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A Usina de Tucuruí está localizada no Rio Tocantins, no município de Tucuruí, na mesorregião Sudeste do Pará, (a cerca
de 300 km ao sul de Belém), com uma capacidade geradora instalada de 8.370 MW.
Em potência instalada, Tucuruí é a segunda maior usina hidroelétrica 100% brasileira, ficando apenas atrás da usina de
Belo Monte. Seu vertedouro, com capacidade para 110.000 m³/s, é o segundo maior do mundo. A construção foi iniciada em 24 de
novembro de 1974. A primeira fase foi inaugurada nos anos 1980 e a segunda em meados de 2010 totalizando os 8.370 MW.
A UHE Tucuruí é a principal usina integrante do Subsistema Norte do Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo
responsável pelo abastecimento de grande parte das redes: da Celpa (no Pará), da Cemar (no Maranhão) e da Celtins (no Tocantins).
Em períodos de cheia no rio Tocantins, a Usina de Tucuruí também complementa a demanda do restante do país através do SIN. Um
sistema de eclusas e um canal de 5,5 km possibilita a navegação fluvial entre a montante e jusante da usina.
A barragem de Tucuruí, de terra, tem 11 km de comprimento e 78 m de altura. O desnível da água varia com a estação
entre 58 e 72 m. O reservatório tem 200 km de comprimento e 2.850 km² de área quando cheio. Quando o nível é mínimo (62 m), a
área alagada diminui em cerca de 560 km². A usina está ligada à rede nacional pela linha de transmissão entre Presidente Dutra
(Maranhão) e a Usina Hidrelétrica de Sobradinho, via Boa Esperança (Piauí).
ECLUSAS DE TUCURUÍ
Para viabilizar a navegação na Hidrovia Araguaia-Tocantins é necessária a construção de sistema de transposição do desnível
de 72 metros criado pela Hidrelétrica de Tucuruí, através da construção de duas eclusas e um canal intermediário.
Obstáculo, até então, decisivo ao desenvolvimento econômico da região, as barreiras naturais que impediam a precária
navegação pelo Rio Tocantins foram submersas pelo reservatório criado pelo barramento de Tucuruí. Foi dado o primeiro passo para
a transformação do Araguaia-Tocantins em importante hidrovia, com futura capacidade de transporte prevista para 130 milhões de
toneladas métricas por ano. As obras de infraestrutura iniciais desse sistema de transposição foram executadas, juntamente com a
construção da 1ª etapa da usina hidrelétrica.
O arranjo de transposição contém duas eclusas de grande desnível, com 210m de comprimento e 33m de largura cada
uma, tendo 36,50m de desnível máximo operacional de navegação na de montante e 35m na eclusa de jusante, situadas nas
extremidades de um canal intermediário com 5,5km de extensão e largura mínima de 140m na base, e é essencialmente formado por
um longo dique à direita no sentido de montante para jusante. Este canal permitirá manobras de comboio e tornará a operação de
uma eclusa independente da outra.
A eclusa de montante terá uma porta tipo mitra (um par de folhas) a montante e uma porta guilhotina, com contrapesos, a
jusante, com 33m de vão livre e 23,5m de altura, ambas. A eclusa de jusante terá duas portas tipo mitra, com 33m de vão livre e
altura de 7,50m e 42m, respectivamente a montante e jusante.
Pelo contrário: as duas eclusas vão tornar proibitiva a navegação nesse trecho para as pequenas embarcações, que fazem o
transporte no baixo Tocantins. Para poder ter acesso aos elevadores hidráulicos e ao canal de concreto, com 5,5 quilômetros de
extensão (percurso que será feito em uma hora), a embarcação precisará contar com defensas para se proteger das muralhas laterais
das câmaras, que têm 140 metros de extensão.
Terão que dispor ainda de cabos de amarração para ficarem engatadas aos cabeçotes flutuantes e rádio do tipo VHF,
necessário para a comunicação com o operador da eclusa. Só farão a eclusagem as embarcações legalizadas junto à autoridade
marítima e cujo condutor seja aquaviário, devidamente legalizado.
A esmagadora maioria das embarcações em operação na região não atende a essas exigências e nem possui condições para
preenchê-las, por seu custo, proibitivo para esse tipo de negócio. As providências são necessárias para proteger tanto as embarcações
que atravessarem o sistema de transposição como as instalações das eclusas.
O problema é que ninguém pensou na navegação local, nem no habitante nativo da área sob a influência da barragem, que é
visto apenas como elemento decorativo da paisagem. O objetivo é atender grandes e poderosos clientes, como os mineradores e os
produtores de grãos.
