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Drones: Leis e regulamentação - Veja o

que é necessário para decolar seu drone


Muitos não sabem que para decolar grande parte dos
drones, é necessário alguns procedimentos
Por Fabio Feyh 25/05/2019 às 17:10:00 | atualizado 21/07/2021 19:51 25 Reportar erro

Você sabia que para voar com um drone é necessário seguir diversos procedimentos,
desde ter o drone devidamente homologado em um órgão responsável pelo registro da
aeronave, até gerar um procedimento antes de voar com o drone? Essa é uma grande
discussão no mundo dos drones, e muitas pessoas nem se dão conta disso na hora de
comprar um equipamento e decolar, mas deveriam. A ideia desse artigo é torna-lo um
pequeno manual sobre como você deve proceder para ter o drone totalmente
homologado junto a ANATEL, com selo da ANAC, identificação do piloto no
SARPAS, e solicitação de voo correta para decolar sem medo ou susto e não sofrer
nenhum problema. A lei para voar com drones existe, e se não seguir pode passar por
alguns problemas.

É importante destacar que a legislação para drones fala que voar com qualquer drone
que consiga decolar com mais de 250 gramas, sem seguir os procedimentos que
destacaremos abaixo, pode trazer uma série de problemas e incomodações, mas nosso
país é muito grande e como ainda pode ser novidade em várias regiões, aliado a uma
série de outros fatores, na grande maioria dos locais não há fiscalização, mas nossa
função aqui é informar e esclarecer, especialmente porque temos falado muito sobre
drones.

06/03/2021 - O Artigo foi atualizado considerando a legislação atual, assim como várias
considerações pertinentes também adicionadas. Para todos que tem um drone ou
pretendem comprar, é recomendado a leitura.

OBS.: Agradecimentos especiais ao João da JViana Drones pela ajuda na criação


desse artigo. No final da publicação todas as informações de contato.

1º - ANATEL

A primeira coisa que o aspirante a piloto de drone precisa, é verificar se o equipamento


que foi comprado tem o selo da ANATEL, se não tiver é necessário fazer o processo de
homologação, e para isso o drone tem que ter no mínimo o cerificado FCC, o FCC é
como se fosse a nossa ANATEL, porem dos USA, o Brasil é signatário de acordos
internacionais que permitem o uso de homologações feitas fora do pais para gerar
certificados de uso pessoal. O Processo de homologação junto a ANATEL é feito
totalmente via WEB, mas se você não tem afinidade com informações extremamente
técnicas e que são necessárias ao processo, aconselha-se fortemente procurar um
profissional que possa fazer isso, o processo requer uma série de informações, várias
técnicas.

Se ainda assim quiser se aventurar a fazer você mesmo sua própria homologação, para
iniciar o processo clique nesse link. Logo após entrar, para o cadastro escolha a opção
SCH e pode dar sequência no processo.

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Se você comprou seu drone fora do Brasil, mais abaixo temos um tópico exclusivo onde
falamos sobre esse tipo de situação, será necessário a homologação pessoal para ficar
dentro da lei, novamente a indicação de contratar um profissional para ajudar é
interessantes para quem não é familiarizado com o processo.

2º - ANAC

A ANAC é órgão responsável pelo registro do drone ou aeromodelo, mas só precisa


registrar se o equipamento tiver mais do que 250 gramas, abaixo disso o registro é
dispensado(como exemplo, temos o Tello e suas 80 gramas), para isso a ANAC criou o
sistema SISANT.

Site do SISANT

Dentro do SISANT, o aspirante a piloto de drone, vai registrar a aeronave e a ANAC


por sua vez irá emitir um cerificado de registro, esse certificado pode ser de PILOTO
RECREATIVO ou PILOTO PROFISSIONAL.
Especialmente para o PILOTO PROFISSIONAL, existe a necessidade de contratar o
SEGURO RETA (exigência para exercer a profissão remunerada), esse seguro hoje em
dia é feito apenas pela MAPFRE, mas pode ser contratado usando associações ou
empresas que tenham parceria com eles com valores mais interessantes. Além disso, o
PILOTO PROFISSIONAL precisa portar um documento de analise de risco
operacional, para a operação do drone.

