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Direito do Consumidor
Aplicado à Saúde
Professor Dr. Ivan de Oliveira Silva
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Direito do Consumidor Aplicado à Saúde
Referências bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
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Direito do Consumidor Aplicado à Saúde
Fonte: http://condominiossustentaveis.com.br/2013/05/20/
sociedade-de-consumo/ O consumo mostra-se como um lenitivo para
a complexidade da vida. Podemos, assim, con-
Após um razoável período de gestação, siderar que:
no dia 11 de setembro de 1990, em Brasí-
lia, nasceu um novo diploma legislativo, de-
i) para a violência, consome-se os serviços
nominado Código de Defesa do Consumidor
de segurança privada;
(CDC). ii) para o temor de acidentes de trânsi-
to diante do aumento da frota urbana,
Considerando que o CDC tenha vindo a consomem-se os contratos de seguros
lume no início da última década do século de automóvel;
XX, somos levados a registrar que sua pro- iii) para o temor da morte, consomem-se os
seguros de vida;
mulgação foi tardia, uma vez que o merca-
iv) para o temor da insuficiência da aposen-
do de consumo já se encontrava em marcha
tadoria pública, consomem-se os planos
avançada. Prova disso é que a mola propul- de previdência privada;
sora do referido diploma legislativo é a so- v) para o temor da velhice, consomem-se
ciedade de consumo que, no ocidente, co- cirurgias plásticas e cosméticos em geral;
meçou a engatinhar na turbulenta primeira vi) para o temor do desemprego, consomem-
se serviços de recolocação profissional;
fase da Revolução Industrial do século XVIII,
vii) para o temor da falta de intelectualidade
ganhando robustez nas fases seguintes. acadêmica, consomem-se cursos
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(...) os homens da opulência não se en- venda, não ficando de fora nem mesmo os
contram rodeados, como sempre aconte- serviços de saúde.
cera, por outros homens, mas por objetos.
O conjunto de suas relações sociais já não No tocante a estes serviços, encontramos
é tanto o laço com os seus semelhantes o aumento significativo dos procedimentos
quanto, no plano estatístico segundo uma estéticos, a exemplo das cirurgias plásticas
curva ascendente, a recepção e manipu- que, em muitos casos, são desejadas com-
lação de bens e de mensagens, desde a pulsivamente sem levar em conta a saúde
organização doméstica muito complexa e dos indivíduos.1
com suas dezenas de escravos técnicos
até o mobiliário urbano e toda a maquina- 2 Tutela do consumidor a partir da
ria material das comunicações e das ati-
vidades profissionais, até ao espetáculo
Constituição federal de 1988
permanente da celebração do objeto na
O artigo 5º, inciso XXXII, impõe que:
publicidade e as centenas de mensagens
diárias emitidas pelos mass media; des-
de o formigueiro mais reduzido de quin- (...) todos são iguais perante a lei, sem
quilharias vagamente obsessivas até aos distinção de qualquer natureza, garantin-
psicodramas simbólicos alimentados pe- do-se aos brasileiros e estrangeiros resi-
los objetos noturnos, que vêm invadir- dentes no país a inviolabilidade do direito
-nos nos próprios sonhos (BAUDRILLARD, à vida, à liberdade, à igualdade, à segu-
2009, p. 15). rança e à propriedade, nos termos seguin-
tes: (...) XXXII – o Estado promoverá, na
Em consequência, os sujeitos transfor- forma da lei, a defesa do consumidor.
mam-se em colecionadores de coisas que, na
maioria das vezes, apresentam durabilidade A tutela do consumidor encontra-se ex-
efêmera. Ajuntam-se, assim, coisas descar- pressa em outros pontos da Constituição fe-
táveis que se submetem às tendências, às deral.
vezes ditatoriais da moda ou das variações
pessoais e sociais do gosto. Dispõe o artigo 170, inciso V, da Constitui-
ção federal que:
Destarte, nas sociedades de consumo
o homem comum sente-se mais satisfeito
quando exerce sua condição de consumidor (...) a ordem econômica, fundada na
de produtos e serviços do que quando é cha- valorização do trabalho humano e na livre
mado para eventos democráticos que simbo- iniciativa, tem por fim assegurar a todos
lizariam a sua condição de cidadão. existência digna, conforme os ditames da
justiça social, observados os seguintes
Nesse contexto, o orgulho maior concen- princípios: (...) V– defesa do consumidor.
