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Programa de Educação

Continuada a Distância

Curso de
Interações Medicamentosas

Aluno:

EAD - Educação a Distância


Parceria entre Portal Educação e Sites Associados
Curso de
Interações Medicamentosas

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
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mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos nas Referências Bibliográficas.

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SUMÁRIO

MÓDULO I
1 CONCEITOS TRADICIONAIS DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
2 CONCEITOS IMPORTANTES
3 CLASSIFICAÇÃO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
3.1 LOCAL DE OCORRÊNCIA
3.1.1 Externas
3.1.2 Internas
3.2 QUANTO AO MECANISMO
3.2.1 Farmacocinéticas
3.2.2 Farmacodinâmicas
3.3 RISCO CLÍNICO
3.3.1. Menor
3.3.2 Moderado
3.3.3 Maior
3.4 TEMPO DE OCORRÊNCIA
3.4.1 Imediatas
3.4.2 Tardias
3.5 TIPO DE ASSOCIAÇÕES
4 SÍTIO DE ABSORÇÃO

MÓDULO II
5 EXEMPLOS DE INTERAÇÕES AO NÍVEL DO SÍTIO DE ABSORÇÃO
6 SÍTIO DE LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
7 INTERAÇÕES AO NÍVEL DO SÍTIO DE AÇÃO
7.1 PODEM SER CLASSIFICADAS EM QUATRO MECANISMOS
7.2 PRINCIPAIS INTERAÇÕES NO SÍTIO DE AÇÃO
8 INTERAÇÃO AO NÍVEL DE METABOLISMO

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MÓDULO III
9 MECANISMO DE INDUÇÃO ENZIMÁTICA
10 MECANISMO DE INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
11 SÍTIO DE EXCREÇÃO
11.1 MECANISMOS RESPONSÁVEIS
11.1.1 Alteração na filtração glomerular
11.1.2 Alteração do pH urinário.
11.1.3 Competição por um mesmo transportador
12 OUTRAS INTERAÇÕES IMPORTANTES
12.1 ANTIBIÓTICOS COM LÍTIO
12.2 AINES (ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS) COM LÍTIO
13 PRINCIPAIS INTERAÇÕES DOS ANTICONCEPCIONAIS
13.1 INTERAÇÕES PRINCIPAIS DOS ANTICONCEPCIONAIS
13.2 OS PRINCIPAIS ANTIBIÓTICOS QUE INTERAGEM COM OS
ANTICONCEPCIONAIS ORAIS
13.3 OS PRINCIPAIS ANTICONVULSIVANTES QUE INTERAGEM COM OS
ANTICONCEPCIONAIS ORAIS
13.4 ANTICONCEPCIONAIS COM BENZODIAZEPÍNICOS
13.5 ANTICONCEPCIONAIS ORAIS JUNTAMENTE COM HIPOGLICEMIANTES
13.6 INTERAÇÃO DOS AOS COM ANTICOAGULANTES ORAIS
13.7 PARACETAMOL COM AOS
13.8 CLOFIBRATO COM AOS
13.9 METOPROLOL COM AOS
14 INTERAÇÕES DE FÁRMACOS INJETÁVEIS
15 INTERAÇÃO FARMACOALIMENTO
15.1 IMPORTÂNCIA DOS ALIMENTOS
15.2 IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO FARMACOALIMENTO
15.3 MECANISMO DE TRANSPORTE DE FÁRMACOS ADMINISTRADOS POR VIA
ORAL
15.4 PROGRESSÃO DAS INTERFERÊNCIAS ENTRE FÁRMACOS E ALIMENTOS
15.5 MECANISMO DE TRANSPORTE DE ALIMENTOS POR VIA ORAL

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15.6 PRINCIPAIS INTERAÇÕES
15.6.1 Físico-químicas
15.6.2 Fisiológicas
15.6.3 Patológicas

MÓDULO IV
15.7 ASPECTOS IMPORTANTES DA INTERAÇÃO FARMACOALIMENTO
15.8 PRINCIPAL SÍTIO DE INTERAÇÃO FARMACONUTRIENTE
15.8.1 Como o nutriente influencia na absorção dos fármacos?
15.8.2 O que acontece com o pH estomacal após a ingestão de alimentos?
15.8.3 Fenitoína e Dicumarol
15.8.4 Velocidade de Esvaziamento Gástrico
15.8.5 Peristaltismo
15.8.6 Competição pelos sítios de absorção
16 INTERAÇÃO ÁLCOOL – MEDICAMENTO
16.1 PROPRIEDADES DO ETANOL
16.2 GENERALIDADES E METABOLISMO DO ETANOL
16.2.1 Aspectos importantes
16.2.2 Metabolismo do álcool
17 FÁRMACOS CARDIOVASCULARES E SUAS INTERAÇÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MÓDULO I

O uso concomitante de
vários medicamentos
recebe a designação de
Associação
Medicamentosa

Uma associação medicamentosa poderá ocorrer de várias maneiras. Uma


delas é a automedicação em que o paciente faz uso de dois ou mais medicamentos,
por conta própria, para determinados sintomas ou quando já está fazendo uso de um
medicamento prescrito pelo médico e decide fazer a ingestão em função de algum
problema de saúde. Tal atitude acontece, por exemplo, em estados gripais.

Mas o que se recomenda?


Os medicamentos não devem ser administrados sem uma prescrição
médica e não devem ser tomados sem autorização médica.

Por quê?
Medicamentos podem alterar um quadro clínico estabilizado, provocando
uma piora em função de sua interferência com outros medicamentos e até
mesmo apresentar efeitos tóxicos até então inexistentes.

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Um exemplo deste tipo de interferência medicamentosa: paciente que faz
uso de lítio para transtorno de humor e apresenta um quadro de infecção bacteriana
resolve se automedicar com ampicilina.

O que acontece?
A ampicilina promove uma diminuição da excreção renal do lítio
e, consequentemente, aumento da concentração plasmática do
lítio e aparecimento dos efeitos indesejáveis, tais como:
™ Náuseas;
™ Vômitos;
™ Tremores;
™ Problemas de condução cardíaca;
™ Convulsões.

Uma associação medicamentosa pode propiciar o aparecimento de prováveis


interações medicamentosas com consequências clínicas importantes ou não,
podendo também acontecer ou não. Isso vai depender dos seguintes fatores:
™ Condição clínica geral do paciente;
™ Idade;
™ Número de medicamentos usados;
™ Índice terapêutico dos medicamentos;
™ Resposta individual e genética de cada paciente;
™ Concentração dos medicamentos.
Alguns cuidados devem ser apontados e são essenciais para uma prática
terapêutica farmacológica eficaz e segura em relação ao uso associado de
medicamentos.
Devem-se observar com atenção as características e atividades rotineiras de
cada paciente, por exemplo, aquele que necessita de atividade rápida e de reflexos
no seu trabalho. Outro aspecto importante que se deve levar em conta são os
hábitos alimentares do paciente.

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O que acontece?
Leite tomado simultaneamente com tetraciclina ou digoxina.

Diminuição da absorção destes dois fármacos, bem como a de todos os


medicamentos que apresentam alto índice de absorção no estômago devido às
suas características ácidas.

Uso de Café com Clorpromazina


O Café forma precipitados insolúveis com a clorpromazina e diminui a sua
absorção.

Uso de Café com Lítio


O café aumenta significativamente a excreção do lítio devido ao seu efeito
diurético.

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O que acontece?
Chá tomado simultaneamente com diuréticos

Aumenta a diurese e potencializa o efeito hipotensor dos diuréticos.

Chá tomado simultaneamente com lítio

Aumenta a excreção renal do lítio

Chá tomado simultaneamente com antipsicóticos, como a clorpromazina e o


haloperidol

Forma precipitados insolúveis na luz gástrica.

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O que acontece?
Uso associado de Diazepam juntamente com Omeprazol. Neste caso, o
Omeprazol diminui o metabolismo hepático do Diazepam proporcionando um
efeito sedativo potente do Diazepam. Uma opção seria o uso de Lorazepam,
pois este não apresenta metabolismo hepático oxidativo.

FIGURA 1 - HYPERICUM PERFURATUM


Hypericum perforatum (Erva de São João)

FONTE: Disponível em: <http://radialdesign.com.br>. Acesso em: 22 ago.2009.

Características: significativo potencial indutor da enzima citocromo


P450. Aumenta o metabolismo de fármacos que são degradados por este sistema e,
consequentemente, diminuindo o seu efeito terapêutico em função da redução de
sua biodisponibilidade.

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FIGURA 2 - POTENCIAL INDUTOR DA ENZIMA CITOCROMO P450

FONTE: Disponível em: <http://www.biolex.es>. Acesso em: 22 ago.2009.

Não devem ser administrados juntamente com outros antidepressivos e


sibutramina, pois podem correr Síndrome Serotoninérgica seguida de aumento da
Pressão Arterial e da Temperatura.

Interações mais graves com risco de morte


ocorrerão muito provavelmente com o uso de
medicamentos que tenham baixo índice
terapêutico.

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1 CONCEITOS TRADICIONAIS DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

“Efeitos Farmacológicos que não são produzidos pelas drogas usadas


isoladamente, porém, se originam quando se utiliza uma combinação de drogas”
(BOWMAN, 1988).

“Alteração da resposta de drogas devido à administração concomitante com


outras drogas” (HANSTEN, 2007).

“Modificação dos efeitos de um medicamento pela administração anterior ou


concomitante de outro” (ZANINI & OGA, 1989).

