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Belo Horizonte
2021
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José Euclides Queiroz Ferreira
Belo Horizonte
2021
2
RESUMO
ABSTRACT
The Compact City as a concept in the search for a rational, sustainable, humanistic and inclusive
city through the reconfiguration of consolidated cities and the redefinition of uses, the
requalification of urban spaces under the influence of a spontaneous and cultural dynamism in
the ideal use of urban voids and of the production of spaces in territorial expansion. The vision
of an effective public policy with a communication mechanism that can give voice to social
movements in the struggle for the appropriation of urban spaces with criteria that generate urban
sustainability, where neighborhood units (communities) through the consolidation of
neighborhood centers with a diversity of offers in services and uses scaled by a housing density
integrated with infrastructure together with the sustainable appropriation of nature by the space
generated in a healthy way and where the connectivity between communities takes place
through sustainability corridors. Communication to curb urban dispossession generated by a
neoliberal policy to produce urban space.
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APRESENTAÇÃO
Este documento de pesquisa, foi elaborado pelo Aluno José Euclides Queiroz Ferreira,
Arquiteto e Urbanista, em atendimento as exigências da disciplina de Espaço Urbano Regional
e Direto Ambiental do ministrada pela Professora Lucia Karine de Almeida do Curso de Pós-
Graduação, Planejamento Ambiental Urbano e Produção Social do Espaço da PUC, Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................6
TEMA .......................................................................................................................................................6
PROBLEMA ........................................................................................................................................6
HIPÓTESES .........................................................................................................................................9
JUSTIFICATIVA ...............................................................................................................................12
METODOLOGIA...................................................................................................................................17
................................................................................................................................................................18
................................................................................................................................................................18
CRONOGRAMA ...................................................................................................................................19
CONSIDERAÇÕES ...............................................................................................................................19
REFERENCIAS .....................................................................................................................................20
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INTRODUÇÃO
TEMA
A transformação das cidades brasileiras em cidades compactas e
sustentáveis, parametrização e diretrizes.
PROBLEMA
O Surgimento das cidades brasileiras em sua história sempre foi ligadas aos
cursos d`água e aos meios de transporte e de sustentação econômica, onde a mobilidade se dava
entre rios, estradas de ferro, de terra ou pavimentadas, onde ali sempre surgiram as cidades
brasileiras através das relações sociais, econômicas e culturais, assim como no mundo, os
aglomerados urbanos se originavam em entrepostos comerciais e igrejas, em sedes de fazendas
ou possessórios, ou no caso do Brasil algumas foram geradas nas capitanias hereditárias sempre
levando em consideração tais princípios de ordenamento territorial.
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Tabela 1- fases do urbanismo brasileiro, baseado no trabalho de Flavio Vilaça
2a fase Planos de conjunto Abordam aspectos do • Diretrizes validas para todo território urbano
ambiente urbano municipal;
1930 - através de legislação • Zoneamento;
1965 urbanísticas, habitação • Uso e Ocupação do Solo
e ordenamento • Articulação dos Bairros com o centro através de
territorial sistemas de transportes;
3ª fase Plano de Planos complexos que • Aspectos sociais distantes dos interesses da classe
1965 - desenvolvimento levam em conta o dominante (abuso do poder econômico);
1971 integrado território, aspectos • Dificuldade nos processos de aprovação;
econômicos e sociais. • Abordam com maior ênfase as questões
metropolitanas em detrimento das municipais;
4ª fase Plano sem Mapas Devido ao poder • Os diagnósticos técnicos são abolidos;
1971 - econômico vigente • As medidas propostas são superficiais baseados
1992 ligado as questões de em diretrizes e objetivos gerais;
um período em que o • A simplificação dos planos para meras cartas de
país vive um regime de intenções abre espaço para a corrupção urbana;
exceção e • Experiências neoliberais de políticas urbanas com
antidemocrático que o crescimento voltado para o mercado e para o
buscam ocultar os atendimento das necessidades e práticas de
conflitos de interesse consumo das elites;
em relação aos espaços • a ordem e o controle de populações excluídas.
urbanos.
