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Termorregulação em bubalinos submetidos a duas temperaturas de ar e duas


proporções de volumoso:concentrado

Article  in  Ciência e Agrotecnologia · June 2001

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5 authors, including:

Célia Maria Costa Guimarães Evaldo Antonio Lencioni Titto


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará University of São Paulo
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Raul Franzolin Muniz JOEL Augusto


University of São Paulo Universidade Federal de Lavras (UFLA)
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TERMORREGULAÇÃO EM BUBALINOS SUBMETIDOS A DUAS
TEMPERATURAS DE AR E DUAS PROPORÇÕES DE VOLUMOSO:
CONCENTRADO1

CÉLIA MARIA COSTA GUIMARÃES2


JOSÉ EGMAR FALCO3
EVALDO ANTONIO LENCIONI TITTO4
RAUL FRAZOLIN NETO4
JOEL AUGUSTO MUNIZ5

RESUMO - Avaliaram-se as reações fisiológicas de bioclimática apresentaram valores superiores (P<0,01) aos
termorregulação em bubalinos submetidos a duas da temperatura retal, freqüência respiratória e taxa de
temperaturas e a duas dietas com diferentes proporções sudação, caracterizando estresse calórico em relação aos do
de volumoso:concentrado. Foram utilizados oito galpão. Verificou-se que não houve diferença estatística na
machos bubalinos inteiros, com idade de 12 meses e temperatura retal entre os búfalos alimentados com as
296kg, em média, alojados em gaiolas metabólicas, diferentes dietas; entretanto, houve aumento significativo
dispostas em câmara bioclimática (ambiente aquecido: (P<0,01) da freqüência respiratória e taxa de sudação, para
30,9 a 36,0°C) e galpão (ambiente natural: 26,2 a os búfalos que consumiram a dieta (50:50). Com base nos
32,0°C), recebendo dietas na proporção 80:20 e 50:50. resultados, concluiu-se que os bubalinos em temperatura
O delineamento experimental consistiu de 2 quadrados ambiente de 36°C entram em estresse calórico, mesmo
latinos 4x4, em arranjo fatorial 2x2, em 4 períodos utilizando suas vias evaporativas, e no que se refere à
(5dias) consecutivos. Foram registradas a temperatura influência da alimentação no equilíbrio térmico, houve
retal, a freqüência respiratória (9h e 17h), a taxa de controvérsias, o que leva à necessidade de novos
sudação (16h duas coletas por período). Os resultados estudos.
demonstraram que os animais alojados na câmara
TERMOS PARA INDEXAÇÃO: Bubalino, termorregulação, dieta.

THERMOREGULATION IN BUFFALOES SUBMITTED TO TWO AIR


TEMPERATURES AND TWO ROUGHAGE: CONCENTRATE RATIOS

ABSTRACT - The physiological reactions of successive (5 day) periods. Rectal temperature and
thermoregulation were evaluated on buffaloes breath was recorded at 9:00 h and 17:00 h, breath
submitted to two temperatures, and two diets with frequency and sweat rate at 16:00 h (two samples per
different roughage:concentrate ratios. Eight uncastrated period). The results showed that animals housed in the
12-month-old male buffaloes, with average weight of climatic chamber presented higher values (P<0.01) of
about 296 kg, were used. They were kept in metabolism rectal temperature, breath and sweat rate,
cages, half of which were installed in a climatic
characterizing heat stress, compared with those in the
chamber (heated environment at 30.9 to 36.0°C) and
open barn. No statistical difference in rectal
the other half in an open barn (natural environment at
temperature among the buffaloes fed on the
26.2 to 32.9°C), and fed on two diets with the following
roughage:concentrate ratios: 80:20 and 50:50. The different
experimental design consisted of two (4x4) latin
squares in (2x2) factorial arrangement in four

1. Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor apresentada à Universidade Federal de Lavras(UFLA).


