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das Letras
Língua Portuguesa
3
3.° ano Ensino Básico
Conceição Dinis
Fátima Lima
P
ISBN 972-0-11253-0
Aos educadores
as autoras
Índice
Texto Tema do Programa Ortografia Pág.
Recomeçar
Quem somos
nós
4
Texto Tema do Programa Ortografia Pág.
A água e
as rochas
5
Setembro
6
Recomeçar
As Palavras
Ler e Compreender
raminho • • ouro
barquinho • • ilha
princesa • • estrelas
luzeirinho • • espuma
2 Escreve o alfabeto maiúsculo.
a b c d e f g h i j l m
n o p q r s t u v x z
7
Setembro
Começam as aulas
8
Ler e Compreender As Palavras
Há tanta flor…
Qual a estação do ano referida no texto?
Sentadinhos nas carteiras
Fazem contas de somar
E a vida toda cá fora
Como era a escola? A vida toda a chamar.
Há tanta flor a nascer
Tanto pássaro a cantar
Senhora, olhe prà vida
Quantos eram os alunos? Deixe as contas de somar.
Alice Gomes
pa o
A Frase e o Texto
o o
1 Copia o último parágrafo do texto «Começam as aulas»,
e sublinha a cor a segunda frase.
to e
i o
9
Setembro
Amigos
10
Ler e Compreender As Palavras
1 Completa.
po o
e es
O texto «Amigos» está escrito em .
Divide-se em parágrafos.
O último parágrafo tem frases.
3 Escreve os nomes do texto
O texto «Nós e os outros» está escrito em . «Amigos» que se iniciam com
Tem versos. letra maiúscula.
11
Setembro
O novo professor
12
Ler e Compreender As Palavras
2 Escreve uma carta a um amigo distante falando-lhe do 3 Completa com as palavras que
teu professor. rimam no texto e inventa
outras rimas.
brincar
dedinho
escola
pão
13
Setembro
Em Setembro
14
Ler e Compreender As Palavras
A Frase e o Texto
15
Setembro
Vamos ler!
16
Ler e Compreender As Palavras
1 Faz a leitura dramatizada do texto – livro, leitor, narra- 1 Lê a poesia e sublinha as pala-
dor. vras com acento agudo, com
acento circunflexo e com til.
2 Desenha as duas personagens do diálogo.
Um livro
Um livro nasce de uma árvore.
Uma árvore da terra.
E um livro tem folhas também.
Nossos olhos lêem um livro.
Que tem folhas.
Nossos olhos são os pássaros
que pousam nas suas folhas.
Os livros devem ser para toda
a gente como o Sol quando
nasce!
– Eu sou o livro. – Eu sou o leitor.
Matilde Rosa Araújo
O livro é de poucas
2 Completa com rr.
porque .
te a se a
Folhear um livro é .
to e ba o
O livro diz que tem .
terreno, ,
Outono
18
A nossa saúde
1 Liga o que se relaciona de acordo com o texto. 1 Copia do texto palavras que
apresentam estes sinais:
O parque • • cantava de pedra em pedra.
acento grave
As copas
das árvores • • caíam em círculos.
acento agudo
As folhas • • ficou sozinho e vazio.
til
A água
da fonte • • formavam uma abóbada.
cheirava a maçã
verde
As folhas caíam a rodopiar.
Chegou o Outono.
Um dia o Vento ruim
disse-lhe assim:
– «Senhora Árvore,
vou-a despir e preparar
para dormir um grande sono!»
20
Ler e Compreender As Palavras
A tinha
O disse que
As folhas
Irás
As deixaram pela rua,
verás
as folhas
cair.
Os correram e
Se alguma
te pousar
no ombro
hás-de mandá-la embora
A Frase e o Texto
porque chegou a hora
1 Une os grupos para formar frases de acordo com o texto. de dormir.
Escreve as frases. Mário Castrim,
Histórias com Juízo
A Árvore • • começou a bailar.
O Outono • • iam para a escola.
O Vento • • tinha muitas folhas.
2 Completa com os grupos nh, lh
Os meninos • • chegou. ou ch.
fo a fo i a
2 Ordena as palavras de forma a obteres uma frase.
Aprender a atravessar
Totoca deu-me um puxão. Bem que tive… mas fiz que
– Que é que tu tens, Zezé? não com a cabeça.
– Nada. Estava cantando. – Nós vamos atravessar de
– Cantando? novo juntos. Depois quero ver
– Sim. se aprendeste.
– Então eu devo estar a ficar Voltámos.
surdo. – Agora tu sozinho. Nada de
Será que ele não sabia que medo que tu estás ficando um
se podia cantar para dentro? homenzinho.
Fiquei calado. Se não sabia eu Meu coração acelerou.
não ensinava. – Agora.Vai…
Tínhamos chegado à beira Meti o pé e quase não respi-
da estrada. rava. Esperei um pedaço e ele
Passava tudo nela. Camião, deu o sinal para que eu vol-
automóvel, carroça e bicicleta. tasse.
– Olha, Zezé, isso é impor- – Pela primeira vez tu foste
tante. A gente primeiro olha muito bem. Mas esqueceste
bem. Olha para um lado e para uma coisa. Tens de olhar para
o outro. Agora, atravessamos a os dois lados. Na volta, a gente
estrada. treina mais.
– Tiveste medo? José Mauro de Vasconcelos,
O Meu Pé de Laranja-Lima, dinalivro/Melhoramentos,
São Paulo, 1993
22
Ler e Compreender As Palavras
Trava-línguas
Copo gericopo
Que transportes passavam na estrada?
Galhigalhopo
Quem não disser
Três vezes
Copo gericopo
O Zezé tinha medo de atravessar a estrada?
Galhigalhopo
Não bebe água
Por este copo.
De que se esqueceu o Zezé? Popular
Trava-línguas
2 Procura na biblioteca da escola o livro O Meu Pé de
Laranja-Lima, de onde foi extraído este texto, para Ó que eco que aqui há.
conheceres a história do Zezé. Que eco é?
É o eco que cá há.
O quê? Há cá eco?
A Frase e o Texto Há eco, há.
Popular
1 Separa os grupos das frases como no exemplo.
24
Ler e Compreender As Palavras
Receita das
. . maçãs assadas
A Frase e o Texto
Tu já sabes nadar?
1 Escreve as primeiras falas das personagens do texto. 1 Copia do texto «Tu já sabes
As falas começam sempre com travessão. nadar?» palavras com os grupos
an, on e un.
