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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE – CURSO DE ECONOMIA


HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL I – 2021.1 (MINISTRADA EM 2021)
1º EXERCÍCIO ESCOLAR – 19/11/2021
PROFESSOR GLAUDIONOR BARBOSA
DISCENTE: ERICLYS RENNAN NASCIMENTO SILVA

Orientações sobre o 1º Exercício da disciplina História Econômica Geral I – 2020.1


ministrada em 2021

RESOLVO:
(a) Definir entrega do terceiro exercício escolar (1EE) para a data de 19/11 até às 12:00
horas (meio-dia), no horário nacional do Brasil;
(b) especificações: Arial, Fonte 12 e 1,5 entrelinhas;
(c) arquivo tipo word anexado via e-mail disponibilizado;
(d) No corpo da prova e no caderno de resenhas no lugar devido deve constar o nome
completo do (da) discente em caixa alta (Maiúsculas);
(e) identificação do arquivo:
NomeSobrenomes.HEG.1EE
Exemplo:
GlaudionorGomesBarbosa. HEG.1EE
(f) Não serão aceitos arquivos que desobedeçam às orientações acima.
(g) A RESPOSTA DESTA PROVA DEVE SER FEITA NO MESMO ARQUIVO QUE
VOCÊS ESTÃO RECEBENDO

Atenciosamente
Professor Glaudionor Barbosa

1ª Questão: Em relação a Cliometria ou nova história econômica, e seu modelo


contrafactual é correto afirmar que:
(a) Como já assinalamos, o livro de Fogel Railroads and American Economic Growth:
Essays in Econometric History, publicado em 1964, causou uma enxurrada de críticas no
meio acadêmico norte-americano por apresentar conclusões contrárias à visão
longamente estabelecida pela historiografia tradicional.

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(b) A ideia central do livro é mensurar a magnitude do crescimento econômico dos
Estados Unidos, ao final do século XIX, caso não houvesse existido o transporte
ferroviário. Fogel constrói um contrafactual a partir de hipóteses testáveis
quantitativamente. Suas conclusões, comprovadas empiricamente por meio de testes
econométricos, mostraram que o impacto total do setor ferroviário no produto nacional
norte-americano em 1890 foi de 0,7%.
(c) De fato, há teste de significância que nada garante que a testabilidade do modelo
contrafactual seja feita de modo preciso e rigoroso, isto é, confiável. Porém, as
circunstâncias e as hipóteses sob as quais ele é construído podem e devem ser avaliadas
quanto às suas validades teóricas e aos seus significados epistemológicos.
(d) A prova contrafactual de Fogel baseia-se numa simulação em que o montante de
carga dos gêneros agrícolas que fora movimentado pelas linhas férreas passaria a ser
transportado por outros meios alternativos, como as rotas fluviais (os canais) e as
estradas carroçáveis, nas mesmas quantidades e distâncias e é irrefutável.
(e) Atualmente, admite-se, com menos relutância do que em épocas anteriores, a
importância dos dados quantitativos para o campo de investigação da história econômica.
O corrente debate relaciona-se à validade e à utilidade de determinados recursos e
conjuntos de dados estatísticos, além do desafio de se encontrar o critério mais adequado
para a mensuração de um aspecto específico. Além disso, alguns historiadores opõem-se
mais frequentemente às formalizações matemáticas do que à quantificação propriamente
dita.

2ª Questão: A origem do capitalismo remonta a um longo processo de transformações


sociais iniciado em fins da Idade Média, principalmente com a expansão comercial
marítima e o renascimento urbano, que passou a ser hegemônico na Europa Ocidental
apenas em fins do século XVIII e início do XIX. Sobre as características do
desenvolvimento capitalista neste período, indique qual das alternativas sobre o tema,
expostas abaixo, está incorreta.

(a) A burguesia medieval implantou uma nova configuração à economia europeia, na qual
a busca pelo lucro e a circulação de bens a serem comercializados em diferentes regiões
ganharam maior espaço.

(b) A prática comercial experimentada imprimiu uma nova lógica econômica em que o
comerciante substituiu o valor de uso das mercadorias pelo seu valor de troca.

(c) Além de possibilitar uma impressionante acumulação de riquezas, o capitalismo


mercantil criou uma economia de aspecto monopolista, na qual as potências econômicas
se recusavam a realizar acordos, implantavam tarifas e promoviam guerras com o objetivo
de manter seus domínios comerciais.

