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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

PUC MINAS CONTAGEM


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO 2
PROFESSOR LUCIANO FERNANDES NOVAES

A ERA DA INFORMAÇÃO, MUDANÇA E INCERTEZA.

 No início da década de 90 deflagra o aparecimento da era da informação. O capital financeiro dá


lugar para o capital intelectual. A nova riqueza passa a ser o conhecimento que o indivíduo passa a produzir.
 O impacto provocado pelo desenvolvimento tecnológico nos remete à era da informação. Aliado à
este momento encontramos uma tecnologia da informação que podemos considerar a união do computador
com a televisão e as telecomunicações.
 Os Centros de Processamentos de Dados – CPD foram enxugados e descentralizados por meios de
redes integradas e microcomputadores nas organizações.
 A minituarização, a portabilidade e a virtualidade passaram a ser a nova dimensão espacial fornecida
pela TI.
 As comunicações se tornaram móveis, flexíveis, rápidas, diretas e em tempo real, permitindo maior
dedicação ao cliente.
 A era da informação nos trouxe doze temas básicos que mostram as grandes diferenças entre a nova e
a velha economia:
1º) conhecimento – este é criado por pessoas, apesar da inteligência artificial e de outras tecnologias da
informação. É o conteúdo do conhecimento fomentando produtos e serviços inteligentes. Ex.: carro
inteligente, telefone inteligente etc.;
2º) digitalização – a nova economia é digital. A nova mídia é internet. A infoestrutura está substituindo a
estrutura tradicional;
3º) virtualização – passam-se da informação analógica para digital, as coisas físicas se tornam virtuais,
como empresa virtual, emprego virtual, disciplina virtual etc.;
4º) molecularização – a antiga corporação foi desagregada e substituída pro moléculas dinâmicas e grupos
de indivíduos e entidades que foram a base da atividade econômica;
5º) redes interligadas – integram moléculas em grupos que estão interligados a outros para a geração de
riqueza;
6º) desintermediação – os intermediários entre os produtores e consumidores estão desaparecendo devido à
rede digital e ao comércio eletrônico;
7º) convergência – o setor dominante deixa de ser a indústria automobilística para se a nova mídia, para
qual convergem as indústrias de computação, comunicação etc.;
8º) inovação – tornar os produtos obsoletos é o lema das organizações, ou seja, ciclo de vida do
produto/serviço cada vez menor;
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9º) produ-consumo – a distinção entre consumidores e produtores é pouco nítida, Na internet todo
consumidor torna-se produtor de mensagens, contribui para discussões, faz test-drive em carros;
10º) imediatismo – elemento propulsor da atividade econômica e o sucesso empresarial. O intercâmbio
eletrônico de dados interliga fornecedores e clientes proporcionando concomitância de decisões e ações;
11º) globalização – as organizações e as transações comerciais estão em voga. Os negócios e conhecimentos
não têm fronteiras;
12º) discordâncias – questões sociais vêm à tona provocando traumas e conflitos que precisam ser
administrados.
 Com a era da informação vieram também muitas dúvidas e incertezas para o mundo corporativo. A
maior parte das organizações foram pegas de surpresa e estavam despreparadas para a nova realidade. A
velocidade e intensidade das mudanças foram além do que se esperava. O diferencial entre o que as
organizações estão fazendo e o que elas deveriam fazer tornaram-se enorme e inultrapassável.

