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Rato

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Rato é uma designação comum para diversos pequenos


Ratos sinantrópicos mais conhecidos
mamíferos pertencentes à ordem dos roedores, assim como um
nome genérico dado a diversos mamíferos roedores pertencentes
às famílias Muridae, Cricetidae, Heteromyidae, Diatomyidae e
Bathyergidae.

Rato-doméstico ou camundongo
Índice (Mus musculus)

Descrição
Reprodução
Ratos de laboratório
Anatomia gástrica
Referências
Ligações externas
Rato-negro (Rattus rattus).

Descrição
Caracterizam-se por possuir focinho pontudo, orelhas pequenas e
arredondadas, e uma longa cauda nua ou quase sem pêlos. As
espécies mais conhecidas de rato são o Mus musculus, um típico
rato doméstico, Rattus rattus e Rattus norvegicus, por vezes
chamados de ratazanas e que habitam esgotos e córregos. Os
ratos também são animais de estimação. Já em ambiente silvestre,
a espécie mais comum é o ratos-do-campo ou rato do mato,
espécie importante para a cadeia alimentar, pois são alimentos de Rato-marrom ou ratazana (Rattus
grandes aves como falcões e águias. Os ratos domésticos norvegicus)
possuem comportamentos furtivos, onde podem invadir casas e
despensas de comida.
O americano Peromyscus leucopus e o
Peromyscus maniculatus vivem em ambiente não urbano, e são geralmente chamados de camundongos.
Esses, assim como outras espécies comuns de rato como roedores existentes em todo o mundo, também
podem habitar ambientes humanos. Porém, muitos deles são de outro gênero.

Gatos, cães, raposas, corujas, aves de rapina, cobras e até mesmo alguns tipos de artrópodes são os
principais predadores dos ratos, principalmente as selvagens. No entanto, por causa de sua notável
capacidade de adaptação a quase qualquer ambiente, o rato é um dos mais bem sucedidos entre o gênero
mamíferos na Terra atualmente.

Os ratos em alguns contextos são considerados pragas, quando danificam e destroem plantações e silos de
armazenamento de grãos,[1] onde também causam danos estruturais danificando fiações, estruturas, além de
ser um vetor para diversas doenças na maioria das vezes transmitidas pelas suas fezes ou através de seus
ser um vetor para diversas doenças, na maioria das vezes transmitidas pelas suas fezes ou através de seus
parasitas que com seus hospedeiros como a Yersinia pestis, causam doenças como a peste bulbonica.[2]
Além disso, doenças como salmonelose, tifo murinho, escabiose e leptospirose também podem ser
transmitidas pelas fezes dos ratos.[3] Na América do Norte, diversos casos onde a vítima apenas respirou o
pó gerado pelas fezes do rato, tem sido associada à hantavírus, o que pode levar à Síndrome Pulmonar por
Hantavírus (HPS).

A maioria dos ratos possuem hábitos noturnos; eles compensam suas limitações visuais com grande senso
de audição, e confiam principalmente em seu sentido do olfato para localizar comida e evitar predadores.[4]

Os ratos são os principais animais usado para testes em laboratórios, seja para teste de medicações, como
pesquisas mais desenvolvidas como células tronco e cardiológicas.[5]

Os ratos tem capacidade de construir complexos de tocas na natureza ou em ambiente humano. Estas tocas
costumam ter longas entradas e estão equipados com túneis/rotas de fuga. Há alguma evidência de um novo
estudo que indica que o projeto arquitetônico de uma toca é o resultado do que é pré-escrito no DNA de
um rato.[6]

Reprodução
A idade de reprodução de um rato é de cerca de 50 dias em ambos
os sexos, embora as fêmeas possam ter seu primeiro cio entre 25 e
40 dias. Os ratos possuem ciclo estral durante todo o ano, e a
ovulação é espontânea. A duração do ciclo estral é de 4-5 dias e o
estro em si dura cerca de 12 horas, ocorrendo durante a noite.[7]
Esfregações vaginais ajudam no acasalamentos para determinar a
fase do ciclo estral. O acoplamento é geralmente nocturno e pode
ser confirmada pela presença de um sphragis na vagina até 24 horas
após a cópula. A presença de esperma vaginal também é um
indicador fiável de acasalamento.[7]

Camundongos fêmeas quando alojadas juntas tendem a não entrar Filhotes com apenas 1 dia de vida
em ciclo estral. Se exposto a um rato macho ou os feromônios de
um rato macho, a maioria das fêmeas vai entrar em cio em cerca de
72 horas. Esta sincronização do ciclo estral é conhecida como o efeito de Whitten. A exposição de uma rata
recém-criada aos feromônios de um rato macho desconhecido pode impedir a implantação, um fenômeno
conhecido como o efeito Bruce.[7]

O período de gestação média é de 20 dias. Após o parto, cerca de 14–24 horas, o aleitamento é iniciado. A
média de indivíduos em uma ninhada é de 10 a 12 indivíduos.