O Mar
Tenho muitas ilhas
2 Escreve um texto respondendo à pergunta do título. sei de muitos barcos
Explica como aprendeste a nadar ou se gostavas de dão-me tantos nomes
aprender. moro no verbo amar
visto-me de céu
dou a volta ao mundo
com um circo de estrelas
A Frase e o Texto
conchas e marés
quando vocês passam
1 Completa as frases com as acções que faltam. beijo-lhes os pés.
Mário Castrim,
passear empurrar bater Histórias com Juízo
peixes-voadores a dançar
um cardume é um conjunto de
peixes.
Nasceu um menino
Adivinha
2 Assinala e completa. É flor muito formosa
bem-cheirosa
O texto está escrito: em prosa. em verso. e cheia de pergaminhos.
Apresenta um diálogo entre personagens. Mas é costume dizer
para não se envaidecer
A autora do texto chama-se que não a há sem espinhos.
A Frase e o Texto
Éa o a
1 Completa de acordo com o exemplo.
O milagre da vida
Júlio Roberto
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Ler e Compreender As Palavras
O pólen e os insectos
Nasce um novo ser
A flor
I O
E O E A
E
O O
A Frase e o Texto
pó
Entra lá dentro e encontra o par.
grãozinho
ser
É o milagre da vida!
ovo
Companheiro
Chamo-te. Não vens?
Se estou alegre
Porque não ris também?
No meu quintal
Já fez o ninho
Um tentilhão.
Queres espreitar?
Mas sem matar,
Sem destruir.
Isso é que não!
Posso mostrar-te
O meu peixinho dourado
E podes ter
Por quanto quiseres
O meu carrito e o atrelado.
32
Ler e Compreender As Palavras
tentilhão
espreitar
dourado
meu
AVL3 - 3 33
Outubro
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Ler e Compreender As Palavras
A Frase e o Texto
35
Novembro
A cor do tempo
Ana tinha uma capa azul. Tão linda, a capa da Ana! Não era
alentejana, não era capa de estudante. Era a capa simples da Ana!
Dei-lha quando fez cinco anos.
Tão linda, a minha Ana com a capa! Estreou-a quando come-
çou a escola.
[…]
Mas, um dia, Ana chegou-se ao pé de mim e poisou em mim os
olhos que estavam tristes:
– Mãe, a capa desbotou. Mãe, a capa já não está tão azul.
Eu olhei a capa, poisei as mãos nos ombros de Ana e os olhos
também.
– Tens razão, Ana. A capa já não está tão azul como era.
– E agora, mãe? Eu gostava tanto da minha capa!
E na voz transparente de Ana havia lágrimas pousadas.
– Agora, minha filha, deixa-te andar assim até que eu te possa
comprar outra.
– Tenho tanta pena da minha capa… Não se pode pintar outra
vez?
– Não, Ana. Só de uma cor mais escura, para ficar bem.
– Que cor?
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Nós e os outros
Ler e Compreender
A capa da Ana…
. .
. . .
37
Novembro
Devagarinho
Devagarinho, devagarinho,
escondeu-se a Lua,
o Sol brilhou…
E o menino,
devagarinho,
abriu os olhos
no seu bercinho,
e acordou.
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Ler e Compreender As Palavras
Chamava-se Leopoldo
Era pálido e loiro, e chamava-se Leopoldo…
As pessoas que o viam ao pé da mãe, que tinha pele branca, os
cabelos claros e os olhos castanhos, diziam que se parecia com
ela; os que o encontravam com o pai, que era moreno, com a
barba e os cabelos pretos, mas de olhos azuis, diziam que era o
retrato dele. O menino herdara a cor da pele e dos cabelos da
mãe e os olhos azuis do pai…
40
Ler e Compreender As Palavras
… parecia-se com a
… via livros
mãe porque
.
.
A Frase e o Texto
Manhã
Como um fruto que mostra
Aberto ao meio
A frescura do centro
Assim é a manhã
Dentro da qual eu entro.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Livro Sexto
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Ler e Compreender As Palavras
A Frase e o Texto
43
Novembro
A máquina do tempo
Agora a máquina do tempo
estava ali, toda à minha disposição.
Sentei-me num dos lugares, asso-
biei para o cão, que veio correndo
sentar-se no outro.
Fui experimentando os botões –
o primeiro acendia as luzes, o
segundo ligava o frio, o terceiro o
calor. Carregando no branco, rece-
bia garrafas de líquidos coloridos,
no amarelo, embalagens de pasti-
lhas. O verde produzia música, o
azul perfume. O castanho reclinava
os assentos, o preto fazia-os regres-
sar à posição inicial.
A meio havia um teclado como
o de uma máquina de escrever e
uma alavanca dourada com um T
gravado.
Puxando devagarinho logo
comecei a ver os pinheiros à
minha volta a crescer, a crescer, a
crescer.
Isto deve ser realmente a máquina do tempo, pensei eu. Vamos
para o futuro, concluí. Estusiasmado, carreguei a fundo.
Senti um turbilhão na cabeça, o sol nascia para logo se pôr, as
estações sucediam-se num relâmpago, tão depressa nevava como
fazia sol.
O Snoopy, que costumava enjoar de carro, não aguentou mais,
pulou borda fora.Travei de repente.
Vi-me então no meio de uma cidade de cristal.
Nas casas transparentes, sem movéis, moviam-se pequenos
robôs.
Mal deram por mim, vieram cumprimentar-me e convidaram-me
a viver com eles.
Luísa Ducla Soares,
Histórias de Encantar, Areal Editores
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Ler e Compreender As Palavras
A Frase e o Texto
Os robôs moviam-se.
Onde?
2 Liga as palavras que rimam na
poesia.
imperfeito • • força
3 Imagina que vais fazer uma viagem ao futuro na
máquina do tempo. Conta as tuas aventuras.
45
Novembro
O Infante D. Henrique
Os alunos iam ver o monumento ao Infante D. Henrique.
Viram primeiro um grande chão de mármore, onde estava o
mundo espalhado, em duas cores, com todas as terras e todos os
mares. Em grande é que era bonito ver o rumo que as caravelas
seguiram! De cócoras riscavam com os dedos o caminho no
mapa feito no chão. De Lisboa à Índia, que longa viagem! Só ali, a
arrastar os joelhos, é que o Quico e o Pedro viram como era
longe… No mapazito do colégio parecia ser coisa rápida, com as
terras todas encolhidas. Que coisa boa, um mapa grande!
Depois, à sua frente, o monumento: figuras enormes que iam
subindo sempre, navegadores, frades, outra vez Luís de Camões, e
a rainha de mãos postas, como que aflita com o receio de que
nem tudo corresse bem.
A professora mostrava como eram os fatos, as cotas de malha
dos que combatiam, os padrões com que iam marcando a via-
gem. Adiante de todos, o Infante.
Maria Cecília Correia,
Histórias da Minha Rua
46
Ler e Compreender As Palavras
Um mapa grande
2 Completa com oso ou osa as pa-
Os alunos lavras, que indicam qualidades.
