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Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum.

Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.


CULTURA SURDA E LIBRAS

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Números
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CULTURA SURDA E LIBRAS

NÚMEROS CARDINAIS E DE QUANTIDADE EM LIBRAS


A unidade IV aborda os sinais usados na língua brasileira de sinais para números cardinais e de

quantidade. Vamos conhecer as regras de sinalização para os números cardinais e para os de quan-

tidade.

Antes vamos falar a respeito das diferenças culturais entre surdos e ouvintes. É comum os po-

vos terem seus costumes que podem parecer a outros atitudes estranhas. Por exemplo, os esquimós
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ao se cumprimentarem tocam-se uns nos outros com a ponta do nariz. O motivo pode ser que é a

única parte do corpo que não está coberta com roupas.

Na India, é usual ao cumprimentar uma pessoa, unir as palmas das mãos diante do peito e

dizer Namasté. Beijinhos e abraços não são comuns.

No Brasil é comum o aperto de mãos e com beijos na face (usualmente as mulheres) dizendo

que é um prazer conhecer a pessoa. A conversa que decorre deste primeiro contato, envolve uma

conversa generica, como falar do tempo ou da profissão de cada um. Não se pergunta qual a carac-

teristica que o diferencia de outros, nem a idade.

No caso dos surdos brasileiros, há uma apresentação inicial e a identificação da surdez. Geral-

mente, a pessoa diz: EU SURDO ou EU OUVINTE. Isso é importante, pois relaciona-se com a uma iden-

tificação do outro a partir da referencia SURDO ou OUVINTE. Isso é relevante na perspectiva do surdo.

Podem seguir-se tipos de perguntas tais como: VOCÊ FAMILIA SURDA? VOCÊ APRENDER

SINAIS COMO? VOCÊ APRENDER SINAIS POR QUÊ?

A conversa pode incluir de onde a pessoa é, questões pessoais, estado civil, idade, endereço,

telefone, etc. na medida que vão ficando mais a vontade.

Isso também é comum em algumas comunidades ouvintes.

Possívelmente quando for apresentado a pessoas surdas as perguntas que envolvam respos-

tas com números surgirão. Então, vamos agora aprender a sinalizar os cardinais e os de quantidade.

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NÚMEROS CARDINAIS
Regras para números cardinais.

a) Ao sinalizar as unidades e as dezenas a mão fica parada;

b) Ao sinalizar os números 1 a 4 a palma da mão fica virada para o corpo;

c) Ao sinalizar os números 2 e 7 a posição do polegar os diferencia;

d) Ao sinalizar o 0 (zero) a palma da mão fica virada para o lado ou para cima;

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e) Ao sinalizar utilizando um ou mais zeros à esquerda do número, rotacionar o pulso (ex. 01,

007);

f) Ao sinalizar as dezenas 11, 22, 33, 44 e 77 a palma da mão deve ficar virada para o lado e fazer

o movimento breve e curto para direita e esquerda.

NÚMEROS CARDINAIS
Regras para números de quantidade.

a) As quantidades 1 a 4 são sinalizadas com os dedos voltados para cima e com a palma da

mão voltadas para o corpo.

b) As quantidades 5 a 10 são sinalizadas da mesma forma que sinaliza os números cardinais.

Nota 1:

Os números para quantidade são utilizados em libras como prefixos nos aspectos morfológicos

da língua. Quando se sinaliza a duração de horas, semanas, dias, meses, anos, períodos, a con-

figuração para os números de quantidade compõe o sinal.

Nota 2:

Em algumas regiões do país, como no caso de São Paulo, considerando as variações linguísticas,

os números de quantidade são também utilizados como cardinais.

NÚMEROS ORDINAIS E DE VALORES EM LIBRAS


Na anteriormente aprendemos como sinalizar os números cardinais e de quantidade. Agora

vamos entender como sinalizar os números ordinais e de valores na Língua Brasileira de Sinais.

Desejaremos aprender pois os surdos estão espalhados em todo o país e encontram formas

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criativas de se encontrarem. As vezes alguns pontos de encontro dos surdos são locais proximos de

instituições de ensino, fábricas ou no mercado público. Os shoppings também podem ser pontos de

encontro. Nesses lugares, que podem ser restaurantes, bares ou outros é possível que a conversa seja

permeada com assuntos escolares, academicos ou de onde comprar ou vender alguma coisa. Se algo

se encontra no mesmo andar ou nos andares superiores.

O uso do espaço ao sinalizar é o segredo de ser compreendido em libras e compreender. Não


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se sinaliza no mesmo lugar o tempo todo. Sendo uma língua visual, o espaço conforme já abordamos

é o que está a sua direita, esquerda, em frente, acima, etc... Ao usar tais referentes a sinalização é clara

quando falamos a respeito.

Assim, vamos aprender os números ordinais e de valores em Libras.

