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João Graveto
Deglutição (Bolus)
proteínas
Compostos lípidos
Orgânicos glícidos
vitaminas
Nutrientes
Compostos água
Inorgânicos sais minerais
Fast food – impacto negativo na saúde devido ao seu conteúdo em gordura saturada e
sal.
Terminologia da INDEPENDÊNCIA:
Alimentos – substâncias líquidas ou sólidas susceptíveis de servir à nutrição do
ser vivo
Apetite – sensação agradável que se traduz por um desejo de comida
Fome – sensação desagradável que se traduz pela necessidade de comer
Metabolismo – conjunto de transformações químicas que se produzem em todos
os tecidos do organismo
Nutrientes ou elementos nutritivos – substâncias químicas contidas nos
alimentos capazes de serem utilizadas pelas células orgânicas, constituem o
Manifestações de INDEPENDÊNCIA:
A – Estado geral da cavidade oral
Dentes saudáveis, bem alinhados e em número suficiente;
Prótese dentária em bom estado e bem ajustada;
Mucosa oral íntegra, húmida e cor rósea;
Língua rósea;
Gengivas róseas e integras.
B – Mastigação lenta e com a boca fechada
C – Digestão
D – Reflexo de deglutição
E – Hidratação – ingestão diária de água, cerca de 1500 a 3000 ml/dia para um
adulto. A quantidade ingerida é aproximada à quantidade eliminada.
F – Hábitos alimentares
Horário – 5 refeições, com intervalos de 3 horas;
Tomar as refeições calmamente com duração de 45 minutos;
Comer entre as refeições;
Utilização dos diferentes grupos de alimentos na composição das refeições.
G – Escolha pessoal dos alimentos adequados
H – Restrição alimentar devido a credo religioso, cultura – significado individual
da alimentação – amor, punição, conforto ou repouso
Terminologia da DEPENDÊNCIA:
Anorexia – diminuição ou perda do apetite;
Dificuldade de absorção;
Disfagia;
Fome;
Incapacidade de alimentar-se sozinho;
Náuseas;
Vómito;
Bulimia – sensação excessiva de fome e necessidade de absorver uma grande
quantidade de alimentes;
Obesidade – massa corporal acima de 15-20% da massa normal segundo a idade
e constituição;
Polifagia – necessidade excessiva de comer e ausência de sentimento de
saciedade.
História Alimentar:
Identificação
Peso: actual, habitual, alterações
Hábitos alimentares e história dietética: tipo de refeições, frequência, hora,
dimensão
Preferências, alergias, aversões alimentares (gosto ou intolerância)
Dificuldade em mastiga ou deglutir, bem como o uso de próteses
Presença de sintomas gastro intestinal: náuseas, vómitos, diarreia
Alterações do apetite
Medicação habitual e/ou actual: pode alterar o estado nutricional de vários
modos
Antecedentes clínicos: malformações, cirurgias no tubo digestivo, doenças
crónicas (diabetes, cardiovasculares, doença de Crohn, …)
Exame físico
Aspecto geral:
Fadiga, apatia, caquexia
Presença de sinais de depleção nutricional: perda tecido sub-cutâneo, perda de
massa muscular. Ex.: depleção moderada de tecido muscular na região
supraclavicular e infraclavicular
Cabelo quebradiço, seco, fino, com queda acentuada
Pele áspera, pálida, presença de peténquias ou equimoses, …
Edemas nas membros inferiores
Unhas quebradiças
…
Avaliação Objectiva:
• Peso
Dados • Altura
• Índice de massa corporal
Antropométricos • Pregas cutâneas
• Perímetro(s)
Resultado final:
< 18,5 Abaixo do peso
18,5 – 24,9 Peso normal
25,0 – 29,9 Sobrepeso os extremos têm sido associados
30,0 – 34,9 Obesidade grau I a aumento de morbilidade
35,0 – 39,9 Obesidade grau II
> 40,0 Obesidade grau III
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM:
Muitos doentes desnutrem durante o seu internamento. Não basta que a dieta seja
adequada, é necessário garantir que o doente a ingere.
