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NACIONAL DO TURISMO
PROPOSTAS PARA REVISÃO NO HORIZONTE 2015 – VERSÃO 2.0
PLANO ESTRATÉGICO
NACIONAL DO TURISMO
PROPOSTAS PARA REVISÃO NO HORIZONTE 2015 – VERSÃO 2.0
4
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 5
O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) A revisão de um documento com a importância e di-
que apresentámos, há cinco anos, constituiu um mar- mensão do PENT deve ser um trabalho aprofundado
co decisivo nas políticas públicas de turismo. e maturado, que permita obter um consenso alarga-
do, quer junto da comunidade do Turismo, quer junto
Desde 2006, o PENT foi assumido por todos, agen- dos intervenientes noutras áreas de atividade influen-
tes públicos e privados, como uma referência estável ciadas pelo setor.
e enquadradora da atividade turística e das múltiplas
vertentes onde a mesma interfere: no ordenamento Por essa razão, o documento que agora apresenta-
e qualificação do território, no investimento público mos constitui uma base de trabalho, uma proposta de
e privado, na dinamização das acessibilidades, na revisão que lançamos em discussão pública, em de-
qualificação dos recursos humanos, no desenvolvi- bate nacional, para recolha de comentários por parte
mento dos produtos e dos destinos, na promoção ex- de todos os que, direta ou indiretamente, tenham o
terna. turismo por atividade. A importância e transversalida-
de do Turismo obriga a isso.
Tendo como referência o PENT, o Governo desen-
volveu um conjunto de reformas institucionais e legis- A proposta que se submete a discussão resultou
lativas profundas que contribuíram, a par do esforço num quadro de referência renovado, incorporando
do setor privado, para uma realidade bem diferente não só o caminho percorrido mas, principalmente, as
do país turístico, comparativamente com a de há cin- novas tendências da distribuição, do consumo e da
co anos atrás. concorrência, ajustando produtos e destinos, embora
mantendo na substância a visão de 2006.
Neste período, o Turismo conquistou um papel
central na economia portuguesa e é hoje líder nas Estou certo de que, tal como em 2006, os players
exportações, na sustentabilidade, na inovação e na do setor se identificarão com esta nova proposta e se
criação de emprego. O Turismo contribui, como ne- mobilizarão para o seu melhoramento, consolidação
nhuma outra atividade, para a correção de assime- e concretização.
trias e para a criação de emprego sendo já um dos
principais motores do desenvolvimento regional em Os objetivos que propomos traçar para o Turismo
Portugal. nacional contêm uma ambição que, mais uma vez
exigirá de todos nós, entidades públicas e privadas,
Contudo, a par da mudança planeada e deseja- um trabalho árduo para a sua prossecução, mas que
da por todos nós, outras vicissitudes imprevisíveis valerá a pena.
e incontroláveis ocorreram no mesmo período, com
impactos diretos e indiretos na atividade turística, às Serão beneficiários deste esforço, não só a econo-
quais não poderíamos ficar indiferentes. mia do país, mas principalmente as empresas e os
cidadãos.
A grave crise financeira internacional de 2008 e
2009 veio interromper a trajetória de crescimento que Com uma estratégia renovada, expressa em linhas
vivíamos, comprometendo obviamente os objetivos de ação práticas e muito concretas, tenho a certeza
traçados no PENT, ambiciosos, mas exequíveis até de que o futuro se manterá positivo para o Turismo
essa data. Por outro lado, e como o próprio Plano pre- em Portugal.
via, cumpria-nos, decorrida a primeira metade da sua
execução, avaliar a estratégia desenvolvida e proce- Bernardo Trindade
der aos ajustamentos necessários em função dessa Secretário de Estado do Turismo
avaliação.
Reforçar a modernização
e a qualificação do Turismo nacional
SUMÁRIO EXECUTIVO
O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) foi desde o seu lançamento foram alcançados impor-
lançado com o objetivo de servir de base à concretiza- tantes progressos, dos quais destacamos o elevado
ção de ações definidas para o crescimento sustenta- investimento público e privado no setor, o reforço do
do do Turismo nacional e orientar a atividade do Turis- número de rotas de interesse turístico para Portugal, o
mo de Portugal, IP, entidade pública central do setor, início da estruturação e desenvolvimento dos produtos
bem como a dos seus parceiros públicos e privados turísticos estratégicos, a forte aposta na promoção e
no quadro de uma cooperação efetiva. Assumido o Tu- na organização de eventos que potenciaram a visibili-
rismo como atividade transversal, determinante para dade externa dos nossos destinos, ou a reorganização
o desenvolvimento económico, social e cultural, este orgânica e institucional, no plano nacional e regional.
plano tem ainda a função de articular as políticas de-
finidas para o setor com outras áreas, nomeadamente O Turismo interno desenvolveu-se de forma sustenta-
o ordenamento do território, o ambiente, o desenvolvi- da desde a aprovação do PENT, mas o contexto da cri-
mento rural, o património cultural, a saúde, o desporto, se económica internacional, marcado pela forte con-
as infraestruturas e o transporte aéreo. tração da procura nos principais mercados emissores,
levou em 2009 a uma deterioração da performance do
Decorridos quase quatro anos do seu lançamento, Turismo externo que comprometeu a concretização
podemos constatar que, de facto, o PENT veio mar- dos objetivos globais. Ainda assim, entre 2006 e 2010
car uma nova fase no desenvolvimento do Turismo em Portugal ganhou quota nos mercados emissores Es-
Portugal, criando as bases para uma estratégia de panha, França e Brasil e conseguiu um bom desem-
desenvolvimento sustentada para o setor, através de penho a nível do Turismo interno, embora tenha sofrido
uma linha diretora comum com a qual o setor se identi- com a conjuntura depressiva dos mercados do Reino
ficou e reuniu forças em investimentos e iniciativas es- Unido, Alemanha e Irlanda.
truturais que permitiram dar um importante passo em
frente em muitas vertentes. Este período ficou também marcado pela conso-
lidação de um conjunto de tendências estruturais
O próprio PENT, nomeadamente na RCM 53/2007, que impactam naturalmente a estratégia que Portu-
previa já um processo de revisão intercalar através do gal deve seguir nos próximos anos enquanto desti-
qual fosse avaliado o caminho percorrido e as evolu- no turístico, nomeadamente de forma a aproveitar a
ções da conjuntura do setor, de forma a definir os ajus- recuperação dos nossos principais mercados emis-
tamentos necessários à estratégia definida. sores e retomar o caminho de crescimento que se
vinha a registar antes da crise de 2009. No conjunto
Este documento, resultado do trabalho realizado ao de evoluções recentes do contexto, destacam-se (i)
longo de 2010, visa assim sintetizar as conclusões a afirmação definitiva da internet enquanto canal de
desse exercício de revisão, apresentando o ponto de pesquisa e transação, emergindo as redes sociais
situação das principais evoluções ocorridas no Turis- e as comunidades online como importantes instru-
mo a nível interno e na conjuntura externa, bem como mentos de promoção e interação com os turistas, (ii)
os ajustamentos delineados ao nível dos objetivos e o reforço da tendência de desenvolvimento do peso
eixos de desenvolvimento estratégico e delineando os das companhias aéreas low cost e dos efeitos que
programas de ação a executar até 2015 para assegu- estas induzem no setor (sobretudo ao nível da po-
rar a materialização da estratégia definida e a concre- tenciação dos short breaks), (iii) a emergência de
tização da visão para o Turismo. É essa proposta que consumidores mais abertos a oportunidades de última
ora se deixa à apreciação e debate do setor. hora, mais exigentes no valor recebido pelo que pa-
gam e cada vez mais focados na diversidade e quali-
dade das experiências; (iv) o reforço da concorrência
Uma nova fase do desenvolvimento do Turismo entre destinos, em particular pela afirmação de novos
num contexto marcado por evoluções estrutu- destinos de rápido crescimento como a Turquia, Egito
rais e por uma conjuntura económica adversa e Marrocos.
