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Lei-17.331 08 - RJU
Lei-17.331 08 - RJU
Nº. 17.331, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2008.
Da nova redação e altera o Regime Jurídico Único
dos Servidores Públicos Civis da Administração
direta, das Autarquias e Fundações Públicas do
Município de Marabá, Estado do Pará.
O PREFEITO MUNICIPAL DE MARABÁ DO ESTADO DO PARÁ faz saber que a
CÂMARA MUNICIPAL DE MARABÁ aprova, e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
Das Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto dos Servidores Públicos Civis da
administração direta e indireta do Município de Marabá do Estado do Pará.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida
em cargo público.
Parágrafo Único Os cargos públicos, segundo a sua natureza, podem ser:
a) de provimento efetivo, aqueles de recrutamento amplo,
cujos titulares sejam selecionados, exclusivamente, mediante concurso
público, de provas ou de provas e títulos, identificadores de funções de
caráter técnico ou de apoio;
b) de provimento em comissão, declarados em lei de livre
nomeação e exoneração por ato dos Chefes dos Poderes do Município,
identificadores de funções de direção, assessoramento, coordenação e
chefia.
Parágrafo único. As funções públicas, segundo a sua natureza, podem ser:
a) de direção, assessoramento, coordenação e chefia;
c) de apoio, aquelas que se prestam à instrumentalização
das demais funções do aparelho de serviços do Município.
TÍTULO II
Do Concurso Público, Provimento, Vacância, Remoção, Promoção,
Redistribuição e Substituição
Art. 5º. São requisitos básicos para investidura em cargo público:
II o gozo dos direitos políticos;
III a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V a idade mínima de dezoito anos;
VI aptidão física e mental;
VII – não haver sido demitido do serviço público em decorrência de
processo disciplinar, ou por reprovação do estágio probatório, nos cinco anos que
antecedem o concurso;
VIII – ter sido aprovado previamente em concurso público de provas
ou de provas e títulos para cargos de provimento efetivo, isolado ou de carreira.
CAPÍTULO I
Do Concurso Público
§ 7º A inscrição do candidato está condicionada ao pagamento
do valor fixado pelo edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as
hipóteses de isenção nele expressamente previstas.
§ 8º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito à
inscrição em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis, nos termos do edital, com a deficiência de que são portadoras.
§ 9º – Nos casos em que couber, será de até dez (10%) por cento do
total das vagas oferecidas em concurso, a reserva de vagas para as pessoas de
que trata o parágrafo anterior.
Art. 7º O concurso público terá validade de até dois anos, a contar da
publicação da respectiva homologação, podendo ser prorrogado expressamente uma
única vez, por igual período.
§ 2º Não se abrirá novo concurso para os cargos em que houver
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
CAPÍTULO II
Do Provimento
Art. 8º O provimento dos cargos públicos farseá mediante ato dos Chefes
dos Poderes do Município, ou a quem estes outorgarem tal atribuição.
Art. 9º. A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Art. 10. São formas de provimento de cargo público:
III – reversão: É o retorno a atividade de servidor aposentado por
invalidez, quando por junta médica oficial do Município, forem considerados
insubsistentes os motivos da aposentadoria;
VII – promoção: É a elevação do servidor a uma posição que lhe
assegure maior vencimento básico, dentro da mesma categoria funcional.
SEÇÃO I
Da Nomeação
Art. 11. A nomeação precederá a posse e farseá:
II em comissão, para os cargos de livre nomeação e exoneração
por parte dos Chefes dos Poderes do Município.
SUBSEÇÃO I
Da Posse
§ 2º Em se tratando de servidor efetivo a ampliação do prazo, de
que trata o parágrafo anterior, condicionase a requerimento, e será contado:
I do término das seguintes licenças:
a) para tratamento da própria saúde;
b) por motivo de doença em pessoa da família;
c) em razão de gestação, adoção ou paternidade;
e) para o exercício de atividade política;
II do término dos seguintes afastamentos:
b) para servir ao Tribunal do Júri;
c) quando em missão oficial no exterior;
III do término da fruição das férias.
§ 3º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e
valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não
de outro cargo, emprego ou função pública.
§ 5º São competentes para dar posse:
I – No Poder Executivo:
a) O Prefeito, aos nomeados para os cargos de Direção e
Assessoramento Superior;
§ 6º A posse será processada mediante preenchimento de Ficha
Cadastral Admissional assinado também pela autoridade que presidir o ato de
posse que fará parte da pasta funcional do servidor.
§ 7º A autoridade que der posse ao servidor, verificará, sob pena
de responsabilidade, se foram observadas os requisitos legais para a investidura do
cargo.
§ 8º A posse em cargo comissionado determina o concomitante
afastamento do servidor do cargo de provimento efetivo, isolado ou de carreira se
for titular para o qual se encontra designado em regime de substituição eventual
ou temporária.
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica
oficial, por junta médica a ser designada para esse fim, nos termos do edital.
Parágrafo único Somente poderá ser empossado aquele que for julgado
apto física e mentalmente para o exercício do cargo; podendo, inclusive, a junta médica
requerer exames complementares se necessário for.
SUBSEÇÃO II
Do Exercício
§ 3º O ato de designação para cargo em comissão perderá seus
efeitos se não observados os prazos para o exercício previsto no parágrafo
anterior.
§ 4º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde
for nomeado ou designado o servidor competirá darlhe o exercício.
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão
registrados na ficha funcional do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício o servidor deverá apresentar, ao
órgão central de administração de pessoal do respectivo Poder do Município, os
elementos necessários para elaboração da sua ficha funcional.
SUBSEÇÃO III
Da Jornada de Trabalho
Art. 17. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das
atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho
semanal de vinte (20), trinta (30) ou quarenta (40) horas e observados os limites mínimos
de quatro (4) horas, seis (6) horas e oito (8) horas diárias, respectivamente.
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança
submetese ao regime integral e exclusiva dedicação ao serviço, podendo ser
convocado sempre que houver interesse da Administração Pública.
§ 2º Regulamento disciplinará a jornada de trabalho dos titulares de
cargos de provimento efetivo cujo exercício exija regime de turno ou plantão.
§ 3º Nas atividades realizadas em turnos ininterruptos, a jornada será
de seis (6) horas diárias, ou trinta (30) horas semanais, com observação de
intervalo de 15 minutos.
§ 5º A duração da jornada de trabalho, nos casos de comprovada
necessidade, poderá ser antecipada ou prorrogada à critério da Administração.
§ 6º Ao servidor sujeito a jornal especial de trabalho, será observado
o estabelecido em lei.
Art. 18. A freqüência será apurada diariamente com a ciência do chefe
imediato:
I – pelo ponto de entrada e saída;
II – pela forma determinada quanto aos servidores cujas atividades
sejam permanentemente exercidas externamente ou que por sua natureza, não
possam ser mensuradas por unidade de tempo.
SUBSEÇÃO IV
Do Estágio Probatório
Art. 19. Ao entrar em exercício, como condição essencial para a aquisição
da estabilidade, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a
estágio probatório por período de trinta e seis meses, durante o qual a sua aptidão e
capacidade serão objetos de avaliação especial de desempenho, por comissão
instituída para essa finalidade, coordenada pela secretaria de administração, observado
os seguintes fatores e critérios:
I assiduidade e pontualidade: o servidor corresponde aos deveres
de servidor com assiduidade e pontualidades, cumpre a jornada de trabalho pré
estabelecida, tanto no aspecto horário como em freqüência;
II disciplina: o servidor age, respeitando as diretrizes hierárquicas,
procurando manter um bom clima de trabalho, leva em consideração os valores e
sentimentos individuais e grupais. Mantém postura, disciplina e coopera com os
demais colegas, assumindo sua parcela de responsabilidade nas atividades que
lhe são conferidas respeitando as normas e procedimentos;
III responsabilidade: Capacidade de se tornar consciente de suas
obrigações e amadurecimento com que desempenha suas funções;
V Urbanidade: o servidor mantém postura adequada de acordo
com as exigências do ambiente onde desenvolve suas atividades no que tange a
cortesia, civilidade e qualidade nas relações interpessoais;
VIII produtividade: o servidor propõe alternativas para a solução
de problemas que ultrapassem a sua alçada e apresenta os trabalhos conforme
critérios de qualidade,quantidade, prazo ou outros definidos no plana de cargos e
carreira em função de metas e objetivos préestabelecidos;
IX dinamismo: Capacidade de desenvolver capacidades intensas
e despender energia na execução do trabalho de forma ordenada e
espontânea;
§ 2º Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório,
será submetido à homologação da autoridade competente a avaliação do
desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei ou o
regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração
dos fatores enumerados nos incisos I a X deste artigo.