EMPREGABILIDAE X EMPREGO NA ERA DA INFORMAÇÃO


 Por muito tempo o emprego representou a base segura sobre a qual podíamos assentar toda uma vida.
 O tempo de permanência diminui a cada dia, aumentando assim a rotatividade.
 Empregabilidade: condição de ser empregável, isto é, de dar ou conseguir emprego para os seus
conhecimentos, habilidade e atitudes, intencionalmente desenvolvidos por meio de educação e treinamento
(adestramento) sintonizados com as novas necessidades do mercado de trabalho.
 O indivíduo com grau de empregabilidade satisfatório, tem chances de aumentar a sua atuação pela
grande atratividade que exerce em contratantes potenciais, devido à sua contribuição (conhecimento) ir de
encontro às demandas de mercado.
 Para que o indivíduo conquiste a segurança profissional e financeira, deverá investir na autogestão da
sua carreira e na construção de bases próprias sustentadas por seis pilares:
a) adequação profissional
b) competência profissional
c) idoneidade
d) saúde física e mental
e) reservas financeiras
f) relacionamentos
 As formas de trabalho adquirem novas feições e o emprego passa por mudanças profundas, não que
deixou de existir, mas pode deixar de ser tal como conhecemos.
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 O emprego é uma necessidade premente do capital e do indivíduo. Mas, por melhor que seja, deixou de
ser sinônimo de segurança.
 A idéia que emprego é segurança, foi vendida aos indivíduos para garantir a lealdade total às empresas.
 Diminui o período de permanência nas empresas e aumenta as exigências em termos de
profissionalismo.
 A empresa deixa de ser uma grande família, e passa a ser um local onde profissional atua na produção de
bens e na prestação de serviços;
 Para sobreviver a uma economia global, as organizações eliminaram ou redesenharam cargos e, em
muitos casos, operações inteiras.
 Como conseqüência dessas mudanças, o emprego pode ser retirado ou a função extinta de uma hora para
outra.
 Alguns economistas acreditam que o indivíduo terá mais de um empregador, e arriscam dizer que, se a
tendência mundial se confirmar, o desemprego tenderá a desaparecer.
 O vínculo empregatício começa a ceder espaço para novos modelos de relacionamento profissional.
 A carreira para a vida inteira torna-se cada vez mais rara e o retreinamento para acompanhar as
mudanças é uma das exigências de novo mundo.
 No mercado que surge, as empresas solicitam alguns serviços especializados apenas quando precisam e
pagam ao profissional de acordo com o trabalho realizado.
 O despreparo dos indivíduos para enfrentar estas mudanças não é surpresa. A maioria de nós não
imaginava viver esse tipo de transição.
 Durante toda nossa vida fomos adestrados, seja pela família, escolas, empresa, para cultivar o emprego
por um tempo longo como um bem social. O emprego como a única fonte de trabalho e rendimento.
 Estamos passando por um momento histórico, exigindo que repensemos nosso conceito de segurança
profissional.
 Trata-se de uma revolução de conceitos e comportamentos muito difícil, pois contraria décadas e mais
décadas de educação e treinamento.
 Para aumentar a própria empregabilidade, o profissional precisa estar apto do ponto de vista técnico,
gerencial, intelectual, humano e social para solucionar os desafios cada vez mais sofisticados e específicos.
 O futuro pertence às pessoas que usam a cabeça e conhecem as tecnologias mais recentes.
 A maioria dos profissionais confia o seu futuro nas mãos da organização empregadora.
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 É comum ao perguntar aos indivíduos sobre cursos de especialização: “empresa não tinha um bom
programa de treinamento. Por isso, há três anos não faço um curso”.
 Pergunta-se: como ficará este profissional se precisar viver pelos seus próprios meios?
 Lembre-se: “a carreira pertence ao profissional, isto é, do seu proprietário, e não do tomador de serviço
ou do empregador”.
 Os EUA o termo empregabilidade equivale a “employability”: a condição de dar emprego ao que se
sabe, a habilidade de ter emprego.
 Para ajustar-se à economia global, as organizações começam a adotar uma política de preparar os seus
empregados para que estejam em condições de ter trabalho quando deixarem a organização.
 No Brasil como nos EUA, segundo indicam as estatísticas da Lens & Minarelli, 20% das recolocações
ocorreram em alguma forma de negócio próprio.
 As empresas brasileiras viram-se na contingência de revisar seus sistemas de trabalho e de exigir
desempenho diferente dos seus profissionais.
 Para que as organizações brasileiras pudessem sobreviver, tiveram que diminuir de tamanho (dowsizing)
e produzir melhores produtos/serviços, por menor preço, atendendo assim às necessidades de mercado.
 Lógico que a reorganização dos sistemas produtivos vem sendo gradual e varia de acordo com o grau de
exposição da empresa brasileira ao mercado externo.
 Criaram-se no Brasil bolsões de modernidades e de atraso, assim os profissionais-dinossauros ainda têm
espaço, mas fatalmente irão confrontar, mas cedo ou mais tarde com a modernização.