tra-se em uma ostentação de potencial de
consumo em vez da possibilidade de satisfa- Por outro lado, o parágrafo 5º, do artigo
ção pessoal, que poderia ocorrer por meio da 150, da Constituição, impõe que “a lei de-
experiência de usufruir a condição de deten- terminará medidas para que os consumido-
tor de ideais democráticos, como em épocas
remotas. A ágora da sociedade de consumo 1 Conforme levantamento feito em 2011, o Brasil é o vice-líder no ranking
é representada por espaços de compra e mundial de cirurgias plásticas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/brasil-ocupa-2a-posicao-em-
numero-de-cirurgias-plasticas-esteticas-no-mundo.
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res sejam esclarecidos acerca dos impostos algumas implicações práticas surgem quan-
que incidam sobre mercadorias e serviços”. do consideramos o cotidiano forense, em
que há lides relacionadas a uma relação de
Ainda no texto da Constituição, nos Atos consumo. Podemos destacar o fato de que:
das Disposições Constitucionais Transitórias
(ADCT), com vistas a promover a transição
da ordem constitucional anterior para a atu- Como as normas de ordem pública
al, pode-se observar no artigo 48 a seguin- não são atingidas pela preclusão — afi-
te ordenança: “O Congresso Nacional, den- nal resguardam interesses fundamentais
tro de cento e vinte dias da promulgação da da sociedade —, não estará o magistra-
Constituição, elaborará o código de defesa do impossibilitado de decidir acerca das
do consumidor”. questões reguladas pela Lei 8.078/90 não
resolvidas em momento apropriado, isso
No tocante ao plano infraconstitucional, a acontecer, necessariamente, antes ou
além de outros diplomas legislativos de pro- no momento de ser proferida a sentença
teção ao consumidor, podemos destacar o de de mérito, porque, cumprido o ofício ju-
maior importância, a saber, o Código de De- risdicional (art. 463 do CPC) impossível é
fesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de 11 de ao juiz o reexame do processo (DELFINO,
setembro de 1990). 2004).
Nos termos do artigo 1º, do CDC, as rela- Por outro lado, no que diz respeito ao re-
ções de consumo dizem respeito a um tema curso:
de ordem pública2 e interesse social. Assim,
2 Encontramos em uma série de julgados a reiteração da natureza do É crível que o órgão colegiado reexa-
CDC como norma de ordem pública. Veja as duas ementas:
Ementa 1 – “APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO
mine ex officio tais questões (atinentes
– APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – NOR- ao Código de Defesa do Consumidor), por
MAS DE ORDEM PÚBLICA (CDC, ART.1º) – CAPITALIZAÇÃO DE JUROS
– ILEGALIDADE – SÚMULA 121 DO STF – MEDIDA PROVISÓRIA Nº. não se sujeitar aos efeitos preclusivos das
2.170–36/2001 – INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO ÓRGÃO
ESPECIAL DESTA CORTE – DEVIDA RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO – IN-
decisões monocráticas, pouco importan-
VERSÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL – RECURSO A QUE SE DÁ PROVI- do haver ou não a parte interposto agra-
MENTO. 1. Havendo relação de consumo e em se tratando de consumi-
dor vulnerável (art. 4º, inc. I, CDC), são aplicáveis as normas do CDC, vo retido; poderá, ainda, examinar, inde-
inclusive no que se refere à relativização da força obrigatória dos con-
tratos, o pacta sunt servanda, cabendo a revisão contratual (art. 6º, inc.
pendentemente de impulso dos litigantes,
V, CDC). 2. É vedada a prática do anatocismo em periodicidade inferior questões não deliberadas — embora susci-
à anual, não pactuada (Súmula nº 121 do STF). Evidenciada a capitali-
zação de juros no contrato esta deve ser expurgada, sendo inaplicável tadas no processo — pelo juízo unipessoal
à espécie o art. 5º, da Medida Provisória 2.170–36/2001, cuja inconsti-
tucionalidade foi declarada pelo egrégio Órgão Especial desta corte. 3.
(DELFINO, 2004).