§ 3º O servidor que, atendidos os critérios da avaliação especial de
desempenho, nos termos em que dispuser o regulamento, não obtiver média igual
ou superior a 50% (cinqüenta por cento) em cada uma das etapas, será
encaminhado para uma reavaliação, por comissão especial, que será instituída
conforme regulamento que disciplina a apuração de avaliação do estágio
probatório.
I as licenças:
a) para tratamento da própria saúde;
b) por motivo de doença em pessoa da família;
c) em razão de gestação, adoção ou paternidade;
e) para o exercício de mandato político;
II os afastamentos para:
a) exercício de cargo em comissão ou função de confiança
dos Poderes do Estado ou da União;
b) desempenho de mandato eletivo Federal ou de qualquer
das Unidades da Federação;
c) atender convocação da Justiça Eleitoral, durante período
eletivo;
d) servir ao Tribunal do Júri;
e) missão oficial no exterior;
SUBSEÇÃO V
Da Estabilidade
Art. 20. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo
de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar trinta e seis
meses de efetivo exercício.
Parágrafo único: São também estáveis os servidores que se encontram na
situação prescrita no art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal de 1988.
Art. 21. O servidor efetivo e estável somente perderá o cargo em virtude
de:
I sentença judicial transitada em julgado;
II processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada
ampla defesa;
SEÇÃO II
Da Readaptação
§ 1º. O servidor não poderá ser readaptado durante o Estágio Probatório.
§ 3º Persistindo as condições que ensejaram o remanejamento de funções,
darseá a readaptação, por ato do Chefe do respectivo Poder, caso contrário, o servidor
retornará à função anteriormente ocupada.
§ 4º A readaptação será efetivada, respeitada a habilitação exigida, nível
de escolaridade e equivalência de vencimentos e atribuições, com funções equivalentes.
SEÇÃO III
Da Reversão
Art. 24. A reversão farseá no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua
transformação.
Parágrafo Único Será tornada sem efeito a reversão exofficio e cessada a
aposentadoria do servidor que declarado apto para retornar ao trabalho, não entrar em
exercício dentro do prazo de trinta (30) dias.
Art. 25. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado setenta
anos de idade.
SEÇÃO IV
Da Reintegração
§ 2.º O ato de reintegração será expedido no prazo máximo de trinta (30)
dias do pedido do servidor, ou da ciência da sentença judicial pela Administração.
SEÇÃO V
Da Recondução
Art. 27. Recondução é o retorno do servidor efetivo ou do estabilizado ao
cargo anteriormente ocupado.
SEÇÃO VI
Do Aproveitamento
CAPÍTULO III
Da Vacância
Art. 30. A vacância do cargo público decorrerá de:
I – exoneração;
II demissão;
III readaptação;
IV aposentadoria;
V posse em outro cargo inacumulável;
VI – falecimento;
VII – Transferência
IX – Destituição.
Art. 31. A exoneração do servidor efetivo ou estabilizado darseá a pedido
do servidor ou de ofício pela Administração Pública.
Parágrafo único. A exoneração de ofício darseá:
b) quando não satisfeitas as condições de permanência no
cargo por insuficiência de desempenho, nos termos da legislação e de
regulamento;
c) quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em
exercício no prazo estabelecido.
Art. 33. A exoneração como penalidade, será sempre em decorrência de
processo administrativo ou criminal nos casos previstos em lei.
CAPÍTULO IV
Da Remoção
Art. 34. Remoção é a realocação do servidor, de um para outro órgão do
mesmo Poder, ou de uma para outra unidade do mesmo órgão.
§ 1º. Darseá a remoção, observada a respectiva ordem de precedência,
nos seguintes casos:
a) de ofício, por conveniência da Administração Pública;
§ 3º A nomeação de servidor, titular de cargo de provimento efetivo, ou do
estabilizado, para cargo de provimento em comissão, para exercício em outro órgão ou
unidade, que não o de sua lotação, dentro de um mesmo poder, caracteriza a remoção
de que trata a alínea "a" do § 1º, independentemente de qualquer outro ato, até que se
dê a respectiva vacância, caso em que o servidor retornará ao órgão de origem.
CAPÍTULO V
Da Redistribuição
Art. 35. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo
ou em comissão, ocupado ou vago, no âmbito dos quadros gerais de pessoal, para outro
órgão ou entidade do mesmo Poder.
§ 1º A redistribuição ocorrerá de ofício para ajustamento de lotação e da
força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização,
extinção ou criação de órgão ou entidade.
§ 3º A efetivação da redistribuição será precedida de manifestação dos
órgãos centrais de pessoal, no âmbito dos respectivos Poderes do Município.
CAPÍTULO VI
Da Substituição
Art. 36. Os servidores investidos em cargo de provimento em comissão de
direção ou chefia, terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de
omissão, serão previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.
§ 1º O substituto assumirá, automática e cumulativamente, sem prejuízo do
cargo que ocupa nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do
substituído.
§ 2º O substituto fará jus à gratificação atribuída ao substituído, paga na
proporção dos dias de efetiva substituição.
CAPÍTULO VII
Da Promoção ou Da Progressão Funcional
Art. 38. O servidor que não estiver no exercício do cargo, ressalvado as
hipóteses consideradas como de efetivo exercício, não concorrerá à promoção.
TÍTULO III
CAPITULO I
Dos Direitos e Vantagens
Do Vencimento, Subsídio e Remuneração
Art. 40. Para os efeitos desta Lei, considerase:
III – remuneração é a retribuição pecuniária, mensalmente, paga
ao servidor pelo exercício do cargo, correspondendo ao valor padrão fixado por
lei, acrescido de vantagens inerentes ao cargo, atribuições e condições de
trabalho.
Art. 41. Nenhum servidor da administração direta ou indireta, de qualquer
dos Poderes do Município, poderá perceber, mensalmente:
II importância superior ao subsídio mensal, em espécie, do chefe
do Executivo Municipal.
Art. 42. O servidor perderá:
II a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos não
justificados.
Parágrafo único. As faltas justificadas, nos termos desta Lei não afetam a
remuneração ou o subsídio do servidor.
Art. 43. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, ou para atender
programa oficial de apoio social ou de capacitação funcional, ou por autorização
expressa do servidor, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento do
servidor.
§ 1º Para os fins do disposto nesta Lei, considerase:
b) indenização à Fazenda Pública, o ressarcimento, pelo servidor,
dos prejuízos e danos a que ele der causa, por dolo ou culpa.
§ 3º A indenização será feita em parcelas cujo valor não exceda a dez por
cento da remuneração ou provento.
Art. 45. O servidor em débito com o erário que for demitido, exonerado, ou
que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cessada, ou, ainda, aquele cuja dívida
relativa à reposição seja superior a cinco vezes o valor de sua remuneração, terá o prazo
de 60 (sessenta) dias para quitar o débito.
§ 1º A nãoquitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em
dívida ativa.
