que desempenhem exclusivamente funções de
liquidante e custodiante central, prestando
serviços às bolsas e aos agentes econômicos
responsáveis pelas operações nelas cursadas
3) Da Finalidade
É necessário que a estrutura da ouvidoria seja compatível com a natureza e com a complexidade
dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas de cada instituição, além disso, a ouvidoria
não pode estar vinculada a componente organizacional da instituição que configure conflito de
interesses ou de atribuições, a exemplo das unidades responsáveis por negociação de produtos e
serviços, gestão de riscos, auditoria interna e conformidade (compliance).
Art. 5º (...) I - a instituição integrante de conglomerado composto por pelo menos duas
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil pode compartilhar a
ouvidoria constituída em qualquer das instituições autorizadas a funcionar;
§ 1º Para efeito do disposto no inciso II, alínea "a", do caput, consideram-se ligadas entre si
as instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e as empresas não
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil:
I - as quais uma participe com 10% (dez por cento) ou mais do capital da outra, direta ou
indiretamente; e
II - as quais acionistas com 10% (dez por cento) ou mais do capital de uma participem com
10% (dez por cento) ou mais do capital da outra, direta ou indiretamente.
§ 2º O disposto no inciso II, alínea "b", do caput, não se aplica a bancos comerciais, bancos
múltiplos, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
associações de poupança e empréstimo e sociedades de arrendamento mercantil que
realizem operações de arrendamento mercantil financeiro.
§ 3º O disposto nos incisos II, alínea "b", e IV, do caput, somente se aplica a associação de
classe ou bolsa que possuir código de ética ou de autorregulação efetivamente implantado,
ao qual a instituição tenha aderido.
46
As atribuições da ouvidoria
abrangem as seguintes atividades:
encaminhar resposta conclusiva para a
demanda no prazo previsto; e
Identificado por meio de número de protocolo, o qual deve ser fornecido ao demandante;
Gravado, quando realizado por telefone, e, quando realizado por meio de documento escrito ou
por meio eletrônico, arquivada a respectiva documentação; e pode abranger:
As demandas encaminhadas pelo Banco Central do Brasil, por órgãos públicos ou por outras
entidades públicas ou privadas.
O prazo de resposta para as demandas não pode ultrapassar 10 dias úteis, podendo ser
prorrogado, excepcionalmente e de forma justificada, uma única vez, por igual período, limitado
o número de prorrogações a 10% (dez por cento) do total de demandas no mês, devendo o
demandante ser informado sobre os motivos da prorrogação.
47
6) Exigências Formais
a) criar condições adequadas para o funcionamento da ouvidoria, bem como para que sua
atuação seja pautada pela transparência, independência, imparcialidade e isenção; e
48
Art. 9º As instituições referidas no art. 2º devem designar perante o Banco Central do Brasil
os nomes do ouvidor e do diretor responsável pela ouvidoria.
§ 2º Nos casos dos bancos comerciais, bancos múltiplos, caixas econômicas, sociedades de
crédito, financiamento e investimento, associações de poupança e empréstimo e sociedades
de arrendamento mercantil que realizem operações de arrendamento mercantil financeiro,
que estejam sujeitos à obrigatoriedade de constituição de comitê de auditoria, na forma da
regulamentação, o ouvidor não poderá desempenhar outra função, exceto a de diretor
responsável pela ouvidoria.
Art. 10. Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos I, III e IV, o ouvidor deve:
Art. 11. Para cumprimento do disposto no caput do art. 9º, nas hipóteses previstas no art. 5º,
inciso II, as instituições referidas no art. 2º devem:
7) Da Prestação de Informações
É dever do diretor responsável pela ouvidoria elaborar relatório semestral quantitativo e qualitativo
referente às atividades desenvolvidas pela ouvidoria, nas data-base de 30 de junho e 31 de
dezembro. Este relatório deverá ser encaminhado à auditoria interna, ao comitê de auditoria,
quando constituído, e ao conselho de administração ou, na sua ausência, à diretoria da instituição.
Também é dever das instituições divulgar semestralmente, nos respectivos sítios eletrônicos na
internet, as informações relativas às atividades desenvolvidas pela ouvidoria, inclusive os dados
relativos à avaliação direta da qualidade do atendimento.
Art. 15 As instituições referidas no art. 2º devem adotar providências para que os integrantes
da ouvidoria que realizem as atividades mencionadas no art. 6º sejam considerados aptos em
exame de certificação organizado por entidade de reconhecida capacidade técnica.
§ 1º O exame de certificação deve abranger, no mínimo, temas relativos à ética, aos direitos
do consumidor e à mediação de conflitos.
§ 5º Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos II e IV, aplica-se o disposto neste artigo aos
integrantes da ouvidoria da associação de classe, entidade ou empresa que realize as
atividades mencionadas no art. 6º.
As instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem implementar instrumento
de avaliação direta da qualidade do atendimento prestado pela ouvidoria a clientes e usuários.
Esta determinação aplica-se somente aos bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de
investimento, caixas econômicas e sociedades de crédito, financiamento e investimento.
50
O relatório e a documentação relativos aos atendimentos realizados assim como também a gravação
telefônica do atendimento, devem permanecer à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo
mínimo de 5 anos.
O número do telefone para acesso gratuito à ouvidoria e os dados relativos ao diretor responsável
pela ouvidoria e ao ouvidor devem ser inseridos e mantidos permanentemente atualizados em
sistema de registro de informações do Banco Central do Brasil.
DIVERSIDADE E INCLUSÃO
1) Introdução
2) Objetivo
O Estatuto da Pessoa com Deficiência é um marco legislativo de extrema importância para os direitos
das pessoas com deficiência no Brasil. Sua implementação tem contribuído significativamente na
busca por uma sociedade mais inclusiva, onde todos possam desfrutar igualmente dos recursos e
serviços econômicos, políticos e sociais disponíveis.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência tem o objetivo de promover o exercício dos direitos e das
liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
De acordo com Estatuto, é considerada pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou
51
Ao considerar todos esses aspectos, a avaliação biopsicossocial busca fornecer uma compreensão
abrangente da deficiência, permitindo a adoção de medidas adequadas de suporte, inclusão e
acessibilidade para garantir os direitos e a qualidade de vida das pessoas com deficiência.
Toda pessoa com deficiência tem o direito fundamental à igualdade de oportunidades em relação
às demais pessoas, e é garantido a ela o não sofrimento de qualquer forma de discriminação.
52
Além disso, a pessoa com deficiência tem proteção contra negligência, discriminação, exploração,
violência, tortura, crueldade, opressão e qualquer forma de tratamento desumano ou degradante. É
dever da sociedade e do Estado assegurar que esses direitos sejam respeitados e que sejam
tomadas medidas efetivas para prevenir e combater qualquer forma de violação ou abuso contra
pessoas com deficiência.
Importante!
A pessoa com deficiência não é obrigada a usufruir dos benefícios advindos de ações afirmativas.
A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, incluindo o direito de:
Tome nota!
53
A pessoa com deficiência tem o direito de receber atendimento prioritário, especialmente com o
objetivo de:
Utilizar pontos de parada, estações e terminais de transporte coletivo acessíveis, com garantia de
segurança no embarque e desembarque;
Importante!
5) Direitos Fundamentais
A pessoa com deficiência não pode ser obrigada a se submeter a intervenções clínicas, cirúrgicas,
tratamentos ou institucionalização forçada. É indispensável obter o consentimento prévio, livre e
esclarecido da pessoa com deficiência para realizar tratamentos, procedimentos, hospitalizações e
pesquisas científicas.
No caso de uma pessoa com deficiência sob curatela, é fundamental garantir sua participação, na
medida do possível, para obter seu consentimento. A pesquisa científica envolvendo pessoas com
deficiência sob tutela ou curatela só pode ser realizada em caráter excepcional, quando houver
54
Importante!
A pessoa com deficiência só pode receber atendimento sem seu consentimento prévio, livre e
esclarecido em situações de risco de morte e emergências de saúde, sempre resguardando seu
interesse superior e observando as devidas salvaguardas legais.
