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SIMPÓSIO DE

DOUTRINAS BÍBLICAS 2022

TempOde TEMPO DE
MILAGRES

Caros irmãos, pela infinita misericórdia do Senhor a Igreja Evangé­

W lica Assembléia de Deus em Pernambuco realiza mais um Simpó­


sio de Doutrinas Bíblicas. Este conclave será regido por um tema bíblico,
muito necessário aos dias atuais: Tempo de Milagres! Vamos analisar os
milagres de Jesus operados em Seu ministério terreno e aplicar os ensinos
neles contidos para a nossa caminhada espiritual.
Não podemos perder a perspectiva de viver os milagres que Jesus reali­
za, essa é a visão espiritual que devemos manter em nossa vida cristã. Num
mundo regido pelo ceticismo e fundamentado no materialismo, o crente
precisa manter a fé na promessa do Senhor Jesus: "Na verdade, na verdade
vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço
e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai" (Jo 14.12).
Os sinais, prodígios e maravilhas são promessas de Cristo à Igreja (Mc 16.17-
20). Eles foram vivenciados pelos apóstolos, pela igreja primitiva e são uma
realidade para nós.
Creio que nestes dias de oração, estudo da Palavra de Deus e louvor,
os meus irmãos serão grandemente abençoados e receberão milagres em
suas vidas e famílias. Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele
ainda faz coisas sobrenaturais, Ele realiza o impossível, Ele tem
todo o poder no Céu e na terra (Mt 28.10).
É tempo de orar, é tempo de crer, é tempo de milagres!

Pr. Ailton José Alves


Presidente da Igreja Evangélica
Assembléia de Deus em Pernambuco
4 | TEMPO DE MILAGRES

LIÇÃO 1

9 MILAGRES: UM
PROPÓSITO DIVINO

|| .editora.
Si bereia
Rua Imperial, 1638 - São José
CEP 50090-000 - Recife - PE
TEL:+55 (81) 3034-3864

LIÇÃO 2

15 MILAGRES DE
PROVISÃO
Direção geral:
Pr. Ailton José Alves

Coordenação:
Superintendência das Campanhas
Evangelizadoras da IEADPE

Projeto gráfico e edição de arte:


LIÇÃO 3

21
Paulo Sérgio Primati
MILAGRES NA Capa:
FAMÍLIA Editora Bereia

Revisão:
Editora Bereia

Impressão:
LIÇÃO 4 Editora Bereia
/ / MILAGRES Janeiro 2022
/ DE CURA Todos os direitos reservados
à Editora Bereia.

Fica expressamente proibida a


reprodução parcial ou total deste
manual sem o consentimento por
LIÇÃO 5
escrito da Editora Bereia.
MILAGRES SOBRE O
REINO DAS TREVAS
BIBLIOGRAFIA

STRONG, Augustus Hopkins.


LIÇÃO 6 Dicionário Biblico, São Paulo:

39 MILAGRES SOBRE
A NATUREZA
SBB, 2002.
BEP, Bíblia de Estudo Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
NVI, Nova Versão Internacional.
São Paulo: Editora Vida, 2000.
NBV, Nova Bíblia Viva. São Paulo:
LIÇÃO 7 Mundo Cristão, 2012.
NAA, Nova Almeida Atualizada.
MILAGRES São Paulo: SBB, 2017.
PARA HOJE LIÇÕES BÍBLICAS CPAD.
Novo canal
para transmissões
ao vivo

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WWW.YOUTUBE.COM/C/IEADPELIVE

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TEMPO DE MILAGRES

GLOSSÁRIO
AFÃ: desejo, vontade, ímpeto.
CALAMITOSO: desastroso, catastrófico.
CETICISMO: falta de crença, descrença, incredulidade, dúvida.
CONGÊNITO: adquirido ao nascer ou durante o desenvolvimento,
influência hereditária.
CORROBORADO: confirmado, ratificado, comprovado, atestado.
CRÍVEL: acreditável, algo em que se pode crer, verossímil.
ERMO: lugar desabitado, deserto.
FITO: alvo, objetivo, intenção.
HIDRÓPICO: aquele que sofre de hidropisia (acumulo de cerosidades
líquidas).
INÓSPITO: lugar que apresenta más condições de vida para o homem.
INTRÍNSECO: que está dentro, que faz parte, ou seja,
característica peculiar.
IRRESOLVÍVEL: que não tem solução, que não tem resolução.
IRREVOGÁVEL: algo que não pode ser desfeito.
MAESTRIA: habilidade, aptidão, destreza, perícia.
MATERIALISMO: maneira de viver extremamente devotada
aos bens, valores e prazeres materiais.
OLVIDADA: esquecida.
PIROTECNIA: algo que é feito para desviar a atenção ou somente
para impressionar, para chamar a atenção.
PORTENTO: coisa ou acontecimento extraordinário; prodígio,
maravilha, milagre.
POSTERGADA: adiada, menosprezada, abandonada, omitida.
PRERROGATIVA: atribuição, privilégio, alçada, poder.
SENHORIO: mando, poderio, governo, comando.
Ele esteve entre nós Acredito no seu falar
Como não posso crer? Que curou um menino distante
Sua glória foi revelada No túmulo vazio de Betânia
Os homens viram seu poder. Que perdeu seu habitante.
Eu acredito na Palavra Acredito em poucos pães e peixes
Eu creio no que me contaram E na multidão faminta
Eu creio no que eu pude ver. Que recebeu o bastante.

Creio no vinho que brotou das águas Vejo um coxo caminhando


Creio no mar que silenciou Um cego que agora aprecia
Creio no vento que emudeceu Um mundo que não contemplava
No amigo que ressuscitou. Rostos que não conhecia.
Creio no toque das vestes Vejo vidas transformadas
Creio no choro contido É o Verbo encarnado
Por um filho que levantou. Se cumpriu a profecia

Vejo Cristo pisando as ondas Creio em Jesus Cristo


Maravilhando os Seus Creio nas Suas verdades
Conduzindo o barco em perigo Creio nas Suas promessas
Assombrando João, Lucas, Mateus... Creio na Sua bondade.
E indagando sobre Si mesmo E quando tudo improvável for
Vejo Pedro dizendo: Creio no Seu poder
Não és homem...tu és Deus. Creio nos Seus milagres.
Conheça o canal oficial da RBC
para divulgação de pregações e
eventos da IEADPE no Youtube!

Pr. M\ton José Mves \"O Cuidado


de Deus Está Sobre Nós"
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MILAGRES: UM PROPOSITO DIVINO | 9

MILAGRES:
í UM PROPÓSITO DIVINO

VERSÍCULO CHAVE: JO 2.11

"JESUS PRINCIPIOU ASSIM OS SEUS


SINAIS EM CANÁ DA GALILEIA
E MANIFESTOU A SUA GLÓRIA,
E OS SEUS DISCÍPULOS CRERAM NELE."
INTRODUÇÃO
w Este simpósio de doutrina tem como
REFLEXÃO objetivo exaltar a pessoa bendita de
Os milagres de Jesus
nosso Senhor Jesus Cristo, através da
são revelações da Sua
divindade e do Seu poder análise de Seus milagres, operados em
sobre todas as coisas. Seu ministério terreno. Ainda que no
Antigo Testamento há relatos de fatos

99 sobrenaturais, críveis e milagrosos, foi


Jesus que inaugurou um tempo de mi­
lagres na terra. Os discípulos, os cristãos
primitivos, os apóstolos e a igreja deste
tempo, são testemunhas do poder ine­
rente à Sua pessoa divina. Milagres são
reais, são autênticos, são possíveis pela
autoridade de Jesus Cristo, nosso ama­
HINOS SUGERIDOS:
do e eterno Salvador.
06, 453 E 467 (HC)
O tema deste simpósio veio para esti­
mular a sua fé, fazê-lo crer, esperar e
TEXTO BASE:
viver milagres. Os sinais iniciados em
JO 2.1-12
Caná da Galileia (Jo 2.11) ainda estão
acontecendo hoje: "E estes sinais se­
guirão aos que creem" (Mc 16.17).
Em meio ao ceticismo, ao materialis-
mo e ao ateísmo que se alastra na ter­
OBJETIVOS: ra, creia na Palavra, abrace as promes­
> Definir o que é milagre sob a ótica sas, busque o sobrenatural: é tempo
divina. de milagres!