5ª fase Constituição de Redemocratização do • Plano Diretores como instrumento de política
1992 - 1988 e Estatuto das país o planejamento publica para desenvolvimento e expansão urbana e
1988 / Cidades urbano passa a ser visto rural;
como um processo • Direito a cidade sustentável é obrigação de Estado;
2001 político e de • Objetivo construção de territórios que promovam
participação social justiça social com desenvolvimento econômico
(econômica circular) com preservação ambiental;
• Gerar ambientes urbanos eficiente, inclusivos e
sustentável.
O Estatuto das Cidades é um instrumento que defende não só uma discussão ampla sobre
o tema, mas indutora para que os Planos Diretores sejam elaborados como ferramenta de
políticas públicas, mas cabe aos arquitetos e urbanistas quanto ao seu livre exercício da função
e todos aqueles que fazem a cidade buscar as engrenagens que produzam a forma da imagem
urbana que sigam os “princípios de sustentabilidade socioambiental contribuindo para a boa
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qualidade das cidades defendendo à promoção da justiça e inclusão social das cidades através
de soluções dos conflitos, à moradia, à mobilidade, à paisagem, ao ambiente sadio, etc.”
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habitacionais, gerando pouca arrecadação, muito gasto publico e pouca efetividade no quesito
de oferta de serviços e proporcionar qualidade de vida a população.
O PAPEL DO ESTADO
Temos que ter em mente que segundo a Carta Mundial, “o Direito à Cidade
é um direito coletivo de todas as pessoas que moram na cidade, a seu usufruto equitativo
dentro dos princípios de sustentabilidade, democracia, equidade e justiça social”. Assim como
os outros direitos humanos, este é um direito interdependente. Mas são correlatos, pois a
cidade não pode negar os Princípio da inviolabilidade da pessoa, “não se pode impor
sacrifícios a um indivíduo em razão de que tais sacrifícios resultarão em benefício a outra
pessoa”. O papel do Estado dentro do contexto constitucional é de equilibrar as relações
interpessoais entre as classes sociais para assim garantir direitos e deveres para todos e produzir
uma cidade equilibrada, sustentável e inclusiva.
HIPÓTESES
A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho será de caráter teórico e
exploratório, que, segundo Gil (2008), tem o objetivo de proporcionar maior familiaridade com
o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Tendo sido
desenvolvida essa metodologia, esta pesquisa pode ser classificada como pesquisa
bibliográfica, descritiva e explicativa de estudos de casos. No que diz respeito ao aspecto
técnico e profissional, esta pesquisa sobre conceitos de bairros sustentáveis, quadra aberta e
corredores de sustentabilidade e seu enquadramento nos estudos de casos pesquisados podem
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ser utilizadas como uma experiência que teve êxito e, dessa forma, a replicação destes conceitos
em nossa realidade em projetos em desenvolvimento e se estes podem ser aplicados a outros
centros urbanos.
Assim o projeto da cidade sustentável e compacta deve estar estruturada sobre conceitos
de harmonia e tecnologia expressos por seis elementos básicos:
1- Uso do solo – Planejada, por meio do desenvolvimento orientado ao trânsito, para ser
uma cidade compacta e oferecer serviços e empregos próximos, em âmbito local, e garantindo
centros comerciais contíguos às residências;
3- Vegetação e água – Os Rios, sua rede de macrodrenagem nas cidades adotada como
núcleo ambiental urbano, composto por cursos de água em processo de recuperação e mata
ciliar. Sua conexão com demais canais e outras faixas de vegetação associadas à implantação
de equipamentos de lazer pretende criar uma costa ambientalmente saudável e atraente à
população.
