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SUMÁRIO
A SOCIEDADE FEUDAL ....................................................................................................................................... 2
O FEUDALISMO .............................................................................................................................................. 2
AS ORDENS MEDIEVAIS ................................................................................................................................. 3
A INFLUÊNCIA DA IGREJA CATÓLICA ............................................................................................................. 3

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A SOCIEDADE FEUDAL
A História Medieval representa uma quebra nos padrões existentes em seu período
anterior, a História Antiga. Esta fase terminou por meio de variações em fatores políticos. É
preciso lembrar que as mudanças nos períodos históricos não são variações que ocorrem em
datas estabelecidas, as pessoas em suas épocas não tinham consciência de que passaram a viver
um período diferente da história. Essas divisões e determinações dos períodos são elaboradas
pelos historiadores, depois que tudo já ocorreu, para estabelecer recortes cronológicos que
favorecem didaticamente e nas pesquisas.
A formação da sociedade medieval foi um processo longo e complexo, que reuniu durante
séculos características de origem romana e bárbaro-germânica.
• Colonato: Sistema de exploração de grandes propriedades entre diversos
colonos ou meeiros, que ficam incumbidos de cultivar uma determinada área e
entregar parte da produção ao proprietário, conservando outra parte para seu
próprio consumo.
• Comitatus: Ou o companheirismo, tratava-se da ligação dos guerreiros ligados
por juramento ao chefe, em servi-lo até a morte, em troca de uma parte do saque
e de seu comando.
• Beneficium: Era a recompensa dada pelos chefes militares germânicos aos
guerreiros, davam-lhe posse de terras, que mais tarde denominada de feudos,
onde o guerreiro oferecia fidelidade ao senhor.

O FEUDALISMO
A economia feudal baseava se principalmente na agricultura. As trocas de
produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base
econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder.

O feudalismo é um modo de produção ou a maneira como


as pessoas produziam os bens necessários para sua
sobrevivência. Durante a Idade Média, este foi um sistema de
organização social que estabelecia como as pessoas se
relacionavam entre si e o lugar que cada uma delas ocupava na
sociedade. As origens do feudalismo remontam ao século III,
quando o sistema escravista de produção no Império Romano
entrou em crise. Diante da crise econômica e das invasões
germânicas, muitos dos grandes senhores romanos
abandonaram as cidades e foram morar nas suas propriedades
no campo. Esses centros rurais, conhecidos por vilas romanas,
deram origem aos feudos medievais. Muitos romanos menos
ricos passaram a buscar proteção e trabalho nas terras desses
grandes senhores.
Para poderem utilizar as terras, no entanto, eles eram
obrigados a entregar ao proprietário parte do que produziam,
estava instituído assim, o colonato. Aos poucos, o sistema
escravista de produção no Império Romano ia sendo substituído
pelo sistema servil de produção, que iria predominar na Europa feudal. Nascia, então, o regime
de servidão, onde o trabalhador rural é o servo do grande proprietário. No sistema feudal, o rei
concedia terras a grandes senhores. Estes, por sua vez, davam terras a outros senhores menos
poderosos, chamados cavaleiros, que, em troca lutavam a seu favor. Quem concedia a terra era
um suserano, e quem a recebia era um vassalo. As relações entre o suserano e o vassalo eram
de obrigações mútuas, estabelecidas por meio de um juramento de fidelidade.

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AS ORDENS MEDIEVAIS
A sociedade feudal era composta por três estamentos: os nobres (guerreiros, bellatores),
o clero (religiosos, oratores), e os servos (mão de obra, laboratores).
• Clero: Esta ordem social era composta pelos
integrantes da Igreja Católica (padres, bispos, monges,
abades e papa). Cabia ao clero, na sociedade feudal,
cuidar da vida espiritual de toda sociedade. Embora a
função desta ordem fosse rezar, exercia influência
política, moral e psicológica na sociedade.
• Nobreza: Ordem composta por senhores feudais e
cavaleiros (guerreiros). A função dos integrantes desta
ordem era garantir a proteção da sociedade, utilizando de
recursos militares. Concentravam poder em função da
propriedade de terras, além de exercer o controle da
justiça (no caso dos senhores feudais). Moravam em
castelos, com suas famílias, que eram verdadeiras
fortalezas militares.
• Camponeses: Na condição de servos estavam presos
às terras dos senhores feudais, por meio de obrigações
em forma de prestações de serviços e de pagamentos de
impostos e taxas. Compunham a grande maioria da
população feudal. Dificilmente um servo tinha condição de sair de sua condição
de vida. Eram os que trabalhavam de fato, para sustentar as outras duas ordens,
pois os integrantes do clero e os nobres não pagavam impostos.

O que determinava o status social era o nascimento, porém, não se pode dizer que a
mudança de classe social não existia, pois alguns camponeses tornavam-se padres e passavam
a integrar o baixo clero, por exemplo, mas essa mudança era rara e um servo dificilmente
ascenderia a outra posição. Na Alta Idade Média, ocorreu um acentuado processo de
ruralização, fruto da desagregação do Império Romano, da sedentarização de diversos povos
"bárbaros" e da continuidade das invasões, o que fortaleceu o processo de isolamento, a
economia voltada para a subsistência e o militarismo. Ser "guerreiro" tornava-se uma questão
de honra para o nobre, que era treinado desde cedo.

A INFLUÊNCIA DA IGREJA CATÓLICA


A dimensão das guerras obrigou a Igreja Católica a interferir algumas vezes e a decretar
leis para garantir a ordem socioeconômica. No decorrer dessas lutas, ocorreu a decomposição
do poder real, mediante usurpações ou concessões, como as imunidades, que ampliavam a
autonomia política dos feudos. Durante a Idade Média (século V ao XV) a Igreja Católica
conquistou e manteve grande poder. Possuía muitos terrenos (poder econômico), influenciava
nas decisões políticas dos reinos (poder político), interferia na elaboração das leis (poder
jurídico) e estabelecia padrões de comportamento moral para a sociedade (poder social).
Como religião única e oficial, a Igreja Católica não permitia opiniões e posições contrárias
aos seus dogmas (verdades incontestáveis). Aqueles que desrespeitavam ou questionavam as
decisões da Igreja eram perseguidos e punidos. Na Idade Média, a Igreja Católica criou o
Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) no século XIII, para combater os hereges (contrários à
religião católica). A Inquisição prendeu, torturou e mandou para a fogueira milhares de pessoas
que não seguiam as ordens da Igreja.

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Por outro lado, alguns integrantes da Igreja Católica foram extremamente importantes
para a preservação da cultura. Os monges copistas dedicaram-se a copiar e guardar os
conhecimentos das civilizações antigas, principalmente, dos sábios gregos. Graças aos monges,
essa cultura se preservou, sendo retomada na época do Renascimento Cultural.

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