> Mostrar o propósito de Cristo no operar


milagres.
MILAUKtò: UM HKUHUÒIIU UIVINU | I I

1. 1.2. OS MILAGRES DE JESUS PROFETIZA­

DOS (IS 35.4,5; 53.4,5; 61.1). Se compa­


ANÁLISES SOBRE rarmos essas profecias com Mt 11.4,5;
MILAGRES. Lc 4.17-21; 7.22, vamos entender que o
tempo de milagres sob a regência de Je­
Algumas apreciações, conceitos e defini­ sus é uma promessa divina. Deus realiza
ções são necessários ao estudo do assunto. milagres porque proclamou que iria fazer,
é a Sua palavra empenhada, (Is 55.10,11).
1.1. DEFININDO MILAGRE. É a intervenção Não se pode extinguir os milagres!
divina sobre as leis naturais, de modo so­

brenatural. São ações extraordinárias que 1.3. DEVEMOS VIVER SOB A EXPECTA­
revelam a superioridade de Jesus sobre TIVA DE MILAGRES. Não podemos nos
todas as coisas (Mt 28.18; Lc 1.37). Em deixar seduzir pelas facilidades e re­
Atos 2.22 encontramos três palavras gre­ cursos deste mundo contemporâneo,
gas que descrevem com precisão as obras a ponto de perder a esperança, o afã,
milagrosas de Jesus: a busca pelos milagres. Quando Jesus

encontrou dois discípulos entristecidos


a) Milagres (gr. dunamis: força, capaci­ no caminho de Emaús, perguntou-lhes:
dade). Descreve o poder inerente à "Que palavras trocais entre vós?" (Lc
natureza de Jesus para a realização 24.17). Eles responderam algo maravi­
de milagres (Mt 11.20; Mc 6.5). Ele lhoso: "...as que dizem respeito a Je­
tem o poder necessário para realizar sus Nazareno, que foi varão profeta,
o impossível. poderoso em obras diante de Deus e
b) Prodígios (gr. teras: maravilha, portento, de todo o povo" (Lc 24.19). Eles co­
assombro). Se refere ao caráter extraor­ mentavam sobre os milagres que ha­
dinário do milagre (Jo 4.48; At 14.3). viam testemunhado! Que estamos co­
c) Sinais (gr. semeion: sinal, marca, símbo­ mentando no caminho? Ainda falamos
lo). Revela que os milagres de Jesus são dos milagres? Jesus nos motiva, nestes
exclusividade Dele, são a Sua marca, últimos dias, a orar, a pregar, a cantar,
Sua distinção. Só ele opera esses sinais, a falar, a anelar, a pensar, a esperar, a
que revelam a Sua grandeza, superiori­ crer, a proclamar, a buscar, a sonhar, a
dade e singularidade (Mc 4.41; Lc 6.19; compartilhar, a estimular a fé e a espe­
Cl 1.19). rança nos Seus milagres. Aleluia!
IZ i ItMrU Ut MILAljKtj

2. 2.1. A AMPLITUDE DOS MILAGRES DE JESUS.


Não é possível descrever todos os milagres
"JESUS PRINCIPIOU operados pelo Senhor Jesus (Jo 20.30,31).
ASSIM OS SEUS SINAIS..." Todavia, os cerca de trinta e cinco narra­
(Jo 2.11). dos nos Evangelhos foram "escritos para
que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho
Cremos pela Palavra de Deus que Jesus de Deus"()o 20.31). Eles mostram, de ma­
sempre existiu (Jo 1.1-3; Cl 1.15-17; Hb neira indiscutível, o poder de Cristo sobre
13.8). Portanto, sempre esteve atuan­ todas as coisas. Não há circunstâncias,
do, regendo, governando sobre tudo. distâncias ou graus de dificuldades para o
Não houve um tempo em que Ele dei­ Seu agir.
xou de agir, reger e controlar todas as
coisas. Mas, sua vinda a esta terra veio a ) Poder revelado em Suas Palavras. Em
inaugurar uma dispensação de milagres, diversas ocasiões, Jesus reivindicou Sua
um tempo de coisas sobrenaturais. O autoridade, declarando ser capaz de re­
evangelista João, que inicia seu evange­ alizar milagres:
lho mostrando essa era de sinais e ma­ > Na cura do cego em Jerico (Mc
ravilhas, termina dizendo: "Há, porém, 10.51).
ainda muitas outras coisas que Jesus > Ao decidir ressuscitar a Lázaro (Jo
fez; e, se cada uma das quais fosse 11.11).
escrita, cuido que nem ainda o mun­ > Curando o homem no tanque de Be-

do todo poderio conter os livros que tesda: "Queres ficar são?" (Jo 5.6).
se escrevessem" (Jo 21.25). O próprio b) Poder demonstrado em Suas ações.
Jesus falou-nos que essas manifestações Ele expulsou demônios (Mt 12.22,23),
acompanhariam os crentes: "Na verda­ curou cegos (Mt 20.34; Jo 9.6,7), mudos
de, na verdade vos digo que aquele (Mt 12.22), paralíticos (Jo 5.2-9), lepro­
que crê em mim também fará as obras sos (Mc 1.40-45), acalmou tempestades
que eu faço e as fará maiores do que (Mc 4.37-39), andou sobre o mar (Mc

estas, porque eu vou para meu Pai" 6.48-51) e ressuscitou mortos (Jo 11.43-
(Jo 14.12). Os milagres não cessaram, 45). Assim, podemos crer no poder ab­
estão em plena evidência. Eles são tes­ soluto, abrangente e ilimitado de Jesus:
temunhos irrefutáveis da ação de Jesus "É me dado todo o poder no céu e na

na Igreja (Mc 16.20; At 4.21,22). terra" (Mt 28.18). Que precisas?


3.
OS PROPÓSITOS
enaltecer pessoas ou grupos (At 3.12.16).

Ore por milagres para que Jesus seja re­


conhecido e honrado através da sua vida.
DOS MILAGRES DE JESUS b) O milagre revela a essência do Senhor

(Jo 2.11). Os prodígios operados por Jesus estabe­


lecem a diferença entre Ele e qualquer

Ele certamente operou sinais com alguns outro que reivindicar autoridade divina.

propósitos específicos: testificar que era Quem pode dizer ao vento e ao mar:

o Messias prometido (Mt 11.4,5), provar "cala-te, aquieta-te" (Mc 4.39)? Quem

que havia sido enviado pelo Pai (Jo 11.40- pode dizer ao defunto: "levanta-te" (Lc

42), legitimar o Seu ministério terreno 7.14)? Quem pode desafiar os homens

(Mc 1.27,28), revelar a Sua divindade (Mc dizendo: "Qual é mais fácil? dizer ao

2.5-12; 3.10-12) e conduzir os homens a paralítico: estão perdoados os teus pe­

Deus (Mc 2.12; Jo 20.30,31). Todavia, va­ cados; ou dizer-lhe: levanta-te, e toma

mos analisar os dois propósitos apresen­ o teu leito e anda" (Lc 2.9)? Milagres re­

tados pelo evangelista João no primeiro velam um Cristo poderoso, único, impa-

milagre operado por Jesus. rável, irresistível, onipotente e soberano.

3.1. MANIFESTAR A SUA GLÓRIA (JO 2.11B). 3.2. DESPERTAR A FÉ: "E OS SEUS DISCÍPU­

O vocábulo grego gr. doxa, traduzido por LOS CRERAM NELE" (JO 2.11C). A recomen­

glória, é o prestígio, a opinião positiva a dação de Jesus para nós, nesses dias, conti­

respeito de alguém que resulta em louvor nua a mesma de 2000 anos: "Se tu podes

e honra: "E de todos se apoderou o te­ crer; tudo é possível ao que crê" (Mc 9.23).

mor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um


w
grande profeta se levantou entre nós, e

Deus visitou o seu povo" (Lc 7.16). O

milagre muda o conceito das pessoas em CONCLUSÃO


relação a Jesus (Jo 9.11,17, 25, 33, 38). Jesus continua operando maravilhas
em sua Igreja, nas famílias e em cada
vida particularmente. Milagres são
a) 0 milagre promove o seu autor. Quando
reais. Creiamos!
o sobrenatural acontece, é Jesus que é

reverenciado, glorificado, reconhecido.


Nenhum milagre é para ofuscar a Cristo e 99
ANOTAÇÕES
MILAGRES DE PROVISÃO | 15

LIÇÃO

MILAGRES DE

PROVISÃO
VERSÍCULO CHAVE: MT 6.26

"OLHAI PARA AS AVES DO CÉU, QUE NÃO


SEMEIAM, NEM SEGAM, NEM AJUNTAM
EM CELEIROS; E VOSSO PAI CELESTIAL
AS ALIMENTA. NÃO TENDES VÓS
MUITO MAIS VALOR DO QUE ELAS?"
16 TEMPO DE MILAGRES

w INTRODUÇÃO
REFLEXÃO
Os milagres de provisão
O milagre da primeira multiplicação
revelam a preocupação de
Jesus com todos: homens, dos pães é narrado pelos quatro evan­
mulheres, jovens, crianças, etc. gelistas (Mt 14.13-21; Mc 6.30-34; Lc
Ele é o Senhor da providência. 9.10-17; Jo 6.1-14). Isto nos mostra a

99 relevância que o Senhor dá a este tema


tão importante para nosso viver. Afinal,

dependemos das providências divinas.

