Você está na página 1de 4

CONTEÚDO DIREITO NA NET

SOCIEDADE DE FUTURO, segundo Domenico de Masi


A nossa sociedade é a primeira sociedade da história humana que
vive sob um planejamento futuro. Com o Big Data, hoje podemos
realizar previsões com um nível inédito de sofisticação. Nesse
sentido, o professor sublinha alguns fatores que poderão denotar
como será o nosso futuro próximo, como o fator demográfico e a
segurança. A

A digitalização está determinando uma notável diferenciação no


âmbito da sociedade, em especial entre os chamados “analógicos”
e os chamados “digitais”. De acordo com o professor De Masi, o
primeiro grupo é composto por pessoas de mais idade, as quais
tiveram contato com a informática de modo tardio e que possuem
hábitos conservadores ou pensamentos retrógrados. O segundo
grupo, por sua vez, é formado por jovens que cresceram com o
advento das novas tecnologias, os quais viajam com frequência e
não possuem, em geral, muitos preconceitos, além de conviverem
com a língua inglesa.
Grande parte das organizações atualmente, entretanto, ainda
possuem topos predominantemente masculinos e analógicos e
bases formadas por homens e mulheres digitais.

MUNDO DIGITAL E CRIATIVIDADE

Uma empresa que não é criativa é uma empresa que resiste à


mudança. Tudo o que é novo lhe dá medo, ao invés de ser atrativo.

Criar envolve riscos, enquanto que repetir coisas do passado não


envolve riscos. Criar o novo envolve riscos.

A primeira etapa no estabelecimento de uma cultura criativa é evitar


os obstáculos da burocracia à criatividade, além da força do hábito
e de chefes que não desejam arriscar – um fator inerente à
inovação.
Outro obstáculo à criatividade é a falta de capacidade de controlar a
criatividade do próximo. Se a comunicação não funciona dentro de
uma organização, mesmo se uma ideia criativa se realizar, ela não
se difundirá porque não será devidamente comunicada.

COMPORTAMENTOS
Os psicólogos estudaram os possíveis comportamentos que podem
estar presentes no ambiente de uma organização. Domenico de
Masi destaca quatro tipos: os trabalhadores taskoriented, os
trabalhadores grouporiented, os trabalhadores self-oriented e os
trabalhadores que tendem a não se orientar.
De acordo com os psicólogos sociais, entre as três primeiras
figuras, a melhor opção é possuir as três. O self-oriented estimula
os seus colegas e cria um foco competitivo, o qual, de certa forma,
mantém a pressão no grupo. No entanto, essa dinâmica pode fazer
com que o grupo se dissolva, razão pela qual é importante a
presença do trabalhador group-oriented e de suas ações
unificadoras. Em meio a tudo isso, o task-oriented faz com que não
se perca de vista o objetivo que deve ser alcançado pela
organização.

SMART WORKING
Diferentemente do chamado “home office”, bastante popularizado
no contexto da pandemia de COVID-19, quando muitos
trabalhadores foram obrigados a trabalhar diretamente de suas
casas, o “smart
working”, introduzido legalmente na Itália, sugere a possibilidade de
trabalhar por meio de smartphones, tablets e outros dispositivos,
sempre em lugares diversos – em casa, no bar, no transporte
público.
Na história do trabalho, muitas pessoas de muitas profissões as
realizavam em casa.
Nesse sentido, o trabalho remoto não é de todo uma novidade. Nos
velhos ateliês, por exemplo, o tempo de trabalho e o tempo de vida
dos artesãos coincidiam totalmente. Trabalho e vida possuíam um
ótimo equilíbrio de vida, e havia uma forte integração entre
criatividade, execução, manualidade, vida caseira, vida no ateliê,
vida no bairro e vida na cidade.
A sociedade industrial, caracterizada pela produção em massa de
bens materiais, ao estabelecer fábricas distantes do centro das
cidades, criava uma situação em que havia uma profunda divisão
entre o lugar onde se dormia, onde se vivia, e o local no qual se
trabalhava. Nesse contexto, o trabalho passou a absorver toda a
vida do indivíduo, dividindo-o entre a vida do trabalho, que é
cotidiana, e a vida fora do trabalho, reduzida às noites e aos
feriados.
Sendo assim, o local de trabalho deixou de coincidir com o local de
habitação.
No contexto pós-industrial, associado à produção em massa de
informação, as relações de trabalho transformaram-se novamente.
De acordo com o professor, o número de trabalhadores que
trabalham com informações e não com matériasprimas, até o
momento, já supera os 70% de todos os trabalhos. A partir dos
anos M1960, passou-se a debater, com cada vez mais frequência, a
ideia do trabalho remoto – e de suas variantes.
Sabe-se, entretanto, que nem todos os trabalhos podem ser
realizados à distância.
Com base em uma série de pesquisas realizadas ao redor do
mundo, revelouse os seguintes dados: podem ser feitos através do
teletrabalho 98% dos empregos com atividades financeiras e de
seguros, 92% das atividades de empresas de produção de
software, consultoria de TI e atividades relacionadas, 89% das
atividades de empresas de informação e comunicação, 57% das
atividades de
empresas produtoras de computadores, produtos elétricos e óticos
e, por fim, 31% das atividades feitas em empresas de manufatura.
As vantagens do smart working giram em torno da economia de
tempo, além da redução do cansaço, do estresse, dos gastos e dos
riscos do movimento pendular. O trabalhador tem a oportunidade de
gerenciar o próprio tempo, local e ritmo de trabalho, além de ter
mais chances de ser avaliado corretamente. Dessa forma, o
trabalho se torna muito menos alienante. Por outro lado, algumas
de suas desvantagens referem-se à possibilidade de perda do
poder de negociação e à diminuição de garantias sindicais, entre
outros perigos.

Sociedade 5.0:
Popularizado na exposição comercial mundial dos serviços de
telecomunicação digital e tecnologia da informação, realizada em
2017, o conceito refere-se ao papel dos humanos em um mundo do
trabalho cada vez mais automatizado. A sociedade 5.0 é marcada
pelo uso de novas tecnologias associado às necessidades
humanas.
“A quarta revolução industrial é disruptiva porque passamos a viver
uma existência que não tínhamos até então a partir da conjugação
das nossas existências físicas, digitais e tudo o que isso agrega.”

Transumanismo:
Trata-se de um movimento filosófico que visa transformar a
natureza humana por meio de tecnologias emergentes, otimizando
as potencialidades evolutivas dos seres humanos.
Influenciada pela ficção científica, a visão transumanista tem atraído
muitos adeptos, críticos e detratores

Você também pode gostar