O direito à habilitação e reabilitação é assegurado à pessoa com deficiência. Esse processo tem como
objetivo desenvolver o potencial, talentos, habilidades e aptidões físicas, cognitivas, sensoriais,
psicossociais, atitudinais, profissionais e artísticas, a fim de promover sua autonomia e participação
social em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas.
Diretrizes
Atuação permanente, integrada e articulada das políticas públicas que visam à plena participação social
da pessoa com deficiência;
Oferta de uma rede de serviços articulados, atuando de forma intersetorial, em diferentes níveis de
complexidade, para atender às necessidades específicas da pessoa com deficiência;
Prestação de serviços próximos ao domicílio da pessoa com deficiência, incluindo áreas rurais, respeitando
a organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) em cada localidade e as normas do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Essas diretrizes visam garantir que o processo de habilitação e reabilitação seja eficiente, abrangente
e acessível, promovendo a plena inclusão e participação da pessoa com deficiência em todos os
aspectos da vida.
55
SUS
As ações e os serviços de saúde pública destinados à pessoa com deficiência devem assegurar:
campanhas de vacinação;
informação adequada e acessível à pessoa com deficiência e a seus familiares sobre sua condição
de saúde;
56
Além disso, é competência do SUS desenvolver ações destinadas à prevenção de deficiências por
causas evitáveis, inclusive por meio de:
Ações
As operadoras de planos e seguros privados de saúde são obrigadas a garantir à pessoa com
deficiência, no mínimo, todos os serviços e produtos ofertados aos demais clientes.
57
oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua
portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;
participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de
atuação da comunidade escolar;
58
A pessoa com deficiência tem o direito a uma moradia digna, podendo residir no seio da família
natural ou substituta, com seu cônjuge ou companheiro, desacompanhada, ou em moradia voltada
para a vida independente da pessoa com deficiência, como também em residência inclusiva.
Nos programas habitacionais, sejam públicos ou subsidiados com recursos públicos, a pessoa com
deficiência ou seu responsável possui prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria,
observando as seguintes diretrizes:
Reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das unidades habitacionais para pessoas com
deficiência;
Dessa forma, busca-se garantir que a pessoa com deficiência tenha acesso a moradias adequadas,
inclusivas e que atendam às suas necessidades específicas, promovendo a sua autonomia e
qualidade de vida.
59
A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em ambiente
acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
As pessoas jurídicas de direito público, privado ou de qualquer natureza são obrigadas a garantir
ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos.
É vedada restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação em razão de sua
condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames admissional
e periódico, permanência no emprego, ascensão profissional e reabilitação profissional, bem como
exigência de aptidão plena.
O direito à assistência social das pessoas com deficiência é uma garantia fundamental que visa
promover a inclusão, o bem-estar e a qualidade de vida dessas pessoas. No Brasil, esse direito é
respaldado pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
A assistência social às pessoas com deficiência busca atender às suas necessidades específicas,
considerando as limitações e desafios enfrentados em função da deficiência. O objetivo é assegurar
a sua plena participação na sociedade, superando barreiras e garantindo o exercício de seus direitos.
Entre os principais aspectos do direito à assistência social das pessoas com deficiência, destacam-
se:
Acesso a benefícios: A pessoa com deficiência tem direito ao Benefício de Prestação Continuada
(BPC), que consiste em uma renda mensal garantida pelo Estado para as pessoas com deficiência de
baixa renda. Esse benefício contribui para a sua subsistência e supre necessidades básicas.
Ações de inclusão e acessibilidade: A assistência social deve promover ações e estratégias que
visem à inclusão e à acessibilidade das pessoas com deficiência em diversos âmbitos da vida social.
Isso envolve ações que garantam o acesso aos serviços, espaços públicos e recursos necessários para
a sua participação plena na sociedade.
Orientação e apoio: A assistência social também deve oferecer orientação e apoio às pessoas
com deficiência e suas famílias, auxiliando-as na compreensão de direitos, na busca por recursos e
serviços necessários e no enfrentamento de desafios relacionados à deficiência.
60
O direito à previdência social da pessoa com deficiência é uma garantia fundamental que visa
assegurar proteção social e amparo financeiro para pessoas com deficiência, de acordo com a
legislação previdenciária de cada país. No Brasil, esse direito é respaldado pela Constituição Federal
de 1988 e pela Lei Complementar nº 142/2013, que estabelece regras específicas para a concessão
de benefícios previdenciários às pessoas com deficiência.
Entre os principais aspectos do direito à previdência social da pessoa com deficiência, destacam-se:
Auxílio-doença
Benefícios Previdenciários
Benefício de Prestação Continuada - BPC
Reabilitação Profissional
Aposentadoria por invalidez: Caso a pessoa com deficiência tenha sua capacidade laboral
afetada de forma permanente e irreversível, ela tem direito à aposentadoria por invalidez. Esse
benefício é concedido quando a pessoa não possui condições de exercer qualquer atividade que
garanta sua subsistência.
61
É importante ressaltar que o objetivo principal é garantir que a pessoa com deficiência tenha acesso
a recursos financeiros que proporcionem a sua subsistência, amparo social e melhoria da qualidade
de vida, considerando as limitações e desafios decorrentes da deficiência.
O direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer da pessoa com deficiência é uma garantia
fundamental que visa assegurar a participação plena e igualitária dessas pessoas em atividades
culturais, esportivas, turísticas e de lazer. O objetivo é promover a inclusão social, o acesso à cultura,
o desenvolvimento pessoal, a qualidade de vida e o exercício dos direitos culturais e esportivos.
O direito à cultura da pessoa com deficiência envolve o acesso a manifestações artísticas, culturais
e históricas, como teatro, cinema, música, dança, exposições, entre outras atividades culturais. É
fundamental garantir o acesso físico aos espaços culturais, bem como disponibilizar recursos de
acessibilidade, como audiodescrição, legendas, intérpretes de libras, materiais adaptados e outras
tecnologias assistivas que permitam a participação plena e autônoma das pessoas com deficiência.
No âmbito do esporte, a pessoa com deficiência tem o direito de participar de atividades esportivas
em igualdade de condições com as demais pessoas. Isso inclui a participação em treinamentos,
competições e eventos esportivos, bem como o acesso a instalações esportivas acessíveis e a
recursos adaptados para a prática esportiva, como cadeiras de rodas esportivas, equipamentos
adaptados, guias para atletas com deficiência visual, entre outros.
No turismo, é importante garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso a serviços
turísticos e atrações turísticas de forma inclusiva. Isso envolve a acessibilidade em hotéis,
restaurantes, pontos turísticos, transportes e demais infraestruturas turísticas. Além disso, é
fundamental oferecer informações acessíveis sobre os destinos turísticos, roteiros adaptados e
serviços de apoio, para que as pessoas com deficiência possam desfrutar plenamente das
experiências turísticas.
Quanto ao lazer, é essencial assegurar que a pessoa com deficiência tenha acesso a atividades
recreativas, esportivas e de entretenimento em igualdade de oportunidades. Isso inclui parques,
praças, áreas de lazer, clubes, eventos recreativos e outras formas de lazer acessíveis e adaptadas às
necessidades das pessoas com deficiência.
Para garantir o direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer da pessoa com deficiência, é
necessário promover políticas públicas inclusivas, estabelecer normas e diretrizes de acessibilidade,
sensibilizar a sociedade para a importância da inclusão e proporcionar recursos adequados para a
participação plena e autônoma das pessoas com deficiência nessas atividades. Dessa forma, busca-
62
O direito ao transporte e à mobilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida será
assegurado em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de identificação e
de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu acesso.
Para fins de acessibilidade aos serviços de transporte coletivo terrestre, aquaviário e aéreo, em todas
as jurisdições, consideram-se como integrantes desses serviços os veículos, os terminais, as estações,
os pontos de parada, o sistema viário e a prestação do serviço.
Direito ao transporte e à
mobilidade
Acessibilidade em transportes privados
Em todas as áreas de estacionamento aberto ao público, de uso público ou privado de uso coletivo
e em vias públicas, devem ser reservadas vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres,
devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoa com deficiência com
comprometimento de mobilidade, desde que devidamente identificados.
6) Acessibilidade
A acessibilidade é direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver
de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social.