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OBJETIVO GERAL
O objetivo geral é o de analisar o planejamento urbano atual, gerar parâmetros para
diretrizes com ênfase na Cidade Compacta e sustentável no contexto brasileiro para a geração
de centros de bairros ou ocupação de vazios urbanos com diversidade de ofertas em serviços e
usos dimensionados por uma densidade habitacional integrada a infraestrutura conjuntamente
com a apropriação sustentável da natureza pelo espaço gerado de forma saudável e onde a
conectividade entre as comunidades se dará através de corredores de sustentabilidades baseando
mobilidade e acessibilidade e principalmente na integração e inclusão de indivíduos levando.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
Os específicos são as intervenções que podem agir isoladamente ou se integrarem para
modificar o espaço sob os aspectos da psicologia ambiental, onde se poderá propor (objetivos
específicos):
A- Estudar e propor parâmetros para novas diretrizes que visem gerar novas áreas de
centralidades em espaços urbanos expandidos não consolidados em cidades de médio
porte, e em zonas de conurbação nas metrópoles.
B- Estudar e propor parâmetros para novas diretrizes para a ocupação sustentável dos
grandes vazios urbanos com espaços multifuncionais em zonas já consolidadas, em
recuperação de áreas degradadas ou decadentes para a renovação urbana, e
espaços multifuncionais em zonas de conurbação nas metrópoles, definindo planos
urbanísticos específicos, baseando suas diretrizes nos quatro pilares considerados
atualmente sustentáveis para uma vida ativa, saúde, educação e aprendizado
continuado, participação social, proteção e segurança, onde se propicie a renovação
do tecido urbano e a integração do entorno.
C- Estudar e propor parâmetros para novos caminhos ou requalificação dos já existentes
dentro do conceito de corredores de sustentabilidade através de vetores de
permeabilidade física e visual valorizando o pedestre e a escala humana nos
trajetos junto aos maciços edificados e em trajetos interbairros.
D- Propor alternativas ao padrão hoje dominante de ocupação.
E- Propor parâmetros e meios de verificação para equilibrar área construída e espaços
livres/áreas verdes do conjunto, entre a verticalização e a horizontalidade.
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JUSTIFICATIVA
A justificativa no âmbito acadêmico/científico é a de oportunizar o desenvolvimento
de outros estudos e projetos que serão elaborados a partir desta pesquisa. Assim, pode ser
utilizado para ampliar novas pesquisas relacionadas ao planejamento urbano, a sustentabilidade
urbana e à mobilidade como um todo. Onde altos índices de adensamento e a sustentabilidade
são enfoques necessários ao urbanismo contemporâneo
O Resultado esperado: definir parâmetros para gerar diretrizes onde possa se criar,
implantar e desenvolver uma cidade sustentável, ecologicamente amigável, socialmente
harmônica e eficiente no uso de recursos, por meio do desenvolvimento de infraestrutura,
residências, indústrias e comércio.
O REFERENCIAL TEÓRICO
Como já foi dito anteriormente usaremos como referencial teórico aquilo que esteja
alinhado e enquadrado em questões voltadas aos aspectos da Psicologia ambiental que
estimulem os canais sensoriais do usuário alvo gerando nele interação entre os espaços, ligando-
o com o ambiente onde ali todas suas necessidades, expectativas e desejos humanos sejam
atendidos lhe dando qualidade de vida e sentimento que ele está incluso na comunidade e nos
espaços gerados. Ao longo da história do urbanismo, vários foram os tipos de Desenho Urbano
desenvolvidos pelos arquitetos. Com a evolução das cidades surgiram novos desafios que
deveriam ser vencidos e previstos. Desde a quadra da cidade tradicional até os dias atuais, as
mudanças no formato da tipologia das quadras são marcantes.
Figura 1: Linha do tempo de diversos tipos de planos de quadra ao longo da história do urbanismo, montagem
da autora. Fonte: FIGUEROA, Mário. Arquitextos, Vitruvius website.
A
Quadra Aberta alia conceitos antigos - alinhamento no paramento - a conceitos modernos -
permeabilidade interna nas quadras. Define as ruas de forma clara, sem esquecer a pluralidade
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de formas e de usos. Ainda tem como parâmetros: preocupação com a escala, proporcionalidade
e viabilidade financeira. Os autores mais utilizados para o referencial teórico são: Jane Jacobs
(2001), Bentley (2005), Del Rio (2001) e Gehl (2013), que em síntese e sob a perspectiva de
cada um, abordam conceitos do desenho urbano contemporâneo onde dividiremos as pesquisas
teórica em duas partes, a primeira seria o desenho urbano e a percepção do espaço do ponto de
vista do usuário e a outra seria a percepção do espaço sobre o ponto de vista da escala humana.