Monumento aos Descobrimentos
bondoso
carid
A Frase e o Texto
habilid
1 Completa segundo o modelo.
mim
Nós fomos ver o monumento ao Infante. grandi
chuv
Tu e o Pedro
vist osa
A professora osa
osa
Tu osa
osa
2 Descreve com um texto e um lindo desenho um monu- osa
mento histórico da tua localidade.
47
Novembro
A lição
A Frase e o Texto
!
?
.
AVL3 - 4 49
Novembro
A descoberta da Madeira
50
Ler e Compreender As Palavras
agudo
nevoeiro nave
navegar navio
nove nevoeirada
nevoeiro
nevoado
enevoar
51
Novembro
As duas pedras
Na sombra do fresco vale «Eu venho daquela ermida.»
junto ao ribeiro cantante Disse a outra, murmurando.
as duas pedras, a par, «Aquela ermida velhinha
tinham parado a escutar tão humilde, tão esquecida…
o murmúrio sussurrante Uma ruína branquinha
dos ramos do pinheiral. que o tempo vai destroçando.
Ouvi preces suplicantes
Tinham caído, rolado, que subiam para os céus…»
o vento as tinha empurrado…
Pedras de Fé e de Glória,
Passado tempo, envolvidas pedras, eterna memória
naquela calma dormente deste velho Portugal…
que descia das ramadas,
Raul Correia
começaram, lentamente,
a falar das suas vidas,
das suas vidas passadas…
52
Ler e Compreender As Palavras
2 Assinala e completa.
Noite de Natal
Docelinda, com a lanterna na mão, des-
ceu à povoação.
A igreja estava cheia, com toda a gente da
aldeia.
– Parece que estou no céu! Nunca vi
coisa mais linda!
– Então faça como eu: cante também,
Docelinda – disse-lhe a Estrela em segredo.
– Eu?! Tenho vergonha. E medo. Porque
estou desafinada.
– Experimente, não custa nada.
E a Docelinda cantou.
Por fim, a missa acabou. Todo o povo no
portal desejava boas-festas:
– Feliz e santo Natal!
– Boas festas, Docelinda. Ainda bem que
está presente. Não quer ir à nossa casa para
consoar com a gente? – convidou a tia
Aurora. – Venha provar as filhós.
A Docelinda hesitava.
– Vá… aceite.
Foi uma ceia feliz, com todos à volta dela:
– Coma agora um bocadinho de arroz-
-doce com canela.
– Oferece-lhe pinhões.
– E um copo de vinho fino?
– Já provou dos coscorões?
– Vossemecês são tão bons – dizia ela,
acanhada. – Têm tanta gentileza… Não
quero mais nada, obrigada.
– A gente tem muito gosto em sentá-la à
nossa mesa.
Maria Isabel Mendonça Soares
54
Quem somos nós
Ler e Compreender
2 Escreve as perguntas.
P.:
R.: A história passa-se na noite de Natal.
P.:
R.: Convidaram Docelinda para a consoada.
P.:
R.: Havia filhós, arroz-doce, pinhões, vinho fino e outros mimos.
55
Dezembro
56
Ler e Compreender As Palavras
O Menino adormeceu
3 Substitui as palavras sublinha-
(Fala S. José) das por outras com o mesmo
significado.
O Menino adormeceu
a rir, nas dobras do linho. O sino repica festivamente.
É um cordeirinho manso
cor-de-rosa e redondinho.
Descansa também, Maria,
que eu velo por vós os dois.
Não se ouve já nem um toque
da campainha dos bois.
Os homens labutam nos
Nem um suspiro de feno,
nem rumor de algodão, campos.
porque até a própria noite
se pôs a dormir no chão.
Maria Natália Miranda
58
Ler e Compreender As Palavras
larga.
2 Escreve outras palavras com os
A cabana era grupos fl, tl, bl e cl.
pequena.
flor
A Frase e o Texto
Dissílabos
– A última quadra diz assim A vaquinha mais o saber
jumentinho, muito humildes, dão alento ao Deus
Menino
Polissílabos
jumentinho
59
Dezembro
Xiquiqui, o esquimó
Xiquiqui é um esquimó
Nasceu na terra da neve
No seu pequeno trenó
Corre leve, leve, leve.
Há focas e pinguins,
Que são animais amigos,
Mas também ursos ruins
E tidos por inimigos.
Xiquiqui adormeceu
Embalado pela avó
E sonha que vai prò céu
Montado no seu trenó.
João Dias
60
Ler e Compreender As Palavras
Singular Plural
Depois
neve
dia
61
Janeiro
Os meses do Inverno
O Outono já se tinha ido embora com as
suas chuvinhas mansas e tardes de sol dourado.
Um dia levantou-se forte ventania que foi
bater à porta do tempo.
62
Os seres vivos
Ler e Compreender
As árvores falam
troncos nus
A comunicação só é feita com palavras? Então?
ondulantes pinheirais
Que mensagem nos comunica a tília?
E o eucalipto?
O nosso quintal
Sereninha a hora
manhã linda, linda
– mas os quatro mil
marcham indiferentes.
Ra ta plã ta plã
que bonito é!
Mas à volta há flores
e ninguém as vê.
3 Dá a tua opinião sobre as ideias deste texto. Compara
com as dos teus companheiros. Sebastião da Gama,
Campo Aberto
A Frase e o Texto
o gafanhoto
2 Liga os nomes que se relacio-
2 Escreve um texto sobre a paisagem e os seres vivos que nam.
observas a caminho da escola. Nomes Nomes
comuns colectivos
soldados • • rancho
livros • • exército
barcos • • biblioteca
crianças • • frota
67
Janeiro
Os bichos da maçã
Dentro duma linda e brilhante maçã passava-se um drama
como acontece muitas vezes em palácios de belas fachadas…
Um bicho da maçã – o Filipinho – vivia fechado dentro dela,
triste, prisioneiro.
Mas, Filipinho sabia que fora da maçã havia o sol e o céu,
nuvens e flores, pássaros e outros bichos. Então começou a esca-
var um túnel que o levasse ao exterior da maçã.
Acontecia, porém, que do outro lado da maçã outro bicho – a
Rita – vivia nas mesmas condições. A Rita e o Filipinho não
sabiam um do outro. Cada um deles lá foi escavando até que se
juntaram num instante. E juntos recomeçaram o caminho para o
exterior, unindo os seus esforços. Em breve rompiam uma janeli-
nha na casca lisa da maçã e chegaram à luz! O mundo era belo,
azul, verde, amarelo e vermelho!