AS BASES DA EMPREGABILIDADE
 Adequação vocacional, competência profissional, idoneidade, saúde física e mental, reserva financeira e
fontes alternativas e relacionamentos.
 A união de todos estes pilares da empregabilidade dá segurança ao profissional, confere
empregabilidade, isto é, a capacidade de gerar trabalho, de trabalhar e de ganhar.
 Criando uma simbologia, estes pilares podem ser comparados a um quaradouro em relação a sua
carreira.
 De nada adianta você ter uma dos pilares bem estruturados, temos que manter fortes e equilibrados todos
ao nosso favor.
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ADEQUAÇÃO PROFISSIONAL
 Este primeiro pilar fortalece a empregabilidade na medida em que a ocupação corresponde a aptidões,
facilidades, gostos e interesse do profissional.
 É preciso estar na profissão certa, exercer uma atividade que corresponda à sua vocação.
 Temos que ter o prazer de trabalhar, pois muitos profissionais, pelos mais variados motivos, estão ás
voltas com atividades que não correspondem a sua vocação.
 A solução possível para esta situação é adotar uma atitude positiva de busca de convergência entre o
trabalho e a vocação, mesmo que seja necessário trocar de atividade. Ou seja, procurar uma correção do
roteiro.
 Às vezes, o profissional está há anos afastado do métier, o que requer maior determinação e esforço.
 A proximidade entre o trabalho desempenhado e a vocação é fundamental para que a pessoa tome
iniciativa, para que todos os dias tenham ânimo, energia, disposição. A vontade de ir atrás de trabalho é,
inclusive, decorrência do ajuste vocacional.
 Fazer um esforço para aproximar-se e fixar-se na sua área de atuação profissional, faz com que tenhamos
uma qualidade de vida no trabalho favorável.
 O ideal seria que fizéssemos isso desde a universidade, que fossemos em busca de áreas onde
pudéssemos atuar com todo o interesse e facilidade.
 Muitas vezes teremos oportunidades, convites, indicações para atividades que não correspondem ao
nosso plano de vida ou a nossa vocação.

COMPETÊNCIA PROFISSIONAL

 Competência é sinônimo de capacitação profissional, com ela o indivíduo concorre no mercado.


 Competência profissional: compreende os conhecimentos adquiridos, as habilidades físicas e mentais, o
jeito de atuar e a experiência.
 Alguns autores entendem que é desenvolvida pela formação escolar, pelos treinamentos (adestramentos)
recebidos, pelo autodidatismo e pela vivência cotidiana.
 Neste final de século e de milênio, com mudanças frenéticas, de contínua superação tecnológica e
obsolescência planificada, exige-se do profissional atualização constante e rápida.
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 Quem descuida de sua qualificação e atualização perde a “atratividade”, não desperta atenção, tornando-
se um profissional de segunda, terceira...

 Devemos nos comportar como uma pessoa diante de uma escada rolante que desce. Não fique parado.
 Para permanecer no mesmo lugar é necessário andar no ritmo da escada, caso contrário nós seremos
impelido para baixo.
 Se quiser subir, ande mais depressa ou corra, mas compassadamente e sempre, pois a escada não pára,
nem tira férias.
 Grande parte dos demitidos são pessoas que se acomodaram em seus empregos (ou degraus). Podem ser
indivíduos honestos, trabalhadores, mas que pararam e foram descendo lentamente, levados pela escada
rolante. Perceberam tardiamente que estavam na base ou fora da escada.
 A curiosidade e o interesse são fundamentais para atingirmos uma competência profissional que nos
difere dos demais.
 O profissional, empregando suas habilidades ou não, tem que:
1. ir atrás da informação
2. comprar periódicos ou outras fontes especializadas nas áreas de seu interesse
3. freqüentar cursos, palestras, seminários, exposições...
4. ter humildade de aprender com as pessoas à sua volta
5. voltar a utilizar a habilidade de fazer perguntas e ouvir
6. aprender constantemente, ou seja seguir o caminho de uma educação continuada
 As pessoas inquietas desenvolvem a capacidade de aprender.
 Outro aspecto a ser cuidado, e, diga-se de passagem, muito bem cuidado, é a divulgação. O mercado
precisa saber de sua existência e da sua competência.
 Por isso o profissional deve ser seu próprio empresário, vender seu trabalho o tempo todo, mas sabendo
de promover.
 Além da competência técnica e gerencial, precisa-se de competência em comunicação e “vendas”.
 Um cliente, um empregador, a pessoa ou a organização a serem atingidas só vão comprar, encomendar
ou aceitar uma proposta quando sentirem confiança na pessoa que está “vendendo”.
 A confiança começa a ser conquistada pela imagem do profissional.
 O físico, a vestimenta, a maneira como o profissional prestador de serviço se comporta, os instrumentos
e objetos de trabalho são extremamente avaliados. A competência entra em jogo depois.
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 O profissional poder ser muito eficiente, ter solucionado anteriormente problemas iguais aos que está
sendo apresentados, mas se estiver mal vestido, sentado de forma deselegante e com expressão tensa não
conseguirá conquistar a confiança das pessoas.