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“Efeitos de muitas drogas que, quando administradas em forma simultânea,
não são necessariamente previsíveis sobre a base do conhecimento de seus efeitos
quando se administram isoladamente” (GOODMAN & GILMAN, ).

“Interação de drogas ocorre sempre que a ação profilática, terapêutica ou


diagnóstica de uma droga é alterada no organismo pela ação de um segundo agente
químico. A segunda substância pode ser outra droga ou um elemento da dieta ou
ambiental” (THOMPSON, 1979).

2 CONCEITOS IMPORTANTES

O que é Adição?

Dois fármacos possuem mecanismos de ação


semelhantes, seus efeitos são aditivos.

Exemplo: Associação de AAS e Dipirona.

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O que é Somação?

Dois fármacos apresentam efeitos semelhantes, mas


atuam por mecanismos diferentes.

Exemplo: AAS e Codeína

O que é Potencialização?

O efeito resultante da associação de 2 ou mais fármacos é maior do


que a soma de cada uma.

Exemplo: álcool e ansiolíticos.

Antagonismo

Antagonismo

Corresponde à diminuição do efeito de um determinado fármaco.


Pode ser classificado em:

Fisiológico
o Dois fármacos exibem efeitos opostos por mecanismos diferentes.
ƒ Exemplo: histamina e noradrenalina.

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Farmacológico
o Os fármacos concorrentes atuam no mesmo receptor, competindo ou
não com o agonista.
ƒ Exemplo: acetilcolina e atropina (competitivo).
ƒ Exemplo: acetilcolina e suxametônio (não competitivo).

Físico
o O fármaco antagoniza outro por mecanismo puramente físico.
ƒ Exemplo: carvão ativado e alcaloides.

Químico
o Ocorre reação química entre os agentes.
ƒ Exemplo: Permanganato de potássio e alcaloides.

3 CLASSIFICAÇÃO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

As interações medicamentosas podem ser classificadas segundo:

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3.1 LOCAL DE OCORRÊNCIA

3.1.1 Externas

Ocorrem in vitro e são denominadas de incompatibilidades físico-químicas.


Exemplo: mistura de Diazepam com fluido para administração intravenosa. Ocorre
precipitação do Diazepam, inativando-o.

O que é o correto?

Seria a administração direta, por via intravenosa, de forma lenta


e aspirando a seringa, para aumentar sua ligação a proteínas
plasmáticas e com isso minimizando o risco de uma parada
cardiorrespiratória.

3.1.2 Internas

São as que ocorrem in vivo, ou seja, dentro do


organismo,
São consideradas o alvo principal das interações
medicamentosas.

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3.2 QUANTO AO MECANISMO

3.2.1 Farmacocinéticas

Alteram os parâmetros de absorção, distribuição, metabolismo e excreção.

FIGURA 3 - CARACTERÍSTICAS FARMACOCINÁTICAS

FONTE: SILBERNAGL & DESPOUPOLOS, 2003.

3.2.2 Farmacodinâmicas

Estão relacionadas aos mecanismos de ação dos medicamentos, com


alterações que podem conduzir efeitos aditivos, sinérgicos, antagônicos e ou tóxicos.
Podem ser subdivididas em:

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Ações dos fármacos sobre os receptores

Exemplo: Antagonista dos Receptores Benzodiazepínicos Flumazenil em casos de


intoxicação por Benzodiazepínicos.

Alterações do meio intra ou extracelular, causadas pelos fármacos

Exemplo: Interação medicamentosa entre a digoxina e a tioridazina.

Tioridazina bloqueia os canais de sódio, diminuindo o aporte de sódio


intracelular. Com isso, haveria uma menor entrada de cálcio na célula, provocando
uma menor eficácia cardiotônica da digoxina.

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Associação da Pimozida com medicamentos depletores de potássio. Ocorre
um aumento da toxicidade cardíaca pela Pimozida.

Fisiológicas

Provocadas por um medicamento que interfere na ação do outro.


Um exemplo deste tipo de interação seria a interação entre o lítio e os IECA
(inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina).
O lítio apresenta parte de sua filtração glomerular dependente da
Angiotensina II. Com isso ocorre um aumento da litemia e acentuação dos efeitos
tóxicos.

FIGURA 4 - LÍTIO NA FILTRAÇÃO GLOMERULAR

FONTE: Adaptado de SILBERNAGL & DESPOUPOLOS, 2003.

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Neutralização Química de um medicamento sobre outro

Exemplo: Sulfato de Protamina neutralizando a ação da Heparina.

Mistas

Ocorrem por mais de um sítio ou mecanismo.

3.3 RISCO CLÍNICO

3.3.1. Menor

9 Apresentam importância secundária.


9 Possibilita usar as associações com objetivos terapêuticos, segurança
e com mínimos efeitos colaterais.

3.3.2 Moderado

9 Resultam em efeitos indesejáveis de grande importância clínica.

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9 As associações anteriores já foram documentadas e merecem
cuidados redobrados.
9 Devem-se substituir algum dos medicamentos e/ou mudanças nas
dosagens e posologia para se restabelecer o equilíbrio do paciente.

3.3.3 Maior

9 Implicados em efeitos indesejáveis graves.


9 Risco evidente de morte.
9 Devem ser documentadas estas interações e, a rigor, são designadas
como contra-indicadas.
9 Deve-se requerer a substituição de um ou mais medicamentos e
medidas de suporte.

3.4 TEMPO DE OCORRÊNCIA

3.4.1 Imediatas

9 Pode ocorrer em um intervalo de tempo de horas a uma semana.


Exemplo: inibição do metabolismo.

3.4.2 Tardias

9 Duas ou mais semanas.

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Exemplo: indução do metabolismo hepático, pois requerem síntese proteica
para a produção de novas enzimas microssomais hepáticas.

3.5 TIPOS DE ASSOCIAÇÕES

As interações medicamentosas podem ser classificadas quanto às


características que originaram em:

Pré-fixadas:

9 Decorrentes de medicamentos que já vêm juntos e em doses definidas


em uma mesma especialidade farmacêutica.
9 Deve-se evitar este tipo de interação devido a menor possibilidade de
manuseio e regulação das dosagens e variáveis farmacológicas.
9 Resposta do paciente imprecisa.

Pós-fixadas:

9 Determinadas pelo médico.


9 Vantagem de selecionar medicamentos com maior grau de
compatibilidade entre si em relação à patologia e à tolerância do paciente.

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Ocasionais:

9 Atitude inadequada do paciente em se automedicar.


9 Deve ser motivo de preocupação e, portanto, deve-se alertar o paciente
a não fazer uso desta prática.
9 Deve-se prestar atenção ao tipo de dieta do paciente e ao uso de
fitoterápicos.

4 SÍTIO DE ABSORÇÃO

FIGURA 5 - SÍTIOS DE ABSORÇÃO

FONTE: OSBORNE, et al. 2003.

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Abrange geralmente as interações de medicamentos administrados por
via oral e sublingual. A absorção ocorre desde a mucosa oral até a porção final do
intestino delgado.

FIGURA 6 - FORMAS FARMACÊUTICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE


MEDICAMENTOS

FONTE: LÜLLMANN, et al. 2008.

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FIGURA 7 - VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

FONTE: LÜLLMANN et al. 2008.

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FIGURA 8 - PREPARAÇÃO DAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

FONTE: LULLMANN et al. 2008.

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As interações medicamentosas ao nível do sítio de absorção modificam as
diversas características envolvidas com o processo de absorção, seja de maneira
direta, física ou química de neutralização.
Os principais mecanismos envolvidos são:
Alteração da mucosa do trato gastrintestinal;
Alteração da motilidade intestinal;
Alteração do pH gástrico;
Formação de complexos insolúveis por ação direta, mecanismos de
ligação, quelação ou adsorção.

Medicamentos que elevam o pH gástrico têm a


capacidade de formar precipitados insolúveis e aumentar
o grau de ionização dos medicamentos mais ácidos e,
deste modo, poderão diminuir a velocidade e a
quantidade do medicamento absorvido.

FIGURA 9 - SÍTIOS DE ABSORÇÃO

FONTE: Osborne et al. 2004.

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E o mecanismo de adsorção?

É considerado eficiente.
Reduz em até 80% a absorção de um medicamento.
Substância usada: carvão ativado em casos de superdosagem.
Exemplos de alterações na absorção de fármacos com o uso de carvão
ativado:

Propranolol Fenobarbital Clorpromazina

Esses fármacos
quando em presença
de carvão ativado
apresentam absorção
reduzida em
decorrência de uma
eliminação mais
precoce.

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Medicamentos com elevados efeitos anticolinérgicos:

o Retarda o trânsito gastrintestinal sem alterar o pH;


o Ocorre aumento da absorção de fármacos ácidos;
o Exemplo de medicamentos que são absorvidos nestas condições, ou
seja, em casos de retardamento do TGI: AAS, digoxina, benzodiazepínicos e
cumarínicos;
o Porém este retardo do trânsito pode diminuir a velocidade de absorção
de fármacos que são absorvidos no intestino delgado, como por exemplo, os ISRS
(fluoxetina, citalopram, entre outros).

Importante!

O efeito anticolinérgico (Atropina) de um fármaco pode


provocar intenso ressecamento da cavidade oral, diminuindo a
absorção de fármacos administrados por via sublingual.
O líquido salivar é essencial para a solubilização do fármaco.

FIGURA 10 - AÇÃO DA ATROPINA.