Rita e Filipinho viram que moravam numa maçã que fazia
parte de um grupo de muitas outras maçãs penduradas numa
macieira que fazia parte do mundo…
E viram também que o mundo é belo, quando a luz a todos
chega e quando todos trabalham para a luz…
José Sacramento
68
Ler e Compreender As Palavras
O Filipinho
maçã
céu
bicho
2 Escreve uma história de animais, passada num pomar, Rita
que apresente um diálogo. pássaro
flor
sol
69
Janeiro
De trinta e um cirurgião
Nenhum lhe deu com a cura.
Morreu o pobre canário,
Lá vai para sepultura!
Foram chamar o sacristão
Para lhe vir dar os sinais;
Formaram-lhe um acompanhamento
De rouxinóis e pardais.
Morreu o pobre canário,
E lá vai para o deserto.
Diziam as moças todas:
– Inda leva o bico aberto!
J. Leite Vasconcelos,
Romanceiro Português
70
Ler e Compreender As Palavras
te tris za
ti can gas
A Frase e o Texto
Nomes no feminino
gaiola
71
Janeiro
As cegonhas
No fim de Julho aproxima-se a altura da migração.
Reúnem-se todas as cegonhas das redondezas num certo
prado. Outras cegonhas se lhes juntam, vindas de mais longe.
Finalmente partem. Mas, antes que comece o voo para longe, pai-
ram longo tempo ainda sobre a terra que as acolheu, fazendo
com o bico um barulho continuado, como se fosse um adeus.
África é o fim da viagem. Brancas pernaltas juntam-se ao
bando, cada vez maior. As aves novas voam na frente. Nenhuma
das cegonhas mais velhas lhes mostra o caminho e, apesar disso,
nunca se enganam na direcção.
Em África, a vida das cegonhas decorre completamente dife-
rente da que levaram na Europa. Não constroem nenhum ninho,
nem nos telhados, nem nas árvores. À noite, dormem em peque-
nos grupos junto às ribeiras e, durante o dia, caçam pelo meio
das ervas novas.
Contudo, em Fevereiro, quando começa o Outono africano, as
nossas amigas lembram-se de que têm de mudar outra vez em
direcção ao Norte. Então voltam para onde nasceram, e procu-
ram o seu velho ninho. Mas as cegonhas tornam-se cada vez mais
raras, e ninguém sabe exactamente porquê.
Matilde Rosa Araújo
72
Ler e Compreender As Palavras
Se eu fosse cegonha
também assim faria
e no Inverno poderia
Qual é o destino destas aves? aquecer os pés.
Sidónio Muralha
74
Ler e Compreender As Palavras
A Frase e o Texto
1 Sublinha no texto, com a mesma cor, cada par de palavras en oval en ada
que rimam.
Está a chover
Está a chover? Não me importo.
Mesmo em casa, sem sair
há tanta coisa engraçada
para a gente se divertir!
Com uma tesoura recorto
papéis brancos ou de cor: en uto en erto
faço um cavalo e um vapor.
Colo tiras de papel
armo uma tenda estupenda.
Pinto quadrados nunca vistos 3 Completa com as qualidades
com tintas e um pincel que os nomes têm no texto.
que a minha tia me deu.
Está a chover? Não te importes tocas – abrigadas
e faz assim como eu.
Maria Isabel Mendonça Soares canto –
À procura do pequeno-almoço
76
Ler e Compreender As Palavras
Os sete marujinhos
Sete marujinhos
do país dos Ratos
buscam uma ilha
que não tenha gatos.
ervas rã
– Terra! Terra à vista!
gritou o arrais
e o navio navega
direitinho ao cais.
Mas que vêem eles?
Um gato maltês
que engolia os sete
todos de uma vez.
pato caçador
Fogem os ratinhos
para o alto mar.
2 Lê o texto com atenção e escreve:
Onde é que afinal
vão desembarcar?
a fala da rã
Maria Isabel Mendonça Soares
a fala da raposa
2 Completa como no exemplo.
rato ratão
A Frase e o Texto
Pirueta e Cambalhota
Pirueta e Cambalhota são dois palhaços de
circo.
Pirueta é finório, Cambalhota é simplório.
Pirueta é sonso, Cambalhota é palonço.
Pirueta tem o fato cheio de brilho, Camba-
lhota é maltrapilho.
Pirueta tem a cara enfarinhada, Camba-
lhota tem a cara pintalgada e a narigueta
encarnada. Pirueta tem a mania das explica-
ções, Cambalhota só faz confusões. Pirueta é
desembaraçado, cambalhota é um tropeço.
Como tudo o que há na vida, são o direito
e o avesso.
Mas sem Pirueta e Cambalhota não há festa
nem risota.
Gosto do Pirueta e da sua sobrancelha
preta porque é um palhaço fino e toca muito
bem violino.
Gosto do Cambalhota mesmo com fatiota
rota e com aquela gaforina porque sabe tocar
saxofone e concertina.
Uma noite no circo, Pirueta ao tocar vio-
lino, fazendo o pino nas costas da cadeira,
zás! Deu um trambolhão. Foi de nariz ao
chão!
E o nariz encarnado, amachucado, inchado!
O bom do Cambalhota correu para lhe
acudir. Escorrega-lhe uma bota… E onde é
que vai cair? Na lata de tinta branca que ser-
viu para pintar o alvo do tiro à seta.
Resultado final da historieta (tomem nota):
ficou o Pirueta com nariz de Cambalhota!
Ficou o Cambalhota com cara de Pirueta!
Maria Isabel Mendonça Soares,
Primeira Aventura no Mundo do Raciocínio
78
A água e as rochas
Ler e Compreender
79
Fevereiro
Livro de pedra
80
Ler e Compreender As Palavras
1 Liga o que se relaciona de acordo com o texto. 1 Copia a terceira frase do texto
«O livro de pedra» e sublinha
Há muitos anos • • escreviam com uma a palavra iniciada com h.
pedra aguçada.
Nesses tempos • • ficava na caverna
antigos dos Velhos Sábios.
Todos os dias • • um menino estudava
o menino num livro de pedra.
A escola desse • • carregava o seu livro
tempo ajudado pelo pai.
2 Responde.
2 Completa com h e desenha.
Onde vivia o menino?
A Frase e o Texto
O pássaro da imaginação
Sou o pássaro que canta Sou o pássaro que voa umidade omem
dentro da tua cabeça dentro do teu coração
que canta na tua garganta e do de qualquer pessoa
canta onde lhe apeteça. mesmo as que julgas que não.
3 Escreve um texto sobre os teus
Manuel António Pina
livros de histórias. Se preferires,
resume aquele de que mais gos-
1 Completa como no exemplo. tas.
AVL3 - 6 81
Fevereiro
A serra e o mar
82
Ler e Compreender As Palavras
P.:
R.: O gado andava apressado porque sabia que ia
comer giestas e tojo.