Havendo cobrança indevida e pagamento pelo consumidor, é devida a
repetição do indébito. TJ-PR – Apelação Cível AC 7161537 PR 0716153-7
(TJ-PR), Data de publicação: 15/06/2011.” Diante das considerações acima, prosse-
Ementa 2 – “APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRA-
TO – APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – NOR- guiremos na próxima seção com as defini-
MAS DE ORDEM PÚBLICA (CDC, ART. 1º) – COBRANÇA DE TAC E TEC E
CAPITALIZAÇÃO DE JUROS – ILEGALIDADE – SÚMULA 121 DO STF – ME- ções dos elementos da relação jurídica de
DIDA PROVISÓRIA Nº. 2.170–36/2001 – INCONSTITUCIONALIDADE DE-
CLARADA PELO ÓRGÃO ESPECIAL DESTA CORTE – RECURSO A QUE SE consumo.
NEGA PROVIMENTO. 1. havendo relação de consumo e em se tratando
de consumidor vulnerável (CDC, art. 4º, I), são aplicáveis às normas do
CDC, inclusive no que se refere à relativização da força obrigatória dos que o Sistema Financeiro Nacional seja regulado por Lei Complementar.
contratos, o pacta sunt servanda, cabendo a revisão contratual (CDC, Inaplicável à espécie o Art. 5º da Medida Provisória 2.170 – 36/2001,
art. 6º, V). 2. É abusiva a cobrança da TAC e TEC, por serem despesas cuja inconstitucionalidade foi declarada pelo egrégio Órgão Especial des-
administrativas inerentes à própria atividade da instituição financeira. 3. ta corte. TJ-PR – Apelação Cível AC 7346701 PR 0734670-1 (TJ-PR), Data
É vedada a prática do anatocismo em periodicidade inferior à anual, não de publicação: 06/04/2011.”
pactuada (Súmula nº 121 do STF). Tal vedação alcança também a Cédula Disponível em: < http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=
de Crédito Bancário, uma vez que a autorização de cobrança dos juros APLICA%C3%87%C3%83O+DO+C%C3%93DIGO+DE+DEFESA+DO+-
capitalizados foi concedida pela Lei Ordinária nº 10.931 /2004, artigo 28, CONSUMIDOR+%2C+NORMA+DE+ORDEM+P%C3%9ABLICA>. Acesso
§ 1º, o que contraria o artigo 192 da Constituição federal, que determina em: 17 jan. 2014.
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Art. 44. São pessoas jurídicas de Di- aos consumidores, serão consideradas forne-
reito privado: I – as associações; II – as cedoras — para os efeitos legais destinados à
sociedades; III – as fundações; IV – as
proteção do consumidor.
organizações religiosas; V – os partidos
políticos.
No que diz respeito à prática de uma ativida-
de pelo fornecedor, contribui Rizzatto Nunes:
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Estes últimos formam os elementos objetivos diversas de seu conteúdo. Mas, para tanto, é
da relação jurídica de consumo que, por sua necessário que essa prática não coloque em
vez, estão ao lado dos elementos subjetivos risco as diretrizes constantes no CDC.
(fornecedores e consumidores), outrora ana-
lisados. Verifiquemos, inicialmente, os pro-
dutos e, posteriormente, os serviços. 4.2 Serviços
4.1 Produtos
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uma finalidade. Ora, toda ação se esgo- O sistema protetivo do Código de Defe-
ta tão logo praticada. A ação se exerce sa do Consumidor afasta a incidência da lei
em si mesma. Daí somente poderia exis- aos serviços não remunerados, fato que dá
tir serviço não durável. Será uma espécie ensejo a equivocadas interpretações, uma
de contradição falar em serviço que dura. vez que a remuneração pode se dar de ma-
neira direta — quando o consumidor efetua
Todavia, o mercado acabou criando os
o pagamento diretamente ao fornecedor —
chamados serviços tidos como duráveis,
ou de maneira indireta — isto é, quando
tais como os contínuos (p. ex., os serviços
proporcionados benefícios comerciais indi-
de convênio de saúde, os serviços edu- retos ao fornecedor, advindos da prestação
cacionais regulares em geral, etc.). Com de serviços apenas aparentemente gratui-
isso o CDC, incorporando essa invenção, tos, visto que a remuneração já se encontra
trata de definir também os serviços como diluída e embutida em outros custos (CA-
duráveis e não duráveis, no que andou VALIERI FILHO, 2008a, p. 67).
bem (RIZZATO NUNES, 2005, p. 96).
