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Continuada a Distância
Curso de
Atenção Farmacêutica ao
Paciente Hipertenso
Aluno:
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
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MÓDULO I
INTRODUÇÃO
Em 1990 surge uma nova prática profissional anunciada por Hepler e Strand onde
o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico e juntos trabalham para
resolver os problemas relacionados a medicamentos.
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1. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) COMO PROBLEMA DE SAÚDE
PÚBLICA.
A hipertensão arterial é atualmente vista não somente como alteração dos níveis
pressóricos, mas como uma doença caracterizada pela condição sistêmica que envolve a
presença de alterações estruturais das artérias e do miocárdio, associadas a disfunção
endotelial, constrição e remodelamento da musculatura lisa vascular. Essas condições
estão freqüentemente relacionadas com os distúrbios metabólicos ligados à obesidade, à
diabete e as dislipidemias e também com a lesão ou não dos órgãos alvos (olhos, rins,
coração e cérebro) (BRANDÃO et al. 2003).
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e tabagismo, representando mais que uma simples soma de riscos para a doença arterial
coronariana, determina um risco de duas até sete vezes, para ambos os sexos.
A hipertensão arterial presente em mais de 60% dos idosos, pode estar associada
a outras doenças também prevalentes nessa faixa etária, como a arteriosclerose e a
diabete mellito, proporcionando alto risco para morbidade e mortalidade cardiovasculares.
Portanto, há necessidade de uma correta identificação do problema e esquema
terapêutico apropriado (BRANDÃO et al. 2003).
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índice de massa corpórea são as variáveis mais acentuadas, também outros estão
relacionados como: sexo, raça, história familiar e fatores dietéticos.
Em 1948, os serviços de saúde pública dos Estados Unidos, The US Public Health
Service, autorizou um estudo observacional a longo prazo, para determinar as causas da
doença do coração. O estudo demonstrou que os indivíduos com hipertensão arterial têm
maior risco para desenvolver doença arterial coronariana, quando comparados com
indivíduos de pressão arterial normal. A associação de fatores de risco como dislipidemia,
diabete, obesidade e tabagismo juntam-se para formar a placa aterosclerótica,
propiciando o surgimento de alterações cardiovasculares de grande impacto
epidemiológico (BRANDÃO et al. 2003).
1.2. Classificação
Hipertensão
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Estágio 2 (moderada) 160 – 179 100 – 109
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interações entre predisposição genética, consumo de álcool, obesidade, atividades físicas
e outros fatores não identificados.
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Os defeitos nas enzimas envolvidas no metabolismo da aldosterona resultam em
aumento adaptativo na secreção de aldosterona, aumento na reabsorção de sal e de
água, expansão do volume plasmático e, em última análise, hipertensão.
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Doenças renais: a doença renal primária responde por 3% a 4% dos casos de
hipertensão. A nefroesclerose hipertensiva e a nefropatia diabética são as maiores causas
de HAS secundária. A hipertensão renovascular é prevalente em 1% a 4 da população
hipertensa não selecionada.
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A elevação súbita da pressão sanguínea na hipertensão maligna leva as alterações
destrutivas, nas paredes dos pequenos vasos e conseqüentemente interrupção do fluxo
sanguíneo, com múltiplos focos de necrose tecidual renal.
1.4. Diagnóstico
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O uso de aparelhos eletrônicos afasta erros do observador e somente são
indicados quando validados de acordo com as recomendações específicas e testadas
periodicamente.
Apesar de ser a medida mais recomendada para esse fim, vêm sendo questionada
nos últimos anos, por que vários fatores podem influenciar para erros nessa medida,
relacionada ao equipamento, paciente e observador, á técnica e ao local.
Os erros podem ser evitados com preparo apropriado do paciente, uso de técnica
padronizada de medida da pressão arterial e equipamento calibrado.
A medida da pressão arterial deverá ser realizada com a pessoa sentada pelo
menos 5 minutos antes, com os pés sobre o chão e os braços apoiados no nível do
coração. Pelo menos duas medidas deverá ser feita, com intervalo de um a dois minutos
entre elas (NIH, 2003; SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2002).
1. Explicar o procedimento ao paciente, orientar para que não fale e descanse por
5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Promover relaxamento,
para atenuar o efeito do avental branco.
2. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou
exercícios físicos a 60 -90 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou
fumou até 30 minutos antes, e não está com as pernas cruzadas.
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5. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do
manômetro aneróide.
12. O paciente deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e a
possível necessidade de acompanhamento.
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comparou a pressão arterial de um grupo de hipertensos aferidos em casa e no
consultório e constatou que os resultados no domicílio foi inferior à do consultório e
associou essa diferença à excitação provocada pela presença do médico (GOMES et al.