§ 2º Os valores percebidos pelo servidor, em razão de decisão liminar, de
qualquer medida de caráter antecipatório, ou de sentença, posteriormente cassada ou
revista, deverão ser repostos no prazo de trinta dias, contados da notificação para fazêlo,
sob pena de inscrição em dívida ativa.
Art. 46. O vencimento, o subsídio, a remuneração e o provento não serão
objetos de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos
resultante de decisão judicial.
Parágrafo Único: Mediante autorização expressa do servidor, poderá haver
consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração.
CAPÍTULO II
Das Vantagens
Art. 47. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes
vantagens:
I indenizações;
II auxíliospecuniários;
III gratificações;
IV adicionais.
§ 1º As indenizações e os auxíliospecuniários não se incorporam aos
vencimentos ou proventos para qualquer efeito.
§ 3º À exceção daquelas de que tratam os incisos I e II, não será permitida
a concessão das demais vantagens tratadas neste artigo aos servidores que sejam
remunerados, nos termos da lei, por subsídio.
SEÇÃO I
Das Indenizações
Art. 49. Constituem indenizações ao servidor:
I ajuda de custo;
II diárias;
III transporte.
Art. 50. Os valores das indenizações, bem assim as condições para a sua
concessão, serão estabelecidos em regulamento ou decreto.
SUBSEÇÃO I
Da Ajuda de Custo
§ 1º Fica vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo,
no caso de o cônjuge ou companheiro, que detenha também a condição de servidor,
vier a ter exercício na mesma sede.
§ 2º A ajuda de custo será paga mediante comprovação da mudança de
domicílio, das despesas realizadas com passagens, bagagens, bens pessoais e transporte
do servidor e de sua família, não podendo exceder a importância correspondente a 3
(três) meses de sua remuneração.
Art. 52. Será concedida ajuda de custo, nos termos desta Subseção,
àquele que, não sendo servidor do Município, for nomeado para cargo em comissão,
com mudança de domicílio.
Parágrafo único. Nos casos de cessão de servidor para exercício em outro
órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, quando cabível, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário.
Art. 53. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do
cargo, ou reassumilo, em virtude de mandato eletivo.
SUBSEÇÃO II
Das Diárias
Art. 55. O servidor que, a serviço, afastarse da sede em caráter eventual
ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a
passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com
pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme se dispuser em regulamento, por
decreto do chefe do Executivo.
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela
metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando o
Município custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.
§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da
mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião,constituídas por
municípios limítrofes, regularmente instituídas, cuja jurisdição e competência dos órgãos e
entidades consideramse estendidas, salvo se houver pernoite fora da sede ou
necessidade de alimentação, casos em que as diárias pagas serão sempre as fixadas
para os afastamentos dentro do Município, estes valor serão fixados por decreto da
autoridade competente ou conforme regulamento.
Art. 56. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por
qualquer motivo, deverá restituílas, no prazo de 2 (dois) dias.
Parágrafo único: Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor
do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no
prazo previsto no caput.
SUBSEÇÃO III
Da Indenização de Transporte
Art. 57. Concederseá indenização de transporte ao servidor que realizar
despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços
externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em
regulamento ou decreto.
SEÇÃO II
Dos AuxíliosPecuniários
I auxíliofuneral;
II auxílioreclusão;
III – licença à gestante,
IV – licença a adotante,
V licença paternidade;
IV – salário família.
§ 1º Os auxílios de que tratam os incisos II, III e IV deste artigo, serão pagos
pelo Instituto de Previdência dos servidores Municipais de Marabá, não sendo permitida,
sob qualquer hipótese, a sua inclusão em folha de pagamento.
SUBSEÇÃO I
Do Auxílio Funeral
Art. 59. O auxíliofuneral será devido à família do servidor ativo falecido, em
valor equivalente a um mês da remuneração.
§ 1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente
em razão do cargo de maior remuneração.
§ 2º O auxílio será pago no prazo de quarenta e oito horas, por meio de
procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que houver custeado o funeral.
Art. 60. Se o funeral for custeado por terceiro, este será indenizado,
observado o disposto no artigo anterior.
Art. 61. Em caso de falecimento de servidor a serviço, fora do local de
trabalho, as despesas de transporte do corpo correrão à conta dos recursos dos
respectivos Poderes do Município.
SUBSEÇÃO II
Da licença á gestante, à adotante e da licença paternidade
Art. 62. Será devido salário maternidade à servidora gestante, 120 (por
cento e vinte) dias consecutivos, nos termos da legislação do Instituto de Previdência dos
Servidores Municipais de Marabá;
Art. 64. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a
servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso,
que poderá ser parcelado em 2 (dois) períodos de meia hora.
SUBSEÇÃO III
Do AuxílioReclusão
SUBSEÇÃO IV
Do SalárioFamília
Art. 67. O saláriofamília será devido ao servidor nos termos da Legislação
Federal aplicável à matéria.
SEÇÃO III
Das Gratificações
Art. 68. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão
deferidos aos servidores as seguintes gratificações:
I pelo exercício de cargo em comissão;
II natalina;
III de instrutoria;
IV – pela participação em comissão ou grupo especial de trabalho
temporariamente.
SUBSEÇÃO I
Da Gratificação pelo Exercício de Cargo em Comissão
§ 1º É facultado ao servidor titular de cargo de provimento efetivo ou ao
estabilizado, investido em cargo de provimento em comissão, optar entre a remuneração
global atribuída ao cargo comissionado mais o adicional por tempo de serviço ou sua
remuneração relativa ao cargo de provimento efetivo e a gratificação de representação
atribuída ao cargo de provimento em comissão.
SUBSEÇÃO II
Da Gratificação Natalina
Art. 70. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da
remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no
respectivo ano.
Art. 72. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de
qualquer vantagem pecuniária.
Art. 73. A gratificação natalina será paga até o dia 20 (vinte) do mês de
dezembro de cada ano.
SUBSEÇÃO III
Da Gratificação de Instrutor
Art. 74. Ao servidor público, convocado para atividades de instrutor, em
programas de formação, capacitação ou treinamento, oficialmente instituídos pela
administração de pessoal, dos Poderes do Município ou ainda, no âmbito de suas
instituições de formação e capacitação funcional que for convidado lhe será devida, a
título de pro labore, uma gratificação, cujo valor e forma de pagamento serão definidos
em regulamento a ser baixado por ato do respectivo Chefe do Poder no Município com
ciência do Prefeito Municipal.
SUBSEÇÃO IV
Pela participação em comissão ou grupo especial de trabalho
Art. 75. A gratificação pela participação em comissão especial ou grupo
especial de trabalho será atribuída coletivamente e no mesmo percentual sobre o
vencimento base de provimento efetivo ou de comissão quando for o caso.
Parágrafo Único: O arbitramento da gratificação, concluído o objetivo da
comissão especial ou grupo especial de trabalho, levará em consideração a duração da
atividade e o vencimento dos servidores.
SEÇÃO IV
Dos Adicionais
Art. 76. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão
deferidos aos servidores os seguintes adicionais:
I por tempo de serviço;
III pela prestação de serviço extraordinário;
IV noturno;
V de férias;
VI – de nível superior.
SUBSEÇÃO I
Do Adicional por Tempo de Serviço
Art. 77. O adicional por tempo de serviço será devido aos servidores
efetivos estáveis e aos estabilizados à razão de cinco vírgula vinte e cinco por cento
(5,25%) calculados sobre o salário base, a cada três (03) anos de serviço público efetivo
prestado apenas aos Poderes do Município.
§ 1º Aos servidores efetivos estáveis e estabilizados que ingressaram antes
da promulgação da presente lei, serlheá respeitado o direito adquirido, permanecendo
o índice de 3,5% (três virgula cinco) por cento calculados sobre o salário base, a cada 2
(dois) anos de serviço público efetivo prestado aos Poderes do Município de Marabá.