3º - DECEA

O DECEA controla o espaço aéreo brasileiro, e por conta disso, precisamos fazer o
registro do aspirante a piloto de drone e o próprio drone junto ao SARPAS.

Registrar drone no SARPAS

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Notícia

Dados do SARPAS mostram que há 18.951 pilotos e 14.161 drones...


O Drone Show apresentou os números atualizados das aeronaves remotamente
controladas

Ao fazer o registro, cada aspirante a piloto de drone, recebe uma identificação de piloto
e a partir dai é liberado na interface do sistema para que possa ser incluído a aeronave
que foi registrada na ANAC. O SARPAS solicita o envio do arquivo em PDF que o
SISANT (ANAC) gerou, dessa forma o sistema identifica que tipo de voo pode ser
solicitado.

Vale ressaltar que, todo voo que for feito e que não seja em ambiente confinado(dentro
de um ginásio ou galpão por exemplo), precisa ser solicitado o registro de voo junto ao
SARPAS. O DECEA possui informações dentro do site deles esclarecendo
diferenças das áreas onde pilotos recreativos e profissionais podem voar.

Normalmente uma solicitação de voo é respondida em menos de 1 hora, se a área


solicitada não for sensível ou se for afastada das cidades. É importante observar as
alturas máximas permitidas e distância máxima permitida, que é informado pelo
sistema.

Para os registrados na ANAC como PILOTOS PROFISSIONAIS, o SARPAS permite


solicitações de voos em ambientes mais complexos, mas tem um prazo de resposta para
a solicitação bem longo, chegando a mais de 10 dias de espera, e em alguns casos com
respostas negativas.

Drones comprados fora do país

É bem importante esclarecer como funciona a lei para drones comprados fora do Brasil,
que não trazem o selo da ANATEL colado, um assunto simples e complexo ao mesmo
tempo. Para inicio de conversa é importante destacar que todo produto que funciona
com algum tipo de transmissão de frequência, precisa de homologação para ser utilizado
no Brasil, e drones estão entre esses produtos, assim como smartphones, por exemplo.

Ahhhh, isso não é exclusivo do Brasil não ok? É normal em outros países também, e se
faz necessário para controle das frequências, algo delicado em muitas situações.
Muita gente acha que ao comprar fora do país um drone como o Mavic Air 2, que já foi
homologado pela DJI e está sendo comercializado no Brasil em canais oficiais, não é
necessário a homologação, já que ele foi homologado aqui pela empresa, mas não é bem
assim. Por ele ter sido comprado fora do país, não traz "colado" nele o selo de
homologação da Anatel, e "tirar uma foto" de outro drone igual e colocar no seu não faz
ele ficar dentro da lei, é necessário uma homologação "exclusiva" do seu modelo.

Menos mal é que a ANATEL eliminou uma taxa de R$ 200,00 cobrada a um tempo
atrás, tornando assim o processo gratuito e acessível a todos. Vários usuários acreditam
que não é necessário esse procedimento, mas não é o entendimento real da lei,
sendo necessário sim a homologação "exclusiva" desse modelo comprado fora do país,
para ai sim garantir que ele fique dentro da lei.

Iniciar processo de homologação pessoal de um drone

Artigo

DJI AirSense - entenda tecnologia para drones detectarem aviõ...

Sistema visa evitar acidentes, um passo gigante para segurança de voos com drones

Hoje em dia existe empresas e profissionais que fazem esse trabalho de homologação, o
caminho mais interessante para usuários comuns, como nosso caso. O custo do
processo gira em torno de, R$265,90 no caso desse anuncio no Mercado
Livre (à vista ele da um desconto, basta entrar em contato através do
Facebook). Entramos em contato com o anunciante, que já tem bastante experiência
nesse processo e faz homologação de diversos modelos, inclusive de alguns mais
recentes que não são comercializados oficialmente no Brasil como o FIMI X8 SE, drone
compacto de uma divisão da Xiaomi, lançado no final de 2018 e que compete com
modelos como o Mavic Air. Ele fez todo o processo de homologação de um Mavic 2
Pro que compramos.