2001).
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Em crianças recomenda-se a utilização de aparelhos com bolsa de borracha
apropriada para crianças: a largura da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da
circunferência do braço e o comprimento deve envolver 80% a 100% da circunferência do
braço. A pressão diastólica deve ser determinada na fase V de Korotkoff.
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Quadro 4: Componentes para a estratificação do risco individual dos pacientes em
função da presença de fatores de risco e de lesão em órgãos-alvo.
• Doenças cardíacas
- Hipertrofia do ventrículo esquerdo;
- Angina do peito ou infarto agudo do miocárdio prévio
- Revascularização miocárdica prévia;
- Insuficiência cardíaca.
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• Risco C, presença de lesão em órgãos-alvo, doença cardiocascular
clinicamente identificável e/ou diabete melito.
A decisão terapêutica para cada paciente deve se basear nos níveis pressóricos,
presença de fatores de risco e lesões em órgãos-alvo conforme tabela quadro 5.
◘ Hipertensão X Idosos:
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Estudos controlados demonstraram que a diminuição da pressão sistólica e/ou
pressão diastólica reduz a morbi-mortalidade com diferentes agentes: diuréticos
tiazídicos, betabloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio de longa ação, inibidores
da enzima conversora da angiotensina e antagonistas do receptor AT da angiotensina II e
hipertensos com insuficiência cardíaca.
Quando o paciente for mais jovem e com valores altos de pressão arterial, há
possibilidade de hipertensão secundária, com maior prevalência das causas renais. Neste
caso é freqüente o uso de anti-hipertensivo.
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Não há estudos sobre o uso de anti-hipertensivos em crianças e adolescentes de
longo prazo sendo utilizados os critérios para adultos (LIMA, 2004; SOCIEDADE
BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2002)
◘ Hipertensão X Gravidez
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casos com maturidade fetal assegurada. A hipertensão grave é freqüentemente tratada
com hidralazina endovenosa.
◘ Hipertensão X Obesidade
O mecanismo exato pelo qual a obesidade altera a pressão arterial não está
totalmente esclarecido, mas estudos demonstraram que o excesso de peso o faz
aumentar. A obesidade está relacionada ao aumento do débito cardíaco, resistência
vascular periférica e fluxo sanguíneo regional promovendo a expansão do volume
extracelular e alteração da função renal (YUGAR-TOLEDO, 2003).
A redução de peso é a maneira não farmacológica mais efetiva para diminuir a PA.
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associa a nefropatia diabética e se faz necessário o controle rigoroso da pressão arterial
para retardar a perda renal. Na diabete tipo 2 está relacionada a resistência à insulina e
ao alto risco cardiovascular.
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◘ Hipertensão X Dislipidemia
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Curso de
Atenção Farmacêutica ao
Paciente Hipertenso
MÓDULO II
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na Bibliografia Consultada.
MÓDULO II
- Farmacológica;
- Adesão ao tratamento.
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2.1 Tratamento não-farmacológico
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atividade simpática e aumento da sensibilidade à insulina que auxiliam na queda da
pressão.
• Dar preferência a temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola, salsa e
cebolinha, ao invés de similares industrializados;
• Incluir, pelo menos, cinco porções de frutas /verduras no plano alimentar diário,
com ênfase nos vegetais verdes ou amarelos e nas frutas cítricas;
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2.1.1 Redução ou abandono do consumo de bebida alcoólica
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• Menor acréscimo da pressão arterial com o envelhecimento;
A quantidade de sal na dieta nos diferentes trabalhos é variável. Uma dieta com
aproximadamente 6,7 g/dia (1 colher de chá ) por 28 dias produz diminuição de 3,9 mmHg
(95% Cl 1,3 a 4,8 mmHg) na sistólica e 1,9 mmHg (95% 1,3 a 2,5 mmHg) na diastólica.
Em idosos, restrições menores de sal na dieta também demonstrou efeito significativo
sobre a pressão arterial.
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2.1.6 Atividade física
O uso das seguintes drogas pode elevar a pressão arterial devendo ser evitadas ou
descontinuadas: anticoncepcionais orais, antiinflamatórios não-esteróides, anti-
histamínicos descongestionantes, antidepressivos tricíclicos, corticóides, esteróides
anabolizantes, vasoconstritores nasais, ciclosporina, inibidores da monoaminoxidase
(IMAO), chumbo, cádmio, alcalóidesderivados do “ergot”, moderadores do apetite,
antiácidos ricos em sódio, cocaína.
