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A geração de 70

Eça de Queirós e Antero de Quental, pertenceram a uma geração rebelde e contra a ordem
conservadora e retrógrada, que veio a por em causa toda a cultura portuguesa, em domínios
tao variados como a literatura, a ideologia política e a estrutura social.

Na obra de Eça, a personagem Carlos representa a geração de setenta, geração essa destinada
ao sucesso e com grandes expectativas, mas não foi isso o que sucedeu. E é este o facto que o
autor pretende evidenciar no episódio final “o fracasso da geração dos vencidos da vida”. Este
aproveita para criticar o provincianismo, a estagnação e a decadência da sociedade
portuguesa.

No entanto, a poesia de Antero exprime preocupações do ser humano que reconhece a sua
condição e sua fragilidade, que sente esperanças e sofre desalentos. Por exemplo, no poema
“Palácio da Ventura”, Antero de Quental expressa a sua disforia da consciência da inutilidade
da vida e a angústia existencial o poema também é marcado pelo pessimismo desencantado
de quem desistiu de perseguir um sonho.

Após a leitura dos maias ficamos com a ideia de uma sociedade em que o passatempo
preferido dos homens era andar atrás de mulheres, comer e beber, passear, divertir-se em
noitadas. Ninguém tinha interesse em fazer algo pelo país. Falavam, descontentes, do que
havia de ser mudado, de revoluções, mas a única revolução que se atreviam a fazer era gastar
dinheiro em futilidades. Por outro lado, a juventude de hoje é lutadora, mais empenhada nas
suas causas, mais ansiosa de vencer na vida. Ou talvez seja porque a maioria não tem tudo
dado de bandeja, e tem que conquistar o seu dinheiro, o seu prestígio, o seu nome.

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