§ 2º O tempo a que se refere o caput será contado a partir da data de
início do exercício no cargo efetivo.
§ 3º O adicional por tempo de serviço será concedido até o limite máximo
de cinqüenta (50%) por cento, incidente exclusivamente sobre o vencimento básico do
cargo de provimento efetivo, mesmo que investido o servidor em função de confiança ou
cargo em comissão.
Art. 78. O servidor fará jus ao adicional no mês seguinte ao que completar
o triênio, ou ao biênio aos servidores que ingressaram anteriormente a promulgação da
presente lei.
SUBSEÇÃO II
Do Adicional de Insalubridade ou de Periculosidade
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto
durar a gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo
suas atividades em local salubre e em serviço salubre, não perigoso e que não haja risco
de vida.
Art. 81. Na concessão do adicional de insalubridade ou de periculosidade,
serão observadas as situações estabelecidas em legislação específica.
Art. 82. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou
substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses
de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos
a exames médicos a cada seis meses.
SUBSEÇÃO III
Do Adicional por Serviços Extraordinários
Art. 83. O serviço extraordinário será remunerado da seguinte forma:
I Com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação a hora
normal de trabalho.
II Com acréscimo de 100% (cem por cento) em relação a hora
trabalhada nos dias de descanso.
§ 2º O adicional de que trata este artigo será devido apenas aos servidores
ocupantes de cargos de provimento efetivo ou aos estabilizados, não se incorporando à
remuneração.
SUBSEÇÃO IV
Do Adicional Noturno
Art. 84. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre as 22
(vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valorhora
acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computandose cada hora como cinqüenta
e dois minutos e trinta segundos.
§ 2º O adicional de que trata este artigo não se incorpora à remuneração
para quaisquer fins.
SUBSEÇÃO V
Do Adicional de Férias
Parágrafo único. No caso de o servidor ocupar cargo de provimento em
comissão a respectiva gratificação será considerada no cálculo do adicional de que
trata este artigo.
Da subseção VI
De nível superior
Art. 86. O adicional de Nível Superior no percentual de até 100%(cem por
cento) sobre o vencimento base, não podendo ser inferior a 60%(sessenta por cento), e
será devido aos servidores efetivos, com exercício na função técnica correspondente a
sua formação profissional
CAPÍTULO III
Das Férias
Art. 87. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser
acumuladas até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço,
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§ 1º Para qualquer período aquisitivo de férias serão exigidos doze meses
de efetivo exercício.
§ 2º Não será permitido levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3º É facultativo ao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono
pecuniário, obedecida à conveniência da Administração.
§ 4º No cálculo do abono pecuniário será considerado o valor do adicional
de férias.
§ 6º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá
indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na
proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício, ou fração superior a
14(quatorze) dias;
§ 7º. A indenização será calculada com base na remuneração do mês em
que for publicado o ato exoneratório.
Art. 88. Em caso de parcelamento o servidor receberá o valor do adicional
de férias quando da utilização do primeiro período.
Art. 89. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou
substâncias radioativas gozará 20 (vinte dias) consecutivos de férias, por semestre de
atividade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação e com direito à
percepção de apenas um adicional de férias.
Art. 90. O período de férias anuais de titular de cargo de professor será:
I – quando em função docente, 45 (quarenta e cinco) dias;
II – nas demais funções do magistério, 30 (trinta) dias e 15 (quinze)
dias de acordo com o calendário escolar da Secretaria Municipal de Educação.
Parágrafo Único: As férias e recesso do titular do cargo de professor, em
exercício nas unidades escolares, serão concedidos nos períodos de férias e recessos
escolares, de acordo com o calendário anual, de forma a atender às necessidades
didáticas e administrativas do estabelecimento de ensino.
Art. 91. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de
calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral,
ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou
entidade.
Parágrafo único: O restante do período interrompido deverá ser gozado de
uma só vez, observado o interesse e as necessidades da Administração Pública.
CAPÍTULO IV
Das Licenças
Art. 92. Concederseá ao servidor licença:
I para tratamento de saúde;
II por motivo de doença em pessoa da família;
III à gestante ou adotante;
IV por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
V para o serviço militar;
VI para desempenho de mandato eleitoral;
VII para capacitação;
VIII para tratar de interesses particulares;
IX para desempenho de mandato de direção sindical;
X licença prêmio.
§ 1º A licença prevista no inciso I será precedida de exame médico que
deverá ser avaliado pela Junta Médica Oficial.
§ 2º Não será permitido o exercício de atividade remunerada durante os
períodos das licenças previstas nos incisos I, II, III, IV, VII, IX e X.
SEÇÃO I
Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 93. Concederseá ao servidor licença para tratamento de saúde, a
pedido ou de ofício, com base em atestado médico, sem prejuízo da remuneração a
que fizer jus.
Art. 94. Para licença superior a 30(trinta) dias a inspeção será feita pela
Junta Médica Oficial do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais.
§ 1º Sempre que necessária, a inspeção médica realizarseá na residência
do servidor ou estabelecimento hospitalar onde se encontrar.
§ 2º Inexistindo médico vinculado aos sistemas públicos de saúde no local
de residência do servidor, aceitarseá atestado passado por médico particular.
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o atestado somente produzirá efeitos
depois de homologado pela Junta Médica Oficial.
Art. 95. Findo o prazo da licença o servidor deverá ser submetido à nova
inspeção, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela
aposentadoria.
Art. 96. O atestado e o laudo da Junta Médica deverão conter o código
da doença, que será especificada quando se tratar de lesões produzidas por acidente
em serviço, e doença profissional.
Art. 97. O servidor que apresente indícios de lesões orgânicas ou funcionais,
causadas por exposição em serviço de raios X e substâncias radioativas ou tóxicas,
deverá ser afastado do trabalho e submetido à inspeção médica.
Art. 98. O servidor que se recusar à inspeção médica será punido com
suspensão de até quinze dias, cessando os efeitos da sanção logo que se verificar a
inspeção.
SEÇÃO II
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 99. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença
do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
mediante comprovação por atestado médico.
§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário.
§ 2º A licença que trata este artigo será concedida:
I – Com remuneração integral no 1° mês;
II – Com 2/3 (dois terços) da remuneração, quando exceder de 1
(um) mês até 6 (seis) meses;
III – Com 1/3 (um terço) da remuneração, quando exceder a 6 (seis)
meses até 12 (doze) meses;
IV – Sem remuneração, a partir do 12º (décimo segundo) até o 24º
(vigésimo quarto) mês.
SEÇÃO III
Da Licença por Motivo de Gestação ou Adoção
SEÇÃO IV
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge
Art. 101. Poderá ser concedida licença ao servidor efetivo estável ou ao
estabilizado para acompanhar cônjuge ou companheiro, igualmente servidor do
Município, que foi deslocado a serviço para outro ponto do território nacional ou do
exterior.
SEÇÃO V
Da Licença para o Serviço Militar
Parágrafo único. Concluído o serviço militar o servidor terá até trinta dias
sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.
SEÇÃO VI
Da Licença para Atividade Política
Art. 103. O servidor, titular de cargo efetivo, ou o estabilizado, terá direito à
licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em
convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral.
§ 1º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da
eleição, o servidor fará jus à licença, assegurada a remuneração do cargo efetivo,
somente pelo período de três meses.
SEÇÃO VII
Da Licença para Capacitação
Art. 104. Após cada qüinqüênio de exercício o servidor efetivo estável ou o
estabilizado poderá, no interesse da Administração Pública, e nos termos do regulamento,
afastarse do exercício do cargo efetivo, por até três meses, para participar de curso de
capacitação, que tenha relação com a área de atuação de seu cargo.
§1º A licença de que trata este artigo darseá com o vencimento do
cargo efetivo, acrescido das vantagens permanentes.