(d) Nos séculos finais da Idade Média houve uma transformação no caráter
autossuficiente das propriedades feudais, em que as terras começaram a ser arrendadas
e a mão de obra começou a ser remunerada com um salário.

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(e) A experiência da Revolução Industrial imprimiu um novo ritmo de progresso
tecnológico e integração da economia em que percebemos as feições mais próximas da
economia experimentada no mundo contemporâneo.

3ª Questão: Max Weber alinhava-se à visão de Marx em relação ao tratamento do


desenvolvimento do capitalismo no mundo moderno e às investigações sobre os sistemas
anteriores de produção e as lógicas de relações sociais que se estabeleciam em volta
deles. Entretanto, Weber discordava de Marx em alguns pontos cruciais. Quais são eles?

a) Enquanto Marx acreditava que a religião era o ópio do povo, Weber era um religioso
convicto.

b) Enquanto Weber elaborou seus trabalhos sob a perspectiva do materialismo histórico,


Marx foi lembrado por sua ampla análise sobre o papel cultural das religiões.

c) Enquanto Marx construiu sua teoria sob a perspectiva do materialismo histórico, Weber
foi lembrado por sua ampla análise sobre o papel cultural das religiões.

d) Marx e Weber não discordaram em nenhum ponto de suas teorias.

e) Marx e Weber discordaram em todos os pontos de suas teorias.

4ª Questão: Em célebre artigo publicado em 1958 (História e Ciências Sociais: a longa


duração), Fernand Braudel expôs sua proposta de classificação das temporalidades
históricas, agrupando-as em tempos de curta, média e longa duração. Sobre as
temporalidades braudelianas é INCORRETO afirmar que:

a) os ciclos econômicos são fenômenos conjunturais.

b) os fatos políticos correspondem ao tempo de longa duração.

c) as relações do homem com o meio geográfico transcorrem na dimensão da longa


duração.

d) as diferentes dimensões do tempo mantêm entre si relações convergentes.

e) os fatos singulares e individuais são de curta duração.

5ª Questão: Assinale a alternativa incorreta

a) Assim, na Europa ocidental predominou a renda trabalho, sob a forma de prestação


direta de serviços na propriedade de um senhor, pelo menos em alguns séculos1 (como
também na Europa oriental depois da "segunda servidão"); todavia, mais para o Leste, na
Ásia, parece-me ter predominado uma forma tributária de exação.

b) Dobb negava qualquer papel ao comércio na dissolução do feudalismo

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c) Dobb define o período de transição que se estende dos séculos XIV ao XVI como
feudal (o Estado Absolutista era feudal), mas num estágio avançado de desintegração,
quando as relações capitalistas ainda eram incapazes de se tornar dominantes.

d) No centro do argumento de Dobb está a servidão como característica fundante e


mantenedora do Modo de Produção Feudal

(e) Dobb argumentava por um papel apenas complementar ao comércio na dissolução do


feudalismo

Considerando todas as respostas qual a resposta final (ou conjunto de respostas) correta

[1] (e); (b); (c); (d); (d)

[2] (e); (c); (d); (b); (b)

[3] (e); (c); (c); (b); (e)

[4] (e); (c); (c); (b); (b) X

[5] (c); (c); (b); (c); (e)

Agora faça uma dissertação em torno de 50 linhas explicando seu entendimento


final do que foi apresentado.

BOA SORTE

"O capitalismo nunca morrerá de morte natural" (Walter Benjamin)

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RESPOSTAS
4 – E; C; C; B; B

A cliometria segundo, Robert Fogel simboliza o mais novo desenvolvimento da história