O PENT marcou uma nova fase do desenvolvimento O momento para consolidar a aposta numa vi-
do Turismo, criando as bases para o desenvolvimento são de excelência para o setor e definir novos
de uma estratégia sustentada. As prioridades defini- objetivos ambiciosos de crescimento
das no PENT foram interiorizadas pela generalidade
dos agentes do setor, permitindo um alinhamento dos
esforços de entidades públicas e privadas, tendo tam- A visão definida no PENT para o Turismo nacional
bém sido assegurada a sua presença nos principais mantém-se globalmente válida, tendo sido identifica-
instrumentos de política pública. Nos anos decorridos da a oportunidade de a reforçar com dois aspetos,
o enfoque num modelo de desenvolvimento sustentá- ·d everá ser dada maior relevância a Espanha e
vel e a diferenciação mais vincada por via de experi- Brasil como mercados de aposta com abordagens
ências marcantes e genuínas. específicas e deverá ser lançada uma abordagem
segmentada aos principais mercados, começan-
Assim, queremos percecionar o destino turístico do pelos estratégicos;
Portugal enquanto um dos destinos na Europa com · Portugal deverá assumir o desafio de liderar no
um desenvolvimento mais sustentável, através do desenvolvimento sustentável do Turismo lançando
desenvolvimento baseado na qualificação e competi- políticas de desenvolvimento equilibrado;
tividade da oferta, alavancado na criação de conteú- · importará potenciar a capacidade de venda das
dos autênticos e experiências marcantes e genuínas, empresas do setor, num contexto de redução da
transformando o setor num dos motores do desenvol- dependência dos operadores turísticos tradicio-
vimento social, económico e ambiental a nível regio- nais e da criação de novos canais B2C e B2B;
nal e nacional. · a aposta na promoção e distribuição online deve
ser claramente assumida como mecanismo de en-
De forma a recuperar a trajetória de crescimento dereçar as novas formas de procura e marketing e
que o setor vinha a registar, e que até à crise econó- de juntar a vertente comercial à promocional;
mica internacional cujos efeitos se começaram a fa- · dever-se-á reforçar a qualidade dos produtos tu-
zer sentir em 2008 estava alinhada com os objetivos rísticos, complementando a oferta com experiên-
definidos no PENT, foram definidos novos objetivos cias marcantes como forma de oferecer aos turis-
ambiciosos, mas alcançáveis, que traduzem a ambi- tas que nos visitam vivências únicas e genuínas,
ção de crescimento sustentado inerente à visão para o que deve ser alavancado por um programa de
o setor. eventos bem promovido em termos de visibilidade
internacional;
Portugal deverá crescer acima da média europeia, · as Entidades Regionais de Turismo devem assu-
sobretudo ao nível das receitas visto que se assume mir-se como entidades atuantes ao nível da qua-
como prioridade o incremento da receita média por lificação do produto, dinamização da atividade
turista. Os objetivos definidos apontam para um cres- turística das regiões e agregação dos esforços
cimento médio anual de 8,4% nas receitas e de 4,6% dos agentes privados na produção de um produto
nas dormidas até 2015, reforçando o peso do Turis- turístico integrado e multifacetado.
mo no total de exportações portuguesas de bens e
serviços para 15,8%.
Reforçar a execução de uma estratégia exigen-
te, ambiciosa e inovadora para o setor do Turis-
Oportunidade para introduzir um conjunto de mo, incorporando as novas evoluções definidas
evoluções na estratégia, possibilitando o seu
alinhamento com o contexto
O desenvolvimento do Turismo nacional no horizon-
te 2010-2015 deverá estar assente em 11 linhas de
Face à evolução verificada no contexto global do desenvolvimento que, partindo da base definida no
setor, e do próprio feedback recolhido junto dos PENT, incorporam agora as evoluções necessárias
agentes do setor, foi identificado um conjunto de li- para alinhamento com o contexto, assegurando a
nhas de desenvolvimento que representa uma impor- concretização dos objetivos definidos.
tante evolução na estratégia seguida, assegurando
o seu alinhamento com o novo contexto competitivo De entre estas 11 linhas de desenvolvimento, será
que enfrentamos: fundamental que o setor como um todo se mobilize
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PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 11
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GLOSSÁRIO
ANA ANA Aeroportos de Portugal, SA
ARPT Agência Regional de Promoção Turística
CAGR Compound Annual Growth Rate
CEN Comité Europeu de Normalização
CT 144 Comissão Técnica de Normalização para o Turismo
DRT Direção Regional do Turismo
ERT Entidade Regional do Turismo
INE Instituto Nacional de Estatística
ISO International Organization for Standardization
LCC Low Cost Carrier
NUT Nomenclatura das Unidades Territoriais
PCT Polo de Competitividade e Tecnologia
PENT Plano Estratégico Nacional do Turismo
PIB Produto Interno Bruto
PME’s Pequenas e Médias Empresas
Projetos PIN Projetos de Potencial Interesse Nacional
QREN Quadro de Referência Estratégico Nacional
RCM Resolução do Conselho de Ministros
RH Recursos Humanos
TI Tecnologias de Informação
TP Turismo de Portugal, IP
UNWTO United Nations World Tourism Organization
NOTA METODOLÓGICA
1. Os dados estatísticos oficiais do INE, de âmbito regional, têm por base as NUT II nos termos definidos pelo
Decreto-Lei n.º244/2002, de 5 de Novembro;
2. Para efeitos de congruência dos dados estatísticos com as publicações anuais do Instituto Nacional de
Estatística (INE) procedeu-se à adaptação da base de contagem de hóspedes e dormidas no Capítulo D,
«Objetivos» – assim, os dados estatísticos previsionais passaram somente a incluir turistas alojados em
hotéis, hotéis-apartamento, apartamentos turísticos, aldeamentos turísticos e pousadas;
3. Para efeitos de análise e revisão de objetivos e de linhas de desenvolvimento estratégico do Plano Estraté-
gico Nacional do Turismo (PENT), as regiões de Lisboa, Centro e Alentejo correspondem às novas unidades
territoriais NUT II;
4. O Polo de Desenvolvimento Turístico do Oeste, correspondente à área geográfica NUT III Oeste e perten-
cente à Região de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, está inserido, em termos de tratamento estatístico e
consequente análise, na NUT II Centro.
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 13
ÍNDICE
A. EVOLUÇÃO VERIFICADA DESDE A APRESENTAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DO
TURISMO (PENT) · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 13
Nos quatro anos decorridos desde o seu lançamento, o PENT afirmou-se como referencial estratégico para o
desenvolvimento do Turismo em Portugal, o que se traduziu num conjunto de evoluções relevantes em diversas
áreas
C. V
ISÃO E PROPOSTA DE VALOR· · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 21
Construir um dos destinos na Europa com um crescimento mais sustentável, alavancado numa proposta de
valor suportada em características distintivas e inovadoras do país
D. OBJETIVOS· · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 23
Crescimento sustentado quer no mercado interno quer no externo, permitindo recuperar dos efeitos da crise
económica dos últimos anos e potenciando as regiões menos desenvolvidas em termos turísticos
E. EVOLUÇÃO NA ESTRATÉGIA· · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 29
Reforço da estratégia definida no PENT em seis aspetos principais, de modo a melhor concretizar a visão e
explorar o potencial de crescimento sustentável do setor no horizonte 2015
viii. Eventos · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 44
Continuar a apostar num calendário de eventos que melhore a notoriedade do destino e enriqueça a experiência do clien-
te
G. O
PERACIONALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA· · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · 47
Concretizar o PENT implementando um conjunto de 11 programas de ação estruturados em cinco eixos princi-
pais
A. E
VOLUÇÃO VERIFICADA DESDE A APRESENTAÇÃO DO PLANO
ESTRATÉGICO NACIONAL DO TURISMO (PENT)
Em todas as linhas de desenvolvimento definidas
no PENT é possível observar evoluções positivas, em
resultado do esforço conjunto das autoridades públi-
cas e dos diversos agentes, das quais se apresentam
de seguida as principais referências.
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Programa Iniciativa: pt, o saldo mostrava a captação A diminuição dos voos charter para o país é, nes-
de 37 novas rotas para Portugal. Estas mesmas rotas te novo contexto competitivo, o reflexo da tendência
permitiram captar 61 voos semanais adicionais no In- observada nos principais operadores turísticos inter-
verno e 113 no Verão, até Outubro de 2010. nacionais ao direcionarem para os destinos turísticos
emergentes no mediterrâneo, uma parte crescente
Além de um aumento nos voos totais verificou-se dos fluxos que antes se dirigiam a Portugal. Esta op-
neste período também um crescimento no número ção dos operadores turísticos, prende-se, em grande
de passageiros transportados – com especial relevo medida, com o próprio envolvimento financeiro que
para os passageiros transportados por companhias têm na região, nomeadamente através de investimen-
low cost que cresceram a uma taxa de 18,7% ao ano, tos diretos em unidades hoteleiras e resorts e terá de
mais do que compensando a queda verificada no ser contrariado com novas estratégias de comerciali-
número de passageiros transportados em voos não zação e vendas da capacidade hoteleira nacional.
regulares / charters.