NÚMEROS ORDINAIS
Regras para números ordinais. Utilizam-se as mesmas configurações para os números cardi-

nais.

a) Ao sinalizar para 1º a 9º posicionar a mão como sinaliza para os números cardinais, mas os

realizando com a mão tremendo.

b) Ao sinalizar para as dezenas, do 10º em diante, são feitos da mesma maneira que os números

cardinais.

NOTA:

Em algumas regiões do país, como no caso de São Paulo, considerando as variações linguísticas,

os números de quantidade são também utilizados como ordinais.

NÚMEROS PARA VALORES


Regras para números de quantidade.

Utiliza-se as mesmas configurações para números de quantidade.

Ao sinalizar valores de R$ 1,00 a R$ 10,00 fazer com a mão rotacionando;

Ao sinalizar valores a partir de R$ 11,00 fazer como sinaliza para números cardinais, seguido da

configuração da letra R balançando levemente.

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NÚMEROS CARDINAIS E DE QUANTIDADE EM LIBRAS


A unidade VII aborda os sinais usados na língua brasileira de sinais para números cardinais

e de quantidade. Vamos conhecer as regras de sinalização para os números cardinais e para os de

quantidade.

Antes vamos falar a respeito das diferenças culturais entre surdos e ouvintes. É comum os po-

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vos terem seus costumes que podem parecer a outros atitudes estranhas. Por exemplo, os esquimós

ao se cumprimentarem tocam-se uns nos outros com a ponta do nariz. O motivo pode ser que é a

única parte do corpo que não está coberta com roupas.

Na India, é usual ao cumprimentar uma pessoa, unir as palmas das mãos diante do peito e

dizer Namasté. Beijinhos e abraços não são comuns.

No Brasil é comum o aperto de mãos e com beijos na face (usualmente as mulheres) dizendo

que é um prazer conhecer a pessoa. A conversa que decorre deste primeiro contato, envolve uma

conversa generica, como falar do tempo ou da profissão de cada um. Não se pergunta qual a carac-

teristica que o diferencia de outros, nem a idade.

No caso dos surdos brasileiros, há uma apresentação inicial e a identificação da surdez. Ge-

ralmente, a pessoa diz: EU SURDO ou EU OUVINTE. Isso é importante, pois relaciona-se com a uma

identificação do outro a partir da referencia SURDO ou OUVINTE. Isso é relevante na perspectiva do

surdo.

Podem seguir-se tipos de perguntas tais como: VOCÊ FAMILIA SURDA? VOCÊ APRENDER

SINAIS COMO? VOCÊ APRENDER SINAIS POR QUÊ?

A conversa pode incluir de onde a pessoa é, questões pessoais, estado civil, idade, endereço,

telefone, etc. na medida que vão ficando mais a vontade.

Isso também é comum em algumas comunidades ouvintes.

Possívelmente quando for apresentado a pessoas surdas as perguntas que envolvam respos-

tas com números surgirão. Então, vamos agora aprender a sinalizar os cardinais e os de quantidade.

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NÚMEROS CARDINAIS
Regras para números cardinais.

a) Ao sinalizar as unidades e as dezenas a mão fica parada;

b) Ao sinalizar os números 1 a 4 a palma da mão fica virada para o corpo;

c) Ao sinalizar os números 2 e 7 a posição do polegar os diferencia;

d) Ao sinalizar o 0 (zero) a palma da mão fica virada para o lado ou para cima;
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e) Ao sinalizar utilizando um ou mais zeros à esquerda do número, rotacionar o pulso (ex. 01,

007);

f) Ao sinalizar as dezenas 11, 22, 33, 44 e 77 a palma da mão deve ficar virada para o lado e fazer

o movimento breve e curto para direita e esquerda.

NÚMEROS CARDINAIS
Regras para números de quantidade.

a) As quantidades 1 a 4 são sinalizadas com os dedos voltados para cima e com a palma da

mão voltadas para o corpo.

b) As quantidades 5 a 10 são sinalizadas da mesma forma que sinaliza os números cardinais.

NOTA 1:

Os números para quantidade são utilizados em libras como prefixos nos aspectos morfológicos

da língua. Quando se sinaliza a duração de horas, semanas, dias, meses, anos, períodos, a con-

figuração para os números de quantidade compõe o sinal.

NOTA 2:

Em algumas regiões do país, como no caso de São Paulo, considerando as variações linguísticas,

os números de quantidade são também utilizados como cardinais.

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CONCLUSÃO

Foi possível nessa unidade entender algumas questões culturais dos sujeitos surdos, a manei-

ra como se cumprimentam e o que pode ser a tônica da conversa. Aprendeu-se a sinalizar os núme-

ros cardinais e de quantidade. Esses últimos que são sinalizados de forma diferente são importantes

na identificação de sinais que tem tais números incorporados.

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA
GESSER, Audrei; LIBRAS? que língua é essa?. 1 ed. SAO PAULO: Parábola, 2014. P. 52.

SANTOS, J.C.C. dos. Números em libras. Texto base, 2017.

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