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mentos vitais do próprio Direito (DE PLÁ- à tutela do consumidor. Somente quando
CIDO E SILVA, 1993, p. 447). tal compatibilização não for possível (anti-
nomia real) é que a Lei 8.078/90, em razão
de sua supremacia — Lei principiológica e
de ordem pública —, afastará a aplicação
do texto normativo ou legislação com ela
conflitante para dirimir embates num dado
caso concreto. Afinal, é o Código de De-
fesa do Consumidor — metaforicamente
falando — um dos fios de ouro do ema-
ranhado de leis que constituem a teia do
ordenamento jurídico (DELFINO, 2004).
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Na doutrina nacional, de maneira mais in- mento das três vulnerabilidades acima apre-
tensa, o princípio da vulnerabilidade do con- sentadas.
sumidor é desdobrado em três segmentos,
de modo que o consumidor apresenta:
2.1.1 A tutela jurídica dos mais
a) A vulnerabilidade técnica. Nesta di- fracos: os hipervulneráveis
mensão da vulnerabilidade evidencia-
-se o fato de que o consumidor não
tem conhecimento a respeito da estru-
tura do produto e do serviço que lhe é
oferecido no mercado de consumo. É
o que podemos identificar como a fal-
ta de domínio da técnica intrínseca a
cada produto ou serviço.
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questão recorrente, a saber: a tutela dos Mas, afinal, quem são os hipervulneráveis
mais fracos. para efeitos do Direito?
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O prefixo hiper (...), designativo de Schmitt (2009), por sua vez, pondera que
alto grau ou aquilo que excede a medida o reconhecimento da hipervulnerabilidade é
normal, acrescido da palavra vulnerável,
o paradigma a ser adotado na tutela da pes-
quer significar que alguns consumidores
possuem vulnerabilidade maior do que a
soa mais fragilizada.
medida do normal, em razão de certas
características pessoais. Os hipervulnerá- De nossa parte, quando reconhecemos a
veis possuem tratamento especial. necessidade de identificação de pessoas hi-
pervulneráveis, entendemos que tais grupos
não se encerram apenas nas crianças, idosos
e portadores de necessidades especiais6.
Com efeito, quando nos deparamos com
pessoas humanas nas diversas relações so-
ciais, afetivas e econômicas, podemos di-
zer que hipervulnerabilidade é a condição
de vulnerabilidade agravada, suportada por
determinados grupos inseridos no tecido so-
cial. Do ponto de vista do gozo da existência
humana, os hipervulneráveis não estão em
condições favoráveis de absoluta autodeter-
minação de seus interesses. E, em virtude
disso, são merecedores de atenção espe- Naturalmente, ao tempo em que a hiper-
cial das instituições sociais para que, dessa vulnerabilidade desses grupos seja notória,
forma, as consequências da vulnerabilidade acreditamos que a construção de um rol nu-
agravada sejam idealmente estancadas ou, merus clausus será desastroso, do ponto de
pelo menos, diminuídas. vista da urgência da tutela dos mais fracos.
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A atuação estatal para a tutela do consu- 2.3 Princípio da harmonia dos interesses
midor que, inclusive, é mandamento consti- dos participantes da relação de consumo
tucional (art. 5º, XXXII), se dará das seguin-
tes maneiras:
i) Por iniciativa direta;
Conforme dispõe o artigo 4º, inciso III, do
ii) Por incentivos à criação e desenvolvimento Código de Defesa do Consumidor, nas rela-
de associações representativas; ções de consumo deverá haver harmonia dos
iii) Pela presença do Estado no mercado de interesses dos participantes do mercado de
consumo; consumo. Observe a lei:
iv) Pela garantia dos produtos e serviços
com padrões adequados de qualidade,
segurança, durabilidade e desempenho. III- harmonização dos interesses dos
participantes das relações de consumo e
Densa (2012, p. 27) esclarece que: compatibilização da proteção do consu-
midor com a necessidade de desenvolvi-
mento econômico e tecnológico, de modo
Na prática, verificamos esta atuação es- a viabilizar os princípios nos quais se funda
tatal através da Secretaria de Direitos Eco- a ordem econômica (art. 170 da Constitui-
nômicos (SDE), dos PROCONs, do Minis- ção federal7), sempre com base na boa-fé
tério Público, bem como do incentivo para e equilíbrio nas relações entre consumido-
a criação de entidades civis de defesa do res e fornecedores.