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BOÈMJTF3PMBOE#FSHFS
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 19
B. E
VOLUÇÃO DO CONTEXTO COMPETITIVO DO SETOR
de compra e de informação sobre o destino.
j"JOUFSOFUOPTFVUPEP
JODMVJOEPTJUFTEF
SFTFSWBT
SFEFT TPDJBJT PV CMPHVFT EF
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SFDPMIBQPSQBSUFEPTDMJFOUFTx
LOW COST
P
ortugal e reduzirem em simultâneo o seu pre-
O modelo low cost tem vindo a ganhar quota no ço, os voos low cost potenciam o crescimento da
tráfego comercial, num contexto de quebra global captação de novos segmentos de mercado, quer
do setor. Estas companhias aéreas registaram, no pe- geográficos quer socioeconómicos, suportando o
ríodo de 2006 a 2010, fortes crescimentos em passa- desenvolvimento de produtos do tipo city e short
geiros e capacidade, apesar de não terem reduzido breaks. Em resultado deste crescimento das via-
os seus níveis de ocupação nos voos realizados. gens de curta duração, a estadia média por via-
gem acaba por reduzir-se, embora substituída
O tráfego das companhias aéreas de baixo custo já pela repetição da vinda aos destinos em que a
representa 34% do total de passageiros transporta- experiência seja mais marcante;
dos de e para Portugal, tendo estas companhias tido
uma importância bastante significativa no aumento - Canibalização dos voos charter – o aumento dos
dos fluxos turísticos para as regiões do Algarve e do voos low cost veio também tornar menos atrativa
Porto e Norte. a opção pelos voos charter, o que conduziu tam-
bém à diminuição da estada média.
O aumento de importância das companhias aéreas
low cost no setor do Turismo teve diversos impactos A instalação de bases low cost em Portugal veio
estruturantes, destacando-se: dinamizar e alterar o contexto competitivo das suas
regiões circundantes, dando-lhes acesso a merca-
- Potenciação de short breaks – ao facilitarem a dos / regiões pouco explorados pelos destinos con-
ligação dos principais aeroportos europeus a correntes.
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Os desenvolvimentos da internet e das companhias agentes ligados ao Turismo adaptarem a sua forma
de baixo custo potenciaram, do lado do consumidor, de estar no mercado de modo a que possam garantir
comportamentos de escolha assentes na oportunida- a disponibilização de ofertas adequadas ao segmen-
de do momento. Assim, enquanto tradicionalmente o to de clientes mais sensível ao preço. Contudo, este
turista decidia o destino a visitar e de seguida avalia- tipo de clientes, perante um estímulo adequado, pode
va as alternativas de alojamento de transporte dispo- aumentar o seu gasto total em viagens.
níveis, os agentes do setor verificam estar a emergir
um segmento de turistas que define o local das férias Adicionalmente, tem vindo a acentuar-se o enfoque
em função da oportunidade do momento. do turista na experiência e diversidade, o desenho
de programas de férias pelo próprio turista e a im-
Este tipo de comportamento leva à necessidade dos portância do value for money.
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 21
)RQWH"OÈMJTF3PMBOE#FSHFS
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)RQWH"OÈMJTF3PMBOE#FSHFS
Todavia, a sua distância aos mercados emissores O resultado desse esforço está expresso no aumen-
e os riscos de instabilidade e insegurança, aliados to de quota obtida nos últimos anos em vários dos
a uma qualidade de oferta bastante desigual, cons- principais mercados emissores para Portugal, em
tituem desvantagens competitivas que Portugal tem particular, Espanha, França, Holanda, Escandinávia
vindo a explorar pela positiva, afirmando a sua quali- e Brasil.
dade e vantagem nesses indicadores.
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)RQWH6/850
BOÈMJTF3PMBOE#FSHFS
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 23
D. OBJETIVOS
tenham tido a evolução esperada nos úl-
timos anos.
O crescimento dos hóspedes nacionais deverá si- dormidas de turistas nacionais crescerão a um ritmo
tuar-se entre os 2,2% e os 4,3% anuais, chegando, um pouco mais lento, alcançando entre 12,8 e 14,1
em 2015 a um valor entre os 6 e os 6,7 milhões. Já as milhões no mesmo ano.
Os hóspedes estrangeiros e respetivas dormidas de- emissores. Assim, estima-se que os hóspedes es-
verão crescer a um ritmo superior aos nacionais, refle- trangeiros possam chegar, em 2015, a um valor entre
tindo a recuperação do período de crise dos últimos 8 e 8,9 milhões, gerando entre 26 e 28,7 milhões de
anos e, principalmente, o esforço de promoção e de dormidas.
reforço de ligações aéreas aos principais mercados
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Em resultado dos crescimentos esperados na cap- médio anual entre 6,9% e 9,9%, e que nesse ano o
tação de turistas estrangeiros, prevê-se que em 2015 peso das receitas de estrangeiros nas exportações
a receita de estrangeiros atinja entre 10,6 e 12,2 mil de bens e serviços ronde os 15,8%.
milhões de euros, representando um crescimento
PORTO E NORTE
A região Norte deverá apresentar níveis de cresci- representando praticamente o mesmo valor. Já ao
mento acima da média nacional, sustentando o seu nível das dormidas, os turistas estrangeiros deverão
crescimento na estruturação e enriquecimento da gerar 2,6 milhões em 2015, superando as dormidas
oferta turística. de turistas nacionais em cerca de 0,5 milhões. Em
resultado, os proveitos deverão crescer de 7,5% ao
Os hóspedes estrangeiros deverão crescer a um ano entre 2010 e 2015.
ritmo superior aos nacionais devendo chegar a 2015
1DFLRQDLV
(VWUDQJHLURV
CENTRO
A região Centro deverá conseguir aumentar o núme- nacionais e estrangeiros. No que toca a dormidas, o
ro de hóspedes 4,7% ao ano, atingindo 2,2 milhões crescimento deverá ser superior nos turistas estran-
em 2015. Em termos absolutos, esse crescimento geiros, atingindo 1,7 milhões de dormidas, enquanto
deverá repartir-se de modo sensivelmente igual entre os nacionais deverão gerar 2,4 milhões.
(VWUDQJHLURV
LISBOA
A região de Lisboa deverá aproveitar a tendência Assim, espera-se que Lisboa chegue a 2015 com 3,0
transversal do turismo mundial de crescimento dos milhões de hóspedes estrangeiros, sensivelmente o
designados short breaks / city breaks para aumentar dobro dos nacionais, e com 7,0 milhões de dormidas
o número de hóspedes e dormidas de estrangeiros de estrangeiros e 2,6 milhões de nacionais. Em re-
na região, em linha com os resultados alcançados no sultado, os proveitos deverão aumentar a um ritmo
ano de 2010. anual de 8,3%.
1DFLRQDLV
(VWUDQJHLURV
ALENTEJO
Na região do Alentejo, e apesar do crescimento anu- menos de metade dos esperados 450 mil nacionais.
al do número de hóspedes estrangeiros estimado em As dormidas deverão superar os 1,1 milhões, das
8,6%, em 2015 estes vão representar apenas 200 mil, quase 800 mil originadas por turistas nacionais.
(VWUDQJHLURV
ALGARVE
A região do Algarve deverá obter um crescimento do que duplicando os nacionais que deverão gerar
do número de hóspedes estrangeiros de cerca de 4,2 milhões em 2015, enquanto que as dormidas de
5,5% ao ano até 2015, atingindo os 2,3 milhões, mais estrangeiros deverão chegar aos 10,6 milhões.
(VWUDQJHLURV
AÇORES
Na região dos Açores, e apesar de se esperar um dormidas deverá manter-se a liderança dos estran-
crescimento dos hóspedes estrangeiros de 5,7% geiros, estimando-se que em 2015 estes gerem 590
ao ano para 170 mil os hóspedes nacionais de- mil dormidas, face às 540 mil dos hóspedes nacio-
verão continuar a ser maioritários. Já ao nível das nais.
(VWUDQJHLURV
MADEIRA
A região da Madeira deverá atingir 1,1 milhões de Ao nível das dormidas, os crescimentos anuais mé-
hóspedes em 2015, dos quais 800 mil estrangeiros dios deverão chegar a 3,9% para as de estrangeiros
e 300 mil nacionais, em resultado de crescimentos e 1,6% para as de nacionais, elevando-as para, res-
anuais de, respetivamente, 5,5% e 1,9%. petivamente, 4,5 milhões e 900 mil.