P.:
R.: Sentou-se no cimo de um penedo.
P.:
R.: É parecido com o mar porque tem montes a toda
a volta e sente-se uma brisa. 2 Procura no dicionário o signifi-
cado que convém no texto às
3 Assinala outro título adequado ao texto. palavras seguintes:
A Frase e o Texto
3 Completa com palavras do
1 Lê a quadra e completa as frases com eu, tu, eles e nós. texto.
A água e a vida
– Aqui estou, aqui estou!… – canta a
água, na sua vozita meiga, mal sai da fonte
ou da nascente.
– Eu sou a água, a maior riqueza que
esconde o flanco da terra. Sou a vida! Sou
a que rega os teus campos, a seiva das sea-
ras, o sangue que sobe das árvores do teu
pomar, o sumo doce dos frutos que tu
comes. Sou o melhor licor que podes
desejar para matar a tua sede e a dos ani-
mais que te ajudam no trabalho.
Sou a força que move a nora da tua
horta e o moinho de água que te mói o
pão.
– Sou casa onde habitam os peixes que
outros pescam para ti. Sou o caminho dos
grandes e pequenos barcos, que vão de
porto em porto às terras longínquas, bus-
car os produtos necessários à tua vida: os
alimentos, os utensílios, os combustíveis,
os tecidos, os remédios.
A minha força é aproveitada para mover
os motores das fábricas. Sou o banho
fresco do teu corpo e o brinquedo nos
regatos e nas praias, em tempo de calor.
– Sou a beleza dos lagos que enfeitam
os teus jardins e os teus parques. Sou a
fada que sobe nos repuxos, para regalo
dos teus olhos e dos teus ouvidos.
– Sou ainda o calor do teu caldo no
Inverno, sou a limpeza da tua casa e sou,
depois de santificada, a água do teu bap-
tismo.
Ricardo Alberty,
Bonecos de Papel de Cor
84
Ler e Compreender As Palavras
prender • • defesa
empreender • • despesa
A Frase e o Texto
1 Completa substituindo os nomes do grupo nominal pelos 3 Completa as quadras com pala-
pronomes ela e eles, como no exemplo. vras que rimem.
85
Fevereiro
Tão longe!
O Sol a nascer
Olha o Sol a nascer. E tudo em volta
começa lentamente a despertar:
espreguiçam-se as ervinhas pelo chão
ensaia um passarinho o seu trinar.
A Frase e o Texto
Encontras-me à esquerda
do Nascente ou Levante,
e indico o caminho
a todo o navegante.
Eu cá sou o
um ponto importante!
88
Ler e Compreender As Palavras
1 Lê e completa o texto com os pontos cardeais que faltam. 1 Lê a quadra e sublinha as pala-
vras terminadas em ul.
Vira
2 Responde.
Vira a Norte, vira a Norte
Qual é o ponto cardeal que o nascer do Sol nos Vira a Norte, vira a Sul
indica? Quando vira o vento a Norte
Logo fica o céu azul!
Popular
E quando o Sol se põe? 2 Completa as palavras com al, el,
il ou ol e ilustra-as.
A Frase e o Texto
Futuro
3 Separa as sílabas como no
Irei ao Norte visitar a minha família.
exemplo.
89
Março
A Primavera a chegar
90
Comunicar
Ler e Compreender
91
Março
A fada e a borboleta
Um dia, ao despontar da Primavera, num
maciço de malmequeres campestres, à beira
de um regato, abriu-se uma crisálida escon-
dida, e da crisálida saiu uma linda borbo-
leta, a desdobrar devagarinho as suas asas
brilhantes.
É uma coisa que acontece muitas vezes:
milhões de borboletas acordam, todas as Pri-
maveras, do seu sono de Inverno. Mas o que
nem sempre acontece é aparecerem borboletas
lindas como aquela: as grandes asas finas pareciam
tule bordado a fio de prata e a gotas de orvalho!
E a borboleta, radiante com o sol e a liberdade, pôs-se a
voar sobre o regato. Ora no regato havia uma fadazinha e a
fadazinha do regato estava precisamente a pentear os seus
cabelos, sentada num nenúfar muito branco, quando viu a
borboleta. Primeiro nem percebeu o que era: qualquer coisa
leve, brilhante, fina, que voava!… Ficou de cabecinha no ar,
sentada no meio do nenúfar, a seguir as voltas que cada bor-
boleta dava, radiante com o sol e a liberdade.
– Que maravilha! – exclamou a fadazinha. – Eis ali o
tecido de que eu precisava para o meu vestido de
baile… Nem as pétalas dos lírios amarelos,
nem o musgo macio e verde, nem as flori-
nhas delicadas do miosótis, podiam agra-
dar-me tanto para um vestido de baile
como as asas daquela borboleta! – E a fada-
zinha pôs-se a cismar na maneira de arran-
car à borboleta as suas lindas asas transpa-
rentes. A fadazinha era tonta e estouvada,
tinha uma cabeça leve e pequenina como
uma avelã vazia. Nem sequer pensava que
arrancar as asas à borboleta era destruir-lhe
a liberdade.
Esther de Lemos,
101 Histórias de Animais
92
Ler e Compreender As Palavras
A Frase e o Texto
Infinitivo do verbo
Dia da Árvore
94
Ler e Compreender As Palavras
1 Liga o que se relaciona de acordo com o texto. 1 Sublinha na frase, a cores dife-
rentes, as palavras onde se ouve
Os ramos das acolhem-se à frescura r com som forte ou fraco.
• •
árvores das árvores.
Os ramos, carregados de
As suas raízes • metem-nas no meio
• folhas, chamam os pássaros
das rodas.
a fazer ninhos.
As crianças • • erguem-se para o céu.
• estão na terra.
2 Escreve na copa da árvore
2 Completa. palavras derivadas de folha.
A Frase e o Texto
nomes – azul
verbos – vermelho
adjectivos – castanho
folhinha
folhagem
folhada
folhear
desfolhar
95
Março
Domingo de feira
Nesse caminho de Alcobaça,
nos arredores do Mosteiro,
eu sei que o mercado da praça
dura quase o domingo inteiro.
96
Ler e Compreender As Palavras
os homens.
as muralhas.
A Frase e o Texto
AVL3 - 7 97
Março
casas • • pinhal
pinheiros • • vinha
oliveiras • • casario
2 Descreve a viagem de que mais gostaste.
videiras • • olivedo
99
Março
Samuel Morse
Samuel Morse era um indivíduo com muito jeito para pintura e
por isso os pais mandaram-no para Londres, a fim de conhecer
todos os segredos da arte.
Anos volvidos, quando regressava ao seu país,América do Norte,
tomou contacto com os últimos desenvolvimentos da Física.