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2.2 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
• Iniciar com as menores doses efetivas preconizadas para cada situação clínica,
podendo ser aumentadas gradativamente. Deve-se levar em conta que quanto
maior a dose, maior será a probabilidade de efeitos adversos.
• Diuréticos;
• Inibidores adrenérgicos;
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• Vasodilatadores diretos;
a) Diuréticos
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b) Inibidores adrenérgicos
Pacientes tratados com metildopa pode ocorrer galactorréia tanto em homens com
em mulheres. A interrupção da clonidina após uso prolongado e em doses altas, pode
resultar em crise hipertensiva mediada por um aumento da atividade simpática.
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As reações adversas mais comumente encontradas são hipotensão, tonteira,
palpitações, cefaléia e fadiga.
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c) Vasodilatadores diretos orais
O efeito adverso do diazóxido que mais precisa de atenção tem sido a hipotensão
excessiva pois pode ocorrer acidentes vasculares cerebrais e infarto do miocárdio.
Fenilalquilaminas (Verapamil);
Benzotiazepinas ( Diltiazem);
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Diidropiridinas ( Amlodipina, nifedipina).
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f) Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II
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provocam retenção de potássio através da secreção da aldosterona, contrabalançando a
depleção de potássio do diurético.
Diuréticos
Tiazídicos:
Clortalidona 12,5 25 1
Hidroclorotiazida 12,5 50 1
Indapamida 2,5 5 1
Indapamida SR 1,5 3 1
De Alça:
Bumetamida 0,5 ** 1-2
Furosemida 20 ** 1-2
Piretanida 6 12 1
Poupadores de Potássio:
Amilorida (em associação) 2,5 5 1
Espironolactona 50 100 1-3
Triantereno (em associação) 50 150 1
Inibidores Adrenérgicos
Ação central:
Alfametildopa 250 1500 2-3
Clonidina 0,1 0,6 2-3
Guanabenzo 4 12 2-3
Moxonidina 0,2 0,4 1
Rilmenidina 1 2 1
Alfa – 1 bloqueadores:
Doxazosina (urodinâmica) 2 4 2-3
Prazosina 1 10 2-3
Trimazosina (urodinâmica) 2 10 2-3
Betabloqueadores:
Atenolol 25 100 1-2
Bisoprolol 2,5 10 1-2
Metoprolol 50 200 1-2
Nadolol 20 80 1-2
Propranolol 40 240 2-3
Pindolol (com ASI) 5 20 1-3
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Vasodilatadores Diretos
Hidralazina 20 200 2-3
Minoxidil 2,5 40 2-3
Bloqueadores dos canais de cálcio
Fenilalquilaminas:
Verapamil Coer* 120 360 1
Verapamil Retard* 120 480 1-2
Benzoatiazepinas:
Diltiazem SR* ou CD* 120 360 1-2
Diidropiridinas:
Amlodipina 2,5 10 1
Felodipina 5 20 1
Isradipina 2,5 10 2
Lacidipina 4 8 1-2
Nifedipina Oros* 30 60 1
Nifedipina Retard* 20 40 1-2
Nisoldipina 10 30 1
Nitrendipina 20 40 2-3
Lercanidipina 10 20 1
Manidipina 10 20 1
Inibidores da enzima conversora da
angiotensina (ECA)
Benazepril 5 20 1-2
Captopril 25 150 2-3
Cilazapril 2,5 5 1-2
Delapril 15 30 1-2
Enalapril 5 40 1-2
Fosinopril 10 20 1-2
Lisinopril 5 20 1-2
Quinapril 10 20 1
Perindopril 4 8 1
Ramipril 2,5 10 1-2
Trandolapril 2 4 1
Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina
II
Candesartan 8 16 1
Irbesartan 150 300 1
Losartan 50 100 1
Telmisartan 40 80 1
Valsartan 80 160 1
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A seguir na tabela 2, as associações fixas encontradas no Brasil (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2002).
Associações Posologia(mg)
Betabloqueador + diurético
Atenolol + Clortalidona 25 + 12,5
50 + 12,5
100 + 25
Metoprolol + hidroclorotiazida 50 + 25
Pindolol + clopamina 10 + 5
Propranolol + hidroclorotiazida 40 + 25
80 + 25
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Valsartan + hidroclorotiazida 80 + 12,5
160 + 12,5
Telmisartan + hidroclorotiazida 40 + 12,5
80 + 12,5
Nas urgências hipertensivas o controle da pressão arterial deve ser feito em até 24
horas, com monitorização inicial por 30 minutos. Preconiza-se, por via oral, a
administração de um dos seguintes medicamentos:
• Diuréticos de alça;
• Betabloqueador;
• Clonidina;
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O uso sublingual de nifedipina de ação rápida foi largamente utilizado para este fim,
no entanto foram descritos efeitos adversos graves com esse uso, como a ocorrência de
acidentes vasculares pela dificuldade de ajustar a dose e do efeito residual em casos de
hipotensão, sendo preferido o uso de medicamentos parenterais.