São muitos os factores que interferem na vontade e capacidade de o doente se
alimentar adequadamente – falta de apetite, tristeza, isolamento, desconforto, …
Cabe ao enfermeiro acompanhá-lo, estimulá-lo, ajudá-lo. Mesmo quando delego
num auxiliar a função de ajudar o doente na alimentação, é fundamental não esquecer que a
responsabilidade de cuidar daquele doente continua a ser minha.
Alimentação Enteral – é toda a que utiliza o tubo digestivo. Embora seja mais
comum utilizar esta expressão quando nos referimos à administração de
alimentos/nutrientes através de um tubo (sonda), inserido no tracto
gastrointestinal.
A alimentação entérica (A.E.) por sonda nasogástrica (SNG) está indicada aos doentes
que:
Não conseguem
Não querem ingerir uma quantidade adequada de alimentos pela boca
Não devam
Objectivos da Alimentação Entérica:
Alimentar o indivíduo com os nutrientes adequados, quando a via oral é
inacessível ou impraticável;
Contra-indicações:
Situações em que o intestino está incapaz de receber, digerir e absorver os
nutrientes. Ex.: obstrução intestinal, isquémia intestinal, perfuração
gastrointestinal, hemorragia aguda, vómitos incoercíveis
Situações que requerem pausa no tubo digestivo. Ex.: pancretite, pós-
operatório imediato
Vias de acesso:
Via nasoentérica
o Sonda sagogástrica
o Sonda nasoduodenal/nasojejunal
Via percutânea: colocação da sonda directamente no estômago ou jejuno,
durante um acto cirúrgico
o Gastrostomia ou jejunostomia – via
aconselhada quando se prevê longos
períodos de AE ou quando existe
obstrução do trato superior do tubo
digestivo. Ex.: tumor do esófago, atrésia do esófago
Tipos de Sonda:
Sonda de polivinil – duração cerca de 1 semana.
Existem em vários calibre, mas são geralmente mais grossas que as dos outros
materiais, permitindo a utilização de dietas caseiras
Sonda de poliuretano – duração até 1 mês
Sonda de silicone – duração até 3 meses
Métodos de administração
Em bólus – semelhante ao padrão de alimentação normal. Administração de
um volume relativamente grande (250-400cc) num curto espaço de tempo (15 a
20 minutos). A administração pode ser realizada por uma acção da gravidade
(gavagem) ou com o auxílio de uma seringa.
Permite maior autonomia ao doente
O grande inconveniente resida na maior intolerância gastrointestinal:
náuseas, vómitos, distensão abdominal saciedade precoce
Administração Intermitente – o doente é alimentado por forma contínua
durante 16 a 18 horas e faz uma pausa durante 6 a 8 horas.
Requer o uso de fórmulas industriais, geralmente administradas por
máquina infusora, que regula o débito numa velocidade constante
Administração contínua – administração por máquina infusora, geralmente de
fórmulas industriais. É o método mais comum em doentes críticos e nos que são
alimentados directamente no intestino delgado.
Evita complicações como o reflexo gastro esofágico e o síndrome de
dumping (fenómeno em que os líquidos são encaminhados para o lúmen
do intestino provocando diarreia, ou seja esvaziamento rápido)
Cuidados gerais:
Consultar o processo clínico para individualizar cuidados
Atender às preferências e privacidade do indivíduo
Manter um ambiente limpo e confortável
Sempre que possível, o doente deve estar posicionado com elevação da
cabeceira
todo o material usado (seringa de alimentação, copos, material de
protecção,…) deve ser mudado pelo menos diariamente
Vias de administração:
Veias periféricas – usam-se para administração de soluções incompletas
hipocalóricas e de menor osmolaridade.