FONTE: LULLMANN, et al. 2008.

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Medicamentos que aceleram o trânsito intestinal

Metoclopramida

A metoclopramida quando é administrada simultaneamente com outros


medicamentos confere uma diminuição da quantidade absorvida devido a uma
diminuição do tempo e do contato dos medicamentos na parede intestinal.

Metabolismo de Fármacos
Inibidores da Monoaminooxidase (IMAO) inativam as monoaminoxidases ao
nível da parede intestinal. Com isso ocorre diminuição do metabolismo das aminas
simpatotiméticas presentes nos alimentos, aumentando com isso sua absorção.

-------- FIM DO MÓDULO I --------

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Curso de
Interações Medicamentosas

MÓDULO II

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descritos nas Referências Bibliográficas.
MÓDULO II

5 EXEMPLOS DE INTERAÇÕES AO NÍVEL DO SÍTIO DE ABSORÇÃO

⇒ Ansiolíticos e Hipnóticos administrados com antiácidos na forma

de géis simultaneamente.

o Diminui a velocidade de absorção do Diazepam e do Clordiazepóxido.

o Isso ocorre devido à alcalinização do pH gástrico e formação de

precipitados menos solúveis.

o Importância desta interação: prolongar o início dos efeitos dos

benzodiazepínicos.

⇒ Clorazepato

Em presença de antiácidos terá sua absorção totalmente inibida.

Por que isso acontece?

- O clorazepato necessita do pH ácido do estômago para ser absorvido.

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- Melhor atitude: administrar os benzodiazepínicos em intervalo de tempo de

2 horas antes da tomada do ácido gel.

⇒ Ranitidina e Benzodiazepínicos

Eleva o pH gástrico e inibe a absorção dos benzodiazepínicos, como o

diazepam e o clorazepato.

⇒ Cimetidina e Benzodiazepínicos

- Ocorre a alcalinização do pH gástrico.

- Inibe o metabolismo hepático, com exceção do Lorazepam, Temazepam e

Oxazepam que são metabolizados conjugados ao ácido glicurônico.

⇒ Medicamentos Anticolinérgicos – Atropa belladona (Figura 11) e


aqueles que apresentam efeitos anticolinérgicos como os antidepressivos tricíclicos
e fenotiazínicos.

FIGURA 11 - ATROPA BELLADONA

FONTE: Disponível em: <http://www.socorristasdeplantao.com.br>. Acesso em: 29 ago. 2009.

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Retardam o esvaziamento gástrico e diminui a
absorção dos benzodiazepínicos.

⇒ ISRS (fluoxetina, paroxetina e sertralina) e a nefazodona


Aumentam a absorção do clonazepam – intenso efeito sedativo e letárgico.

Por que isso acontece?

Estes antidepressivos são potentes inibidores da enzima


3A3/4 encontrada em grande concentração na parede
gastrintestinal.

⇒ Antidepressivos
o Mesmas possibilidades de interações medicamentos com os antiácidos
géis e elevadores de pH gástrico como a ranitidina, cimetidina e omeprazol. Ocorre
redução na velocidade de absorção.
o Carvão ativado e caulim-pectina – reduz em até 80% a absorção
destes medicamentos em casos de intoxicação.

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⇒ Metoclopramida – reduz o tempo de contato e o tempo de
permanência do antidepressivo com a mucosa gastrintestinal. Promove aumento do
peristaltismo.

Importante!

As interações medicamentosas com os antidepressivos não são


consideradas muito frequentes ao nível do sítio de absorção.

⇒ Hypericum perforatum

FIGURA 12 - HYPERICUM PERFORATUM

FONTE: Disponível em:


<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4e/Hypericum_perforatum_i01.jpg>. Acesso em:
30 ago. 2009.

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H. perforatum é um potente inibidor da glicoproteína P e diminui a absorção
dos seguintes medicamentos: digoxina, indinavir, alprazolam, ciclosporina e morfina.

FIGURA 13 - GLICOPROTEÍNA P.

FONTE: Disponível em: <www.dbm.ufpb.br>. Acesso em: 28 ago 2009.

⇒ Antipsicóticos administrados com antiácidos gel


- Ocorre a diminuição da absorção, principalmente, da clorpromazina.
- Observação: a ingesta elevada do antiácido gel alcaliniza a urina e, com
isso, aumenta a velocidade de excreção da clorpromazina. Portanto, deve-se
administrar o antipsicótico o mais longe possível do antiácido gel. Intervalo de
ingesta: mínimo 2h.

⇒ Uso de antilipêmicos e carvão ativado com clorpromazina podem


formar complexos insolúveis no estômago, dificultando com isso a absorção.

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Clorpromazina + Antiácido

FIGURA 14 - AÇÃO DA CLORPROMAZINA E ANTIÁCIDO NOS RINS

FONTE: OSBORNE, et al. 2004.

⇒ Verapamil associado à risperidona


- Neste caso ocorre a elevação da concentração plasmática de risperidona.
- O mecanismo envolvido é a competição pela Glicoproteína P.

⇒ Estabilizadores do Humor
Antiácidos juntamente com carbamazepina e ácido valproico: ocorre
diminuição da absorção devido ao aumento do pH gástrico, diminuição do trânsito
gastrintestinal e formação de complexos menos solúveis.

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6 SÍTIO DE LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS

• Fármaco de pequeno tamanho molecular e elevada hidrossolubilidade não


se liga às proteínas e circula livremente no plasma.

FIGURA 15 - LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS

FONTE: SILBERNAGL & DESPOUPOLOS, 2003.

• Parte não ligada ou livre – corresponde a forma ativa dos fármacos.


• Tecidos que apresentam alta perfusão.
• Rins.

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• Coração

FIGURA 16 - SISTEMA CARDIOVASCULAR

FONTE: SILBERNAGL & DESPOUPOLOS, 2003.

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• Sistema Nervoso

FIGURA 17 - SISTEMA NERVOSO

FONTE: HANSEN & KOEPEN, 2008.

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• Fígado
FIGURA 18 - FÍGADO

FONTE: HANSEN & KOEPEN, 2008.

• Um dos tecidos que apresentam baixa perfusão é o tecido adiposo.


• Importância das interações ao nível do sítio de ligação a proteínas
plasmáticas: contrabalancear doses e evitar o uso de fármacos com alta capacidade
de ligação a proteínas plasmáticas.

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TABELA 1 - PRINCIPAIS INTERAÇÕES NO SÍTIO DE LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS
PLASMÁTICAS
Fármaco 1 Fármaco 2 Efeito Biológico
(desloca da (livre na circulação)
proteína)
Ácido Valproico Benzodiazepínicos Ataxia, letargia e sedação
(Diazepam) acentuada causada pelo
Diazepam
Antilipêmicos Benzodiazepínicos Ataxia, letargia e sedação
(Diazepam) acentuada causada pelo
Diazepam
Diazepam Digoxina Intoxicação Digitálica
ISRS (exceção Propranolol Hipotensão e bradicardia
citalopram e
fluvoxamina)
ISRS Varfarina Aumento do tempo de
protrombina
Fenilbutazona Varfarina Hemorragia
ISRS (exceção Diuréticos Tiazídicos Hipotensão
citalopram e (Hidroclortiazida)
fluvoxamina)
ISRS (exceção Tolbutamida Hipoglicemia
citalopram e
fluvoxamina)
ISRS (exceção Digoxina Intoxicação digitálica
citalopram e
fluvoxamina)
Fenitoína Antidepressivos Aumento dos níveis
Heterocíclicos e plasmáticos dos
ISRS antidepressivos. Sem
complicações clínicas

42
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AAS Fluoxetina Hiperpirexia, hipertonia e rash
cutâneo.
Aumenta o risco de
hemorragia.
Varfarina Clozapina Sedação excessiva, letargia,
depressão do miocárdio e até
depressão respiratória.

Importante!

Mesoridazina (taxa de ligação – 70%)

Tioridazina (taxa de ligação – 99%)

Pimozida (taxa de ligação – 99%)

Ziprasidona (taxa de ligação – 99%)

Aripiprazol (taxa de ligação – 99%)

Estes quatro últimos medicamentos merecem atenção especial


quando administrados com outros medicamentos com forte ligação a
proteínas plasmáticas.

E o Lítio?

43
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Não apresenta capacidade de se ligar a proteínas plasmáticas.
Não oferece risco de interação neste sítio.

E o Topiramato e a Carbamazepina?

Apresentam baixa afinidade de ligação a proteínas plasmáticas – em


torno de 15%.
Não apresentam risco de interação neste sítio.

E a Lamotrigina?

Afinidade pelas proteínas plasmáticas em torno de 55%.


Não se espera nenhuma interação clínica importante.

44
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TABELA 2 - LIGAÇÃO A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS

Classe Terapêutica Denominação Porcentagem de Ligação

Internacional Comum a proteínas Plasmáticas

AINES Fenilbutazona 98%

Antiagregantes Sulfinpirazona 98%

Sulfonilureias Tolbutamida 99%

Glipizida 98%

Glibenclamida 97%

Gliclazida 94%

Clorpropamida 95%

Diuréticos Ácido tienílico 95%

Anticoagulantes Orais Varfarina 97%

Antifúngicos Miconazol 90%

Hipolipemiantes Clofibrato 96%

Sulfonamidas Sulfametoxazol 65%

Sulfadiazina 50%

Salicilatos Aspirina 80%

Antifolatos Ametopterina 50%

FONTE: Adaptado de Cunha, 1995.