§ 2º Os períodos de licença, de que trata o caput, não são acumuláveis.
§ 3º Não será permitida a concessão da licença, de que trata este artigo,
concomitantemente ao exercente de cargo em comissão ou de função de confiança.
§ 4º Sob pena:
a) de cassação da licença, o servidor deverá, mensalmente,
comprovar a freqüência no respectivo curso;
SEÇÃO VIII
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
§ 1º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do
servidor ou no interesse do serviço.
§ 2º O tempo de licença não será contado para qualquer efeito.
§ 3º Não se concederá nova licença antes de decorrido igual período do
término da anterior.
§ 5º A licença será interrompida na hipótese de o servidor exercer outro
cargo, emprego ou função pública nos respectivos dos Poderes do Município.
SEÇÃO IX
Da Licença para o Desempenho de Mandato Sindical
Art. 106. Será assegurado ao servidor efetivo estável ou ao estabilizado, o
direito à licença, com vencimento básico do cargo ou carreira, para o desempenho de
mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional,
sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão, conforme
disposto em regulamento e observados os seguintes limites:
I para entidades com até 5.000 associados, um servidor;
II para entidades com 5.001 a 10.000 associados, dois servidores;
III para entidades com mais de 10.000 associados, três servidores.
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada,
no caso de reeleição, e por uma única vez.
SEÇÃO X
Da Licença Prêmio
Art. 107. Ao servidor efetivo é garantido licença prêmio de 90(noventa) dias
a cada 5 (cinco) anos de efetivos serviços ininterruptos sem prejuízo de remuneração e
outras vantagens.
Parágrafo Único – Em nenhuma hipótese será permitido prover os cargos
de servidores licenciados nos termos do caput deste artigo.
Parágrafo Único: Qualquer que seja a forma de gozo da licença prêmio,
esta não será acumulável de um período para outro e não será indenizada em caso de
não gozo por motivo causado pelo servidor, mesmo que proporcionalmente inclusive
quando da aposentadoria.
Art. 109. Não se concederá licença prêmio ao servidor que, no interstício
do período aquisitivo:
I sofrer penalidade disciplinar de suspensão;
Parágrafo Único – Em qualquer das hipóteses dos incisos do caput deste
artigo, recomeçará a contagem de novo período para fins do pedido de licença prêmio.
Art. 110. A licença prêmio para servidor efetivo, ocupante de cargo em
comissão ou em exercício de função gratificada, somente será concedida com as
vantagens do cargo ou da função, nos seguintes casos:
I – após 02 (dois) anos de exercício, ininterruptos, quando ocupante
de cargo em comissão;
II – após 02 (dois) ano de exercício ininterrupto, quando ocupante
de função gratificada.
CAPÍTULO V
Dos Afastamentos
Art. 111. O servidor poderá afastarse:
I para servir a outro órgão ou entidade;
II para o exercício de mandato eletivo;
III para estudo no exterior;
IV para missão oficial no exterior;
V para atender convocação da Justiça Eleitoral durante o período
eletivo;
VI para servir ao Tribunal do Júri.
SEÇÃO I
Do Afastamento para servir a outro Órgão ou Entidade
Art. 112. O servidor, titular de cargo de provimento efetivo ou o estabilizado,
poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União,
do Estado do Pará, dos Municípios Paraenses e de suas autarquias, fundações e
empresas, nas seguintes hipóteses:
I para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
II em casos previstos em leis específicas;
§ 3º Cessada a investidura no cargo ou função de confiança, ou vencido o
prazo pactuado, o servidor terá o prazo de dez dias para retornar ao órgão ou entidade
de origem.
SEÇÃO II
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
I tratandose de mandato federal, estadual ou municipal, ficará
afastado do cargo;
II investido no mandato de Prefeito ou VicePrefeito, será afastado
do cargo, sendolhe facultado optar pela sua remuneração;
III investido no mandato de vereador:
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado
do cargo, lhe sendo facultado optar pela sua remuneração.
§ 2º O servidor investido em mandato eletivo ou sindical não poderá ser
removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o
mandato.
SEÇÃO III
Do Afastamento para Estudo no Exterior
Art. 114. O servidor efetivo estável ou o estabilizado poderá ausentarse do
País para estudo que integre programa regular de formação profissional, mediante
autorização dos Chefes dos respectivos Poderes do Município, com a remuneração do
cargo efetivo.
§ 1º O programa do curso deverá guardar correlação com os requisitos do
cargo ocupado pelo servidor.
§ 2º O período do afastamento não excederá a dois anos e, concluído o
estudo, somente decorrido igual período, será permitido nova ausência por mesmo
fundamento.
§ 3º O servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será exonerado
a pedido, nem lhe serão concedidas licenças, à exceção das motivadas por questões de
saúde, de gestação e para exercício de mandato eletivo, antes de decorrido período de
carência igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa
havida com seu afastamento.
§ 4º No caso de demissão, durante o período de carência de que trata o
parágrafo anterior, o servidor ressarcirá ao Tesouro do Município, proporcionalmente ao
tempo restante para o término da carência, os custos havidos com o seu afastamento.
SEÇÃO IV
Do Afastamento para Missão no Exterior
Art. 115. Por designação dos Chefes dos Poderes do Município e aprovação
da Câmara Municipal, o servidor efetivo poderá ser afastado para cumprimento de
missão oficial no exterior, em caráter temporário e sem perda de sua remuneração ou de
seu subsídio.
Art. 116. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional
de que o Brasil ou o Município participe ou coopere darseá com perda total da
remuneração.
CAPÍTULO VI
Das Concessões
Art. 117. Sem qualquer prejuízo, à exceção do disposto em lei, poderá o
servidor ausentarse do serviço:
I por um dia:
a) para doação de sangue;
b) para se alistar como eleitor;
II por oito dias consecutivos:
a) por casamento;
b) ao pai pelo nascimento do filho;
c) pelo falecimento do cônjuge, companheiro, filhos, menor
sob guarda ou tutela, irmãos ou curatelados.
§ 1º. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de
horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do
trabalho.
§.2º Também poderá ser concedido horário especial ao servidor portador
de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial,
independentemente de compensação de horário.
§ 3º As disposições do parágrafo anterior são extensivas ao servidor que
tenha cônjuge, filho ou dependente portador de deficiência física, exigindose, porém,
neste caso, compensação de horário no órgão ou entidade, respeitada a duração
semanal do trabalho.
CAPÍTULO VII
Da Contagem de Tempo de Serviço
Art. 119. Para efeito desta Lei considerase tempo de serviço o período no
qual o servidor, titular de cargo efetivo, ou o estabilizado, se manteve em efetivo exercício
nos órgãos e instituições dos Poderes do Município.
Art. 120. São considerados como de efetivo exercício:
I as férias;
II as licenças:
a) para tratamento de saúde;
c) à gestante ou adotante;
d) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro,
desde que remunerada pelo Tesouro do Município;
e) para capacitação;
f) para gozo da licença prêmio;
g) para licença paternidade.
III os afastamentos:
a) para servir a outro órgão ou entidade;
b) para estudo no exterior;
c) para missão oficial no exterior;
e) para atender à convocação da Justiça Eleitoral durante o
período eletivo;
f) para servir ao Tribunal do Júri;
h) para o desempenho de mandato nas entidades sindicais
do Município de Marabá.
IV pelo período das concessões autorizadas nos termos do
art. 104.
Art. 122. Contarseá, apenas para efeito de aposentadoria, o tempo de
contribuição previdenciária, em razão de serviços públicos prestados à União, ao Distrito
Federal, aos Estados e aos Municípios, Autarquias e Fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, desde que não paralelos.
CAPÍTULO VIII
Do Direito de Petição
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração, de que
tratam os artigos anteriores, deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e
decididos dentro de 30 (trinta) dias.