consumidor, tais como o IDEC e a ADE-
CON. Não podemos deixar de mencionar o
Sistema Nacional de Metrologia, Normali-
Pelo que se nota da estrutura do artigo
zação e Qualidade Industrial (SINMETRO),
constituído pelo Instituto Nacional de Me- 4º, inciso III, do CDC, haverá harmonização
trologia, Normalização e Qualidade Indus- dos envolvidos nas relações de consumo,
trial (INMETRO) e pelo Conselho Nacional na medida em que a busca pelo desenvolvi-
de Metrologia (CONMETRO), que homolo- mento sustentável e a atenção aos princípios
ga as normas de segurança e qualidade, elementares da ordem econômica atender a
atualmente a cargo da Associação Brasilei- da boa-fé. Desse modo, a boa-fé, elevada à
ra de Normas Técnicas (ABNT).
condição de princípio, apresenta-se como um
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7 Direito à acessibilidade aos órgãos Deve-se considerar que não será em todos
os instantes que o Estado prestará serviços pú-
públicos para a defesa de direitos blicos sujeitos às regras constantes no Código
de Defesa do Consumidor. Assim, já se mani-
Reza o 6º, inciso VII, do Código de Defesa festou Filomeno (2007a, p. 41):
do Consumidor que é direito básico do con-
sumidor “o acesso aos órgãos judiciários e
Deve-se ter em conta, outrossim, que
administrativos, com vistas à prevenção ou referidos serviços não se confundem
reparação de danos patrimoniais e morais, com os serviços públicos propriamen-
individuais, coletivos ou difusos, assegurada te ditos, como, por exemplo, a educação
a proteção jurídica, administrativa e técnica e a saúde pública, obras de saneamento
básico etc.
aos necessitados”.
Esse direito básico mostra-se como um Isto porque, enquanto os primeiros são
mecanismo de efetivação do direito anterior- colocados à disposição dos consumi-
dores, que retribuem mediante o paga-
mente discutido, qual seja, direito à preven-
mento de tarifa ou preço público, os se-
ção e reparação integral de danos. Temos, gundos derivam da atividade precípua
assim, uma reafirmação de um direito básico do Estado, ao propiciar o bem comum
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da população. Neste caso, sua remune- Convém, inicialmente, apontar que a dou-
ração é feita mediante o pagamento trina clássica da responsabilidade civil subje-
de tributos, como por exemplo, taxas e
emolumentos pagos, respectivamente, tiva exige, a princípio, quatro pressupostos
nas repartições públicas em geral, ao Ju- para a sua aplicação.
diciário ou cartórios, em face de algum ato a) Ação ou omissão;
ou providência, ou então mediante o pa-
gamento de uma contribuição de me-
b) Dano;
lhoria (por exemplo, pelo asfaltamento de c) Culpa;
uma rua), ou, ainda, mediante o pagamento d) Nexo de causalidade.
de impostos (o ICMS e IPVA), propiciando
educação, saúde, etc. (Grifos do autor).
A responsabilidade civil decorre de uma
ação ou omissão, do próprio agente ou de
terceiro a ele vinculado. É o que constatamos,
Portanto, considere-se que quando o Es-
tado (seja por sua própria manifestação, por exemplo, no artigo 186 do Código Civil,
seja por meio de concedidos ou permitidos) in verbis: “aquele que, por ação ou omissão
fornecer produtos e serviços no mercado voluntária, negligência ou imprudência, vio-
de consumo, ele estará sujeito às regras do lar direito e causar dano a outrem, ainda que
CDC, desde que a relação for de consumo.
exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
SEÇÃO V – ESTRUTURA DA
RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC De acordo com Diniz (2011, p. 77):
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No mesmo sentido, afirma Coelho (2009, guida pelo agente, como o indireto, em que
p. 286): o dano ocasionado não era propriamente o
objetivo, mas o agente assumiu de forma
consciente o risco de provocá-lo. (...) Por
Uma pessoa pode incorrer em ato ilíci- outro lado, a culpa por atos não intencio-
to sem acarretar danos a ninguém. Não nais abrange a negligência, imprudência e
tem, nesse caso, responsabilidade civil. imperícia (culpa simples). O negligente não
Mesmo configurado o pressuposto subje- faz o que deveria fazer e o imprudente faz
tivo, se da conduta culposa não resultar o que não deveria. (...) Imperícia, por fim, é
prejuízo a outrem, a obrigação de inde- a culpa não intencional no desempenho de
nizar não existe. Se um comerciante se profissão ou ofício (Ibid., p. 308-309).
estabelece em zona residencial, pratica
ato ilícito, infringente da lei municipal que
proíbe e sanciona a localização irregular.
Por fim, no que diz respeito ao nexo de
Além da responsabilidade administrati-
causalidade, tem-se que a ação ou omissão
va, efetivada por medidas como multas
do agente deverá ser a causa do dano supor-
ou fechamento do estabelecimento, o ato
tado pela vítima. A respeito desse assunto,
ilícito gera a responsabilidade civil pe-
Gonçalves relata:
rante os moradores da zona residencial,
caso eles tenham experimentado algum
(...) é a relação de causa e efeito en-
prejuízo. Se, pelo contrário, os vizinhos
tre a ação ou omissão do agente e o dano
até apreciavam o comércio ali instala-
verificado. Vem expressa no verbo causar
do, frequentando a loja e consumindo
utilizado no artigo 186 [do Código Civil].
os produtos à venda, e não suportaram
Sem ela, não existe a obrigação de indeni-
dano nenhum em decorrência do ilícito, zar. Se houver o dano, mas sua causa não
inexistem as condições para a imputação está relacionada com o comportamento do
de responsabilidade civil ao comerciante agente, inexiste a relação de causalidade
irregularmente estabelecido. e também a obrigação de indenizar (GON-
ÇALVES, 2009, p.36).
O dano poderá ser classificado em patri-
monial e extrapatrimonial, individual ou co-
letivo. São estes os pressupostos da responsabili-
dade civil subjetiva. Analisaremos a seguir os
Outro elemento tradicional da responsabi- pressupostos da responsabilidade civil obje-
tiva constantes no CDC.
lidade civil é a culpa:
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em que se encontram diante dos fornecedo- Contudo, deve-se considerar que a respon-
res, a regra geral da responsabilidade subje- sabilidade civil objetiva, ou seja, a que impõe
tiva não seria suficiente para os propósitos o dever de indenizar independentemente de
constantes na legislação consumerista. culpa, não é novidade em nosso sistema
jurídico. Encontramos a adoção desta
O principal diferencial na responsabilida- teoria, a objetiva, em várias hipóteses de
de civil do CDC é retirada, como regra, do dano, v. g., responsabilidade civil do Estado
e a responsabilidade civil decorrente de dano
pressuposto da culpa, como elemento essen-
ambiental.
cial do dever de reparação do dano. Assim,
pratica-se o que se costuma identificar como A propósito, da regra geral da responsabiliza-
responsabilidade sem culpa. ção objetiva constante no CDC, assevera Júnior
(2002, p. 725):
Concernente aos propósitos para a adoção
desse tipo de responsabilidade independente A norma estabelece a responsabilida-
de culpa, Filomeno (2007b) elenca cinco fato- de objetiva como sendo o sistema geral
res que justificam a política legislativa cons- da responsabilidade do CDC. Assim, toda
tante no CDC. Assim, temos a produção em indenização derivada de relação de con-
sumo, sujeita-se ao regime da responsa-
massa8; a vulnerabilidade do consumidor9; bilidade objetiva, salvo quando o Código
a insuficiência da responsabilidade subjeti- expressamente disponha em contrário. Há
va ; o fato de que o fornecedor há de res-
10 responsabilidade objetiva do fornecedor
pelos danos causados ao consumidor, in-
ponder pelos riscos que seus produtos acar- dependentemente da investigação da cul-
retam, já que lucra com sua venda11; e em pa.
decorrência de antecedentes legislativos,
ainda que limitados a certas atividades12.