o Quando se prevê tratamentos de curta duração
o Quando a rede venosa do doente o permite
o Cateterismo venoso, realizado pelo enfermeiro
Veias centrais (jugular, subclávia) – permite nutrição completa (em qualidade
e em maior quantidade)
o Quando o doente têm maiores necessidades nutricionais
o As veias periféricas não são adequadas
o A duração do tratamento é longa
o Cateterismo central, realizado por um cirurgião
SEPTICÉMIA
Entubação Nasogástrica
Finalidades /Indicações:
1) Descompressão gástrica – remoção de conteúdo gástrico
2) Lavagem gástrica
3) Alimentação e hidratação do doente
Terminologia da INDEPENDÊNCIA:
Descanso – estão de tranquilidade e relaxamento caracterizado por uma
diminuição da tensão emotiva
Sono – estado de alteração de consciência (selectivamente vigiante), de ocorrência
cíclica (ritmo, sono – vigília), composto de estádios distintos, ocorrendo um padrão
específico
Repouso – estado de diminuição do trabalho físico e mental que faz com que um
indivíduo se sinta revitalizado
Sonho – actividade psíquica que ocorre durante o sono
Ritmo circadiano – variação da actividade e modificação de funções num período
de 24 horas
RITMO CIRCADIANO
Ritmo sono/vigília – núcleo supraquiasmático (hipotálamo)
Duração 25 horas
Sincronização – processo de estabilização/alinhamento dos relógios biológico
pelas influências ambientais e comportamentais. A sincronização da
actividade/repouso com o relógio intrínseco biológico ou circadiano melhora a função
fisiológica e psicológica. Quando dessincronizado há necessidade de aclimatização interna,
pois o sono dessincronizado é de baixa qualidade.
Luz – principal sincronizador
Polissonograma
Principais eléctrodos:
EMG – Regista actividade eléctrica do sistema muscular
EOG – Regista movimentos oculares. Regista a corrente eléctrica produzida
pelos movimentos oculares
Estruturas do sono
NREM
ESTÁDIOS DO SONO
REM
Arquitectura do Sono
Natureza cíclica – 4/6 ciclos de sono completo
NREM (Non rapid eye movement)
o 4 fases – NREM 1, NREM2, NREM 3 e NREM 4
Ciclos do sono
Vigília
NREM 1
NREM 3 REM
NREM 4 NREM 2
NREM 3
Padrões do Sono:
Recém nascido
o Tempo total de sono – 17/18 horas (50% de sono REM)
o Ciclos REM e NREM de 50/60 minutos
3 meses – o bebé desenvolve um padrão de horas nocturnas de sono
Gravidez
o No 1º trimestre necessidade sono extra
o Ocorrem interrupções mais frequentes no sono
o Dificuldade em encontrar posição de conforto
Idade Adulta
o NREM (75%)
Estágio 1: 2 a 5% Estágio 2: 50%
Estágio 3: 12% Estágio 4: 13%
o REM (25%)
Idoso
o Sono com despertares frequentes
o Ligeira diminuição do REM e drástica diminuição do NREM
(redução fase 3 e 4)
REM diminui nos primeiros anos de vida, estabilizando na idade adulta e
velhice.
Terminologia da DEPENDÊNCIA:
Pesadelos – sonho desagradável dominado pela angústia;
Sonambulismo – deambulação durante o sono;
Ressonar – respiração ruidosa durante o sono;
Narcolepsia – impulsos de sono diurno;
Esgotamento – grande debilidade física e psicológica
Necessidade de Eliminar
Necessidade do organismo em rejeitar as substâncias inúteis e prejudiciais
resultantes do metabolismo.
Executada por:
Rim
Intestino
Pelo
Pulmão
Útero
Terminologia da INDEPENDÊNCIA:
Defecação – evacuação de matéria fecal;
Diurese – quantidade de urina eliminada/dia;
Micção – emissão de urina;
Fezes – matéria fecal eliminada pelo intestino
Suor – produto de secreção das glândulas sudoríparas;
Urina – líquido claro, transparente evacuado pela uretra.