Art. 127. Caberá recurso:
I do indeferimento do pedido de reconsideração;
II das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos;
III das decisões que aplicarem sanções disciplinares.
Art. 128. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de
recurso será de 5 (cinco) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado,
da decisão recorrida.
Art. 129. O recurso será recebido com o efeito devolutivo, a juízo da
autoridade competente.
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou
do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 130. O direito de requerer prescreve:
I em cinco (05) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação
de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e
créditos resultantes das relações de trabalho;
II em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando outro
prazo for fixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição é contado da data da publicação
do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for
publicado.
Art. 132. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
Administração Pública.
Art. 133. Para o exercício do direito de petição, será assegurada vista do
processo ou documento, na respectiva repartição, ao servidor ou a procurador por ele
constituído.
Art. 135. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo,
salvo por motivo de força maior.
TÍTULO IV
Da Conduta e do Regime Disciplinar
Art. 136. São princípios de conduta profissional dos servidores públicos, a
dignidade, o decoro, a eficácia e a consciência dos princípios morais.
Art. 137. Constitui falta, na conduta do servidor público, o desprezo pelo
elemento ético, pela justiça, pela moralidade na Administração Pública, pelo bem
comum, pela legalidade, pela verdade, pela celeridade, pela responsabilidade e pela
eficácia de seus atos, pela cortesia e urbanidade, pela disciplina, pela boa vontade e
pelo trabalho em harmonia com os demais servidores e com a estrutura organizacional
do Município.
CAPÍTULO I
Dos Deveres, Proibições e Acumulação
SEÇÃO I
Dos Deveres
Art. 138. São deveres do servidor:
I exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II ser leal às instituições a que servir;
III observar as normas legais e regulamentares;
V atender com presteza:
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;
VIII guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X ser assíduo e pontual ao serviço;
XI tratar com urbanidade as pessoas;
XII representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Art. 139. É dever do Secretário Municipal e do Dirigente de Autarquias e
Fundação Pública, além dos deveres constantes do artigo anterior, atender a
convocação da Câmara Municipal para prestar, pessoalmente, informação sobre
assunto previamente determinado.
SEÇÃO II
Das Proibições
Art. 140. Ao servidor público não será permitido:
III recusar fé a documentos públicos;
IV opor resistência injustificada ao andamento de documento e
processo ou execução de serviço;
V promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição;
VIII manter sob sua chefia imediata, em cargo em comissão ou
função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX valerse do cargo para lograr proveito pessoal ou de terceiro,
em detrimento da dignidade da função pública;
X participar de gerência ou administração de empresa privada,
de sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista,
quotista ou comanditário;
XII receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições;
XIII aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV proceder com desídia;
XVI utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços
ou atividades particulares;
XVII cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que
ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;
XVIII exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
XIX recusarse a atualizar seus dados cadastrais e previdenciários
quando solicitado.
SEÇÃO III
Da Acumulação
Art. 141. Ressalvados os casos previstos na Constituição Federal, não será
permitida a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções dos Poderes,
autarquias, fundações públicas, empresas públicas, da União, dos Estados, dos Territórios
e dos Municípios.
Art. 142. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão,
função de confiança ou ser remunerado pela participação em órgão de deliberação
coletiva.
CAPÍTULO II
Do Regime Disciplinar / Das responsabilidades
SEÇÃO I
Das Disposições Preliminares
Parágrafo Único: A indenização de prejuízo causado ao erário darseá na
forma desta Lei e tratandose de dano causado a terceiros, responderá o servidor
perante a Fazenda Pública Municipal, em ação regressiva.
Art. 151. A absolvição criminal somente afasta a responsabilidade civil ou
administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria.
Art. 152. Assegurarseão transporte e diárias:
I ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede da
sua repartição, na condição de testemunha;
II aos membros de comissão e ou de corregedoria permanente,
quando obrigados a se deslocar da sede dos trabalhos para a realização de
missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
SEÇÃO II
Das Penalidades
Art. 153. São sanções disciplinares:
I advertência;
II suspensão;
III demissão;
IV cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V destituição de cargo de provimento em comissão;
VI destituição de função comissionada.
Parágrafo único. As penas disciplinares serão aplicadas:
a) pela autoridade competente para nomear, em qualquer caso, e,
privativamente, nos casos de demissão, destituição de cargo em comissão e de
função de confiança, e as de cassação de aposentadoria e disponibilidade;
Art. 154. Na aplicação das sanções disciplinares, serão considerados:
I a natureza da infração, sua gravidade e as circunstâncias em
que foi praticada;
II os danos que dela provierem para o serviço público;
III a repercussão do fato;
IV os antecedentes do servidor;
V a reincidência;
VI as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
§ 1º Será circunstância agravante da falta disciplinar, o fato de ter sido
praticada em concurso de dois ou mais servidores.
III recusar fé a documentos públicos;
IV opor resistência injustificada ao andamento de documento e
processo ou execução de serviço;
V promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição;
VIII manter sob sua chefia imediata, em cargo em comissão ou
função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
Art. 156. À suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas
punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo ser superior a noventa dias.
Art. 157. À demissão será aplicada nos seguintes casos:
I crime contra a Administração Pública,nos termos da legislação
penal;
II abandono de cargo;
III inassiduidade habitual;
IV improbidade administrativa;
V incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI insubordinação grave em serviço;
VII ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em
legítima defesa própria ou de terceiro;
VIII aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual
ou nacional;
XI corrupção, ativa ou passiva;
XII acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII valerse do cargo para lograr proveito pessoal ou de terceiro,
em detrimento da dignidade da função pública;
XIV participar de gerência ou administração de empresa privada,
de sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista,
quotista ou comanditário;
XV atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
cônjuge, ou companheiro, e de parentes até o segundo grau;
XVII aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XVIII praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIX proceder com desídia;
XX utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços
ou atividades particulares;
XXI cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que
ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;
XXII exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
XXIII destruir, subtrair ou queimar documentos do serviço público,
acondicionados em qualquer meio;
TÍTULO V
Dos Procedimentos Disciplinares
CAPÍTULO I
Do Procedimento Administrativo Disciplinar Sumário
Art. 159. Na hipótese de omissão por parte do servidor, o titular do órgão ou
unidade onde este tem lotação, compulsoriamente, adotará alternativamente uma das
seguintes providências:
a) instauração, com a publicação de ato do qual constará
a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração;
b) instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e
relatório;
c) julgamento.
§ 2º A indicação da autoria, de que trata o inciso I, darseá pelo nome e
matrícula do servidor e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções
públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das
datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico.
§ 5º Apresentada a defesa, será elaborado o relatório conclusivo quanto à
inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos
autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo
dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento.
§ 7º Se até o último dia do prazo para apresentação da defesa o servidor
declarar opção por um dos cargos acumulados dele pedindo exoneração caracterizar
seá sua boafé, extinguindose o processo, desde que haja reposição ao Erário Público,
na forma do art. 45, § 2º.
§ 8º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a máfé, aplicarseá a
sanção de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em
relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal,
hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.
§ 9º Na hipótese do parágrafo anterior, o servidor infrator deverá devolver
ao Erário Público as remunerações recebidas ilegalmente, sob pena de inscrição na
dívida ativa.
Art. 161. A destituição de cargo em comissão, exercido por não ocupante
de cargo efetivo, será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de
suspensão e de demissão.
Art. 162. A demissão ou a destituição de cargo em comissão motivada por
improbidade administrativa, pela aplicação irregular de dinheiro público, lesão aos cofres
públicos e dilapidação do patrimônio público estadual e nacional, ou por corrupção
ativa ou passiva, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem
prejuízo da ação penal cabível.