8 Sobre isso, Filomeno (2007b, p. 171) relata: “a) a demanda pelos
Portanto, no Código de Defesa do Consu-
bens de consumo, cada vez maior, fez com que a atividade fabril ado-
tasse métodos cada vez mais sofisticados para a produção não de um
midor, basta a verificação do dano e do nexo
pequeno número de produtos de forma artesanal, mas sim a produção de causalidade entre a ação ou omissão do
em quantidade maior para atender à demanda crescente; ora, desta for-
ma, como há uma produção em série, é perfeitamente previsível que fornecedor que, nesta condição, assume o
alguns desses produtos, fabricados aos milhares, venham a apresentar
alguma anomalia”. risco da atividade.
9 “(...)enquanto o fornecedor de um produto conhece todas as fases de
sua fabricação (desde a concepção, passando pela execução, e infor-
mações a respeito dele), o consumidor as desconhece e apenas espera
que o produto que viu anunciado por determinado tipo de publicidade é Considerando que, como regra, o CDC
da maneira pela qual o viu, que vai desempenhar as atividades anuncia-
das e não causar-lhe prejuízos, e não apenas econômicos, mas também
adota a teoria da responsabilidade sem cul-
à sua saúde e segurança” (FILOMENO, 2007b, p. 171).
10 “(...)uma vez que sem o mínimo de conhecimento a respeito das
pa, a utilização da responsabilidade civil
características de um produto ou serviço que lhe causou sérios danos
pessoais e/ou econômicos, a não ser aquelas concedidas pelo próprio
subjetiva ocorrerá em hipóteses específicas
fornecedor, o consumidor ficaria inteiramente à mercê daquele, já que constantes no próprio código. É o que se dá
não lhe bastaria demonstrar que os mencionados danos resultaram da
utilização de um produto ou prestação de serviço, mas também o ele- com a responsabilidade pessoal dos profis-
mento subjetivo do responsável, consistente em dolo ou culpa (negligên-
cia, imprudência ou imperícia)” (FILOMENO, 2007b, p. 171). sionais liberais que, nos termos do parágrafo
11 “como de resto já diziam os romanos, ‘ubi emolumentum ibi onus; ubi
cômoda, ibi incommoda’, ou seja, quem lucra com determinada ativida- 4º, do artigo 14, do CDC, ocorrerá mediante
de que representa um risco a terceiros deve também responder pelos
danos que a mesma venha a acarretar” (FILOMENO, 2007b, p. 171). à comprovação de culpa.
12 “a responsabilidade objetiva, ou seja, que independe da comprovação
da culpa, teve sua pioneira introdução no direito brasileiro mediante o
Decreto Legislativo nº 2.681/1912, que cuidava da responsabilidade dos
proprietários de ferrovias, bondes e elevadores; ou seja, por se tratar de
Por outro lado, as sociedades coligadas
atividades de risco (no caso das ferrovias, na época das locomotivas a
vapor, com efeito, as fagulhas não raramente causavam danos às plan-
somente responderão pelos danos causados
tações e florestas através das quais corriam os trens, daí não se poder aos consumidores mediante à comprovação
falar de culpa, propriamente dita, mas de atividade eminentemente de
risco) (...)” (FILOMENO, 2007b, p. 171). de culpa. Mas, lembre-se: estes casos repre-
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e quantidade, tanto dos produtos quanto dos § 2.º O produto não é considerado
serviços colocados no mercado de consumo. defeituoso pelo fato de outro de melhor
qualidade ter sido colocado no mercado.
Os artigos 12 a 14 do mesmo código dis-
ciplinam os defeitos dos produtos e serviços. § 3.º O fabricante, o construtor, o
produtor ou o importador só não será re-
Há de se destacar, a princípio, que o termo sponsabilizado quando provar:
defeito costuma ser denominado como fato
do produto ou do serviço (conforme o caso) I – que não colocou o produto no mer-
ou, simplesmente, acidente de consumo. cado;
Verifiquemos, de início, os defeitos dos III – que, embora haja colocado o pro-
produtos que se encontram disciplinados no duto no mercado, o defeito inexiste;
artigo 12 do CDC, conforme segue:
III – a culpa exclusiva do consumidor
ou de terceiros.