2. Engenheiro Agrônomo, Mestre, Departamento de Zootecnia/UFLA.
438
3. Zootecnista, M.Sc., Professor Titular., UFLA/DZO.
4. Medico Veterinário, Doutor, Professor Titular, FZEA-USP, Departamento de Zootecnia, Caixa Postal 23,
13.630- 000, Pirassununga, SP.
5. Engenheiro Agrônomo, Doutor, Professor Titular, UFLA/DEX.
diets was found. However, it was observed that there experienced heat stress at 36oC in spite of the efficient
was a significant increase (P<0.01) in breath frequency use of the transpiration pores, whilst with respect to the
and sweat rate, of the buffaloes that consumed the diet food influence on the thermal balance, results were not
50:50. It can be concluded that the buffaloes clear, and require further investigation.
INDEX TERMS: Buffalo, thermoregulation, diets.

INTRODUÇÃO tropicais, em função de um menor incremento calórico.


Segundo Hafez (1973), rações compostas
O búfalo (Bubalus bubalis L.), originário do
exclusivamente de volumoso traduzem-se em maiores
continente asiático e de algumas regiões da Itália, é
temperaturas corporais e maiores freqüências
hoje encontrado em amplo espaço geográfico em vários
respiratórias, em relação às rações ricas em
continentes. Foi introduzido no Brasil ao final do
concentrado.
século XIX, na Ilha de Marajó, Estado do Pará, estando
Objetivou-se com o presente trabalho avaliar as
atualmente disseminado em todo o País. Segundo
reações fisiológicas de termorregulação em bubalinos
Marques e Cardoso (1997), estima-se que o rebanho
submetidos a duas temperaturas ambientais e em dietas
nacional seja formado por 3 milhões de cabeças.
com diferentes proporções de volumoso: concentrado,
Apesar da adaptabilidade às mais variadas
visando a contribuir para o estabelecimento de técnicas
condições ambientais, os búfalos possuem
de manejo e alimentação mais adequadas à
particularidades estruturais e funcionais específicas,
produtividade animal em condições tropicais.
como forte concentração de melanina na pele e no pêlo,
baixa quantidade de glândulas sudoríparas, baixa
MATERIAL E MÉTODOS
densidade de pêlos e pele escura, sendo, portanto,
especialmente sensíveis à radiação solar (Harvey, O experimento teve duração de 73 dias, no
1963). Assim, os búfalos utilizam outros meios de período de janeiro a março de 1997, no Laboratório de
aclimatação aos trópicos, como a via respiratória, com Biometeorologia da Faculdade de Zootecnia e
alta habilidade fisiológica para eliminar o excesso de Engenharia de Alimentos da Universidade de São
calor (Villares, Ramos e Rocha, 1979). Paulo (USP)- Campus de Pirassununga, localizado a
Titto, Russo e Lima (1997) submeteram búfalos 21080′00″ de latitude sul e 47025′42″ de longitude
às condições típicas de clima tropical, reproduzidas em oeste, a uma altitude de 634m, apresentando clima do
câmara bioclimática (temperatura do ar de 28,2 a tipo CWa, segundo classificação de Köppen (Oliveira e
34,7°C), causando aumento significativo na Prado, 1987).
temperatura retal (de 38,3 para 39,1°C), na freqüência Utilizaram-se oito bubalinos (Bubalus bubalis
respiratória (de 22,6 para 48,4 movimentos por minuto) L.) machos da raça Mediterrâneo, com cerca de 12
e na taxa de sudação ( 107,3 para 252,2g.m-2.h-1). meses de idade e peso vivo médio de 296kg,
Vieira et al. (1995) observaram que búfalos da vermifugados e vacinados. Esses animais foram
raça Mediterrâneo, submetidos ao estresse térmico, alojados em gaiolas metabólicas dispostas em câmara
apresentaram 39,8°C de temperatura retal, 118 bioclimática (ambiente aquecido: 30,9°C a 36,0°C) e
movimentos por minuto (mov./min.) de freqüência galpão (ambiente natural: 26,2°C a 32,0°C). Os
respiratória e 79g.m-2.h-1 de taxa de sudação, sendo animais receberam duas dietas compostas de feno
esses resultados mais elevados do que os encontrados moído de Coast-cross (Cynodon dactylon (L.) Pers.),
nos búfalos em termoneutralidade. rolão de milho (grão, palha e sabugo), farelo de soja,
Nogueira Filho e Lucci (1981) observaram que o milho grão moído e mistura mineral, conforme
uso de feno ou feno mais concentrados não influenciou observa-se na Tabela 1. O concentrado foi misturado ao
as respostas obtidas quanto às freqüências respiratórias, feno e oferecido em três refeições diárias (8h,15h e
mas teve influência na temperatura interna dos animais 21h). As dietas foram balanceadas em duas proporções
mantidos dentro da câmara bioclimática. volumoso : concentrado e calculadas para bovinos de
Para Lucci (1977), rações com baixo teor de 350kg, conforme o NRC (1989).
volumoso seriam mais indicadas para as condições
Ciênc. agrotec., Lavras, v.25, n.2, p.437-443, mar./abr., 2001
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O delineamento experimental consistiu de 2 freqüência respiratória, pela observação dos