63
É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou
representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência,
garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de
acessibilidade adotadas internacionalmente.
Telecentros comunitários que receberem recursos públicos federais para seu custeio ou sua
instalação e lan houses devem possuir equipamentos e instalações acessíveis.
Os telecentros e as lan houses de que trata o § 2º deste artigo devem garantir, no mínimo, 10% (dez
por cento) de seus computadores com recursos de acessibilidade para pessoa com deficiência visual,
sendo assegurado pelo menos 1 (um) equipamento, quando o resultado percentual for inferior a 1
(um).
É importante ressaltar que cabe ao poder público incentivar a oferta de aparelhos de telefonia fixa e
móvel celular com acessibilidade que, entre outras tecnologias assistivas, possuam possibilidade de
indicação e de ampliação sonoras de todas as operações e funções disponíveis.
Os serviços de radiodifusão de sons e imagens devem permitir o uso dos seguintes recursos, entre
outros:
audiodescrição.
O poder público deve adotar mecanismos de incentivo à produção, à edição, à difusão, à distribuição
e à comercialização de livros em formatos acessíveis, inclusive em publicações da administração
64
É garantido à pessoa com deficiência acesso a produtos, recursos, estratégias, práticas, processos,
métodos e serviços de tecnologia assistiva que maximizem sua autonomia, mobilidade pessoal e
qualidade de vida.
O poder público desenvolverá plano específico de medidas, a ser renovado em cada período de 4
(quatro) anos, com a finalidade de:
facilitar o acesso a crédito especializado, inclusive com oferta de linhas de crédito subsidiadas,
específicas para aquisição de tecnologia assistiva;
O poder público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a
oportunidade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas.
À pessoa com deficiência será assegurado o direito de votar e de ser votada, inclusive por meio das
seguintes ações:
65
garantia do livre exercício do direito ao voto e, para tanto, sempre que necessário e a seu pedido,
permissão para que a pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por pessoa de sua escolha.
7) Ciência e Tecnologia
É importante destacar que deve ser fomentada a capacitação tecnológica de instituições públicas e
privadas para o desenvolvimento de tecnologias assistiva e social que sejam voltadas para melhoria
da funcionalidade e da participação social da pessoa com deficiência.
a adoção de soluções e a difusão de normas que visem a ampliar a acessibilidade da pessoa com
deficiência à computação e aos sítios da internet, em especial aos serviços de governo eletrônico.
8) Acesso à Justiça
O acesso à justiça é um dos temas abordados no Estatuto da Pessoa com Deficiência, que busca
garantir que as pessoas com deficiência tenham igualdade de oportunidades e condições para
exercer seus direitos perante o sistema judiciário. O estatuto estabelece medidas específicas para
assegurar a acessibilidade, a participação e o suporte necessário às pessoas com deficiência nesse
contexto.
O Estatuto reconhece que as pessoas com deficiência têm o direito fundamental de acesso à justiça
em igualdade de condições com as demais pessoas. Para tanto, prevê a adoção de diversas medidas
para promover o pleno exercício desse direito, levando em consideração as especificidades e
necessidades individuais das pessoas com deficiência.
66
Linguagem simples
Braile
Áudios
Formatos acessíveis
Caracteres ampliados
Mobiliários adaptados
Dessa forma, as pessoas com deficiência podem compreender e participar ativamente dos
processos judiciais, sem barreiras comunicacionais.
Além disso, o Estatuto prevê a disponibilização de suporte técnico e jurídico às pessoas com
deficiência, a fim de assegurar que elas possam exercer seus direitos de forma efetiva. Isso inclui a
garantia de assistência jurídica gratuita e especializada, bem como a possibilidade de contar com
profissionais capacitados em acessibilidade, interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e
outras necessidades específicas.
Outro aspecto relevante é o reconhecimento da capacidade legal das pessoas com deficiência,
respeitando seu direito de tomar decisões, inclusive no âmbito jurídico. O Estatuto estabelece que a
deficiência não pode ser considerada, por si só, motivo para a nomeação de curadores ou restringir
a capacidade de exercício dos direitos das pessoas com deficiência.
Ademais, o Estatuto proíbe a discriminação e o tratamento desigual das pessoas com deficiência no
acesso à justiça, seja por parte dos profissionais jurídicos, seja pelas instituições judiciais. Também
prevê a necessidade de formação e capacitação dos operadores do direito, a fim de sensibilizá-los
para as questões relacionadas à deficiência e garantir um atendimento justo e inclusivo.
Em suma, o Estatuto da Pessoa com Deficiência busca assegurar o acesso à justiça pleno e igualitário
para as pessoas com deficiência, eliminando barreiras e garantindo medidas de apoio adequadas.
Essas medidas visam promover a inclusão e a efetiva participação das pessoas com deficiência no
67
Importante!
Os direitos da pessoa com deficiência também serão garantidos por ocasião da aplicação de sanções
penais.
O reconhecimento igual perante a lei das pessoas com deficiência é um princípio fundamental
abordado no Estatuto da Pessoa com Deficiência. Esse princípio está alinhado com o conceito de
igualdade perante a lei, consagrado em diversos instrumentos internacionais de direitos humanos.
O Estatuto reconhece que as pessoas com deficiência são sujeitos de direitos e devem ser tratadas
em igualdade de condições com as demais pessoas perante a lei. Isso significa que as pessoas com
deficiência têm os mesmos direitos, liberdades fundamentais e oportunidades que são
garantidos a todos os cidadãos, sem discriminação em razão da deficiência.
Além disso, o reconhecimento igual perante a lei implica que as pessoas com deficiência têm o
direito de expressar suas opiniões, participar ativamente na tomada de decisões que afetem suas
vidas e serem ouvidas em processos que as envolvam. Isso fortalece sua autonomia e dignidade,
permitindo que sejam agentes de mudança e contribuam para a construção de uma sociedade
inclusiva e respeitosa.
A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em
igualdade de condições com as demais pessoas. De acordo com o Estatuto, a deficiência não é, por
si só, um critério para a nomeação de um curador. Ele estabelece que as pessoas com deficiência
devem ser reconhecidas como capazes de exercerem todos os atos da vida civil em igualdade de
condições com as demais pessoas. Isso significa que as pessoas com deficiência têm o direito de
tomar decisões sobre sua vida, incluindo questões relacionadas à saúde, educação, trabalho, finanças
e outros aspectos.
No entanto, quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela. A curatela é
um instituto jurídico que envolve a nomeação de um curador para representar e/ou assistir uma
pessoa que seja considerada incapaz de exercer plenamente seus direitos e tomar decisões por si
mesma.
68
Importante!
A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial.
A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à
privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
Tome nota!
Para emissão de documentos oficiais, não será exigida a situação de curatela da pessoa com
deficiência.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência, no Brasil, estabelece tanto crimes quanto infrações
administrativas relacionadas à proteção dos direitos das pessoas com deficiência. Essas medidas
visam garantir a inclusão, a igualdade de oportunidades e a proteção dessas pessoas, coibindo
práticas discriminatórias e violações de direitos.
Neste tópico, iremos estudar apenas as condutas descritas no próprio Estatuto, entretanto, tenha
em mente que existem diversos crimes e infrações administrativas espalhadas na legislação penal!
Tome nota!
Mnemônico: CADA
69
A: Abandonar
D: Discriminar
A: Apropriar-se
A seguir, apresento alguns pontos relevantes das disposições finais e transitórias do Estatuto da
Pessoa com Deficiência:
Prazos de adequação: O estatuto estabelece prazos para que as instituições, órgãos públicos,
entidades privadas e a sociedade em geral se adaptem às suas disposições. Esses prazos podem
variar de acordo com a natureza das medidas a serem implementadas, permitindo que as partes
interessadas realizem as mudanças necessárias para cumprir as novas exigências legais.
Medidas de transição: O estatuto pode prever medidas específicas para a transição entre o
antigo modelo legal e as novas disposições estabelecidas. Essas medidas podem abordar questões
como a aplicação das novas regras a casos em andamento, a continuidade de benefícios e direitos
adquiridos, entre outros aspectos relacionados à mudança de paradigma legal.
