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João Victor Andrade Ferreira RA: 256893

Paulinho Cesar Barbosa Filho RA: 174768

Análise Fuga Bach

Neste trabalho iremos analisar a obra “Fuga em Sib menor, livro 2 no.22 BWV0891”
de Bach. Vamos começar indicando a exposição, depois analisaremos o sujeito e
contra-sujeito, e respostas que acontecem na exposição. Após essa análise iremos olhar
para as re-apresentações do sujeito e suas variações ao longo da obra, que acontecem
entre episódios. E por fim analisaremos os episódios separadamente.
A exposição vai até o compasso 14. Ela apresenta o sujeito, depois traz uma
resposta (momento em que aparece o contra-sujeito), e depois retoma o sujeito,
aparecendo o contra sujeito novamente.

O sujeito é apresentado nos primeiros 4 compassos e ele começa com um


movimento ascendente em graus conjuntos de Sib até Mib, depois um movimento
descendente de quinta diminuta, indo para sensível (La natural) e voltando em graus
conjuntos até o Reb. No terceiro compasso ele faz um movimento em colcheias começando
no Reb descendo uma terça e subindo em graus conjuntos até o Mib, então faz o mesmo
movimento indo até o Fá e depois até o sol, e no último compasso ele faz um movimento
em duas colcheias e uma semínima, no segundo tempo, uma semínima no contra e no
terceiro, o inverso do primeiro tempo, uma semínima e duas colcheias.
No compasso 5 começa a resposta, em que é tocado o sujeito no V grau. E é
apresentado um contra-sujeito (que está em destaque na imagem). O contra-sujeito é
exposto em um movimento cromático ascendente de La natural a Fa, no terceiro compasso
esse Fa se estende até o primeiro tempo do quarto compasso, onde acontece uma
anacruse de duas colcheias para o segundo tempo, chegando em uma mínima (Mi, Re, Mi).
No terceiro tempo, ele desce cromaticamente para o Mib no contra tempo.

Após a resposta, acontece uma pequena codetta de dois compassos e depois o


sujeito e retomado no baixo, junto ao contra-sujeito na voz do contralto. Finalizando assim a
exposição.

O desenvolvimento da obra após a exposição, é marcado por alguns pequenos


episódios entre as várias re-apresentações do sujeito e contra-sujeito, mas não apenas a
mera cópia deles, mas sim de forma variada, seja com transposições, pequenas variações
rítmicas ou mudanças no movimento de ascendente para descendente.
No compasso 15 e 16 temos um pequeno episódio para transicionar para a primeira
reapresentação do tema, onde ele vai, do compasso 17 até 20, retomar o sujeito no V grau,
na voz do tenor e o contra-sujeito na voz do baixo.
Do compasso 21 ao 26 acontece mais um episódio, que falaremos mais adiante. A
partir do 27 começa uma nova apresentação da melodia do sujeito na voz do tenor.
Acontece a mesma melodia do sujeito na voz do contralto defasada em um tempo e uma
sétima acima, que chamaremos de stretto.

No compasso 31 e 32, acontece uma pequena transição para outra apresentação da


melodia do sujeito no compasso 33, onde a melodia do sujeito aparece no III grau na voz do
soprano e um stretto no baixo no II grau da escala.

Do compasso 37 ao 41 acontece mais um episódio. No compasso 42 é apresentado


a melodia do sujeito novamente, no V grau, na voz do tenor, porém dessa vez ele aparece
invertido, ou seja, quando aconteciam movimentos ascendentes, ele faz movimentos
descendentes e vice-versa. E um contra-sujeito aparece na voz do tenor, também invertido.
Logo em seguida, sem uma transição através de um episódio, no compasso 46, ele já
começa com outra aparição do sujeito na tonalidade original, mas inverso, na voz do
contralto. E um contra-sujeito na voz do tenor.

Nos compassos 50 e 51, acontece mais um episódio. No 52, mais uma


apresentação da melodia do sujeito no III grau, ainda invertido. E um stretto na voz do tenor
uma décima terceira abaixo.
Volta acontecer mais um episódio no 56 e 57, e a melodia do sujeito volta a ser
apresentada no 58 até o 61, na voz do baixo no IV grau, ainda com o movimento invertido.

Do compasso 62 ao 66, acontece um episodio, que antecede mais uma entrada da


melodia do sujeito (no 67), dessa vez, no V grau, na voz do tenor e ainda com o movimento
inverso do original. E um stretto acontece em seguida uma 9º acima na voz do soprano.
Seguindo, nos compassos 71 e 72, um episódio, e segue-se com a melodia do
sujeito, ainda invertida no II grau na voz do contralto, e um stretto no III grau na voz do
baixo(do 73 ao 76).

Do 77 a 79, mais um episódio. No 80 a melodia do sujeito é novamente apresentada


no IV grau, na voz do soprano, ainda invertida, mas dessa vez o stretto aparece no
movimento original, na voz do tenor (uma 13º abaixo). E em seguida, mais 5 compassos de
um episódio, o último episódio antes da exposição (do compasso 84 até 88).
Do compasso 88 até o final, acontece a reexposição. Momento em que ele retoma o
sujeito na tonalidade original e com o movimento original, na voz do baixo. Seguido por um
stretto na voz do contralto uma 13º acima, e dessa vez quem está invertido é o stretto. De
93 à 95, uma pequena codetta, para entrar pela última na melodia do sujeito, na tônica, na
voz do soprano e contralto, com vozes divididas em 6ªs (a voz do contralto faz uma 6ª
abaixo), até a anacruse para entrar no motivo das colcheias, que a divisão é em 3ªs (a voz
do contralto faz uma 3ª abaixo). As vozes do tenor e baixo fazem o stretto, no caso o tenor
toca uma 10ª abaixo do soprano e o baixo uma terça a baixo do tenor. Finalizando no
compasso 100 e 101 com uma coda para concluir a música.

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