(VWUDQJHLURV
E. EVOLUÇÃO NA ESTRATÉGIA
aspetos principais, que impactarão o conjunto das
linhas de desenvolvimento descritas no capítulo se-
guinte e reforçarão a estratégia definida para o Turis-
mo nacional. São eles:
O processo de reavaliação do PENT incorporou No caso de Espanha, se pela sua grande proximi-
também uma atualização da estratégia apresentada dade e dimensão seria desde logo um mercado im-
em 2007, face ao caminho já percorrido mas sobre- portante, pela sua contribuição para o Turismo nacio-
tudo face aos novos desenvolvimentos e tendências nal e pelas próprias taxas de crescimento verificadas
verificadas no setor e na conjuntura, e aos novos de- nos últimos anos no número de turistas enviados para
safios que destes emergem. Portugal, é um mercado que carece de uma estra-
tégia particular de atuação. Deste modo, e numa
Não sendo alterado o rumo então definido, que se perspetiva de inclusão de um conceito de mercado
mantém globalmente válido, são agora reforçados interno alargado deverá ser alvo de uma abordagem
ou explicitados alguns vetores estratégicos que se assente num esforço de segmentação das distintas
tornam mais prementes para fazer face à evolução realidades regionais e de desenvolvimento de ofertas
do contexo internacional e das tendências da pro- específicas, e na atenuação do caráter sazonal da
cura. Por outro lado, o caminho já percorrido e a ex- procura atual deste mercado.
periência entretanto ganha em algumas áreas, per-
mitem aprofundar alguns aspetos e enfrentar novos Deste modo, o Brasil deverá ser alvo de nova abor-
desafios com base no que entretanto foi construído. dagem de promoção visando garantir uma maior pe-
São exemplos disto: a evolução da abordagem aos netração nos fluxos de turistas para a Europa, garan-
mercados estratégicos, que assentará num conheci- tindo que Portugal passe a fazer parte da rota turística
mento mais detalhado dos mesmos, e o aprofundar dos brasileiros de classe média alta que vêm à Europa.
do desenvolvimento e competências das Entidades Por último, as tendências recentes tornam eviden-
Regionais do Turismo / Direções Regionais do Turis- te que uma estratégia de captação dos mercados
mo de modo a garantir que evoluam para um pata- emissores terá de estar cada vez mais assente numa
mar que lhes permita assumir por inteiro o papel de abordagem segmentada, que entenda os diversos
gestoras dos destinos turísticos. mercados comportamentais existentes em cada mer-
cado geográfico. Portugal deverá iniciar o desenvol-
A evolução definida para a estratégia de desenvol- vimento desta abordagem ao nível dos seus merca-
vimento do Turismo nacional far-se-á sentir em seis dos estratégicos.
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 31
ii. Liderança no desenvolvimento sustentável promoção e comercialização, bem como a uma re-
serva de meios financeiros de promoção para apoio
A sustentabilidade é cada vez mais uma tendência a esta vertente.
global e transversal aos diversos setores da econo-
mia, potenciando-se um particular relevo da mesma
para o Turismo português pelos diversos impactos iv. Aposta na promoção e distribuição online
que esta atividade pode ter nas diversas regiões
do nosso país. Assim, Portugal pretende fazer uma O processo de consulta de informação e efetivação
aposta declarada num modelo de desenvolvimen- da compra por parte do turista tem vindo a mudar nos
to sustentável do setor, inovando e liderando neste últimos anos. Hoje o turista é mais interativo e menos
campo. dependente de uma relação face to face com um ope-
rador ou um agente turístico (chega inclusive a con-
De forma a cumprir esta ambição, o desenvolvimen- fiar mais em membros de comunidades virtuais que
to do setor deverá incidir em quatro vetores principais: não conhece mas que partilham os seus interesses).
O turista moderno tende assim, a agir por impulso e
- No desenvolvimento sustentável das regiões e a diversificar os seus períodos de descanso no exte-
comunidades locais, através do fomento ao em- rior com uma miríade de experiências e conteúdos.
preendedorismo, desenvolvimento de fileiras rela-
cionadas e potenciação da interação com as co- Neste novo contexto, é mandatário a criação de
munidades rurais e as suas atividades produtivas; plataformas online integradas para promoção e di-
- Na dinamização e preservação do património histó- vulgação das diversas ofertas turísticas do «destino
rico e cultural, preservando, recuperando e desen- Portugal», sendo necessário desenvolver uma pla-
volvendo momentos e experiências ímpares para o taforma de informação adaptada às necessidades
turista; dos diversos tipos de consumidores, permitindo, in-
- Na criação de linhas de orientação comuns para a clusive, uma elevada comodidade na efetivação do
preservação ambiental, sensibilizando, formando, processo de informação, seleção e reserva. As pla-
certificando, protegendo e recuperando; taformas deverão ser multilingues e propiciar futuras
- Na própria sustentabilidade económica do setor, ações de personalização e estratégias B2C.
assente na qualificação dos recursos humanos,
reforço da qualidade, aposta na inovação e desen- No mesmo sentido, deverá ser feito um trabalho
volvimento de um modelo de gestão da sazonali- cuidado que permita a interação com todo o merca-
dade. do turístico potencial, integrando o destino Portugal
nas novas tendências de marketing digital, através
da potenciação da interação através de redes so-
iii. P
otenciação da capacidade de venda das em- ciais, da dinamização de blogues e newsletters e do
presas do setor reforço da capacidade de venda online dos próprios
agentes do setor.
A capacidade de venda e de ação comercial das
empresas do setor é hoje um fator-chave essencial Tudo isso não invalida a necessidade de manter um
num mercado com novos paradigmas de promoção relacionamento próximo e atuante com os operado-
e comercialização, dos quais se destaca para o teci- res turísticos internacionais e de apoiar a emergên-
do de empresas nacionais do setor a cada vez menor cia de novas iniciativas comerciais nacionais.
contribuição do modelo clássico de comercialização
via os grandes operadores turísticos internacionais
que permitiam uma gestão antecipada dos fluxos de v. Desenvolvimento de uma oferta de experiên-
procura e requeriam um esforço comercial menos in- cias marcantes
tenso e mais concentrado.
O turista global atual, principalmente o que é ori-
A dinamização de um programa de apoio à venda ginário de mercados outbound maduros, move-se
do Turismo nacional deverá, como tal, ser uma das cada vez mais pela busca de experiências intensas
principais apostas a lançar. Este programa deve ser e autênticas e momentos, em detrimento de destinos
sustentado no reforço de forças de venda nos princi- e produtos turísticos tradicionais. Assim, a emergên-
pais mercados emissores, no dinamismo de platafor- cia de um vasto leque de nichos de mercado que pri-
mas comerciais online que permitam o acesso à ven- mam pela diversidade de necessidades e de com-
da online à generalidade das empresas do setor, na portamentos obriga a um repensar do programa de
disponibilização de apoio tecnológico em marketing ofertas que Portugal tem de providenciar enquanto
e vendas, e na formação nos novos paradigmas de destino turístico de eleição.
n.º 67/2008, nomeadamente atuando ao nível da qua- peso institucional para promover um diálogo forte
lificação dos destinos e produtos, da dinamização da e consequente com as autarquias, a administração
atividade turística das regiões e da agregação dos es- pública e os empresários que alinhe e dinamize os
forços dos agentes regionais, tudo em função do ob- esforços de todos os envolvidos.
jetivo de melhoramento do produto turístico regional.
Por outro lado, as Agências Regionais de Promoção
Apesar de reconhecida, pelos diversos players do Turística têm também um papel-chave a desempe-
mercado, a evolução do papel das Entidades Re- nhar enquanto únicas entidades regionais dedica-
gionais do Turismo / Direções Regionais do Turismo das à promoção externa, assegurando o enfoque e
como gestoras de destinos, estão depositadas eleva- concentração de recursos e estratégias dedicadas à
das expetativas nestas entidades enquanto forte ve- promoção dos destinos e dos seus produtos turísti-
tor de dinamização de destinos e produtos turísticos. cos nos principais mercados internacionais – através
de parcerias entre as entidades públicas regionais e
Para tal, as Entidades Regionais do Turismo / Dire- nacionais ligadas ao Turismo e aos empresários do
ções Regionais do Turismo deverão potenciar o seu setor.
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 33
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6/850
BOÈMJTF3PMBOE#FSHFS
Adicionalmente, a análise do comparativo entre a à facilidade de deslocação. Esta realidade ganha ain-
quota de mercado e a proximidade mostra que Por- da maior importância à medida que se acentua a ten-
tugal consegue tendencialmente uma quota de mer- dência para a prática de férias com maior frequência
cado superior nos mercados de proximidade, devido e por períodos mais curtos.