70
O Estatuto da Pessoa com Deficiência criou o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Cadastro-Inclusão), registro público eletrônico com a finalidade de coletar, processar,
sistematizar e disseminar informações georreferenciadas que permitam a identificação e a
caracterização socioeconômica da pessoa com deficiência, bem como das barreiras que impedem a
realização de seus direitos.
O Cadastro-Inclusão será administrado pelo Poder Executivo federal e constituído por base de
dados, instrumentos, procedimentos e sistemas eletrônicos. Os dados do Cadastro-Inclusão somente
poderão ser utilizados para apenas duas finalidades específicas, conforme elenca o art. 94 do
EPD.
Receba o benefício de prestação continuada, e que passe a exercer atividade remunerada que a enquadre
como segurado obrigatório do RGPS;
Tenha recebido, nos últimos 5 (cinco) anos, o benefício de prestação continuada, e que exerça atividade
remunerada que a enquadre como segurado obrigatório do RGPS.
Tome nota!
E - Equidade de oportunidades
S - Sujeito de direitos
A - Acessibilidade
71
D - Direito à inclusão
1) Introdução
Vulnerabilidade
Hipervulnerabilidade
Legalidade
Intervenção Estatal
Princípios do Direito do
Consumidor
Harmonia
Boa-fé
Informação e Educação
Qualidade e Segurança
72
A doutrina prevê ainda os hipervulneráveis que possuem mais fragilidade, sendo composto dos
seguintes grupos, idosos, crianças, doente, mulheres gestantes e os portadores de necessidades
especiais.
O princípio da legalidade decorre que os participantes das relações de consumo devem agir dentro
do que está previsto na legislação infraconstitucional e da própria Constituição.
A boa-fé se aplica aos consumidores e fornecedores que deverão agir dentro da relação de consumo
com honestidade, lealdade, dentro das normas jurídicas e constitucionais, além de corretos
eticamente.
73
3) Relação de Consumo
A relação de consumo, relação entre o fornecedor e o consumidor, sob a ótica jurídica pode
compreendida na necessidade do requisito mínimo consistente na existência de pelo menos um
consumidor e um fornecedor, sendo que o fornecedor prestará um serviço e/ou produto ao
consumidor, podendo essa relação ser onerosa ou gratuita.
Produto ou Serviço
Consumidor (Elemento Fornecedor (Elemento
Objetivo) Objetivo)
(Elemento Subjetivo)
Parte minoritária da doutrina adiciona um terceiro elemento, o elemento teleológico, que é consiste
na necessidade de ter conhecimento se aquele que compra o produto ou necessita do serviço é o
destinatário final, para ser considerado consumidor, e, portanto, configurar relação de consumo.
74
Descrito no art. 2º do CDC, consumidor é uma pessoa que adquire bens ou serviços para seu
próprio uso ou benefício. É um indivíduo que compra produtos ou contrata serviços para satisfazer
suas necessidades pessoais ou profissionais, buscando obter valor, utilidade e satisfação por meio
de suas escolhas.
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final.
Um fornecedor é uma empresa ou indivíduo que fornece bens ou serviços a outras empresas ou
consumidores finais, conforme descrito no art. 3º do CDC. Em outras palavras, o fornecedor é o
agente que supre produtos ou serviços para atender às necessidades de outras empresas ou
pessoas. Esses produtos ou serviços podem ser matérias-primas, equipamentos, software,
consultoria, transporte, entre outros.
Os fornecedores são um elemento essencial na cadeia de suprimentos de uma empresa, pois sua
capacidade de entregar produtos ou serviços com qualidade, preço e prazo adequados pode
impactar diretamente a eficiência e a competitividade de seus clientes.
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira,
bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem,
criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização
de produtos ou prestação de serviços.
75
O art. 6º do CDC elenca, através do rol exemplificativo, os direitos mínimos garantidos na proteção
do consumidor:
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação
correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço,
bem como sobre os riscos que apresentem;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação
de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção
Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
IX - (Vetado);
XIII - a informação acerca dos preços dos produtos por unidade de medida, tal como por
quilo, por litro, por metro ou por outra unidade, conforme o caso.
76
O produto ou serviço deve possuir informações claras para que o consumidor possa compreender,
assim como a publicidade ou propaganda deve ser verdadeira, ou seja, o serviço ou produto deve
ser como é na sua publicidade ou propaganda.
Por fim os contratos firmados entre fornecedor e consumidor deve ser equilibrado, não podendo ter
cláusulas abusivas, cláusulas que violem a boa-fé, além daquelas que busquem aumentar
excessivamente os custos e gastos ao consumidor ou reduzir desproporcionalmente o fornecimento
do serviço ou produto ao consumidor, sem a respectiva redução do pagamento ao fornecedor.
A responsabilidade do fato do produto ou serviço pelo Fornecedor, está previsto nos arts. 18 a 22
do CDC.
Demais situações que são consideradas vício é a discrepância entre as informações presentes em
recipiente, embalagem, rotulagem, oferta ou publicidade.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:
77
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre
que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a
qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo
possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou
modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço,
sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam.
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos
vícios;
78
vício aparente em
90 dias produto ou serviço
durável
Tome Nota
A responsabilidade do fato do produto ou serviço pelo Fornecedor, está previsto nos arts. 12 a 17
do CDC.
O fato de produto ou serviço é decorrente de um evento danoso, que pode ser vício, defeito ou
problema acrescido de dano, ou seja, o fato não é somente o prejuízo decorrente do produto ou
serviço ao consumidor ou terceiro, mas há também um dano extra que pode ser da ordem moral ou
mesmo ter atentado contra a própria saúde e/ou à incolumidade físico-psíquica do consumidor ou
de terceiros.
79
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou
importador;
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito
de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento
danoso.
O §3º do art. 12 do CDC prevê as causas que o fornecedor não possui a responsabilidade de
indenizar o consumidor:
É necessário ainda lembrarmos que o ônus probatório é sempre do fornecedor, inclusive quando
não possui responsabilidade.
Os Bancos de Dados, assim como o Cadastro de Dados estão expressamente previstos nos arts. 43
e 44 do CDC.
Os bancos de Dados e Cadastro de Dados são fontes de informações dos consumidores, devendo
os mesmos estarem com a exatidão das informações reais dos consumidores, sendo dados que
apesar de estarem armazenados em entidades privadas são consideradas entidades de caráter
público.
De acordo com o CDC, os bancos de dados devem ser utilizados de forma a garantir a proteção da
privacidade e da segurança das informações dos consumidores, além de serem atualizadas, claras,
objetivas e de fácil acesso. Os consumidores também têm o direito de ter acesso às informações que
constam em bancos de dados sobre eles, podendo corrigi-las, se necessário.
Além disso, o CDC prevê a possibilidade de o consumidor ser indenizado por danos morais ou
materiais decorrentes do uso indevido de seus dados pessoais, bem como por informações inexatas
ou inadequadas contidas em bancos de dados. As empresas que possuem bancos de dados devem,
80
Os fornecedores podem ter acesso aos dados para tomar conhecimento do grau de confiança como
“bom ou mal” pagador o consumidor é, sendo exemplos de banco de dados o SPC e o Serasa.
Veracidade
6) Práticas Abusivas
As práticas abusivas promovidas pelos fornecedores podem ser compreendias como condutas e/ou
ações que são ilícitas, desvinculadas da necessidade da existência ou não de consumidor
efetivamente lesado ou que sinta que fora.
As práticas abusivas não são caracterizadas apenas por serem enganosas ou fraudulentas, mas
também por prejudicarem economicamente o consumidor ou ainda por causarem danos aos
consumidores.
81
O CDC, em seu art. 51, previu a possibilidade de cláusulas serem declaradas nulas, em razão de
serem consideradas cláusulas abusivas.
O referido artigo traz um rol exemplificativo de cláusulas abusivas, sendo que as cláusulas
abusivas ocorrem na vã tentativa do fornecedor se escusar da sua obrigação perante o consumidor,
buscando evitar possível indenização e/ou reembolso ao consumidor.