45
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FIGURA 19 - A IMPORTÂNCIA DA LIGAÇÃO AS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS

Fonte: Lullmann et al, 2008.

FONTE: LULLMANN, et al. 2008.

46
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7 INTERAÇÕES AO NÍVEL DO SÍTIO DE AÇÃO

7.1 PODEM SER CLASSIFICADAS EM QUATRO MECANISMOS

- Interações promovidas pela ligação dos medicamentos aos receptores por


intermédio dos efeitos agonistas, antagonistas e tóxicos.
Ex: Morfina e naloxona.

- Alterações na regulação do meio celular devido à ação dos fármacos sobre


os canais iônicos e à regulação das concentrações de íons no meio extra e
intracelular.
Ex: Anfetamina e antipsicóticos (Clorpromazina).

- Alterações fisiológicas que alteram os efeitos biológicos dos outros


fármacos que atuam em locais diferentes.
Ex: IECA e lítio.

- Menos frequentes e se caracteriza pela neutralização química de um


fármaco sobre o outro.
Ex: Sulfato de Protamina neutraliza heparina.

47
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FIGURA 20 - INTERAÇÕES DROGA-RECEPTOR

FONTE: LULLMANN, et al. 2008.

48
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7.2 PRINCIPAIS INTERAÇÕES NO SÍTIO DE AÇÃO

o Interação aminofilina com benzodiazepínicos.


ƒ Ocorre diminuição dos efeitos sedativos dos benzodiazepínicos. Deve-
se aumentar a dose do benzodiazepínico até um patamar mínimo de superação do
efeito estimulante

Aminofilina efeito beta-


adrenérgico.

o Interação IMAO com buspirona – efeito de somação dos dois


fármacos – hipertensão arterial.

o Interação Loxapina com Lorazepam – grande risco podendo


apresentar hipotensão, estupor e depressão respiratória.
o Interação Levodopa e Benzodiazepínicos – o benzodiazepínico
antagoniza os efeitos da levodopa.
o Interação, Benzodiazepínico e álcool – conduz a um estado de
confusão mental, sedação profunda, coma e morte.
o Interação, Benzodiazepínicos e analgésicos opioides – efeito de
somação no Sistema Nervoso Central.

49
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o Interação, antidepressivos tricíclicos com anestésicos, como
pancurônio ou halotano - interação caracterizada por arritmias e fibrilação
ventricular.

Orientações!

Pelo menos antes de 15 dias antes da cirurgia deve-se interromper o


uso de antidepressivos tricíclicos.

Antiarrítmico e Antidepressivo Tricíclico

FIGURA 21 - EFEITO DEPRESSOR DO MIOCÁRDIO SEGUIDO DE ARRITMIAS


CARDÍACAS

FONTE: HANSEN & KOEPEN, 2008.

50
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o ISRS quando associados com IMAO, Antidepressivos tricíclicos e
serotoninérgicos – Síndrome Serotoninérgica.
o Interação nefazodona com fármacos bloqueadores dos receptores
alfa-1-adrenérgicos com prasozina e outros fármacos que bloqueiam esses
receptores como é o caso da clorpromazina, olanazapina e clozapina –
potencialização do efeito hipotensor.

o Interação dos iSRS com anti-inflamatórios e corticosteroides –


efeito de somação e poderá conduzir a hemorragias gastrintestinais altas.
o Interação Venlafaxina com Anti-hipertensivos – antagoniza os
efeitos dos anti-hipertensivos, ou seja, a venlafaxina promove a elevação da pressão
arterial.

o Interação venlafaxina e duloxetina com sibutramina, ISRS (fluoxetina,


por exemplo), triptofano, buspirona e antidepressivos tricíclicos mais
serotoninérgicos - deve ser evitada pela ocorrência de Síndrome Serotoninérgica,
convulsões e picos hipertensivos.
o Interação metildopa com lítio – a metildopa aumenta a captação celular
do lítio provocando sua toxicidade. Esta associação deve ser evitada.

51
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o Interação carbamazepina com IMAO (tranilcipromina) – pode
provocar o aparecimento de hipertermia, delírios e convulsões.
ƒ Precauções desta associação:

É aconselhada a introdução da carbamazepina após


15 dias da retirada dos IMAO

o Dipirona associada com antipsicóticos – neste caso ocorre inibição


do centro termorregulador bulbar e precipita um quadro de hipotermia que poderá
ser de difícil reversão.
o Quando o paciente faz uso de clorpromazina, deve-se fazer uso de
outro analgésico/antipirético que não seja a dipirona.

Dipirona

o Interação do Aripiprazol com digitálicos – aumento do efeito


inotrópico positivo.
o Interação da Metoclopramida com Antipsicóticos – aumento da
frequência e intensidade dos efeitos extrapiramidais e sedativos.

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8 INTERAÇÃO AO NÍVEL DE METABOLISMO

Exemplos de Reações de Biotransformação (FIG. 22 E 23).

FIGURA 22 - BIOTRANSFORMAÇÃO

FONTE: LULLMANN, et al. 2008.

53
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FIGURA 23 - BIOTRANSFORMAÇÃO

Fonte: Lullman et al, 2008

FONTE: LULLMANN, et al. 2008.

54
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A maior parte das interações ocorre no local onde os fármacos são
metabolizados. É sabido que o metabolismo de fármacos é realizado quase
totalmente pela enzima citocromo P450.

As enzimas de citocromo P450 são divididas em duas categorias:

Esteroidogênicas

FIGURA 24 - MITOCÔNDRIA

FONTE: OSBORNE, et al. 2004.

55
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o Localizadas nas mitocôndrias.
o Responsáveis pela síntese de esteroides.
o Função principal: preservar nos organismos unicelulares a integridade
da membrana.

Xenobióticas
o Localizadas no retículo endoplasmático.
o Consequência natural da evolução do ser vivo.
o Originaram-se a partir das esteroidogênicas.
o Estas enzimas se especializaram em metabolizar toxinas e fármacos,
por meio do mecanismo de ativação do oxigênio.
o A função destas enzimas é transformar os fármacos em agentes mais
hidrossolúveis e mais facilmente excretados pelo organismo.

FIGURA 25 – RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO

FONTE: OSBORNE, et al. 2004.

-----------FIM DO MÓDULO II-----------

56
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Curso de
Interações Medicamentosas

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos nas Referências Bibliográficas
MÓDULO III

9 MECANISMO DE INDUÇÃO ENZIMÁTICA

Necessita cerca de 20 dias ou mais para se estabelecer.


Há necessidade que haja síntese proteica (Figura 32) para a
concentração das isoenzimas.

Orientações!

Quando se retira o medicamento que causa indução, a


atividade enzimática irá diminuindo de forma lenta.
Neste caso, a dose do medicamento deverá ser
diminuída, pois sua concentração no plasma tenderá a
se elevar intensamente.

Características dos Medicamentos que causam indução enzimática

Elevada ligação a proteínas plasmáticas.


Lipossolúvel.
Meia-vida plasmática longa.
Deverá sofrer intenso metabolismo hepático.

58
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FIGURA 26 - SÍNTESE PROTEICA

FONTE: LULLMAN, et al. 2004.

59
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10 MECANISMO DE INIBIÇÃO ENZIMÁTICA

Ocorre em curto espaço de tempo, às vezes, em questão de horas.


Não necessita da síntese de proteínas.

Meia-vida longa de fármacos Inibidores Enzimáticos

O seu efeito inibidor continuará.


É capaz de inibir o seu próprio metabolismo,
aumentando com isso sua meia-vida plasmática.

Principais fármacos inibidores enzimáticos:

Cimetidina;
Eritromicina;
Cloranfenicol;
Paroxetina;
Fluoxetina;
Tioridazina;
Imipramina;
Clormipramina.

60
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™ Principais fármacos indutores Enzimáticos

TABELA 3 - FÁRMACOS E SUAS CLASSES TERAPÊUTICAS


Classes Terapêuticas Denominação Internacional
Antituberculosos Rifampicina
Anticonvulsivantes Fenobarbital
Anticonvulsivantes Fenitoína
Anticonvulsivantes Carbamazepina
Anticonvulsivantes Primidona
Ansiolíticos Barbitúricos
Ansiolíticos Meprobomato
Ansiolíticos Glutetimida
Ansiolíticos Hidrato de Cloral
Antifúngicos Griseofulvina
Anti-inflamatórios Fenilbutazona
Anti-inflamatórios Oxifenbutazona
Neurolépticos Clorpromazina
Inseticidas DDT

Importante saber!
Não esquecer!

61
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11 SÍTIO DE EXCREÇÃO

11.1 MECANISMOS RESPONSÁVEIS

11.1.1 Alteração na filtração glomerular

FIGURA 26 - FILTRAÇÃO GLOMERULAR

FONTE: HANSEN & KOEPEN, 2008.

Este tipo de alteração ocorre mais facilmente em pacientes internados na


Unidade de Terapia Intensiva, suscetíveis a maior risco de perda de volumes.
Medicamentos que alteram a taxa de filtração glomerular.

62
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Furosemida Dopamina

Dobutamina

11.1.2 Alteração do pH urinário

Acetazolamida com Antidepressivos Tricíclicos (ADTs).


o Ocorre aumento do pH urinário e aumento da reabsorção tubular dos
ADTs.
o Pode haver hipotensão ortostática.
o Não tem repercussões clínicas.

63
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Ácido Ascórbico com Antidepressivos Tricíclicos (ADTs).
o Promove a excreção de bases fracas, como os ADTs.