Do ponto de vista geral dos teóricos as cidades foram desumanizadas ao longo de sua existência
pelo modo como são usadas e agravasse ainda mais pela era do petróleo e o avanço tecnológico,
assim a preocupação com o ser social independente de sua faixa etária foi colocado como
irrelevante.
JANE JACOBS (1961), BENTLEY (1985), DEL RIO (2001) E GEHL (2013)
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estrutura física haja espaços públicos com variedade, estética e com a oferta de usos e atividades
instaladas, como meio de atrair públicos diferentes em horários distintos na busca de estimular
a interpretação dos significados dos espaços onde se propõem buscar adequabilidade visual do
lugar integrando o espaço gerado com o existente no entorno.
Complementa-se o conceito de desenho urbano de Bentley com Del Rio para ele o novo
desenho urbano que busque a revitalização urbana das cidades com inclusão social e deve ser
projetado levando em consideração: “o ambiente influencia nosso comportamento e gera
esquemas territoriais nos usuários (consciente e inconscientes); a intensidade e a forma de uso
são proporcionais à qualidade do espaço e seus elementos”. (DELRIO, 1990, pg.97).
Para Vicente Del Rio o projeto urbano ideal deveria responder a três grupos básicos de
satisfação do usuário: visual, funcional e comportamental. onde a circulação viária é um dos
elementos mais importante para a estruturação da imagem urbana, um dos fatores básicos na
democratização da cidade, e a acessibilidade e estacionamento devem ser entendidos como
vitais para a animação e a sobrevivência social e econômica de uma área, em soluções
conciliadoras com os espaços livres que tem função importante no urbano quanto aos aspectos,
social (encontros), cultural (eventos), funcional (circulação) ou higiênica (mental ou física).
Mas como buscar tais situações sem levar em conta a escala humana? Como devemos
ver o problema das cidades hoje? Segundo Jan Gehl em seu livro “Cidade para Pessoas” o
urbanista e arquiteto deve assumir sua responsabilidade por ter negligenciado nos últimos 50
anos a dimensão humana no planejamento urbano e na exploração dos vazios entre os edifícios
a nível da rua o que ele chama de “ground floor” - o térreo, o nível da rua sendo assim pensado
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na escala humana nos edifícios e nos espaços abertos que tenha como referência a pessoa que
caminha e não para quem passa dentro de um carro. É uma questão de tamanho e densidade.
"A cidade é das pessoas, para que possam andar, sentar, praticar esportes ou ir de bicicleta ao trabalho".
"estamos muito obcecados com a mobilidade e perdemos a capacidade de fazer bairros onde é um prazer crescer
e envelhecer". Jan Gehl
Sendo assim Jan Gehl defende que as condições ideais para o pedestrianismo que levem
a considerar a segurança quanto ao transito, que exista a polifuncionalidade de uso para o espaço
gerado onde o indivíduo venha a sentir segurança quando ali transitar a qualquer hora do dia e
da noite com boa iluminação, onde o caminho por onde o pedestre passe seja livre de
experiências sensoriais desagradáveis, causadas por vento, chuva, calor/frio, poluição, ruído,
poeira, ou seja tenha proteção para isto, que pode ser alcançada até mesmo pelo posicionamento
correto dos edifícios na quadra em função das condições ideais de conforto ambiental. Mas não
fica só nisto, os caminhos devem ter espaço suficiente e sem obstáculos, boas superfícies,
acessibilidade para todos e fachadas interessantes, que ofereçam um visual agradável, tais
caminhos devem ser apoiados por espaços de permanência atraentes para sentar e que possa
ofertar e aproveitar os aspectos positivos do clima: sol/sombra, calor/frescor, brisas e que haja
nos espaços locais jogar e se exercitar: convite à criatividade e a atividades físicas, a toda hora
e em todas as estações.
