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JORNADA DE HOLDING FAMILIAR

RESUMO
AULA 2

Planejamento Patrimonial da Família com uma Holding


Familiar. Transferência de quotas aos herdeiros

Tratamos a Holding Familiar como um sistema por se tratar de


um conjunto de atos e etapas que permitem o Planejamento
Patrimonial e Sucessório de modo eficiente e seguro.

A primeira etapa desse sistema foi dada na aula 1, ou seja,


Constituição da Célula Cofre e o Planejamento Patrimonial.

Na aula 2 passamos ao estudo do Planejamento Sucessório.

Estando o patrimônio integralizado na Célula Cofre


(Planejamento Patrimonial) avançamos para o Planejamento
Sucessório, que se consolida com a doação das quotas
aos herdeiros.

É bem verdade que a doação, assim como a morte, é fato


gerador do ITCMD, mas o grande diferencial para aplicação de
alíquota menor ou maior está intrinsecamente ligado à base de
cálculo e aqui está um grande diferencial entre os dois
sistemas (Inventário e Holding Familiar).
Para fins comparativos, veja a tabela abaixo com o impacto
financeiro da tributação (ITCMD) nos dois sistemas:

A variação da alíquota está aliada ao valor da base de


cálculo.

No inventário a base de cálculo para o ITCMD é o valor de


mercado patrimônio (geralmente muito superior ao valor de
aquisição do bem), ao passo que no Sistema de Holding a
base para o cálculo do imposto da doação é o valor histórico
do patrimônio, o que resulta em menor alíquota e menor custo
com tributo.

A primeira diferença neste caso é a economia financeira de


aproximadamente 90% com o ITCMD (R$ 160 Mil – R$ 18 Mil
= R$ 142 Mil) e a segunda é a possibilidade de parcelar o
pagamento do imposto no caso do Sistema de Holding
Familiar, o fazemos através de uma projeção das doações.
Atente-se ainda que a possibilidade de aumento absurdo do
ITCMD é REAL!

Reserva de Usufruto e cláusulas imprescindíveis.


Cláusulas Especiais para o Planejamento Sucessório.
Cláusula de direito de arrependimento. Cláusula do
"desapego". O poder do Acordo de Sócios

Para que tudo funcione tal qual os pais planejam e não


ocorram os percalços da doação simples de bens em vida,
neste momento, devem ser incluídas as cláusulas de
proteção, que servirão como um gatilho a ser disparado
somente com o falecimento dos pais.

Somente com o falecimento dos pais é que aquela doação


passa a operar efeitos práticos.

O que assegura que os pais permaneçam exercendo todos


os poderes sobre as quotas (e em última análise o
patrimônio da família) são exatamente as cláusulas de
proteção.

A primeira e mais comum é a reserva de usufruto. Por


ocasião da doação somente é transmitida a nua propriedade
da quota, ficando os frutos em favor daqueles que constituem
o Sistema, o que se extingue somente no momento do
falecimento dos pais.
É também extremamente importante que seja incluída a
possibilidade de arrependimento e a cláusula de reversão,
assegurando assim 110% de proteção.

As cláusulas de proteção devem estar previstas no contrato


social, que por si confere publicidade dos atos ali praticados e
que podem ser do interesse de terceiros.

Outras cláusulas especiais também são extremamente


relevantes para deixar o sistema de gatilho preparado para ser
acionado somente no memento de passagem dos pais, são
elas:

● Inalienabilidade
● Impenhorabilidade
● Incomunicabilidade
● Reversão
● Administração Permanente
● Direitos Políticos
● Mandato
● Call Option
● Golden Share

Desde que observados os cuidados para inclusão das


cláusulas acima, a doação do patrimônio não afetará o
comando real sobre os bens.
Não subestime o poder do acordo de sócios. Ele é que vai
reger o Sistema depois do falecimento dos pais e é ele quem
vai permitir que o sistema seja fidedigno à vontade dos pais.

O que fazer diante do risco do ITCMD aumentar.


Impacto da decisão do STF sobre o ITBI

Algumas questões relevantes devem ser tratadas nesta etapa


do estudo.

O cenário atual do país está mais propício do que nunca para


que o Senado eleve o limite da alíquota do ITCMD, lembrando
que isto é feito por Resolução (que tem tramitação
diferenciada) e existe proposta para elevar consideravelmente
a alíquota.

Hoje a alíquota máxima é de 8% e tende a aumentar em


breve.

Outra questão polêmica são os impactos do Tema 796 da


Repercussão Geral do STF.

Discutiu-se a incidência do ITBI sobre a diferença entre o


valor de integralização do imóvel e o valor de mercado do bem
dentro do Sistema de Holding Familiar.
Atente-se que a base de cálculo do ITBI não é o valor de
mercado, sendo importante você deixar claro para o cliente
sobre a possibilidade de incidência do ITBI, contudo uma
alternativa é a utilização do sistema de avaliação a valor justo.

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