11.1.3 Competição por um mesmo transportador

- Ocorre por um transporte ativo no Túbulo proximal.


- Ocorre competição dos fármacos por um mesmo transportador.

64
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FIGURA - 27

FONTE: Osborne et al. 2004.

65
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- Exemplo mais importante neste caso é o uso associado de sulfonilureias
com o fenobarbital.
o Neste caso ocorre diminuição da excreção do fenobarbital.

- O exemplo mais importante é o da interação da quinidina com digoxina.


o Ocorre diminuição acentuada da secreção tubular da digoxina e
aumento dos níveis séricos, podendo chegar até 50%.

12 OUTRAS INTERAÇÕES IMPORTANTES

12.1 ANTIBIÓTICOS COM LÍTIO

o Tetraciclinas
o Ampicilinas
o Metronidazol
o Espectinomicina

Ocorre diminuição da excreção renal do lítio, com possibilidade de


aparecer sintomas neurotóxicos.

12.2 AINES (ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS) COM LÍTIO

o Aumento da Litemia.

66
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Por que isso ocorre?

Os AINES inibem a produção de prostaglandinas, PGE2, levando à diminuição do


fluxo sanguíneo renal com alterações no sistema de transporte tubular.

E os corticosteroides?

Ocorre aumento da excreção de lítio. Esta interação pode ser muito bem
controlada com a administração gradual da dose diária de lítio.

FIGURA 28 - APARELHO GENITAL FEMININO

FONTE: OSBORNE, et al. 2004.

67
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13 PRINCIPAIS INTERAÇÕES DOS ANTICONCEPCIONAIS

13.1 INTERAÇÕES PRINCIPAIS DOS ANTICONCEPCIONAIS

O grupo dos antibióticos e dos anticonvulsivantes constitui os fármacos mais


envolvidos em interações com os anticoncepcionais.

13.2 OS PRINCIPAIS ANTIBIÓTICOS QUE INTERAGEM COM OS


ANTICONCEPCIONAIS ORAIS:

- Penicilinas;
- Tetraciclinas;
- Cotrimoxazol;
- Metronidazol;
- Cefalosporinas;
- Trimetoprima;
- Eritrocimicina;
- Sulfas;
- Griseofulvina.

13.3 OS PRINCIPAIS ANTICONVULSIVANTES QUE INTERAGEM COM OS


ANTICONCEPCIONAIS ORAIS:

- Fenitoína;
- Fenobarbital;
- Etossuximida;

68
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
- Carbamazepina;
- Primidona;
- Valproato de Sódio.

13.4 ANTICONCEPCIONAIS COM BENZODIAZEPÍNICOS

- Contracepticos esteroides aumentam a concentração dos seguintes


benzodiazepínicos:
ƒ Clordiazepóxido;
ƒ Diazepam;
ƒ Alprazolam;
ƒ Triazolam.

- Contracepticos esteroides diminuem a concentração dos seguintes


benzodiazepínicos:
Estes benzodiazepínicos são
ƒ Lorazepam;
inativados por meio da
ƒ Oxazepam;
conjugação com o ácido
ƒ Temazepam.
glicurônico.

Estrogênio presente nos Anticoncepcionais Orais

Quando associados com os corticosteroides, principalmente, a


hidrocortisona promove aumento do efeito biológico deste fármaco.

69
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
13.5 ANTICONCEPCIONAIS ORAIS JUNTAMENTE COM HIPOGLICEMIANTES

Deve-se monitorar com cautela a paciente diabética usuária de


anticoncepcionais orais.
Os estrogênios diminuem à sensibilidade dos receptores das células beta
pancreáticas.
As progesteronas diminuem a concentração de receptores periféricos da
insulina.

70
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
FIGURA 29 - PÂNCREAS

Células das Ilhotas de Langherans produtoras de


insulina

FONTE: OSBORNE, et al. 2004.

71
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
13.6 INTERAÇÃO DOS AOS COM ANTICOAGULANTES ORAIS

Os AOS aumentam os fatores da coagulação e aumentam a agregação


plaquetária.
Em pacientes que fazem uso de anticoncepcionais deve-se alterar a dose de
anticoagulantes orais no início ou na suspensão do anticoncepcional.

13.7 PARACETAMOL COM AOS

O paracetamol aumenta a concentração plasmática de etinilestradiol.


Já os AOS diminuem a concentração plasmática de paracetamol.

13.8 CLOFIBRATO COM AOS

Ocorre um aumento da glicuronidação do clofibrato por parte dos AOS,


inibindo com isso a resposta ao clofibrato.

13.9 METOPROLOL COM AOS

Os AOS aumentam a concentração do metoprolol. Esse mesmo efeito


acontece com o propranolol.

72
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
14 INTERAÇÕES DE FÁRMACOS INJETÁVEIS

TABELA 4 - INTERAÇÕES DE DROGAS INJETÁVEIS


Fármacos Características Compatibilidades Incompatibilidad
es
Amicacina Devem ser protegidas da luz. Solução Fisiológica 0.9%. Insulina
pH ideal – faixa alcalina (8.8 Solução de Glicose 5%. Vitamina C
a 8.9). Solução Glicofisiológica Penicilina G
pH>8.8 - cristalização Solução Ringer Lactato. potássica.

Aminofilina Devem ser protegidas da luz. Solução Fisiológica 0.9%. Insulina


pH ideal – faixa alcalina (8.8 Solução de Glicose 5%. Vitamina C
a 8.9). Solução Glicofisiológica Penicilina G
pH<8.8 – cristalização. Solução Ringer Lactato potássica.
Ampicilina Devem ser protegidas da luz. Solução Fisiológica 0.9%. Amicacina
pH ideal – faixa alcalina (8.0 Solução de Glicose 5%. Oxitetraciclina
0 10.0). Solução Glicofisiológica
O aumento da concentração Solução Ringer Lactato
diminui a estabilidade.
Anfotericina B Forma de pó: conservado Solução de Glicose 5%. Solução
em geladeira – fotossensível. Fisiológica 0.9%.
Solução reconstituída – Solução
temperatura ambiente por 24 Glicofisiológica
horas; em geladeira: sete Solução Ringer
dias. Lactato.
Infusão IV – uso imediato e Amicacina.
proteção contra luz. Carbenicilina.
pH<4.2 - inativada Cloreto de
potássio.
Oxitetraciclina

73
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Bicarbonato de pH de estabilidade igual a Solução Fisiológica 0.9%. Solução Ringer
sódio 8.6 Solução de Glicose 5%. Lactato
Decompõe-se rapidamente Solução Glicofisiológica Solução Ringer.
por agitação ou Insulina.
aquecimento. Oxitetraciclina.
Penicilina G
potássica
Pentobarbital
Vancomicina
Vitamina C.
Carbenicilina Se usar a água como Solução Fisiológica 0.9%. Anfotericina B
sódica solvente – estável por 24 Solução de Glicose 5%. Lincomicina
horas a temperatura Solução Glicofisiológica Oxitetraciclina
ambiente ou 27 horas sob Solução Ringer Lactato
refrigeração.
pH 6.0-8.0

Cefalotina Após diluição – estável por 6 Solução Fisiológica 0.9%. Solução Ringer
horas a temperatura Solução de Glicose 5%. Lactato.
ambiente e por 48 horas sob Solução Glicofisiológica Amicacina
refrigeração. Solução de Ringer Aminofilina
Fotossensível. Cloreto de Cálcio.
pH – 4.0-7.0 Fenobarbital.
Metil prednisolona
Oxitetraciclina.
Penicilina G
Potássica.
Pentobarbital

Cefapirina pH de 6.5-8.5 Solução Fisiológica 0.9%. Amicacina


Soluções na concentração Solução de Glicose 5%. Oxitetraciclina
de 50 a 400 mg/mL – Solução Glicofisiológica Tiobarbitúrico
estáveis por 12h, à Solução Ringer Lactato sódico.
temperatura ambiente, ou Solução de Ringer Vitamina C
0
por 10 dias a 4 C.
Fotossensível.
Cefazolina Fotossensível. Solução Fisiológica 0.9%. Amicacina

74
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Quando houver precipitação Solução de Glicose 5%. Oxitetraciclina
– aquecer a solução, sob Solução Glicofisiológica Pentobarbital
agitação constante até Solução Ringer Lactato
dissolução completa. Solução de Ringer
Estabilidade – 24 horas a
temperatura ambiente e 96
horas sob refrigeração.
Citarabina Reconstituição com água – Solução Fisiológica 0.9%. Anfotericina B
estável por 24 horas a Solução de Glicose 5%. Cefalotina
temperatura de 15 a 30ºC. Solução Glicofisiológica
Proteger da luz. Solução Ringer Lactato
Se apresentar turvação – Solução de Ringer
descartar.
Solventes recomendados
para diluição: água e
dextrose 5%.
Cloreto de pH de estabilidade – pH de Solução Fisiológica 0.9%. Anfotericina B
Amônio 4.6 a 6.0. Solução de Glicose 5%. Cefalotina
Para prevenir hemólise usa- Solução Glicofisiológica
se solução de cloreto de Solução Ringer Lactato
amônio diluída em soro Solução de Ringer
fisiológico ou glicosado.
Cloreto de pH de estabilidade – 4.5 a Solução Fisiológica 0.9%. Anfotericina B
cálcio 9.2. Solução de Glicose 5%. Cefalotina
Solução Glicofisiológica
Solução Ringer Lactato
Solução de Ringer
Cloreto de pH de estabilidade – 3.5 a Solução Fisiológica 0.9%. Anfotericina B
Potássio 5.5. Solução de Glicose 5%.
Em casos de soluções Solução Glicofisiológica
precipitadas, deve-se Solução Ringer Lactato
descartá-las. Solução de Ringer
Complexo B Estável por 72 horas à Solução Fisiológica 0.9%. Dados não
temperatura ambiente em Solução de Glicose 5%. encontrados.
solução fisiológica 0.9% e Solução Glicofisiológica
glicose 5%.
Fotossensível.