Quer Ghel, quer Bentley, quer Del Rio ou qualquer outro teórico nenhum é mais
desafiador e traz uma Leitura sobre a cidade e a humanização dos espaços como a jornalista
Jane Jacobs (2001) no seu livro Morte e Vida das Grandes Cidades a autora trata dos vários
aspectos que transformaram a cidade em um ambiente sem vida, meramente artificial e
funcional como uma engrenagem, ela desafia os arquitetos e urbanistas a pensarem do ponto de
vista do usuário e como pesquisadora ela vai mais além, para ela a cidade é orgânica e para ser
uma cidade boa de viver as ruas devem ser vibrantes, os prédios devem ter fachadas ativas,
bairros com quadras de uso mistos e mais densos assim o pedestrianismo é favorecido e o
conceito de comunidade fortalecido, logo a autogestão regularia o dinamismo de transformação
dos espaços urbanos gerados neutralizando as barreiras que geram as zonas de fronteiras através
da permeabilidade garantida pela mobilidade humana tendo na calçada seu instrumento mais
importante e assim garantir a segurança pública com a presença de gente na rua e a diversidade
de usos.
Mas para isto ela desafia aos profissionais da área a repensar pois do ponto de vista de
Jacobs, “é um crime contra a cidade trabalhar o lote como definidor da configuração do espaço,
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devendo ser a quadra o elemento mínimo que os urbanistas devem estudar e desenvolver.”
Demonstra soluções denominadas como “Geradores de Diversidade”, nas quais contribuíram
para este trabalho e suas diretrizes: 1 - “Olhos da rua” - Funções que gerem presença de pessoas
em horários diferentes e em alta concentração; 2 - Quadras curtas - Valorização de esquinas e
percursos através do aumento de caminhos.
RICHARD ROGERS
A obra Cidades para um Pequeno Planeta de Richard Rogers, composta por cinco
capítulos – A Cultura das Cidades, Cidades Sustentáveis, Arquitetura Sustentável, Londres: a
Cidade Humanista e Cidades para um Pequeno Planeta foi reorganizada por assuntos relativos
às cidades e suas evidências de deterioração, espaços coletivos, monofuncionalidade e
multifuncionalidade dos espaços urbanos e dos edifícios, participação da sociedade nas tomadas
de decisão sobre as questões urbanas, e as cidades compactas.
Para Rogers, o processo de expansão das cidades não se preocupa com a fragilidade do
ecossistema, o enfoque da geração do espaço na sociedade atual o crescimento das cidades e da
economia é meramente quantitativo negligenciando aspectos relacionados à qualidade,
especialmente à qualidade social, predominância do acúmulo global de riqueza, do grau de
pobreza e aumento da população pobre.
O domínio público das cidades, os espaços públicos entre edifícios, nas últimas décadas,
têm sido negligenciados. O uso das ruas para “brincadeiras e encontros” é substituído por
estacionamento e congestionamento de veículos, afetando diretamente o nível de interação
social da comunidade. Esse negligenciamento do espaço público é confirmado pelo fato de que
a maior parte dos parques públicos, praças e ruas sejam legados de séculos anteriores. Os
edifícios são geralmente projetados como elementos isolados sem considerar o seu entorno.
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atividades diversas que se sobrepõem em um mesmo espaço ao mesmo tempo, tornando-o
funcional. É, portanto, uma cidade com harmonia social “livre que favorece os contatos
pessoais em espaços coletivos com significado; uma cidade bela e conectada com a arte, e
ainda possível de ser reconstruída”, ativando as noções mentais de espacialidade.
“O conceito de cidade sustentável reconhece que a cidade precisa atender aos nossos objetivos sociais,
ambientais, políticos e culturais, bem como aos objetivos econômicos e físicos. É um organismo dinâmico tão
complexo quanto à própria sociedade e suficientemente ágil para reagir rapidamente às suas mudanças”. Pág.
167, Livro Cidade para um pequeno planeta de Richard Rogers.