Para ficar dentro da lei e evitar problemas, recomendamos fazer, talvez nunca precise
dependendo onde você está localizado e onde decola o drone, mas...

É mais um custo para colocar junto com a soma de compra do drone fora do país, já que
comprando no Brasil um modelo homologado não seria necessário esse processo.

Mas e se meu drone não foi homologado pela Anatel ainda?


Ai a situação é um pouco mais complexa. Será necessário iniciar esse processo, como
colocado mais acima quando falamos da ANATEL, não é algo tão rápido e simples,
requer inclusive conhecimento técnico de algumas especificações para que o processo
siga corretamente.

Legislação para drones abaixo de 250 gramas

Com o lançamento do Mavic Mini, usando como maior apelo de venda o peso abaixo de
250 gramas, dependendo o país onde o drone vai voar, as regras para voar ficam bem
mais brandas, porém no Brasil a lei considera o "peso máximo de decolagem" do drone,
e não o "peso do drone". Isso que dizer que não interessa se o drone pesa menos de 250
gramas, o que vale aqui é se ele consegue voar com mais de 250 gramas.

Uma forma bem simples para concluir se seu modelo fica enquadrado na legislação
acima de 250 gramas, mesmo pesando menos de 250 gramas, como é o caso do Mavic
Mini e Mini 2, ambos pesando menos de 250 gramas, é ver se eles conseguem voar com
um adesivo ou qualquer acessórios que faça o peso ficar acima de 250 gramas, se
mesmo assim ele voar normalmente, e nesses casos já confirmo que conseguem, eles
serão enquadrados como um drone de porte maior, como um Mavic Air 2 ou um Mavic
2 por exemplo, e isso vale para todos.

Erros Comuns

Um dos erros mais comuns de pessoas que passaram pelo processo de fiscalização nos
mais diversos locais, é estar com o equipamento faltando algum item dos processos
anteriores, vamos ao exemplo:

Aspirante a piloto de drone comprou um equipamento, veio completinho inclusive com


o selo da ANATEL, fez o cadastro da aeronave na ANAC, fez o cadastro do piloto do
drone no SARPAS, até mesmo cadastrou o drone no SARPAS, mas não fez a
solicitação de voo para o equipamento naquele local que queria, e do nada aparece a
policia militar solicitando as informações e documentos, já sabem o que aconteceu né,
drone apreendido e dor de cabeça à vista.

Se vai voar o drone, você precisa estar ciente do que vai precisar, abaixo de forma bem
clara dependendo o tipo de piloto:

Piloto Recreativo - PR Piloto Profissional - PP


• Selo ANATEL (homologando o
• Selo ANATEL (homologando o
drone e o controle remoto)
drone e o controle remoto)
• Cadastro do equipamento na
• Cadastro do equipamento na
ANAC, e numero de registro fixado
ANAC, e numero de registro fixado
no drone
no drone
• Cadastro no SARPAS, e solicitação
• Cadastro no SARPAS, e solicitação
de voo para aquela ocasião e sua
de voo para aquela ocasião e sua
devida liberação
devida liberação
• Voar a mais de 30 metros de
• Seguro RETA
distância das pessoas não anuentes
• Documento de análise de risco
• Voar a mais de 30 metros de
operacional
distância de edificações que não
• Manual do equipamento (drone e o
tenham dado expressa liberação
controle remoto)
para isso
• Voar a mais de 30 metros de
• Observar a zona de voo, e suas
distância das pessoas não anuentes
informações sobre altura e
• Voar a mais de 30 metros de
velocidade.
distância de edificações que não
• Voo noturno proibido
• Long range proibido tenham dado expressa liberação
para isso
Segue todas as normas da MCA56-2 e ICA • Voo noturno possível (seguindo
100-40 regras especificas)
• Long range possível

Segue todas as normas da ICA 100-40

O DECEA, editou e aprovou um novo manual em, 25 de maio de 2020, delimitando


melhor as regras para o voo recreativo, esse manual é chamado de MCA 56-2 -
Aeronaves não tripuladas para uso recreativo - aeromodelos, dentre varias informações,
as mais relevantes são essas:

Zonas de
Regras de voo
voo
• Estar fora das Zonas de Aproximação e de Decolagem, a uma
distância mínima de 9 km (nove quilômetros), medidos a partir da
cabeceira mais próxima da pista;
• NOTA: Existindo um obstáculo artificial ou natural (fixo e
permanente) dentro da distância de 9 km, os voos de
aeromodelos poderão, desde que informados, ser realizados
na face oposta à do circuito de tráfego dos aeródromos, não
sendo ultrapassado o seu limite vertical, sempre sendo
limitado, no máximo, a 40 m de altura.
• Fora das Zonas de Aproximação e de Decolagem, manter um
afastamento de, no mínimo, 2 km (dois quilômetros) de aeródromos
cadastrados, sendo medidos a partir da extremidade mais próxima
da área patrimonial do aeródromo;
Zona • Operação em VLOS;
urbana • Autorizado o uso do FPV exclusivamente com a presença e
participação de um Observador de Aeromodelo;
• Limite vertical máximo de 40 m (quarenta metros);
• Limite horizontal máximo de 200 m (duzentos metros);
• Velocidade limitada a 40 km/h (quarenta quilômetros por hora);
• Afastamento horizontal de, pelo menos, 30 m (trinta metros) de
pessoas não anuentes, animais e propriedades de terceiros.

NOTA 1: Somente se autoriza a utilização de FPV em Zonas Urbanas com


a presença e participação de um observador de Aeromodelo.

NOTA 2: O limite de 40 km/h deve ser observado, a fim de manter a


distância segura de 30 m horizontais de pessoas não anuentes, em caso de
perda de controle e queda da aeronave.
• Estar fora das Zonas de Aproximação e de Decolagem, em uma
distância de 9 km (nove quilômetros), medidos a partir da cabeceira
Zona mais próxima da pista;
Rural • NOTA: Existindo um obstáculo artificial ou natural (fixo e
permanente) dentro da distância de 9 km, os voos de
aeromodelos poderão, desde que informados, ser realizados
na face oposta à do circuito de tráfego dos aeródromos, não
sendo ultrapassado o seu limite vertical, sempre sendo
limitado, no máximo, a 50 m de altura.
• Fora das Zonas de Aproximação e de Decolagem, manter um
afastamento de, no mínimo, 2 km (dois quilômetros) de aeródromos
cadastrados, sendo medidos a partir da extremidade mais próxima
da área patrimonial do aeródromo;
• Manter um afastamento de, no mínimo, 2 km (dois quilômetros) de
áreas nas quais sejam previstas operações ligadas à aviação
agrícola;
• Operação em VLOS;
• Autorizado o uso do FPV, mesmo sem a presença e participação de
um Observador de Aeromodelo;
• Limite vertical de 50 m (cinquenta metros) de altura, podendo ser
medido sobre os obstáculos sobrevoados;
• Limite horizontal máximo de 500 m (quinhentos metros);
• Velocidade limitada a 100 km/h (cem quilômetros por hora);
• Afastamento horizontal de, pelo menos, 90 m (noventa metros
horizontais) de pessoas não anuentes, animais e propriedades de
terceiros. Tal distância deve ser mantida, pelo fato de a aeronave
desenvolver velocidades superiores às permitidas em Zonas
Urbanas.

NOTA: Deve ser dada uma atenção especial quanto à utilização de FPV
em Zonas Rurais, pela possibilidade de sobrevoo de aeronaves tripuladas
de asas rotativas até 60 m e atividades ligadas à aviação agrícola.
• Devem ser observados os parâmetros de distância de aeródromos
ou helipontos cadastrados, rotas conhecidas de aeronaves e
helicópteros tripulados, circuitos de tráfego, corredores visuais e
atividades da aviação agrícola
• Operação em VLOS;
• Autorizado o uso do FPV mesmo sem a presença e participação de
um Observador de Aeromodelo;
• Limite vertical máximo de 120 m;
• O limite horizontal máximo deve respeitar as dimensões da caixa
de voo estabelecida para a área; ? Não há um limite de velocidade,
devido ao fato de serem obedecidas as dimensões da caixa de voo
Área estabelecida para a área;
adequada • Não é previsto um afastamento horizontal de pessoas, uma vez que
se consideram anuentes todas as pessoas que estejam presentes em
uma área considerada adequada à prática de Aeromodelismo.