Na categoria de milagres de provisão,

podemos incluir quatro episódios: a pri­


meira multiplicação dos pães, a segun­

da ocasião em que Jesus multiplicou

pães e alimentou 4 mil homens, além


HINOS SUGERIDOS: de mulheres e crianças (Mt 15.29-39;

04,61 E 564 (HC) Mc 8.1-10), a moeda na boca do pei­

xe (Mt 17.24-27) e a transformação


TEXTO BASE: da água em vinho (Jo 2.1-11). Alimen­

MT 14.13-21 te a sua fé ao estudar este assunto e

lembre-se das palavras do Senhor Jesus:

"Olhai para as aves do céu, que não


semeiam, nem segam, nem ajuntam

em celeiros; e vosso Pai celestial as

OBJETIVOS: alimenta. Não tendes vós muito mais

valor do que elas?" (Mt 6.26).


y Compreender que milagres são
demonstrações do cuidado divino.

y Aprender que a provisão divina nos


alcança em todos os aspectos.
1.
LIÇÕES DA MULTIPLICAÇÃO
e paciente. Jesus nos dá a tranquilida­

de enquanto prepara o milagre que

necessitamos. Aquiete o seu coração,


DOS PÃES. descanse Nele e Ele fará.

b) Os enfermos (Mt 14.14; Lc 9.11). Eles rece­

Vamos analisar o cenário do primeiro mila­ beram uma atenção especial de Jesus na­

gre da multiplicação dos pães. Estavam em quele deserto. Lucas diz que Ele "sarava

um lugar deserto (Mt 14.13; Mc 6.32; Lc os que necessitavam de cura", dando-

9.10), os discípulos cansados (Mc 6.7-13, -nos a entender que Jesus sabia o esforço

30; Lc 9.1-6, 10) e haviam recebido a notí­ que eles fizeram para alcançar o milagre.

cia da morte de João Batista (Mt 14.12,13). Diante do médico dos médicos, estava o

Um cenário assim, de cansaço, más notícias prontuário de cada enfermo ali presente.

e lugares inóspitos, fala de momentos que Ele é o Senhor que sara (Êx 15.26).

encaramos em nosso viver. São ocasiões c)A multidão. Ainda que desejando estar

em que nos faltam perspectivas de vitórias, a sós com os discípulos (Mc 6.32), Jesus

ainda que Jesus esteja conosco. não a desprezou: "...viu uma grande mul­

tidão, e teve compaixão deles ..." (Mc

1.1. JESUS ESTAVA ATENTO A TODAS AS NE­ 6.34). Ele contemplou a necessidade espi­

CESSIDADES. Naquele deserto em Betsaida ritual: "Ele os recebeu, e falava-lhes do

(Lc 9.10), o Mestre supriu as carências de reino de Deus" (Lc 9.11b). Ele sabia da

todos. Igualmente, Ele está atento a cada fome material: “dai-lhe vós de comer"

um de nós, individualmente (Lc 21.2). Es­ (Lc 9.13). Apesar da crise que enfrenta­

tamos sob o Seu olhar cuidadoso (SI 32.8) mos atualmente, cremos que o Senhor

Creia nisso, o Senhor te vê! não deixará faltar o pão à mesa do Seu
povo. Ele proverá (Mt 6.11 cf. SI 37.25).

a) Os discípulos. Estavam realizando as

atividades que o Senhor Jesus lhes or­ 1.2. ELE JÁ SABIA COMO OPERARIA 0 MI­

denou, estavam sem tempo (Mc 6.31) LAGRE (JO 6.6): "ELE BEM SABIA O QUE

e cansados. Jesus então lhes diz: "Vin­ . Saber (gr. eido) é deter­
HAVIA DE FAZER"1

de... repousai um pouco". Repousar minar o que deve ser feito, saber a respei­

(gr. anapauo), significa permitir que to de qualquer assunto. Assim é o nosso

alguém pare um trabalho, recompor as Senhor: Ele sabe fazer, Ele pode fazer, Ele

forças, manter uma expectativa calma quer fazer e Ele vai fazer!
IO | ItMrU Ut MILAuKtj

2. encontrados poucos, insuficientes para su­

prir a necessidade da multidão. Insuficiente


AS MUDANÇAS para os discípulos, suficiente para Jesus.
OPERADAS PELO MILAGRE
(Mt 14.19-21; Mc 6.42-44; a) André. Despreza a qualidade e a quanti­
Lc 9.17; Jo 6.13,14). dade dos pães: "Aqui está um menino

que tem cinco pães de cevada e dois


A Bíblia mostra que a compaixão e o po­ peixinhos. Mas o que é isto para tan­
der de Cristo geraram o milagre. Todas as ta gente?" (Jo 6.9 - NAA). Mas, aqueles
circunstâncias conspiravam contra a reso­ simples pães de cevada (de qualidade
lução do problema: o lugar, o horário, a inferior), foram os elementos que nutri­
falta de recursos, o número de pessoas e ram um grande milagre.
até mesmo a incredulidade dos discípulos. b) Felipe. Tenta dar valor ao milagre: "du­

Entretanto, o milagre ocorreu porque Je­ zentos dinheiros de pão não lhes bas­
sus queria manifestar Seu poder supridor. tarão" (Jo 6.7. conferir com Mc 6.37).

Milagres não são avaliados por valor


2.1.0 DESERTO. Um lugar desabitado, ermo, monetário ou qualquer outro parâme­
não cultivado e afastado. A sugestão dos dis­ tro humano. Eles resultam da vontade
cípulos foi que a multidão buscasse alimento soberana e graciosa de Jesus.
em outro lugar, comprassem sua própria co­ c) 0 menino. Nos ensina que nada é in­

mida (Mc 6.36). Porém, não havia dinheiro significante quando depositamos nas
ou fonte de recursos suficientes. A multidão mãos do Senhor. Com Ele há sempre
não podia produzir seu próprio milagre, ela o suficiente! Quantos discípulos? Doze!
precisava de uma intervenção sobrenatural. Quantos cestos cheios? Doze! Um cesto
Então, Jesus multiplica os pães e os peixes cheio para cada discípulo! Eles não ti­
(Jo 6.11) e o lugar de escassez se transforma nham nada e cada um recebeu um ces­
numa terra de fartura. Não havia sido a pri­ to cheio de alimento (Jo 6.13). Glória ao
meira nem a última vez em que o deserto se Senhor da multiplicação!
tornaria o cenário da provisão (Êx 16.13-15).
Ele fará outra vez. É tempo de milagres! 2.3. A FOME. O quadro sombrio de escas­

sez de comida foi transformado: "E co­


2.2. OS PÃES. Observe que Jesus manda os meram... saciaram-se...lhes sobejou" (Lc
discípulos procurarem pão (Mc 6.38). Foram 9.17). O milagre tudo muda!
/vnL-Huncj i>c rnuvijw ।

xe para tragá-la e o guiou ao anzol (Mt

3. 17.27). É a única ocasião no NT onde se

A PROVISÃO DE JESUS usa um anzol para pescar, sempre são


ALCANÇA TODOS redes. É a exclusividade do milagre. Je­

OS ASPECTOS DO sus também disse que o primeiro peixe


NOSSO VIVER. que viesse ao anzol seria o que condu­

ziría a moeda. Com Cristo não há coin­

Foi o próprio Mestre que revelou esse princí­ cidências ou casualidades. Há milagres!

pio divino aos que creem Nele: "...todas as


coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6.33). 3.2. A PROVISÃO COLETIVA (MT 14.13-21;

15.29-39). Os milagres da multiplicação

3.1. A PROVISÃO PESSOAL (MT 17.24-27). de pães e peixes retratam esta realidade

Este milagre não foi presenciado por uma espiritual.

grande multidão, foi protagonizado por


Jesus e Pedro. Mostra o cuidado pessoal 3.3. A PROVISÃO FAMILIAR. Ela pode ser vista

do Senhor com cada vida em particular; no milagre operado no casamento em Caná

da Galileia (Jo 2.1-11). Jesus se importa com

a) Cristo nos defende. Jesus sabia que Pedro as nossas necessidades familiares, conjugais,

havia sido abordado pelos cobradores de econômicas e físicas. Ele deseja que vivamos

impostos, inclusive, que O tinha defendi­ em família sob a perspectiva de milagres.

do ante eles. Os discípulos de Cristo não

são atacados sem o Seu conhecimento


(Lc 22.31,32). Às vezes, a bênção da pro­

teção e do livramento do Senhor se mani­


w
CONCLUSÃO
festa por meio dos milagres de provisão.
Hudson Taylor, expoente missionário na
b) Cristo nos conhece. Antes que Pedro
China, foi testemunha de muitos milagres.
falasse, Jesus antecipou uma resposta Diante disso, ele afirmava: "há três
às suas preocupações (Mt 17.25,26). estágios no realizar qualquer trabalho
para Deus: impossivel, difícil e feito".
O Senhor conhece as nossas necessida­
Pergunte a Jesus em que estágio está o
des, os nossos dilemas e inquietações.
milagre que Ele vai realizar em sua vida.
c) Providência. Jesus sabia onde estava a

moeda no mar, seu valor necessário ao

pagamento dos impostos, enviou o pei­ 99


| ItMrO Dt MILAGRtS

ANOTAÇÕES
MILAGRES NA FAMÍLIA | 21

MILAGRES NA

FAMÍLIA

VERSÍCULO CHAVE: JO 11.40

"DISSE-LHE JESUS:
NÃO TE HEI DITO QUE, SE CRERES,
VERÁS A GLÓRIA DE DEUS?"
22 I TEMPO DE MILAGRES

INTRODUÇÃO
w As famílias são alvo do amor de Deus e
REFLEXÃO instrumentos Seus na terra para a con­
Deus instituiu a família e secução dos planos que Ele elabora
deseja nela confirmar a
na eternidade. Os grandes projetos de
Sua benção, através da
operação de milagres. Deus na humanidade começaram com
uma família: a multiplicação do gênero

99 humano, o recomeço da humanidade,


a nação de Israel e a vinda do Mes­
sias. Em Seu ministério terreno, Jesus
abençoou as famílias com milagres:
transformando água em vinho num
casamento (Jo 2.1-11), curando o filho
de um oficial (Jo 4.43-54), sarando a
HINOS SUGERIDOS: sogra de Pedro (Mt 8.14,15; Mc 1.29-

58, 193 E 303 (HC) 31; Lc 4.38,39), curando o criado de


um centurião romano (Mt 8.5-13; Lc
TEXTO BASE: 7.10), ressuscitando o filho da viúva

JO 11.1-5, 32-45 de Naim (Lc 7.11-15), ressuscitando a


filha de Jairo (Mt 9.18,23-26; Mc 5.22-
24,35-43; Lc 8.41,42,49-56), curando
a filha da mulher Cananéia (Mt 15.21-
28; Mc 7.24-30) e tirando Lázaro do

OBJETIVOS: reino da morte (Jo 11.17-44). Hoje, ele


tem milagres para operar em nossas
> Revelar o cuidado de Cristo com as
famílias em Seu ministério. famílias também!