75
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Dexametasona pH de estabilidade – 7.0 a Solução Fisiológica 0.9%. Vancomicina
8.5. Sensível a luz e ao Solução de Glicose 5%.
calor. Solução Glicofisiológica

Diazepam Fotossensível Solução Fisiológica 0.9%. Dados não


Solução de Glicose 5%. encontrados
Solução Glicofisiológica
Solução Ringer Lactato
Solução de Ringer
Fenobarbital Deve ser administrada Solução Fisiológica 0.9%. Cefalotina
imediatamente após Solução de Glicose 5%. Hidrocortisona.
reconstituição. Solução Glicofisiológica Insulina
Em água estéril não são Solução Ringer Lactato Oxitetraciclina.
estáveis. Solução de Ringer Vancomicina
Soluções precipitadas
devem ser descartadas.
Fosfato pH de 6.2 a 6.8. Solução Fisiológica 0.9%. Dados não
Monopotássico Não deve conter agente Solução de Glicose 5%. encontrados.
bacteriostático Solução Glicofisiológica

Furosemida Fotossensível. Solução Fisiológica 0.9%. Dexametasona


Se apresentar coloração Solução de Glicose 5%. Metil Prednisolona
amarelada não deverá ser Solução Glicofisiológica Vitamina C
administrada. Solução Ringer Lactato
Solução de Ringer
Glucagon Insolúvel em água. Solução de Glicose 5%. Dados não
Deve ser reconstituído em encontrados.
soluções que contenham
agentes bactericidas e
conservantes.
Se a solução apresentar
precipitados não deverá ser
administrada.
Heparina Quando administrada com Solução Fisiológica 0.9%. Amicacina
solução de glicose, sua Solução de Glicose 5%. Vitamina C
estabilidade é de 48 horas.
Hidrocortisona Soluções diluídas são Solução Fisiológica 0.9%. Fenobarbital

76
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
estáveis à temperatura Solução de Glicose 5%.
ambiente por 24 horas e à Solução Glicofisiológica
temperatura de 4ºC por 72 Solução Ringer Lactato
horas. Solução de Ringer
Fotossensível.
Insulina Acima de 10ºC degrada Solução Fisiológica 0.9% Aminofilina
rapidamente. Bicarbonato de
Deve ser armazenada em sódio 3%.
geladeira. Bicarbonato de
pH 2.5-7.5. sódio 5%.
pH>7.5 – degradada. Fenobarbital.
Se a solução não estiver Pentobarbital.
transparente, não deve ser
administrada.
Lincomicina pH de 3.0-5.5. Solução Fisiológica 0.9%. Carbenicilina
Fotossensível. Solução de Glicose 5%.
Solução Glicofisiológica
Solução Ringer Lactato
Solução de Ringer
Metil Deve ser administrada Solução Fisiológica 0.9%. Insulina
Prednisolona dentro de 48 horas. Solução de Glicose 5%.
Fotossensível. Solução Glicofisiológica
Oxacilina pH de 4.5-7.5. Solução Fisiológica 0.9%. Complexo B em
Concentração de 16% - Solução de Glicose 5%. infusão
soluções são estáveis por 30 Solução Glicofisiológica Fenobarbital
dias, à temperatura ambiente Solução Ringer Lactato Oxitetraciclina
e por sete dias em geladeira. Solução de Ringer Pentobarbital
Vitamina C
Oxitetraciclina pH>2.0 – potência é mais Solução Fisiológica 0.9%. Ampicilina
afetada. Solução de Glicose 5%. Anfotericina B
Solução Glicofisiológica Bicarbonato de
Solução de Ringer Sódio.
Carbenicilina
Sódica
Cefaloridina
Cefalotina
Cefapirina

77
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Fenobarbital
Oxacilina
Penicilina G
Potássica
Pentobarbital.
Penicilina G pH=7.0 – estabilidade. Solução Fisiológica 0.9%. Aminofilina
potássica Solução aquosa é estável Solução de Glicose 5%. Anfotericina B
por três dias quando mantida Solução Glicofisiológica Bicarbonato de
estocada em geladeira. Solução Ringer Lactato Sódio.
Solução de Ringer Oxitetraciclina.
Pentobarbital
Tiobarbiturato de
sódio.
Vancomicina
Pentobarbital pH na faixa de 9.6 a 11.0 Solução Fisiológica 0.9%. Cefaloridina
Solução de Glicose 5%. Cefalotina
Solução Glicofisiológica Cefazolina
Solução Ringer Lactato Oxitetraciclina
Solução de Ringer Penicilina G
potássica
Vancomicina
Procainamida Se a solução estiver escura Solução Fisiológica 0.9%. Dados não
ou amarelada, deve-se Solução de Glicose 5%. encontrados.
descartá-la. Solução Glicofisiológica
Tiobarbiturato Para evitar precipitação, o Solução Fisiológica 0.9%. Solução
de Sódio solvente usado não deve Solução de Glicose 5%. Glicofisiológica
conter traços de gás Solução Ringer
carbônico. Lactato
Usualmente se usa água Solução de Ringer
destilada, solução isotônica Amicacina
salina ou solução de glicose Cefapirina
5%.
Vancomicina Estável por duas semanas Solução Fisiológica 0.9%. Dexametasona
após reconstituição. Solução de Glicose 5%. Penicilina G
Quando perfurada a tampa Potássica
de borracha, guardar em Pentobarbital
geladeira para garantir a Fenobarbital

78
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esterilidade. Bicarbonato de
Sódio
Vitamina C Fotossensível Solução Fisiológica 0.9%. Bicarbonato de
Não deve ser armazenada Solução de Glicose 5%. Sódio.
em frascos metálicos. Solução Glicofisiológica
Em soluções alcalinas, Solução Ringer Lactato
deteriora. Solução de Ringer
FONTE: CUNHA, 1995.

CUIDADOS EM RELAÇÃO AO PREPARO E MANUSEIO DAS SOLUÇÕES

O preparo deve ser feito livre de contaminação e longe de

pessoas.

O material e a técnica devem ser assépticos.

Verificar se o material, precisa de cuidados especiais, como

proteção da luz e calor.

As soluções depois de ativadas devem ficar protegidas da luz e

temperatura. Após 2 horas guardar em geladeira.

FONTE: CUNHA, 1995.

79
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15 INTERAÇÃO FÁRMACO - ALIMENTO

15.1 IMPORTÂNCIA DOS ALIMENTOS

⇒ Fornece os nutrientes necessários ao desenvolvimento do corpo.


⇒ Os alimentos apresentam funções plásticas, energéticas e reguladoras.
Para isso devem ser consumidos em quantidades equilibradas na dieta.
⇒ A sua falta pode provocar deficiências nutricionais, havendo a
necessidade de suplementação dietética.

80
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15.2 IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO FÁRMACO - ALIMENTO

⇒ O que acontece quando se ingere concomitantemente alimento com


medicamentos?
O alimento é capaz de modificar os efeitos farmacológicos dos
medicamentos e os medicamentos podem alterar a utilização dos alimentos. Neste
caso, ocorre prejuízo da eficácia terapêutica do medicamento, bem como a
manutenção do estado nutricional.
⇒ Fatores que intensificam as interações farmacoalimento:
- Dieta limitada.
- Hábitos de alimentação.
- Distúrbios hepáticos.
- Distúrbios renais.
- Deficiência proteica.
- Alcoolismo.

15.3 MECANISMO DE TRANSPORTE DE FÁRMACOS ADMINISTRADOS POR VIA


ORAL

FIGURA 31 - DIFUSÃO PASSIVA

FONTE: LULLMANN, et al. 2008.

81
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15.4 PROGRESSÃO DAS INTERFERÊNCIAS ENTRE FÁRMACOS E ALIMENTOS

FIGURA 30 - INTEFERÊNCIAS ENTRE FÁRMACOS E ALIMENTOS

Boca
Desprezível as
interações

Esôfago
Desprezível as
interações

Estômago
Interações
Significativas

Intestino
Interações
significativas

FONTE: OSBORNE, et al. 2004.

82
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15.5 MECANISMO DE TRANSPORTE DE ALIMENTOS POR VIA ORAL

FIGURA 31 - TRANSPORTE ATIVO

FONTE: SILBERNAGL & DESPOUPOLOS, 2006.

83
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15.6 PRINCIPAIS INTERAÇÕES

As interações entre fármacos e alimentos afetam a biodisponibilidade, a ação


ou a toxicidade dos mesmos. As principais interações podem ser:

15.6.1 Físico-químicas

Complexação entre os Fármacos e os Nutrientes.

15.6.2 Fisiológicas

Alterações induzidas no apetite, digestão, esvaziamento gástrico e clearance


renal.

15.6.3 Patológicas

Alterações na absorção de nutrientes e na inibição do processo metabólico


dos nutrientes.

