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Você sabia que para voar com um drone é necessário seguir diversos procedimentos,
desde ter o drone devidamente homologado em um órgão responsável pelo registro da
aeronave, até gerar um procedimento antes de voar com o drone? Essa é uma grande
discussão no mundo dos drones, e muitas pessoas nem se dão conta disso na hora de
comprar um equipamento e decolar, mas deveriam. A ideia desse artigo é torna-lo um
pequeno manual sobre como você deve proceder para ter o drone totalmente
homologado junto a ANATEL, com selo da ANAC, identificação do piloto no
SARPAS, e solicitação de voo correta para decolar sem medo ou susto e não sofrer
nenhum problema. A lei para voar com drones existe, e se não seguir pode passar por
alguns problemas.
É importante destacar que a legislação para drones fala que voar com qualquer drone
que consiga decolar com mais de 250 gramas, sem seguir os procedimentos que
destacaremos abaixo, pode trazer uma série de problemas e incomodações, mas nosso
país é muito grande e como ainda pode ser novidade em várias regiões, aliado a uma
série de outros fatores, na grande maioria dos locais não há fiscalização, mas nossa
função aqui é informar e esclarecer, especialmente porque temos falado muito sobre
drones.
06/03/2021 - O Artigo foi atualizado considerando a legislação atual, assim como várias
considerações pertinentes também adicionadas. Para todos que tem um drone ou
pretendem comprar, é recomendado a leitura.
1º - ANATEL
Se ainda assim quiser se aventurar a fazer você mesmo sua própria homologação, para
iniciar o processo clique nesse link. Logo após entrar, para o cadastro escolha a opção
SCH e pode dar sequência no processo.
Se você comprou seu drone fora do Brasil, mais abaixo temos um tópico exclusivo onde
falamos sobre esse tipo de situação, será necessário a homologação pessoal para ficar
dentro da lei, novamente a indicação de contratar um profissional para ajudar é
interessantes para quem não é familiarizado com o processo.
2º - ANAC
Site do SISANT
3º - DECEA
O DECEA controla o espaço aéreo brasileiro, e por conta disso, precisamos fazer o
registro do aspirante a piloto de drone e o próprio drone junto ao SARPAS.
Ao fazer o registro, cada aspirante a piloto de drone, recebe uma identificação de piloto
e a partir dai é liberado na interface do sistema para que possa ser incluído a aeronave
que foi registrada na ANAC. O SARPAS solicita o envio do arquivo em PDF que o
SISANT (ANAC) gerou, dessa forma o sistema identifica que tipo de voo pode ser
solicitado.
Vale ressaltar que, todo voo que for feito e que não seja em ambiente confinado(dentro
de um ginásio ou galpão por exemplo), precisa ser solicitado o registro de voo junto ao
SARPAS. O DECEA possui informações dentro do site deles esclarecendo
diferenças das áreas onde pilotos recreativos e profissionais podem voar.
É bem importante esclarecer como funciona a lei para drones comprados fora do Brasil,
que não trazem o selo da ANATEL colado, um assunto simples e complexo ao mesmo
tempo. Para inicio de conversa é importante destacar que todo produto que funciona
com algum tipo de transmissão de frequência, precisa de homologação para ser utilizado
no Brasil, e drones estão entre esses produtos, assim como smartphones, por exemplo.
Ahhhh, isso não é exclusivo do Brasil não ok? É normal em outros países também, e se
faz necessário para controle das frequências, algo delicado em muitas situações.
Muita gente acha que ao comprar fora do país um drone como o Mavic Air 2, que já foi
homologado pela DJI e está sendo comercializado no Brasil em canais oficiais, não é
necessário a homologação, já que ele foi homologado aqui pela empresa, mas não é bem
assim. Por ele ter sido comprado fora do país, não traz "colado" nele o selo de
homologação da Anatel, e "tirar uma foto" de outro drone igual e colocar no seu não faz
ele ficar dentro da lei, é necessário uma homologação "exclusiva" do seu modelo.
Menos mal é que a ANATEL eliminou uma taxa de R$ 200,00 cobrada a um tempo
atrás, tornando assim o processo gratuito e acessível a todos. Vários usuários acreditam
que não é necessário esse procedimento, mas não é o entendimento real da lei,
sendo necessário sim a homologação "exclusiva" desse modelo comprado fora do país,
para ai sim garantir que ele fique dentro da lei.
