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Centro de Educação Profissional Escola de Música de Brasília

História e estética da música- Apreciação musical 1 A


Professora: Henriqueta Lima

Melissa Gonzaga Amorim

CLAUDIO MONTERVERDI

BRASÍLIA-DF
2021

CLAUDIO MONTEVERDI
Monteverdi foi um compositor italiano, violinista, cantor e padre católico, cujas obras
são frequentemente consideradas revolucionárias e marcam a transição entre os
estilos da Renascença e do Barroco. Nasceu em 1567, em Cremona, no Ducado de
Milão.

Monteverdi é, talvez, o único grande mestre do período que vai da morte de Giovanni
Pierluigi da Palestrina ao surgimento de Bach e Handel. Ele viveu em um período de
mudanças, quando o fim da renascença dava lugar ao barroco, e encorajou essa
transição, além de utilizar seu gênio para desenvolver e transformar todos os aspectos
da música. Os oito livros de madrigais publicados durante sua vida, nos quais
introduziu os acompanhamentos musicais e explorou ao máximo as possibilidades
dramáticas do gênero, além das Vésperas e de suas óperas, que também abriram
novos caminhos, confirmam a importância crucial de Monteverdi para a história da
música. Escreveu uma das primeiras óperas da história da música, L’Orfeo, trabalho
inovador que integra o repertório das orquestras até os dias atuais..

Mudanças significativas
O ponto de partida da música de Monteverdi foi o madrigal renascentista. São
especialmente dignos de nota os seis madrigais da coleção Lágrimas do amante no
sepulcro da amada, que foram reeditados, no século 20, por Nadia Boulanger (1887-
1979). Revolucionário, Monteverdi deu o passo decisivo do madrigal para a monodia
(canto em uníssono) e, ao mesmo tempo, do canto a capella (sem acompanhamento
musical) para o canto acompanhado de instrumentos musicais.

Sua ópera La Favola d'Orfeo foi um feito pioneiro: é a primeira ópera com ampla
participação orquestral, sobretudo de instrumentos de cordas. Ao contrário de obras
anteriores, de outros compositores, também dedicadas ao mito de Orfeu, Monteverdi
mantém o final trágico original: Orfeu perde Eurídice quando olha para trás, depois de
abandonar o Hades.

MONTEVERDI – ORFEO
Chamada às vezes La Favola d’Orfeo (A Fábula de Orfeu) é uma Fabula em
Música, ou ópera de Claudio Monteverdi, que data do período de transição entre a
Renascença e o Barroco.
Baseada na lenda grega de Orfeu que desce ao Hades, o reino dos mortos, na
tentativa infrutífera de trazer sua bem amada Eurídice de volta à vida.
Foi escrita em 1607 para uma encenação no carnaval da corte de Mantua.
Embora não tenha sido a primeira ópera a ser composta, esta honra é de Jacopo
Petri, Orfeo tem a distinção de ser a mais antiga ópera ainda regularmente executada
hoje em dia.
O Mito de Orfeu

Orfeu era filho do deus Apolo e da


ninfa Calíope; da figura paterna ele
herda uma lira que, uma vez tocada por
suas mãos, revela um canto tão
primoroso que nada nem ninguém
consegue se manter imune a sua
magia. Até as feras mais selvagens
amenizavam sua ira diante das notas
extraídas deste instrumento, que
praticamente as hipnotizava. Mesmo os
arbustos cediam aos seus encantos.

O deus dos matrimônios, Himeneu,


consagrou o amor de Orfeu e Eurídice,
mas não foi capaz de trazer boa sorte a
este relacionamento. Uma atmosfera
de presságios inundou esta união
desde o início, o que se concretizou
quando a jovem, pouco depois, foi
assediada por Aristeu, por sua intensa beleza. Ao escapar de sua perseguição, ela
esbarrou em uma serpente e foi picada pelo réptil, o que provocou sua morte.

Incapaz de aceitar este fato, Orfeu declara sua tristeza a mortais e imortais, mas, nada
obtendo, vai atrás de sua amada no Inferno. Aí o amante, tocando sua lira, leva
Caronte a guiá-lo pelo mundo sombrio dos mortos, ao longo do Rio Estige; entorpece
Cérbero, o guardião das portas infernais; seu doce lamento ameniza as torturas das
almas aí exiladas; e, diante de Hades, arranca lágrimas do próprio soberano dos
desprovidos de vida, o qual, diante dos apelos da esposa Perséfone, permite que
Orfeu atravesse os umbrais desta região para buscar Eurídice, mas impõe uma
cláusula ao seu contrato verbal.

A jovem retornaria com Orfeu ao universo dos vivos, desde que o amante não olhasse
para sua amada até estar novamente sob o Sol. Ele consegue resistir através de
túneis sombrios e difíceis de atravessar, e já estava quase chegando à esfera
iluminada quando, para ter certeza de que a esposa estava logo atrás, espia por um
instante a parte final do caminho. Neste momento, Eurídice se transforma novamente
em um espectro, lança um último grito e parte para a esfera dos mortos.

Orfeu é impedido de acompanhar a esposa e se desespera, permanecendo sete dias


ao lado do lago, em jejum. Ele se converte em um ser devorado pela angústia e rejeita
as outras jovens; tenta sem sucesso esquecer sua grande perda. Cansadas de serem
menosprezadas, as Mênades, mulheres furiosas, cortam seu corpo em pedaços e
lançam sua cabeça no Rio Hebrus.
As nove musas se compadecem de Orfeu e juntam seus fragmentos, sepultando-os no
Monte Olimpo. Agora no reino dos mortos, o amante se reúne a Eurídice. No local em
que jaz seu corpo, afirmam que os rouxinóis entoam seu canto de uma forma mais
suave. As assassinas são punidas pelos deuses, transformando-se em sólidos
carvalhos.

As vozes mais agudas era dada aos personagens heroicos ( mocinhos da historia)
As vozes graves era para os vilões, enfatizando a separação do bem e o mal não só
apenas pela atuação do personagem mas pela classificação vocal. Dando mais
intensidade da obra L’Orfeu.
O termo “Opera” ainda não estava em uso quando Monterverdi compôs sua versão
para a conhecida lenda grega sobre o semideus Orfeo. O proposito do compositor com
essa peça era contar uma favola in musica- uma historia em musica, arregimentou ,
além de cantores/atores, músicos suficientes para execução de 36 instrumentos,
quantidade jamais vista na execução de uma peça, até então, pois naquela tempo era
comum um único instrumento dentro do mesmo conjunto musical. Foi uma das obras
mais inédita da época.

fontes:
Opera L’Orfeo: https://youtu.be/0mD16EVxNOM

https://youtu.be/mAe6n0ynzHw

https://educacao.uol.com.br/biografias/monteverdi.jhtm

https://www.infoescola.com/mitologia-grega/orfeu-e-euridice/

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