-----------FIM DO MÓDULO III-----------

84
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Curso de
Interações Medicamentosas

MÓDULO IV

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos nas Referências Bibliográficas.
MÓDULO IV

15.7 ASPECTOS IMPORTANTES DA INTERAÇÃO FÁRMACO - ALIMENTO

⇒ Anti-inflamatórios Não esteroidais


- Devem ser administrados juntamente com as refeições com a finalidade de
se minimizar as irritações do TGI.

⇒ Sistema renal constitui o principal local de eliminação de fármacos e


nutrientes.

⇒ O pH urinário sofrerá alterações conforme as características físico-


químicas dos alimentos ou de seus metabólitos.
- Dietas ricas em vegetais, leite e derivados.
- Aumentam o pH urinário e com isso promovem aumento na reabsorção de
fármacos básicos, como por exemplo, as anfetaminas.

86
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⇒ Nos casos de fármacos ácidos, como por exemplo, os barbitúricos
ocorrem aumento da excreção dos mesmos.

⇒ Dietas ricas em carnes, ovos e pães - ocorre acidificação da urina e,


portanto, promovem aumento da excreção de anfetaminas.

15.8 PRINCIPAL SÍTIO DE INTERAÇÃO FARMACONUTRIENTE

FIGURA 32 - TRATO GASTRINTESTINAL

FONTE: SILBERNAGL & DESPOUPOLOS, 2006.

87
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15.8.1 Como o nutriente influencia na absorção dos fármacos?

⇒ Modificando o pH do TGI
⇒ Modificando o esvaziamento gástrico.
⇒ Aumentando o trânsito intestinal.
⇒ Competindo com os sítios de absorção.
⇒ Ligação direta do fármaco com alimentos.

15.8.2 O que acontece com o pH estomacal após a ingestão de alimentos?

⇒ Ocorre elevação do pH de 1.5 para 3.0.


⇒ Isso afeta os processos de dissolução e desintegração das formas
farmacêuticas: drágeas, cápsulas ou comprimidos, resultando em uma diminuição
destes processos. Exemplos: eritromicinas e tetraciclinas.

Tetraciclina

Eritromicina (Ilosone ®)

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15.8.3 Fenitoína e Dicumarol

⇒ Medicamentos como a fenitoína e dicumarol desintegram mais


facilmente com a alcalinização do pH gástrico.

Fenitoína

Dicumarol

15.8.4 Velocidade de Esvaziamento Gástrico

⇒ Refeições hiperproteicas menor efeito na velocidade de esvaziamento


gástrico.
⇒ Refeições sólidas, ácidas, gordurosas, quentes, hipertônicas e volumes
líquidos acima de 300 mL.

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15.8.5 Peristaltismo

O aumento moderado pode facilitar a dissolução dos fármacos.


⇒ Fármacos lipossolúveis são mais bem absorvidos em presença de
ácidos e sais biliares.
⇒ Sais biliares formam complexos não absorvíveis coma colestiramina.
⇒ As secreções podem melhorar a biodisponibilidade dos fármacos,
dependendo da sua natureza ácida ou básica, da lipofilicidade ou da formulação do
medicamento.
ƒ Exemplo: Griseofulvina é mais bem absorvida quando ingerida com
dietas hiperlipídicas.

Griseofulvina

15.8.6 Competição pelos sítios de absorção

⇒ Exemplo mais importante é o do fármaco antiparkinsoniano L-Dopa


com uma dieta rica em proteínas. Sua ação fica inibida por uma dieta hiperproteica.

90
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Levodopa

TABELA 5 - PRINCIPAIS INTERAÇÕES FARMACONUTRIENTE


Fármaco Alimento Efeito
Ácido Carboidratos, lipídeos e Retardo do esvaziamento gástrico
acetilsalicílico proteínas.
Ácido valproico Carboidratos, lipídeos e Retardo do esvaziamento gástrico;
proteínas. retardo da dissolução da forma
farmacêutica; baixa
biodisponibilidade.
Amoxicilina Carboidratos, lipídeos e Retardo do esvaziamento gástrico
proteínas.
Ampicilina Leite, laticínios, frutas Aumento do pH gástrico
legumes e hortaliças.
Antipirina Carboidratos, lipídeos e Retardo do esvaziamento gástrico;
proteínas. retardo da dissolução da forma
farmacêutica; baixa
biodisponibilidade.
Atenolol Carboidratos, lipídeos e Retardo do esvaziamento gástrico;
proteínas. retardo da dissolução da forma
farmacêutica; baixa
biodisponibilidade.
Azitromicina Carboidratos, lipídeos e Retardo do esvaziamento gástrico;
proteínas. retardo da dissolução da forma
farmacêutica; baixa
biodisponibilidade. Quelação.

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Complexação.
Alendronato Dieta Hiperlipidica Baixa biodisponibilidade;
Baixa solubilização.
Levodopa Dieta Hiperproteica Competição pelo sítio de absorção.
Metildopa Dieta Hiperproteica Competição pelo sítio de absorção.
Antidepressivos Cereais integrais, farelo Quelatos
Tricíclicos de trigo e espinafre. Complexação
Baixa biodisponibilidade
Digoxina Cereais integrais, farelo Quelatos
de trigo e espinafre Complexação
Baixa biodisponibilidade
Sais de Cálcio Cereais integrais, farelo Quelatos
de trigo e espinafre Complexação
Baixa biodisponibilidade
Sais de Zinco Cereais integrais, farelo Quelatos
de trigo e espinafre Complexação
Baixa biodisponibilidade
Pancreatina Frango, vitela e ervilha. Aumento do pH gástrico; maior
dissolução do revestimento entérico.
Antidepressivos Café, chá, mate e Diminuição da solubilidade;
Tricíclicos, vinhos. complexação com ácido tânico,
atropina, diminuição da biodisponibilidade.
codeína,
ergotoxina,
morfina e
fisostigmina
Anticolinérgicos Alginato Complexação
Anti- Mucina Baixa solubilidade
hipertensivos
Estreptomicina Pectina Baixa solubilidade

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Lincomicina Alginato Complexação
Lítio Jejum Diarreia e aumento do peristaltismo.
Carbamazepina Dieta normal Retardo no esvaziamento gástrico
Cefuroxima Dieta normal Retardo no esvaziamento gástrico
Clorotiazida Dieta normal Retardo no esvaziamento gástrico
Diazepam Dieta normal Retardo no esvaziamento gástrico
Famotidina Dieta normal Retardo no esvaziamento gástrico
Hidroclortiazida Dieta normal Retardo no esvaziamento gástrico
Isotretinoína Dieta normal Retardo no esvaziamento gástrico
Itraconazol Dieta normal Retardo no esvaziamento gástrico
Nifedipina Dieta normal Retardo no esvaziamento gástrico
Progesterona Dieta normal Retardo no esvaziamento gástrico
Cefuroxima Leite Aumento da biodisponibilidade;
aumento da lipossolubilidade
Nabumetona Leite Aumento da biodisponibilidade;
aumento da lipossolubilidade.
Albendazol Dieta hiperlipídica Alta biodisponibilidade; alta
solubilidade.
Carbamazepina Dieta hiperlipídica Alta biodisponibilidade; alta
solubilidade.
Nifedipina Dieta hiperlipídica Alta biodisponibilidade; alta
solubilidade.
Teofilina Dieta hiperlipídica Alta biodisponibilidade; alta
solubilidade.
Iproniazida Queijo fermentado, Aumento da liberação de
arenque, carnes e catecolaminas; hipertensão;
peixes defumados, Taquicardia; palpitação;
enlatados ou embutidos; Calafrio;
chucrute; molho de soja; Convulsão;
banana; abacate; Ação adrenérgica indireta da

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iogurte; figo em lata; uva tiramina.
passa; vinho e cerveja.
Linezolida Queijo fermentado, Aumento da liberação de
arenque, carnes e catecolaminas; hipertensão;
peixes defumados, Taquicardia; palpitação;
enlatados ou embutidos; Calafrio;
chucrute; molho de soja; Convulsão;
banana; abacate; Ação adrenérgica indireta da
iogurte; figo em lata; uva tiramina.
passa; vinho e cerveja.
Moclobemida Queijo fermentado, Aumento da liberação de
arenque, carnes e catecolaminas; hipertensão;
peixes defumados, Taquicardia; palpitação;
enlatados ou embutidos; Calafrio;
chucrute; molho de soja; Convulsão;
banana; abacate; Ação adrenérgica indireta da
iogurte; figo em lata; uva tiramina.
passa; vinho e cerveja.
Selegilina Queijo fermentado, Aumento da liberação de
arenque, carnes e catecolaminas; hipertensão;
peixes defumados, Taquicardia; palpitação;
enlatados ou embutidos; Calafrio;
chucrute; molho de soja; Convulsão;
banana; abacate; Ação adrenérgica indireta da
iogurte; figo em lata; uva tiramina.
passa; vinho e cerveja.
Tranilcipromina Queijo fermentado, Aumento da liberação de
arenque, carnes e catecolaminas; hipertensão;
peixes defumados, Taquicardia; palpitação;
enlatados ou embutidos; Calafrio;
chucrute; molho de soja; Convulsão;