Art. 163. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, fundada em
processo administrativo disciplinar incompatibiliza o exservidor para nova investidura em
cargo público estadual, pelo prazo de cinco anos.
a) crime contra a Administração Pública;
b) improbidade administrativa;
c) aplicação irregular de verba pública;
d) lesão aos cofres públicos ou dilapidação do patrimônio
público;
e) corrupção, ativa ou passiva.
Art. 164. Configura abandono de cargo a ausência do servidor ao serviço,
sem justificativa legal, superior a 30 (trinta) dias consecutivos.
Art. 166. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual,
também será adotado o procedimento sumário previsto nesta Lei para a apuração de
acumulação ilícita, observandose quanto à materialidade:
I na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do
período de ausência sem justificativa legal do servidor ao serviço superior a 30
(trinta) dias consecutivos;
II no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de
falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a 30 (trinta)
dias intercaladamente, durante o período de doze meses.
Art. 167. A ação disciplinar prescreverá:
I – em 5 (cinco) anos, quanto às infrações, puníveis com demissão,
cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em
comissão;
II – em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se
tornou conhecido.
§ 2º Os prazos de prescrição, previstos na lei penal aplicamse às infrações
disciplinares capituladas também como crime.
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir
do dia em que cessar a interrupção.
CAPÍTULO II
Do Procedimento Administrativo Disciplinar Ordinário
Art. 168. O procedimento administrativo disciplinar ordinário é o instrumento
destinado a apurar a responsabilidade de servidor por falta ou irregularidade praticada
no exercício do cargo ou função, por ação ou omissão, dolosa ou culposa ou que tenha
relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido, compreendendo dois
procedimentos:
I sindicância;
II processo administrativo disciplinar.
§ 1º As sindicâncias poderão ser processadas nos respectivos órgãos de
lotação do sindicado e os processos administrativos disciplinares nas unidades
permanentes de corregedoria, ou comissão especialmente designada para tanto.
a) constatar que à falta ou ao ilícito praticado pelo indiciado forem
cominadas as sanções disciplinares de demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, destituição de cargo em comissão ou de função comissionada;
a) arquivamento do processo;
b) aplicação de penalidade de advertência ou de suspensão de
até 90 (noventa) dias;
c) instauração de processo administrativo disciplinar.
§ 4º O prazo para a conclusão da sindicância não excederá a 30 (trinta)
dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.
Art. 169. Todo aquele que tiver ciência de irregularidade no serviço público
será obrigado a comunicála à autoridade superior.
§ 1º Quando o fato narrado não configurar evidente infração, disciplinar ou
ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.
§ 2º As denúncias anônimas não serão objeto de apuração.
Art. 172. Havendo indícios da prática de crime, a autoridade que instaurar
o procedimento, comunicará de imediato, ao Ministério Público para a necessária
persecução criminal.
SEÇÃO I
Da Verdade Sabida
Parágrafo único. Para os fins do caput, entendese por verdade sabida o
conhecimento, pessoal e direto, de falta eventualmente praticada pelo servidor, por
parte da autoridade competente para aplicar a pena.
SEÇÃO II
Do Afastamento Preventivo
Art. 174. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a
influir na apuração da irregularidade, a autoridade que instaurar o processo
administrativo disciplinar, sempre que julgar necessário, poderá ordenar o seu
afastamento do cargo, pelo prazo de até sessenta dias, sem a perda da sua
remuneração.
§ 1º O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual
cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.
SEÇÃO III
Das Unidades Permanentes de Corregedoria Administrativa
Art. 175. Os Chefes dos Poderes do Município poderão criar, nos respectivos
âmbitos de atuação, unidade permanente de corregedoria administrativa, cuja
competência e atribuições serão definidas em regulamento próprio.
SEÇÃO IV
Da Sindicância
Art. 176. À sindicância, como meio sumário de verificação, será conduzida
pela unidade permanente de corregedoria ou por comissão composta de três servidores,
designados pela autoridade competente, preferencialmente titular de cargos de
provimento efetivo, no mesmo ato em que determinar a sua instauração, que indicará,
também, dentre eles, o respectivo Presidente.
Art. 177. À sindicância será instaurada:
I quando não houver indícios suficientes quanto à materialidade e
à autoria dos fatos;
II como preliminar do processo administrativo disciplinar ordinário;
III para apuração da materialidade e autoria do fato punido com
advertência ou suspensão de até, 90 (noventa) dias, caso em que poderá resultar
na aplicação da sanção administrativa disciplinar.
Art. 178. Têm competência para instaurar as sindicâncias:
I os Chefes dos respectivos Poderes do Município;
II os dirigentes máximos dos órgãos de lotação do indiciado, da
administração direta ou indireta dos Poderes do Município.
Parágrafo único. O chefe da repartição e outras autoridades, na forma dos
respectivos regimentos ou regulamentos, poderão requerer às autoridades mencionadas
nos incisos deste artigo à instauração de sindicância.
Art. 179. Publicado o ato de instauração da sindicância, o Presidente da
Comissão procederá às seguintes diligências:
II se em razão da recusa de fé a documentos públicos, o sindicado
será notificado para que, em dia e hora designados pela comissão de
sindicância, compareça ao local determinado, acompanhado de eventuais
testemunhas que pretenda sejam ouvidas, de defensor, ou da solicitação de que
lhe seja nomeado um dativo, bem assim de eventuais documentos que queira
juntar.
a) encerrada a instrução, terá o sindicado prazo de três dias
para alegações finais;
§ 2º Se o sindicado não for localizado, será notificado por edital, com prazo
de 05 (cinco) dias, afixado no átrio das repartições públicas municipais, e publicado em
jornal de maior circulação no Município.
Art. 180. A autoridade competente, à vista do respectivo relatório, se for o
caso, procederá ao arquivamento ou ao julgamento da sindicância e à imposição da
respectiva sanção de advertência, ou suspensão, ou, então, determinará a instauração
do processo administrativo disciplinar.
SEÇÃO V
Do Processo Administrativo Disciplinar
Art. 181. O processo administrativo disciplinar, nos termos estabelecidos por
esta Lei e demais regulamentos, será processado pelas unidades de corregedoria
permanente, ou comissão especialmente designada, e será instaurado sempre que:
I à falta ou irregularidade cometida, for cominada as sanções de
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, e destituição de cargo
em comissão ou função de confiança, à exceção de abandono de cargo ou
inassiduidade habitual, cujo procedimento obedecerá ao rito sumário;
§ 1º O processo administrativo disciplinar será contraditório, assegurado ao
acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
§ 2º De todas as ocorrências e atos do processo administrativo disciplinar,
inclusive do relatório final, darseá ciência ao indiciado e ao seu defensor, se houver, ou,
se revel, ao defensor.
Art. 182. O prazo para a realização do processo administrativo disciplinar
será de sessenta (60) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a
comissão, prorrogável por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
Art. 183. Recebidos os autos da sindicância, ou o expediente devidamente
instruído, a unidade de corregedoria permanente, ou a comissão, os autuará,
submetendoo à autoridade competente, que baixará ato instaurando o processo
administrativo disciplinar.
Parágrafo único. Publicado o ato, de que trata o caput, darseá início ao
processo administrativo disciplinar.
§ 1º O chefe da unidade permanente de corregedoria, ou o presidente da
comissão, poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios
ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial quando a comprovação do
fato resultar inconteste, ante provas já produzidas, e quando independer de
conhecimento especial de perito.
SUBSEÇÃO I
Da Citação e do Interrogatório do Indiciado
§ 1º O processo administrativo disciplinar será contraditório, assegurado ao
indiciado, ampla defesa, com a utilização de todos os meios e recursos probatórios em
direito admitidos.
§ 2º O interrogatório será prestado oralmente e reduzido a termo.
§ 3º No caso de mais de um acusado, os prazos previstos neste Capítulo
serão contados sucessivamente, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre
que divergirem em suas declarações sobre atos ou circunstâncias, procederseá à
acareação entre eles.