NOTA 1: O limite vertical estabelecido para áreas adequadas será


determinado por meio de uma análise ATM, em função das características
do Espaço Aéreo pretendido, sem, contudo, ultrapassar 120 m de
ALTURA.

NOTA 2: Caso exista a necessidade de ultrapassar o limite vertical


máximo estabelecido para a área adequada em eventos específicos, como,
por exemplo competições, devem ser realizadas gestões ao Órgão Regional
subordinado ao DECEA, responsável pela área em que se pretenda operar,
sendo observada a antecedência mínima de 18 (dezoito) dias corridos para
as coordenações necessárias.

Existe ainda uma informação adicional sobre o voo, próximo dos helipontos:

Considerando a Zona Urbana (altura máxima de voo 40m)

Distância Distância Distância

Altura do Até 600m De 600m a 2.000m Além de 2000m


heliponto
(Altura máxima para (altura máxima para (altura máxima para
voar) voar) voar)
100m *NFZ 40m 40m
80m *NFZ 40m 40m
60m *NFZ 30m 40m
40m *NFZ 10m 40m
30m ou abaixo *NFZ NFZ 40m

* NFZ - No Fly Zone, ou zona de voo totalmente proibida

Esse texto é apenas uma forma bem superficial de abordar um pouco do que é
necessário para ter um voo tranquilo, mas existem muitas e muitas variáveis que o
aspirante a piloto precisa sempre levar em conta

Aqui algumas regras e possíveis problemas se o aspirante a piloto decolar o drone sem
pensar nas documentações:

1 - Voar sem documentação ou fora dos parâmetros que foram informados no SARPAS,
ou voar comercialmente um drone que está cadastrado para uso recreativo.
Possíveis consequências: Apreensão do equipamento, assim como, multa ou prisão do
piloto.
ANAC: “Pela Lei das Contravenções Penais, dirigir aeronave sem estar devidamente
licenciado pode gerar pena de prisão simples (quinze dias a três meses) e pagamento de
multa.”

2 - Colocar em perigo embarcações ou aeronaves


Possíveis consequências: Apreensão do equipamento, assim como, multa ou prisão do
piloto.
ANAC: “O Código Penal prevê, em seu Art. 261, pena de reclusão de dois a cinco anos
para quem expuser a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar
qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea.”

3 - Voar a menos de 30 metros de pessoas não anuentes


Possíveis consequências: Apreensão do equipamento, assim como, multa ou prisão do
piloto.
ANAC: “O Código Penal também tipifica a exposição de pessoas a risco, em seu Art.
132, que prevê pena de detenção de três meses a um ano (ou mais se o crime for
considerado mais grave) nos casos em que se coloquem em perigo direto ou iminente a
vida ou à saúde terceiros.”

4 - Voar a menos de 30 metros de edificações sem previa autorização


Possíveis consequências: Apreensão do equipamento, assim como, multa ou prisão do
piloto.
ANAC: “Outras sanções também estão previstas nas legislações referentes às
responsabilizações nas esferas civil, administrativa e penal, com destaque à
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas”

E mais...
E além disso tudo, a pessoa que contratar um serviço de um aspirante de drone que
esteja irregular ainda é co-responsabilizado judicialmente pelo Código Brasileiro de
Aeronáutica que diz o seguinte:

Código Brasileiro de Aeronáutica


Lei nº 7.565 de 19 de dezembro de 1986
Da Responsabilidade para com Terceiros na Superfície
Art. 268 O explorador responde pelos danos a terceiros na superfície, causados,
diretamente, por aeronave em voo, ou manobra, assim como por pessoa ou coisa dela
caída ou projetada.
§ 1° Prevalece a responsabilidade do explorador quando a aeronave é pilotada por seus
prepostos, ainda que exorbitem de suas atribuições.

§ 2° Exime-se o explorador da responsabilidade se provar que:


I – não há relação direta de causa e efeito entre o dano e os fatos apontados;
II – resultou apenas da passagem da aeronave pelo espaço aéreo, observadas as regras
de tráfego aéreo;
III – a aeronave era operada por terceiro, não preposto nem dependente, que iludiu a
razoável vigilância exercida sobre o aparelho;
IV – houve culpa exclusiva do prejudicado.