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos e serviços que:
V - (Vetado);
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo
consumidor;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja
conferido ao consumidor;
82
XVII - condicionem ou limitem de qualquer forma o acesso aos órgãos do Poder Judiciário;
XIX - (VETADO).
O princípio norteador para se ter conhecimento se a atitude praticada pelo fornecedor configura
cláusula abusiva, é analisá-lo sob a ótica do Princípio da Boa-Fé.
6.2) Superendividamento
O Superendividamento é regulamentado no CDC em seus arts. 54-A a 54-G, tendo sido acrescido
pela Lei nº 14.281/2021.
Art. 54-A. Este Capítulo dispõe sobre a prevenção do superendividamento da pessoa natural,
sobre o crédito responsável e sobre a educação financeira do consumidor.
O fornecedor com o advento das alterações promovidas no CDC impõe ao fornecedor que possui o
dever de relatar corretamente e claramente ao consumidor sobre o custo, taxas, encargos e tudo o
83
Momento da Questão
Gabarito: Letra D.
84
1) Introdução
Ao contrário das regulações impostas pelo governo ou por agências reguladoras, a autorregulação
bancária é uma iniciativa interna do setor bancário. Seu propósito é complementar as leis e
regulamentos existentes, muitas vezes abordando áreas específicas não contempladas pela
legislação governamental ou estabelecendo padrões mais rigorosos do que os exigidos pelas
autoridades reguladoras.
A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), uma instituição sem fins lucrativos fundada em
1967, desempenha um papel fundamental na estabelecimento de normas de autorregulação
bancária. A FEBRABAN está comprometida em fortalecer o sistema financeiro brasileiro e
promover o desenvolvimento econômico, social e sustentável. O SARB foi criado por deliberação
do Conselho Diretor da FEBRABAN em 28 de agosto de 2008, estabelecendo padrões elevados de
conduta a serem seguidos pelas instituições financeiras.
Sistema de
Normativos aprovados pelo Conselho de
Autorregulação
Autorregulação
Bancária - SARB
85
Integridade
Equidade
Respeito ao consumidor
Excelência
Sustentabilidade
Confiança
3) SARB nº 27/23
O normativo SARB nº 27/23 consiste na consolidação das regras de autorregulação que abordam
o relacionamento das instituições financeiras com os consumidores. Essas diretrizes e
procedimentos têm como objetivo melhorar os padrões de qualidade e serviços oferecidos pelas
instituições financeiras aos seus clientes individuais.
Em todos os pontos de contato, como agências bancárias, caixas eletrônicos, canais online,
aplicativos móveis, centrais de atendimento e ouvidorias, as instituições financeiras devem seguir
padrões de qualidade no atendimento ao cliente.
86
Princípios
Comunicação eficaz Garantia de fornecer informações claras, acessíveis e oportunas para que os
consumidores possam tomar decisões informadas.
As instituições financeiras que concordam em seguir estas normas devem usar sistemas de
inteligência artificial (IA) de forma responsável. Isso inclui obedecer às seguintes diretrizes, além
de seguir todas as leis relevantes:
Não maleficência e proteção dos direitos dos consumidores: É importante que os sistemas
de IA implementados pelas instituições financeiras sejam seguros e confiáveis, visando não causar
danos e proteger os direitos dos consumidores.
87
Comunicação eficaz: Meios eficientes de comunicação serão utilizados para interagir com os
clientes, incluindo meios eletrônicos, conforme disponibilidade.
Uso do nome social: As instituições financeiras utilizarão o nome social de pessoas transexuais
e não binárias em atendimentos e registros, destacando-o junto ao nome civil para fins
administrativos internos.
Além disso, caso um consumidor seja vítima de fraude eletrônica enquanto utiliza os serviços
online da instituição financeira, esta deve iniciar um procedimento imediato para investigar a
denúncia. Esse processo visa averiguar a procedência da denúncia e adotar as medidas necessárias
para remediar a situação e proteger os interesses do cliente. Essas medidas podem incluir o
88
Em suma, garantir a segurança e a integridade das transações online é uma prioridade para as
instituições financeiras, e elas devem estar prontas para agir rapidamente em caso de incidentes de
fraude eletrônica, protegendo assim a confiança e a satisfação de seus clientes.
A comunicação com o consumidor sobre os termos e condições dos serviços bancários oferecidos
pelas instituições financeiras signatárias será distinta da matéria de marketing ou publicidade.
Seguem as diretrizes:
As informações fornecidas nas ofertas, ações e materiais publicitários serão honestas, precisas,
claras e abordarão todos os aspectos essenciais do produto ou serviço oferecido, em conformidade
com as normas aplicáveis.
Essas informações devem ser de fácil leitura, especialmente nos meios eletrônicos, e audíveis em
contratações por voz.
A comunicação deve ser direcionada aos consumidores que se encaixem no público-alvo para a
oferta do produto ou serviço, levando em consideração os procedimentos de adequação à oferta.
Os anúncios não podem conter informações que, de forma direta ou indireta, por implicação,
omissão, exagero ou ambiguidade, levem o consumidor a erro. Para evitar isso:
89
Além disso, os anúncios e materiais promocionais referentes a produtos específicos devem indicar
os meios para obter informações essenciais, como prazos, valores e tarifas relacionadas às
características do produto.
Nas ações de telemarketing, observando as leis que regulamentam o cadastro para bloqueio de
recebimento de ligações de telemarketing, através do programa "Não Perturbe", as instituições
financeiras signatárias têm permissão para entrar em contato com o consumidor nos dias úteis, de
segunda a sexta-feira, dentro do horário compreendido entre 9h e 21h, e aos sábados entre 10h e
16h, seja diretamente ou através de empresa terceirizada.
As mensagens enviadas por e-mail devem incluir informações sobre como o destinatário pode
solicitar a exclusão de seus dados do cadastro existente para não receber futuras mensagens.
Essa medida visa garantir que os consumidores tenham o controle sobre o recebimento de
comunicações comerciais por e-mail e possam optar por não receber mais esse tipo de
correspondência, caso desejem.
90
As tarifas aplicáveis aos serviços serão informadas aos consumidores, incluindo detalhes sobre
periodicidade e progressividade. As informações serão visíveis em agências online, com tarifas
debitadas em conta detalhadas nos extratos bancários. Reduções de tarifas podem ser aplicadas
imediatamente.
A cobrança só será realizada com a expressa autorização do consumidor, e as dívidas podem ser
transferidas para empresas de cobrança, que devem manter uma abordagem cordial e respeitar
horários específicos para contato. Em caso de contato sem sucesso, poderão ser escolhidos horários
alternativos.
As instituições financeiras signatárias devem garantir que todas as agências bancárias ofereçam
instalações adequadas para um uso seguro e tranquilo por parte de todos os cidadãos. Além disso,
é obrigação dessas instituições divulgar informações visíveis sobre situações de recusa de
pagamentos, bem como disponibilizar os números de telefone do SAC, Ouvidoria ou Procon para
os consumidores.
Os consumidores devem ter liberdade de escolha quanto ao tipo de atendimento nas agências,
sem restrições injustas nos guichês de caixa, exceto em casos específicos regulamentados. Para
garantir um atendimento mais eficiente, é definido um atendimento prioritário para grupos
específicos, com guichês de caixa preferenciais ou outros serviços personalizados, com exigência de
tempo de espera reduzido.
As instituições financeiras também devem adaptar suas agências para cumprir os requisitos de
acessibilidade, incluindo rampas, caixas eletrônicos adaptados e funcionários treinados em Libras,
entre outros. O atendimento deve ser prestado a todos durante o horário de funcionamento, com
esforços para agilidade e redução do tempo de espera, incluindo a estabelecimento de tempo
máximo de espera nos guichês de caixa, com registro do tempo de espera do consumidor.
91
Para reduzir o tempo de espera, é necessária a realocação de funcionários nos guichês de caixa e
apoio ao atendimento em dias de pico. A eficiência operacional dos caixas de autoatendimento
também deve ser garantida, especialmente em datas de pagamento.
É importante incentivar o uso de canais alternativos de atendimento, com orientação por pessoal
treinado, desenvolvimento de medidas educativas e comunicação frequente sobre segurança. A
gestão eficaz do tempo de espera para atendimento é essencial, com resultados usados como
incentivos em programas de cada instituição.