Art. 187. A citação do indiciado será pessoal e poderá se dar por mandado
ou por aviso de recebimento dos correios.
§ 1º Do mandado de citação constará cópia do termo de indiciamento,
ou o seu resumo.
§ 2º O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar ao
órgão de corregedoria permanente ou à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.
§ 3º A cópia do mandado com o recebimento do indiciado ou o aviso de
recebimento dos correios, serão juntados aos autos.
Art. 188. Darseá a citação por edital, que publicado por três (03) vezes
durante 30 (trinta) dias, na localidade declarada como último domicilio indicado pelo
servidor:
Parágrafo único. A citação por edital deverá conter os elementos exigíveis
ao mandado de citação.
Art. 189. Se o indiciado não puder constituir defensor, ou não o fizer no
prazo legal, se citado por edital não comparecer, ou se não quiser defenderse, serlheá
nomeado um defensor dativo, que poderá ser um servidor ocupante de cargo de nível
igual ou superior ao do indiciado.
SUBSEÇÃO II
Da Instrução
Art. 191. O indiciado, por si ou por seu defensor, poderá, logo após o
interrogatório, ou no prazo de três dias, oferecer defesa prévia, juntar documentos e
arrolar testemunhas, no número máximo de três.
Art. 192. Decorrido o prazo do artigo anterior, apresentada ou não a defesa
prévia, procederseá à inquirição das testemunhas, devendo, as da acusação serem
ouvidas em primeiro lugar, em data e hora previamente designadas, do que será
intimado o indiciado e seu defensor.
Parágrafo único: Se as testemunhas de defesa não forem encontradas, ou
se não comparecerem na data e hora designadas para sua oitiva, o indiciado poderá,
no prazo de três dias, sob pena de preclusão, indicar outras em substituição.
Art. 194. O depoimento deverá ser prestado oralmente e reduzido a termo,
não sendo lícito à testemunha trazêlo por escrito.
II se não o acolher, determinará as novas diligências que entender
necessárias, saneando eventuais irregularidades, procedendo, após, conforme o
disposto no inciso anterior.
§ 2º Reconhecida à responsabilidade do servidor, a comissão indicará as
circunstâncias agravantes ou atenuantes, bem assim o dispositivo legal ou regulamentar
transgredido.
SUBSEÇÃO III
Do Julgamento
§ 1º O julgamento fora do prazo não implica nulidade.
II remeter os autos à unidade permanente de corregedoria que
providenciará:
b) remessa dos autos ao órgão competente para efetivar o
recebimento, se a sanção imposta ensejar a indenização, nos termos desta
Lei.
§ 4º A recusa do servidor em efetivar os pagamentos devidos implicará a
sua inscrição na dívida ativa, com posterior execução.
Art. 198. Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora
declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará o seu refazimento.
SEÇÃO VI
Da Revelia
Art. 200. A revelia no processo administrativo disciplinar, será decretada por
termo nos autos, sempre que:
II citado inicialmente, por mandado ou aviso de recebimento, ou
intimado para qualquer ato do processo, deixar de comparecer sem motivo
justificado.
Parágrafo único: Declarada a revelia do indiciado, em razão do disposto
no inciso I, ou após a citação por mandado ou aviso de recebimento, serlheá nomeado
defensor dativo, devolvendose o prazo para a defesa prévia.
SEÇÃO VII
Do Incidente de Sanidade Mental
Art. 201. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, em
qualquer fase do processo administrativo disciplinar, a unidade de corregedoria
permanente, ou a comissão, proporá à autoridade competente seu encaminhamento a
exame pela Junta Médica Oficial, a qual, para o feito, deverá contar com o concurso de
um médico psiquiatra.
SEÇÃO VIII
Da Revisão
Art. 202. O processo administrativo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer
tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias
suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade
aplicada.
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor,
qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.
§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida
pelo respectivo curador.
Art. 204. A revisão correrá em apenso ao processo originário.
§ 1º Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de
provas e inquirição das testemunhas que arrolar.
§ 2º Será considerada informante a testemunha que, residindo fora da sede
onde funciona a unidade de corregedoria permanente, ou a comissão, prestar
depoimento por escrito.
§ 1º O prazo para julgamento será de até sessenta (60) dias, contados do
recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar
diligências.
§ 2º Concluídas as diligências, renovarseá o prazo para julgamento.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento
das sanções aplicadas.
Art. 208. Na revisão o ônus da prova cabe ao requerente.
TÍTULO VI
Da Seguridade Social do Servidor
Art. 210. O Município manterá sistema de seguridade social para o servidor
e sua família, formalizado em legislação própria.
Art. 211. O sistema de seguridade social do Município será custeado com o
produto da arrecadação de contribuições sociais dos servidores e do Tesouro Municipal.
Parágrafo único. A contribuição dos segurados do sistema de seguridade
social será fixada em lei própria.
I – Quanto ao Servidor:
a) Aposentadoria por Invalidez;
b) Aposentadoria Compulsória;
c) Aposentadoria por idade e tempo de contribuição;
d) Aposentadoria por idade;
e) Auxílio doença;
f) Salário Maternidade.
II – Quanto aos dependentes:
a) Pensão por morte;
a) Auxílio Reclusão.
CAPÍTULO I
Da Assistência à Saúde
Art. 214. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família.
compreende assistência médica, hospitalar,odontológica, psicológica e farmacêutica,
prestada pelo Sistema Único de Saúde – SUS ou diretamente pelo órgão ou entidade ao
qual estiver vinculado o servidor, ou, ainda, mediante convênio ou contrato, na forma
estabelecida em regulamento.
Parágrafo Único: Nas situações de urgência ou emergência, o atendimento
hospitalar ao servidor poderá ser autorizado pelo órgão competente, mediante a
comprovação do vínculo do servidor com a Administração Municipal perante a rede
hospitalar, mediante posterior ressarcimento.
TÍTULO VII
Das Disposições Gerais e Finais
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais e Finais
Art. 215. Não será permitida a prestação de serviços gratuitos, salvo os
casos previstos em lei.
Art. 218. O serviço público municipal estimulará a contratação também de
estagiários estudantes, por prazo não superior a 01 (um) ano, sem renovação e com
desligamento automático.
Parágrafo Único: A contratação de estagiário estudante será disciplinada
em regulamento conciliado com a Legislação Federal.
Art. 219. O servidor de nível superior ou equiparado, sujeito, a fiscalização
do órgão de classe ou entidade análoga, que vier a ser suspenso do exercício
profissional, não poderá desempenhar atividade que envolva responsabilidade técnico
profissional, enquanto perdurar a medida disciplinar.
Art. 220. As vantagens e adicionais previstos nesta lei que, por ventura, não
estejam sendo concedidos aos servidores e que importem em reflexos financeiros para os
respectivos Poderes, serão concedidos gradativamente, de acordo com as reais
disponibilidades financeiroorçamentárias do Poder concedente, levandose em
consideração o limite legal para as despesas com pessoal.
Art. 221. São contados por dias corridos os prazos previstos nesta Lei.
Parágrafo único. Na contagem excluise o dia do começo e incluise o do
vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em
dia que não haja expediente.
Art. 223. Nenhum servidor poderá ser compelido a associarse a entidade
de classe, organização, profissional ou sindical, a partido político ou a credo religioso.
Parágrafo único. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites
definidos em lei, resguardandose, entretanto, o funcionamento dos serviços de natureza
essencial.
Art. 225. Para os efeitos desta Lei, considerase sede a cidade onde a
repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter permanente.
Art. 226. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrárias.
Art. 227. Esta Lei revoga integralmente a Lei n.º 13.733, de 10 de fevereiro de
1995.
Sebastião Miranda Filho
Prefeito Municipal