Você está na página 1de 18

PROF.

ROBERTO MORAES
ENSINO REMOTO
1. Princípios:
Legalidade – Atos de acordo como a lei – não pode restringir direitos nem
estabelecer sanções e /ou penalidades, se não estiverem previstas em lei;
Impessoalidade – O ato administrativo não pode ser em beneficio ou prejuízo de
pessoas – oriundo dos principio da isonomia, da equidade, da finalidade do
interesse público e não de interesses pessoais;
Moralidade – o ato administrativo não deve ser apenas legal, mas corresponder
também ao interesse público, a moralidade, aos bons costumes e legítimo.
Tribunais de contas e Poder Judiciário;
Publicidade – Acesso geral de todos da sociedade cívo a todos os atos,
informações e práticas da administração pública, sendo o sigilo exceção.
transparência e publicidade auferida pelos órgãos de controle – Tribunais de
Contas. Recomendar ampliação das medidas de transparência pública;
 Eficiência – Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 19/1998,
estabelecendo como objetivo estabelecer a regra de mais perfeito desempenho
da gestão administração pública para atendimento do interesse público.
2. Conceito: Vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou
autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro;
 Hely Lopes Meirelles: “controle, em tema de Administração Pública,
é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um poder,
órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional do outro”.
 Atributos do controle da gestão pública:

 Vigilância: fiscalização e acompanhamento da gestão, com base nas


normas aplicáveis;
 Orientação: atuação pedagógica, preventiva, com vistas ao
aperfeiçoamento das práticas de gestão e à inibição de condutas lesivas
aos cofres públicos;
 Correção: assegurar o cumprimento da lei e a recomposição do
patrimônio lesado;
 Poder: como corolário do Estado Democrático de Direito, a CF
instituiu um sistema de freios e contrapesos no qual os Poderes se
vigiam mutuamente, cada um fiscalizando e inibindo eventuais
excessos do outro (controle externo).
Órgão: Toda instituição pública tem
um órgão com atribuição de fiscalizar
a própria instituição, é o controle
interno;
Autoridade: Princípio da autotutela da
administração, que significa que pode
anular ou revogar seus próprios atos,
quando eivado de ilegalidade, abuso
de poder, desvio de finalidade e erro
de qualquer natureza.
3. Classificação :
1. Órgão Controlador.
Externo: Ente não integra a estrutura organizacional do órgão fiscalizado,
Constituição Federal é o exercido pelo Legislativo.
 Interno: É o exercido por órgão especializado, pertencente à mesma
estrutura do fiscalizado,
 Controladoria Geral da União -CGU.
2. Natureza, Tipo ou Foco do Controle.
 Legalidade: Conformidade às normas;
 Legitimidade: Interesse público, impessoalidade, moralidade;
 Auditorias de Regularidade.
 Economicidade: Menor custo, sem comprometer a qualidade;
 Eficiência: Meios em relação aos resultados;
 Eficácia: Alcance das metas;
 Efetividade: Impactos sobre a população-alvo.
 Auditorias de Desempenho
3. Ocasiões de Realização do Controle.
 Prévio ou a priori: Preventivo, orientador.
 Concomitante ou pari passu: Tempestivo, preventivo.
 Posterior ou a posteriori: Corretivo e sancionador.
4. Formas de Controle quanto a sua natureza.
 Controle Hierárquico:
 Posição vertical dos órgãos do Executivo;
 Inferiores estão subordinados aos superiores;
 Faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação,
revisão e avocação das atividades controladas;
 Realiza-se através da fiscalização hierárquica.

 Controle Finalístico:
 Entidades autônomas (Administração Indireta);
 Indica a autoridade controladora;
 Faculdades a serem exercitadas;
 Finalidades objetivadas;
 Controle limitado e externo;
 Ausente fundamento hierárquico, porque sem subordinação;
 Supervisão ministerial.
 Controle Interno:
 Própria entidade ou órgão o responsável pela atividade controlada;
 controle realizado pelo Executivo sobre seus serviços ou agentes.