quadrados latinos 4x4, em arranjo fatorial 2x2, em 4 movimentos torácicos por minuto. A taxa de sudação
períodos (5dias) consecutivos, de forma que todos os foi medida às 16h, pelo método de Schleger e Turner
animais passaram pelos 4 tratamentos. Os dados foram (1965).
analisados pelo programa GLM do SAS (1985).
Foram registradas duas vezes ao dia (9h e 17h) a
temperatura retal, com termômetro clínico e a
TABELA 1 - Formulação e composição bromatológica das dietas.

Ingredientes (%) % na Dietas


1
A B2
Feno (Coast-cross) 80,0 50,0
Milho - 39,2
Rolão de milho 9,5 -
Farelo de soja 9,5 9,8
Mistura mineral * 1,0 1,0
Total 100 100
Nutrientes (% na MS)
Matéria seca 91,71 91,04
Proteína bruta 11,31 13,63
FDN 74,53 50,48
FDA 40,90 27,68
Energia bruta (Mcal/kg) 4,16 4,21
Extrato etéreo 1,38 1,91
Mistura mineral 6,75 4,98
Extrato não nitrogenado 49,56 60,17
Ca 0,61 0,48
P 0,28 0,31
1. Dieta com proporção 80% feno e 20% concentrado)
2. Dieta com proporção 50% feno e 50% concentrado)
* Mistura mineral (níveis de garantia por kg do produto), 90g de fosfato (P); 135g de cálcio (Ca); 10g de
magnésio (Mg); 12g de enxofre (S); 120g de sódio (Na); 185g de cloro (Cl); 6000mg de zinco (Zn); 1600mg de
cobre (Cu); 1250mg de manganês (Mn); 2800mg de ferro (Fe); 200mg de cobalto (Co); 150mg de iodo (I);
20mg de selênio (Se); 900mg de flúor (Fl) (máximo); 500mg de palatabilizante e solubilidade do fósforo (P)
em ácido cítrico a 2% (1:100).

RESULTADOS E DISCUSSÃO temperatura retal. Mas houve influência significativa


(P<0,01) do ambiente sobre essa variável. Os valores
Temperatura retal
médios de temperatura retal matutina e vespertina dos
Observou-se neste trabalho que o tipo de dieta búfalos na câmara bioclimática foram maiores que os
fornecida aos búfalos, com diferentes proporções de valores de temperatura retal dos animais no galpão
volumoso:concentrado, não influenciou (P>0,01) a (Figura 1), o que era de se esperar.
440