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)RQWH"OÈMJTF3PMBOE#FSHFS
Assim, a estratégia de desenvolvimento de mercados que possibilite, por um lado, no mínimo, a manuten-
para Portugal deve ter em conta a dimensão de cada ção da quota de mercado atual nos mercados ma-
país enquanto mercado emissor e o peso dos princi- duros, e com um elevado peso no Turismo nacional,
pais mercados na receita atualmente gerada em Por- bem como o potenciar do crescimento da quota de
tugal. Deste modo, deverá ser seguida uma estratégia Portugal nos países em desenvolvimento.
Adicionalmente, deve ser dada particular atenção problemática da gestão da sazonalidade – na flexibi-
aos mercados de proximidade como potenciadores lização da oferta e, principalmente, na gestão eficaz
do desenvolvimento de ofertas associadas a férias da procura.
de curta duração e à promoção de eventos gerado-
res de visitas turísticas. O perfil de sazonalidade dos mercados emissores,
apesar da transversalidade de uma procura irregular
nos diversos mercados, permite identificar a Alema-
SAZONALIDADE nha, Escandinávia, EUA, Brasil, Canadá, Áustria e Ja-
pão como um grupo de países com peso mais elevado
A sustentabilidade do Turismo e dos diversos players das dormidas de estrangeiros em Portugal na época
a atuar no setor tem vindo a realçar cada vez mais a baixa.
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)RQWH#BODPEF1PSUVHBM
6/850
BOÈMJTF3PMBOE#FSHFS
Por outro lado, a comparação da sazonalidade em turístico de eleição. Estes mercados deverão ser alvo
Portugal com a do mercado emissor como um todo de uma estratégia de promoção apropriada no intui-
revela diversas oportunidades de atuação. Neste to de aumentar o número de turistas com destino a
sentido, deverão ser definidas estratégias específi- Portugal.
cas para cada grupo de países em função da sua
sazonalidade, de modo a atrair um número mais ele- Espanha, Irlanda e Polónia – mercados emisso-
vado de turistas fora da época alta, de modo a suster res onde a sazonalidade de Portugal é superior à
a utilização dos equipamentos turísticos a níveis mais sazonalidade natural do mercado, havendo por isso
elevados ao longo de todo o ano. oportunidade para aumentar a captação de turistas
destes países nas épocas em que a procura do des-
Deste modo sobressaem três estratégias de atua- tino Portugal é mais reduzida. Em particular, importa
ção diferenciadas para mercados emissores seme- destacar Espanha que, pela grande proximidade, de-
lhantes: verá ter uma estratégia de captação própria de forma
a aumentar as short breaks no nosso país.
Alemanha – deverá ser alvo de um enfoque primá-
rio no crescimento, já que apesar de ser um país que Em resultado da importância atual e potencial de
estruturalmente tem uma procura muito sazonal, em cada mercado outbound para o Turismo nacional, é
Portugal tem um perfil de sazonalidade menos mar- possível identificar um conjunto de mercados de atua-
cado. ção prioritária e classificá-lo como mercados estratégi-
cos, mercados de crescimento e mercados de diversi-
Dinamarca e Suécia – países tradicionalmente com ficação, em função da importância relativa, adotando
uma sazonalidade reduzida do mercado outbound estratégias de desenvolvimento de mercado especí-
mas onde Portugal tem um peso baixo como destino ficas para cada grupo de mercados.
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 37
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3ROyQLD
,UODQGD
5~VVLD
4";0/"-*%"%&&4536563"-%0.&3$"%0²*/'&3*03®%"130$63"1"3"10356("-
0VUVCSPB+VOIP 9LDJHQVRXWERXQGGRPHUFDGRQDpSRFDEDL[D
)RQWH6/850
5VSJTNPEF1PSUVHBM
BOÈMJTF3PMBOE#FSHFS SDUDWRGRVRVGHVWLQRV UPUBM
MERCADOS ESTRATÉGICOS
(Espanha, Reino Unido, Alemanha e França)
· Mercado onde deverá ser continua-
Estes mercados deverão ser alvo de uma estra- do o esforço de aumento de quota
tégia individual e detalhada ao nível da promoção, alavancando nas novas ligações aére-
França
as recentemente criadas.
produtos e acessibilidades, tendo em conta as re-
alidades regionais em cada mercado e os distintos Fonte Roland Berger.
· Mercados de proximidade onde o en- Para além das prioridades definidas a nível nacio-
foque deve ser obter um crescimento nal, a promoção externa regional deverá também le-
absoluto de dormidas e receita (na Ho- var em conta a importância dos mercados para cada
Holanda, landa e Itália com o objetivo de aumentar região.
Itália, a quota de mercado) e também atuar ao
Bélgica,
Suíça nível da redução da sazonalidade da pro-
cura (sobretudo em Itália). Norte
·M
ercado de atuação seletiva, dada a sua
distância e dificuldade de assumir massa Centro
EUA crítica, devendo a promoção estar fo-
cada em ofertas e segmentos específi-
cos. Lisboa
Fonte Roland Berger.
1.º nível
5HWHUHPD[LPL]DURFXSDo}HV
GDVOLJDo}HVDWXDLV $QJDULDUQRYDVURWDV
Ã*EFOUJGJDBSMJHBÎÜFTBÏSFBTFNSJTDPEFFODFSSBS
FN Ã*EFOUJGJDBSBFSPQPSUPTQSJPSJUÈSJPTQBSBBDSJBÎÍPEF
QBSUJDVMBSRVBOEPPQFSBEBTQPSBQFOBTVNBDPNQBOIJB OPWBTMJHBÎÜFTB1PSUVHBM FY1PSUPo%PSUNVOE
Ã$SJBSNFDBOJTNPTRVFQFSNJUBNBJOUFSWFOÎÍP Ã/FHPDJBSDPNBTDPNQBOIJBTBÏSFBTBBCFSUVSB
BUFNQBEBDBTPTFEFUFUFSJTDPEFFODFSSBNFOUPEF EFTTBTSPUBT
SPUBTJNQPSUBOUFTQBSBP5VSJTNP Ã%FTFOWPMWFSVNBQPMÓUJDBEFDBQUBÎÍPEFCBTFT
Ã%FTFOWPMWFSNFDBOJTNPEFJODFOUJWPBPBVNFOUP EFDPNQBOIJBTBÏSFBT MPXDPTU
QBSBPT
EPTMPBEGBDUPSTEBTDPNQBOIJBUSBEJDJPOBJT
BFSPQPSUPTOBDJPOBJT
OPNFBEBNFOUFQBSBBTVBEJTQPOJCJMJ[BÎÍPB
PQFSBEPSFTUVSÓTUJDPTBQSFÎPTFTQFDJBJT
5HIRUoDUIUHTXrQFLDVHPURWDVDWXDLV
Ã*EFOUJGJDBSMJHBÎÜFTBÏSFBTDPNDBQBDJEBEFJOTVGJDJFOUFQBSBBT
OFDFTTJEBEFTEP5VSJTNP FY'BSPo1BSJT
Ã*EFOUJGJDBSSPUBTDPNQPVDBTGSFRVÐODJBTTFNBOBJTFOFHPDJBSPTFV
BVNFOUPEFNPEPBQPUFODJBSBTTIPSUCSFBLT FY'VODIBMo7JFOB
)RQWH3PMBOE#FSHFS
Por sua vez, a priorização das acessibilidades a ser alocados aos mercados com maior potencial de
criar/ reforçar deverá partir da estratégia de desen- retorno.