METODOLOGIA
Através de uma pesquisa com metodologia teórico-exploratória–experimentação onde
o referencial teórico irá apresentar pontos em comum com foco na pesquisa para assim poder
definir vetores para plano urbanos, seu desenho urbano ou redesenho, através de estudos de
casos que busquem de maneira duradoura e humanista, Plano Urbano criado pelo engenheiro e
urbanista Ildefonso Cerdà em 1859 para a cidade de Barcelona, ou levando em conta os aspectos
geopolíticos de comunidade e de espaços sustentáveis gerados na cidade de Tianjin na China.
A experimentação se dará no desenvolvimento de projetos realizados na Cidade de Caruaru por
nosso escritório, diagnostica e propor intervenções numa cidade de médio porte, tendo como
cenário a Cidade de Caruaru-PE com seu Plano Diretor existente para proposição de parâmetros
para diretrizes de planejamento estratégico, instrumentos de avaliação e controle para a
implantação, replicação e implementação destes conceitos através de mecanismos/meios de
comunicação para a educação dos movimentos sociais.
Figura 2 - Prerrogativas projetuais, condicionantes a serem pesquisados nos estudos de caso e estratégias.
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CRONOGRAMA
Este trabalho será realizado durante a execução do curso com o detalhamento do cronograma
de acordo com a orientação dos professores(as), sendo apresentado como trabalho de conclusão.
CONSIDERAÇÕES
A sociedade envelhece bem e a cidade se renova com ela por ser um organismo vivo e
dinâmico, em um cenário pandêmico a questão urbana se torna crucial e elaborar planos e
projetos duradouros e de fácil intervenção quando da necessidade de sua requalificação. Todos
os teóricos e estudos de caso apontam para a Cidade Compacta, Sustentabilidade Urbana,
devem buscar um definidor da configuração do espaço, pode este ser uma configuração de
quadra aberta, edificações multifuncional, corredores de sustentabilidade, devendo estes
elementos o mínimo que devem estudar para desenvolver um bairro sustentável ou requalificar
espaços vazios em áreas já consolidadas, através de gerar novas centralidades que impactem
nas zonas urbanas consolidadas onde se busca ofertar todos os serviços dentro de um raio de
distanciamento que venha a integração do espaço com sua vizinhança gerando fachadas ativas,
conciliando a circulação com outros usos tradicionais da via pública como passagem de
pedestres, local para passeios, encontros, Bares-Cafés de calçadas, comércio, etc.
Um novo conceito urbanístico é o que irá trazer no fluxo de pedestres e novos usos ao
interior da quadra com percursos variados que permitem que as edificações possam interagir
entre si gerando mobilidade ativa ou um conjunto de quadras que venham a se conectar de
maneira integrada e sustentável formando uma comunidade, formando um bairro ou
impactando positivamente em espaços urbanos já consolidados para a sua transformação,
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ofertando equipamentos de lazer e apoio, áreas verdes e vida ativa assim se garante aquilo que
é necessário através de seus quatro pilares saúde, educação e aprendizado continuado,
participação social e proteção e segurança.
REFERENCIAS
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Urbanístico Área Residencial de Pequim. 2003.
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BENTLEY, Ian, et al. Responsive environment. A manual for designers. Great Britain. MPG Books Ltd, 2005.
DEL RIO, Vicente. Introdução ao desenho urbano no processo de planejamento. São Paulo: PINI, 1990.
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Salvaterra – Porto Alegre: Bookman, 2013.
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https://www.brainlatam.com/blog/biofilia-e-neuroarquitetura-fazendo-a-conexao-da-natureza-com-o-nosso-
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https://wribrasil.org.br/pt/blog/2018/09/cidade-compacta-cidade-dispersa-entenda-o-que-e-forma-urbana
https://docplayer.com.br/16251749-A-mobilidade-e-a-teoria-da-cidade-compacta.html
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https://www.archdaily.com.br/br/798773/cidades-compactas-e-o-dificil-equilibrio-entre-densidade-e-
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https://www.academia.edu/883514/Redefinição_da_centralidade_em_cidades_médias
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