As instituições devem promover o diálogo local sobre atendimento e espera em filas, envolvendo
autoridades de defesa do consumidor, com elaboração e divulgação de documentos sobre
resultados e medidas adotadas.
4) Estatuto do Idoso
O Estatuto do Idoso, uma legislação brasileira, estabelece direitos fundamentais que conferem uma
posição privilegiada às pessoas idosas, enquadrados como direitos de terceira dimensão. Estes
direitos abrangem, em essência, o direito ao envelhecimento digno, garantindo a liberdade, respeito,
e dignidade, além de acesso a serviços de saúde adequados e medidas específicas de proteção social.
O Estatuto assegura direitos personalíssimos e sociais voltados à proteção das pessoas idosas,
permitindo-lhes viver com dignidade, respeitando sua autonomia e integridade física, psíquica e
moral. Além disso, inclui a capacidade de ir e vir, expressar opiniões, crenças religiosas, participar de
atividades esportivas e culturais, integrar-se à vida familiar e comunitária, além do direito de buscar
auxílio e orientação.
Importante!
A lei no Brasil dá uma atenção extra aos idosos acima de 80 anos, estabelecendo uma prioridade
especial para eles. Em situações que já oferecem prioridade aos idosos, como em atendimentos de
saúde, filas e serviços, os maiores de 80 anos têm preferência sobre os outros idosos.
92
CESGRANRIO 2009 – De acordo com o IBGE, a expectativa de vida dos brasileiros aumentou
nos últimos anos. Isso implica uma atenção maior com o funcionamento da previdência social
e com a expansão de uma faixa etária específica da população, exigindo-se uma legislação
adequada. Na área da legislação brasileira, a faixa etária em questão foi especificamente
contemplada com o Estatuto do(da)
a) Desarmamento.
b) Idoso.
c) Adolescente.
d) Criança.
e) Cidade.
Gabarito: Letra B.
O Estatuto tem como objetivo garantir os direitos das pessoas idosas, protegendo-as de qualquer
forma de negligência, discriminação, violência, crueldade e opressão. Dentre os direitos
fundamentais, vamos estudar os direitos com maior incidência:
Dignidade e respeito: Esse direito visa garantir que as pessoas idosas sejam tratadas com
dignidade e respeito em todas as esferas da sociedade. Isso implica em reconhecer o valor intrínseco
de cada indivíduo, independentemente da idade, e em promover uma cultura que valorize e respeite
os idosos, combatendo atitudes discriminatórias ou preconceituosas.
Saúde: O direito à saúde das pessoas idosas inclui o acesso universal e igualitário aos serviços
de saúde, garantindo atendimento prioritário e integral que leve em consideração as necessidades
específicas dessa faixa etária. Isso abrange desde cuidados preventivos até tratamentos médicos
especializados, visando manter ou melhorar a qualidade de vida dos idosos.
Assistência social: Esse direito visa garantir que as pessoas idosas em situação de vulnerabilidade
ou risco social recebam assistência social integral, assegurando-lhes condições mínimas de
93
Moradia e transporte: Esse direito assegura condições dignas de moradia e transporte para as
pessoas idosas, garantindo acessibilidade e adaptações necessárias para facilitar sua locomoção e
promover sua independência. Isso pode envolver a construção de espaços públicos acessíveis,
adaptação de residências e transporte público adequado às necessidades dos idosos.
Previdência social: Esse direito visa garantir benefícios previdenciários adequados às pessoas
idosas, assegurando-lhes proteção social e condições dignas de vida após o término de sua vida
laboral. Isso inclui aposentadorias, pensões e outros benefícios previdenciários que visam garantir
uma renda mínima para os idosos e sua segurança financeira na velhice.
Justiça: O Estatuto do Idoso assegura o acesso à justiça de forma prioritária e especializada para
as pessoas idosas, promovendo a proteção e defesa de seus direitos. Isso inclui medidas para
prevenir e combater a violência, abuso, exploração e outras formas de violação dos direitos das
pessoas idosas, bem como garantir sua participação efetiva nos processos judiciais, quando
necessário.
O Estatuto do Idoso estabelece uma série de medidas de proteção à pessoa idosa sempre que
seus direitos forem ameaçados ou violados. Essas medidas incluem:
Inclusão em programas
oficiais ou comunitários de
auxílio, orientação e
Abrigo em entidade Abrigo temporário
tratamento para usuários
dependentes de drogas
(lícitas ou ilícitas)
94
A política de atendimento à pessoa idosa, conforme estabelecido no Estatuto do Idoso, deve ser
executada por meio de ações governamentais e não governamentais, observando as seguintes
linhas de ação:
Essas diretrizes visam garantir uma abordagem abrangente e eficaz no atendimento às necessidades
da população idosa.
O Estatuto do Idoso assegura o acesso à justiça para a pessoa idosa, garantindo seus direitos e
protegendo contra abusos e violações. Isso inclui o direito à assistência judiciária gratuita para
instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos que prestam serviços às pessoas idosas.
95
4.5) Crimes
Estatuto do Idoso também aborda a questão dos crimes cometidos contra a pessoa idosa,
estabelecendo penalidades para diversas condutas, como o abandono material ou moral, a
negligência, a violência física ou psicológica, entre outros. Essas medidas visam garantir a proteção
e a segurança da população idosa, punindo os responsáveis por violações de direitos e incentivando
a prevenção desses crimes.
A Lei nº 10.048/00, conhecida como Lei da Prioridade de Atendimento, estabelece medidas para
garantir atendimento prioritário às pessoas que especifica, dentre elas as pessoas idosas. Ela
assegura que os idosos tenham prioridade no atendimento em órgãos públicos, empresas
concessionárias de serviços públicos e instituições financeiras.
Pessoas com
Pessoas acompanhadas
Lactantes transtorno do espectro
por crianças de colo
autista
Pessoas com
Doadores de sangue
mobilidade reduzida
O atendimento prioritário vai além de simplesmente conceder prioridade em filas; ele engloba a
oferta de serviços de maneira individualizada e diferenciada. Isso implica que as pessoas
96
Ex.: uma pessoa com deficiência pode precisar de um guichê ou caixa adaptado para cadeira de
rodas, uma gestante pode necessitar de um assento confortável para aguardar atendimento, ou uma
pessoa idosa pode precisar de mais tempo e assistência para realizar determinadas transações.
Além do tratamento diferenciado, a lei estabelece que o atendimento prioritário deve ser imediato.
Isso significa que as pessoas beneficiadas pela lei não devem ter que esperar por longos períodos
para receberem assistência.
Momento da Questão
e) Restringir o acesso aos serviços prioritários apenas para pessoas com deficiência.
Gabarito: Letra D.
Comentário: O atendimento prioritário visa garantir que as pessoas beneficiadas pela lei
recebam um tratamento diferenciado e individualizado, adaptado às suas necessidades específicas,
em vez de excluir outras pessoas ou promover desigualdades.
97
1) Introdução
1 – Lei n° 12.764 de 2012 sobre atendimento prioritário a pessoas com transtorno do espectro
autista.
2) Considerações iniciais
A educação inclusiva vai além da simples presença de alunos com necessidades especiais nas salas
de aula. Ela implica em criar ambientes educacionais que sejam acolhedores, adaptáveis e acessíveis
para todos os alunos, reconhecendo e valorizando a diversidade de habilidades, talentos e
experiências que cada indivíduo traz consigo.
No entanto, a implementação efetiva da educação inclusiva enfrenta uma série de desafios. A falta
de recursos adequados, a resistência cultural, a falta de capacitação dos professores e as barreiras
físicas e tecnológicas são apenas algumas das dificuldades que precisam ser superadas para garantir
o sucesso desse modelo educacional.
Apesar dos desafios, investir na educação inclusiva é essencial para o futuro de nossa sociedade. Ela
não apenas promove a equidade e a justiça social, mas também impulsiona a inovação, a criatividade
e a solidariedade. Portanto, é responsabilidade de todos - governos, instituições educacionais,
professores, pais e comunidades - trabalhar juntos para promover e fortalecer a educação inclusiva
em todos os níveis de ensino. Somente assim poderemos construir um mundo onde todos os
indivíduos sejam valorizados, respeitados e tenham a oportunidade de alcançar seu pleno potencial.