Terminologia da DEPENDÊNCIA:
Obstipação ou prisão de ventre – fezes sólidas, pequenas, pouco frequentes
ou difíceis de serem expelidas, com a sensação de evacuação incompleta
Diarreia – evacuação de fezes líquidas e frequentes
Fecaloma – acumulação de matéria fecal por diminuição de líquidos
Flatulência – presença de gases no estômago e/ou intestino
Meteorismo – dilatação abdominal resultante dos gases contidos no intestino
Cólicas – dores provocadas por movimentos peristálticos exagerados
Incontinência – emissão involuntária de fezes, urina ou ambas
Tenesmo – sensação de defecar sem resultado
Amenorreia – ausência de menstruação
Dismenorreia – menstruação dolorosa
Menorragia – hemorragia uterina excessiva em quantidade e duração
Metrorragia – hemorragia fora do período menstrual
Retenção urinária – acumulação de urina na bexiga
Globo vesícal – distenção vesical causada por retenção urinária
Enurese – emissão involuntária/inconsciente de urina durante a noite
Nictúria – emissão de urina de noite
Anúria – ausência de urina na bexiga por défice de produção de urina nos rins
Disúria – emissão de urina difícil e dolorosa
Polaquiúria – necessidade frequente de urinar
Indicações de Algaliação
Obstrução urinária
Drenagem de urina no doente com disfunção neurologia da bexiga com
retenção urinária
Retenção urinária
Cirurgia urologia – para repouso da uretra
Medição rigorosa do fluxo ou da eliminação
Medição do volume urinário residual pós micção
Realização de exames complementares de diagnóstico (exames laboratoriais,
uretrocistografias, estudos urodinâmicos)
Administração de medicamentos directamente na bexiga ou irrigação vesical
Alterações do estado de consciência
Lesões dos tecidos na região perineal
Politraumatizados graves
Avaliação da pressão intra-abdominal
7) Duração da permanência
Complicações:
ITU
Traumatismos
Resposta inflamatória
Dor
Bloqueio do trato urinário
Hemorragia
Falsos trajectos
Remoção do cateter com balão em carga (pelo doente)
Dejecção Normal
Defecar – é o processo pelo qual as fezes são expelidas do organismo
As fezes ao entrarem no interior do recto distendem-no, pois activam os
receptores de estiramento situados na parede rectal. Impulsos nervosos são
transmitidos à medulo espinhal e às fibras nervosas das paredes do cólon,
activando o reflexo para defecar – determina a contracção do recto,
relaxamento do esfíncter interno e contracções do cólon descendente.
Ao mesmo tempo que o esfíncter externo for relaxado, as fezes serão expelidas
para o exterior do organismo. O indivíduo reconhece a necessidade mas pode
retardá-la mediatamente a contracção do esfíncter externo.
Se não houver dejecção, o reflexo acaba cessando gradualmente. Não haverá
outro reflexo até que um outro movimento de massa faça com que mais fezes
Idosos e indivíduos que têm distúrbios neuromusculares, devido à menor eficácia que
os músculos apresentam na expulsão das fezes e à deterioração da estimulação nervosa do
intestino, o que leva a um peristaltismo mais lento, ocorre obstipação.
Fecalomas:
1) Medidas gerais – intervenções para manter a independência
2) Administração de medicação – enemas, laxantes, supositórios, …
3) Remoção digital
Flatulência:
1) Medidas gerais – intervenções para manter a independência
2) Administração de medicação – antiespasmódicos
3) Inserção de sonda rectal
4) É diminuída ou aliviada:
a. Limitando a quantidade de ar deglutido;
b. Reproduzindo a formação de gás;
c. Promovendo a eliminação do ar
Diarreia:
1) Medidas gerais – intervenções para manter a independência
2) Administração de medicação – antidiarreicos
Incontinência fecal/urinária:
1) Medidas gerais – intervenções para manter a independência
2) Cuidados à pele
3) Protecção do vestuário – resguardos, fraldas
Procedimento:
1) Identificar o cliente. Consultar processo para individualizar cuidados;
2) Providenciar a preparação e transporte de material para junto do cliente;
3) Lavar as mãos;
4) Explicar o procedimento ao cliente e pedir a sua colaboração;
5) Garantir a privacidade – com biombos ou cortinas;
6) Posicionar o doente em decúbito lateral esquerdo, com a perna direita
flectida – facilitar a introdução do líquido pela acção da gravidade;
7) Colocar o resguardo sob as nádegas – proteger a roupa da cama;
8) Tapar o doente, expondo apenas a região anal;
9) Colocar a arrastadeira num local de fácil acesso;
Nota: se ocorrerem cólicas antes de fluir a maior parte do líquido, deve-se fechar o sistema
ou diminuir a altura do irrigador, de forma a reduzir ou interromper temporariamente o
fluxo. Pedir ao doente para efectuar respirações profundas. Quando as cólicas cessarem
recomeça-se a introdução da solução lentamente.
