Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
É preciso dar ao tempo livre um sentido mais pleno e ao ócio um realce mais
positivo. Domenico de Masi sugere que você dívida o seu tempo em 3 partes, em
medidas adequadas, de acordo com a sua situação e vocação de vida, são elas: Tempo
para si mesmo, ao seu corpo e mente, Tempo para sua família e amigos e Tempo para a
coletividade, contribuindo para a sua organização política e cívica.
Ao mesmo tempo em que nos mantêm em casa, por meio da internet, o trabalho
à distância nos leva longe. Além disso, ele nos permite mudar de cidade e, ainda assim,
trabalhar para a mesma organização. Por isso, precisamos ter uma mente elástica e com
flexibilidade prática para gerirmos todos os tipos de situações. A tecnologia e internet à
serviço do trabalho permitem que nós trabalhemos de roupão, diminuamos os
deslocamentos e engarrafamentos, mas exige estudos cada vez mais especializados e
contínuos e a mudança de cidade e país.
O overtime é aquele tempo que você fica esquentando a cadeira do seu trabalho
sem que seja necessário. Segundo Domenico De Masi, uma ação drástica é necessária
para que você consiga combater o overtime. Com a máxima automação e os
microprocessadores isso não é mais preciso. Muitos poderiam trabalhar cinco ou, no
máximo seis horas por dia. Muitas pessoas poderiam dar uma volta nesse mesmo
horário de trabalho para receber estímulos criativos.
O fato é que as pessoas passam tempo demais nas empresas, sejam elas públicas
ou privadas. Domenico De Masi acredita que a semana de trabalho deve ser de, no
máximo, três dias úteis e cada mês tenha, no máximo, três semanas de trabalho uma
redução drástica dos horários. É bom para você?
Um horário mais flexível para a rotina de trabalho gera muitos efeitos positivos,
seja dando emprego a quem não tem, seja aumentando a eficiência e a criatividade das
pessoas que já estão empregadas. Para Domenico De Mais, no futuro, poderemos
descansar em qualquer hora do dia ou em qualquer dia da semana. Para o autor, a
própria família fará o trabalho doméstico sem delegar a terceiros, porque este tipo de
trabalho ficará mais fácil e rápido, devido os eletrodomésticos, alimentos pré-cozidos e
casas menores e funcionais.
O ócio como instrumento criativo é aquela trabalheira mental que ocorre quando
você está fisicamente parado, ou até mesmo dormindo à noite. Viver o ócio não
significa não pensar, significa não pensar em regras obrigatórias e não ser assediado
pelo cronômetro. O ócio criativo é o que alimenta as ideias. O cérebro precisa do ócio
para produzir novas ideias. E as ideias são necessárias para que a sociedade se
desenvolva e evolua. É preciso educar nossos filhos e jovens tanto para trabalhar,
quanto para aproveitar o ócio.
Devemos seguir algumas regras para fazer com que nossa sociedade evolua
positivamente no futuro: Ensinar que o trabalho não deve ser uma obrigação que
oprime, mas sim um prazer estimulante e criativo; ensinar o “não trabalho”, isso quer
dizer, atividades ligadas ao tempo livre, aos cuidados e as atenções; formar os jovens
para projetarem de forma contínua a própria existência e educar para que as pessoas não
temam o fluir incessante das inovações.
Quem financia uma sociedade na qual o tempo livre é predominante? Esta é uma
pergunta feita por aqueles que criticam as ideias de Domenico de Masi. O sociólogo
explica: as máquinas, cada vez mais, trabalham mais do que os cidadãos, por isso eles
podem trabalhar menos. Isso não quer dizer que devemos ficar de pernas para o ar o dia
inteiro, apenas que não devemos mais nos matar de trabalhar, como faziam os operários
da sociedade industrial.