A zona de termoneutralidade dos búfalos, segundo (1997) observaram aumentos na temperatura retal em
Goswami e Narain (1962), está na faixa de 15,5 a búfalos submetidos à temperatura ambiente de 34,7°C e
21,2°C. Entretanto, os mesmos demostram estresse as observações de Chikamune (1987) e Vieira et al.
térmico quando a temperatura ultrapassa 29,0°C. No (1995) mostram que a temperatura interna dos búfalos
presente trabalho, verificou-se que os búfalos entraram aumenta com a elevação da temperatura do ar, o
em estresse térmico em temperatura de 36,0°C, bem que
acima de sua zona de conforto. Titto, Russo e Lima

40

39,5
Temperatura retal C

39
TRM
38,5 TRV

38

37,5
Câmara Galpão

FIGURA 1 - Valores médios da temperatura retal matutina (TRM) e vespertina (TRV), °C, em câmara
bioclimática (30,9 a 36,0°C) e galpão (26,2 a 32,9°C).

demostra que os bubalinos possuem uma zona de de 28,3 e 34,7°C, respectivamente. E concorda com
termoneutralidade bem maior do que a sugerida por outros autores, Veiga et al. (1963); Campos, et al.
Goswami e Narain (1962). (1987); Chikamune (1987) e Vieira et al. (1995), que o
aumento da freqüência respiratória é uma resposta
Freqüência respiratória comum à elevação da temperatura ambiente, como
Observou-se que a freqüência respiratória dos forma de dissipar calor.
animais mantidos na câmara bioclimática foi superior Com respeito às dietas, os valores da
(P<0,01) à dos mantidos no galpão, tanto no período da freqüência respiratória foram significativamente
manhã quanto no período vespertino (Figura 2). Esses maiores (P<0,05) nos animais submetidos à dieta com
resultados assemelham-se aos obtidos por Titto, Russo e mais concentrado no período vespertino, não havendo
Lima (1997), que observaram um aumento na atividade
respiratória de 26,6 para 48,4mov./min, em diferença significativa no período matutino (Figura 3).
temperaturas

150
Freqüência respiratória
(mov./mim.)

100
FRM
FRV
50

Ciênc. agrotec., Lavras, v.25, n.2, p.437-443, mar./abr., 2001


0
A B
441

FIGURA 2 - Valores médios da freqüência respiratória matutina (FRM) e vespertina (FRV), mov./min., em
câmara bioclimática (30,9 a 36,0°C) e galpão (26,2 a 32,9°C).

150
Freqüência respiratória
(mov./mim.)

100
FRM
FRV
50

0
Câmara Galpão
FIGURA 3 - Valores médios da freqüência respiratória matutina (FRM) e vespertina (FRV), mov./min, em função
das dietas A (80:20) e B (50:50).

Informações sobre a influência do fornecimento (62,5mov./min.) é de 3mov./min., considerada pequena