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
banana; abacate; Ação adrenérgica indireta da
iogurte; figo em lata; uva tiramina.
passa; vinho e cerveja.
Barbitúricos Dieta pobre em Aumento da biodisponibilidade;
proteínas e rica em aumento da depressão central
açúcares
Teofilina Dieta pobre em Aumento da biodisponibilidade;
proteínas e rica em aumento da depressão central
açúcares
Levodopa Vitamina B6 Acelera a conversão da levodopa
em dopamina; diminuição da
eficácia da levodopa.
Alopurinol Dieta pobre em Diminuição da excreção renal
proteínas
Amilorida, Banana, figo, pêssego, Retenção de potássio;
Espironolactona ameixa seca, germe de Hipercalemia;
e Triantereno trigo e laranja. Distúrbios cardíacos.
Diazepam Dieta rica em lipídeos Diminuição da excreção renal.
Metenamina Dieta alcalina (frutas Diminuição da eficácia do
cítricas, leite e vegetais) medicamento
Medicamentos Dietas ácidas (carne, Aumento da excreção renal
básicos frango, peixes, frutos do
(amitriptilina, mar, toucinho, ovo,
anfetaminas, amendoim, milho,
cloroquina, lentilha, ameixa e
isoproterenol, farináceos.
imipramina,
mecamilamina,
nortriptilina,
quinidina,
teofilina,

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tolazolina).
Meperidina Dietas ácidas (carne, Aumento da excreção renal
frango, peixes, frutos do
mar, toucinho, ovo,
amendoim, milho,
lentilha, ameixa e
farináceos.
Procaína Dietas ácidas (carne, Aumento da excreção renal.
frango, peixes, frutos do
mar, toucinho, ovo,
amendoim, milho,
lentilha, ameixa e
farináceos.
Vitamina A Anticoncepcional Oral Aumento na concentração de
viramina A
Vitamina D Fosfatos hiperfosfatemia
Vitamina E Anticoagulantes orais hipoprotrombinemia
Vitamina K Anticoagulantes orais Diminuição do efeito anticoagulante
Vitamina C Anticoagulantes orais Diminuição da absorção
Vitamina C Desferroxamina Aumento de reação adversa
medicamentosa do ferro no coração.
Vitamina B6 Levodopa Antagonismo farmacológico
Ferro Antibióticos Quelação.
fluorquinolônicos
Ferro Ovo, leite, cereais Complexação
integrais, café e chás.
Niacina Lovastatina, sinvastatina Rabdomiólise.
e pravastatina

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16 INTERAÇÃO ÁLCOOL – MEDICAMENTO

16.1 PROPRIEDADES DO ETANOL

⇒ Bem absorvido no trato gastrointestinal.


⇒ Apresenta dois picos característicos:
- O primeiro e o menor – corresponde à absorção gástrica.

FIGURA 33 - ABSORÇÃO GÁSTRICA

FONTE: VANDER, et al. 2001.

- A segunda e a maior – corresponde à absorção intestinal

97
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FIGURA 34 - ABSORÇÃO INTESTINAL

FONTE: VANDER, et al. 2001.

16.2 GENERALIDADES E METABOLISMO DO ETANOL

16.2.1 Aspectos importantes

⇒ As interações entre o etanol e os fármacos apresentam efeitos clínicos


considerados altamente significativos. Geralmente estes efeitos são decorrentes de
modificações nos parâmetros farmacocinéticos absorção e biotransformação e na
farmacodinâmica das drogas.

⇒ Fármacos como cisaprida e metoclopramida que alteram a motilidade


gastrintestinal vão interferir na absorção do álcool.

98
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
16.2.2 Metabolismo do álcool

FIGURA 35 - METABOLISMO DO ÁLCOOL

FONTE: Disponível em: <www.psiquiatrianet.com.br>. Acesso em: 29 ago.2009.

99
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TABELA 6 - PRINCIPAIS INTERAÇÕES DOS MEDICAMENTOS COM O ÁLCOOL
Droga Droga Efeito Biológico
Ácido Acetilsalicílico Etanol Sangramento intestinal
Ibuprofeno Etanol Lesão da mucosa gástrica
Paracetamol Etanol Risco de hepatotoxicidade. Tratamento
é feito com acetilcisteína.
Analgésicos Opioides Etanol Potencialização do efeito depressor do
SNC, aumento da sedação e déficit de
atenção.
Antibacterianos Etanol Risco de convulsões; aumenta os
(ciclosserina) efeitos tóxicos do etanol sobre o SNC.
Anticoagulantes Etanol Alteração do efeito anticoagulante
(varfarina)
Anticoncepcionais Orais Etanol Duração e intensificação do etanol.
Inibe a biotransformação do etanol.
Anticonvulsivantes Etanol Aumenta o risco de convulsões.
(fenitoína, fosfenitoína e
mefenitoína)
Antidiabéticos Orais Etanol Hipoglicemia prolongada
(acetoexamida,
gliburida
(glibenclamida),
clorpropamida,
glicazida, tolazamida,
glipizida e tolbutamida)
Insulina e Insulina lispro Etanol Aumento da incidência de hipoglicemia.
Metformina Etanol Risco de acidose lática e hipoglicemia.
Bupropiona, Etanol Aumento na incidência das convulsões;
nefazodona, paroxetina aumento da sedação; diminuição da
e trazodona atenção.

100
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Ciclizina, prometazina, Etanol Aumento da sedação; déficit de
difenidramina, atenção; comprometimento da função
benzidramina motora.
Metotrexato Etanol Toxicidade antineoplásica; cirrose
hepática.
Olanzapina Etanol Acatisia e distonia
Cimetidina, nizatidina e Etanol Exacerbação dos efeitos do etanol.
ranitidina
Benzodiazepínicos Etanol Potencialização da depressão do SNC;
aumento da sedação; depressão
respiratória.
Flufenazina Etanol Crises extrapiramidais;
hepatotoxicidade.
Mesoridazina Etanol Crises extrapiramidais;
hepatotoxicidade.
Tioridazina Etanol Crises extrapiramidais;
hepatotoxicidade.
Trifluoperazina Etanol Crises extrapiramidais;
hepatotoxicidade.
Zaleplon Etanol Aumento da depressão do SNC;
Diminuição da atenção; sedação; déficit
psicomotor.
Hidrato de cloral Etanol Aumento da depressão do SNC;
Diminuição da atenção; sedação; déficit
psicomotor.
Zolpidem Etanol Aumento da depressão do SNC;
Diminuição da atenção; sedação; déficit
psicomotor.
Meprobomato Etanol Aumento da depressão do SNC;
Diminuição da atenção; sedação; déficit
psicomotor.

101
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Dissulfiram Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Isotretinoína Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Cefamandol Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Cefmenoxina Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Cefoperazona Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Cefotetana Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Isoniazida Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Sulfametoxazol- Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Trimetoprim
Cetoconazol Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Griseofulvina Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Tolazolina Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Procarbazina Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Furazolidona Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Metronidazol Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Bromocriptina Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Nifedipina Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Nitroglicerina Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Verapamil Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Fenelzina Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Selegilina Etanol Acúmulo de Acetaldeído
Tranilcipromina Etanol Acúmulo de Acetaldeído

102
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17 FÁRMACOS CARDIOVASCULARES E SUAS INTERAÇÕES

TABELA 8 - INTERAÇÕES COM FÁRMACOS CARDIOVASCULARES


Fármaco 1 Fármaco 2 Efeito Biológico
Digoxina Caulim-pectina Complexação
Digitoxina Antiácidos, Colestiramina Redução da potência
digitálica
Varfarina Colestiramina, Diminuição da atividade
Óleo mineral. anticoagulante –
complexação.
Dicumarol Laxativos Aumento da motilidade
intestinal com diminuição da
absorção de vitamina K.
Tiazídicos Colestiramina Redução do efeito diurético.
Carbonato de Lítio Barbitúricos Diminui a ação do lítio
Furosemida Clofibrato Diurese acentuada e
síndrome muscular.
Quinidina Fenobarbital Diminuição da potência
Fenitoína antiarrítmica
Fenilbutazona
Espironolactona
Lidocaína Barbitúrico Aumento da
biotransformação da
lidocaína
Digitálicos Anticoagulantes Orais Diminuição do efeito do
anticoagulante.
Espironolactona Antipirina Aumento da
biotransformação da
Antipirina
Quinidina Hidróxido de magnésio Intoxicação por Quinidina

103
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Bicarbonato de sódio
Acetazolamida
Propranolol Antipsicóticos da classe Somação dos efeitos
das fenotiazina hipotensores
Propranolol Aminofilina Efeito antagônico da
aminofilina
Propranolol Atropina Atropina contrabalança o
efeito do propranolol.
Propranolol Adrenalina Bradicardia intensa.
Propranolol Levodopa Aumento do efeito
antiparkinsoniano.
Espironolactona Salicilatos Deslocamento da
espironolactona e
aldosterona do seu receptor.
Digitálicos Heparina Efeito Antagonista dos
Digitálicos.
Dicumarol Anticoncepcionais Redução da resposta
anticoagulante.
Furosemida Lítio Intoxicação pelo lítio
Furosemida Relaxantes musculares Aumento do efeito relaxante.
Varfarina Fenilbutazona Potencialização do efeito
anticoagulante –
hemorragia.
Procainamida Acidificantes Aumento da excreção da
procainamida
Acetazolamida Carbonato de lítio Aumento da excreção de
lítio.

---------FIM DO MÓDULO IV-----------

104
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STAHL, S. S. Psicofarmacologia – Base Neurocientífica e Aplicações Práticas. 2.


ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2002.

STITZEL, R. E; CRAIG, C. R. Farmacologia Moderna com Aplicações Clínicas. 6.


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

VANDER, et al. Human Physiology: The Mechanism of Body Function. 8. ed.


Editora McGraw-Hill Interamericana do Brasil, 2001.

-----------FIM DO CURSO!-----------

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