> Mostrar o desejo divino em operar


milagres nas famílias.
1. "teu irmão há de ressuscitar" (Jo 11.23).

Ele chorou com Maria porque sentiu a sua


A ATENÇÃO DE JESUS dor e aflição (Jo 11.33). Nunca esqueça: o
ÀS FAMÍLIAS. Senhor jamais será indiferente à sua dor.

O relacionamento de Jesus com as famílias 1.2. SEU CONCEITO SOBRE AS PESSOAS

foi uma prioridade em Seu ministério. Seu DIANTE DOS MILAGRES. As circunstâncias

primeiro milagre foi num casamento (Jo adversas e desfavoráveis não mudam o

2.1-11). O segundo milagre também foi a conceito de Jesus em relação às pessoas.

favor de uma família (Jo 4.46-53). Quan­ O milagre que Ele opera transforma, res­

do estava crucificado, Ele se preocupou em taura, regenera e restitui.

encaminhar sua mãe aos cuidados do discí­

pulo amado, porque, provavelmente, José a) A menina endemoninhada. Para muitos

havia falecido (Jo 19.25-27). Uma demons­ era apenas uma possessa, até a própria

tração clara de Seu amor às famílias, foi a mãe afirmou: "minha filha está misera­

amizade com Lázaro, Marta e Maria. velmente endemoninhada" (Mt 15.22).

Mas, o milagre muda o conceito, a condi­


1.1. SUA COMPAIXÃO PRECEDIA OS MILA­ ção e o estado das pessoas (Mc 7.29,30).

GRES. Ele operava e ainda opera milagres nas Não desista de ninguém, porque o mila­

famílias, porque Seu desejo é abençoá-las. gre tudo pode mudar!

b) A filha de Jairo. Para todos os que esta­

a) Jesus se compadeceu da viúva de Naim (Lc vam acompanhando a situação, ela es­

7.13) . Ele sentiu a dor, o luto e a tristeza tava irremediavelmente morta (Lc 8.53).

daquela mulher. Então, reivindicou para Para Jesus, ela dormia e estava prestes

Si o que a morte havia levado, levantan­ a ser acordada (Lc 8.52). O milagre pro­

do o rapaz e devolvendo-o à sua mãe (Lc vou que Ele estava com a razão e pode

7.14,15). Esse mesmo sentimento de com­ despertar até mesmo os mortos.

paixão Ele sente por nós (Hb 4.15). c) Lázaro. A enfermidade, a morte, o se-

b) Jesus chorou com Maria (Jo 11.35). Por que pultamento, não mudou o que Jesus

Ele chorou? Por que Lázaro estava morto? pensava e sentia por ele: "Lázaro, o

Por causa do desfecho do episódio? Não! nosso amigo, dorme" (Jo 11.11). O

Ele havia dito aos discípulos: "vou despertá- que Jesus pensa a respeito de sua famí­

-lo do sono!" (Jo 11.11). Ele disse a Marta: lia será corroborado com milagres!
2. c) Na casa de Jairo. Quando Jesus chegou à

casa havia alvoroço e pranto (Mc 5.38).


AÇÕES DE JESUS EM Mas, sua palavra foi: “Por que vos alvoro­
FAVOR DAS FAMÍLIAS. çais e chorais? A menina não está mor­

ta, mas dorme" (Mc 5.39). Jesus estava


Vamos comentar três tipos de ações de dizendo que nada estava perdido, porque

Cristo em benefício das famílias. Ele estava na casa e iria operar um milagre.

2.1. JESUS ENTRANDO NA CASA. É quando 2.2. JESUS ENVIANDO UMA ORDEM. Ele

Ele opera de forma específica e pessoal: envia a Sua palavra e o milagre acontece.
curando, libertando, livrando, abrindo Qual ordem estás precisando neste mo­
uma porta, restaurando um casamento. É mento? Clame!
um milagre particular para uma necessida­

de específica. a) Cura do filho do oficial (Jo 4.43-54). O

milagre como resposta a um pedido

a) No casamento em Caná da Galileia. O de socorro: "Senhor, desce, antes que

milagre aconteceu porque as ordens de meu filho morra" (v.49).


Jesus foram obedecidas: "Fazei tudo b) Cura do criado do centurião (Mt 8.5-13).

quanto ele disser" (Jo 2.5). Há um prin­ O milagre para quem acredita nas or­
cípio contido aqui: o milagre acompa­ dens de Jesus: "dize, apenas, uma pa­

nha a obediência (Js 3.5). lavra" (Lc 7.7).

b) Na casa de Pedro. O milagre na casa c)A filha da mulher cananéia (Mt 15.21-

de Pedro foi fruto de intercessão: "ro- 28) . O milagre como fruto da fé.

garam-lhe por ela" (Lc 4.38). Se hou­

ver intercessão haverá milagre. Lucas 2.3. JESUS INDO AO ENCONTRO DO PRO­

também nos dá um detalhe especial BLEMA. Representa os milagres que Jesus

desse milagre: "Jesus inclinando- opera em situações que já fugiram ao nos­

se para ela" (Lc 4.39). Inclinar (gr. so domínio.

ephistemi) é estar ao lado, estar pre­

sente, estar perto. É exatamente isso a) 0 filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17). Ele

que Jesus oferece às nossas famílias, interrompeu um desfecho que ninguém

Sua presença permanente e geradora poderia alterar (v. 14). O milagre faz ces­
de milagres. sar o pranto.
b) A ressurreição de Lázaro (Jo 11.38-45). 3.2. MILAGRES PARA QUEM FOI DECLARA­
Ele permitiu a situação se agravar para DO CAUSA PERDIDA. Assim como o filho
revelar a Sua glória (Jo 11.11-15). Se Je­ da viúva de Naim, há pessoas que já estão
sus chegasse a tempo, seria um milagre declaradas mortas, num quadro irreversí­
de cura. Como Ele se demorou, foi uma vel, distanciadas de seus lares e sendo le­
ressurreição. Está demorando? O mila­ vadas ao sepultamento. São pessoas que
gre será maior. amamos, mas, estão escravizadas e con­
duzidas pelo pecado. Certamente serão

3.
sepultadas e distanciadas de nosso conví­

vio, se Jesus não vier ao encontro delas


MILAGRES DE operar o milagre da restauração.
RESTITUIÇÃO NAS
FAMÍLIAS. 3.3. MILAGRES PARA CAUSAS EXTREMAS.

Assim como Lázaro, há pessoas que estão

Três milagres de ressurreição, em três di­ desde muito tempo mortas, sepultadas,

ferentes famílias, revelam que o sobrena­ cheirando mal, apodrecidas pelo pecado.

tural operado por Jesus é capaz de mudar São os casos perdidos, irrecuperáveis e ir-

um ambiente familiar. Três mortos, em resolvíveis aos nossos olhos. Você conhece

diferentes estágios, mostrando situações algum caso assim? Então aferre-se a palavra

que são mudadas quando o Senhor opera do Senhor Jesus: “Não te hei dito que, se

milagres. creres, verás a glória de Deus?" (Jo 11.40).

99
3.1. MILAGRES PARA QUEM AINDA ESTÁ

NA CASA. São retratados na filha de Jai-

ro, que estava recém falecida. Represen­


CONCLUSÃO
tam as pessoas que estão em casa, mas
Deus tem profundo interesse em
mortas, detidas, desanimadas, sem forças abençoar as famílias, e a sua também
espirituais, oprimidas, depressivas. Mas, está incluída. Creia que Jesus tem

assim como Jairo, vá ao encontro de Jesus milagres para operar entre os seus,
como prova de Seu amor e de Sua
e clame: "rogo-te que venhas e estendas
maravilhosa compaixão.
as tuas mãos para que sare, e viva" (Mc
5.23). Deus fará milagres em suas vidas e

elas se levantarão. 99
iciviru uc iviiLHuno

ANOTAÇÕES
MILAGRES DE

CURA
VERSÍCULO CHAVE: AT 10.38
DIABO, PORQUE DEUS ERA COM ELE."