Outra situação que demanda redução mais rápida da pressão arterial, em menos
de uma hora é dita de emergência hipertensiva. É resultado de uma elevação abrupta da
pressão arterial com distúrbios da autoregulação do fluxo cerebral e evidências de lesão
vascular que resulta em quadro clínico de encefalopatia hipertensiva, lesões
hemorrágicas dos vasos da retina e papiledema.
Pode evoluir para valores muito alto de pressão arterial em hipertensos crônicos ou
menos elevado em pacientes hipertensos recentes como em casos de eclâmpsia,
glomerulonefrite aguda, uso de certas drogas (cocaína), entre outras.
• Nitroprussiato de sódio;
• Hidralazina;
• Diazóxido;
• Nitroglicerida.
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hipertenso necessita de outros medicamentos para tratamento de doenças associadas
e/ou complicações decorrentes da patologia.
Anti-
hipertensivo Fármacos Efeitos
Diuréticos
Tiazídicos e de Intoxicação digitálica por
alça Digitálicos hipopotassemia
Antiinflamatórios esteróides e não-
esteróides Antagonizam o efeito diurético
Hipoglicemiantes orais Efeito diminuído pelos tiazídicos
Aumento dos níveis séricos do
Lítio lítio
Poupadores de Suplementos de potássio e
Potássio inibidores da ECA Hiperpotassemia
Inibidores
Adrenérgicos
Redução do efeito anti-
Ação central Antidepressivos tricíclicos hipertensivo
Redução dos sinais de
hipoglicemia e bloqueio da
Betabloqueadores Insulina e hipoglicemiantes orais mobilização de glicose
Amiodarona, quinidina Bradicardia
Reduz a depuração hepática de
Cimetidina propranolol e metoprolol
Potencializam os efeitos da
Cocaína cocaína
Facilitam o aumento da pressão
Vasoconstritores nasais pelos vasoconstritores nasais
Bradicardia, depressão sinusal e
Diltiazem, verapamil atrioventricular
Dipiridamol Bradicardia
Antiinflamatórios esteróides e não-
Alfabloqueadores esteróides Antagonizam o efeito hipotensor
Diltiazem, verapamil,
betabloqueadores e Hipotensão
Inibidores adrenérgicos centrais
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Inibidores da
ECA
Suplementos e diuréticos
poupadores de Hiperpotassemia
Potássio
Aumento dos níveis de
Ciclosporina ciclosporina
Antiinflamatórios esteróides e não-
esteróides Antagonizam o efeito hipotensor
Lítio Diminuição da depuração do lítio
Reduzem a biodisponibilidade
Antiácidos do captopril
Bloqueadores dos canais de cálcio
Verapamil e diltiazem aumentam
Digoxina os níveis de digoxina
Aumentam os níveis dos
Betabloqueadores H2 antagonistas dos canais de cálcio
Aumento do nível de ciclosporina,
à exceção de amlodipina e
Ciclosporina felodipina
Níveis aumentados com
Teofilina, prazosina verapamil
Moxonidina Hipotensão
Antagonistas do receptor AT1 da
angiotensina II
Moxonidina Hipotensão com losartan
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Curso de
Atenção Farmacêutica ao
Paciente Hipertenso
MÓDULO III
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MÓDULO III
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de adesão global nos tratamentos crônicos é de 50 – 75%; para obter um bom resultado
terapêutico se considera aceitável grau superior a 80%, nos antiretrovirais é uma exceção
e é necessário um grau superior a 95% (MARTINEZ, 2004).
Dados sobre a adesão apontam uma taxa de 25 a 50% com variação de 0 a 100%.
A adesão ao tratamento de doenças de longa duração em países desenvolvidos são em
média 50% e em países em desenvolvimento as taxas são bem menores, devido a
insuficiência dos recursos de saúde e iniqüidade no acesso a atenção á saúde. Por
exemplo, China, Gâmbia e Seychelle, somente 43%, 27% e 26%, respectivamente dos
pacientes com hipertensão adere ao seu esquema de medicamentos antihipertensivos.
