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“A Marca da Vitória”

Phil Knight sempre teve paixão pelos esportes e adorava praticá-los. Quando era
criança, ele tinha um emprego, onde tabelava os resultados esportivos do dia. Essa
tarefa era feita à noite, e os resultados seriam publicados no dia seguinte. Após o
trabalho, ele corria para casa, o que dava cerca de 11 km por dia.

Anos mais tarde, depois de se formar na faculdade de Administração e entrar


para a Stanford Graduate School of Business, Knight tinha uma visão: importar
calçados japoneses para a América e estava muito interessado na marca Tiger, fabricada
pela empresa Onitsuka. Mesmo que ninguém tenha ficado impressionado, Phil decidiu
fazer uma viagem ao Japão. Lá, percebendo que não tinha nada a perder, ligou para o
Sr. Onitsuka para marcar uma reunião. Contudo, mesmo parecendo uma ideia maluca,
ele teve sucesso.

Após 2 horas de reunião, que deveriam durar 15 minutos, Onitsuka deu a Phil
300 pares de tênis Onitsuka Tiger e os direitos de distribuição do oeste dos Estados
Unidos para vendê-los. Nos próximos meses, Knight venderia esses tênis no porta-
malas de seu carro. Entretanto, ele só não disse ao executivo, que a Blue Ribbon -
primeiro nome da Nike - era constituída apenas por si mesmo e seu pai, que era
considerado o único investidor.

Depois de conseguir o acordo, Phil fez várias viagens pelo mundo. Em uma
dessas viagens, ele visitou o Templo de Nike, a deusa da vitória. Anos mais tarde,
Knight se deparou com uma peça chamada “Os Cavaleiros”. Essa peça era a
representação de um guerreiro oferecendo ao rei um novo par de sapatos.

Esses eventos específicos, as experiências que Phil adquiriu em suas viagens e


seus aprendizados sobre outras culturas acabaram o influenciando mais tarde em sua
jornada de vida. Depois de 3 meses aguardando os tênis de Onitsuka, Phil enviou dois
pares para Bill Bowerman, seu ex-treinador da Universidade de Oregon, na expectativa
de conseguir uma venda e um ótimo testemunho.

Bowerman acabou se oferecendo para se tornar seu parceiro e cuidar do design


do produto. Para Knight, ter seu mentor como sócio e ver que ele também
compartilhava de suas ideias, era uma das coisas que lhe dava mais confiança para criar
a empresa da maneira que ele julgava adequada.

Bill Bowerman era um verdadeiro “Shoe Dog”, esse termo é usado na indústria
para se referir a uma pessoa obcecada por tênis. Phil Knight descobriria mais tarde que
as habilidades de Bill seriam cruciais para o sucesso da empresa.

Umas das inovações de Bowerman foi o “Waffle Sole”. Ele conseguiu criá-lo
fazendo testes com vários tipos de borracha, em que o composto era aquecido e aplicado
diretamente na sola dos tênis de corrida. Depois de vários testes, Bill finalmente
encontrou o composto com a consistência e durabilidade ideais.

O treinador de Phil foi fundamental no sucesso contínuo da Blue Ribbon, no


entanto, grande parte desse sucesso vinha também dos funcionários não convencionais,
mas brilhantes, de Phil. Knight e Bowerman trabalharam juntos por muitos anos. Para
ele, seu mentor era visto como a alma da companhia e sempre assegurou que “se
Bowerman não está feliz, a Blue Ribbon não está feliz”.

Como a empresa Blue Ribbon estava crescendo, Phil criou uma equipe em que


as pessoas compartilhavam sua visão e que ele as tinha de confiança. Essa equipe era
formada por excêntricos talentosos, e todos ajudavam na tomada de decisões. De fato,
eles trabalhavam tão bem juntos, justamente, porque eram todos incomuns. Isso fez com
que todos se sentissem à vontade no ambiente de trabalho, ninguém precisava se
segurar.

Phil Knight adotava uma filosofia no trabalho, essa filosofia veio das palavras do
general Patton: “Não diga às pessoas como fazer as coisas. Diga-lhes o que fazer e
deixe-os surpreendê-lo com seus resultados”. Por exemplo, Phil não dizia o que fazer a
Jeff Johnson, o primeiro funcionário em tempo integral da Blue Ribbon. Johnson
trabalhava ao lado de Bill desenvolvendo tênis revolucionários, e eles trabalhavam de
maneira obstinada.

Ao longo dos anos, o Sr. Onitsuka tornou-se o maior aliado de Phil, mas não
parou por aí. Durante as várias mudanças de gestão, o empresário foi se tornando seu
maior e mais perigoso oponente. Quando o Sr. Onitsuka quis tomar o direito de
distribuição que ele tinha dado ao jovem, Knight percebeu que não podia confiar na
empresa japonesa e em suas promessas, apesar dos contratos assinados.

Para Phil, a saída era única: ser livre. Mas, para isso, ele teria que criar sua
própria empresa. E foi através desses problemas que Phil desencadeou o nascimento
da Nike. Em 1971, a decisão foi tomada, a empresa Blue Ribbon deixaria de vender os
produtos japoneses, com isso, ela também deixaria de existir.

Knight pediu aos seus colaboradores que lhe sugerissem nomes para a nova
empresa. Jeff Johnson, o primeiro funcionário em tempo integral da Blue Ribbon, liga
para Phil no meio da noite e diz que o nome da empresa deveria ser Nike, pois era isso
que dizia seu sonho.

Foi aí que Phil se lembrou da impressão de que a deusa da vitória (Templo de


Nike) o tinha causado anos atrás, em Atenas. Knight decidiu então que esse seria o
nome da empresa: Nike. A partir desse momento, a Nike passa por várias dificuldades, a
Onitsuka abre processo contra eles, levando a nova empresa a quase ir à falência. Aliás,
a Nike quase foi à falência inúmeras vezes.

Phil conta que o triunfo da Nike foi a abertura de capital, que coincidiu ser no
mesmo dia da Apple. Além disso, o preço de IPO das 2 empresas era o mesmo,
mostrando que a Nike já era considerada uma grande empresa. IPO (Initial Public
Offering) é uma sigla que se refere a Oferta Pública Inicial, que representa o valor das
ações de uma empresa quando ela é vendida para o público pela primeira vez.

Phil Knight diz que eles dormiram relativamente ricos, mas acordaram no dia
seguinte, depois das ações da Nike serem vendidas, extremamente ricos e poderosos.
Até hoje, a empresa se orgulha de sua integridade, à qual também atribui grande parte
de seu sucesso. Atualmente a empresa é a marca de roupas mais valiosa do mundo,
patrocina grandes esportistas e clubes e é avaliada em mais de 37 bilhões de dólares.

Assim, quando nos transformamos em líderes mais eficientes, nos tornamos


também melhores como amigos, pais, companheiros, filhos, vizinhos, clientes,
cidadãos… e vice-versa. Algumas formas de colocar em prática os ensinamentos
obtidos são: Crer em seus princípios e permanecer leal às suas crenças, não desistir
quando obstáculos surgirem, cerque-se de pessoas que acreditam em você e
compartilham de sua visão, os colaboradores com a visão não trabalharão apenas por
dinheiro, eles estarão verdadeiramente envolvidos com a empresa e pense de maneira
não convencional.

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