VIA COR
Oral Branco
Sub-lingual Rosa
TÓPICA Rosa
Cutânea Rosa
Oftálmica Rosa
Auricular Rosa
Nasal Rosa
Vaginal Rosa
Rectal Azul
INTRADÉRMICA Rosa
INTRAMUSCULAR Verde
SUBCUTÂNEA Amarelo
ENDOVENOSA Vermelho
Abreviaturas Significado
cc cm cúbitos
gr gramas
gt gotas
SOS sempre que necessário
Id ou id vezes por dia
comp comprimidos
caps cápsulas
amp ampolas
aq aquoso
Ui unidades internacionais
OD / OE olho direito / esquerdo
C. Sopa Colher de sopa
C. Sob. Colher de sobremesa
C. Chá Colher de chá
OM Todas as manhãs
ON Todas as noites
AC Antes das refeições
MSE /MSD Membro superior esq/dir
… …
REGISTOS:
1) data e hora da administração
2) nome do medicamento, dose, via e local de administração
3) justificação do tratamento
4) observações efectuadas
5) reacções secundárias – locais e sistémicas
Antisséptico – álcool a 70%, acima evapora muito rápido. Deixar secar, respeitar os
tempos de actuação do anti-séptico.
Constituição das seringas
MATERIAL:
Folha terapêutica ou cartão com a prescrição
Tabuleiro
Cuvete riniforme
Contentor para cortantes e perfurantes
Recipiente para sujos
Seringa, de acordo com a via
Agulha, de acordo com a via
Luvas limpas
Áreas de administração:
Particularidades:
1) Introduzir apenas o bise, este deve ser visível, mesmo por debaixo da pele –
assegurar a administração no local correcto;
2) Injectar lentamente e não aspirar
3) Está contra-indicada a massagem local após a administração do
medicamento, uma vez que pode alterar a leitura
4) Injectar lentamente formando uma pequena pápula.
Particularidades:
1) Fazer prega na pele/local de administração – prevenir a administração do
medicamento no músculo. Só se solta a prega depois da administração
2) Está contra-indicada a massagem local após a administração do
medicamento, uma vez que aumenta a velocidade de absorção.
3) Quantidade máxima – 1mL
Áreas de administração:
Deltóide – 2 ml máx. localizar 2/3 dedos
abaixo da extremidade inferior do acrómio, na
face lateral do braço.
Particularidades:
1) Aspirar antes de injectar
A Terapêutica Parentérica
Via Intravenosa / Endovenosa
Perfusões e Gotejamento
Via Intravenos
Vantagens:
– proporcionar um efeito mais rápido do que por outras vias;
– permitir a administração de maior quantidade de solução;
– é uma via alternativa
Medicamentos administrados – antibióticos, estupefacientes, anti-heméticos,
antipiréticos, tranquilizantes, soros, …
Procedimentos:
por punção directa
puncione a veia
confirme a presença da agulha na veia, aspirando suavemente pelo que
deverá haver retorno de sangue venoso
solte o garrote
administre o medicamento à velocidade adequada
fazer compressão local
aplicar penso rápido
por sistema de soro
certifique-se que o cateter está permeável na veia e que não existem
infiltrações;
feche o sistema de soro em perfusão
desinfecte, no sistema de soro, o ponto de administração e deixe secar;
puncione o sistema no local próprio
administre o medicamento à velocidade adequada observando fácies do
doente e possíveis reacções adversas
retire a agulha e seringa
desinfecte no sistema de soro, o ponto de administração
abra o soro, regulando a velocidade de perfusão
Locais Sitémicos
– deslocação do cateter – embolia gasosa
– infiltração – reacção vasovagal
– hematoma – sobrecarga circulatória
– obstrução – septissémia
– tromboflebite – reacção alérgica
– flebite
– perfuração do cateter
A injecção IV de uma solução não adequada a essa via pode ter consequências
graves ou até fatais para o doente.