{
"COMO DEUS UNGIU A JESUS DE NAZARÉ
O QUAL ANDOU FAZENDO O BEM E
COM O ESPÍRITO SANTO E COM VIRTUDE;
CURANDO A TODOS OS OPRIMIDOS DO
99 INTRODUÇÃO
REFLEXÃO
A cura das enfermidades
A maior parte dos prodígios realizados
é a vitória de Cristo
sobre as debilidades por Jesus e narrados pelos evangelhos
humanas, herdadas em foram milagres de cura. Eles sempre
decorrência do pecado. apontam para uma verdade maior, que

99
é revelar a autoridade de Cristo sobre
todas as coisas. Não há limites para o
poder de Jesus. Em Seu ministério ter­
reno ele curou cegos, aleijados, surdos,
mudos, atrofiados, leprosos, hidrópi-
cos, enfim, todos os tipos de males físi­
cos, fossem congênitos, adquiridos ou
impostos por espíritos de enfermida­
HINOS SUGERIDOS:
des. Ele curou com a Sua palavra, com
07, 510 E 517 (HC)
o toque de Suas mãos ou através das
Suas vestes. As vezes de perto e outras
TEXTO BASE:
à distância. Ele curou crianças, jovens,
MT 8.14-17
adultos, judeus, estrangeiros, nobres,
plebeus, ricos ou pobres. Jesus Cristo
é o mesmo ontem, hoje e eternamen­
te. Ele continua operando prodígios e
maravilhas, curando as enfermidades,
OBJETIVOS: respondendo ao clamor de quem crê
> Ratificar que Jesus tem poder para curar no Seu inesgotável poder.
todas as enfermidades.

y Mostrar que a fé é o caminho para o


milagre.
1. 1.2. A CURA É UMA DECLARAÇÃO DA SUA

MISERICÓRDIA (MC 10.46-52). Este episó­


JESUS DECLAROU dio tão conhecido revela a compaixão de
O SEU PODER SOBRE um Jesus que se preocupa com a situação
AS DOENÇAS. das pessoas. Enquanto muitos despreza­

vam o pobre cego, Jesus "parou...disse


A profecia bíblica foi cumprida em Seu mi­ que o chamassem...e falou ao homem:

nistério terreno (Is 53,4,5; 61.1; Mt 8.17; que queres que eu te faça?" (w. 49,51).
Lc 4.18-21; At 2.22; 10.38). Ser ungido é Ele se importa conosco, está atento às

ter o poder necessário para fazer. E Jesus nossas necessidades e se compadece


declarou: "O Espírito do Senhor é sobre quando clamamos.

mim, pois que me ungiu...". Seu poder


para curar foi comprovado e testemunha­ 1.3. A CURA É UMA DECLARAÇÃO DA

do por todos aqueles que O acompanha­ SUA SOBERANIA (MT 8.7; JO 5.1-9). Es­

vam (Mt 14.14; Mc 1.24; Lc 6.18). ses dois episódios revelam o senhorio, o

domínio, a autoridade, a força de Jesus


1.1. A CURA É UMA DECLARAÇÃO DA SUA sobre as enfermidades. Elas não podem

VONTADE (MC 1.40-45). Quando um lepro­ resistir a Ele, mas, o Senhor se opõe a

so se aproxima de Jesus pedindo a cura, todas elas.


escuta a seguinte afirmação: "Quero, sê
limpo" (v.41). É importante examinar o que a) "Eu irei, e lhe darei saúde". É uma obra

Ele disse àquele homem. Querer (gr. thelo), realizada por Ele: "Eu irei". A expressão
é pretender, ter na mente, estar resolvido a "darei saúde" significa realizar o serviço

fazer, gostar de fazer, ter prazer em realizar. de restaurar a saúde. É uma especialida­

Que nos diz Jesus? Que curar os enfermos de do Senhor Jesus.

está nos Seus planos, que Ele tem prazer b) "Queres ficar são?" A declaração
em sarar os que estão debilitados. Nem quer dizer: "se você quiser saúde,

sempre Ele cura, porque anda por cami­ eu tenho saúde para lhe dar". Não

nhos desconhecidos à razão humana. Mas, importa o tempo, a circunstância, o

quando Ele decide curar, o faz porque tem lugar. A decisão de curar é um ato
poder e também disposição para operar soberano daquele que tem todo o

milagres. Ele quer curar! Glória a Deus. poder.


u I itiviru ut iviiLMuncd

2.2. A FÉ COMO FRUTO DO OUVIR SO­

2. BRE OS MILAGRES. Muitos vinham ser

A FÉ GERA MILAGRES. curados por Jesus porque ouviam sobre

os prodígios que Ele realizava. Os rela­

A Palavra de Deus nos estimula a viver tos, os testemunhos de milagres levam

uma vida de fé. Sem ela, não podemos outros a crer e a receber o benefício

agradar a Deus (Hb 11.6). O justo vive divino.

pela fé e não por vista (2 Co 5.7). Jesus

sempre estimulou os Seus discípulos e os a) A mulher hemorrágica (Mc 5.27). Tocou

ouvintes a crerem em Deus, em Si mesmo em Jesus pela fé, e foi curada de ime­

e nas Escrituras. A fé é o elemento espiri­ diato, porque creu nos relatos que ou­

tual que impulsiona o milagre, ainda que, viu a respeito do Mestre.

por vezes, Jesus opera até na ausência b) A mulher cananéia (Mc 7.25). Foi ao en­

de fé, por causa da Sua soberana mise­ contro de Jesus em busca de socorro

ricórdia. Devemos, no entanto, alimentar para sua filha, porque sua fé foi alimen­

e aumentar o grau da nossa fé em Jesus, tada no ouvir de Seus feitos.

para que haja prodígios entre nós (Mc c) 0 cego de Jerico (Mc 10.47). O seu grito

9.24). Vejamos como a fé gerava os mi­ de fé foi resultado do ouvir pela fé.

lagres que Cristo operou em sua peregri­

nação terrena. 2.3. A FÉ GERADA PELO TESTEMUNHAR

OS MILAGRES (JO 6.2). Muitos criam em

2.1. A FÉ COMO FRUTO DA PREGAÇÃO (MT Jesus porque eram testemunhas ocula­

4.23; MC 3.1-5; LC 5.15,17). Esses textos res dos sinais que Ele operava. O tes­

mostram episódios no ministério de Cristo temunho pessoal é mais eficiente para

onde os milagres estavam atrelados ao ou­ o convencimento do que os relatos de

vir a mensagem que Ele pregava. Seus mi­ outros. Foi assim que Jesus respondeu

lagres corroboravam a Sua pregação (Mc as indagações de João Batista (Lc 7.18-

6.1,2). Quando pregamos sobre a onipo­ 22). Certamente, os dois discípulos ao

tência, a soberania e os atos de poder de verem Jesus operar milagres, voltaram

nosso Senhor Jesus Cristo, estimulamos a para relatar a João Batista: "Ele é o

nossa fé e a de todos os que nos ouvem. Messias, nós vimos seu poder". Cada

"De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir crente precisa ter suas experiências

pela palavra de Deus" (Rm 10.17). pessoais de milagres.


digos, agora, prontos para uma vida nor­
3. mal. O milagre tem a capacidade de con­
OS EFEITOS DAS CURAS duzir o homem a novas situações.
EFETUADAS POR JESUS.
3.4. A CURA MUDA A VIDA ESPIRITUAL (LC

Como nos diz o apóstolo João, é impos­ 13.11-13). A limitação física da mulher era

sível mensurar quantas vidas foram alcan­ provocada por um espírito de enfermida­

çadas pelo poder sanador do Senhor Jesus de. O milagre operado por Jesus a libertou

(Jo 20.30; 21.25). Os anônimos que Nele da influência maligna e provocou dois ma­

tocaram (Mc 3.10), nas Suas vestes (Mt ravilhosos efeitos:

14.36) ou receberam a Sua palavra pode­


rosa (Mt 8.16) são incontáveis. a) Ela se endireitou (gr. anorthoo). Significa

que se levantou, deixou de ser deforma­

3.1. A CURA MUDA A VIDA PESSOAL (LC da e foi restaurada. Já não estava sob a

4.38,39). A sogra de Pedro estava acama­ influência do reino das trevas, mas, pelo

da, enferma e impedida de ter uma vida milagre, liberta para viver em paz.

normal. Após o milagre operado por Je­ b) Ela glorificou (gr. doxazo). Ela louvou,

sus, ela levantou e começou a servir. Assim magnificou, celebrou e honrou a Deus

faz o Senhor, Ele muda vidas que estavam pela cura recebida. Esse é o fito do mi­

detidas através de uma ação milagrosa. lagre: Exaltar aquele que faz o milagre.

3.2. A CURA MUDA A VIDA DA FAMÍLIA

(MT 8.2-4). Aqueles homens leprosos não

podiam viver normalmente com suas fa­ TO


mílias. Você pode imaginar a surpresa, a
alegria e o alvoroço quando eles voltaram
para casa, curados, limpos e aptos para CONCLUSÃO
uma vida normal? Deus tem milagres para O tempo dos milagres de cura iniciado

as nossas famílias também! por Jesus perdura até os nossos dias.


"Está alguém enfermo?... Façam oração
por e/e..."(Tg 5.14).
3.3. A CURA MUDA A VIDA SOCIAL (MC

10.46; JO 9.8). Esses milagres mudaram a

vida social daqueles homens, antes men­


2 TEMPO DE MILAGRES

ANOTAÇÕES
MILAGRES SOBRE 0 REINO DA5 TREVAS | 33

LIÇÃO

MILAGRES SOBRE
0 REINO DAS

TREVAS
VERSÍCULO CHAVE: 1JO 3.8

"QUEM PRATICA O PECADO É DO DIABO,

PORQUE O DIABO VIVE PECANDO DESDE O PRINCÍPIO.

PARA ISTO O FILHO DE DEUS SE MANIFESTOU:

PARA DESFAZER AS OBRAS DO DIABO."