Aquela história da transmissão dos sons a grandes distâncias ficou a
bailar-lhe dentro da cabeça e mais ainda quando o mar se pôs subi-
tamente tempestuoso e o barco em que seguia esteve quase a afun-
dar-se.Ah, se houvesse maneira de chamar socorro, talvez nenhuma
vida ali se perdesse!
Consta que quando chegou a terra já levava o projecto todo
pronto. Não nos esqueçamos de que, naqueles tempos, em meados
do século XIX, eram precisos uns bons pares de dias para atraves-
sar o Atlântico.
Na impossibilidade de transmitir palavras, Morse pensou: «Se eu
transformasse as letras em sinais?» E se bem o pensou, melhor o
fez. Para isso utilizou os pontos e os traços, que se reconheciam
pela velocidade com que se manejava o manípulo.
[…]
Morse escolheu as letras SOS para pedido de socorro por serem
de execução mais fácil, de mais fácil entendimento e percepção
mesmo nas piores condições
de tempo.
Agora, em vez do código
de sons, mandam-se logo as
palavras com todas as indica-
ções indispensáveis: natureza
do perigo, coordenadas,
nome do navio, etc., etc. Lim-
pinho! Enquanto por telé-
grafo se gastavam 20 minutos
a enviar a mensagem, agora
tudo se processa em menos
de um minuto! E sem neces-
sidade de operador especiali-
zado. Até uma criança pode
entrar em acção.
Mário Castrim,
Revista Audácia
100
Ler e Compreender As Palavras
O que é um SOS?
coordenadas
A Frase e o Texto
CÓDIGO MORSE
a •- j •--- s ••• 1 •---- 3 Com as letras das palavras abaixo
b -••• k -•- t - 2 ••--- indicadas, forma palavras novas
c -•-• l •--•• u ••- 3 •••-- e compara-as com as dos teus
d -•• m -- v •••- 4 ••••- companheiros.
e • n -• w •-- 5 ••••• TELÉGRAFO
f ••-• o --- x -••- 6 -••••
g --• p •--• y -•-- 7 --•••
h •••• q --•- z --•• 8 ---••
i •• r •-• 9 ----•
0 ----- MORSE
Na Páscoa
– Ovos frescos! Ovos fresquinhos! Quem compra ovos?
Senhor pasteleiro freguês, quantas dúzias quer hoje? Duas?
Três?…
– Nem uma sequer, minha boa mulher.
– Oh! Que admiração! Não os acha bons para fazer folar?
– Não tenho um tostão para os poder comprar…
Coitado, coitado, que pena lhe fez! E a mulher dos ovos lá foi à
procura de novo freguês.
Passou dali a bocado um moleiro com o burro carregado.
– Quer comprar um saco de farinha para os bolos que há-de
amassar?
– Quem me dera a mim! Não me resta nem um pozinho,
assim! Mas a gaveta e a algibeira estão vazias da mesma maneira.
Não há nelas nem um tostão que é moeda bem pequena.
– Pois é pena, senhor. Pois é pena.
Foi-se o moleiro com o
burrinho a trotar, e o paste-
leiro pôs-se a chorar.
– Está a Páscoa a chegar
e nada posso vender a
quem vier comprar! Virão
as meninas para comprar
amêndoas torradas, e vão-se
embora todas desconsola-
das. Virão os meninos per-
guntar se há amêndoas de
licor e eu tenho de dizer-
-lhes: – Não há, não senhor.
Virão mais meninas para
comprar pastilhas e eu a
responder-lhes: – Não há
nada, minhas filhas.
102
Materiais e objectos
Ler e Compreender
103
Abril
104
Ler e Compreender As Palavras
R.:
R.: Diziam que ele era cabeça-no-ar.
P.:
2 Completa com as consoantes que
faltam nas palavras do texto.
R.: Uma ideia é como uma luz que se acende na cabeça.
A Frase e o Texto
oa i a
1 Completa com os verbos que faltam nas frases.
As pessoas as
novas ideias.
á io
o ea o
105
Abril
O Sol e a sombra
O Zezito tem seis anos; é pequenito, ainda – pois pudera! –
mas já queria ser grande, forte como o pai.
Quando vem da serralharia e aparece à porta, o pai do Zezito,
de tão alto, quase bate com a cabeça em cima…
Há dias, depois do jantar, o Zezito andava sozinho na rua a
brincar, era à tardinha, o Sol ia baixo. E de repente, reparou na
sombra que fazia!
Mas tão grande, tão comprida a sua sombra! Ele nem queria
acreditar no que via – certamente cresci muito! Até olhou à sua
volta a ver se estava mais alguém por ali, não viu ninguém.
Aquela sombra tão alta era a dele, de verdade!
O Zezito não disse nada a ninguém. Dali foi direitinho para a
cama e até lhe custou a adormecer, sempre a lembrar-se daquela
coisa extraordinária – como eu cresci!
No dia seguinte, o menino voltou a brincar na rua, antes da
mãe o chamar para o almoço. Ia o sol alto, era quase meio-dia. O
garoto procurou a sombra – estava ansioso por ver-se alto outra
vez. Mas… a sombra, agora era pequenina, mais pequena do que
o Joãozito da Tia Ana, que ainda mal sabia caminhar.
O Zezito desiludiu-se. Afinal a sombra não falava verdade! Mas
era tão engraçado jogar com a sombra.
Esther de Lemos
106
Ler e Compreender As Palavras
e reparou
. .
2 Escreve outra frase em que a
palavra sublinhada tenha outro
2 Reconta o texto numa banda desenhada com seis qua-
significado.
drados.
A sombra caminha à minha
frente.
A Frase e o Texto
Presente
O Zezito brinca na rua com a sombra. Se eu salto a minha sombra
salta.
Passado
Futuro
108
Ler e Compreender As Palavras
Catrapum!
A panela de ferro…
… saiu do
Um cubo tem seis quadrados:
e convidou quer dizer que tem seis lados,
como os dados.
Com três cubos construí
. um torreão e uma ponte.
Com dez, sabem o que fiz?
Uma torre. Mas, quando pus
mais um…
A panela de barro…
… disse Catrapum!
Maria Isabel Mendonça Soares
mas
Grau normal
3 Reconta a história oralmente.
panela
pé
pedaço
A Frase e o Texto
110
Ler e Compreender As Palavras
1 Responde. 1 Lê o texto.
112
Ler e Compreender As Palavras
gatão
A Mãe
114
Conhecer o meio
Ler e Compreender
1 Completa.
116
Ler e Compreender As Palavras
O vento atirava as estrelas para os telhados das E por fim todo o mundo ficou
casas. feliz.
Quem tinha muitas dava também aos vizinhos. 2 Completa as palavras com az,
ez, iz, oz ou uz.
