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NATAL/RN
2018
Caso: ADIANA, INC., E O DESENVOLVIMENTO DE UM DISPOSITIVO DE
ESTERILIZAÇÃO FEMININA
O caso analisado relata sobre a questão da empresa Adiana, Inc. de dispositivos médicos
recém-fundada nos EUA, em que tinha como objetivo o desenvolvimento de um cateter
para a esterilização feminina, onde se pleiteava a realização de testes em larga escala,
para este novo método contraceptivo considerado extremamente eficiente, sendo este
mais rápido de aplicar, podendo ser realizado em consultório médico, garantindo uma
segurança maior e, os custos eram menores.
Diante dos obstáculos e na intenção de garantir uma segurança jurídica, como também,
diminuir custos e responsabilidades, a empresa oferecia a aqueles que decidissem passar
pelo teste, firmar um acordo onde caso houvesse falha de esterilização, a Adiana pagaria
por um aborto e uma ligadura de trompa tradicional por um determinado tempo, por
outro lado, ela não arcaria com despesas referentes a cuidados de pré-natal, perinatal ou
pós-natal associado ao nascimento da criança.
Ocorre que, apesar de ser consentido pela voluntária, o acordo supramencionado viola
direitos inerentes à pessoa humana como a vida e saúde. Assim os custos de um
eventual processo judicial pleiteando o devido ressarcimento pelas consequências da
falha do dispositivo causando, por exemplo, o nascimento de uma criança deficiente
seria alto, tendo em vista o tamanho da empresa e sua dependência de fundos
especulativos, podendo facilmente leva-la à falência.
Diante do exposto, em uma análise necessária sobre o caso apresentado, verifica-se que
todo desenvolvimento da ciência pela Adiana no intuito de trazer um dispositivo
inovador para a esterilização da mulher, sendo um método contraceptivo mais simples e
mais barato, poderia ter sido um verdadeiro desastre, eis que para iniciar os testes em
humanos nos EUA e garantir uma segurança jurídica, optou por realizar um acordo com
as voluntárias, onde iria garantir os direitos humanos inerentes à falha do dispositivo,
portanto, no caso de instauração de um processo judicial, a convenção seria considerada
nula e os valores inerentes à condenação iriam facilmente causar a falência da empresa.