 Controle Externo:
 Órgão de fora da Administração é o encarregado pelo ato controlado;
 Tribunal de Contas,
 Anulação de ato administrativo por decisão judicial,
 Sustação de ato normativo do Executivo pelo Legislativo (art. 49, V, CF).

 Controle Externo Popular:


 Previsto no art. 31, § 3º, da CF;
 Contas dos Municípios Executivo e Câmara - 60 dias anualmente à disposição
de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, podendo questionar-lhes a
legitimidade nos termos da lei.
 Decreto n. 8.945/2016 que regulamentou a Lei n. 13.303/2016 que instituiu o
regime jurídico das empresas públicas e sociedades de economia mista tem um
capítulo específico denominado “DA FISCALIZAÇÃO PELO ESTADO E
PELA SOCIEDADE” que estabelece normas de controle destas empresas
estatais.
 Controle Preventivo, de Oportunidade, modo Prévio ou
a Priori:
 Antecede a conclusão ou operatividade do ato,
 Requisitos para sua eficácia;
 Senado Federal autoriza a União a contrair empréstimo
externo.

 Controle Concomitante ou Sucessivo:


 Acompanha a realização do ato para verificar a
regularidade de sua formação;
 Realização de auditoria durante a execução do
orçamento;.
 Controle Subsequente, Corretivo ou a Posteriori:
 Realizado após a conclusão do ato controlado;
 Objetiva a corrigir-lhe eventuais defeitos;
 Declarar sua nulidade ou dar-lhe eficácia ;
 homologação na licitação.

 Controle da Legalidade ou Legitimidade:


 Conformação do ato ou do procedimento administrativo com as
normas legais que o regem;
 Exercido pela Administração de ofício ou mediante recurso;
 Legislativo nos casos expressos na CF;
 Judiciário através da ação adequada;
 O ato é anulado.
 Controle de Mérito:
 Objetiva à comprovação da eficiência, do resultado, da
conveniência do ato controlado;
 Compete ao Legislativo em casos excepcionais
expressos na Constituição - art. 49, IX e X;
 Jamais ao Judiciário.
4. Classificação Quanto aos Órgão de Controle.
4.1. Controle Administrativo :
 Realizado pela Administração sobre os seus próprios atos
 Legalidade e mérito
 Em regra, é controle interno
 Autotutela: revogar e anular
 Representação
 Denúncia sobre irregularidades
 Reclamação administrativa
 Meio de manifestar inconformismo c/ alguma decisão administrativa
 Pedido de reconsideração
 Recurso dirigido à mesma autoridade que adotou a decisão anterior
 Recurso hierárquico
 Próprio: dirigido à autoridade superior
 Impróprio: dirigido à autoridade ou órgão com competência específica, não
integrante da relação hierárquica
 Revisão
 Fatos novos, não apreciados no processo originário, que justifiquem a
inadequação da decisão anterior.
 Poder de autotutela.
 Anulação refere-se a controle de legalidade:
Anulam-se atos ilegais.
 Revogação refere-se a controle de mérito:
revogam-se atos inconvenientes ou
inoportunos.
 Caracteriza-se pela supervisão ministerial.
Supervisão exercida pela Administração Direta
sobre a Administração.
 Indireta (tutela) não significa subordinação
hierárquica, mas tão-somente, vinculação para
fins de controle.
4.2. Controle Legislativo:
 Parlamentar Direto.
 Casas legislativas (CN, SF, CD, assembleias, câmaras vereadores)
 Julgar as contas do PR, CPI, sustar atos normativos que exorbitem
do poder regulamentar, etc.
 Parlamentar Indireto.
 Controle externo em sentido estrito;
 Tribunais de contas, controle técnico, controle orçamentário-
financeiro;
 Não julgam as contas do Presidente e demais chefes do Executivo,
mas emitem parecer prévio não vinculante;
 Julgam as contas dos demais administradores;
 Registro atos de pessoal (ato complexo);
 Ilegalidade de atos: TC pode sustar;
 Ilegalidade de contratos: em regra, a competência é do CN
4.3. Controle Judicial:
 Características:
 Controle de legalidade, em regra, não incide sobre o mérito;
 Sempre provocado;
 Normalmente é um controle posterior, mas pode ter caráter
preventivo - mandado de segurança preventivo;
 Resultado: anulação, não pode ensejar a revogação;
 Mandado de segurança individual ou coletivo - art. 5º, LXIX e LXX,
da CF e Lei 12.016/09;
 Habeas data;
 Habeas corpus;
 Ação civil pública - art. 129, III, da CF, Lei 7.347, de
24.07.85(alterada pela Lei nº 13.004/2014) e Lei 8.437, de 01.07.92;
 Ação popular - art. 5º, LXXIII, da CF e Lei 4.717, de 29.06.65;
 Mandado de injunção;
 Ação de improbidade administrativa - Lei 8.429/92.
 Exercido pelos órgãos do Poder Judiciário
sobre os atos administrativos dos Poderes
Executivo,
 Do Legislativo e do próprio Judiciário, quando
realiza atividades administrativas.
Necessariamente provocado.
 Controle a posteriori. Restrito ao controle de
legalidade, adentrando no mérito do ato
administrativo apenas em caso de ilegalidade
ou ilegitimidade. Pode anular, mas não revogar
o ato.
4.4. Atos Interna Corporis:
 São atos praticados pelos Poderes Judiciário e Legislativo, dentro do limite de
suas competências, para instituição de normas internas.
 Consiste no reconhecimento da soberania dos pronunciamentos, deliberações e
atuação dos Poderes Legislativo e Judiciário, na esfera de sua exclusiva
competência discricionária, ressalvadas, para efeito de apreciação judicial,
apenas as hipóteses de lesão ou ameaça a direito constitucionalmente
assegurado.
 Com efeito, então, são atos praticados nos estritos limites da competência da
autoridade e desde que apoiados em fundamentos exclusivamente regimentais,
sem qualquer conotação de índole jurídicoconstitucional, daí por que se revelam
imunes ao judicial review – pois – não custa enfatizar – a interpretação
incidente sobre normas de índole meramente regimental.
 Por qualificar-se como típica matéria interna, é vedada sua apreciação pelo
Poder Judiciário.