A Frase e o Texto
A. Correia de Oliveira
3 Completa com nomes do texto.
2 Completa.
a árvore
Eu não sei que tem o Sol! o
Tu as
Nós os
a
3 Faz um resumo do texto em prosa. o
as estrelas
os
117
Maio
A mesa
1 Faz a leitura dramatizada do texto com os teus compa- 1 Copia o último período do
nheiros. texto e sublinha as palavras
com acento gráfico.
2 Responde.
A mesa apareceu
3 Explica por outras palavras as
sem pernas.
seguintes expressões do texto:
119
Maio
O Grande Hotel
Eu não sei ao certo, mas suspeito que, em tempo de férias, os
bichos do Jardim Zoológico também não ficam em casa. Se não é
tal e qual assim, podia bem ser, o que vai quase dar ao mesmo…
O hipopótamo, por exemplo, decidiu-se por um hotel simpático
e com piscina. Indispensável a piscina, já se vê!
– Não quero o meu quarto num dos últimos andares – recomen-
dou ele ao recepcionista do hotel. – É que eu costumo ter algumas
dificuldades com os elevadores.
– Mas Vossa Excelência pode, sem desprimor, utilizar o monta-
-cargas, muito mais amplo e resistente – observou-lhe o recepcio-
nista, sempre atencioso.
– A propósito de resistência – lembrou o hipopótamo. – Quero
uma cama de casal para pessoa só.
– Perfeitamente – registou o recepcionista, sempre atencioso. –
E Vossa Excelência toma o pequeno-almoço no quarto?
– Nunca tomo pequenos-almoços – respondeu-lhe o hipopó-
tamo. – Só grandes-almoços. Exclusivamente saladas…
O recepcionista, sempre atencioso, anotou mais esta recomenda-
ção.
António Torrado,
Da Rua do Ouvidor para a Rua do Contador, Desabrochar
120
Ler e Compreender As Palavras
A Frase e o Texto
Domingo
Naquele domingo de Primavera, Cristina foi com os tóxico explicação
pais ao Jardim Zoológico. x-cs x-is
Eu gosto muito de pudim de laranja.
Durante três horas nunca parou, mas não se sentia
cansada.
Não sabia que mais admirar, se os grandes animais, se
as lindas aves, se a alegria dos macacos nas suas traves-
suras.
Estava maravilhada e queria saber tudo acerca daque-
les animais tão diferentes e interessantes. máxima
x-ss
Jorge Terra
122
Ler e Compreender As Palavras
1 Risca as frases que não estão de acordo com o texto. 1 Copia dos seis primeiros versos
palavras com os grupos:
Um velho, um rapaz e um burro iam de viagem.
O velho resolveu montar no burro. lh
moça filho
burro estrada
Chapéus há muitos
O menino precisava de um chapéu novo. O que tinha, de
palha fina, já lhe estava apertado. A mãe do menino queria
comprar-lhe outro igual no feitio, mas maior.
– Compra-lhe antes um boné – lembrou o pai. – Um boné à
rapaz, de pala larga, como eu usei na idade dele.
– Nada disso – contrapôs o avô. – Compra-lhe antes uma
boina basca. São muito práticas e, quando não a queremos
usar, metemos na algibeira. Eu tive uma assim…
– E se lhe comprassem um chapelinho à tirolês… – propôs
o padrinho. – Quando estive na Alemanha vi lá uns muito
engraçados, que os miúdos usavam, com uma peninha muito
jeitosa… Ia ficar-lhe muito bem.
– Que disparate – zangou-se o tio. – A criança é portuguesa
e não tirolesa. Ou tu, que és tão viajado, também recomen-
das aos miúdos alemães barretes de campinos?
– O meu neto com barrete de campino? – assustou-se
a avó, que ouvia mal. – Nem por sonhos admito uma
coisa dessas.
Ainda se fosse um chapelinho à marinheiro…
– O melhor é darem-lhe um capacete de astronauta
– lembrou, a rir, o irmão mais velho.
– Ou um capacete de corredor de automó-
veis – prosseguiu, também a rir, o amigo do
irmão mais velho. – Quando andasse de
triciclo e caísse, já não se magoava…
António Torrado,
Da Rua do Contador para a Rua do Ouvidor,
Desabrochar
124
Ler e Compreender As Palavras
… de
dizia a avó.
… de … de um capacete
dizia de
o amigo do irmão. dizia o irmão.
A Frase e o Texto
à• • palavra
com til
125
Maio
Balancé
Sim, não, sim, não
Esquerda, direita, no cimo, no chão
126
Ler e Compreender As Palavras
1 Liga o que se relaciona de acordo com o texto. 1 Sublinha a sílaba tónica nas
palavras.
sim • • acolá
aqui • • no chão balancé
no cimo • • não esquerda
direita
rio Nabão • • a noite
aqueles
castelo no ar • • Serra Marão
foguetão
o Sol • • vento Suão
GN GV
não tira comida.
O gato de raça
bebe bom leite.
127
Maio
Adivinhas
Minha roupa tem cor garrida.
Meu corpo é delgado e duro.
Minha alma é preta,
ou azul, ou verde, ou amarela…
e dentro está escondida.
Toda a gente me pode ter,
mas só bem afiado
estou pronto a escrever.
Solução
Qual é a coisa
qual é ela
que mesmo dentro da casa
está sempre fora dela?
Solução
Solução
128
Ler e Compreender As Palavras
r (entre vogais)
Palavras graves
A Frase e o Texto
Palavras agudas
Grupo do nome Grupo do verbo
tem alma preta ou de cor.
O corpo dele
O desejo de Isabel
Aos sete anos, logo que tinha aprendido a ler, Isabel tinha lido a his-
tória da Branca de Neve e dos Sete Anões. Pensava muitas vezes nessa
história. Parecia-lhe que viver entre anões devia ser uma coisa maravi-
lhosa. Imaginava as casas dos anões, os seus palácios enterrados na
terra como luras dos coelhos ou escondidos em lugares solitários,
dentro do tronco das árvores.
Queria ver um anão – pediu ela à sua empregada, Mariana.
– Não há anões: isso são histórias que vêm nos livros – respondeu
Mariana.
Mas Isabel não acreditou. Durante meses procurou os anões entre
as pedras e as plantas e as ervas do parque. Mas nunca encontrou
nenhum. Por isso acabou por se convencer que Mariana tinha razão.
Mas agora, em frente das raízes de um velho tronco, pensava:
– É pena não haver anões. Podia-se fazer aqui uma casa óptima para
anões.
E tendo meditado alguns momentos resolveu fazer ali uma casa
pequenina e imaginar que os anões viriam morar ali nela.