14 TEMPO DE MILAGRES

99 INTRODUÇÃO

A Palavra de Deus nos revela a atuação


REFLEXÃO
Os milagres de Jesus
de Cristo sobre o reino das trevas nos
não visam promover dias da Sua encarnação. Vidas foram
espetáculo, mas, a glória libertas das prisões espirituais e do ca­
de Deus e o benefício de
tiveiro em que se encontravam, porque
pessoas necessitadas.
Jesus despedaçou as algemas que os

99 detinham sob o domínio de Satanás:


dois endemoninhados em Gadara (Mt
8.28-34; Mc 5.1-15; Lc 8.26-35), um
endemoninhado mudo (Mt 9.32-33),
um endemoninhado cego e mudo (Mt
12.22; Lc 11.14), um jovem possesso
(Mt 17.14-18; Mc 9.17-29; Lc 9.38-43),
HINOS SUGERIDOS: um endemoninhado em Cafarnaum
137, 167E 225 (HC) (Mc 1.23-26; Lc 4.33-35) e muitos ou­
tros endemoninhados (Mt 8.16-17; Mc
TEXTO BASE: 1.32-34,39; Lc 4.40-41). Ainda hoje,
LC 4.14-21 este poder divino atua em favor de
vidas que carecem de libertação das
influências ou possessões do inimigo.
Estudaremos esta lição baseada na re­
velação de 1 João 3.8: "O filho de Deus
OBJETIVOS: se manifestou para desfazer as obras

> Aprender sobre a autoridade de Jesus do diabo".


sobre o reino das trevas.

I Mostrar que Jesus veio ao mundo para


libertar os cativos do diabo.
MILAGRES SOBRE 0 REINO DAS TREVAS | 35

1. pode ser interpretado como reco­


nhecer, reverenciar alguém superior,
A AUTORIDADE DE JESUS. se prostrar, suplicar. Que autoridade
Ele tem!
Está claro: quem derrota Satanás e seus > "...não me atormentes" (v. 7). Ator­
adeptos é a pessoa bendita de nosso Se­ mentar (gr. basanizo) é vexar, moles­
nhor Jesus Cristo: "Para isto o filho de tar, afligir, lutar com um vento con­
Deus se manifestou: para desfazer as trário. Jesus vai ao encontro do mal
obras do diabo" (1 Jo 3.8). e o repreende, vence a luta e causa
humilhação ao inimigo.
1.1. JESUS: 0 FILHO DE DEUS. A expressão c) Não há recursos contra as hostes infer­
"Filho de Deus" nas Escrituras, indica a na­ nais exceto em Jesus. Não se pode adquirir
tureza divina de Jesus, revela que ele pos­ poder sobre as obras das trevas, ou seja, a
sui a mesma essência e natureza do Pai. unção que promove o sobrenatural, atra­
Ele é o que tem a autoridade, o domínio vés de dinheiro, influência ou qualquer
e a unção para repreender as obras das outro elemento humano. O poder está em
trevas (Mt 8.29; At 2.38). Jesus (At 8.9-20; 19.11-16).

a) Ele proclamou a Sua autoridade (Mc 1.2. A ATUAÇÃO DE JESUS. Ele mostrou
1.38,39). Jesus afirmou que veio ao aos Seus discípulos como Ele atua a fa­
mundo pregar (gr. kerusso), que signi­ vor do homem, que sofre pelas ações
fica proclamar, ter autoridade para ser malignas.
ouvido e obedecido, publicar aberta­
mente o que pode ser feito. Portanto, a) Sua ação é preventiva. Ele revelou a Pe­
Sua vinda ao mundo foi uma proclama­ dro como trabalha a nosso favor na luta
ção de vitória contra as obras satânicas contra Satanás (Lc 22.31,32). Ele impede
(Mt 12.28). que nosso inimigo prevaleça sobre as nos­
b) 0 reino das trevas reconhece a Sua au­ sas debilidades.
toridade (Mc 5.1-8). Nessa passagem bí­ b) Sua ação é libertadora. Ele andou na
blica, há duas afirmações que merecem terra libertando os oprimidos do diabo.
atenção: É o Seu trabalho, Sua especialidade, Seu
> "...quando viu Jesus ao longe, correu e querer, Seu propósito e Sua missão (Mc
adorou" (v.6). Adorar (gr. proskuneo) 1.38,39).
36 | TEMPO DE MILAGRES

que vivia em trevas viu uma grande


2. luz, e aos que viviam na região e som­
JESUS SE MANIFESTOU bra da morte resplandeceu-lhes a luz"
PARA VENCER O (Mt 4.15.16).
REINO DAS TREVAS. b) Uma aplicação às nossas vidas. Pode­

mos assim compreender:

Observemos a grande declaração contida > Terra de Zebulom, terra de Naftali e a

nesse texto: "Para isto...se manifestou" Galileia dos gentios. Podem represen­

(1 Jo 3.8). A palavra manifestar (gr. pha- tar lugares onde se requer a presença

neroo) se traduz por tornar visível, mos­ de Jesus: nosso bairro, nosso estado

trar-se, aparecer, tornar algo ou alguém ou nosso país.

identificado. Em relação a Jesus, Sua vinda > 0 povo que vive em trevas. Pode

ao mundo tornou manifesta a prerrogati­ representar nossas famílias, filhos,

va que possui para destruir as obras de Sa­ lares, vizinhos, enfim, pessoas que

tanás e revelou à humanidade Seu poder necessitam de uma libertação. A

sobre o inferno. presença de Jesus certamente vai


mudar o estado calamitoso que Sata­
2.1. SUA PRESENÇA REPREENDE OS ESPÍ­ nás impôs por sua natureza maligna!

RITOS MALIGNOS. No episódio em Gada- Aleluia!

ra (Mt 8.28-34; Mc 5.1-15; Lc 8.26-35),


há um detalhe importante descrito por 2.2. SUA PALAVRA SUBJUGA 0 REINO DAS

Lucas: "Quando Jesus pisou em terra" TREVAS (MT 8.16). A palavra de Jesus soa

(Lc 8.27 - NVI), os demônios vieram ao como ordem para os mensageiros do dia­

Seu encontro, pedindo para não serem bo. Na sinagoga em Cafarnaum ele disse

mandados ao abismo (Lc 8.31). Que ao espírito imundo: "Cala-te, e sai dele"

grande autoridade! A presença do mara­ (Mc 1.25). Em Gadara, ele bradou: "sai

vilhoso Cristo naquele lugar interrompe deste homem, espírito imundo" (Mc 5.8).

um ciclo de prisão, loucura e possessão Ao pé do monte ele disse ao demônio que

(Mc 5.2-5). atormentava um jovem: "espírito mudo e


surdo, eu te ordeno: sai dele, e não en­

a) Uma profecia: "Terra de Zebulom, terra tres mais nele" (Mc 9.25). Creiamos: Ele

de Naftali, caminho do mar, além do ainda emite ordens de libertação, Ele não

Jordão, Galileia dos gentios! O povo mudou (Hb 13.8).


MILAGRES SOBRE 0 REINO DAS TREVAS I 37

3. menino, e o entregou ao seu pai" (Lc


9.42). Sim, Jesus Cristo tem poder para
JESUS DESFAZ AS mudar destinos e sentenças de pessoas
OBRAS DO DIABO. que o diabo aprisionou.

O versículo sintetiza o objetivo da vinda 3.3. ELE DESFEZ 0 DIAGNÓSTICO DA MU­

do Cristo a este mundo: "desfazer as LHER ENCURVADA (LC 13.11). Esse fato

obras do diabo" (1 Jo 3.8). O que sig­ descrito por Lucas nos mostra que até
nifica desfazer (gr. luo): libertar alguém os que temem a Deus podem sofrer ata­

preso ou atado, soltar alguém amarra­ ques do inimigo. Jesus chama a mulher

do, livrar de laços, tirar de prisão, anu­ de "filha de Abraão", Ele impõe as mãos
lar, dissolver, demolir, destruir, derrubar. sobre ela (nunca fazia com endemoni-
É isso que Jesus faz em relação as obras nhados) e não a recrimina por pecados.
do tentador. Ele a liberta de uma paralisia causada
por um espírito de enfermidade (v. 11).
3.1. ELE DESFEZ A LOUCURA DO GADA- Ele mudou a sua qualidade de vida, tirou
RENO (MC 5.15). O homem violento, que a limitação do corpo e desfez uma seta
não parava de andar dia e noite, que gri­ de Satanás.
tava pelas ruas, que se feria com pedras,
que andava nu e habitava nos sepulcros,
agora, estava assentado, vestido e em
perfeito juízo. O poder de Jesus acalma
a mente, a alma, o espírito, o corpo, as
emoções, os sentimentos, os anseios... O
w
que você precisar!
CONCLUSÃO
O diabo pode levantar prisões,
construir obstáculos e aprisionar vidas
3.2. ELE DESFEZ A PRISÃO ESPIRITUAL
indefesas aos seus ataques. Mas, então,
DO JOVEM LUNÁTICO (MC 9.14-27). Jesus chega Jesus, "o mais valente do que ele

mudou a vida de um jovem que sofria ’ e vencendo-o, tira-lhe toda a armadura


em que confiava e reparte os seus
desde a infância (v.21) e estava na mira
despojos" (Lc 11.22).
de destruição de Satanás (v.22). Veja o
que diz a Bíblia: "..., porém, Jesus re­
preendeu o espírito imundo, e curou o 99
8 TEMPO DE MILAGRES