IDONEIDADE
 Quem, em sã consciência, contrataria um profissional comprovadamente envolvido em concorrência
fraudulenta? Certamente, só outros desonestos.
 Você pode até perder grandes somas ao deixar de lado jogadas “de mestre” ou ficar tentado a aceitar
uma propina, mas nunca, jamais se esqueça de que isso pode prejudicar definitivamente a sua carreira,
porque atribui ao profissional o rótulo de alguém “comprável”.
 Devemos lembrar que os deslizes são munições de que o “inimigo” dispõe e que pode ser usadas contra
o profissional na hora mais inadequada possível. Se alguém descobrir, o seu gerente ou um concorrente,
você pode ter certeza de que isso se voltará contra você.
 O profissional idôneo e que conduz sua vida e o seu trabalho dentro dos princípios legais e éticos, tem a
seu favor a consideração, o apreço, a admiração e a confiança das pessoas. Não existindo meio-termo. Ou é
correto, ou não é.
 Os valores básicos, como honestidade, o respeito ao próximo estão ressurgindo e se encontram num
processo de reavaliação acelerado.

SAÚDE FÍSICA E MENTAL


 Este item merece um cuidado muito especial, valendo-se dele agimos, vivemos e trabalhamos.
 Busca-se com a saúde física o equilíbrio entre o trabalho e o lazer, entre a obrigação e a diversão, entre o
papel profissional e os demais papéis que desempenhamos na vida.
 A grande sabedoria é saber colocar o trabalho no seu devido lugar.
 Homens e mulheres têm vários papéis: de pai ou mãe, de filho, de cidadão. Quem apenas trabalha não
tem tempo, ânimo nem condições de exercer os outros papéis.
 Aquele que quer administrar sua empregabilidade, sua carreira, que quer o melhor para sua vida, deve
lutar para obter esse equilíbrio.
 Nós consumimos energia para viver, para trabalhar e estamos consumindo-a a todo o momento. Essa
energia é produzida pela máquina humana, ou seja, por nós mesmos, precisa ser tratada convenientemente.
Para isto temos que ter uma alimentação adequada e fazer exercícios
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 As pessoas saudáveis relacionam com outras pessoas de forma igualmente saudável, transmitindo uma
imagem melhor, interagindo de maneira favorável, pois desperta a confiança do interlocutor, passando-lhes
uma mensagem de energia.

 Sendo assim, o cuidado com o corpo não é um modismo, mas uma contingência, um benefício e uma
vantagem para o profissional.

