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1. CONCEITO DE CRIME: O crime pode ser conceituado sob três aspectos: material,
legal ou analítico.
a) Critério material (substancial): Com base nesse critério, crime é toda ação ou
omissão humana que lesa ou expõe a perigo de lesão bens jurídicos protegidos
pelo direito penal (assim, só haverá crime quando a conduta praticada apresentar
relevância jurídico-penal, isto é, agressão ou risco de agressão aos bens jurídicos
penalmente relevantes).
b) Critério legal: Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de
reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente
com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente,
pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente – Art.
1º da Lei de Introdução ao CP.
(3) TENTATIVA
b) Sujeito passivo: É o titular do bem jurídico protegido pela lei penal (vítima ou
ofendido).
- ATENÇÃO: A pessoa jurídica também pode ser sujeito passivo, não só em relação
aos crimes patrimoniais, mas todos os crimes eu sejam compatíveis com a sua
natureza (ex: contra a honra – calúnia e difamação –, contra a administração pública,
etc.).
b) Objeto material: É a pessoa ou coisa que suporta a conduta criminosa (nem todo
crime atinge algum bem material – exemplos: falso testemunho, associação criminosa,
etc.).
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
1. CLASSIFICAÇÃO DO CRIME: Pode ser legal (é o nome atribuído ao crime pela lei
penal) ou doutrinária (nome atribuído aos crimes pelos estudiosos do direito penal).
penal também descreve uma conduta e um resultado naturalístico, sendo que
a) Crimes comuns, próprios ou de mão própria: Diz respeito à qualidade
para a do
sua consumação não necessita-se da produção deste resultado (ex:
extorsão mediante
sujeito ativo:sequestro).
- crime comum: é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa
- crime(ex:
de furto).
mera conduta (simples atividade): é aquele que o tipo penal
descreve apenas
- crime uma(especial):
próprio conduta, éisto é, que
aquele não só
contém
podem qualquer resultado
ser praticado por
naturalístico, sendo que
determinada para a(exige-se
pessoa sua consumação basta apenas
uma qualidade a prática
especial desta
do sujeito
conduta (ex: ato
ativo), obsceno).
contudo, admite a coautoria e participação (ex: corrupção
passiva).
- crime de mão própria (atuação pessoal): é aquele que só pode ser
praticado por pessoa expressamente descrita no tipo penal, não
admitindo a coautoria, mas apenas a participação (ex: aborto
provocado
(1) crime omissivo próprio (puro): é aquele em que o tipo penal descreve
uma omissão (ex: omissão de socorro) – não admite a tentativa.
- crime transeunte (de fato transitório): é aquele que não deixa vestígios
materiais (ex: nos crimes praticados verbalmente – difamação, ameaça,
desacato, etc.).
- crimes conexos: são aqueles que estão interligados entre si. Essa
conexão penal (material) se divide em:
2º - Resultado naturalístico;
4º - Tipicidade.
1º - CONDUTA
1) TEORIAS: Existem várias teorias que buscam conceituar a conduta. Logo abaixo
serão analisadas as teorias que foram adotadas pelo Código Penal e Código Penal
Militar.
A) Teoria clássica (naturalística/causalista/mecanicista): Conduta é o
comportamento humano (ação) voluntário que produz modificação no mundo
exterior (foi criada no século XIX por Liszt, Beling e Radbruch) – foi adotada pelo CPM.
OUTRAS TEORIAS:
3º - Hipnose e sonambulismo
4º - Coação física irresistível (“vis absoluta”)
2º - RESULTADO
ATENÇÃO: Existe crime sem resultado? Para a teoria naturalística sim, pois os
crimes formais e de merda conduta não exigem o resultado naturalístico. Já para a
teoria jurídica não, pois não existe crime sem lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico
protegido.
Relação de causalidade
Relevância da omissão
B) Teoria da causalidade adequada: Segundo essa teoria, causa passa a ser apenas
a conduta adequada (idônea) a provocar a produção do resultado (13, §1º, CP).
b) Poder de agir: Quem tem o dever de agir, nem sempre pratica automaticamente um
crime em razão de sua omissão, pois o CP condiciona a punição do agente quando ele
devia e podia agir para evitar o resultado.
1º - Causalidade;
4º - TIPICIDADE
TEORIA DO TIPO
1. TIPO PENAL: É o modelo (genérico e abstrato) formulado pela lei penal que
descreve a conduta criminosa ou a conduta permitida.
a.2) tipo anormal: é aquele que prevê, além dos elementos objetivos,
também elementos subjetivos e/ou normativos (tipicidade anormal) – para a
teoria finalista todo tipo é anormal.
b.2) Tipo derivado: É aquele que se estrutura com base no tipo fundamental,
adicionando a ele circunstâncias que aumentam ou diminuem a pena
(qualificadoras, causas de aumento e causas de diminuição da pena) - ex:
homicídio privilegiado, qualificado, circunstanciado.
c.2) Tipo aberto: É aquele que não possui descrição minuciosa da conduta
criminosa (por isso, sua verificação depende de um juízo de valor sobre o caso
em concreto) - ex: crimes culposos (em regra).
d.1) Tipo simples: É aquele que contém apenas um núcleo - ex: “subtrair” no
furto.
d.2) Tipo misto (ação múltipla, conteúdo variado): É aquele que contém
dois ou mais núcleos. Divide-se em duas espécies:
- tipo misto alternativo: é aquele em que a lei descreve vários verbos, no qual a
prática sucessiva dos diversos núcleos (no mesmo contexto fático) caracteriza
apenas um crime, pois atinge o mesmo bem jurídico (ex: tráfico de drogas).
- tipo misto cumulativo: é aquele em que a lei descreve vários verbos, no qual a
prática sucessiva dos diversos núcleos (ainda que no mesmo contexto fático)
caracteriza vários crimes em concurso material, pois atingem bens jurídicos
diversos (ex: omissão de socorro - 135, CP; abandono material – 244, CP).
Crime doloso
1º - conduta (voluntária);
2º - resultado (involuntário);
3º - nexo causal;
4º - tipicidade;
6º - previsibilidade objetiva;
7º - ausência de previsão.
1º - Conduta voluntária: a vontade do agente se limita apenas a prática de uma
conduta (perigosa), por ele aceita e desejada, e não a produção do resultado.
MODALIDADES DA CULPA
4. ESPÉCIES DE CULPA:
2º - Erro profissional
3º - Risco tolerado
4º - Princípio da confiança
ITER CRIMINIS (CAMINHO DO CRIME)
14 - Diz-se o crime:
Tentativa
FASE INTERNA
FASE EXTERNA
OUTRAS TEORIAS:
3º - dolo de consumação.
5. ESPÉCIES DA TENTATIVA:
2º - Crimes unissubsistentes;
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
Arrependimento Posterior
- Pessoal: isto é, deve ser feita diretamente pelo criminoso, não podendo
advir de terceiros (exceto em situação de total impossibilidade);
- Integral: isto é, a reparação ou restituição deve ser total, pois a parcial não
se encaixa no conceito apresentado pelo art. 16 do CP (o STF, contudo, já
admitiu esse benefício na reparação parcial do dano);
3º - nexo causal;
4º - tipicidade.