Em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, somente 51% dos pacientes adere a
prescrição e nos medicamentos antidepressivos, 40 a 70% o fazem. Na Austrália,
somente 43% com asma tomam seus medicamentos como prescritos em todo o tempo e
somente 28% usam medicamentos preventivamente. No tratamento do HIV e AIDS, a
adesão aos antiretrovirais varia entre 37 e 83% dependendo do medicamento estudado e
das características da população. Esses aspectos representam um grande desafio para a
saúde da população onde o êxito é determinado principalmente pela adesão dos
tratamentos de longa duração (WHO, 2003; MOSCATI, PERSANO E CASTRO, 2000).
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3.1 Fatores que interferem na adesão ao tratamento
Alguns estudos têm relatado que fatores organizacionais são mais relacionados a
adesão do que os sociodemográficos, mas este pode diferir uns dos outros. Como o
tempo gasto com médico, continuidade do acompanhamento pelo médico, estilo da
comunicação é mais importante do que variáveis sociodemográficos (gênero, estado civil,
idade, nível educacional e estado de saúde) em afetar adesão do paciente.
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idosos são maiores consumidores de medicamentos prescritos. Em países desenvolvidos,
pessoas acima de 60 anos consomem cerca de 50% de total de medicamentos prescritos
e são responsáveis por 60% dos custos de medicamentos relacionados a medicamentos
embora eles representam somente 12 a 18% da população nesses países.
Poucos estudos tem sido conduzidos sobre os efeitos da equipe de saúde e fatores
relacionados ao sistema sobre a adesão. Considerando que um bom relacionamento
entre organismos provedor de saúde-paciente pode melhorar a adesão, há outros fatores
que tem efeito negativo como os serviços de saúde desenvolvidos precariamente, sistema
de distribuição de medicamentos deficientes, falta de conhecimento e treinamento dos
provedores de cuidado a saúde no manejo das doenças crônicas, falta de incentivo e
retroalimentação sobre desempenho, fraca capacidade do sistema para educar pacientes
e fornecer acompanhamento, incapacidade para estabelecer apoio comunitário e
capacidade de auto-manejo, falta de conhecimento sobre a adesão e de intervenções
efetivas para melhorá-las.
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C. Fatores relacionados às condições da doença
Alguns dos fatores relacionados ao paciente relatado que afetam a adesão são:
esquecimento, estresse psicológico, ansiedade sobre possíveis efeitos adversos, baixa
motivação, conhecimento e prática no manejo dos sintomas da doença e tratamento
inadequado, falta da necessidade auto percebida do tratamento, falta do efeito percebido
do tratamento, convicções negativas em relação a eficácia do tratamento, equívoco e não
aceitação da doença, desconfiança do diagnóstico, falta de percepção do risco de saúde
relacionada a doença, engano nas instruções do tratamento, falta do aceite para
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monitorar, baixa expectativa do tratamento, baixo atendimento para acompanhar ou
aconselhar, classes motivacional, comportamental ou psicoterapêutica, sentimentos
negativos ou desesperança, frustação com provedores de cuidado de saúde, medo da
dependência, ansiedade demasiado da complexidade do esquema terapêutico e
sentimento estigmatizado pela doença.
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Crenças, hábitos de vida e culturais Percepção da seriedade do problema
Deconhecimento
Experiência com a doença
Contexto familiar
Conceito saúde-doença
Auto-estima
Tratamento Custo
Efeitos indesejáveis
Esquemas complexos
Qualidade de vida
Instituição Política de saúde
Acesso ao serviço de saúde
Distância
Tempo de espera
Tempo de atendimento
Relacionamento com equipe de saúde Envolvimento
Relacionamento inadequado
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DiMatteo et al, ressaltou aspectos que influenciam na adesão, analisando as
características da equipe de saúde como a sensibilidade do médico ao atender o
paciente; as mulheres atendem mais as questões psicossociais e ações preventivas;
visão negativa da iniciativa e a autonomia do paciente; médicos que atendem fora do
consultório planejam mais o seguimento do paciente e usam telefone para consulta e
informações; associação de mais tempo dispensado ao paciente a mais satisfação no
trabalho.
Estudo realizado por Mion & Pierin para identificar os motivos do abandono do
tratamento mostrou que foram em relação ao medicamento: 89% por alto custo, 67% por
tomar medicamento várias vezes ao dia, 54% por efeitos colaterais; quanto a doença:
50% por desconhecimento da doença, 36% por ausência de sintomas; quanto ao
conhecimento e crenças: 83% só tomam medicamento quando a pressão está alta, 80%
não cuidam da saúde, 75% esquecem de tomar o medicamento, 70% desconhecem a
cronicidade e complicações da doença; quanto a relação médico-paciente: 51% por falta
de convencimento para tratar e 20% por relacionamento inadequado (PIERIN, 2001).