Ratos de laboratório
Ratos são os mais comuns animais de experimentos biológicos e
psicológicos principalmente porque são mamíferos, e também porque
eles compartilham um alto grau de homologia com os seres humanos.
O genoma do rato foi sequenciado e constatado que praticamente
todos os genes são homólogos aos humanos. Eles também são bastante
comuns e podem ser manipulados de formas que seriam consideradas Ratos usados em testes de
pouco éticas para alguns grupos de direitos dos animais. laboratório
Há outras razões pelas quais os ratos são usados em pesquisas de laboratório. Ratos são pequenos, baratos,
de fácil manutenção, e podem se reproduzir rapidamente. Várias gerações de ratos podem ser observadas
num período relativamente curto de tempo. Ratos são geralmente muito dóceis. No entanto, algumas
espécies têm sido reconhecidas por serem bastante temperamentais. Camundongos e ratos têm os mesmos
órgãos nos mesmos lugares, apenas de tamanho diferente.

Anatomia gástrica
Os ratos não são capazes de vomitar, devido ao fato de que o
vômito exige a ação de diversos músculos abdominais, do
esôfago e do diafragma para expelir o conteúdo do estômago.
Nos ratos a musculatura diafragmática é incapaz de produzir as
contrações que seriam necessárias para exercer pressão sobre o
estômago e provocar o vômito. Além de que a barreira que se
situa entre o estômago e o esôfago no rato é rígida o bastante
para impedir que o esôfago possa se contrair. Os ratos também
não possuem no cérebro o "centro do vômito" que nós
humanos possuímos. O centro do vômito serve para ligar e
coordenar os nervos e músculos envolvidos no processo. Este Rato-do-campo.
[8]
sistema coordenado não existe nos ratos. Por todas essas
razões, os ratos também não podem arrotar.[8] Entretanto, os ratos possuem os sentidos mais desenvolvidos
que evitam ingerir uma substância suspeita, outra estratégia é comer barro, o que ajuda a neutralizar
algumas das toxinas nos alimentos que ingerem para que eles não possam exercer os seus efeitos
nocivos.[9][10]

Referências
1. Meerburg BG, Singleton GR, Leirs H (2009). «The Year of the Rat ends: time to fight
hunger!» (http://www3.interscience.wiley.com/journal/121686000/abstract). Pest Manag Sci.
65 (4): 351–2. PMID 19206089 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19206089).
doi:10.1002/ps.1718 (https://dx.doi.org/10.1002%2Fps.1718)[ligação inativa]
2. Meerburg BG, Singleton GR, Kijlstra A (2009). «Rodent-borne diseases and their risks for
public health» (http://www.informahealthcare.com/doi/pdf/10.1080/10408410902989837).
Crit Rev Microbiol. 35 (3): 221–70. PMID 19548807 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1
9548807). doi:10.1080/10408410902989837 (https://dx.doi.org/10.1080%2F104084109029
89837)
3. «Doenças causadas por ratos» (http://www.insectbye.com.br/doencas-causadas-por-ratos/)
4. «Mice : The Humane Society of the United States» (https://web.archive.org/web/2010012209
2346/http://www.hsus.org/animals_in_research/species_used_in_research/mouse.html).
www.hsus.org. Consultado em 18 de julho de 2013. Arquivado do original (http://www.hsus.
org/animals_in_research/species_used_in_research/mouse.html) em 22 de janeiro de 2010
5. Knudson, Mary (14 de maio de 1981). «Hopkins thalidomide research results in new drug
test» (http://pqasb.pqarchiver.com/baltsun/access/1845956812.html?FMT=ABS&FMTS=AB
S:AI&type=historic&date=May+14%2C+1981&author=&pub=The+Sun+%281837-1985%29
&desc=Hopkins+thalidomide+research+results+in+new+drug+test&pqatl=google)
6. Weber, Jesse N.; Peterson, Brant K.; Hoekstra, Hopi E. (16 de janeiro de 2013). «Discrete
genetic modules are responsible for complex burrow evolution in Peromyscus mice» (https://
www.nature.com/articles/nature11816). Nature. 493 (7432): nature11816.
doi:10.1038/nature11816 (https://dx.doi.org/10.1038%2Fnature11816) – via www.nature.com
7. Louisiana Veterinary Medical Association (http://www.lvma.org/mouse.html) Arquivado (http
s://archive.is/20120803201438/http://www.lvma.org/mouse.html) 2012-08-03 na
Archive.today (em inglês)
8. Biologia, Dra Karlla Patrícia-Doutora em Biologia pela UFRJ e Admin do Diário de. «É
verdade que os ratos não podem vomitar?» (https://diariodebiologia.com/2009/07/e-verdade
-que-os-ratos-nao-podem-vomitar/). Diário de Biologia. Consultado em 10 de setembro de
2021
9. «É verdade que os ratos não podem vomitar? - Diário de Biologia» (http://diariodebiologia.c
om/2009/07/e-verdade-que-os-ratos-nao-podem-vomitar/). diariodebiologia.com
10. Por que os ratos não podem vomitar (http://www.ratbehavior.org/vomit.htm) (em inglês)

Ligações externas
Fancy Mice informações sobre ratos de estimação (http://www.fancymice.info)
Imagens de alta resolução de secções do cérebro de ratos (http://brainmaps.org/index.php?
p=speciesdata&species=mus-musculus)

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