Artigo
Sistema visa evitar acidentes, um passo gigante para segurança de voos com drones
Hoje em dia existe empresas e profissionais que fazem esse trabalho de homologação, o
caminho mais interessante para usuários comuns, como nosso caso. O custo do
processo gira em torno de, R$265,90 no caso desse anuncio no Mercado
Livre (à vista ele da um desconto, basta entrar em contato através do
Facebook). Entramos em contato com o anunciante, que já tem bastante experiência
nesse processo e faz homologação de diversos modelos, inclusive de alguns mais
recentes que não são comercializados oficialmente no Brasil como o FIMI X8 SE, drone
compacto de uma divisão da Xiaomi, lançado no final de 2018 e que compete com
modelos como o Mavic Air. Ele fez todo o processo de homologação de um Mavic 2
Pro que compramos.
Para ficar dentro da lei e evitar problemas, recomendamos fazer, talvez nunca precise
dependendo onde você está localizado e onde decola o drone, mas...
É mais um custo para colocar junto com a soma de compra do drone fora do país, já que
comprando no Brasil um modelo homologado não seria necessário esse processo.
Com o lançamento do Mavic Mini, usando como maior apelo de venda o peso abaixo de
250 gramas, dependendo o país onde o drone vai voar, as regras para voar ficam bem
mais brandas, porém no Brasil a lei considera o "peso máximo de decolagem" do drone,
e não o "peso do drone". Isso que dizer que não interessa se o drone pesa menos de 250
gramas, o que vale aqui é se ele consegue voar com mais de 250 gramas.
Uma forma bem simples para concluir se seu modelo fica enquadrado na legislação
acima de 250 gramas, mesmo pesando menos de 250 gramas, como é o caso do Mavic
Mini e Mini 2, ambos pesando menos de 250 gramas, é ver se eles conseguem voar com
um adesivo ou qualquer acessórios que faça o peso ficar acima de 250 gramas, se
mesmo assim ele voar normalmente, e nesses casos já confirmo que conseguem, eles
serão enquadrados como um drone de porte maior, como um Mavic Air 2 ou um Mavic
2 por exemplo, e isso vale para todos.
Erros Comuns
Um dos erros mais comuns de pessoas que passaram pelo processo de fiscalização nos
mais diversos locais, é estar com o equipamento faltando algum item dos processos
anteriores, vamos ao exemplo:
Se vai voar o drone, você precisa estar ciente do que vai precisar, abaixo de forma bem
clara dependendo o tipo de piloto:
Zonas de
Regras de voo
voo
• Estar fora das Zonas de Aproximação e de Decolagem, a uma
distância mínima de 9 km (nove quilômetros), medidos a partir da
cabeceira mais próxima da pista;
• NOTA: Existindo um obstáculo artificial ou natural (fixo e
permanente) dentro da distância de 9 km, os voos de
aeromodelos poderão, desde que informados, ser realizados
na face oposta à do circuito de tráfego dos aeródromos, não
sendo ultrapassado o seu limite vertical, sempre sendo
limitado, no máximo, a 40 m de altura.
• Fora das Zonas de Aproximação e de Decolagem, manter um
afastamento de, no mínimo, 2 km (dois quilômetros) de aeródromos
cadastrados, sendo medidos a partir da extremidade mais próxima
da área patrimonial do aeródromo;
Zona • Operação em VLOS;
urbana • Autorizado o uso do FPV exclusivamente com a presença e
participação de um Observador de Aeromodelo;
• Limite vertical máximo de 40 m (quarenta metros);
• Limite horizontal máximo de 200 m (duzentos metros);
• Velocidade limitada a 40 km/h (quarenta quilômetros por hora);
• Afastamento horizontal de, pelo menos, 30 m (trinta metros) de
pessoas não anuentes, animais e propriedades de terceiros.
NOTA: Deve ser dada uma atenção especial quanto à utilização de FPV
em Zonas Rurais, pela possibilidade de sobrevoo de aeronaves tripuladas
de asas rotativas até 60 m e atividades ligadas à aviação agrícola.