volvimento de mercados de cada região de turismo
em que se encontram os aeroportos e das ligações iv. Estratégia de produtos
atuais aos seus mercados estratégicos e de segun-
da prioridade, devendo enfocar-se nos aeroportos Os 10 produtos definidos no anterior PENT conti-
desses países que conjuguem uma vasta área de nuam a ser válidos devendo ser desenvolvidos com
influência (em termos de população) com um ele- base em estratégias e planos de ação claros, que
vado poder de compra da população por eles ser- permitam aproveitar todo o seu potencial, para o que
vida. Deste modo os recursos disponíveis deverão contribuirá alguma clarificação da sua abrangência:
*ROIH Ã5HIRUoDURSRVLFLRQDPHQWREF1PSUVHBMDPNPGHVWLQREFHPMGFEFDMBTTFNVOEJBM
QSPQPSDJPOBOEPPDLRUYLVLELOLGDGHEFSFHJÜFTFNFSHFOUFTOFTUFQSPEVUPFBQPTUBOEPOP
VHJPHQWRGHIRUPDomRFOBSFBMJ[BÎÍPEFHYHQWRVGHJUDQGHQRWRULHGDGHLQWHUQDFLRQDO
7RXULQJ7XULV Ã3FGPSÎBSPUPVSJOHUVSJTNPDVMUVSBMFSFMJHJPTPGPSNBUBOEPLWLQHUiULRVH[SHULHQFLDLVRVF
PR&XOWXUDOH TFKBNVNBPRQWUDGDGLYHUVLGDGHGRSDWULPyQLRKLVWyULFRFXOWXUDOHUHOLJLRVRF
5HOLJLRVR BQSPWFJUBOEPDFMFCSBÎÜFTSFMJHJPTBTDPNPUFNBEFQSPNPÎÍP
5HVRUWV,QWH Ã(BSBOUJSHOHYDGRVSDGU}HVGHTXDOLGDGHFNQRYRVSURMHWRVEFUVSJTNPSFTJEFODJBMF
JUDGRVH7XULV PHOKRUDUDVXDDWUDWLYLGDGH
BTTFHVSBOEPRVFBFRQVWUXomRTFJOJDJBQFMBFRPSRQHQWH
PR5HVLGHQFLDO KRWHOHLUD
H%HP(VWDU SURPRomRFRQMXQWDEBTYDOrQFLDVPpGLFDVFWXUtVWLFDV
7XULVPR Ã"QPTUBSOBTXDOLILFDomRGDVLQIUDHVWUXWXUDVEFTVQPSUF
OBFDSWDomRSURDWLYDEFHYHQWRV
GH1HJyFLRV FFNRIHUWDVFULDWLYDVRVFDPOUSJCVBNQBSBQSPQPSDJPOBSH[SHULrQFLDVPHPRUiYHLVBPT
QBSUJDJQBOUFT
7RXULQJ7XULV Ã3FGPSÎBSPUPVSJOHUVSJTNPDVMUVSBMFSFMJHJPTPGPSNBUBOEPLWLQHUiULRVH[SHULHQFLDLVRVF
PR&XOWXUDOH TFKBNVNBPRQWUDGDGLYHUVLGDGHGRSDWULPyQLRKLVWyULFRFXOWXUDOHUHOLJLRVRF
5HOLJLRVR BQSPWFJUBOEPDFMFCSBÎÜFTSFMJHJPTBTDPNPUFNBEFQSPNPÎÍP
5HVRUWV,QWH Ã(BSBOUJSHOHYDGRVSDGU}HVGHTXDOLGDGHFNQRYRVSURMHWRVEFUVSJTNPSFTJEFODJBMF
JUDGRVH7XULV PHOKRUDUDVXDDWUDWLYLGDGH
BTTFHVSBOEPRVFBFRQVWUXomRTFJOJDJBQFMBFRPSRQHQWH
PR5HVLGHQFLDO KRWHOHLUD
1iXWLFR Ã%FTFOWPMWFSPUVSJTNPOÈVUJDPFEFDSV[FJSPTDXPHQWDQGRDTXDQWLGDGHHTXDOLGDGHGDV
H&UX]HLURV LQIUDHVWUXWXUDVFEJOBNJ[BOEPPGHVHQYROYLPHQWRGDVDWLYLGDGHVFRQH[DV
)RQWH3PMBOE#FSHFS
)RQWH5VSJTNPEF1PSUVHBM
BOÈMJTF3PMBOE#FSHFS
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 41
As prioridades de cada região de turismo ao nível importância atual e do potencial futuro proporcionado
dos produtos a desenvolver sofreram alguns ajus- pelos recursos disponíveis.
tamentos de modo a garantir a eficaz alocação de
meios e esforços aos produtos mais importantes para Do mesmo modo, o alinhamento da estratégia para
cada região. Neste sentido, foram identificados um os polos deve assentar no aprofundamento da poten-
conjunto de produtos estratégicos e em desenvol- ciação dos seus principais recursos.
vimento para cada uma das regiões, em função da
As Entidades Regionais do Turismo / Direções Regio- - Promover a qualificação das atividades e produtos
nais do Turismo continuarão a ter um papel fundamen- turísticos.
tal como catalisadores e agregadores dos esforços de - Melhorar, no geral, o produto turístico nas suas di-
agentes, públicos e privados, ligados ao Turismo no versas vertentes.
desenvolvimento da oferta turística das regiões respe- - Promover, a região no país e colaborar no esforço
tivas. Neste âmbito, enquanto entidade responsável promocional externo através da sua participação
pela gestão do destino, caberá às Entidades Regio- nas Agências Regionais de Promoção Turística.
nais do Turismo / Direções Regionais do Turismo:
Ã1PUFODJBSBTSFEFTTPDJBJTFDPNVOJEBEFTPOMJOF
Ã3FGPSÎBSBDBQBDJEBEFEFWFOEBPOMJOFEPTBHFOUFTEPTFUPS
Ã*OUFOTJGJDBSJOWFTUJNFOUPQSPNPDJPOBMFNDBOBJTPOMJOF
$SRVWDQR
RQOLQH 5HGLVWULEXLURLQYHVWLPHQWRHPSURPRomRSRUPHUFDGR
Ã3FEJSFDJPOBSQBSUFEPJOWFTUJNFOUPFNQSPNPÎÍPOPTNFSDBEPT
FTUSBUÏHJDPTQBSBPTNFSDBEPTEFDSFTDJNFOUP
(YROXomRGD $GHTXDURPL[GHLQVWUXPHQWRVGHSURPRomR
SURPRomRH Ã3FGPSÎBSPJOWFTUJNFOUPPOMJOF
GLVWULEXLomR Ã4FHNFOUBS
EFGPSNBDSFTDFOUF
PTJOWFTUJNFOUPTFNQVCMJDJEBEF
Ã1BSUJDJQBSTFMFUJWBNFOUFFNGFJSBT
Ã3FGPSÎBSPFOGPRVFFNPQFSBEPSFTFTQFDJBMJ[BEPT
$GHTXDomR 5HDORFDomR Ã4VTUFOUBSPBQPJPËQSPNPÎÍPEFSPUBTOVNBMØHJDBCJQBSUJEBEF
GRPL[GH SRUPHUFDGR NBOVUFOÎÍPFSFGPSÎPEFMJHBÎÜFT
LQVWUXPHQWRV Ã$PODFOUSBÎÍPQSPNPDJPOBMOBTÈSFBTTFSWJEBTQPSSPUBTBÏSFBTQBSB
1PSUVHBM
)RQWH3PMBOE#FSHFS
Utilização da internet para marcação de viagens nos mercados emissores (2004 - 2008; %)
5HVHUYDSDUDRH[WHULRU 5HVHUYDGHDORMDPHQWR 5HVHUYDGH
WUDQVSRUWHDpUHR
&TQBOIB
3FJOP6OJEP
"MFNBOIB
'SBOÎB
)PMBOEB
*UÈMJB
#SBTJM
3FQ$IFDB
3ÞTTJB
)VOHSJB
%BEPTEFF
)RQWH"OÈMJTF3PMBOE#FSHFS
Ã$PNDBQBDJEBEF
EFSFTFSWBEJSFUB
)RQWH3PMBOE#FSHFS
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 43
Como forma de melhorar o serviço prestado pelos crescimento pretendido no volume de hóspedes e
sites dos destinos regionais deverão ser desenvolvi- dormidas com origem nestes países.
das novas funcionalidades que permitam a efetivação · Os mercados de diversificação deverão ser alvo de
de reservas, programas de marketing 1 to 1, a marca- campanhas promocionais seletivas com o objetivo
ção de atividades, a divulgação de eventos e a dispo- de melhorar a notoriedade do destino Portugal, de
nibilização de informação mais detalhada ao cliente. modo a que possa beneficiar do seu crescimento
A seleção de uma lista de parceiros que vá de encon- futuro.
tro às necessidades dos turistas no processo de com-
pra e a aposta no cross selling de produtos turísticos Importa salientar que a promoção desenvolvida pe-
dentro e fora da própria região de atuação deverão las Agências Regionais de Promoção Turística se de-
ser igualmente prioritárias. verá enfocar, por princípio, apenas nos mercados es-
tratégicos e de segunda prioridade para cada região.
Ainda no que respeita aos meios online, deverão A promoção externa nos mercados de diversificação
ser potenciados os blogues especializados em temas deverá caber por completo ao Turismo de Portugal,
relevantes para os principais produtos turísticos na- que naturalmente incluirá o conjunto das regiões do
cionais, garantindo-se a «alimentação» das discus- país na comunicação a desenvolver.
sões com referências positivas às ofertas do turismo
em Portugal, bem como desenvolvidos artigos para 3 Adequar o mix de instrumentos de promoção
publicação / descrição do destino Portugal em sites Finalmente, deverá ser assegurada a adequação do
internacionais especializados. mix de instrumentos de promoção de modo a garantir
um maior retorno do investimento, e a evolução para
2 Redistribuir o investimento em promoção por meios promocionais que melhor se adequem às evolu-
mercado ções nos canais de distribuição. Em particular, deverá
Adicionalmente, deverá ser garantida a adequação ser aumentado o peso no investimento na promoção
entre o esforço de promoção em cada mercado emis- em meios online e em operadores especializados em
sor e a respetiva prioridade para o Turismo nacional: determinados produtos, enquanto a participação em
feiras deverá ser cada vez mais seletiva.