4.5. Controle Social:


 Exercido diretamente pelo cidadão, ou pela sociedade civil organizada;
 Denúncia aos órgãos de controle externo, ação popular, ouvidoria do TCU, etc.
 Meios de controle:
 Fiscalização Hierárquica: É exercida pelos órgãos superiores sobre
os inferiores da mesma Administração;
 Supervisão Ministerial: É o exercício de controle ministerial no
controle do atendimento às finalidades;
 Exercício do Direito de Petição: É a garantia constitucional
conferida a todos. Consiste em conceder a toda e qualquer pessoa
a possibilidade de formular uma petição direcionada a qualquer
autoridade pública e dela obter uma resposta;
 Processo Administrativo: È a sucessão formal de atos que são
realizados, por previsão legal, ou pela aplicação de princípios da
ciência jurídica, para praticar atos administrativos, tendo como
objetivo dar sustentação à edição do ato administrativo;
 Recursos Administrativos: São todos os meios hábeis a propiciar à
própria Administração o reexame de decisão interna;
 Arbitragem: É a forma de solução de conflitos em que duas partes
elegem uma terceira, o árbitro, para julgar uma determinada lide.
 Sistemas de controle externo:
 Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS): órgãos técnicos de controle
externo, de caráter administrativo, de maior
 estatura em cada país (Brasil = TCU). Podem se vincular a qualquer
Poder ou a nenhum deles.
 Sistemas de controle externo:
 Tribunais de Contas ou
 Conselhos de Contas
 Decisões colegiadas;
 Poder sancionatório e determinações compulsórias;
 Função fiscalizadora ou jurisdicional.
 Auditorias-Gerais ou
 Controladorias Gerais
 Decisões monocráticas;
 Recomendações sem caráter coercitivo;
 Função fiscalizadora, opinativa, consultiva.

Você também pode gostar