Sophia de Mello Breyner Andresen,
A Floresta
130
Ler e Compreender As Palavras
P
A
H
A Frase e o Texto
A gostava
2 Faz o resumo da história da Branca de Neve ou de outro
muito de ler
conto que conheças.
.
A não acredi-
tava em .
131
Junho
Dia da Criança
Meninos de todas as cores
Era uma vez um menino branco chamado
Miguel, que vivia numa terra de meninos bran-
cos e dizia:
132
Amar a vida
Ler e Compreender
133
Junho
Dia do Ambiente
A poluição das águas
Na primeira semana de Maio, a Vila acordou com mais uma sereia a
apitar. Era um som rouco e prolongado. Mais rolos de fumo subiram
nos céus da Vila.
Fez-se uma grande festa.
Passado algum tempo, os pescadores começaram a ficar aborreci-
dos. E porquê?
O rio das Flores tinha, como de resto já sabemos, umas águas claras
e apressadas. E agora?
Agora, as águas mudavam de cor cada dia que passava, primeiro
amareladas, depois cada vez mais sujas.
Dizia o senhor Jerónimo, que também é pescador:
– Ai que os esgotos puseram as águas doentes!… Esta cor?!… Só de
quem não está bem!
Todos os pescadores começaram a queixar-se que nessas águas
doentes, que nessas águas turvas, as trutas desapareciam e, se alguém
as via, era à tona da água de barriga para o ar, mortas.
Quando os pescadores se cruzavam nas margens do rio das Flores,
diziam desanimados:
– Acabaram-se as trutas no rio das flores!
– É triste, não é?
– Se é!
Na escola da aldeia das Flores os meninos falavam do caso.
António Mota, A Aldeia das Flores
134
Ler e Compreender As Palavras
três sílabas
A Frase e o Texto
Azul
amarela Garante-se!
vermelha. É tão urgente
De todas ou de qualquer como o amor!
cor do arco-íris, com Como a paz!
todos os reflexos Como a amizade
da esperança e certa
da alegria. entre as pessoas.
Ao nosso lado
há dezenas de mãos
Que cresça
onde a flor poderá
no rosto das crianças
florir!
nos sorrisos
Que a flor invada a cidade,
dos velhos
as casas, a rua, a oficina,
mas é preciso!
o hospital, a escola,
o atelier!
136
Ler e Compreender As Palavras
mês de Junho
quente
Não há flores no jardim.
137
Junho
Noite de S. João
rebentavam no ar.
de todas as cores.
138
Ler e Compreender As Palavras
1.º prémio
Muita gente vende e
Nesta vida, S. João
nada se pode agarrar.
Pra ver subir o balão
Os meninos nas varandas Nós o temos que largar…
Madalena
As famílias
Menção honrosa
Meu Porto, meu S. João
No sentido mais profundo
2 Resume o texto oralmente. Tens na tua tradição
Toda a cultura do mundo.
Tripeiro
A Frase e o Texto
1 Substitui o grupo nominal pelo pronome que lhe corres- 2 Sublinha nas quadras os nomes
ponde. terminados em ão.
balão – balões
A cidade está toda enfeitada de bandeiras e flores. capitão –
corrimão –
tradição –
alemão –
2 Faz na tua escola um concurso de quadras aos Santos cidadão –
Populares.
139
Junho
O mar
– Onde vais, Regato?
– Vou à procura do Mar. Dizem que é imenso,
forte e temido.
Parece que é o Presidente do País das Águas…
– E é – concordou a Ribeira. – E anda sempre
acompanhado pelas Ondas, que são as suas filhas.
– Deve ser lindo, o Mar!… – sonhou um pouco o
Regato.
– Deve ser, deve. Mas temos de encontrar pri-
meiro o Rio. Sem o Rio não se chega ao Mar – disse
a linda Ribeira.
– Então, anda daí – propôs o Regato.
E lá foram os dois, muito felizes por se terem
encontrado e pela maravilhosa aventura que esta-
vam a viver.
Pelo caminho, os Choupos que moravam nas mar-
gens acenavam-lhes com os seus longos ramos. E as
folhas tremeluziam ao sol, como se fossem espelhos
pequeninos ou estrelas risonhas. De vez em
quando, uma cachoeira ou um açude eram pretexto
para o Regato e a Ribeira entoarem uma líquida can-
ção.
Por fim avistaram o Rio. Era imponente. Via-se
logo que era amigo íntimo do Mar. Realmente só ele
poderia conduzir o Regato e a Ribeira junto do Pre-
sidente do País das Águas.
Garcia Barreto
140
Ler e Compreender As Palavras
Ratinho
… encontraram-se … iam à procura marinheiro
Um ratinho espertinho
. . pequeno e bravio
vivia sozinho
num buraco frio.
O Regato
e a Ribeira… Até que encontrou
… querem juntar-se perdida uma noz,
ao rio para chegar ao partindo-a fazia
. um barco veloz.
Saltavam os peixes
dizendo-lhe: – Olá,
então o senhor rato
… iam muito felizes e … por fim avistaram navega por cá?!
pelo caminho
– Navego, navego
. .
que sou marinheiro,
hei-de conhecer
o mar todo inteiro!
Luísa Ducla Soares
Na praia
Eram o Tino e a Tininha (não sei se conhecem) e andavam a juntar
conchinhas, eles que as semeavam na areia, por cada passo que
davam.
Às vezes não eram conchas o que eles achavam, mas caranguejos
que fugiam assustados e tropeços, e estrelas-do-mar, cabeleiras de
limos ou escuros bocados de madeira, que talvez tivessem pertencido
à proa de algum navio-pirata…
E, às vezes, de raro em raro, também encontravam búzios, com toda
a música do mar dentro.
O búzio que daquela vez encontraram era grande como uma
grande surpresa. Nunca tinham visto um búzio assim.
– Toca mais que os outros – dizia a Tininha, encostando o búzio ao
ouvido.
– Tem o dobro do tamanho, toca o dobro da música – explicou o
Tino. – É um búzio altifalante…
– Não, toca mais que todos os búzios juntos.
– Lá estás tu com os teus exageros – replicou o Tino.
– É verdade, é. Ouve-se melhor o mar do que se estivéssemos no
meio do mar.
– Que disparate!
Meteram o búzio na rede e trouxeram-no para casa, com outras
conchinhas perdidas, conchinhas insignificantes ao lado do lindo
búzio, grande como uma grande surpresa.
António Torrado
142
Ler e Compreender As Palavras
1 Responde. 1 Lê o texto.
an
O sonho ajuda à vossa felicidade.
en
on
2 Completa com as formas do verbo brincar.
2 – tempo
3 –
4 –
3 Modifica o texto a partir do segundo parágrafo, con- 2 –
tando outro caso passado nesse dia, na praia. 1 –
143
Junho
144