• Devem ser observados os parâmetros de distância de aeródromos
ou helipontos cadastrados, rotas conhecidas de aeronaves e
helicópteros tripulados, circuitos de tráfego, corredores visuais e
atividades da aviação agrícola
• Operação em VLOS;
• Autorizado o uso do FPV mesmo sem a presença e participação de
um Observador de Aeromodelo;
• Limite vertical máximo de 120 m;
• O limite horizontal máximo deve respeitar as dimensões da caixa
de voo estabelecida para a área; ? Não há um limite de velocidade,
devido ao fato de serem obedecidas as dimensões da caixa de voo
Área estabelecida para a área;
adequada • Não é previsto um afastamento horizontal de pessoas, uma vez que
se consideram anuentes todas as pessoas que estejam presentes em
uma área considerada adequada à prática de Aeromodelismo.
Existe ainda uma informação adicional sobre o voo, próximo dos helipontos:
Esse texto é apenas uma forma bem superficial de abordar um pouco do que é
necessário para ter um voo tranquilo, mas existem muitas e muitas variáveis que o
aspirante a piloto precisa sempre levar em conta
Aqui algumas regras e possíveis problemas se o aspirante a piloto decolar o drone sem
pensar nas documentações:
1 - Voar sem documentação ou fora dos parâmetros que foram informados no SARPAS,
ou voar comercialmente um drone que está cadastrado para uso recreativo.
Possíveis consequências: Apreensão do equipamento, assim como, multa ou prisão do
piloto.
ANAC: “Pela Lei das Contravenções Penais, dirigir aeronave sem estar devidamente
licenciado pode gerar pena de prisão simples (quinze dias a três meses) e pagamento de
multa.”
E mais...
E além disso tudo, a pessoa que contratar um serviço de um aspirante de drone que
esteja irregular ainda é co-responsabilizado judicialmente pelo Código Brasileiro de
Aeronáutica que diz o seguinte:
Links interessantes
Caso queiram se aprofundar mais em leis e normas, segue alguns links bem
interessantes:
Nossas experiências
Agradecimento especial ao João da "JViana Drones" que colocou todos esses pontos de
forma bem clara e de fácil compreensão. Verdade é que a grande maioria das regiões de
nosso país não fiscalizam de forma rígida essas regras atualmente, seja por
desconhecimento, já que drones ainda não são tão populares e vivemos em um país
muito grande, ou mesmo porque não tem "material" humano com capacidade e mesmo
disponibilidade para esse tipo de serviço.
Muitos pensam que leis como essas são nada mais do que burocracias sem necessidade,
porém um drone pode trazer problemas graves dependendo o uso, vários modelos são
muito mais do que "brinquedos", sendo as leis necessárias.
O importante além das leis é o bom senso, voar em uma cidade do interior ou mesmo
em um local bem afastado onde sequer trata-se de uma rota de passagem de aviões e que
não cria situação de perigo, por bom senso não parece ser um problema voar com drone,
mas como colocado, as regras existem porque existe pessoas que criam problemas, ou
mesmo uma nova tecnologia gere a possibilidade do problema, como no caso de drones.
Já vimos e publicamos uma série de casos bem delicados colocando muitas vidas em
jogo por falta de bom senso e responsabilidade. Abaixo links de alguns desses casos:
Eu tenho voado muito em Floripa e outras regiões de Santa Catarina, raramente vou em
locais próximos ao centro da cidade, mas já voei entre as pontes que dão acesso a ilha e
em várias praias, sempre com bom senso muito atento a altitude, especialmente em
locais onde o campo de visão tem restrições. "Enviar" o drone para o "meio" do mar,
da uma certa garantia de evitar problemas, já que é possível ter uma visão melhor do
espaço aéreo, outro ponto é que em várias das praias daqui de Floripa temos morros
próximos, mantendo o drone próximos a eles também é uma boa para evitar problemas,
logicamente considerando outras possibilidades como parapentes etc. Como já falei
algumas vezes, o bom senso de regras básicas ajuda a evitar problemas, e seguir a
cartilha acima é muito importante também.
JViana Drones
- Site - www.jviana.com
- Facebook
- Instagram
- Youtube
Temos uma série de análises de drones aqui no Mundo Conectado, abaixo destaco
algumas delas junto com o vídeo sobre o DJI FPV Drone, lançado no inicio de março de
2021.