RESERVA FINANCEIRA E FONTES ALTERNATIVAS


 A perda do emprego significa o fim da entrada de receita, um hiato no seu orçamento. Ou seja, o
comprometimento da atualização profissional, do cuidado da saúde, do lazer, das viagens etc.
 O profissional precisa ter uma reserva para as emergências que podem ocorrer no dia-a-dia, seja para o
período pós-demissão.
 As reservas são feitas mês a mês, com sacrifício e persistência, mesmo que seu salário seja insatisfatório.
Lembre-se que as reservas são conveniência, uma defesa, mais um pilar que garante a empregabilidade.
 Quem vive de salário está sujeito a situações difíceis, como qualquer outra pessoa. Mas pode evitar que
sua dignidade seja afrontada, sua idoneidade, arranhada, que seus princípios sejam transgredidos, em função
da defesa do emprego.
 Dessa forma, o profissional tem de pensar nisso assim que entrar numa empresa. Precisa fazer uma
reserva que o sustente diante de qualquer contratempo.
 A reserva deve ser considerada uma quantia sagrada, como o “dízimo dos protestantes” ou aquela nota
de mil dólares que os irmãos Maverick – do antigo seriado sobre o Velo Oeste – costuravam no forro de seus
paletós. É o chamado “pé-de-meia”.
 O empregado, o consultor, o empresário, enfim, todo profissional deve procurar uma fonte alternativa de
renda, que pode ser um segundo emprego, a realização de trabalhos esporádicos, um investimento produtivo,
seja o que for.
 O que mais assusta um profissional na fase de transição, no período que se segue à perda do emprego, é
a falta de ocupação. Sem contar, é claro, a falta de renda. Da mesma forma, a visão de nossa receita
diminuindo mês a mês, e a ausência de novos recursos, é simplesmente aterrorizante.
 Desenvolver atividades em um fim de semana, dar aulas à noite, fazer projetos de assessoria ou encarar
um trabalho sazonal, aquele que só existe em determinadas épocas, são formas de trabalho e renda.
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RELACIONAMENTOS
 Quem conhece pessoas adquire informações e quem tem informações tem acesso. Acesso e informações
é a garantia de um diálogo mais produtivo e de um provável negócio.

 Uma pessoa cuidadosa registra seus relacionamentos, cultiva-os, mostra-se solidária, atenciosa e
prestativa.
 Pode-se chamar os relacionamentos de capital social, uma vez que são construídos na vida em sociedade,
pois têm um valor e podem solucionar problemas.
 O profissional não se lembra do endereço, do telefone, sequer do nome de quem pode ajudá-lo. Sabe-se,
não encontra coragem para dirigir-se à pessoa, uma vez que jamais respondeu a qualquer convite para uma
visita, mesmo social.
 O interessante é que esse capital social é gratuito, nós o recebemos como um presente da vida, sendo
depositado diariamente e aumenta à medida que nos encontrarmos abertos aos relacionamentos, à medida
que expusermos, conversarmos, frequentarmos, à medida que nos interessamos pelos outros.
 Sempre que tomamos a iniciativa de cumprimentar as pessoas, de nos lembrarmos delas, de enviar-lhes
algum presente ou até visitá-las, estaremos tratando bem do capital social, combatendo a inflação do
esquecimento, da indiferença, do descuido e da frieza.
 Quando adota a atitude de valorização, de preocupação, que pode até passar por “interesseira” –
saudavelmente interesseira -, quando guarda e cuida bem de um relacionamento, você, profissional, torna-se
possuidor de um pilar importantíssimo, principalmente durante os momentos críticos. Essa é a hora em que o
capital pode ser “sacado”.
 De nada adianta alguém dispor de uma gama considerável de relações se não sabe o que os amigos estão
fazendo. Quantas vezes encontramos pessoas que nos dizem: “Puxa, se eu soubesse que você fazia isso
poderia tê-lo chamado, ou poderia ter apresentado você. Veja só, há poucos dias, pediram-me para indicar
alguém exatamente com o seu perfil...?”
 No caso de uma demissão, informe aquele com quem você se relaciona profissionalmente, deixe claro
onde poder ser encontrado, mantenha contato com as pessoas, para que elas não se esqueçam de você.
 Este pilar funciona em harmonia com os outros cinco: você mantém seus relacionamentos se continua
sendo considerando um profissional idôneo, se tem uma aparência saudável, se atua na área de que gosta, se
está se sustentando financeiramente, se a sua competência não está sendo questionada e s esta atualizando
sempre (educação continuada).
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Aula extraída no capítulo 2 do livro: Empregabilidade – José Augusto Minarelli

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