· Os mercados estratégicos deverão continuar a me-
recer uma parte significativa do esforço de promo-
ção de modo a, pelo menos, defender a quota de vii. Experiências e conteúdos
Portugal.
· Os mercados de crescimento deverão beneficiar Em face da crescente exigência do turista enquan-
de um investimento em promoção mais do que pro- to decisor de compra, e do aumento da oferta em
porcional ao seu peso atual, de modo a suportar o resultado do investimento verificado nos mercados
$XWHQWLFLGDGHKLVWyULFDHFXOWXUDO
Ã"MBWBODBSOBIFSBOÎBIJTUØSJDBFDVMUVSBMF
BVUFOUJDJEBEFEBTUSBEJÎÜFT
EBTDPNVOJEBEFTMPDBJT
QBSBQSPQPSDJPOBSFYQFSJÐODJBTEJTUJOUJWBT
Ã1SPDVSBSFOBMUFDFSPTBTQFUPTBVUÐOUJDPTEFDBEB
EFTUJOP
(VFROKDHSHUVRQDOL]DomR
Ã0SHBOJ[BSBPGFSUBEFNPEPBGBDJMJUBSVNBFTDPMIB
WBSJBEBFNPEVMBSEPQSPHSBNBEFGÏSJBT
DPNCJOBEB
DPNPQÎÜFTEFBMPKBNFOUPFUSBOTQPSUF
'LYHUVLGDGH
Ã1PUFODJBSBEJWFSTJEBEFEFDBEBSFHJÍP
EJTQPOJCJMJ[BOEPBUJWJEBEFTOBOBUVSF[B
BUJWJEBEFT
OÈVUJDBTGMVWJBJT
NVTFVT
QFSDVSTPT
HBTUSPOPNJBy
(YHQWRV
Ã%FTFOWPMWFSVNDBSUB[EFFWFOUPTWBSJBEP
EFRVBMJEBEFFBPMPOHPEPBOP
)RQWH3PMBOE#FSHFS
3DWULPyQLRH+LVWyULD
Ã%FTFOWPMWFSFJOPWBSPTDPOUÏVEPTUSBEJDJPOBJT
QPSUVHVFTFT
Ã1PUFODJBSBWJTJUBFDPNQSFFOTÍPEBJNQPSUÉODJBEPT
NPOVNFOUPTFQBUSJNØOJPIJTUØSJDP
Ã%FTFOWPMWFSSPUBTUVSÓTUJDBTDPNCBTFOPTBDPOUFDJNFOUPT
IJTUØSJDPTQBTTBEPTOBSFHJÍP
Ã&WFOUPTRVFFYQMJRVFNFjSFWJWBNxBDPOUFDJNFOUPT
IJTUØSJDPT FY-JOIBTEF5PSSFTFBT*OWBTÜFT'SBODFTBT
5HFXUVRVQDWXUDLV
Ã%FTFOWPMWFSSPUBTEFUVSJTNPDVMUVSBMFSFMJHJPTP
Ã"UJWJEBEFTEFUVSJTNPOBOBUVSF[B
JODMVJOEPDBNJOIBEBT
FYQMPSBÎÍPEFQBSRVFTOBUVSBJTFHSVUBTy
Ã%FTQPSUPTFNBNCJFOUFOBUVSBM FYEFTDJEBTEFSJPT
SBGUJOH
NFSHVMIP
FTDBMBEB
y
&XOWXUDHFRVWXPHVUHJLRQDLV
Ã$FMFCSBÎÜFTEB4FNBOB4BOUBFNEJWFSTBTSFHJÜFT
Ã'FTUBT
SPNBSJBTFFTQFUÈDVMPTEFGPMDMPSFSFHJPOBJT
Ã"UJWJEBEFTUSBEJDJPOBJTFBSUFTBOBUP
)RQWH3PMBOE#FSHFS
(YHQWRV3URPRFLRQDLVQmRH[DXVWLYR
Ã3URPRYHUDRUJDQL]DomRGHXP
DGRLVPHJDHYHQWRVHPFDGD Ã1SPNPÎÍPEPDBMFOEÈSJPOBDJPOBM
GpFDGDRVFDPOUSJCVBNQBSBB &DOHQGiULR TFMFÎÍPEPTQSJODJQBJTB
SFFTUSVUVSBÎÍPEBPGFSUBFPV
QSPKFÎÍPEFVNEFTUJOP
QDFLRQDOGH
HYHQWRV
FWFOUPTSFHJPOBJT
BTTFHVSBOEP
0HJDHYHQWRV PGFSUBEFFWFOUPTUPEPPBOP
EF
Ã0RQLWRUL]DUFRQWLQXDPHQWHRV B HSBOEFTFWFOUPT NFEJB
PHJDHYHQWRVLQWHUQDFLRQDLV FWFOUPT
JOUFSOBDJPOBM
FDPPSEFOBSDPNQPUFODJBJT
QSPNPUPSFTOBDJPOBJT
Ã2UJDQL]DUHSURPRYHUXP Ã1SPNPÎÍPEFVNDBMFOEÈSJPSFHJPOBM
FDOHQGiULRQDFLRQDOGHD &DOHQGiULR EFFWFOUPTDPNFOGPRVFOBT
JUDQGHVHYHQWRVQBSBQSPNPÎÍP UHJLRQDOGH SFHJÜFTEF-JTCPB
"MHBSWFF
JOUFSOBDJPOBM BUSBÎÍPEFUVSJTUBT
HYHQWRV .BEFJSBoBQPTUBFNFWFOUPTEF
*UDQGHV NBJTEF BUSBÎÍPOBDJPOBM
FTVQPSUFBPUVSJTNPEFOFHØDJPT
FWFOUPT
HYHQWRV
SURPRFLRQDLV Ã2UJDQL]DUHSURPRYHUXP
FDOHQGiULRUHJLRQDOFRPFHUFD
GHHYHQWRVSULYLOHJLDQGRD 2UJDQL]DUHSURPRYHUFDOHQGiULRV
OLJDomRDRVFRQWH~GRVGDUHJLmR QDFLRQDLVGHHYHQWRVSRUWHPD
&DOHQGiULRV (BTUSPOPNJB
$VMUVSB .ÞTJDB
Ã$VVHJXUDUHSURPRYHU WHPiWLFRV F7JOIPT
563*4.0%&10356("-
1"3""10*0%*3&50%0
Ã%FWFSÍPTFS Ã&WFOUPTRVFHBSBOUBNVNB Ã$PCFSUVSBUFMFWJTJWBFBVEJÐODJB
13*/$*1"*4$3*5²3*04
DPOTJEFSBEPT 1RWRULHGDGH FMFWBEBOPUPSJFEBEFEPEFTUJOP FTQFSBEB
FULWpULRVRVF ,QWHUQDFLRQDO 1PSUVHBMFEBTTVBTSFHJÜFT Ã/EFJOTFSUTFNJNQSFOTB
NFÎBNP QSPEVUPTFTUSBUÏHJDPT Ã%JWVMHBÎÍPFNDBOBJTPOMJOF
DOLQKDPHQWR
EFDBEBFWFOUP Ã"TTJTUÐODJBEFOÍPSFTJEFOUFT
DPNB &DSWDomRGLUHWD Ã&WFOUPTRVFBTTFHVSFNVNB
FYQFUBUJWBSFMFWBOUFEF FNFWFOUPTEFBOPTBOUFSJPSFT
HVWUDWpJLDGR GHWXULVWDV PVFNFWFOUPTTJNJMBSFT
DBQUBÎÍPEJSFUBEFUVSJTUBT
WXULVPR LQWHUQDFLRQDLV JOUFSOBDJPOBJT SFBMJ[BEPTFNEFTUJOPT
OBDJPOBM DPNQBSÈWFJT
Ã73EFWFFTUBS ìNCJUPEBSFRVBMJGJDBÎÍPVSCBOB
,PSDFWRQD Ã&WFOUPTDVKBSFBMJ[BÎÍPQSPNPWB
IRFDGROPT BSFRVBMJGJDBÎÍPEBPGFSUBBP
PVQBJTBHÓTUJDBQSFWJTUB
FWFOUPTDPN UHTXDOLILFDomR Ã"QPJPËFTUSVUVSBÎÍPSFRVBMJGJ
MPOHPEF
QFMPNFOPT
VNEPT
HSBOEF GDRIHUWD FJYPTEP1&/5 DBÎÍPEFVNQSPEVUP
QRWRULHGDGH FTUSBUÏHJDP
PVDBQUBÎÍP
EFIOX[RV Ã&WFOUPTRVFQFSNJUBNQSPQPS Ã1PTTJCJMJEBEFEFVTVGSVUPEP
([SHULrQFLD DJPOBSFYQFSJÐODJBTEJTUJOUJWBTF FWFOUPQFMPTUVSJTUBTOBSFHJÍP
WXUtVWLFRV
SDUDWXULVWDV
NBSDBOUFTBPTUVSJTUBTRVFTF Ã$BSÈUFSÞOJDPFEJTUJOUJWPEB
UHOHYDQWHV FODPOUSBNOBSFHJÍPQPSPVUSB FYQFSJÐODJBQSPWJEFODJBEBQFMP
NPUJWBÎÍP FWFOUP
%FWFSÈ TFS EBEB
QSJPSJEBEFBPTFWFOUPT
RVF DPOTJHBN OPUPSJF "EJDJPOBMNFOUFEFWFTFSHBSBOUJEPRVFQFMPNFOPTSDUWHGRDSRLRFRQFHGLGR
EBEFPVDBQUBSUVSJTUBT pFDQDOL]DGRSDUDSURPRYHURHYHQWR WBSJÈWFMFNGVOÎÍPEPUJQPEFFWFOUP