§ 3° Considera-se a aeronave em voo desde o momento em que a força motriz é


aplicada para decolar até o momento em que termina a operação de pouso.

Links interessantes

Caso queiram se aprofundar mais em leis e normas, segue alguns links bem
interessantes:

ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações


- Resolução nº 242, de 30 de novembro de 2000 – Regulamento para Certificação e
Homologação de Produtos para Telecomunicações.
- Resolução nº 506, de 1º de julho de 2008 – Regulamento sobre Equipamentos de
Radiocomunicação de Radiação Restrita.
- Resolução nº 635, de 9 de maio de 2014 – Regulamento sobre Autorização de Uso
Temporário de Radiofrequências.
- Portaria 465, de 22 de agosto de 2007 – Aprovar a NORMA Nº 01/2007, anexa a esta
Portaria, que estabelece os procedimentos operacionais necessários ao requerimento
para a execução do Serviço Especial para fins Científicos ou Experimentais

ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil


- Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial nº 94/2017
- Instrução Suplementar E94.503-001A
- Instrução Suplementar E94-001A
- Instrução Suplementar E94-002A
- Instrução Suplementar E94-003

DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo


- Portal Drone/RPAS

Nossas experiências

Agradecimento especial ao João da "JViana Drones" que colocou todos esses pontos de
forma bem clara e de fácil compreensão. Verdade é que a grande maioria das regiões de
nosso país não fiscalizam de forma rígida essas regras atualmente, seja por
desconhecimento, já que drones ainda não são tão populares e vivemos em um país
muito grande, ou mesmo porque não tem "material" humano com capacidade e mesmo
disponibilidade para esse tipo de serviço.

Muitos pensam que leis como essas são nada mais do que burocracias sem necessidade,
porém um drone pode trazer problemas graves dependendo o uso, vários modelos são
muito mais do que "brinquedos", sendo as leis necessárias.

O importante além das leis é o bom senso, voar em uma cidade do interior ou mesmo
em um local bem afastado onde sequer trata-se de uma rota de passagem de aviões e que
não cria situação de perigo, por bom senso não parece ser um problema voar com drone,
mas como colocado, as regras existem porque existe pessoas que criam problemas, ou
mesmo uma nova tecnologia gere a possibilidade do problema, como no caso de drones.

Já vimos e publicamos uma série de casos bem delicados colocando muitas vidas em
jogo por falta de bom senso e responsabilidade. Abaixo links de alguns desses casos:

- Drone quase é atingido por helicóptero durante voo, veja o vídeo


- Avistamento de drones suspende temporariamente atividades do aeroporto de Newark
- Aeroporto de Gatwick vai gastar R$ 35 milhões para segurança contra drones
- Drones interrompem atividades do segundo aeroporto mais movimentado de Londres /
Ou foi tudo um equívoco e não tinha nenhum drone?

Eu tenho voado muito em Floripa e outras regiões de Santa Catarina, raramente vou em
locais próximos ao centro da cidade, mas já voei entre as pontes que dão acesso a ilha e
em várias praias, sempre com bom senso muito atento a altitude, especialmente em
locais onde o campo de visão tem restrições. "Enviar" o drone para o "meio" do mar,
da uma certa garantia de evitar problemas, já que é possível ter uma visão melhor do
espaço aéreo, outro ponto é que em várias das praias daqui de Floripa temos morros
próximos, mantendo o drone próximos a eles também é uma boa para evitar problemas,
logicamente considerando outras possibilidades como parapentes etc. Como já falei
algumas vezes, o bom senso de regras básicas ajuda a evitar problemas, e seguir a
cartilha acima é muito importante também.

JViana Drones
- Site - www.jviana.com
- Facebook
- Instagram
- Youtube

Nossas análises de drones

Temos uma série de análises de drones aqui no Mundo Conectado, abaixo destaco
algumas delas junto com o vídeo sobre o DJI FPV Drone, lançado no inicio de março de
2021.

Lista com conteúdos sobre Drones

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