Art. 12. O fabricante, o produtor, o cons-
trutor, nacional ou estrangeiro, e o impor-
tador respondem, independentemente da Pelo que se observa acima, encontramos
existência de culpa, pela reparação dos
fortemente a adoção da teoria da responsa-
danos causados aos consumidores por de-
feitos decorrentes de projeto, fabricação, bilidade objetiva, uma vez que o texto legis-
construção, montagem, fórmulas, manipu- lativo acima destaca que haverá responsabi-
lação, apresentação ou acondicionamento lização independentemente da comprovação
de seus produtos, bem como por informa- de culpa dos fornecedores alcançados pela
ções insuficientes ou inadequadas sobre
norma de proteção dos consumidores víti-
sua utilização e riscos.
mas do fato do produto.
III – a época em que foi colocado em Por fim, vale ressaltar que o comerciante
circulação. também responderá pelo fato do produto ou
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do serviço nas hipóteses constantes no arti- O fato do serviço (ou seja, o defeito do
go 13 do CDC. Observemos a estrutura do serviço) é disciplinado pelo artigo 14 do CDC.
Observemos os seus pormenores:
referido artigo:
Art. 14. O fornecedor de serviços res-
Art. 13. O comerciante é igualmente ponde, independente da existência de
responsável, nos termos do artigo ante- culpa, pela reparação dos danos causados
rior, quando: aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por in-
formações insuficientes ou inadequadas
I – o fabricante, o construtor, o pro- sobre sua fruição e riscos.
dutor ou o importador não puderem ser
identificados; § 1.º O serviço é defeituoso quando não
fornece a segurança que o consumidor
dele pode esperar, levando-se em consid-
II – o produto for fornecido sem identi- eração as circunstâncias relevantes, entre
ficação clara do seu fabricante, produtor, as quais:
construtor ou importador;
I – o modo de seu fornecimento;
III – não conservar adequadamente os
produtos perecíveis. II – o resultado e os riscos que razoa-
velmente dele se esperam;
Parágrafo único. Aquele que efetivar o III – a época em que foi fornecido.
pagamento ao prejudicado poderá exercer o
direito de regresso contra os demais respon- § 2.º O serviço não é considerado de-
sáveis, segundo sua participação na causa- feituoso pela adoção de novas técnicas.
ção do evento danoso.
§ 3.º O fornecedor de serviços só não
será responsabilizado quando provar:
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artigo 27, do CDC: “Prescreve em cinco anos III – a instauração de inquérito civil,
a pretensão à reparação pelos danos causa- até se encerramento.
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vem estar adequadas ao consumo por parte devidamente preenchido pelo fornecedor,
dos consumidores. no ato do fornecimento, acompanhado de
manual de instrução, de instalação e uso
Observe-se, oportunamente, que o texto de produto em linguagem didática, com
do artigo 24 não faz menção a prazo. Desse ilustrações (Grifos nossos).
modo, quando nos referimos à garantia le-
gal, devemos levar em consideração que o
fornecedor deverá responder pela adequa-
ção da coisa ao consumo conforme suas ex-
pectativas de durabilidade.
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VI – estabeleçam inversão do ônus da O rol é extenso, mas mais uma vez ressal-
prova em prejuízo do consumidor; tamos que ele é apenas exemplificativo, sen-
do que a violação da boa-fé objetiva sempre
VII – determinem a utilização compul- se mostrará como parâmetro para a compre-
sória de arbitragem; ensão de ser ou não a cláusula abusiva.
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VIII – a facilitação da defesa de seus Com efeito, deve-se levar em conta que
direitos, inclusive, com a inversão do ônus
da prova, a seu favor, no processo civil,
essa inversão do ônus da prova não diz res-
quando, a critério do juiz, for verossímil peito somente ao processo civil, haja vista
a alegação ou quando for ele hipossufi- que o artigo 38 em destaque não restringe a
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inversão. Desse modo, a inversão do ônus da omissão, capaz de induzir em erro o con-
prova na publicidade é ampla, diferentemen- sumidor a respeito da natureza, caracte-
te daquela presente no artigo 6º, VIII, que rísticas, qualidade, quantidade, proprie-
dades, origem, preço e quaisquer outros
diz respeito apenas ao âmbito processual. dados sobre produtos e serviços.
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Convém ressaltar, por fim, que a contra- __________. Sérgio. Programa de Di-
propaganda é um importante instrumento reito do Consumidor. São Paulo: Atlas,
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