OPT NFSDBEPT FTUSBUÏ TFOEPFTUBCFMFDJEPVNQFTPNÓOJNPQBSBBQSPNPÎÍP
HJDPTPVEFBQPTUB
)RQWH3PMBOE#FSHFS
$VVHJXUDUDUWLFXODomRHWUDQVSDUrQFLDGHRIHUWD
IRUPDWLYD
Ã0CTFSWBUØSJPEFSFDVSTPTIVNBOPT
Ã"SUJDVMBÎÍPFOUSFFOUJEBEFTDPNSFTQPOTBCJMJEBEFTOB
PGFSUBGPSNBUJWB
Ã4JNQMJGJDBSFORVBESBNFOUPMFHBMEBTQSPGJTTÜFTEPUVSJTNP
&DSWDUSURILVVLRQDLV
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QRYDVUHDOLGDGHVGRVHWRU
Ã1SPHSBNBEFDBQUBÎÍPEFUBMFOUPT
Ã7BMPSJ[BÎÍPEBJNBHFNTPDJBMEBT Ã/PWPTDPOUFÞEPTOBGPSNBÎÍP
QSPGJTTÜFTUVSÓTUJDBT Ã*OUFSOBDJPOBMJ[BÎÍPEBTFTDPMBT
)RUPDomRGRV BEFRVBOEPBTËSFBMJEBEFHMPCBMEP
5+$ODYDQFDGD TFUPSUVSÓTUJDP
(VWLPXODUPHOKRULDFRQWtQXD WUDQVIRUPDomRH
GDRIHUWDIRUPDWLYD FRPSHWLWLYLGDGH
GRVHWRU $SRLDUWUDQVIRUPDomRGRWHFLGR
Ã"DSFEJUBÎÍPEPTDVSTPTQPSFOUJEBEFT
JOUFSOBDJPOBJTEFSFGFSÐODJB HPSUHVDULDOGRVHWRU
Ã"WBMJBÎÍPQFSJØEJDBEBPGFSUBGPSNBUJWB Ã0GFSUBTQBSBGPSNBÎÍPDPOUÓOVBEPTQSPGJTTJPOBJT
QPSFOUJEBEFTJOEFQFOEFOUFT Ã$VSTPTEFBQPJPBPFNQSFFOEPSJTNPFBP
EFTFOWPMWJNFOUPEFDPNQFUÐODJBTEPTBHFOUFT
)RQWH3PMBOE#FSHFS Ã4FSWJÎPTEFDPOTVMUPSJBËTFNQSFTBT
xi. Eficácia e modernização da atuação dos (i) qualificação dos recursos humanos dos agentes
agentes públicos e privados públicos e privados; (ii) criação de um registo nacio-
nal de turismo; (iii) desenvolvimento de competências
A modernização dos agentes e a interação entre or- de tecnologias de informação e venda online por par-
ganismos públicos e privados será um objetivo para te dos agentes; (iv) promoção da colaboração / con-
o turismo português durante os próximos anos, atra- solidação entre agentes, em particular os de menor
vés da aposta no aumento da eficiência e eficácia dimensão; (v) aprofundamento do conhecimento dos
dos próprios agentes. Para concretizá-lo foram iden- mercados e dos seus principais segmentos e nichos
tificadas seis prioridades de atuação que incluem: relevantes, de modo a melhorar o targeting desses
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO 47
4XDOLILFDURVUHFXUVRVKXPDQRV
Ã*ODFOUJWBSPTBHFOUFTQÞCMJDPTFQSJWBEPT
BBQPTUBSFNOBGPSNBÎÍPFRVBMJGJDBSFN &ULDUUHJLVWRQDFLRQDOGH7XULVPR
PTTFVTDPMBCPSBEPSFTBPTEJWFSTPTOÓWFJT Ã-BOÎBSPSFHJTUPOBDJPOBMEF5VSJTNPDPNP
IJFSÈSRVJDPT CBTFEBEFGJOJÎÍPEFFTUSBUÏHJBTQBSBPTFUPS
6LPSOLILFDUSURFHVVRV
Ã"QSPGVOEBSPTNFDBOJTNPTEFTJNQMJGJDBÎÍP 'HVHQYROYHUFRPSHWrQFLDVGH7,
EFBQSPWBÎÍPEFQSPKFUPTEFSFRVBMJGJDBÎÍP HYHQGDRQOLQH
FJOWFTUJNFOUP Ã3FGPSÎBSBTDPNQFUÐODJBTFTJTUFNBTEF5*
Ã$SJBSJOUFSMPDVUPSFTQSJWJMFHJBEPTF OPBQPJPËHFTUÍPEPOFHØDJPFEFWFOEB
GBDJMJUBEPSFTEBSFMBÎÍPFOUSFPTBHFOUFT 3ULRULGDGHV
BUSBWÏTEPTNFJPTPOMJOF
QSJWBEPTFPTFUPSQÞCMJDP GHDWXDomR
&RQKHFLPHQWRGRVPHUFDGRV &RODERUDomR¬FRQVROLGDomR
Ã"QSPGVOEBSDPOIFDJNFOUPEPTNFSDBEPTBUSBWÏT Ã1SPNPWFSBSFBMJ[BÎÍPEFQSPKFUPTDPOKVOUPT
EFFTUVEPTFTQFDÓGJDPTEFQSFGFSÐODJBTF FBDPOTPMJEBÎÍPFOUSFBHFOUFT
EFNPEPB
UFOEÐODJBT
FQBSUJMIÈMPTDPNPTBHFOUFT HFSBSCFOFGÓDJPTEFFTDBMBFBSFGPSÎBS
DPNQFUÐODJBT
)RQWH3PMBOE#FSHFS
G. OPERACIONALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA
a implantação de uma força de vendas nos prin- desenvolvimento do Turismo nacional. Nesse senti-
cipais mercados emissores. do haverá uma particular preocupação e atenção a
cada ponto de contacto com o cliente, devendo ser
iv. A aposta na promoção e distribuição online, indo operacionalizado um sistema de qualidade turística e
de encontro à crescente tendência dos turistas continuado o esforço de formação e valorização dos
para recorrerem a estes meios como fontes de recursos humanos.
informação e suporte à escolha do destino e das
atividades a desenvolver nesse mesmo destino. A qualidade urbana ambiental e paisagística deverá
Neste contexto, deve apoiar-se o desenvolvimen- tornar-se uma componente fundamental da valoriza-
to de uma plataforma comercial que possibilite o ção e qualificação do destino Portugal assegurando-
acesso à venda online à generalidade das em- se, para tal, um maior envolvimento das entidades
presas do setor. ligadas ao Turismo neste domínio.
Pré-impressão: Streetmedia,
Consultores de Comunicação Lda.
Turismo de Portugal, ip
Rua Ivone Silva, lote 6
1050-124 Lisboa
T: 217 810 000 F: 217 937 537
geral@turismodeportugal.pt
www.turismodeportugal.pt
www.visitportugal.com
© Turismo de Portugal, ip
Lisboa, 2011
P L A N O E S T R A T É G I C O N A C I O N A L D O T U R I S M O