científica, que em termos de abordagem se opõe a história tradicional, que na perspectiva
cliométrica se desenvolve de uma maneira mais sistemática a analise da história
econômica, estudando-a com bases nos modelos explícitos do comportamento humano, e
muitos cliometristas defendem que a abordagem da história mais tradicional opera com
modelos mais vagos, modelos implícitos e inconsistentes. Eles acreditam que os
historiadores se guiam numa imaginação histórica, e a escolha certa dos modelos é que
deixam mais explícitos seguindo os pressupostos definidos e formulados, permitindo o
pesquisador a submeter o objeto de pesquisa a ser verificado mais rigoroso
empiricamente.
Desde meados dos anos 50 já é discutido principalmente nos Estados Unidos, sobre a
importação de usarmos outros métodos de pesquisa e de conhecimento técnico em
outras áreas de ciências sociais para se pesquisar e estudar o histórico de países ao
longo do tempo, de uma maneira macroeconômica. Com um exemplo podendo ser a
história e economia, que podemos usar os estudos econômicos para entender a história
de uma país ao longo de um período de tempo, e vice-versa podendo usarmos a história
para estudar e compreendermos a economia. Ou podendo utilizar outras ciências para o
estudo mais técnico sobre, como um estudo geopolítico sobre algum país ou região, como
um exemplo podemos utilizar um estudo econômico, histórico e geopolítico no mar
mediterrâneo para entendermos como esse mar foi um dos mais importantes na idade
média e antes das grandes navegações, para entendermos as civilizações daquele
período utilizava desse mar para negociarem, para disputas de territórios e como foi
responsável para a economia que foi fundamental para o inicio de grandes navegações e
descobrimento da américa. Com o estudo histórico e econômico utilizando de novas
ferramentas para um avanço em diferentes pensamentos deixam mais abrangentes.
E para entender o inicio do capitalismo para a civilização, no fim da idade média, dá para
compreender que teve vários motivos, como as pessoas voltando as cidades e iniciando
negociações, e saindo de um antigo método de economia que era o sistema feudal, e com
o inicio das navegações e entendendo que as civilizações iniciando uma nova busca de

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negociar e dando inicio ao capitalismo, diferente do que vemos hoje, porém com o mesmo
proposito e mesma base de pensamento, com o capitalismo mercantil, sendo feito de uma
forma mais aberta e livre a concorrência diferente do que havia antes, na idade média por
exemplo que nos feudos era uma economia com pouca concorrência ou nenhuma, sendo
monopolizados por os senhores feudais ou pessoas com mais poder e/ou “capital” que
ditavam e só tinha a escolha de negociar com eles, e com o inicio do capitalismo
mercantil, abrindo o mercado, e como dito, tendo alguns locais geográficos com bastante
vantagens sobre outros, como é visto em vários livros de história, que tanto Portugal
quanto Espanha, e outros países começaram a navegar sentido a África para chegar no
ocidente para conseguir suas mercadorias, por que pagavam altos valores se fossem por
terra a países hoje que seriam Itália, Turquia, Síria, Iraque e outros países indo para a
Asia, pelo mar mediterrâneo para conseguir as iguarias vinda da Índia, sendo que isso foi
muito importante para as colonizações como sabemos na América.
Com o comercio saindo do feudalismo e indo para um comercio capitalista mercantil, foi
de total mudança, para a mudança de exploração de mão de obra e de artigos que
possam ser comercializados, utilizando novos métodos pra isso. Como era dito na
antiguidade que “Todas as estradas levam a Roma”, em um certo período isso poderia ser
mudado para “Todas as estradas levam a Manchester ou Liverpool” que na idade
moderno no séculos 19 e 20, foram cidades com a economia e portos muito importantes
para o desenvolvido tanto do reino unido quanto da Europa, onde vemos que com a
diferença de um período de tempo e de uma maneira de agir economicamente pode
mudar a compreensão de história de uma civilização, onde o capitalismo mudou como
vemos alguns países, como no século 20 teve as grandes guerras mundiais, podendo ver
que as guerras foram por vários motivos, mas motivos ligados a economia desses países
que estavam tentando expandir as suas economias, conquistando mais territórios e mais
riquezas a serem exploradas, como tinham conflitos entre França e Inglaterra por
territórios na África, e entre outros locais, vemos que depois do capitalismo começar ser o
principio e continuará sendo por muito tempo, que está sendo a principal engrenagem
para o movimento mundial, até os dias atuais você pode notar isso lendo um jornal e
tentando entender as guerras em países como Iraque, Irã, Síria e Líbia, onde as potencias
olham para o poder econômico que eles tem com o petróleo.

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Referências:

GRANDI, Guilherme. História econômica ou economia retrospectiva? Robert Fogel e a


polêmica sobre o impacto econômico das ferrovias no século XIX. Territórios e
Fronteiras, v. 2, n. 1, p. 204-226, 2009.
MARIUTTI, Eduardo Barros. Balanço do debate: a transição do feudalismo ao
capitalismo. HUCITEC, 2004.
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Origem do Capitalismo"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/origem-capitalismo.htm. Acesso em 18 de
novembro de 2021.

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