de alimentos sobre a freqüência respiratória são para causar grandes alterações biológicas.
escassas na literatura. Nogueira Filho e Lucci (1981) e
Hafez (1973) relataram que, em bovinos, o Taxa de sudação
fornecimento de concentrado resultou em menor Neste experimento, observa-se a influência
temperatura corporal e freqüência respiratória, significativa do ambiente (P<0,01) sobre a taxa de
provavelmente em conseqüência do menor incremento sudação dos búfalos. Na câmara bioclimática, a taxa
calórico gerado pela digestão desse alimento. de sudação média foi superior (115,5±5,38g.m-2 .h -1 )
Observando a Tabela 2, veremos os valores de à taxa de sudação média no galpão, 47,2±2,58g.m-
consumo médio diário das dietas e das mesmas na 2 -1
.h (Figura 4).
câmara e no galpão. Esse parâmetro é discutido mais Esses resultados confirmam que sob
detalhadamente no trabalho de dissertação (Guimarães, temperaturas elevadas há um aumento na sudação,
1998). mesmo no caso dos búfalos que possuem poucas
Embora os resultados do presente trabalho glândulas sudoríparas, corroborando com Titto, Russo e
revelem valores significativamente maiores de Lima (1997), que verificaram aumento, na taxa de
freqüência respiratória para os búfalos que consumiram sudação de búfalos, de 107,3 para 252,2 em
a dieta B, com predominância de concentrado, tanto no temperatura ambiente de 28,2 a 34,7°C. Da mesma
ambiente quente como no natural, a diferença entre forma, Vieira et al. (1995) constataram aumentos na
essas freqüências respiratórias médias na câmara taxa de sudação e freqüência respiratória em bubalinos
bioclimática (59,0mov./min.) e no galpão
Ciênc. agrotec., Lavras, v.25, n.2, p.437-443, mar./abr., 2001
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submetidos a 38°C, não sendo, porém, suficiente para sudação, em relação a rações ricas em concentrado, o que
evitar a hipertermia. neste trabalho não foi observado, pois os valores médios de
Na Figura 5 observamos que a taxa de sudação taxa de sudação foram maiores nos búfalos que
foi significativamente (P<0,05) maior nos búfalos que consumiram a dieta com maior proporção de concentrado.
consumiram a dieta rica em concentrado, 87,8g.m-2.h-1, O mesmo foi verificado na freqüência respiratória, já
o que eqüivale a um aumento de 12,9gm-2h-1 em relação comentado anteriormente. Da mesma forma, não foram
ao valor obtido nos animais tratados com dieta rica em encontrados trabalhos que pudessem esclarecer o assunto
volumoso, que foi de 74,9g.m-2.h-1. De acordo com em questão. Sugerindo, assim, a necessidade de estudos
Nogueira Filho e Lucci (1981) e Lucci (1977), rações mais profundos a respeito dos parâmetros fisiológicos,
com maior quantidade de fibra traduzem-se por maior não só em bubalinos, mas em outras espécies de
temperatura retal, freqüência respiratória e taxa de ruminantes.

TABELA 2 - Consumo médio diário das dietas e o consumo médio diário das dietas nos ambientes.
Consumo Dieta Ambiente
A B Câmara Galpão

Kg/MS/dia 5,55 5,98 5,11 6,42

150
Taxa de sudação (TS gm h)

100

50

0
Câmara Galpão
-2 -1
FIGURA 4 - Valores médios da taxa de sudação (TS), g.m .h , em câmara bioclimática (30,9 a 36,0°C) e galpão
(26,2 a 32,9°C).

150
Taxa de sudação (TS gm h)

100

50

0
Ciênc. agrotec., Lavras, v.25, n.2, p.437-443,
A mar./abr., 2001 B
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FIGURA 5 - Valores médios da taxa de sudação (TS), gm-2h-1, em função das dietas A (80:20) e B (50:50).

CONCLUSÕES HARVEY, D. Some aspects of the importance of


Com base nas condições experimentais e nos buffaloes as farmstock. Nutrition Abstract and
dados obtidos, pode-se concluir que os bubalinos Reviews, Farnham Royal, v.33, p.931-936, 1963.
submetidos à temperatura ambiente de 360C entraram
LUCCI, C.S. Clima e aclimatação de bovinos e leite no
em estresse calórico mesmo utilizando com eficiência o
seu sistema termorregulador, a fim de manter o Brasil Central. Zootecnia, Nova Odessa, v.15, n.3,
equilíbrio térmico. Por outro lado, esses animais p.157-169, jul./set. 1977.
superaram a sua faixa de termoneutralidade. MARQUES, J.R.F.; CARDOSO, L.S. A
• O aumento no nível de concentrado da dieta bubalinocultura no Brasil e no mundo. In:
de 20% para 50% na MS não exerceu efeito OLIVEIRA, G.J.C. de; ALMEIDA, A.M.L. de;
significativo na temperatura retal; no entanto, SOUZA FILHO, U.A. O búfalo no Brasil. Cruz
promoveu aumentos na freqüência respiratória e na das Almas: UFBA, 1997. p.7-42.
taxa de sudação; aumentos que dentro da variação
fisiológicas são considerados pequenos para NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient
desencadear grandes alterações biológicas. requirements of dairy cattle. 6.ed. Washington:
National Academy of Sciences, 1989. 157p.
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