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Quadro 2. Métodos de medida da adesão
Método Vantagens Desvantagens
Diretos
Terapia observada Maioria exata Pacientes pode esconder
diretamente os comprimidos na boca
e depois descartá-los;
impraticável para uso
rotineiro.
Medida da concentração Objetivo Vaiação no metabolismo
de medicamentos ou e “adesão so avental
metabólitos sanguíneos branco” pode dar uma
falsa impressão de
adesão; custo alto.
Medida do marcador Objetivo, em ensaios Requer exames
biológico no sangue clínicos, pode também quantitativos caros e
ser usado para medir coleta de fluidos
placebo. corporais.
Métodos indiretos
Questionáios para Simples, baixo custo, é Susceptível a erros com
pacientes, auto-relatos de um método muito útil na aumento de tempo entre
pacientes. clínica. visitas, resultados são
facilmente distorcidos
pelo paciente.
Contagem de Objetivo, quantificável e Dados facilmente
comprimidos. facilmente de alterados pelo paciente.
desempenhar. (Ex. Descarte do
comprimido).
Taxa de suprimento da Objetivo, facilmente de Reabastecimento da
prescrição. obter dados. prescrição não é
equivalente a ingestão da
medicação. Requer um
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sistema de farmácia
fechada.
Avaliação da resposta Simples; geralmente facil Outros fatores do que a
clínica do paciente. de desempenhar. adesão ao tratamento
pode afetar a resposta
clínica.
Monitor de medicação Preciso; resultados Caro; requer retornos de
eletrônica. podem ser facilmente visitas e dados de
quantificado; padrão de descarregar os frascos de
conduta de tomar medicamentos.
medicamento.
Medida de marcador Frequentemente fácil de Marcador pode se
fisiológico (Ex. Taxa desempenhar. ausentar por outras
cardíaca em pacientes razões (ex. metabolismo
que tomam beta- aumentado, baixa
bloqueadores). absorção, falha na
resposta).
Diários do paciente Ajuda a corrigir por baixa Facimente alterada pelo
chamada de volta. paciente.
Quando o paciente é uma Simples, objetivo. Susceptível a distorção.
criança, questionário para
o cuidador ou professor.
Ostemberg & Blaschke. Adherence to medication. N Engl Med 353;5, 487- 497. 2005.
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3.2 Problemas da adesão ao tratamento
Muitos estudos têm sido realizados para o problema da adesão e estes têm sido
testados, mas ainda sem encontrar uma justificativa para manter o paciente fiel ao
tratamento e ainda continua sendo alvo de estudo (JARDIM, 2001; SCHNEIDER, FALLAB
STUBI, WAEBER, 1999; OASTEBERG & BLASCHKE, 2005).
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As conseqüências da baixa adesão em tratamento de longa duração são
resultados de saúde insatisfatória e aumento no custo de saúde. Afeta também a
prevenção secundária e intervenções no tratamento da doença, pois uma baixa adesão
diminui benefícios clínicos ótimos. Por exemplo: baixa adesão tem sido identificada como
causa primária de controle insatisfatório de pressão sanguínea e boa adesão tem
mostrado redução nas complicações da hipertensão arterial ao melhorar o controle da
pressão arterial (WHO, 2003).
Segundo a WHO, 2003, foram identificados vários pontos chaves para melhoria da
adesão à terapêutica, tais como:
• Os pacientes necessitam de apoio e não de repreensão;
• As conseqüências da baixa adesão em terapias de longa duração são
resultados baixos em saúde e aumento nos custos em saúde;
• Aumento da segurança do paciente com adesão à terapêutica;
• Adesão é um importante modificador da efetividade do sistema de saúde;
• Melhorar a adesão, importante investimento para doenças crônicas;
• Evolução do sistema de saúde para encontrar novos desafios na solução de
problemas de adesão;
• Necessidade de uma abordagem multidisciplinar em relação a adesão
(WHO, 2003).
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A participação dos diferentes profissionais pode ser de forma individual ou em
grupo. Estudo realizado por Riccio envolvendo pacientes hipertensos de difícil controle
que após consultas freqüentes com enfermagem e farmacêuticos resultaram no melhor
controle da pressão desses pacientes (RICCIO, 2000).
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Outras alternativas de controle da hipertensão arterial é a medida da pressão
arterial em casa, fora do ambiente do consultório e da presença do médico, é um recurso
que pode afastar ou minimizar as alterações de pressão determinadas por aquele
ambiente.
Outro trabalho realizado por Edmonds set al. salientou que a adoção da medida da
pressão arterial em casa elevou a taxa de adesão ao tratamento medicamentoso de 65%,
no início do estudo, para 81% no final (EDMONDS et al , 1985).