Para os fins da Lei n° 12.764 de 2012, considera-se pessoa com transtorno do espectro autista aquela
que apresenta síndrome clínica caracterizada por dois padrões principais:
98
Conforme disposto no parágrafo 2º, artigo 1º, da Lei n° 12.764 de 2012, a pessoa com transtorno do
espectro autista é considerada pessoa com deficiência, tendo direito a todos os benefícios legais
decorrentes dessa condição.
De acordo com o art. 2º da Lei n° 12.764 de 2012, são diretrizes da Política Nacional de Proteção dos
Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista:
Para cumprimento das diretrizes de que trata este artigo, o poder público poderá firmar contrato de
direito público ou convênio com pessoas jurídicas de direito privado.
De acordo com o art. 3º da Lei n° 12.764 de 2012, são direitos da pessoa com transtorno do espectro
autista:
o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas necessidades de
saúde, incluindo:
b) o atendimento multiprofissional;
d) os medicamentos;
o acesso:
c) ao mercado de trabalho;
Fique atento!
Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas
classes comuns de ensino regular terá direito a acompanhante especializado.
100
A Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, conhecida como Lei do Autismo, institui a Política
Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e estabelece
diretrizes para sua efetivação.
O Artigo 4º dessa lei é de suma importância, pois enfatiza os direitos fundamentais das pessoas com
TEA. Ele estabelece que a pessoa com transtorno do espectro autista não pode ser submetida a
tratamento desumano ou degradante, privada de sua liberdade ou do convívio familiar, nem sofrer
discriminação por causa de sua condição.
Essa disposição legal visa proteger os direitos básicos e a dignidade das pessoas com TEA,
garantindo que elas sejam tratadas com respeito, dignidade e igualdade perante a lei. Significa que
essas pessoas têm o direito de viver em um ambiente livre de qualquer forma de tratamento injusto,
abusivo ou discriminatório.
Por exemplo, isso significa que uma pessoa com TEA não pode ser excluída de atividades sociais,
educacionais ou profissionais com base em sua condição. Ela também não pode ser submetida a
tratamentos desumanos, como práticas de isolamento ou restrição de liberdade, sem o devido
respaldo legal e respeito aos seus direitos.
1) Introdução
O principal objetivo deste decreto é garantir o uso do nome social e o reconhecimento da identidade
de gênero das pessoas travestis e transexuais no contexto da administração pública federal. Isso
significa que essas pessoas têm o direito de serem tratadas e reconhecidas pelo nome social com o
qual se identificam, e não necessariamente pelo nome que consta em seus documentos oficiais.
101
Além disso, o decreto define "identidade de gênero" como a dimensão da identidade de uma pessoa
que se relaciona com as representações de masculinidade e feminilidade e como isso se manifesta
em sua prática social, sem necessariamente se relacionar com o sexo atribuído no nascimento. Isso
significa que a identidade de gênero de uma pessoa pode ser diferente do sexo que lhe foi atribuído
no nascimento e que essa diferença deve ser respeitada e reconhecida.
Em resumo, o artigo 1º do Decreto 8727/16 estabelece as bases legais para o uso do nome social e
o reconhecimento da identidade de gênero das pessoas travestis e transexuais na administração
pública federal, contribuindo para promover a igualdade, a inclusão e o respeito à diversidade de
gênero.
3) Atos e procedimentos
De acordo com o artigo 2º, os órgãos e entidades da administração pública federal devem adotar o
nome social da pessoa travesti ou transexual em seus atos e procedimentos, desde que haja
requerimento por parte da pessoa e observância ao que é estabelecido no decreto. Isso significa que
as pessoas têm o direito de solicitar o uso do nome social nos documentos e registros relacionados
aos serviços públicos, respeitando sua identidade de gênero e sua autodeterminação.
Segundo o artigo 3º, os registros dos sistemas de informação, cadastros, programas, serviços, fichas,
formulários, prontuários e similares dos órgãos e entidades da administração pública federal devem
conter um campo destacado para o "nome social" da pessoa travesti ou transexual. Esse campo deve
ser acompanhado pelo nome civil da pessoa, que será utilizado apenas para fins administrativos
internos.
Essa disposição é de extrema importância, pois garante que o nome social das pessoas travestis e
transexuais seja reconhecido e utilizado em todos os registros e sistemas de informação dos órgãos
públicos. Isso significa que essas pessoas serão identificadas e tratadas pelo nome com o qual se
identificam, respeitando sua identidade de gênero e sua autonomia.
102
5) Documentos oficiais
De acordo com o artigo 4º, nos documentos oficiais emitidos pelos órgãos e entidades da
administração pública federal, o nome social da pessoa travesti ou transexual deve constar, desde
que expressamente requerido pelo interessado. Esse nome social deve ser acompanhado pelo nome
civil da pessoa, garantindo a identificação correta e precisa em conformidade com as necessidades
individuais e preferências de cada pessoa.
6) Da autonomia
O artigo 5º estabelece que os órgãos e entidades da administração pública federal podem empregar
o nome civil da pessoa travesti ou transexual, acompanhado do nome social, apenas quando
estritamente necessário ao atendimento do interesse público e à salvaguarda de direitos de terceiros.
Isso significa que o uso do nome civil deve ser excepcional e justificado, sendo permitido somente
em situações específicas em que não comprometa o respeito à identidade de gênero da pessoa.
103
1) Introdução
2) Considerações Iniciais
Antes de abordar especificamente o conceito de pessoa com deficiência, é importante ressaltar que
a terminologia "portador de deficiência" não é adequada para se referir a essas pessoas. Esse termo
sugere que a deficiência é uma carga ou um fardo, implicando que requer tratamento ou cura.
Portanto, eliminar esse termo é um dos primeiros passos para garantir que as pessoas com
deficiência desfrutem de seus direitos sem discriminação.
Dessa forma, o termo pessoa com deficiência descreve aqueles que têm limitações físicas, mentais,
intelectuais ou sensoriais de longa duração, as quais, quando combinadas com diversas barreiras,
podem dificultar sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com
os demais indivíduos.
A proteção legal às pessoas com deficiência é fundamental para garantir seus direitos e promover
sua inclusão na sociedade. No Brasil, diversas leis e regulamentações foram estabelecidas para
assegurar essa proteção, incluindo a Constituição Federal de 1988 e a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), também conhecida como Estatuto da Pessoa com
Deficiência.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência é um marco legislativo de extrema importância para os direitos
das pessoas com deficiência no Brasil. Sua implementação tem contribuído significativamente na
busca por uma sociedade mais inclusiva, onde todos possam desfrutar igualmente dos recursos e
serviços econômicos, políticos e sociais disponíveis.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência tem o objetivo de promover o exercício dos direitos e das
liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
104
Ao considerar todos esses aspectos, a avaliação biopsicossocial busca fornecer uma compreensão
abrangente da deficiência, permitindo a adoção de medidas adequadas de suporte, inclusão e
acessibilidade para garantir os direitos e a qualidade de vida das pessoas com deficiência.
Toda pessoa com deficiência tem o direito fundamental à igualdade de oportunidades em relação
às demais pessoas, e é garantido a ela o não sofrimento de qualquer forma de discriminação.
105
Além disso, a pessoa com deficiência tem proteção contra negligência, discriminação, exploração,
violência, tortura, crueldade, opressão e qualquer forma de tratamento desumano ou degradante. É
dever da sociedade e do Estado assegurar que esses direitos sejam respeitados e que sejam
tomadas medidas efetivas para prevenir e combater qualquer forma de violação ou abuso contra
pessoas com deficiência.
Importante!
A pessoa com deficiência não é obrigada a usufruir dos benefícios advindos de ações afirmativas.
A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, incluindo o direito de:
Tome nota!
106
A pessoa com deficiência tem o direito de receber atendimento prioritário, especialmente com o
objetivo de:
Utilizar pontos de parada, estações e terminais de transporte coletivo acessíveis, com garantia de
segurança no embarque e desembarque;
Importante!