Hidrelétrica de Tucuruí recebe autorização para operar eclusas A Agência Nacional de Águas (ANA) concedeu nesta sexta-feira a
outorga para direito de uso da água para a operação das eclusas da usina hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins (PA), na divisa dos
municípios de Tucuruí e Breu Branco. A autorização foi publicada no “Diário Oficial da União”. BRASÍLIA – A Agência de Águas
(ANA) concedeu nesta sexta-feira a outorga para direito de uso
da água para a operação das eclusas da usina hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins (PA), na divisa dos municípios de Tucuruí e
Breu Branco. A autorização foi publicada no “Diário Oficial da União”.
As eclusas, inauguradas em novembro de 2010, foram construídas para permitir a navegabilidade pelo rio após a construção
da barragem da hidrelétrica, que criou um desnível de 72 metros. As duas eclusas são interligadas por um canal intermediário com 5,5
quilômetros de extensão e 140 metros de largura.
As estruturas são as primeiras da hidrovia Araguaia-Tocantins. A obra permite a navegação entre o Centro-Oeste e o
Norte do país e deverá ser utilizada como rota de escoamento de grãos e minérios.
De acordo com a ANA, as eclusas de Tucuruí são as maiores do país, com capacidade para 32 operações por dia.
Valor Online — publicado 19/08/2011 última modificação 15/03/2019
A obra de derrocamento do Pedral do Lourenço, licitada em 2016 no valor de 520 milhões , e que permitirá a navegabilidade
do Rio Tocantins, está prevista para iniciar no final de 2020. A informação foi dada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT), durante 11º Seminário Internacional de Transporte e Desenvolvimento Hidroviário Interior, realizado nesta terça-
feira (22), em Brasília. O valor do contrato para a realização da obra é de R$ 656 milhões, a ser executado pelo consórcio DTA O’
Martins. Atualmente o empreendimento está entrando na fase do projeto executivo de engenharia e da finalização dos estudos
ambientais. A obtenção do licenciamento prévio concedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) deve sair no primeiro semestre do próximo ano.
Fonte 23/10/2019: https://www.portosenavios.com.br/noticias/navegacao-e-marinha/derrocamento-do-pedral-de-lourenco-deve-comecar-em-2020-preve-dnit
O reservatório da usina tem uma área de 478 km². Seu custo foi estimado pelo Consórcio Norte Energia em 26 bilhões de reais.
O contrato de concessão foi assinado em agosto de 2010 e as obras iniciaram em fevereiro de 2011. O início de operação da primeira
turbina ocorreu em abril de 2016 e somente em novembro de 2019, foi acionada a última turbina da usina, dando início à plena
operação do empreendimento que pode atender até 60 milhões de consumidores de 17 estados, ao final das obras, Belo Monte havia
exigido cerca de R$ 40 bilhões de reais em investimentos públicos e privados.
Desde seu início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e internacionais, de algumas
comunidades indígenas locais e de membros da Igreja Católica. Essa oposição levou a sucessivas reduções do escopo do projeto, que
originalmente previa outras barragens rio acima e uma área alagada total muito maior. Em 2008, o CNPE decidiu que Belo Monte
seria a única usina hidrelétrica do Rio Xingu.
A FAMOSA VOLTA GRANDE DO RIO XINGU E AS TERRAS INDIGENAS
IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS
A construção de grandes hidrelétricas na Amazônia tem sido apresentada como indispensável para garantir o crescimento do
país. No entanto, exemplos recentes de instalação dessas usinas na maior floresta tropical do mundo estão mostrando que, na
realidade, elas não passam de uma falsa solução – e estão longe de ser limpas ou sustentáveis.
Inundação de áreas imensas com sérios impactos ambientais, atropelamento de direitos humanos, impactos profundos na
biodiversidade e nas comunidades tradicionais, migrações e crescimento urbano desordenado, denúncias de superfaturamento, etc.
São alguns exemplos que têm caracterizado a construção de hidrelétricas na região. Além de todos esses problemas, as usinas
instaladas em áreas de floresta tropical emitem quantidades consideráveis de gases de efeito estufa – dióxido de carbono e metano –
como resultado da degradação da vegetação alagada e do solo. Com todos esses impactos na balança, é impossível classificar as
hidrelétricas como energia limpa, a geração é considerada limpa, mas a obra como um todo é geradora de impactos sociais e
ambientais.