ANOTAÇÕES
MILAGRES SOBRE A

NATUREZA
VERSÍCULO CHAVE: MT 8.27

{"E AQUELES HOMENS SE MARAVILHARAM,


DIZENDO: QUE HOMEM É ESTE, QUE ATÉ
OS VENTOS E O MAR LHE OBEDECEM?"
4U | I tiviru ut MiLHuno

INTRODUÇÃO
w Jesus manifestou sua glória suplan­
REFLEXÃO tando o poder da natureza. No Seu
Intervir na natureza é primeiro milagre ele muda o processo
uma demonstração do
natural e transforma água em vinho
poder irresistível de Jesus
(Jo 2.1-11). Já prestes a subir aos céus,
em todas os âmbitos da
necessidade humana. Ele age no mar e promove uma grande
pesca (Jo 21.1 -11). Ao fazer assim, de­

99 monstrou possuir todo o poder na ter­


ra, intervindo nas leis naturais, criadas
por Ele próprio, manifestando a glória
do seu poder. Jesus acalmou uma tem­
pestade (Mt 8.23-27; Mc 4.37-41; Lc
8.22-25), andou sobre as águas (Mt
HINOS SUGERIDOS: 14.25-33; Mc 6.48-51; Jo 6.19-21),

467, 526 E 578 (HC) fez a figueira secar (Mt 21.18-22;


Mc 1.12-14,20-25) e ordenou uma
TEXTO BASE: grande pesca (Lc 5.4-11). Há outros

JO 6.16-21 milagres que podem entrar nessa ca­


tegoria, mas, eles já foram abordados
em outras lições. Durante a ministra-
ção desse estudo, pense na grandeza
de Cristo diante dos problemas que te

OBJETIVOS: afligem, e lembre-se das palavras que


Ele pronunciou diante do mar agitado:
> Entender o propósito de Jesus ao
atuar na natureza. "Cala-te, aquieta-te" (Mc 4.39).

y Compreender que os milagres revelam


a onipotência de Cristo.
a) Acalmando a tempestade (Mc 4.35-41).

1. A ordem de Jesus aquietou o vento e o


JESUS MANIFESTA mar. Observemos um detalhe do texto:
SUA ONIPOTÊNCIA. "... o vento se aquietou" (v.39). Aquie­
tar (gr. kopazo) é cansar, fatigar, cessar

Ao dar ordens ao vento e ao mar, ao an­ a fúria. Como podemos interpretar o

dar sobre águas, ao mudar a estrutura de texto? Jesus cansou o vento, o elemen­

elementos naturais, ao controlar a cria­ to causava cansaço aos discípulos. Uma


ção, Jesus revela o Seu poder sobre todas ordem de Jesus mudou o quadro de pe­
as coisas (Mt 28.18). "Todo o poder" rigo em grande bonança.
significa ter força, autoridade, influên­ b) 0 temor dos discípulos (v. 41). "Quem

cia, governo, regência, ordens e maes­ é este, que até o vento e o mar lhe
tria sobre qualquer coisa, de todo tipo, obedece?". Obedecer (gr. hupakouo) é

individual ou coletiva. O poder de criar, ouvir, escutar uma ordem, obedecer e


manter, prover, saber, revelar, decidir, submeter-se. Os discípulos se maravi­
curar, ferir, dar a vida, matar, exaltar ou lharam ao constatar que todas as coisas

abater. O poder de controlar o tempo, as se submetem à voz de comando de Je­


estações, as horas, os minutos, os segun­ sus Cristo.
dos (décimos, centésimos e milésimos),
a natureza, os governantes, as nações, 1.2. 0 PODER DE JESUS MANIFESTO NO

a história, os homens, os demônios, os SEU QUERER. Sem ordens audíveis, sem

anjos, o passado, o presente, o futuro, a palavras, muitas vezes Jesus opera silen­
eternidade, o conhecido e as coisas des­ ciosamente, apenas executando a Sua

conhecidas, o que já está criado e o que vontade.


ainda não existe, o visível e o invisível, o
natural e o espiritual. a) A água em vinho (Jo 2. 6-10). Aos ser­

ventes, Jesus deu ordens expressas,


1.1. 0 PODER DE JESUS REVELADO NAS mas, para a água naquelas talhas, Ele
SUAS ORDENS. A Sua palavra é poderosa tão somente direcionou o Seu querer.
para controlar todas as coisas (Hb 1.3) b) Andando sobre o mar (Mc 6. 48-51).

e para alterar as configurações originais Ele simplesmente quis andar sobre as


da criação. Suas ordens são irrevogáveis águas, e andou poderosamente sobre

(SI 119.91). a superfície líquida do mar.


MM

2.
LIÇÕES DE UM MILAGRE
2.2. "MAS, SOB A TUA PALAVRA..." (V. 5B).

Traduza as palavras e receberás uma men­


sagem maravilhosa. Sob (gr. epi), é peran­
(Lc 5.1-11). te, através, diante. Palavra (gr. rhema) é

aquilo que foi proferido por viva voz, o

A pesca milagrosa narrada pelo evange­ que alguém falou, sentença, declaração

lista Lucas traz ensinos maravilhosos à da mente de alguém através de palavras.


nossa vida espiritual. É um ensinamento Pedro estava dizendo a Jesus: "eu confio

de como devemos nos portar diante de no que dizes, eu creio nas tuas declara­

Jesus, quando enfrentamos nossas im- ções, diante da tua palavra eu jamais duvi­

possibilidades. darei". Portanto, devemos confiar no que


Ele falou, pela pregação da Palavra, pela

2.1. "MESTRE, HAVENDO TRABALHADO profecia, pela revelação, pelo sentir no co­

TODA A NOITE, NADA APANHAMOS..." ração, pela promessa.


(V.5A). É o reconhecimento de que há si­

tuações onde nada podemos fazer. Assim 2.3. "LANÇAREI A REDE" (V.5C). Eles já

estavam os discípulos naquele momento, haviam trabalhado a noite inteira e não

limitados, frustrados e cansados. Assim haviam logrado êxito na pesca. Jesus os

nos encontramos muitas vezes, ao cons­ manda voltar ao mesmo mar, no mesmo

tatarmos que nossos recursos são insu­ barco, com as mesmas redes, e eles obe­

ficientes. decem! O milagre, então, acontece. Que

aprendemos nesse episódio?

a) Os barcos. Representam nossos recur­


sos, onde nos apoiamos: bens, profis­ a) Vá para onde Jesus mandar: "faze-te ao

são, formação, sustento, etc. mar alto" (v. 4a). Ele é Senhor e nós so­

b) As redes. São as nossas habilidades, ca­ mos servos. Navegar em águas profun­

pacidades, talentos, etc. das é um convite de Jesus para maiores

c) 0 conhecimento sobre pesca. Eles sa­ experiências, para a busca dos milagres.

biam sobre marés, lugares, ciclo lunar, b) Faça o que Jesus manda: "Lançai as vossas

pilotagem de barco. Mas, apesar de to­ redes para pescar" (v. 4b). É fazer de novo,

dos os recursos à disposição, sofreram outra vez, persistir. Siga pedindo, orando,

um grande revés. O que eles precisavam crendo, jejuando, consagrando, sempre e

era um milagre! sem desanimar. O milagre acontecerá!


MILACiKtb ÒUUKt A l\IAIUKt£A |

timulou a fé deles a buscar coisas maio­


3. res na vida (v.21), a crer mais em Deus
AS MUDANÇAS (Mc 11.22) e motivou-os a crer no poder
OPERADAS PELOS da oração (Mc 11.24). São essas lições
MILAGRES. que Jesus quer nos ensinar em nossa ca­
minhada espiritual.
Lembrando o que aprendemos na lição
anterior, os milagres de Jesus sobre a na­ 3.3. 0 MILAGRE ALARGA A NOSSA VISÃO

tureza não são espetáculo, pirotecnia ou SOBRE JESUS. Ao ver o Mestre caminhar

demonstrações inúteis de poder. Eles vi­ sobre as águas, os discípulos exclamam:


sam beneficiar pessoas, famílias, lugares, “és verdadeiramente o filho de Deus"

povos, nações.... você! (Mt 14.33). Marcos diz que seus corações
estavam endurecidos (Mc 6.52), mas,
3.1. 0 MILAGRE MUDA UM DESTINO TRÁ­ diante do milagre, ficaram assombrados e
GICO. "Senhor, salva-nos, que perece­ maravilhados (Mc 6.51). João diz: “Então
mos" (Mt 8.25). No meio da tempestade, eles de boa mente o receberam no bar­
os discípulos recorrem a Jesus dizendo co" (Jo 6.21). Eles estavam conscientes de
que estavam em perigo de morte. Pere­ quem Ele era e o receberam com alegria.
cer (gr. apollumi) significa destruir, colo­ Já não era mais, no conceito deles, um
car um fim, declarar que alguém deve ser "fantasma" (Mt 14.26), era o Senhor, o
entregue à morte. Mas, ao contrário des­ filho de Deus, o Todo Poderoso.
se final, Jesus "repreendeu os ventos e o
mar, e seguiu-se uma grande bonança"
(Mt 8.26; Mc 4.39). O milagre operado
por Jesus permitiu que a navegação se­
guisse, até que eles chegassem do outro
99
lado, no destino almejado (Mc 5.1; ver CONCLUSÃO
SI 107.23-30). O Jesus que opera sobre a
natureza se imporá sobre as
nossas debilidades e necessidades,
3.2. 0 MILAGRE MUDA A NOSSA PERS­
revelando o Seu grande poder.
PECTIVA ESPIRITUAL (MT 21.18-22). Ao

fazer a figueira secar, Jesus não só mara­


vilhou os Seus discípulos (v.20), mas, es­ 99
44 | TEMPO DE MILAGRES

ANOTAÇÕES
/W/L/A(jrtt3 HUJt \ *+J

MILAGRES PARA

HOJE
VERSÍCULO CHAVE: MC 16.20

"E ELES, TENDO PARTIDO,


PREGARAM POR TODAS AS PARTES,
COOPERANDO COM ELES O SENHOR
E CONFIRMANDO A PALAVRA COM
OS SINAIS QUE SE SEGUIRAM. AMÉM!"
INTRODUÇÃO

99 Na conclusão dessas aulas sobre mila­


gres, nossa fé certamente foi avivada
REFLEXÃO e nossa perspectiva espiritual amplia­
Jesus Cristo não mudou.
da para esperar, buscar, ver e receber
É tempo de crer, buscar
e viver milagres. sinais e prodígios operados por Jesus.