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ao hipertenso e a comunidade, motivação suficiente para vencer o desafio de adotar
atitudes que tornem as ações anti-hipertensivas efetivas e permanentes.
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Curso de
Atenção Farmacêutica ao
Paciente Hipertenso
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
MÓDULO IV
Mikeal em 1975 publica pela primeira vez o termo Atenção Farmacêutica como: “a
atenção que um paciente requer e recebe com garantia do uso seguro e racional de
medicamentos”.
Em 1990 surge uma nova prática farmacêutica designada por Hepler e Strand de
Atenção Farmacêutica (Pharmaceutical Care), e a definição que melhor caracteriza o
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conceito fundamental é a seguinte: “Atenção Farmacêutica é o componente da prática da
farmácia a qual vincula a direta interação do farmacêutico e paciente com o propósito de
cuidar das necessidades relacionadas a medicamento desse paciente” (CIPOLLE,
STRAND, MORLEY, 1998).
Hepler e Strand enfatizou que duas atividades devem ocorrer para que a atenção
farmacêutica seja deliberada: primeiro, o farmacêutico consome o tempo necessário para
determinar os desejos específicos do paciente, preferências e necessidades relacionadas
a sua saúde e doença. Segundo, o farmacêutico faz um compromisso de continuar a
atenção uma vez iniciada. Desse princípio diz que atenção farmacêutica é a provisão
responsável da farmacoterapia com o propósito de alcançar resultados concretos que
melhore a qualidade de vida do paciente” (CIPOLLE, STRAND, MORLEY, 1998).
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Atenção Farmacêutica é um compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos
compromissos, das inquietudes, dos valores éticos, das funções, dos conhecimentos, das
responsabilidades e das destrezas do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com
o objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida
do paciente.
Esta nova maneira de trabalhar exige uma mudança no paradigma pois é também
uma nova filosofia e para isso requer tempo. Na proposta do Consenso para a Atenção
Farmacêutica coloca-se como um componente da assistência farmacêutica, não
envolvendo somente o acompanhamento farmacoterapêutico, mas outras ações como a
educação em saúde, promoção do uso racional de medicamentos e o atendimento
farmacêutico em si (IVAMA, 2002).
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Cada um destes resultados envolve por sua vez três funções principais:
b) juntos, paciente e farmacêutico constrói o plano de cuidado para cada PRM com
objetivos e intervenções;
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Tabela 1. Interpretando necessidades relacionadas a medicamentos para problemas
farmacoterapêutico ou problemas relacionados a medicamentos (CIPOLLE, STRAND &
MORLEY, 1998).
Expressão do paciente Necessidades Problemas
relacionadas a farmacoterapêutico ou
medicamentos Problemas relacionados a
medicamentos - PRM
Entendimento Indicação 1. famacoterapia
adicional.
2. farmacoterapia
desnecessária
Expectativa Efetividade 3. medicamento não
efetivo
4. dosagem baixa
Estes PRM acontecem por numerosas causas, como elencadas a seguir, segundo
Cipolle, Strand & Morley, 1998:
• O paciente possui uma nova condição médica que requer introduzir um novo
medicamento;
• O paciente está tomando uma medicação para o qual não há indicação médica
válida no momento;
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• O paciente acidentalmente ou intencionalmente ingeriu uma quantidade tóxica
do medicamento resultando na presente doença ou alteração;
• A dosagem usada é muito baixa para produzir um efeito desejável para este
paciente;
• O paciente possui fatores de risco que torna este medicamento pouco seguro
para uso;
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• O efeito do medicamento está sendo alterado devido a inibição/indução da
enzima de outro medicamento que o paciente está utilizando.
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Além desses problemas o paciente pode possuir características que interferem com
o êxito dos efeitos esperados ou pode haver variações imprevisíveis em suas respostas
biológicas. Os objetivos buscados com uma terapia medicamentosa não são sempre
alcançados. O paciente tem a responsabilidade de ajudar a alcançar os resultados
desejados comprometendo-se a assumir condutas que contribuam e não interfiram com
elas. Os farmacêuticos e os demais profissionais de saúde tem a obrigação de educar os
pacientes sobre os hábitos necessários que contribuam no alcance dos resultados
desejados.
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2. Avaliar a presença de dano em algum órgão ou enfermidade cardiovascular, a
gravidade da enfermidade e a resposta à terapia;
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• Desenhar e colocar em prática o plano de atenção Farmacêutica
(educação e assessoramento).
• Acompanhar os resultados terapêuticos e tomar as medidas
complementares adequadas.