As substâncias não miscíveis, não devem ser administradas pela via IV – risco
de embolia
O material utilizado não pode conter ar no interior – risco de embolia gasosa
Os solutos para perfusão devem estar à temperatura ambiente. Solutos
refrigerados podem ter mais dificuldade em flui e provocar vaso espasmo
HEMATOLOGIA
VS – velocidade de sedimentação
MATERIAL:
Tabuleiro;
Frascos adequados às análises que se pretendem realizar, devidamente
identificados;
PROCEDIMENTO:
Lavar as mãos;
Avaliar a quantidade total de sangue necessário e identificar os frascos
adequados à análise sanguínea – nome do doente, quarto e cama, serviço e
data;
Explicar o procedimento ao doente;
Escolher o local de punção e uma veia de bom calibre. Preferencialmente a
veia cefálica ou basílica, na junção de dois ramos da veia, onde o vaso é mais
estável;
Posicionar o doente em posição confortável (decúbito dorsal ou sentado) com
o membro que vai se puncionado apoiado numa superfície dura;
Colocar resguardo de protecção sob o membro a puncionar;
Colocar o garrote no terço médio do braço, cerca de 15 cm acima do local a
puncionar;
Promover a distensão da veia;
Calçar luvas de protecção;
Identificar a veia por observação e palpação;
Desinfectar a região a puncionar, respeitando o tempo de actuação
recomendado para o anti-séptico utilizado;
Proceder à punção com a agulha ou butterfly adaptada à seringa, com o biser
para cima, formando um ângulo de 30º com a pele.
Nota: pelo risco de provocarem destruição de alguns elementos sanguíneos, devem ser
evitadas medidas agressivas para promover a distensão da veia: a compressão manual ou
garrote imediatamente acima do local a puncionar, aplicação de “palmadas” sobre a veia.
MATERIAL:
Tabuleiro de inox
Máquina para avaliação da glicemia capilar
Fitas com reagente, adequadas à máquina
Canetas/lancetas para punção
Algodão ou compressas
Álcool a 70º
Luvas não esterilizadas para protecção
Contentor para cortantes e perfurantes
Saco para sujos.
PROCEDIMENTO:
1) Lavar as mãos e assegurar que o cliente também o fez
2) Explicar o procedimento
3) Posicionar o cliente numa posição confortável
4) Colocar luvas de protecção
5) Observar as polpas dos dedos e seleccionar o que lhe parece mais adequado
6) Promover o enchimento dos capilares com um posicionamento correcto (a
extremidade a puncionar deve estar num nível inferior ao tronco) e com
massagem na polpa do dedo
7) Desinfectar a polpa do dedo com álcool e deixar secar
Notas: o local de punção, deve ser rotativo. Deve evitar-se puncionar a zona central
dos dedos, região táctil muito sensível a estímulos dolorosos.
VALORES NORMAIS
Jejum – 70 - 90 mg/dl a 110mg/dl
Pós-prandeal – 70 – 135/140 mg/dl
TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO:
1) Explicar o procedimento ao cliente
2) Identificar o cliente, tipo de insulina, dose a administrar e via
3) Aspirar para a seringa as unidades de insulina prescritas de acordo com o valor
de glicémia capilar e expurgar o ar da seringa
4) Seleccionar o local a administrar (cumprir a rotação de locais
5) Posicionar o cliente conforme o local escolhido
6) Confirmar as unidades de insulina na seringa
7) Desinfectar o local com álcool e deixar secar
8) Injectar a insulina de acordo com as regras de administração subcutânea
9) Observar reacções imediatas
10) Posicionar doente confortavelmente
11) Arrumar material utilizado e descartar os perfurantes para o contentor
12) Lavar as mãos
13) Fazer os registos
14) Garantir que o individuo ingere uma refeição nos 15-30 minutos seguintes
à injecção.
CIPE
Numa profissão em que o rigor da linguagem é importante, a comunicação e a gestão
da informação assumem um papel primordial
Se na partilha de informação, a linguagem utilizada for ambígua e os termos usados
não forem perfeitamente clarificados face a um referencial (classificação), as consequências
daí resultantes podem ser graves
Diferentes classificações utilizadas em enfermagem:
NANDA – Classificação de Diagnósticos de Enfermagem
NIC – classificação de Intervenções de Enfermagem
NOC – Classificação de Resultados de Enfermagem
CIPE – Sistema de Classificação de Fenómenos, Acções e Resultados
OJECTIVOS DA CIPE/ICNP:
Estabelecer uma linguagem comum para descrever a prática de
enfermagem;
Representar conceitos utilizados na prática local, por linguagens e área da
especialidade;
Descrever os cuidados de enfermagem (universalmente)
Permitir a comparação dos dados de enfermagem
Incentivar a investigação em enfermagem
Fornecer dados da prática de enfermagem que possam influenciar a
formação em enfermagem e as políticas de saúde
Projectar tendências nas necessidades dos doentes, prestação de
tratamentos de enfermagem, utilização de recursos e resultados de cuidados
de enfermagem.
