Você está na página 1de 28

Neurofisiologia/UFES/Prof.

Élio Waichert
Jr

Neurofisiologia

SINAPSE
&
TRANSMISSÃO
SINÁPTICA

Século XIX Teoria Reticularista

Informação no SNC através de uma rede contínua de prolongamentos Celulares

Ramón y Cajal Histologicamente células nervosas individuais

A comunicação se faz entre células separadas

O termo sinapse foi criado pelo neurofisiologista Inglês Charles Sherrington

Zonas de comunicação entre uma célula nervosa e outra em uma cadeia juncional

1
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

 As informações são transmitidas no SNC sob a forma de


IMPULSOS NERVOSOS através de uma sucessão de neurônios,
um após o outro.

FUNÇÕES SINÁPTICAS DOS NEURÔNIOS

Cada um destes impulsos pode:


 Ser bloqueado na sua transmissão de um neurônio para o
próximo
 Ser modificado de um impulso único para impulsos repetitivos
 Ser integrado a impulsos provenientes de outros neurônios para
causar padrões altamente intrincados de impulsos em neurônios
sucessivos

2
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

SINAPSES
Elétricas Passagem da corrente elétrica de uma célula a outra

Respostas rápidas de natureza protetora

3
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

Químicas
A transmissão da informação depende da liberação de um neurotransmissor
que age sobre a célula seguinte

Miastenias Graves

 Quase todas as sinapses


utilizadas no SNC para a
transmissão de sinais são
SINAPSES QUÍMICAS.

4
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

 O 1° neurônio libera uma substância chamada


NEUROTRANSMISSOR na sinapse.
 Neurotransmissor atua sobre proteínas receptoras na membrana
do próximo neurônio para excitálo ou inibí-lo ou para modificar sua
sensibilidade.

5
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

 A transmissão dos sinais ocorrem


em uma única direção:

Neurônio PRÉ-SINÁPTICO

Neurônio PÓS-SINÁPTICO

6
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

ANATOMIA FISIOLÓGICA DA SINAPSE

7
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

 TERMINAÇÕES PRÉ-SINÁPTICAS:
 São as extremidades de fibrilas nervosas que se originam de
muitos outros neurônios.
 São 10.000 ou mais botões que se situam sobre as superfícies
dos dendritos e do soma do neurônio.
 80 a 95 % situam-se nos dendritos
 5 a 20 % situam-se no soma.
 São EXCITATÓRIAS, quando secretam uma substância que irá
excitar o neurônio pós-sináptico e INIBITÓRIAS quando
secretam uma substância que os inibe.

8
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

 AS TERMINAÇÕES PRÉ-SINÁPTICAS:
 Possuem formas anatômicas variadas.
 A maioria assemelha-se a botões redondos ou ovóides, sendo
chamados BOTÕES TERMINAIS, BOUTONS, PÉS-TERMINAIS
OU BOTÕES SINÁPTICOS. VESÍCULAS DE
NEUROTRANSMISSOR

MITOCÔNDRIAS

9
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

 Quando um POTENCIAL DE AÇÃO se espalha sobre uma


terminação pré-sináptica, a despolarização da membrana faz com
que um pequeno número de VESÍCULAS se esvazie para dentro
da fenda.

O TRANSMISSOR liberado causa uma alteração imediata das


características da membrana neuronal pós-sináptica.

10
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

MECANISMO PELO QUAL OS POTENCIAIS DE AÇÃO CAUSAM


A LIBERAÇÃO DO TRANSMISSOR NAS TERMINAÇÕES PRÉ-
SINÁPTICAS – Papel dos íons cálcio
 Membrana Pré-Sináptica contém grande número de Canais de
Ca+2 controlados pela voltagem

DESPOLARIZAÇÃO Abertura de Canais de Ca+2

Entrada de Ca+2 para a terminação

11
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

 A quantidade de substância transmissora liberada para a fenda


sináptica está diretamente relacionada com o número de íons Ca+2
que entra na terminação.
 Mecanismo proposto:

Ca+2 se liga aos sítios de liberação

Fixação de vesículas transmissoras à membrana

Exocitose do neurotransmissor

12
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

Liberação do Neurotransmissor

Ca2+
Ca2+

Ca2+

NE
NE
NE
NE

Ca2+

Ca2+
Membrana da célula pós-sinápica

Fibra pré-ganglionar

13
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

AÇÃO DA SUBSTÂNCIA TRANSMISSORA SOBRE O


NEURÔNIO PÓS-SINÁPTICO
Função das proteínas receptoras

 A membrana do neurônio pós-sináptico contém grande número


de PROTEÍNAS RECEPTORAS:
 Possuem 2 componentes importantes:
 COMPONENTE DE FIXAÇÃO
 COMPONENTE IONÓFORO
• Canal Iônico
• Ativador de 2° mensageiro

 Canais Catiônicos: permitem


a passagem de íons Na+, K+ e
Ca+2
 Canais Aniônicos: Cl-
 Usualmente o canal se abre
numa fração de milisegundos.
 Quando a substância
transmissora não está mais
presente, o canal se fecha de
modo igualmente rápido.
 Abertura/Fechamento dos
canais iônicos fornece um meio
para a rápida ativação/inativação dos neurônios pós-sinápticos.

14
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

O SISTEMA DO SEGUNDO MENSAGEIRO NOS


NEURÔNIOS PÓS-SINÁPTICOS

 Muitas funções do SNC (Ex. Processo de Memória) requerem


alterações prolongadas nos neurônios, de segundos a meses
depois da substância transmissora inicial não estar mais presente.
 Os Canais Iônicos não são adequados para causar alterações
neuronais pós-sinápticas prolongadas.

15
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

 Alterações que podem ocorrer no neurônio pós-sináptico,


dependendo das características específicas de cada tipo de
neurônio:
 Abertura de Canais Iônicos Específicos na membrana
celular pós-sináptica
 Ativação do AMPcíclico ou do GMPcíclico na célula
neuronal
 Ativação de uma ou mais enzimas intracelulares
 Ativação da transcrição dos genes

16
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

17
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

18
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

Distribuição Uniforme do Potencial dentro do Soma:


 No interior do soma neuronal há uma solução eletrolítica
altamente condutora, o LÍQUIDO INTRACELULAR DO
NEURÔNIO.
 Qualquer alteração do potencial em qualquer parte do líquido
intrassômico causa alteração quase exatamente igual do potencial
em todos os outros pontos do soma.

19
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

EVENTOS ELÉTRICOS NA INIBIÇÃO NEURONAL

 Potencial Pós-Sináptico Inibitório (PIPS): causa a


hiperpolarização do neurônio.
 Inibição Pré-Sináptica: é uma inibição que ocorre na
terminação pré-sináptica antes do sinal atingir a sinapse.
 É causada pela descarga de sinapses inibitórias.
 Neurotransmissor mais comum: GABA.

20
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

21
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

SOMAÇÃO NEURONAL

 Somação Espacial – 2 ou mais sinapses distintas ativadas


 Somação Temporal – estimulação repetida de 1 sinapse
apenas
 Facilitação Neuronal: o potencial de membrana está mais
próximo do limiar de disparo que normalmente, mas ainda não
atingiu o nível de disparo.

22
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

23
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

Relação da Frequência dos Disparos de um Neurônio com seu


Estado Excitatório

 “Estado Excitatório” é definido como o grau somado dos


impulsos excitatórios para o neurônio. (EXCITAÇÃO > INIBIÇÃO)
 “Estado Inibitório” = INIBIÇÃO > EXCITAÇÃO
 A freqüência com que irá disparar será determinada por quanto
o estado excitatório estiver acima do limiar

FADIGA DA TRANSMISSÃO SINÁPTICA

 Quando as sinapses excitatórias são estimuladas


repetitivamente a uma freqüência muito rápida, o número de
descargas pelo neurônio pós-sináptico é inicialmente MUITO
GRANDE, mas torna-se progressivamente MENOR nos
milissegundos ou segundos sucessivos.
 Causa: exaustão das reservas de substância transmissora nas
terminações sinápticas.

24
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

TIPOS DE FIBRAS NERVOSAS


E SUA CLASSIFICAÇÃO:
• Fibras nervosas mielinizadas
• Fibras nervosas não mielinizadas

FIBRAS NERVOSAS MIELINIZADAS

25
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

Classificação
Das
Fibras
Nervosas

Classificação
Das
Fibras
Nervosas

26
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

27
Neurofisiologia/UFES/Prof. Élio Waichert
Jr

FIM

28

Você também pode gostar