Sim, cremos, porque Ele é o mesmo,

99 Sua misericórdia e poder permanecem


imutáveis. Antes de retornar aos Céus,

Cristo delegou aos Seus discípulos a

tarefa de pregar o Evangelho, capaci­

tando-os pelo Espírito Santo para, em


Seu nome, operar sinais e maravilhas.

HINOS SUGERIDOS: Essa autoridade está sobre a Igreja e

18, 65E415(HC) cada crente, particularmente. Mais que


crer, precisamos proclamar que Ele sal­

TEXTO BASE: va, cura, batiza com o Espirito Santo e

MC 16.15-20 leva o homem para o Céu. Essa mensa­

gem nunca envelhece, nunca perde sua

eficácia, porque aquele que nos enviou


nos respalda com o seu poder. Bendito

seja o nosso Senhor e Salvador Jesus

Cristo, que confirma a Sua palavra com


OBJETIVOS: os Seus incontestáveis milagres.

> Estimular a busca pelos milagres.

> Mostrar pela Bíblia que os milagres


são para os nossos dias.
MILAGRES PARA HOJE

testemunhas de todas as coisas que


1. fez, tanto na terra da Judeia como em
"IDE POR TODO 0 Jerusalém... e nos mandou pregar ao
MUNDO, PREGAI...." povo e testificar..."
(Mc 15.15a).
1.3. "OS SINAIS SEGUIRÃO AOS QUE CRE­

Essa ordem não deve ser olvidada ou REM" (MC 15.17). Sinais (gr. semeion)

postergada pela Igreja, ela precisa ser são ocorrências incomuns que trans­

obedecida. O Evangelho é a única saída cendem o curso normal da natureza,

para os perdidos, o caminho para a fé milagres e prodígios divinos. Seguir (gr.

em Cristo Jesus e, consequentemente, a parakoloutheo) é acompanhar alguém

porta que leva o homem a viver coisas de modo a estar sempre perto, acom­

sobrenaturais. panhar alguém a qualquer parte, estar


presente. Que podemos entender dessa

1.1. OS MILAGRES ACOMPANHAM A PRE­ promessa de Jesus?


GAÇÃO DO EVANGELHO. Os sinais são in­

trínsecos à pregação das boas novas de a) Sinais acontecem na vida particular do

salvação. Quando há proclamação do crente. Quando Paulo iniciou sua ca­

Evangelho, acontecem milagres (Mc 6.7- minhada espiritual, começou com um


13; At 8.5-8). É promessa do Senhor, é o milagre (At 9.17,18). Jesus o curou de

Seu compromisso com a Igreja. sua temporária cegueira pela impo­


sição das mãos de Ananias. Mais do
1.2. JESUS NOS MANDOU ALCANÇAR AS que ouvir sobre milagres, devemos

PESSOAS. Quando ele disse: "Ide por buscar suas manifestações em nossa

todo o mundo...", também estava afir­ trajetória de fé.


mando que, em relação aos milagres, b) Sinais acontecem na vida da Igreja (At

devemos falar, testemunhar, pregar, 2.43; 3.1-9). Onde o Evangelho for

publicar e mostrar às pessoas o que Ele proclamado, haverá sinais, curas, ope­

pode fazer (At 10.37-42). Observe al­ ração de maravilhas. A igreja jamais

guns destaques do texto": "Deus ungiu deixará de operar milagres e prodígios,

a Jesus de Nazaré com o Espírito San­ pois o seu fundador tem um sério

to e com virtude; o qual andou fazen­ compromisso com os que proclamam

do o bem e curando .... e nós somos as Boas Novas.


18 | TEMPO DE MILAGRES

2.
interpretação das línguas (1 Co 12.10).

Aqueles que ainda não foram alcan­


OS MILAGRES çados pela promessa do batismo no
PROMETIDOS. Espírito Santo devem anelar e buscar
incessantemente a promessa divina (Lc

Que tipos de sinais acompanham aque­ 24.49). Ela é real e contemporânea (At

les que creem em Jesus? Ele mesmo pro­ 2.39). Os que já alcançaram a benção

meteu e garantiu os milagres, por isso, do batismo com fogo (Mt 3.11), devem

cremos e oramos como os apóstolos: preservar acesa a chama do Espírito

"Agora, pois, ó Senhor, olha para as Santo, falando em línguas, buscando

suas ameaças e concede aos teus ser­ os dons espirituais e experiências com

vos que falem com toda a ousadia a o Senhor.

tua palavra, enquanto estendes a mão


para curar, e para que se façam sinais 2.3. "PEGARÃO NAS SERPENTES; E, SE BE-

e prodígios pelo nome do teu santo BEREM ALGUMA COISA MORTÍFERA, NÃO

Filho Jesus" (At 4. 29,30). LHES FARÁ DANO ALGUM" (MC 16.18A).

São os livramentos que Jesus promete aos


2.1. "EM MEU NOME EXPULSARÃO OS que anunciam o Evangelho e creem no

DEMÔNIOS" (MC 16.17A). Já estudamos Seu nome.

na lição 05 a respeito do poder de Jesus

sobre o reino das trevas. Porém, nun­ a) As serpentes. Também representam as

ca é demais lembrar da Sua promessa astutas ciladas do maligno (Ef 6.11).

à Igreja: "as portas do inferno não São as perseguições filosóficas, gover­

prevalecerão contra ela" (Mt 16.18). namentais, ideológicas, acadêmicas e

Jesus nos promete vitória na luta con­ bélicas contra a Igreja. Esses ataques

tra as forças do mal que nos atacam (Lc são visíveis, ainda que ardilosos e camu­

10.17-19). flados. Jesus nos garante vitória sobre

eles (2 Co 10.5).
2.2. "FALARÃO NOVAS LÍNGUAS" (MC b)As coisas mortíferas. São os ataques

16.17B). É a promessa do falar em lín­ invisíveis do inimigo, as armadilhas, os

guas estranhas pelo batismo no Espírito perigos que não vemos, não percebe­

Santo, como também a manifestação mos, mas, que são repreendidos pelo

dos dons de variedades de línguas e Senhor Jesus (Lc 10.18; 22.31).


MILAGRES PARA HOJE I 43

2.4. "E PORÃO AS MÃOS SOBRE OS ENFER­ 3.2. O RELATO DE OUTROS. Os testemu­
MOS, E OS CURARÃO" (MC 16.19B). É a ga­ nhos de fé e milagres que ouvimos de
rantia de que curas divinas se manifestam outros reforçam e acrescentam a nossa fé
na Igreja, pela pregação do Evangelho, a (At 4.20). Assim como Deus operou em di­
imposição das mãos e pela unção com ferentes situações e pessoas, certamente
azeite (Tg 5.14,15). vai operar em ti.

3.
3.3. 0 RELATO PESSOAL DE MILAGRES.

Você pode testemunhar que Deus ope­


"COOPERANDO COM rou de forma milagrosa em seu viver. Há
ELES O SENHOR E sinais de Deus em sua vida, provas de
CONFIRMANDO A coisas sobrenaturais. Relate a outros e
PALAVRA COM OS honre a Deus com sua história de mila­
SINAIS" (Mc 16.20). gres. "Vai para tua casa, para os teus,
e anuncia-lhes quão grandes coisas o

Que bela maneira de concluirmos essa Senhor te fez e como teve misericórdia

série de estudos, com a promessa de de ti" (Mc 5.19).

que Jesus dá Sua cooperação e confir­


mação na pregação do Evangelho. Co­
operar (gr. sunergeo) é trabalhar junto,

ajudar no trabalho, juntar as forças.


Confirmar (gr. bebaioo) significa com­

provar, assegurar, fundamentar. Por­


TO
tanto, os milagres dizem que Jesus está
conosco em nosso trabalho e confirma
a Sua presença entre nós operando pro­ CONCLUSÃO
dígios e maravilhas. "Há, porém, ainda muitas outras coisas
que Jesus fez; e, se cada uma das quais
3.1. O RELATO BÍBLICO CONFIRMA OS MI­ fosse escrita, cuido que nem ainda o
mundo todo podería conter os livros
LAGRES. Creia na Bíblia, ela é a Palavra de
que se escrevessem. Amém!" (Jo 21.25).
Deus, inspirada, fidedigna e incontestável.
Seus relatos sobre os milagres são dignos
da nossa confiança (Jo 20.31).
5U . TEMPO DE MILAGRES

ANOTAÇÕES
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