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• Exames complementares
• Monitorização
● Dados Obrigatórios
- Dados do paciente:
Nome:
Endereço: Telefone:
Sexo:
Data de Nascimento:
Número de Registro:
Médico:
Medicamentos prescritos:
- Dados do Médicos:
Nome:
CRM:
Endereço Profissional:
- Características do Paciente
Idade:
Sexo:
Etnia:
História Social:
Gravidez (?):
Nutriz (?):
Função Renal:
Função Hepática:
Função Cardíaca:
Função Nutricional:
Expectativa do paciente em relação ao tratamento:
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- Condições Clínicas do Paciente
Patologia diagnosticada:
Severidade:
Prognóstico:
Disfunções:
Limitações:
Percepção do paciente da doença:
Observação: este registro deve ser analisado rotineiramente a cada ano para pacientes
crônicos e a cada três meses para pacientes maiores de 65 anos.
- Dados do Medicamento:
Denominação genérica:
Concentração:
Forma Farmacêutica:
Nº de embalagens fornecidas:
Nº de unidades por embalagens:
Regime terapêutico:
Data da dispensação:
Quantidade por unidade:
Problemas com o medicamento:
Via e técnica de administração do medicamento:
Percepção do paciente em relação ao tratamento:
Medicações de venda livre utilizado pelo paciente:
● Dados Úteis
- Dados do paciente:
Mudanças na prescrição:
Interações:
Reações adversas tipo A:
Reações adversas tipo B:
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Doenças crônicas:
- Dados do medicamento:
Nº de registro no MS:
Nº do lote:
Cerca de 40% dos pacientes hipertensos são tratados com dois fármacos; alguns,
inclusive, requerem 3 ou 4. Para pacientes que estão sendo tratados com mais de um
medicamento, são necessárias considerações especiais.
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• Pesar o paciente e verificar seu índice de massa corporal, medir sua altura e
circunferência da cintura;
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O objetivo principal da atenção farmacêutica a pacientes hipertensos é: (1)
colaborar com o sucesso da meta sanitária para a hipertensão arterial (manter a pressão
dos hipertensos abaixo de 140/90 mmHg; (2) educar o paciente no autocuidado de sua
saúde, principalmente em relação às mudanças no estilo de vida e (3) avaliar a
farmacoterapia anti-hipertensiva para assegurar que é efetiva (doses, interações, efeitos
adversos, preço, etc), assim como conscientizar o paciente para que cumpra o tratamento
de forma permanente e ininterrupta (PERETTA, 1999).
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• Manter contato constante com os profissionais de saúde diretamente
responsáveis pelo manejo do tratamento da hipertensão arterial (equipe
multiprofissional);
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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JARDIM, P. C. B. V.; SOUZA, A. L. L.; MONEGO, E. T. Atendimento multiprofissional ao
paciente hipertenso. Medicina, Ribeirão Preto, v. 29, p. 232 – 238. abr/set 1996.
MÉTRY, J. M. & MEYER, U. (editores) A. Drug regimen compliance: issues in clinical trial
and patient management. Wiley. 1999. 199 p.
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PERETTA, M. D. Atención farmacéutica a pacientes hipertensos. Eudeba. Buenos Aires.
1999. 240 p.
PIERIN A.; MION JR. D.; KAMINAGA, M. M.; PINTO, A. R. Automedida da pressão em
casa e o controle da hipertensão. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
HIPERTENSÃO, Goiânia, Anais. p. 119, 1998.
PIERIN, A. M. G. Adesão ao tratamento: conceitos. In: In: NOBRE, F.; PIERIN, A. M. G.;
MION JR, D. Adesão ao tratamento: o grande desafio da hipertensão. São Paulo: Lemos
Editorial, p. 21- 33, 2001.
PLAVNIK, F. L.; & TAVARES A. Avaliação inicial do paciente hipertenso. Rev Soc Cardiol
Estado de São Paulo, São Paulo: SOCESP, v.13, n. 1, p.56 – 63. 2003.
SCHOEN, FREDERICK & COTRAN, RAMZI. Vasos Sanguíneos. COTRAN, R.; KUMAR,
V.; COLLINS, T. Patologia estrutural e funcional (Robbins). 6. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan. p. 441-485. 2000. 1251p.
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. IV Diretrizes Brasileiras
de Hipertensão Arterial. Campo de Jordão. 2002. 4 p.
STEVENS, A. & LOWE, J. Patologia. 2.ed. 2002. São Paulo: Manole. 653 p. O sistema
circulatório sanguíneo. Cap. 10. p. 151 – 190.
80
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