SÍNTESE:
As mudanças nos cuidados de saúde implicam uma necessidade
crescente de informação
Os enfermeiros ainda não proporcionam esta informação
Os enfermeiros necessitam da CIPE para documentar os cuidados que
prestam
A CIPE necessita incluir os DE, as IE e os ganhos em saúde sensíveis
aos cuidados de enfermagem
Diagnóstico/Fenómeno de Enfermagem
CIPE/ICNP
Acção de enfermagem: comportamento dos enfermeiros na prática
Intervenção de enfermagem – acção realizada em resposta a um Diagnóstico
de Enfermagem, tendo em vista produzir ganhos em saúde sensíveis aos
cuidados de enfermagem
FLORA
Transitória – microrganismos adquiridos por contacto directo com o meio
ambiente, contaminam a pele temporariamente.
Residente – microrganismos que vivem e se multiplicam nas camadas
profundas da pele, glândulas sebáceas e folículos pilosos. São de mais difícil
remoção e é necessária a fricção vigorosa durante a lavagem das mãos.
1. AGENTE
4. VIAS DE TRANSMISSÃO
PREVENÇÃO CONTROLO
PREVENÇÃO
Ambiente Hospedeiro
Hospitalar (Doente)
Agente
Patogénico
IACS
Visitas
Pessoal
Doente
INFECÇÃO
Endógena – auto-infecção
Exógena – infecção cruzada, contacto…
o Transmissão por contacto
o Transmissão aérea
o Transmissão por vectores
Conceitos:
Anti-sepsia – aplicação de anticépticos sobre a pele com a finalidade de
destruir microrganismos ou impedir o seu crescimento
Anticéptico – são menos tóxicos que os desinfectantes, devem ser de baixa
causticidade e hipoalergénicos. Ex. clorohexidina, álcool, iodo
Desinfecção – destruição de roedores e artrópodes (aranhas, baratas,…)
por processos físicos ou químicos
Germicida – substância ou produto capaz de destruir as formas vegetativas
e/ou esporuladas dos microrganismos
Bacteriostático – substância ou produto capaz de impedir o crescimento
dos microrganismos
Desinfectante ideal:
1) Largo espectro (antimicrobiano, bactericida)
2) Simplicidade de emprego
3) Acção rápida
4) Fácil manuseamento
5) Baixa toxicidade
6) Compatível com os objectos a desinfectar
7) Não inflamável
8) Biodegradável
ALCOOL ETILICO
CLORIHEXIDINA sabão líquido – desinfecção higiénica e cirúrgica das mãos
IODOPOVIDONA solução dérmica
ETILSULFATO DE MECETRÓNIO EM PROPANOL – desinfecção das mãos por
fricção.
O material esterilizado deve ser submetido às seguintes etapas antes da sua utilização:
Lavagem – com água e sabão
Secagem – material tem de ir para as auto-claves bem seco
Embalagem
Esterilização
Armazenamento, nas centrais de esterilização
Transporte
Armazenamento, nos serviços
Colocação da carga – deve ser colocada de modo a permitir que o vapor circule e
penetre cada uma das embalagens.
Nunca deve ocupar mais de 75% da capacidade total da câmara esterilizadora
As embalagens mais leves devem ser colocadas na parte superior
Tabuleiros metálicos, taças, devem ser colocados na vertical
GRUPO 2 – resíduos hospitalares não perigosos. São aqueles que não estão sujeitos a
tratamentos específicos, podendo ser equiparados a urbanos. Saco PRETO
Ex: material ortopédico; fraldas e resguardos descartáveis não contaminados e sem
vestígios de sangue; frascos de soros não contaminados.
Mecanismos de transmissão :