O reconhecimento igual perante a lei das pessoas com deficiência é um princípio fundamental
abordado no Estatuto da Pessoa com Deficiência. Esse princípio está alinhado com o conceito de
igualdade perante a lei, consagrado em diversos instrumentos internacionais de direitos humanos.
O Estatuto reconhece que as pessoas com deficiência são sujeitos de direitos e devem ser tratadas
em igualdade de condições com as demais pessoas perante a lei. Isso significa que as pessoas com
deficiência têm os mesmos direitos, liberdades fundamentais e oportunidades que são
garantidos a todos os cidadãos, sem discriminação em razão da deficiência.
Além disso, o reconhecimento igual perante a lei implica que as pessoas com deficiência têm o
direito de expressar suas opiniões, participar ativamente na tomada de decisões que afetem suas
vidas e serem ouvidas em processos que as envolvam. Isso fortalece sua autonomia e dignidade,
107
A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em
igualdade de condições com as demais pessoas. De acordo com o Estatuto, a deficiência não é, por
si só, um critério para a nomeação de um curador. Ele estabelece que as pessoas com deficiência
devem ser reconhecidas como capazes de exercerem todos os atos da vida civil em igualdade de
condições com as demais pessoas. Isso significa que as pessoas com deficiência têm o direito de
tomar decisões sobre sua vida, incluindo questões relacionadas à saúde, educação, trabalho, finanças
e outros aspectos.
No entanto, quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela. A curatela é
um instituto jurídico que envolve a nomeação de um curador para representar e/ou assistir uma
pessoa que seja considerada incapaz de exercer plenamente seus direitos e tomar decisões por si
mesma.
Importante!
A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial.
A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à
privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
108
Para emissão de documentos oficiais, não será exigida a situação de curatela da pessoa com
deficiência.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência, no Brasil, estabelece tanto crimes quanto infrações
administrativas relacionadas à proteção dos direitos das pessoas com deficiência. Essas medidas
visam garantir a inclusão, a igualdade de oportunidades e a proteção dessas pessoas, coibindo
práticas discriminatórias e violações de direitos.
Neste tópico, iremos estudar apenas as condutas descritas no próprio Estatuto, entretanto, tenha
em mente que existem diversos crimes e infrações administrativas espalhadas na legislação penal!
Tome nota!
Este título do Estatuto da Pessoa com Deficiência é de extrema importância para as provas de
concursos públicos, uma vez que apresenta situações específicas com vistas à proteção às pessoas
com deficiência.
Por isso, anote esse mnemônico: C – A – D – A (Isso vai te salvar na hora da prova).
•Abandonar
A
•Discriminar
D
•Apropriar-se
A
Para faciliar os estudos, transcrevemos o Título II do Estatuto da Pessoa com Deficiência, com a
finalidade de te auxiliar na fixação do tema:
109
Art. 90. Abandonar pessoa com deficiência em hospitais, casas de saúde, entidades
de abrigamento ou congêneres:
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem não prover as necessidades básicas
de pessoa com deficiência quando obrigado por lei ou mandado.
Art. 91. Reter ou utilizar cartão magnético, qualquer meio eletrônico ou documento
de pessoa com deficiência destinados ao recebimento de benefícios, proventos,
pensões ou remuneração ou à realização de operações financeiras, com o fim de
obter vantagem indevida para si ou para outrem:
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o crime é cometido por
tutor ou curador.
110
a) assistência laboral.
b) incentivos trabalhistas.
c) tecnologia assistiva.
e) organização indicada.
Gabarito: Letra C.
Comentário: A tecnologia assistiva, também conhecida como ajuda técnica, engloba uma
variedade de produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e
serviços. Seu propósito fundamental é promover a funcionalidade relacionada às atividades e à
participação das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Essas tecnologias são
desenvolvidas com o objetivo de garantir a autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão
social dessas pessoas, conforme estabelecido no artigo 3º, inciso III, do Estatuto da Pessoa com
Deficiência.
111
Sinalização tátil e visual: É importante que essas edificações possuam sinalização tátil e visual
adequada, permitindo que pessoas com deficiência visual possam se orientar no ambiente. Isso inclui
o uso de placas em braile, piso tátil direcional e de alerta, além de uma boa iluminação que facilite
a identificação dos espaços.
Mobiliário urbano adaptado: Bancos, lixeiras, telefone público e outros tipos de mobiliário
urbano devem ser projetados levando em consideração as necessidades das pessoas com deficiência
ou mobilidade reduzida, garantindo que sejam acessíveis e utilizáveis por todos.
112
Acessibilidade As normas técnicas estabelecem diretrizes para garantir que edifícios e espaços
Arquitetônica públicos sejam projetados e construídos de maneira a permitir o acesso adequado
e seguro para todas as pessoas. Isso inclui requisitos para rampas de acesso,
largura de portas e corredores, dimensionamento de banheiros acessíveis,
instalação de barras de apoio e corrimãos, entre outros aspectos.
Além de informar sobre os direitos e necessidades das pessoas com deficiência, as campanhas de
conscientização visam promover uma cultura de acessibilidade, incentivando a adoção de práticas
inclusivas em diversos setores da sociedade, como educação, trabalho, transporte, lazer e
comunicação.
Além da fiscalização realizada pelos órgãos públicos, a sociedade civil organizada desempenha um
papel importante na fiscalização do cumprimento das normas de acessibilidade. Organizações não
governamentais (ONGs), associações de pessoas com deficiência e grupos de ativistas podem
monitorar o cumprimento das leis e denunciar casos de descumprimento às autoridades
competentes.
113
Tome nota!
Questão inédita – O Decreto nº 5.296/2004, conhecido como Lei de Acessibilidade, tem como
objetivo principal:
a) Regular o uso de cães-guia por pessoas com deficiência visual em ambientes de uso coletivo.
c) Criar normas para a reserva de assentos em transportes públicos para idosos, gestantes e pessoas
com deficiência.
d) Determinar multas para estabelecimentos que não oferecem acessibilidade adequada às pessoas
com deficiência.
Gabarito: Letra B.
O Decreto nº 5.904/2006 complementa a Lei nº 11.126/2005, que reconhece o direito das pessoas
com deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhadas de
cão-guia. Este decreto estabelece as diretrizes para a aplicação da lei, garantindo que os portadores
114
Uma das principais disposições do decreto é a garantia de acesso dos cães-guia em todos os locais
públicos ou privados de uso coletivo, o que inclui meios de transporte e estabelecimentos abertos
ao público. O texto ainda especifica que, nos casos em que o cão-guia estiver em fase de socialização
ou treinamento, ele só poderá ingressar e permanecer nos locais de uso público na companhia de
seu treinador, instrutor ou acompanhante habilitado, visando garantir a segurança das pessoas.
Além disso, o decreto proíbe a exigência de uso de focinheira nos cães-guia, pois presume-se
que esses animais já foram treinados para não representar riscos às pessoas. No entanto, há
exceções em locais onde o controle sanitário é rigoroso, como setores hospitalares e áreas de
manipulação de alimentos, onde a presença de animais pode representar riscos à saúde pública.
O texto também estabelece punições para quem dificultar ou impedir o acesso dos cães-guia em
locais de uso público, prevendo multas e até interdição em caso de reincidência. Além disso, define
os requisitos mínimos para identificação dos cães-guia e para comprovação do treinamento do
usuário, garantindo a legitimidade da presença desses animais nos ambientes públicos.
Por fim, o decreto determina que a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, responsável por
avaliar e julgar os processos administrativos relacionados à aplicação da lei, promova campanhas
publicitárias para informar a população sobre os direitos das pessoas com deficiência visual em
relação aos cães-guia.
115
b) Nos locais onde o controle sanitário é rigoroso, como áreas hospitalares e de manipulação de
alimentos, é permitida a presença de cães-guia, desde que usem focinheira.
c) O decreto não estabelece punições para quem dificultar ou impedir o acesso dos cães-guia em
locais de uso público.
e) O Decreto estabelece que a Secretaria Especial dos Direitos Humanos deve realizar campanhas
publicitárias para informar a população sobre os direitos das pessoas com deficiência visual em
relação aos cães-guia.
Gabarito: Letra E.
116